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quinta-feira, 14 de julho de 2022
quarta-feira, 13 de julho de 2022
BRUNA TORLAY丨O paradoxo do aprimoramento moral.
Não deixa de ser um paradoxo que justamente as pessoas reflexivas, profundamente preocupadas com o aprimoramento intelectual e moral, portanto, com o agir bem, o que supõe ser melhor para si e para o próximo; não deixa de ser um paradoxo que sua jornada se acompanhe de um pendor à solidão. Acredito, porém, que este é um labirinto com saída.
Todos os homens estão submetidos ao império da necessidade. Somos seres de carne e osso atrelados à ordem da natureza e, consequentemente, sujeitos ao plano da necessidade. Temos fome. Temos frio. Temos medo. Temos doenças e dores lancinantes. Somos seres de natureza limitada, permanentemente sujeitos à ordem que nos abrange. Daí que boa parte de nossa vida consista em responder ao império das necessidades.
Sucede-nos, contudo, não estar reduzidos a essa dimensão. Algo dentro de nós reivindica nossa atenção e, mesmo invisível, revela-se profundamente forte, a ponto de capacitar-nos a recusar, por livre e espontânea vontade, o plano das necessidades. Temos desejo. Mas somos capazes de conter o pendor ao desejo. Sentimos muita sede, mas temos a capacidade de nos abster de água para ceder a vez a alguém mais frágil e menos capaz de conter-se. Temos medo, um profundo medo de tudo o que nos ameaça, mas encontramos força dentro de nós para confrontar temores e afastá-los. Somos seres sujeitos ao império da necessidade aptos, por outro lado, a nos libertar dos grilhões desse domínio. Somos seres capazes de educar a vontade, contendo o ímpeto de corresponder ativamente a cada desejo que surge.
Parte considerável dos seres-humanos passa a maior parte de seu tempo presa ao impulso infinito de corresponder aos reclames do desejo. Reagir à dimensão da necessidade, mesclando sua percepção de fantasias a respeito da extensão do que se julga “necessidades”.
Há, contudo, seres humanos incrivelmente comprometidos com a educação da vontade, passo fundamental para a conquista do voo livre, essa habilidade propriamente humana de sobrevoar a existência e tocar a eternidade do mundo, ainda que por clarões descontínuos e com os auxílios de mentes privilegiadas, cuja obra, sólida sombra de sua alma, guardou-lhe o vigor de ciceronear almas menores pelo paraíso do conhecimento. Há entre nós pessoas que amam a liberdade, experiência máxima da força peculiar ao espírito, sede da consciência.
Todos os homens estão submetidos ao império da necessidade. Há pessoas que amam a liberdade intrínseca ao estudo e à reflexão.
Não é difícil aferir, no final das contas, porque os amantes da liberdade, os cultores da consciência e da reflexão profunda, sentem-se solitários a maior parte do tempo: não experimentam cumplicidade com aqueles que, entretidos o tempo inteiro com a dimensão do desejo, parecem presos a uma superfície e ineptos a vislumbrar a beleza panorâmica da paisagem, aquela visível apenas a quem conquistou a arte do voo livre – a arte de aproximar-se da alma, como disse Platão.
Breve, em seu voo livre, aptos a ser melhores para todos ao seu redor, acabam, paradoxalmente, afastados desse derredor.
A saída do paradoxo? Um gesto que chamo silêncio compreensivo. Não o inventei. Observei-o no olhar dos monges em convivência com seu rebanho. Sendo monges, têm uma experiência de Deus incrivelmente mais profunda e complexa que qualquer boa alma que o siga. Mas é justamente por eles que cultiva essa proximidade, razão pela qual seria absurdo perder com eles a cumplicidade típica do universo amoroso, cujo horizonte maior é a caridade. Então mantém-se atentos ao seu coração, sem perder contato com o do próximo. Uma contemplação compreensiva da essência humana se torna a ponte entre o coração sóbrio e o desesperado. Eis o exemplo que me parece apropriado a toda pessoa às voltas com o paradoxo do aprimoramento moral.
Esmeril Editora e Cultura. Todos os direitos reservados. 2022
fonte: https://revistaesmeril.com.br/bruna-torlay%E4%B8%A8o-paradoxo-do-aprimoramento-moral/
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terça-feira, 12 de julho de 2022
segunda-feira, 11 de julho de 2022
The Wire (no Brasil, A Escuta[1]) é uma série de televisão , Indicação de filmes e séries 16.
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domingo, 10 de julho de 2022
Hoje é dia do Sagrago jejum de Sri Sayana Ekadasi dia 10/07/2022. História.
Sayana ou Padma Jejum de Ekadasi 16
Yudhishthira Maharaja disse: “Ó Keshava, qual o nome do Ekadashi que ocorre durante a quinzena clara do mês de Ashadha (jun/jul)? Qual é a Deidade adorável para esse dia auspicioso, e qual o processo de observá-lo?”.
O Senhor Sri Krishna respondeu: ”Ó zelador deste planeta terreno, de bom grado contar-te-ei uma maravilhosa história que o Senhor Brahma certa vez narrou a seu filho Naradaji”.
Certo dia Narada perguntou a seu pai: “Qual o nome do Ekadashi que vem durante a parte clara do mês de Ashadha? Por gentileza conta-me como posso observar este Ekadashi e assim agradar o Senhor Supremo, Vishnu.”.
O Senhor Brahma respondeu: ”Ó grande orador, ó melhor de todos sábios, ó mais puro devoto do Senhor Vishnu, tua pergunta é excelente”. Não há nada melhor que Ekadashi, o dia do Senhor Hari, neste ou em qualquer outro mundo. Ele nulifica até mesmo os piores pecados se observado corretamente. Por esta razão vou contar-te sobre Ashadha-sukla Ekadashi.
Jejuar neste Ekadashi nos purifica de todos os pecados e realiza todos nossos desejos. Portanto, quem quer que deixe de obserar este sagrado dia de jejum é um bom candidato a entrar no inferno. Ashadha-sukla Ekadashi também é famoso como Padma Ekadashi. Só para agradar a Hrshikesha, o senhor dos sentidos, deve-se jejuar neste dia. Ouça cuidadosamente, ó Narada, enquanto relato para ti uma história maravilhosa das escrituras sobre este Ekadashi. Apenas por ouvir este relato já se destroem todos os tipos de pecados, junto com todos os obstáculos na senda da perfeição espiritual.
Ó filho, certa vez havia um rei santo na dinastia solar cujo nome era Mandhata. Porque sempre defendia a verdade, foi nomeado imperador. Cuidava de seus súditos como se fossem seus próprios filhos. Devido a sua piedade e grande religiosidade, não havia pestilência, seca, ou doença de qualquer tipo em seu reino. Todos seus súditos não só estavam livres de todos tipos de perturbações mas também eram muito ricos. O tesouro do próprio rei estava livre de dinheiro ganho por meios não-recomendados, e assim ele governou felizmente por muitos anos.
Certa vez, entretanto, devido a algum pecado em seu reino, houve seca durante três anos. Os súditos viram-se atormentados pela fome. A falta de grãos alimentícios tornava impossível para eles realizarem os sacrifícios védicos, oferecer oblações a seus antepassados e semideuses, realizarem adoração ritualística, ou até mesmo estudar as literaturas védicas. Finalmente, todos vieram diante do amado rei numa grande assembleia e disseram: “Ó rei, sempre tratas de nosso bem-estar, portanto humildemente imploramos vossa assistência agora. Todo mundo e tudo neste mundo precisa de água. Sem água, quase tudo se torna inútil ou morto. Os Vedas chamam a água de nara, e porque a Suprema Personalidade de Deus dorme sobre a água, Seu nome é Narayana. Deus faz Sua própria morada na água e ali faz Seu descanso. (1) Na Sua forma como as nuvens, o Senhor Supremo está presente pelo céu afora e derrama a chuva, da qual crescem os grãos que mantém toda entidade viva.
Ó rei, a severa seca causou uma falta de valiosos grãos; assim estamos sofrendo, e a população está diminuindo. Ó melhor governante da terra, por favor, encontre alguma solução para este problema e traga-nos uma vez mais a paz e prosperidade.”
O rei respondeu: “Falais a verdade, pois os grãos são como Brahman, a Verdade Absoluta, que vive dentro dos grãos e assim sustenta todos os seres. De fato, é por causa dos grãos que o mundo inteiro vive. Agora, porque está havendo uma terrível seca no nosso reino? As escrituras sagradas discutem este assunto mui profundamente. Se um rei é irreligioso, tanto ele como seus súditos sofrem. Meditei na causa de nosso problema durante muito tempo, mas após examinar meu caráter passado e atual, honestamente posso dizer que não encontro pecado. Ainda assim, para o bem de todos vós súditos, tentarei remediar a situação.”.
Pensando assim, o Rei Mandhata reuniu seu exército e séquito, prestou suas reverências a Mim, e depois entrou na floresta. Vagou por aqui e por ali, buscando grandes sábios em seus ashramas e indagando sobre como resolver a crise em seu reino. Afinal encontrou o ashrama de um de Meus outros filhos, Angira Muni, cuja refulgência iluminava todas direçöes. Sentado em seu eremitério, Angira parecia um segundo Brahma. O rei Mandhata estava muito feliz por ver esse exaltado sábio, cujos sentidos estavam completamente sob controle.
O rei imediatamente desmontou de seu cavalo e ofereceu suas respeitosas reverências aos pés de lótus de Angira Rishi. Então o rei juntou suas palmas e orou por suas bênçãos. Aquela pessoa santa reciprocou abençoando o rei com mantras sagrados, depois lhe perguntou sobre o bem-estar dos sete membros de seu reino. (2)
Após contar ao sábio como iam os sete membros de seu reino, o rei Mandhata perguntou sobre a felicidade do próprio sábio. Então Angira Rishi perguntou ao rei porque empreendera tão difícil jornada na floresta, e o rei contou-lhe sobre a aflição que seu reino estava passando. O rei disse: “Ó grande sábio, estou governando e mantendo meu reino enquanto sigo as injunções védicas, e assim não sei qual o motivo da seca. Para resolver este mistério, aproximei-me de ti para tua ajuda. Por favor, ajuda-me a aliviar o sofrimento de meus súditos.”.
Angira Rishi disse para o rei: “A presente era, Satya-yuga, é a melhor de todas as eras, pois nessa era o Dharma se apoia nas quatro pernas. (3) Nesta era todos respeitam brahmanas como os membros mais elevados da sociedade. Também, todos cumprem com seus deveres ocupacionais, e apenas brahmanas duas-vezes nascidos podem realizar austeridades védicas e penitências. Embora isto seja o padrão, ó leão entre os reis, há um shudra que ilegalmente realiza os ritos da austeridade e penitência em teu reino. É por isso que não há chuva no teu país. Por isso deves castigar este trabalhador com a morte, pois por assim fazer removerás a contaminação e restituirás a paz aos teus súditos.”
O rei replicou: “Como posso matar um realizador de austeridades sem ofensa? Por favor, dá-me alguma solução espiritual.”.
O grande sábio Angira disse: “Ó rei, deves observar um jejum no Ekadashi que ocorre durante a quinzena clara do mês de Ashadha. Este dia auspicioso se chama Padma Ekadashi, e por sua influência abundantes chuvas certamente retornarão a teu reino. Este Ekadashi confere a perfeição tanto aos fiéis observadores, como remove todo tipo de maus elementos, e destrói todos obstáculos na senda da perfeição. Ó rei, tu, teus parentes e teus súditos devem todos observar este sagrado jejum de Ekadashi. Então tudo em vosso reino irá indubitavelmente retornar ao normal.”
Ao ouvir estas palavras, o rei ofereceu suas reverências e depois retornou a seu palácio. Quando chegou Padma Ekadashi, o rei Mandhata reuniu todos os brahmanas, kshatriyas, vaishyas e shudras em seu reino e instruiu-os a observarem estritamente este importante dia de jejum. Depois que o haviam observado, caiu às chuvas, assim como o sábio havia predito, e no devido tempo houve colheitas fartas e uma rica safra de grãos. Pela misericórdia do Senhor Supremo Hrishikesha, o senhor de todos os sentidos, todos súditos do rei Mandhata se tornaram extremamente felizes e prósperos.
“Portanto, ó Narada, todos devem observar este jejum de Ekadashi mui estritamente, pois confere toda sorte de felicidade, bem como a liberação final, ao devoto fiel.”
O Senhor Sri Krishna concluiu: “Meu querido Yudhishthira, Padma Ekadashi é tão poderoso que se pode simplesmente ler ou ouvir suas glórias e ficar completamente sem pecado. Ó Pandava, quem deseja agradar-Me deve observar estritamente este Ekadashi, que também é conhecido como Deva-shayaniEkadashi. (1) Ó leão entre os reis, quem quer que queira liberação deve regularmente jejuar neste Ekadashi, que também é o dia em que o jejum de Chaturmasyaprincipia.”.
Assim termina a narrativa das glórias de Ashadha-sukla Ekadasi, ou Padma Ekadasi, do Bhavishya-uttara Purana.
Notas:
(1) Dizem que três coisas não podem existir sem água: pérolas, seres humanos, e farinha. A qualidade essencial de uma pérola é seu brilho, e isso é devido à água. A essência de um homem é seu sêmen, cujo principal componente é água. E sem água, não se pode transformar farinha em massa para depois cozinhar e comer. Às vezes a água é chamada de jala narayana, o Senhor Supremo na forma da água.
(2) Os sete membros do domínio de um rei são o próprio rei, seus ministros, seu tesouro, suas forças armadas, seus aliados, os brahmanas, os sacrifícios realizados em seu reino, e as necessidades de seus súditos.
(3) As quatro pernas do Dharma são veracidade, austeridade, misericórdia e limpeza.
(4) Deva-shayani ou Vishnu-shayani, indica o dia em que o Senhor Vishnu vai dormir com todos semideuses. É dito que depois desse dia não se deve realizar quaisquer novas cerimônias até Devotthani Ekadashi, que ocorre durante o mês de Kartika (out/nov), porque os semideuses, estando adormecidos, não podem ser convidados para a arena sacrificial e porque o sol está viajando no curso meridional.
Bhavishya-uttara Purana.
fonte: https://iskconbahia.com.br/historia-do-sayana-ekadasi-23072018/
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quarta-feira, 6 de julho de 2022
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