Foto mostra buraco na parede da cela do presídio de Mossoró; dois presos fugiram
Buraco foi feito na região da luminária, que fica na parte superior da parede. Presos são procurados por agentes das polícias federais e estaduais.
Por Isabela Camargo, GloboNews — Brasília
Imagens revelam um buraco na parede da cela de um dos fugitivos do presídio federal de segurança máxima de Mossoró. A fuga ocorreu na madrugada de quarta-feira (14).
Os fugitivos, Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento, ambos do Acre, estavam na penitenciária desde setembro de 2023, após participarem de uma rebelião fatal em Rio Branco.
Os detentos estavam em celas vizinhas, o que levanta a suspeita de que puderam planejar a fuga.
O buraco foi feito na região da luminária da cela, indicando uma possível rota de fuga.
Uma grande operação, envolvendo mais de 300 agentes de segurança, está em curso para recapturar os fugitivos, com foco em uma área de 15 km ao redor do presídio.
A Polícia Federal recolheu material biológico próximo ao presídio para confrontar com informações genéticas dos fugitivos.
Helicópteros, drones equipados com câmeras térmicas e cães farejadores estão sendo utilizados na operação de busca, indicando a seriedade das autoridades em recapturar os fugitivos.
Fugitivos de Mossoró: Foto mostra buraco por onde presos fugiram
Imagem do presídio federal de segurança máxima de Mossoró mostra um buraco na parede da cela de um dos dois presos que fugiram da unidade na madrugada da quarta-feira (14).
Os dois presos -- Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento -- são do Acre e estavam na penitenciária de Mossoró desde 27 de setembro de 2023. Eles foram transferidos após participarem de uma rebelião no presídio de segurança máxima Antônio Amaro, em Rio Branco, que resultou na morte de cinco detentos -- três deles decapitados.
Antes de fugirem, Deibson e Rogério estavam isolados em celas individuais – porém vizinhas, separadas por uma parede. Os dois podem ter conseguido planejar a ação.
De acordo com o Ministério da Justiça, o buraco foi feito na região da luminária da cela, na parte superior de uma das parede (vídeo abaixo).
Buraco na parede da cela de onde saíram fugitivos do presídio de segurança máxima de Mossoró — Foto: Divulgação
Agentes da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal e das polícias locais fazem buscas desde o dia da fuga. Até a última atualização desta reportagem, nesta sexta (16), eles ainda não haviam sido encontrados (veja mais abaixo detalhes da missão).
Os dois homens são ligados ao Comando Vermelho, facção de Fernandinho Beira-Mar, que também está preso na unidade federal de Mossoró. Os nomes deles estão na lista da Interpol, a polícia internacional.
A Polícia Federal recolheu material biológico em uma propriedade rural próxima ao presídio. As amostras encontradas serão confrontadas com informações genéticas dos fugitivos.
Dinâmica da fuga
A fuga na madrugada da última quarta-feira foi a primeira registrada na história do sistema penitenciário federal, criado em 2006.
Os criminosos escaparam da mesma maneira, fazendo um buraco na luminária da parede. Como fugiram juntos, a suspeita é de que:
- os dois possuíam ferramentas que foram usadas para fazer os buracos
- os dois conseguiram manter contato para que a fuga ocorresse de maneira coordenada, ao mesmo tempo
Leia também:
Buscas
Para a força-tarefa responsável pelas buscas, tudo leva a crer que os dois fugitivos ainda estão na área. Um raio de 15 km em torno do presídio está sendo vasculhado. As buscas, agora, concentram-se na área onde as pegadas e peças de roupa foram achadas.
Ao todo, mais de 300 agentes de segurança estão trabalhando para recapturar os fugitivos. Estão empenhados:
- 100 agentes da Polícia Federal;
- 100 agentes da Polícia Rodoviária Federal;
- 100 agentes das forças policiais locais (civil e militar);
- 3 helicópteros (1 da PRF, 1 da PF e 1 da Secretaria de Segurança Pública do RN);
- Drones (com equipamentos termais) e cães farejadores.
Quem é Luciane Barbosa, a ‘dama do tráfico’ recebida por quatro assessores de Flávio Dino
Esposa de Tio Patinhas, líder do Comando Vermelho no Amazonas, Luciane teve audiências no Ministério da Justiça e Segurança Pública neste ano
BRASÍLIA - Recebida por quatro autoridades do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Luciane Barbosa Farias, de 37 anos, se descreve nas redes sociais como ativista de direitos humanos e estudante de direito. Documentos do Ministério Público do Amazonas (MPAM) apontam, no entanto, que ela tem uma outra função: lavar o dinheiro do Comando Vermelho.
Conhecida como a “dama do tráfico amazonense”, Luciane é acusada de ser o braço financeiro da facção. Ela é casada há 11 anos com o traficante Clemilson dos Santos Farias, o Tio Patinhas, um dos líderes do Comando Vermelho no Amazonas.
Luciane Barbosa, esposa de Tio Patinhas, se reuniu com quatro autoridades do Ministério de Flávio Dino Foto: Reprodução: Instagram/@luhfarias
Luciane se apresenta como presidente do Instituto Liberdade do Amazonas (ILA), que, segundo o site da entidade, atua em favor dos direitos humanos e fundamentais de presos. Criada em abril de 2022, a ONG seria financiada pelo crime organizado, de acordo com inquérito sigiloso da Polícia Civil do Amazonas obtido pelo Estadão.
fonte: https://www.estadao.com.br/politica/quem-luciane-barbosa-dama-trafico-recebida-assessores-flavio-dino-nprp/