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segunda-feira, 26 de maio de 2014
domingo, 25 de maio de 2014
Relativismo "pós-moderno": amigo das ideologias, inimigo das ciências e da racionalidade.
Na Veja da semana passada, Gustavo Ioschpe publicou um artigo - que vale a pena reproduzir integralmente - analisando uma questão epistemológica fundamental: a verdade. "Afinal, a verdade existe?", pergunta o título. Para o relativismo radical, negador de verdades universais, só há verdades relativas. Ioschpe se refere particularmente ao pensamento reinante nas escolas de segundo grau, mas o fato é que esse relativismo fincou raízes nas universidades, devastando as ciências humanas em geral. Fui testemunha dessa estupidez, contra a qual lutei quase que solitariamente na universidade a que pertenci, muitas vezes sendo chamado de positivista, reacionário etc. Muitos posts foram dedicados a esse tema no blog. Escrevi também um ensaio acadêmico sobre "jornalismo e teorias da verdade", que pode ser acessado aqui. A propósito, o relativismo deixou essa área mais próxima das ideologias que das ciências.
Há muitos anos, dei uma palestra a professores de uma rede estadual de ensino. Muita gente, ginásio grande. Apresentei a saraivada de dados em que me baseio para estabelecer um diagnóstico da educação brasileira. Depois da fala, abriu-se espaço para perguntas. Lembro-me da primeira delas como se fosse hoje: “O palestrante que esteve aqui ontem nos advertiu de que números são como palavras: são criações humanas. E que por trás de toda criação humana existe a intencionalidade da pessoa que a criou. Qual é a sua?”.
É uma visão de mundo preocupante. Fruto do pensamento pós-modernista de viés marxista, postula que não existe uma verdade objetiva, depreendida do estudo de fatos através das ferramentas da ciência. O resultado dessa investigação científica seria apenas uma verdade, a versão inventada pelo homem branco ocidental para ajudá-lo a subjugar os povos subdesenvolvidos e as minorias dos países ricos. Existem, para os pós-modernistas, “verdades”, no plural, ditadas pelas características históricas, culturais e econômicas de cada pessoa ou grupo. A crença de um aborígine de que um trovão é uma manifestação do descontentamento de uma deidade qualquer tem, portanto, o mesmo grau de verdade da descoberta de que o trovão é causado pela ionização e pelo aquecimento do ar que envolve um raio, gerando sua rápida expansão e a consequente onda de som.
Para que seja possível pensar assim, é preciso ignorar que existem fatos e que números, estatísticas, são apenas descrições quantitativas desses fatos. Se eu digo que a população brasileira em julho de 2012 era de 193 milhões de pessoas, segundo o IBGE, não se pode dizer que eu (ou os coconspiradores do IBGE) estou “criando” esse dado como se criasse um soneto. Não, as pessoas existem e estão lá! O número é apenas a maneira mais simples de comunicar esse fato, sem precisar mostrar fotos de todos os cidadãos nem repetir a contagem a cada instante. Se entendemos que fatos existem, e se notamos que os fatos corriqueiros do mundo que nos cerca já apresentam uma variedade e uma complexidade inenarráveis - da estrutura atômica e subatômica das partículas ao movimento das marés ou de planetas -, então necessitamos de um método impessoal e objetivo para perceber e compreender esses fatos. Esse método precisa ser peculiar: deve ser feito por seres humanos imperfeitos - com paixões e vilezas, sem visão de raio X nem audição perfeita - para superar as próprias limitações e chegar o mais próximo possível de observar o fato real, sem distorções ou falhas de interpretação. A criatura precisa superar o criador. Como fazê-lo? Perseguindo os fatos de maneira objetiva e técnica, gerando hipóteses sobre o mundo que só podem ser confirmadas através da medição. Porque, confiando em um método objetivo e em dados oriundos de medições, os resultados podem ser reproduzidos por diferentes pessoas em diferentes épocas, e as conclusões espúrias ou os métodos defeituosos podem ser expostos, corrigidos ou descartados. Sim, esse método a que me refiro é a ciência.
Os pós-modernistas empenham-se em destruir o edifício da ciência. Não mostrando os erros metodológicos ou quantitativos dos estudos científicos, porque a maioria dos adeptos da causa não tem competência técnica para isso (“Errar é humanas”), mas simplesmente atacando a credibilidade dos “especialistas”. E isso se faz necessário não apenas porque, sem os guardiães do conhecimento embasado em fatos, qualquer Quixote pode descrever moinhos inexistentes que devem ser derrubados, mas também porque as investigações mais recentes de várias ciências, especialmente a biologia, desconstroem muitas ideias que são caras aos pós-modernistas e marxistas em geral. Entre elas, especialmente aquela de que o ser humano é um bicho fraterno e igualitário por natureza, e não o ser competitivo e movido pela busca de status e hierarquia em seu grupo social que a psicologia evolutiva não se cansa de demonstrar em estudos e experimentos (sugestões de leitura em twitter.com/gioschpe). Claro, se o fato não existe, o cientista ou especialista só pode ser um impostor, que inventa dados para justificar algum viés inconfessável. Para os ideólogos, toda neutralidade é uma farsa. Quem aponta um erro de um pós-modernista não pode estar certo: necessariamente, deve ser um tarado neoliberal. O marxismo e seus derivativos formam um sistema fechado. Para os crentes, quem aponta seus erros o faz por algum interesse de classe, etnia ou nação e, portanto, pode ser imediatamente descartado. Só poderá apontar os erros quem for confrade. Mas, obviamente, quem é confrade não percebe os erros.
As pessoas dessa inclinação acreditam que a ciência é uma religião, uma fé cega. Que os racionalistas apenas trocaram um deus crucificado por outro abstrato: o método científico. Mas esse é um engano fundamental e dantesco. Porque a marca da religião (e da ideologia) é justamente o dogma, a ideia inquestionável e infalsificável, porque revelada por uma entidade superior. A ciência se move por dúvidas, não por certezas: tudo é questionável e precisa ser demonstrado e reproduzido. Não há crença em entidades superiores. Pelo contrário: a ciência moderna se faz pela sobreposição de vários e pequenos esforços. Até que uma teoria ganhe respeitabilidade e passe a ser aceita como uma boa descrição dos fatos, precisa ser replicada por muitos pesquisadores, que podem estar espalhados por todo o planeta. É sempre assim que funciona? Claro que não. Quem conhece a história das ideias sabe que cientistas e pesquisadores sofrem dos mesmos vícios da humanidade em geral. São seduzidos pelo poder político e econômico, sucumbem a ideologias, aferram-se a teorias patentemente equivocadas por questões pessoais ou até mesmo estéticas. Mas, por mais que ideias tortas tenham vida longa, algum dia elas não resistem ao acúmulo de evidências contrárias e morrem, vão para o lixo da história, substituídas por formulações mais corretas.
Algumas pessoas acham que não se pode confiar na ciência porque “uma hora eles dizem uma coisa, outra hora dizem outra”. Mas isso é causado mais por um viés da publicação dos resultados do que pelos resultados em si. É mais culpa da imprensa (leiga e acadêmica) do que de pesquisadores: é a velha história de que quando um homem morde um cachorro é notícia, mas não vice-versa. Os resultados mais divulgados são frequentemente os mais destoantes do senso comum e da pesquisa anterior. É bom que sejam publicados, porque arejam o debate, mas na maioria dos casos acabam sendo a exceção que comprova a regra. Não é verdade que o processo científico é um eterno pingue-pongue de versões antagônicas. O conhecimento avança, chegamos a consensos. Dificilmente se verá algum estudo sério sugerindo que fumar faz bem à saúde. É verdade que os consensos não são perenes e que talvez vamos propor ações equivocadas por baseá-las em pesquisas que depois se descobrirão equivocadas. Mas no mundo real sabemos que a perfeição é inatingível. A questão, portanto, não é acabar com o erro, pois isso é impossível, mas minimizá-lo. E certamente uma ação baseada em evidências sólidas vai errar menos do que aquela inspirada em intuições e inclinações pessoais.
Que pessoas ignorantes repitam essa linha do “cada um com a sua verdade” é até compreensível, saturados que estamos, aqui nos tristes trópicos, de gente que compartilha essa cosmovisão. Na terra da cordialidade, pega mal defender a existência de uma verdade e o consequente erro daqueles que defendem seu oposto. Parece até arrogância. Que professores pensem assim já é mais triste e preocupante, pois uma tarefa fundamental do sistema escolar é transmitir ao alunado o conhecimento acumulado ao longo de séculos de trabalho árduo de pesquisadores e pensadores, que muitas vezes perderam a vida defendendo suas ideias “hereges”. Também são os professores que deveriam propagar o método científico, para que seus alunos possam empreender o mesmo caminho da busca da verdade trilhado pelos gigantes intelectuais que nos precederam.
Mas que líderes públicos pensem assim, e ajam ao arrepio daquilo que a pesquisa já estabeleceu, aí não é apenas triste ou lamentável: é criminoso. Na área da educação posso dizer com tranquilidade: a maioria dos nossos gestores públicos despreza totalmente os milhares de estudos objetivos sobre o que funciona em educação. Insistem em gastar fortunas com ideias que a experiência, documentada em estudos rigorosos, já se encarregou de demonstrar serem inócuas. O Ministério da Educação agora cria um “Programa Nacional de Alfabetização na Idade Certa” que quer alfabetizar na idade errada (8 anos, em vez de 6) e defende um aumento radical do financiamento em educação que não terá nenhum impacto na melhora da qualidade do ensino (em breve escreverei artigo a respeito). Prefeituras insistem em alfabetizar com o método construtivista, quando o fônico tem se mostrado mais eficaz. Em diminuir o número de alunos em sala de aula ou colocar dois mestres por turma, o que não dá resultado. Em carregar nas ferramentas tecnológicas que não têm comprovação alguma, sem nem ao menos fazer uma escolha criteriosa do livro didático ou prescrever o bom e velho dever de casa, ambos com custo perto de zero e eficácia comprovada.
Muitos o fazem por desconhecimento e preguiça, outros por conveniências políticas, outros ainda por motivos inconfessáveis (não há fornecedor de dever de casa para dar uma mãozinha no financiamento da próxima campanha...). Mas, no frigir dos ovos, eles só podem se safar de sua irresponsabilidade porque sabem que grande parte dos eleitores está convencida de que fatos são criados de acordo com a intencionalidade de cada um e que, portanto, vontades são mais importantes do que resultados e que as boas intenções dos inventores de factoides compensam o divórcio entre seus objetivos e suas realizações. Mas os dados existem. A verdade existe. E até os pós-modernistas mostram saber disso. Cada vez que tomam um remédio ou visitam um médico para tratar de uma doença, em vez de consumir uma beberagem prescrita por um pajé, estão dando às próprias ideias a credibilidade que merecem. Ignoramos esses dados, e os muitos recados que nos mandam, por nossa conta e risco. Países não morrem nem vão à falência por teimar em ignorar a realidade. Mas podem estagnar ou retroceder, como mostra a história recente de alguns de nossos vizinhos. Se não acordarmos para a realidade, em breve haveremos de fazer-lhes companhia.
P.S.: Thomas Jefferson, um dos founding fathers dos EUA, escreveu que “onde a imprensa é livre, e todo homem capaz de ler, tudo está seguro”. Roberto Civita lutou para que cumpríssemos essas duas missões por toda a sua vida adulta. O Brasil perdeu um grande homem, mas o legado fica. Em boas mãos: a existência desta coluna, que irrita a tantos há anos, só é possível em uma organização que preza a verdade antes de agradar a leitores ou poderosos
http://otambosi.blogspot.com.br/2013/06/relativismo-pos-moderno-amigo-das.html
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sábado, 24 de maio de 2014
Hoje é dia de jejum de Ekadasi 13 APARA EKADASHI 24 de maio de 2014
13 APARA EKADASHI
Yudhishthira Maharaja disse: "ó Janardana, qual é o nome do Ekadashi que ocorre durante a quinzena obscura do mês de Jyeshtha (mai/jun)? Desejo ouvir as glórias deste dia sagrado. Por favor narra-me tudo."
O Senhor Sri Krishna disse: "ó rei, tua indagação é maravilhosa porque a resposta irá beneficiar toda sociedade humana. Este Ekadashi é tão sublime e meritório que até mesmo os maiores pecados podem ser apagados por sua potência. ó grande rei, o nome deste ilimitadamente meritório Ekadashi é Apara Ekadashi. Quem quer que jejue neste dia sagrado se torna famoso em todo universo. Mesmo tais pecados como matar um brahmana, uma vaca, ou um embrião; blasfêmia; ou ter sexo com a esposa de outro homem são completamente erradicados por observar Apara Ekadashi.
ó rei, pessoas que dão falso testemunho são muito pecaminosas. Uma pessoa que glorifica falsa ou sarcasticamente outra; quem engana enquanto pesa algo numa balança; quem deixa de executar os deveres de seu varnaou ashrama (um homem desqualificado que posa como brahmana, por exemplo, ou uma pessoa que recita os Vedaserroneamente); quem inventa suas próprias escrituras; quem enganaos outros; quem é astrólogo charlatão, contador trapaceiro, ou falso médico ayurvédico - todos estes certamente são tão maus quanto uma pessoa que dá falso testemunho, e estão destinados ao inferno. Mas simplesmente por obervar Apara Ekadashi, todos estes pecadores se tornam completamente livres de suas reaçöes pecaminosas.
Guerreiros que caem de seu kshatriya-dharma e fogem do campo de batalha vão para um inferno bárbaro. Porém, ó Yudhishthira, mesmo tal kshatriya caído, se observar jejum no Apara Ekadashi, se liberta desse grande pecado e vai para o céu.
É o maior pecado o discípulo que, após receber uma devida educação espiritual de seu mestre espiritual, vira-se e o blasfema. Esse assim-chamado discípulo sofre ilimitadamente. Mas até ele, se simplesmente observar Apara Ekadashi, pode alcançar o mundo espiritual. Ouça, ó rei, enquanto descrevo mais as glórias deste Ekadashi.
O mérito obtido por quem realiza todos seguintes atos de piedade é igual ao mérito obtido por quem observa Apara Ekadashi: tomar banho três vezes ao dia em Pushkara-kshetra (1) durante Kartika (out/nov); tomar banho em Prayag no mês de Magha (jan/fev) quando o sol está no zodíaco; prestar serviço ao Senhor Shiva em Varanasi durante Shiva-ratri; oferecer oblaçöes aos antepassados da pessoa em Gaya; tomar banho no sagrado Rio Gautami quando Júpiter transita em Leão; obter darshanado Senhor Shiva em Kedaranatha; ver o Senhor Badrinatha quando o sol transita no signo de Aquário; e tomar banho na época do eclipse solar em Kurukshetra e dar vacas, elefantes, e ouro em caridade ali. Todo mérito que se recebe por realizar estes atos piedosos é obtido por uma pessoa que observa este jejum de Apara Ekadashi. Também, o mérito obtido por quem doa uma vaca prenha, junto com ouro e terra fértil, é obtido por quem jejua neste dia.
Em outras palavras, Apara Ekadashi é um machado que corta a árvore plenamente madura dos atos pecaminosos; é um incêndio florestal que queima pecados como se fossem lenha; é o sol que arde diante de nossos obscuros maus atos, e é o leão espreitando a mansa corça da impiedade. Portanto, ó Yudhishthira, quem quer que verdadeiramente tenha medo de seus pecados do passado e presente deve observar Apara Ekadashi mui estritamente. Quem não observa este jejum deve nascer novamente no mundo material, assim como uma bolha entre milhöes numa enorme expansão d'água, ou como uma pequena formiga entre todas outras espécies. (2)
Portanto devemos observar fielmente o sagrado Apara Ekadashi e adorar a Suprema Personalidade de Deus, Sri Trivikrama. Quem faz isto é libertado de todos seus pecados e promovido à morada do Senhor Vishnu.
ó Bharata, para benefício de toda humanidade, descrevi assim para ti a importância do sagrado Apara Ekadashi. Qualquer um que ouça ou leia esta descrição certamente se livra de todostipos de pecados, ó rei."
Assim termina a narrativa das glórias de Jyeshtha-krsna Ekadasi, ou Apara Ekadasi, do Brahmanda Purana.
Notas:
(1) Pushkara-kshetra, na India ocidental, é realmente o único local na terra onde se encontra um templo fidedigno do Senhor Brahma.
(2) Os Vedasdeclaram narah budhuda samah: "A forma humana de vida é tal como uma bolha na água." Na água, muitas bolhas se formam e então repentinamente estouram alguns segundos depois. Assim se uma pessoa não utiliza seu raro corpo humano para servir a Suprema Personalidade de Deus, Sri Krishna, sua vida não tem mais valor ou permanência que uma bolha na água. Portanto, como o Senhor recomenda aqui, devemos serví-Lo por jejuar no Hari-vasara ou Ekadashi.
Neste sentido, Srila Prabhupada escreve no Srimad-Bhagavatam 2.1.4, significado: "O grande oceano da natureza material está se agitando com as ondas do tempo, e as assim-chamadas condiçöes de vida são algo como as bolhas espumantes, que aparecem diante de nós como o eu corpóreo, esposa, filhos, sociedade, conterrâneos, etc. Devido a uma falta de conhecimento do eu, nos tornamos vitimados pela força da ignorância e assim estragamos a valiosa energia da vida humana numa busca vã atrás de condiçöes de vida permanentes, que é impossível neste mundo material."
Jejum Campinas e região de Jundiaí.
Dia 25
Quebrar entre 06:39 - 10:16
(Hora real, nao de verão)
sexta-feira, 23 de maio de 2014
quinta-feira, 22 de maio de 2014
O Professor e o Mundo Contemporâneo
O mundo contemporâneo atravessa enormes modificações
econômicas, sociais, políticas e culturais. Vivemos um momento histórico
intensamente marcado pela internacionalização da globalização e da
tecnologia. Ocorre um processo de universalização da cultura, dos
produtos, das trocas, dos custos e do capital.
O processo de internacionalização do comércio está administrado pela direção econômica neoliberal. A educação não está imune a este processo. Reformas curriculares ocorreram em todos os países marcados pela valorização da formação estudantil com implementação de um espírito de ação e liderança, da capacitação para o trabalho em grupo, e do uso das tecnologias. O momento se caracteriza por um imenso aumento da capacidade de se obter informação. Objetos são produzidos pela informação com a finalidade de comercialização. As culturas do consumo e da propaganda são fortificadas e tudo gira em função do comprar e do vender, de modo que a propaganda se dirige para o consumidor que deve ser aliciado emocionalmente. O capital, ao dominar as mídias, acaba por dominar as emoções, os sentimentos, os hábitos e seduz fortemente os desejos das pessoas. A mídia transforma o cidadão em consumidor, na globalização neoliberal.
Como educadores não devemos identificar o termo informação com conhecimento, pois, embora andem juntos, não são palavras sinônimas. Informações são fatos, expressão, opinião, que chegam às pessoas por ilimitados meios sem que se saiba os efeitos que acarretam .Conhecimento é a compreensão da procedência da informação, da sua estrutura e dinâmica própria, e das conseqüências que dela advém, exigindo para isso um certo grau de racionalidade. A apropriação do conhecimento, é feita através da construção de conceitos, que possibilitam a leitura crítica da informação, processo necessário para absorção da liberdade e autonomia mental.
Hoje, exige-se do novo aluno um certo desenvolvimento de capacidades intelectuais, de abstração, de rapidez de raciocínio e de visão crítica mais ampla que valorize mais do que a racionalidade baseada apenas na informação. O conhecimento não pode se reduzir apenas ao saber fazer, aprender a usar, aprender a comunicar, com capacidade de adaptação às mudanças técnicas continuadas do processo produtivo, do mercado e da sociedade, imposto pela globalização neoliberal. A inclusão da educação desenvolve as condições de realização da cidadania porque absorvem conhecimentos, habilidades, técnicas, novas formas de solidariedade social, porque associa tarefas pedagógicas e ações sociais pela democratização da sociedade. A educação é um caminho de acesso ao conhecimento significativo, que se caracteriza por propiciar um saber que liberta. A assimilação do conhecimento, das opiniões, pode permitir uma elevada capacidade de letramento, que nada mais é do que a leitura crítica da informação, que é um dos caminhos para a liberdade mental e política. Nesse processo o professor é o mediador dessa interação do aluno com o conhecimento, visto que ele deve proporcionar ao aluno o mundo da informação, da técnica, da tradição e da linguagem, para que o mesmo possa construir seu pensamento, suas aptidões e suas atitudes, possibilitando aprendizagens significativas. O papel do professor deve ser o de ajudar o aluno a desenvolver sua aptidão do pensar, através da técnica do diálogo, estimular a capacidade cognitiva do aluno através do saber aprender, saber fazer, saber agir , saber conviver e se conhecer. O educando deve aprender a ser sujeito do próprio conhecimento que aprende a aprender, a buscar informação, como sujeitos pensantes de maneira prática e analítica.
O professor deve aprender a gostar dos alunos, transformando a sua aula mais agradável , motivadora e prazerosa. É necessário estimular a solidariedade mediante os valores democráticos e éticos. Isso significa ouvir o outro; respeitar as diferenças, aperfeiçoar as técnicas de comunicação, indicar formas mais competentes do conhecimento expressivo. Deve assumir uma atitude interdisciplinar passando do conhecimento interligado para o particularizado e deste para o integrado, distinguir e respeitar a diversidade em cada indivíduo e priorizar a igualdade dos direitos dos cidadãos em uma sociedade capitalista que é por excelência desigual e excludente. O saber conviver com as diferenças é saber conviver com pessoas possuidoras de crenças, compreensão de vida e interesses diferentes. A Educação cultivando valores de solidariedade, está ao lado dos excluídos e combate os efeitos do capitalismo . A luta contra a exclusão social também passa necessariamente pelo trabalho do professor.
Os novos tempos exigem um padrão educacional que esteja voltado para o desenvolvimento de um conjunto de competências e de habilidades essenciais, a fim de que os alunos possam fundamentalmente compreender e refletir sobre a realidade, participando e agindo no contexto de uma sociedade comprometida com o futuro. Grandes desafios se descortinam a nossa frente. O maior deles diz respeito à descoberta de construções que permitam desenvolver nos estudantes, a confiança nas suas capacidades de criar, de construir e reconstruir a fim de que o aluno se plenifique a partir de competências e habilidades e, não mais, somente, através de conhecimentos.
Autora: Amelia Hamze
Profª FEB/CETEC e FISO
O processo de internacionalização do comércio está administrado pela direção econômica neoliberal. A educação não está imune a este processo. Reformas curriculares ocorreram em todos os países marcados pela valorização da formação estudantil com implementação de um espírito de ação e liderança, da capacitação para o trabalho em grupo, e do uso das tecnologias. O momento se caracteriza por um imenso aumento da capacidade de se obter informação. Objetos são produzidos pela informação com a finalidade de comercialização. As culturas do consumo e da propaganda são fortificadas e tudo gira em função do comprar e do vender, de modo que a propaganda se dirige para o consumidor que deve ser aliciado emocionalmente. O capital, ao dominar as mídias, acaba por dominar as emoções, os sentimentos, os hábitos e seduz fortemente os desejos das pessoas. A mídia transforma o cidadão em consumidor, na globalização neoliberal.
Como educadores não devemos identificar o termo informação com conhecimento, pois, embora andem juntos, não são palavras sinônimas. Informações são fatos, expressão, opinião, que chegam às pessoas por ilimitados meios sem que se saiba os efeitos que acarretam .Conhecimento é a compreensão da procedência da informação, da sua estrutura e dinâmica própria, e das conseqüências que dela advém, exigindo para isso um certo grau de racionalidade. A apropriação do conhecimento, é feita através da construção de conceitos, que possibilitam a leitura crítica da informação, processo necessário para absorção da liberdade e autonomia mental.
Hoje, exige-se do novo aluno um certo desenvolvimento de capacidades intelectuais, de abstração, de rapidez de raciocínio e de visão crítica mais ampla que valorize mais do que a racionalidade baseada apenas na informação. O conhecimento não pode se reduzir apenas ao saber fazer, aprender a usar, aprender a comunicar, com capacidade de adaptação às mudanças técnicas continuadas do processo produtivo, do mercado e da sociedade, imposto pela globalização neoliberal. A inclusão da educação desenvolve as condições de realização da cidadania porque absorvem conhecimentos, habilidades, técnicas, novas formas de solidariedade social, porque associa tarefas pedagógicas e ações sociais pela democratização da sociedade. A educação é um caminho de acesso ao conhecimento significativo, que se caracteriza por propiciar um saber que liberta. A assimilação do conhecimento, das opiniões, pode permitir uma elevada capacidade de letramento, que nada mais é do que a leitura crítica da informação, que é um dos caminhos para a liberdade mental e política. Nesse processo o professor é o mediador dessa interação do aluno com o conhecimento, visto que ele deve proporcionar ao aluno o mundo da informação, da técnica, da tradição e da linguagem, para que o mesmo possa construir seu pensamento, suas aptidões e suas atitudes, possibilitando aprendizagens significativas. O papel do professor deve ser o de ajudar o aluno a desenvolver sua aptidão do pensar, através da técnica do diálogo, estimular a capacidade cognitiva do aluno através do saber aprender, saber fazer, saber agir , saber conviver e se conhecer. O educando deve aprender a ser sujeito do próprio conhecimento que aprende a aprender, a buscar informação, como sujeitos pensantes de maneira prática e analítica.
O professor deve aprender a gostar dos alunos, transformando a sua aula mais agradável , motivadora e prazerosa. É necessário estimular a solidariedade mediante os valores democráticos e éticos. Isso significa ouvir o outro; respeitar as diferenças, aperfeiçoar as técnicas de comunicação, indicar formas mais competentes do conhecimento expressivo. Deve assumir uma atitude interdisciplinar passando do conhecimento interligado para o particularizado e deste para o integrado, distinguir e respeitar a diversidade em cada indivíduo e priorizar a igualdade dos direitos dos cidadãos em uma sociedade capitalista que é por excelência desigual e excludente. O saber conviver com as diferenças é saber conviver com pessoas possuidoras de crenças, compreensão de vida e interesses diferentes. A Educação cultivando valores de solidariedade, está ao lado dos excluídos e combate os efeitos do capitalismo . A luta contra a exclusão social também passa necessariamente pelo trabalho do professor.
Os novos tempos exigem um padrão educacional que esteja voltado para o desenvolvimento de um conjunto de competências e de habilidades essenciais, a fim de que os alunos possam fundamentalmente compreender e refletir sobre a realidade, participando e agindo no contexto de uma sociedade comprometida com o futuro. Grandes desafios se descortinam a nossa frente. O maior deles diz respeito à descoberta de construções que permitam desenvolver nos estudantes, a confiança nas suas capacidades de criar, de construir e reconstruir a fim de que o aluno se plenifique a partir de competências e habilidades e, não mais, somente, através de conhecimentos.
Autora: Amelia Hamze
Profª FEB/CETEC e FISO
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Hoje é dia de Santa Rita de Cássia 22 de maio de 2014
História
Caminho da santidade
Chamada Margherita, que originou o nome Rita, a Santa das Causas Impossíveis nasceu na Itália em 1381.
Um tanto contrariada, acabou fazendo o gosto dos pais: casou-se com um jovem temperamental e violento e tiveram filhos. Durante os 18 anos em que esteve casada, tudo fez para que a paz e a harmonia fossem mantidas. E à custa de muita oração conseguiu abrandar o temperamento do marido.
Um dia, entretanto, Paulo Ferdinando foi assassinado e jogado à beira de uma estrada. Os dois filhos juraram vingar o pai. Impotente ante o ódio dos filhos, pediu a Deus que os levasse antes que se manchassem de sangue. Seja lá por que desígnios de Deus, suas preces foram ouvidas.
Abalada pela morte do marido e dos filhos, quis recolher-se ao convento das Agostinianas de Cássia, mas não foi aceita. Rezou fervorosamente aos santos de sua devoção: São João Batista, Santo Agostinho e São Nicolau de Tolentino. Conseguindo ingressar no convento, viveu ali por 14 anos até sua morte, trazendo na testa um estigma, associando-se assim à paixão de Cristo.
Morreu no mosteiro de Cássia em 1457 e foi canonizada em 1900.
Uma família de devotos trouxe a imagem de Cássia, na Itália. Foi o ponto de partida para a devoção de mais de um século que se espalhou pelo Vale do Sapucaí, no Sul de Minas Gerais.
O Santuário de Santa Rita recebe romeiros ao longo de todo o ano. Há missas especiais para fiéis de outras paróquias todos os finais de semana com uma recepção especial pela equipe de acolhida. O Santuário possui três relíquias da santa italiana: uma partícula óssea, seu hábito e uma imagem em tamanho natural vinda de Cássia.
Chamada Margherita, que originou o nome Rita, a Santa das Causas Impossíveis nasceu na Itália em 1381.
Um tanto contrariada, acabou fazendo o gosto dos pais: casou-se com um jovem temperamental e violento e tiveram filhos. Durante os 18 anos em que esteve casada, tudo fez para que a paz e a harmonia fossem mantidas. E à custa de muita oração conseguiu abrandar o temperamento do marido.
Um dia, entretanto, Paulo Ferdinando foi assassinado e jogado à beira de uma estrada. Os dois filhos juraram vingar o pai. Impotente ante o ódio dos filhos, pediu a Deus que os levasse antes que se manchassem de sangue. Seja lá por que desígnios de Deus, suas preces foram ouvidas.
Abalada pela morte do marido e dos filhos, quis recolher-se ao convento das Agostinianas de Cássia, mas não foi aceita. Rezou fervorosamente aos santos de sua devoção: São João Batista, Santo Agostinho e São Nicolau de Tolentino. Conseguindo ingressar no convento, viveu ali por 14 anos até sua morte, trazendo na testa um estigma, associando-se assim à paixão de Cristo.
Morreu no mosteiro de Cássia em 1457 e foi canonizada em 1900.
Uma família de devotos trouxe a imagem de Cássia, na Itália. Foi o ponto de partida para a devoção de mais de um século que se espalhou pelo Vale do Sapucaí, no Sul de Minas Gerais.
O Santuário de Santa Rita recebe romeiros ao longo de todo o ano. Há missas especiais para fiéis de outras paróquias todos os finais de semana com uma recepção especial pela equipe de acolhida. O Santuário possui três relíquias da santa italiana: uma partícula óssea, seu hábito e uma imagem em tamanho natural vinda de Cássia.
Orações de Santa Rita
Hinos de Santa Rita
http://www.santuariodesantarita.com.br/historia-de-santa-rita-de-cassia
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quarta-feira, 21 de maio de 2014
Desafios do mundo contemporâneo: a educação num mundo de comunicação
Desafios do
mundo contemporâneo: a educação num mundo de
comunicação
Nelson Pretto
Estive em Santa Rosa, no Rio Grande do Sul, no mes de julho de
1998. Na UNIJUI, mais de uma vêz tenho estado junto em várias
oportunidades. Tudo por conta de contatos, básicamente feitos
via a rede mundial Internet. Como não acreditamos que estas
tecnologias afastam as pessoas, destes contatos temos articulados
inumeros projetos em comum, vários deles com a presença
física, seja no Rio grande do Sul, seja na Bahia. Coisas do
mundo contemporâneo. Um mundo em veloz transformação.
Estamos chegando ao ano 2000. O ano do bug do milênio,
onde as máquinas não vão dsabe se estamos na frente ou no
passado. A humanidade vive um momento especial. O processo
histórico do desenvolvimento da ciência e da tecnologia
universalizou o homem moderno, criando condições objetivas para
que ele seja, ao mesmo tempo, universal e tribal (não-local
e local). O filósofo italiano Gianni Vattimo, em seu
livro A sociedade Transparente, já dizia que apesar de
todos os esforços de concentração das grandes corporações
transnacionais "vivemos o mundo da comunicação
generalizada, da sociedade do mass media, com uma
multiplicação de valores locais". Esta
multiplicação de valores locais impõe-nos pensar de forma
diferenciada sobre o conceito de história, uma história
unitária, com um sentido privilegiado. Ainda de acordo com
Vattimo, o fim desta concepção unitária de história, da
história com H maísculo, está ligado a impossibilidade de se
ver o passado com um único conjunto de imagens. Para
Vattimo "existem imagens do passado propostas de pontos de
vistas diversos" e "é ilusório pensar que exista um
ponto de vista supremo, globalizante, capaz de unificar todos os
outros (como seria A História, que engloba a História da Arte,
da Literatura, da Guerra, da sexualidade etc.)."
Estas transformações e desafios que estamos vivendo estão
intimamente relacionadas com o desenvolvimento das novas
tecnologias da comunicação e informação que, mais
recentemente, ganham incremento a partir do movimento de
aproximação entre as diversas indústrias (de equipamentos,
eletrônica, informática, telefone, cabos, satélites,
entretenimento e comunicação). Este movimento, que é a
condição objetiva para o aperfeiçoamento destas tecnologias,
faz com que, potencialmente, aumentem as possibilidades de
comunicação entre as pessoas. No entanto, como em todo momento
de transição, ainda convivem, neste mesmo tempo, valores deste
mundo em transformação com os valores antigos,
vinculados aos velhos paradigmas da sociedade moderna. A
concentração do capital na esfera do sistema mundial de
comunicações é um destes elementos da modernidade ainda
presente no momento atual. Esta concentração, que se dá em
direção à constituição de impérios de comunicação, gera
uma centralização na produção das imagens, das notícias e da
informação. O caso brasileiro, que vie um momento especial em
função da existência de uma grande concentração da
propriedade dos meios junto ao fato de que grande parte do
Congresso nacional ser proprietário de emissoras de Rádio e
televisão o que permite por exemplo, grande concentração na
propriedade das emissoras por poucos e poderosos.
Matéria de Elvira Lobato, publicada pelo jornal Folha de São
Paulo de 12.6.94, intitulada Oito grupos dominam as TVs no
Brasil, mostrava claramente o quanto nem mesmo a legislaçao
em vigor à época era respeitada.Isto por que "a
legislação proíbe a concentração de mercado, estabelecendo
que nenhuma entidade ou pessoa pode ter participação em mais de
dez emissoras de TV em todo o país, das quais cinco, no máximo,
devem ser VHF (identificadas pelos canais até o número
13)." As famílias que dominam a mídia barasileira sãop d
enomes bem conhecidos de todos: Roberto Marinho (Rede Globo),
Sirotsky (Rede RBS), Saad (Bandeirantes), Abravanel (SBT, grupo
Silvio Santos) e Câmara (do grupo Anhanguera, da Região
Centro-Oeste).
Paralelamente, o processo de privatização do sistema de
telefônia brasileros colocva a questão na ordem do dia da
sociedade como um todo. Isto proque, com s=um sistema
privatizado, se não tivermos uma legislaçao bastante forte na
defesa dos interesses daqueles que não tem recursos para apagar
pelo sistema, teremos um incremento considerável na parcela dos
excluídos desta sociedade de informação.
Para nós, da educação estas são quest~es fundamentais por
mais do simples tecnologias, o que estamos vendo é o de ma nova
razão, um nova forma de pensare viver, que começa a ser
gestada, baseada em um outro logos, não mais operativo,
mas que tem na globalidade e na integridade seus vetores mais
fundamentais.
As novas redes planetária de comunicação crescem de forma
quase que alucinante e, com isso, coloca-se em cheque todos os
valores de um sistema educacional ainda calcado em velhos paradigmas.
O sistema educacional precisa, portanto, assumir uma outra
postura.
Países como o Brasil, com tantos problemas sociais a serem
enfrentados, depara-se com este novo desafio: construir uma
escola que forme o jovem profissional que viverá um novo
milênio, impregnado de comunicação, num mercado de trabalho em
constante transformação.
Os jovens, que já vivem plenamente este mundo alucinado, uma
vez que convivem mais intimamente com computadores, televisão,
videogames, terminam trazendo para a escola este mundo impregnado
de imaginação, emoção, raciocínios rápidos e velozes,
introduzindo, portanto, estes nos novos elementos, mais presentes
e mais determinantes do seu universo cultural.
A escola, no entanto, ainda resiste a estas transformações
desconhecendo o universo dos jovens que a ela chegam.
Estabelece-se, entao, um verdadeiro confronto.
As dificuldades de uma compreensão mais integral do
significado deste momento histórico atinge, evidentemente, a
sociedade como um todo e a escola em particular. O que se busca
é considerá-la como parte integrante deste movimento mais
global de transformações e, para tal, uma nova postura torna-se
necessária. Muitos problemas precisam ser enfrentados para uma
empreitada deste porte. Incorporar a imaginação, a afetividade,
uma nova razão, não mais operativa e sim baseada na integridade
e na globalidade, encontra inúmeras resistências. Para Pierre
Babin, "é difícil admitir que o imaginário e a
afetividade possam, de alguma forma, influenciar a escola, a
empresa ou a organização social. Na mente dos homens que detêm
o poder cultural, qualquer expressão imaginária ou afetiva
está ligada ao prazer, à arte, à manipulação."
É difícil, portanto, imaginar que esta articulação entre o
mundo da comunicação e o mundo escolar se dê de forma fluida e
transparente. No entanto, a escola - e a educação como um todo
- não pode permanecer apenas contemplando o movimento de
transformação que está ocorrendo na sociedade como um todo.
Ela própria precisa ser repensada e integrar-se neste conjunto
de transformações.
Não se pode continuar a pensar que incorporar os novos
recursos da comunicação na educação seja uma garantia, pura e
simples, de que se está fazendo uma nova educação, uma nova
escola, para o futuro. Ao contrário, observamos que esta
incorporação vem ocorrendo, basicamente, numa perspectiva instrumental,
com uma pura e simples introdução de novos elementos - ditos
mais modernos - em velhas práticas educativas. O que
precisamos é de uma integração mais efetiva entre a educação
e a comunicação e isso só se dará se estes novos meios
estiverem presentes nas práticas educacionais como fundamento
desta nova educação. Aí sim, estes novos valores, ainda em
construção, serão presentes e integrantes desta nova escola,
agora com futuro. Assim, esta escola estaria presente e
seria participante da construção desta nova sociedade e não
permaneceria, ou como uma resistência a estes valores em
declínio ou, talvez o pior, como mera espectadora a-crítica dos
novos valores em ascensão.
terça-feira, 20 de maio de 2014
Os Quatro Tipos de Karma
Os Quatro Tipos de Karma
A Lei do Karma diz: você colherá o que você plantou. A Lei de Newton diz: para cada ação há sempre uma reação oposta e de igual intensidade. Então o Karma não é uma punição, e sim “o fruto de nossas sementes plantadas”, onde gira a Roda de Sansara (roda das encarnações).
Podemos dizer que o Mapa Astral é um mapa flexível de nosso Karma. Parte desse Karma é fixo e parte mutável, pois podemos alterá-la com o nosso livre-arbítrio, dependendo exclusivamente de cada um de nós.
De acordo os ensinamentos hindus, dois tipos de Karma representam nosso Destino, enquanto outros dois representam nosso livre-arbítrio. Assim que houve a separação de Prakriti (matéria) do Purusha (espírito), a Lei do Karma começou a operar para tudo e para todos.
É atribuída a Mahatma Gandhi a frase: “Após a invenção da Lei do Karma, Deus pode se aposentar”.
Os Karmas que representam nosso destino são:
1 – Sanchita Karma: corresponde ao nosso Karma acumulado, representado por todas nossas ações de vidas anteriores.
2 – Prarabdha Karma: corresponde ao Karma de nossa vida atual. Nosso Prarabdha Karma é a porção de todo o nosso Sanchita Karma que é distribuído para nossa vida atual.
Os que representam nosso livre-arbítrio:
3 – Kriyamana Karma: é o nosso livre-arbítrio tomando atitudes para mudar nossas situações na vida atual.
4 – Agama Karma: é o nosso livre-arbítrio traçando planos de ação para o futuro.
Sem os dois últimos, estaríamos aprisionados ao Karma de todas as nossas encarnações passadas, sem direito ao aprimoramento de nossa alma.
Existem 3 níveis de Karma nos 4 tipos acima descritos:
1 – Dridha (Karma Fixo) – é o Karma que não podemos mudar, não importa nosso esforço. Somente pela graça de Deus.
2 – Dridha/Adridha (Karma Misto) – esse Karma pode ser mudado, mas somente com muito esforço de nossa parte.
3 – Adridha (Karma Mutável) – esse Karma pode ser mudado sem muito esforço.
Segundo K N Rao: “Astrologia é somente a leitura do padrão do nosso Karma, que tem uma ligação de nossas vidas passadas com as vidas futuras. O padrão karmico é tecido habilidosamente pelo Mapa Astral, indicando o equilíbrio dos Karmas que o individuo está carregando, bem como sua missão nesta vida”.
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