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segunda-feira, 27 de setembro de 2021
Hoje é dia do sagrado jejum de Sri Indira Ekadasi – dia 02/09/2021. A História.
domingo, 26 de setembro de 2021
HISTÓRIA DAS CARTILHAS DE ALFABETIZAÇÃO: AS MAIS ANTIGAS
HISTÓRIA DAS CARTILHAS DE ALFABETIZAÇÃO: AS MAIS ANTIGAS
UMA VIAGEM PELA HISTÓRIA DAS CARTILHAS DE ALFABETIZAÇÃO: DESDE AS MAIS ANTIGAS, A PRIMEIRA CARTILHA…
Método Castilho para o ensino rápido e aprazível do ler impresso, manuscrito e numeração, e do escrever.
Antonio Feliciano de Castilho
Ilustração de Bordallo.
(Obra tão própria para as escolas como para uso das famílias, inteiramente refundida e augmentada de várias lithographias) Antonio Feliciano de Castilho. 2.e. Lisboa: Imprensa Nacional, 1853. [A 1a. edição é, provavelmente, de 1850. Em 1855, Antonio de Castilho veio ao Brasil divulgar seu “Método” de alfabetização.]
Ilustração da edição de 1853 do “Método Castilho para o ensino rápido e aprazível do Ler impresso … manuscrito e numeração” (…)
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Cartilha Maternal
João de Deus. (Ilustrações de José Rui) Lisboa: Convergência, 1977.
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Cartilha da Infância. Tomaz Galhardo
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Cartilha. Leituras Infantis. Francisco Viana 48.e. Rio de Janeiro: Livraria Francisco Alves, 1945. [1a. edição 1895. A cartilha e os livros de leitura de Francisco Viana, formado na Escola Normal de São Paulo, foram muito populares nas escolas.]
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Cartilha das Mães. Arnaldo Barreto
49 e. Rio de Janeiro: Livraria Francisco Alves, 1938. [A Cartilha das Mães só começou a ser editada pela Livraria Francisco Alves a partir da 12ª edição, em 1911. É provável que as primeiras edições tenham saído pela Tipografia Siqueira, de São Paulo, fornecedora dos livros de escrituração da Escola Normal de São Paulo e editora que publicou em 1896 as Leituras Moraes de Arnaldo Barreto, antes portanto da Livraria Francisco Alves. Sendo assim, é possível que a Cartilha das Mães tenha sido publicada também por volta de 1896.]
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ABC da Infância Primeira coleção de cartas para aprender a ler.
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Cartilha Analítica. Arnaldo de Oliveira Barreto
63.e. Rio de Janeiro: Livraria Francisco Alves, 1955. [1a. edição 1909. O método analítico alfabetizava com palavras e sílabas, e se opunha ao antigo método, sintético, que ensinava as letras, o bê-a-bá.]
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Nova Cartilha Analítico-Sintética. Mariano de Oliveira.
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Cartilha Ensino Rápido de Leitura. Mariano de Oliveira. Ilustração de Gioconda Uliana Campos
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Cartilha Infantil pelo Método Analítico. Prof. Carlos Alberto Gomes Cardim
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Cartilha do Operário
Para o ensino da leitura, pela processuação do méthodo analítico, aos adolescentes e adultos. Theodoro de Moraes.. Professor pela escola normal de S. Paulo. Coleção Caetano de Campos. Obra aprovada pela diretoria Geral do ensino de São Paulo. 2 e. São Paulo: Casa Siqueira – Salles Oliveira & Cia Ltda., 1924. [Cartilha pioneira dirigida a adultos]
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Cartilha Proença.
Antonio Firmino Proença. Ilustrações de Oswaldo Storni11.e. a 15.e.São Paulo: Melhoramentos, s.d. [1a. edição 1926. Até a última edição (84ª) foram produzidos 145.000 exemplares.]
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Cartilha do Povo. Para ensinar a ler rapidamente. Lourenço Filho
116.e. São Paulo: Melhoramentos, 1939. [Teve ampla adoção nas escolas.1a. edição, 1928 e última, a 2.204a. edição, 1994. Conforme dados da editora Melhoramentos, foram produzidos mais de 10 milhões de exemplares. Um fato curioso da Cartilha do Povo foi a omissão do nome de seu autor até a 115ª edição com o intuito de reforçar seu “caráter popular”.]
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Cartilha de Hygiene. Para Uzo das Escolas Primarias. Dr. A. de Almeida Júnior
10.e. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1928. [A 1a. edição é de 1922, publicada pela Monteiro Lobato & Cia. Editores. De 1928 a 1940 ela foi reeditada pela Compania Editora Nacional, a qual informou que foram produzidos 43.575 exemplares nesse período.]
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Cartilha Fácil, Claudina de Barros
São Paulo: Tipografia Siqueira, s.d. [Há uma apresentação da cartilha por M. Moura Santos, datada de 11 de fevereiro de 1932, data provável da 1a. edição. A partir da 5a. edição, de 1935, a Cartilha Fácil passa a ser publicada pela Companhia Editora Nacional, atingindo nessa editora a tiragem de 332.105 exemplares até sua última edição, a 40a., de 1957.]
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Na Roça. Cartilha rural para alfabetização rápida. Renato Sêneca Fleury
São Paulo: Melhoramentos, s.d. [Destinada ao público do interior e do meio rural, a cartilha Na Roça, 1a. edição 1935, teve 133 edições até 1958. Conforme dados da editora, foram produzidos 278.000 exemplares. A cartilha integrava uma série, com livros de leitura, publicados em 1936.]
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Cartilha de Higiene. Renato Kehl. Desenhos de Francisco Acquarone
Rio de Janeiro: Livraria Francisco Alves, 1936. [Esta é a 1a. edição, de 1936. Abordagem lúdica dos cuidados com a higiene através da “Fada Hygia”]
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Brincar de Ler. Renato Sêneca Fleury. Ilustrações de Rita Blume
São Paulo: Melhoramentos, 1939. [Formato e ilustrações inovadoras. A 1a. edição é de 1939 e a última, a 39a. edição é de 1978. Conforme dados da editora, ao todo foram produzidos 870.500 exemplares.]
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Cartilha Sodré. Benedicta Stahl Sodré
219.e. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1951. [Não foi possível localizar a editora que publicou as primeiras edições, cuja 1a. edição é de 1940. A partir da 46a. edição, de 1948, a Cartilha Sodré passou a ser publicada pela Companhia Editora Nacional. Conforme dados da editora, de 1948 até 1989, data da última edição, a 273a., foram produzidos 6.060.351 exemplares. Em 1977, ela foi remodelada por Isis Sodré Verganini. Além da alteração no formato da cartilha, foram acrescentadas mais de 30 páginas.] Diário de Lições. Delphina Spiteri Passos [Caderno do professor indicando como se deveria trabalhar em sala de aula com a Cartilha Sodré, lição da para.]
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Caminho Suave: 1o. Livro (Leitura Intermediária). Branca Alves de Lima. Ilustrações executadas por Flavius.
Caminho Suave (Alfabetização pela Imagem). Branca Alves de Lima
Aprovado pela Comissão do Livro Didático do Departamento de Educação do Estado de São Paulo. São Paulo: Branca Alves de Lima, 1962. [O 1o. Livro de Leitura era usado, geralmente, a partir do segundo ano primário.]
68. e. São Paulo: Branca Alves de Lima, 1965. Aprovado pela Comissão Nacional do Livro didático (Pareceres no. 398 e 431 de 1948). [Essa cartilha, cuja 1a. edição é de 1948, parece ter sido um fenômeno de vendas no Brasil: calcula-se que todas edições, até a década de 1990, venderam 40 milhões de exemplares.] Há um exemplar de edição bem posterior, dos anos de 1980, quando a cartilha foi modificada e vários exercícios foram incluídos.
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Cartilha de Bitu. Aracy Hildebrando
48.e. Companhia Editora Nacional, 1960. [A 1a. edição é de 1954, publicada pela Companhia Editora Nacional, a qual informou que foram produzidos até a última edição, a 78a., de 1967, 716.525 exemplares.]
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Onde Está o Patinho? Cecília Bueno dos Reis Amoroso. Ilustrações de Rosa Monzel e Oswaldo Storni
São Paulo: Melhoramentos, 1955. [Foi inicialmente publicada pela editora Melhoramentos, em 1955, permanecendo até a 14a. edição, de 1972, com um total de 741.000 exemplares produzidos. A partir de 1972 ela passou a ser editada pela editora Lotus e é quando aparecem também as co-autoras Arminda Bueno dos Reis Amoroso e Angela Maria Bueno dos Reis Amoroso, filhas de Cecília Amoroso e o Manual do Professor. A mudança de editora marca a alteração no formato e no conteúdo da cartilha, que aumentou de tamanho e recebeu muitos exercícios e atividades, aumentando também o número de páginas. Em 1979, na 17ª edição, a cartilha começou a ser publicada pela Editora Saraiva.
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Onde está o Patinho
Manual do Professor.
São Paulo: Lótus, 1972. [A partir de 1972 a cartilha passou a ser editada pela editora Lotus e é quando aparecem também as co-autoras Arminda Bueno dos Reis Amoroso e Angela Maria Bueno dos Reis Amoroso, filhas de Cecília Amoroso e o Manual do Professor.]
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Upa, Cavalinho!
Lourenço Filho, ilustrações de Oswaldo Storni12.e. São Paulo: Melhoramentos, 1970. [A 1a. edição é de 1957, cuja tiragem foi de 1.000.000 de exemplares. Até 1970, data da última edição, a 12a., foram produzidos 2.070.000 exemplares. Há também um Guia do Mestre para a cartilha Upa, Cavalinho! São Paulo: Melhoramentos, 1956. [De 1956 a 1957 foram publicadas quatro edições desse guia, com a tiragem de 120.000 exemplares.]
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NO REINO DA ALEGRIA – DORACY DE ALMEIDA – 1974
São Paulo: IBEP, s.d. [Publicada pelo IBEP – Instituto Brasileiro de Edições Pedagógicas em 1974, a cartilha No Reino da Alegria tem formato bem maior que suas antecessoras. A introdução de exercícios após cada lição e o uso dos quadrinhos e tiras nas ilustrações foram também inovações importantes.]
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CARTILHAS: DAS CARTAS AO LIVRO DE ALFABETIZAÇÃO Ana Maria Moraes Scheffer, Rita de Cássia Barros de Freitas Araújo, Viviam Carvalho de Araújo, Mestrandas em Educação pela Faculdade de Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora.
Quem foi alfabetizado há mais tempo, ou quem sabe num passado mais
remoto, é bem possível que se lembre das cartilhas que circulavam nas salas
de aula, trazendo à tona lembranças do seu período de alfabetização. Período
em que as cartilhas ou os pré-livros eram os primeiros, senão, os únicos
materiais impressos a que tiveram acesso no processo inicial de ensino e
aprendizagem da leitura e da escrita. Valem as perguntas: Como se deu a
nossa alfabetização? Quais os materiais e/ou livros didáticos que circulavam
em nossas salas de aula?
Conforme destaca Stamatto (1998), a cartilha1, manuais escolares
empregados na alfabetização e na aprendizagem da leitura, ficou conhecida no
Brasil, desde a época colonial. Nesta ocasião, as cartilhas eram constituídas da
apresentação do alfabeto em grupos de letras para a formação de sílabas e de
textos religiosos escritos em português e latim.
Segundo a referida autora, a primeira lei brasileira sobre a escola
primária do ano de 18272, não mencionava o método e o manual escolar a
serem utilizados, mas determinava que o livro de leitura fosse a constituição
brasileira e os livros de história do Brasil. Na prática, isto não podia ser
comprovado, uma vez que havia dificuldade de acesso aos livros e obras para
realizar este estudo.
No início do século XIX, no Brasil, os manuais usados para ensinar a ler
e escrever eram importados de Portugal, pois até o ano de 1808, não era
permitida a publicação de livros nacionais. Os professores confeccionavam o
seu próprio material para alfabetizar e usavam também cartilhas portuguesas
como: O expositor português e a Cartilha Maternal, tendo sido esta última
produzida pelo poeta português João de Deus.
Os materiais produzidos pelos professores foram denominados Cartas
do ABC, que traziam o alfabeto escrito de várias formas, valorizando a grafia. O
método que se concretizava através desta cartilha era o método alfabético, o
qual toma como unidade de análise o nome de cada letra. Nesse método era
utilizado o processo de soletração para decifrar a palavra, por exemplo: bola,
be-o-bo, ele-a-la= bola.
Na década de 1880, foi produzida a Cartilha Nacional de Hilário Ribeiro
que propunha um trabalho simultâneo da leitura e da escrita e o ensino do valor
fônico das letras para o aprendizado da leitura. Nesta mesma década, foi
lançada a Cartilha da Infância de Thomaz Galhardo, baseada na silabação.
Esta cartilha foi usada nas escolas brasileiras até a década de 1980. Vejamos
o modelo de lição apresentada em uma página desta Cartilha da Infância citada
por Mortatti (2000, p3):
2 ª lição
va ve vi vo vu
ve va vo..vu..vi
vo vi va ve vu
vai viu vou
Vocábulos
Vo-vó a-ve a-vô o-vo
vi-va vo-vo ou-ve u-va
ui-va vi vi a vi ú va
Exercício
Vo-vó viu a a-ve
A a-ve vi-ve e vo-a
Eu vi a vi-ú-va
vi-va a vo vó
vo-vô vê o o-vo
a a-ve vo-a-va
Publicada em 1907 e muito usada em vários estados brasileiros, a
Cartilha Analytica de Arnaldo Barreto marca a ascensão do método analítico no
Brasil. Apesar do nome, esta cartilha estava dividida em decifração e
compreensão como constatamos no exemplo abaixo de uma das páginas desta
cartilha:
1. Esta é a vaca do meu tio Carlos.
2. Chama-se Rosada.
3. Chama-se Rosada, porque é vermelha.
4. Rosada tem um lindo bezerro.
5. O bezerro também é vermelho.
6. Ele gosta muito do leite da Rosada.
7. Vocês também gostam de leite?
8. Eu gosto muito de leite.
9. Gosto de leite quando tem nata.
10. É da nata que se faz a manteiga.
11. É da nata que também se faz o queijo.
12. Não mames todo o leite, bezerrinho!
13. Deixa um pouco de elite para mamãe fazer manteiga.
Fonte: Centro de referência para Pesquisa Histórica em Educação (Unesp-Marília)
Em 1987, é lançada a cartilha Casinha Feliz de Iracema e Eloísa
Meireles. Este livro foi o marco do método fônico no Brasil, o qual enfatizava a
menor unidade da fala, o fonema, e sua representação na escrita. Citando
Braslavsky, (Frade 2005) explica que no método fônico ensina-se primeiro as
formas e os sons das vogais, para depois ensinar as consoantes e vogais,
estabelecendo entre consoantes e vogais, relações cada vez mais complexas.
Cada letra é aprendida como um som que, junto a outro som, pode formar
sílabas e palavras.
Conforme já foi apontada, a partir da década de 80, a discussão sobre a
alternância dos métodos foi substituída pela discussão sobre o uso ou não dos
métodos de alfabetização, o que veio repercutir na produção de materiais
didáticos. Há um rompimento com a defesa explícita do método tão presente
nos discursos, na formação dos professores e nos materiais didáticos. Os
educadores passaram a trabalhar com textos diversificados nos diferentes
suportes que circulavam na sociedade como livros, jornais, revistas,
embalagens, bulas, entre outros.
No final da década de 1990, houve uma defesa à volta dos livros para
alfabetizar. Tais materiais, então, ficaram semelhantes aos livros de leitura,
mas não continham atividades que exploravam a relação fonema/grafema.
Frade (2003) explica que, nos últimos anos, dentro da Política Nacional do
Livro Didático (PNLD), vem ocorrendo uma tendência pela escolha de livros de
alfabetização considerados menos recomendados. Um fato que explica tal
escolha, é que muitos professores esperam encontrar nos livros de
alfabetização, de hoje, a permanência de procedimentos sistemáticos e
explícitos para ensinar a ler e escrever.
Será a cartilha um mal necessário, de
fato? Que outras concepções, que outras
práticas, que outros conteúdos, que outras
finalidades da alfabetização, que outras formas
de acesso ao mundo da cultura seriam
possíveis, no sentido de romper com esse pacto
secular?
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BAKHTIN, M. Estética da Criação verbal: São Paulo: Martins Fontes, 2003.
FRADE, Isabel C. S..Alfabetização hoje: onde estão os métodos? Revista
Presença Pedagógica. Belo horizonte: Dimensão, nº 50 Mar./Abr. 2003
FRADE, Isabel Cristina A. S. e Maciel, Francisca Izabel Pereira. História da
alfabetização: produção, difusão e circulação de livros MG/RS/MT- Séc. XIX e
XX). Belo Horizonte: UFMG/FAE, 2006.
FRADE, Isabel Cristina A. S. Métodos e didáticas de alfabetização: história,
características e modos de fazer de professores: caderno do formador. Belo
Horizonte: Ceale/FaE/UFMG, 2005.
GOULART, Cecília. A organização do trabalho pedagógico: alfabetização e
letramento como eixos orientadores. In Brasil, Ministério da Educação. Ensino
Fundamental de nove anos: orientações para a inclusão da criança de seis
anos de idade. Brasília: MEC/SEB, 2006.
MORTATTI, M. R. L. Cartilha de alfabetização e cultura escolar: Um pacto
secular. Caderno CEDES v.20 n.52 Campinas, nov.2000.
______. História dos métodos de alfabetização no Brasil. Seminário
Alfabetização e Letramento em Debate. Disponível em www.mec.gov.br, maio
de 2006.
SOARES, Magda Becker. Letramento e Alfabetização: as muitas facetas. Anais
da 26ª Reunião Anual da ANPED – GT Alfabetização, Leitura e escrita. Poços
de Caldas, 7 de outubro de 2003
STAMATTO, M. I.S. Os manuais escolares, o método de alfabetização e de
ensino no Brasil (1822 – 1889). In: FERNANDES, Rogério e Adão, Áurea, Adão
(orgs.). Leitura e escrita em Portugal e no Brasil (1500-1970). Sociedade
Portuguesa de Ciências da Educação. Porto, 1998
Fonte: Espaço Educar
http://espacoeducar-liza.blogspot.com/2009/02/historia-das-cartilhas-de-alfabetizacao.html
quinta-feira, 23 de setembro de 2021
terça-feira, 21 de setembro de 2021
segunda-feira, 20 de setembro de 2021
domingo, 19 de setembro de 2021
Ansiedade na infância e a importância de se validar emoções
O excesso de ansiedade não é mais um transtorno associado a adultos. Muitas crianças vêm desenvolvendo quadros de ansiedade que podem ter sido agravados pela pandemia e que na grande maioria das vezes não são identificados pelos adultos.
Mesmo nos espaços escolares, as crianças apresentam sinais de ansiedade que são confundidos com insegurança, timidez, hiperatividade e falta de concentração. No ensino remoto, fica muito mais difícil avaliar e perceber quando algo está errado.
Uma investigação mais aprofundada é necessária, principalmente quando esses sintomas se tornam obstáculos para o desenvolvimento da aprendizagem. A realidade em que vivemos hoje, com muitas cobranças, horários, excesso de atividades e de estimulação cerebral, pode desencadear um transtorno de ansiedade que parece ser permanente.
A ansiedade desenvolvida na realização de uma prova é muito diferente do transtorno de ansiedade. Este último, permanece mesmo após a prova e independe do desempenho ou da nota. Em casos mais graves pode gerar depressão e síndrome do pânico.
Estima-se que o Brasil tenha entre 5% e 10% de crianças e adolescentes que apresentem algum transtorno de ansiedade. Considerando-se os números da população infantil brasileira, esse é um índice muito alto. Isso porque só recentemente o transtorno de ansiedade foi reconhecido como patologia no CID (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde).
Em grande parte dos diagnósticos fica difícil estabelecer a causa, principalmente quando ela é biológica (problemas gestacionais ou histórico na família). Causas psicológicas podem se originar em casa, devido às relações familiares abusivas; ou na escola, com a prática de bullyings, quando a criança não quer ir presencialmente para a escola ou se recusa a abrir a câmera no ensino remoto.
A ansiedade traz inúmeros prejuízos para a aprendizagem e tanto as famílias quanto a equipe escolar precisam estar atentos. Crianças com transtornos de ansiedade podem ter dificuldade para dormir, para se alimentar em razão de sentimentos que levam ao nervosismo constante, e consequentemente, para se concentrar nos estudos.
Se esses sintomas perdurarem por muito tempo e a criança não encontrar uma forma de se expressar emocionalmente, corre-se o risco de uma depressão profunda e até mesmo o suicídio.
Mas como podemos trabalhar em prol da validação das emoções destas crianças que sofrem, muitas vezes, em silêncio? Num primeiro momento é preciso sensibilizar para a empatia. Sem empatia não valorizamos o sentimento do outro, não nos colocamos em seu lugar. Por mais que nós, adultos, julguemos banais os sentimentos de uma criança, tais como vergonha, o medo e a culpa, por exemplo.
Entender que esses sentimentos são legítimos na criança e não uma simples “frescura infantil” ou “invenção de cabecinha fértil” é o caminho para se conectar à criança e criar vínculos.
Sem o compromisso de validar as emoções que a criança sente, ela se torna vulnerável às próprias armadilhas dos transtornos de ansiedade. Uma vez percebido esse problema na escola, é preciso acolher esta criança, desenvolver o sentimento de escuta aberta, orientar a família na busca de tratamento terapêutico contínuo com o mínimo de interrupções possível e propor técnicas de ludoterapia. Todo cuidado especial deve ser destinado às nossas crianças na preservação da saúde mental para promover uma infância saudável e feliz!
* Karyn Teixeira de Lemos é mestre em Educação Tecnologias Digitais e professora da Área de Educação da Uninter.
Créditos do Fotógrafo: Victoria Borodinova/Pixabay
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