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segunda-feira, 31 de dezembro de 2012
domingo, 30 de dezembro de 2012
sábado, 29 de dezembro de 2012
Epicuro
Epicuro
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Epicuro | |
---|---|
Filosofia antiga | |
Nome completo | Ἐπίκουρος |
Escola/Tradição: | Epicurismo |
Data de nascimento: | 341 a.C. |
* Local: | Samos |
Data de falecimento | 270 a.C. (71 anos) |
* Local: | Atenas |
Principais interesses: | Hedonismo, Atomismo |
Trabalhos notáveis: | Fundador do Epicurismo |
Influenciado por: | Demócrito, Pirro |
Influências: | Hermarco, Lucrécio, Thomas Hobbes, Jeremy Bentham, John Stuart Mill, Thomas Jefferson, Friedrich Nietzsche, Karl Marx, Michel Onfray, Adriano, Metródoro de Lâmpsaco (o jovem), Filodemo, Amafinio, Cátio |
Portal Filosofia |
Vida
Epicuro nasceu na Ilha de Samos, em 341 a.C., mas ainda muito jovem partiu para Téos, na costa da Ásia Menor. Quando criança estudou com o platonista Pânfilo por quatro anos e era considerado um dos melhores alunos. Certa vez ao ouvir a frase de Hesíodo, todas as coisas vieram do caos, ele perguntou: e o caos veio de que? Retornou para a terra natal em 323 a.C.. Sofria de cálculo renal, o que contribuiu para que tivesse uma vida marcada pela dor.Epicuro ouviu o filósofo acadêmico Pânfilo em Samos, que não lhe foi de muito agrado. Por isso foi mandado para Téos pelo seu pai. Com Nausífanes de Téos, discípulo de Demócrito de Abdera, Epicuro teria entrado em contato com a teoria atomista — da qual reformulou alguns pontos. Epicuro ensinou filosofia em Lâmpsaco, Mitilene e Cólofon até que em 306 a.C. fundou sua própria escola filosófica, chamada O Jardim, onde residia com alguns amigos, na cidade de Atenas. Lecionou em sua escola até a morte, em 270 a.C., cercado de amigos e discípulos e tendo sua vida marcada pelo ascetismo, serenidade e doçura.
Na Divina Comédia, de Dante Alighieri, Epicuro é colocado no Inferno como um Herege. Ele está na 6º Prisão, junto com seus seguidores, na cidade de Dite. A pena dos hereges é serem enterrados em túmulos ardentes e abertos, tendo os membros queimados pela areia quente.
Filosofia e obra
O propósito da filosofia para Epicuro era atingir a felicidade, estado caracterizado pela aponia, a ausência de dor (física) e ataraxia ou imperturbabilidade da alma. Ele buscou na natureza as balizas para o seu pensamento: o homem, a exemplo dos animais, busca afastar-se da dor e aproximar-se do prazer. Estas referências seriam as melhores maneiras de medir o que é bom ou ruim. Utilizou-se da teoria atômica de Demócrito para justificar a constituição de tudo o que há. Das estrelas à alma, tudo é formado de átomos, sendo, porém de diferentes naturezas. Dizia que os átomos são de qualidades finitas, de quantidades infinitas e sujeitos a infinitas combinações. A morte física seria o fim do corpo (e do indivíduo), que era entendido como somatório de carne e alma, pela desintegração completa dos átomos que o constituem. Desta forma, os átomos, eternos e indestrutíveis, estariam livres para constituir outros corpos. Essa teoria, exaustivamente trabalhada, tinha a finalidade de explicar todos os fenômenos naturais conhecidos ou ainda não e principalmente extirpar os maiores medos humanos: o medo da morte e o medo dos deuses. Naqueles tempos, Epicuro percebeu que as pessoas eram muito supersticiosas e haviam se afastado da verdadeira função das religiões e dos deuses. Os deuses, segundo ele, viviam em perfeita harmonia, desfrutando da bem-aventurança (felicidade) divina. Não seria preocupação divina atormentar o homem de qualquer forma. Os deuses deveriam ser tomados como foram em tempos remotos, modelos de bem-aventurança que servem como modelo para os homens e não seres instáveis, com paixões humanas, que devem ser temidos.Desta forma procurou tranquilizar as pessoas quanto aos tormentos futuros ou após a morte. Não há por que temer os deuses nem em vida e nem após a vida. E além disso, depois de mortos, como não estaremos mais de posse de nossos sentidos, será impossível sentir alguma coisa. Então, não haveria nada a temer com a morte.
No entanto, a caminho da busca da felicidade, ainda estão as dores e os prazeres. Quanto às dores físicas, nem sempre seria possível evitá-las. Mas Epicuro faz questão de frisar que elas não são duradouras e podem ser suportadas com as lembranças de bons momentos que o indivíduo tenha vivido. Piores e mais difíceis de lidar são as dores que perturbam a alma. Essas podem continuar a doer mesmo muito tempo depois de terem sido despertadas pela primeira vez. Para essas, Epicuro recomenda a reflexão. As dores da alma estão frequentemente associadas às frustrações. Em geral, oriunda de um desejo não satisfeito.
Encontra-se aqui um dos pontos fundamentais para o entendimento dessa curiosa doutrina, que também foi tomada por seus seguidores e discípulos como um evangelho ou boa nova, o equacionamento entre dores e prazeres.
Das 300 obras escritas pelo filósofo, restaram apenas três cartas que versam sobre a natureza, sobre os meteoros e sobre a moral, e uma coleção de pensamentos, fragmentos de outras obras perdidas. Estas cartas, com os fragmentos, foram coligidos por Hermann Usener sob o título de Epicurea, em 1887, mas mais tarde descobriu ser de Leucipo para Hermann Diels[1] . Por suas proposições filosóficas Epicuro é considerado um dos precursores do pensamento anarquista no período clássico.
A certeza
Segundo Epicuro, para atingir a certeza é necessário confiar naquilo que foi recebido passivamente na sensação pura e, por consequência, nas idéias gerais que se formam no espírito (como resultado dos dados sensíveis recebidos pela faculdade sensitiva).O atomismo
Epicuro defendia ardorosamente a liberdade humana e a tranquilidade do espírito. O atomismo, acreditava o filósofo, poderia garantir ambas as coisas desde que modificado. A representação vulgar do mundo, com seus deuses, o medo dos quais fez com que se cometessem os piores atos, é obstáculo à serenidade. Todas as doutrinas filosóficas, salvo o atomismo, participam dessas superstições.No sistema epicurista, os átomos se encontram fortuitamente, por uma leve inclinação em sua trajetória, que o faria chocar com outro átomo para constituir a matéria. Esta é a grande modificação em relação ao atomismo de Demócrito, onde o encontro dos átomos é necessário. A inclinação a que o átomo se desvia poderia ser por uma vontade, um desejo ou por afinidade com outro átomo. Precisamente este é o ponto fosco na teoria atômica de Epicuro. Provavelmente tenha explicado melhor em alguma de suas obras perdidas. Certo é que este encontro fortuito dos átomos que garante a liberdade (se assim não fosse, tudo estaria sob o jugo da Natureza) e garante a explicação dos fenômenos, sua elucidação, fazendo com que possam ser explicados racionalmente. Assim, ao compreender como opera a Natureza, o homem pode livrar-se do medo e das superstições que afligem o espírito.
O prazer
A doutrina de Epicuro entende que o sumo bem reside no prazer e, por isso, foi uma doutrina muitas vezes confundida com o hedonismo. O prazer de que fala Epicuro é o prazer do sábio, entendido como quietude da mente e o domínio sobre as emoções e, portanto, sobre si mesmo. É o prazer da justa-medida e não dos excessos. É a própria Natureza que nos informa que o prazer é um bem. Este prazer, no entanto, apenas satisfaz uma necessidade ou aquieta a dor. A Natureza conduz-nos a uma vida simples. O único prazer é o prazer do corpo e o que se chama de prazer do espírito é apenas lembrança dos prazeres do corpo. O mais alto prazer reside no que chamamos de saúde. Entre os prazeres, Epicuro elege a amizade. Por isso o convívio entre os estudiosos de sua doutrina era tão importante a ponto de viverem em uma comunidade, o "Jardim". Ali, os amigos poderiam se dedicar à filosofia, cuja função principal é libertar o homem para uma vida melhor.[2]O desejo
Desejos naturais | Desejos frívolos | ||||
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Necessários | Simplesmente naturais | Artificiais | Irrealizáveis | ||
Para a felicidade (eudaimonia) | Para a tranquilidade do corpo (protecção) | Para a vida (nutrição, sono) | Variações de prazeres, busca do agradável | Exemplo: riqueza, glória | Exemplo: imortalidade |
Traduções
Há, em português, tradução de uma das cartas de Epicuro, a sobre a felicidade (a Meneceu), feita por Álvaro Lorencini e Enzo Del Carratore, em edição bilíngüe.- EPICURO. Carta sobre a felicidade (a Meneceu). Trad. e apresent. de Álvaro Lorencini e Enzo Del Carratore. São Paulo: UNESP, 1997.
- EPICURO. Obras. Estudio preliminar, traducción y notas de Montserrat Jufresa, 2a edición, Madrid: Editorial Tecnos, 1994.
- FARRINGTON, Benjamin. A doutrina de Epicuro. Tradução de Edmond Jorge. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1968.
- FERRATER MORA, J. Diccionario de Filosofía. Tomos I e II. Barcelona: Editorial Ariel, 1994.
- GUAL, Carlos Garcia. Epicuro. Madrid: Alianza Editorial, 1996.
- LUCRÉCIO, Tito. Da Natureza. Coleção Os Pensadores, volume V. São Paulo, Editora Abril, 1973.
- RUSSELL, Bertrand. Obras filosóficas. Tradução de Breno Silveira. Vol I. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1969.
- SPINELLI, Miguel. Os Caminhos de Epicuro. São Paulo: Loyola, 2009
- ULLMANN, Reinholdo A. Epicuro o filósofo da alegria. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1996.
Referências
- ↑ H.Diels- W.Kranz, Die Fragmente der Vorsokratiker, Berlin 1903.
- ↑ Documetário: Epicuro e a Felicidade
Ver também
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Segundo Epicuro, a posse de poucos bens materiais e a não obtenção de cargos públicos proporcionam uma vida feliz e repleta de tranquilidade interior, visto que essas coisas trazem variadas perturbações. Por isso, as condições necessárias para a boa saúde da alma estão na humildade. E para alcançar a felicidade, Epicuro cria 4 “remédios”:
1. Não se deve temer os deuses;
2. Não se deve temer a morte;
3. O Bem não é difícil de se alcançar;
4. Os males não são difíceis de suportar.
http://www.brasilescola.com/filosofia/a-etica-epicuro.htmFrases de EPICURO clique aqui para ler.
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O Santo Nome Religião Música Política Culinária Vegetariana Vídeos Imagens Cultura e Bem Viver: Estupros lésbicos: “She stole my voice”
O Santo Nome Religião Música Política Culinária Vegetariana Vídeos Imagens Cultura e Bem Viver: Estupros lésbicos: “She stole my voice”: O filme “ She stole my voice ” foi o vencedor da edição 2007 do Global Independent Film Showcase , na categoria Melhor Documentário. O fi...
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Estupros lésbicos: “She stole my voice”
O filme “She stole my voice” foi o vencedor da edição 2007 do Global Independent Film Showcase, na categoria Melhor Documentário. O filme retrata o drama de mulheres que foram vítimas de um tipo de crime que o próprio documentário classifica como “unthinkable”, inimaginável.
Trata-se de um documentário sobre estupros lésbicos.
Isso mesmo: es-tu-pros lés-bi-cos. Estupros praticados por mulheres contra mulheres. Mais especificamente, praticados por mulheres lésbicas (ou bissexuais — por que discriminar?) contra outras lésbicas (ou bissexuais — por que discriminar?).
O trailler do filme (que vocês, maiores de idade, podem conferir aqui) traz uma interessante citação a pesquisadora Claire Renzetti (University of Dayton, Saint Joseph University):
“30% of lesbians have been sexually assauted or raped by another woman who was not necessarily an intimate partner”. (Renzetti. Violent Betrayal: Partner Abuse in Lesbian Relationships).
Como no Brasil todo e qualquer caso de agressão a homossexuais, independente do motivo ou da identidade do agressor, passou a ser considerado “homofobia”, cabe a pergunta: estupros lésbicos também são casos de homofobia, amigo leitor?
Já sabemos que, na tentativa de aprovar a PL 122, mais conhecida como Lei da Homofobia, os líderes do movimento gayzista procuram inflar os dados sobre as agressões e ainda misturar sob o mesmo rótulo coisas completamente diversas como:
1. Agressão de heterossexuais contra homossexuais, por motivo de preconceito.
2. Agressões de homossexuais contra homossexuais, por motivo passional.
3. Agressões de garotos de programa (também homossexuais) contra homossexuais, por motivos de roubo após relações sexuais comerciais.
4. Agressões de heterossexuais contra homossexuais, por motivos diversos e não relacionados à sexualidade, como: simples assaltos, dívidas de drogas, envolvimento com criminalidade, etc.
5. E, finalmente, terríveis e opressoras pregações religiosas ou filosóficas no odioso estilo “largue essa vida de pecado, meu filho, e aceite a Jesus, que ele tem algo melhor pra você!”.
A estratégia é simples e segue os seguintes passos:
A. Primeiro, mostramos na mídia alguns poucos casos do tipo 1 acima de modo a despertar a sensibilidade das pessoas para o problema da “violência contra homossexuais”.
B. Depois, divulgamos dados estatísticos de agressões do tipo 1, 2, 3 e 4, todos juntos sob o mesmo rótulo de “violência contra homossexuais”.
C. Em seguida, fazemos a confusão proposital entre (i) a causa de alguns dos crimes (i.e. preconceito contra homossexuais ou “homofobia”) e (ii) todos os crimes em si (i.e. o uso efetivo de violência). Assim, a população começa a confundir os conceitos e igualar todos os caso de preconceito contra homossexuais aos casos de violência, como se fossem todos a mesma coisa.
D. Por fim, é só usar o termo “homofobia” (que ora significa preconceito e ora significa violência) para se referir a todo e qualquer sentimento de rejeição e de não-concordância com o comportamento homossexual. Pronto, você tem as condições psicológicas e sociológicas necessárias para promover uma lei de criminalização de todos aqueles que simples não gostam do grupo que quer ganhar privilégios.
Bem, diante desse quadro é que o blog Tudo não é relativo traz essa importante contribuição para a causa gayzista: os gayzistas brasileiros agora podem citar os casos de estupros lésbicos como casos de “homofobia” também e tentar comover todo o país a apoiar uma lei que ofende a Constituição, que acaba com a liberdade de expressão, que persegue as religiões e — de quebra — consegue gerar um aumento da violência contra homossexuais por parte de uma minoria descontrolada que acha que o movimento gayzista (gay + nazista) está passando dos limites do tolerável.
E aí? Estupro lésbico também é homofobia?
**********
P.S.: Sabe qual a pior parte? Este post parece ter o formato de um argumento de reductio ad absurdum, mas na verdade só faz repetir o que alguns já dizem a respeito de estupros gays. “Homem que estupra homem é quase sempre heterossexual”, nos diz um texto no site Rede Ex Aequo, da Associação de Jovens LGBTs de Portugal. E mulher que estupra mulher também deve ser hetero, né?
fonte http://tudonaoerelativo.blogspot.com.br/2011/04/estupros-lesbicos-she-stole-my-voice.html
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sexta-feira, 28 de dezembro de 2012
A raposa e o corvo
A raposa e o corvo
Um dia um corvo estava pousado no galho de uma
árvore com um pedaço de queijo no bico quando passou uma raposa. Vendo o
corvo com o queijo, a raposa logo começou a matutar um jeito de se
apoderar do queijo. Com esta idéia na cabeça, foi para debaixo da
árvore, olhou para cima e disse:
-Que pássaro magnífico avisto nessa árvore! Que
beleza estonteante! Que cores maravilhosas! Será que ele tem uma voz
suave para combinar com tanta beleza! Se tiver, não há dúvida de que
deve ser proclamado rei dos pássaros.
Ouvindo aquilo o corvo ficou que era pura vaidade.
Para mostrar à raposa que sabia cantar, abriu o bico e soltou um sonoro
"Cróóó!" . O queijo veio abaixo, claro, e a raposa abocanhou ligeiro
aquela delícia, dizendo:
-Olhe, meu senhor, estou vendo que voz o senhor tem. O que não tem é inteligência!
Moral: cuidado com quem muito elogia.
Do livro: Fábulas de Esopo - Companhia das Letrinhas
http://www.metaforas.com.br/infantis/a_raposa_eo_corvo.asp
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Santa Catarina de Gênova
Santa Catarina de Gênova 1447-1510 |
Santa Catarina de Gênova
No século XV, os partidos guelfi e ghibellini eram os dominantes em Gênova, alternando-se no governo da cidade por meio de lutas sangrentas. Mas quando Catarina Fieschi nasceu, no ano de 1447, as famílias da nobreza que pertenciam a essas facções políticas já conviviam em paz, que era mantida pelos casamentos acordados entre si. Ela também teve de submeter-se a essa situação, pois seus pais, Tiago e Francisca, fidalgos dos guelfi, a deram em casamento ao jovem Juliano, da aristocrata família Adorno, dos ghibellini.
A união foi chamada de bizarra. Juliano era muito rico, mas irresponsável, desregrado, jogador e de caráter duvidoso, enquanto Catarina, com apenas dezesseis anos, era religiosa, sensível e muito caridosa, que, em vez de casar, desejava poder ter seguido a vida religiosa como sua irmã Limbânia o fizera.
Ela viveu sob a influencia negativa do marido, dividida entre as futilidades da corte e as obras de caridade. Um verdadeiro conflito entre os pecados e o remorso. Aos vinte e seis anos de idade, depois de visitar a irmã Limbânia no mosteiro, quando tudo lhe parecia perdido, sem solução e salvação, Catarina resolveu viver no seguimento de Jesus, para dedicar-se aos pobres e aos doentes.
Sua conversão foi tão sincera, radical e transparente que Juliano se converteu também. Colocando todo o seu patrimônio à disposição dos necessitados e deixando os palácios suntuosos, os dois ingressaram na Ordem Terceira Franciscana e foram morar no hospital de Pammatone. Nessa época, devido às freqüentes invasões de conquistadores, os soldados haviam trazido a sífilis e a peste, que se tornaram epidemias crônicas, atingindo toda a população, rica e pobre. Catarina e Juliano passaram a cuidar desses doentes.
Catarina realizou o seu desejo de renovação espiritual praticando a caridade entre os mais contaminados e desenganados. Juliano, depois de alguns anos morreu, em 1497. Ela continuou cada vez mais despojada de tudo, servindo a Deus na total entrega aos pobres mais doentes e abandonados.
Ao seu redor se juntou um grupo de seguidores, entre os quais o humanista genovês Heitor Vernazza. Ela a todos dizia: "Não se encontra caminho mais breve, nem melhor, nem mais seguro para a nossa salvação do que esta nupcial e doce veste da caridade". Enquanto isso, a fama de sua santidade corria entre os fiéis.
Catarina, nessa íntima comunhão com Deus, foi premiada com dons especiais da profecia, conselho e cura. Em 1507, com o físico enfraquecido e por causa do constante contato com os mais contaminados, adoeceu e nunca mais se recuperou. Morreu no dia 15 de setembro de 1510.
Logo o seu culto se propagou, sendo confirmado pelo papa Clemente XII em 1737, quando canonizou santa Catarina Fieschi Adorno, mais conhecida como santa Catarina de Gênova. Ela é festejada pela diocese de Gênova no dia 12 de setembro. Sua memória litúrgica é celebrada no dia 22 de maio.
A união foi chamada de bizarra. Juliano era muito rico, mas irresponsável, desregrado, jogador e de caráter duvidoso, enquanto Catarina, com apenas dezesseis anos, era religiosa, sensível e muito caridosa, que, em vez de casar, desejava poder ter seguido a vida religiosa como sua irmã Limbânia o fizera.
Ela viveu sob a influencia negativa do marido, dividida entre as futilidades da corte e as obras de caridade. Um verdadeiro conflito entre os pecados e o remorso. Aos vinte e seis anos de idade, depois de visitar a irmã Limbânia no mosteiro, quando tudo lhe parecia perdido, sem solução e salvação, Catarina resolveu viver no seguimento de Jesus, para dedicar-se aos pobres e aos doentes.
Sua conversão foi tão sincera, radical e transparente que Juliano se converteu também. Colocando todo o seu patrimônio à disposição dos necessitados e deixando os palácios suntuosos, os dois ingressaram na Ordem Terceira Franciscana e foram morar no hospital de Pammatone. Nessa época, devido às freqüentes invasões de conquistadores, os soldados haviam trazido a sífilis e a peste, que se tornaram epidemias crônicas, atingindo toda a população, rica e pobre. Catarina e Juliano passaram a cuidar desses doentes.
Catarina realizou o seu desejo de renovação espiritual praticando a caridade entre os mais contaminados e desenganados. Juliano, depois de alguns anos morreu, em 1497. Ela continuou cada vez mais despojada de tudo, servindo a Deus na total entrega aos pobres mais doentes e abandonados.
Ao seu redor se juntou um grupo de seguidores, entre os quais o humanista genovês Heitor Vernazza. Ela a todos dizia: "Não se encontra caminho mais breve, nem melhor, nem mais seguro para a nossa salvação do que esta nupcial e doce veste da caridade". Enquanto isso, a fama de sua santidade corria entre os fiéis.
Catarina, nessa íntima comunhão com Deus, foi premiada com dons especiais da profecia, conselho e cura. Em 1507, com o físico enfraquecido e por causa do constante contato com os mais contaminados, adoeceu e nunca mais se recuperou. Morreu no dia 15 de setembro de 1510.
Logo o seu culto se propagou, sendo confirmado pelo papa Clemente XII em 1737, quando canonizou santa Catarina Fieschi Adorno, mais conhecida como santa Catarina de Gênova. Ela é festejada pela diocese de Gênova no dia 12 de setembro. Sua memória litúrgica é celebrada no dia 22 de maio.
Tratado do Purgatório de Santa Catarina de Genova.
Alguns trechos essenciais do "Tratado do Purgatório"
Via com os olhos da alma e compreendia a condição dos fiéis no Purgatório, eram ali para purificar-se antes de serem apresentados diante de Deus, no Paraíso.
A ferrugem do pecado é o impedimento e o fogo vai consumindo a ferrugem e assim a alma com o passar do tempo vai descobrindo o divino influxo...
Assim a ferrugem (isto é, o pecado) é a cobertura das almas e no Purgatório se vai consumindo pelo fogo e quanto mais consome, mais se corresponde ao verdadeiro sol, Deus. Porém cresce a alegria enquanto diminui a ferrugem e se descobre a alma ao divino raio. E assim um cresce e o outro diminui, até que seja terminado o tempo.
A pena existe, mas somente o tempo de estar nessa pena. E quanto à vontade, não posso dizer que aquelas sejam penas, porque são contentes pela ordem dada por Deus, com a qual é unida a vontade deles na pura caridade.
Têm uma pena tão extrema que não se encontra língua que possa narrar, nem intelecto que possa entender uma mínima cintila, se Deus não lhe mostrasse por graça especial.
Nasce neles um extremo fogo, parecido com aquele do inferno, exceto a culpa, a qual è aquela que faz a vontade maligna aos danados do Inferno, aos quais Deus não corresponde a sua bondade e por isso restam naquela desesperada, maligna vontade contra a vontade de Deus.
Oh! Quanto é perigoso o pecado feito com malicia: porque o homem difficilmente se arrepende e não arrependendo-se, sempre está na culpa, a qual persevera quanto o homem está na vontade do pecado cometido ou a ser cometido!
De quanta importância seja o Purgatório, nem a língua o pode exprimir, nem mente entender, somente que vejo tantas penas como no Inferno e vejo a alma a qual em si sente uma mínima mancha de imperfeição, recebê-lo por misericórdia (como se disse), não fazendo em um certo modo estima, em comparação daquela mancha que impede o seu amor.
Quando a alma, por interior vista, vê-se aproximada a Deus com tanto amoroso fogo, aí por aquele calor do amor do seu doce Senhor e Deus, que sente rebombar na sua mente, tudo se liquefaz.
Vendo a luz divina e como Deus não cessa de aproximá-la dEle e amorosamente a conduz à interar sua perfeição, com tanta cura e contínua provisão e que o faz somente por puro amor.
Vejo ainda proceder daquele divino amor à alma certos raios e lampos, tão penetrantes e fortes, que parecem que devem abater não somente o corpo, mas ainda a alma se fosse possível.
Esses raios fazem duas operações: com a primeira purificam; com a segunda, abatem.
Saiba que aquilo que o homem pensa que em si é perfeição, perante Deus, é defeito: portanto tudo aquilo que tem aparência de perfeição, como as vê, as escuta, as entende, as quer, ou seja, tem uma memória, sem o reconhecimento de Deus, tudo se contamina e se suja.
E’ verdade que o amor de Deus, o qual é abundante na alma (segundo aquilo que vejo) dá uma alegria tão grande, que não se pode exprimir, mas essa alegria às almas que estão no Purgatorio, não cancela nem uma cintila de pena deles.
Isto é, aquele amor é que faz a pena deles e quanto maior a pena quanto maior a perfeição do amor o qual Deus lhes dá.
Me vem vontade de gritar, um grito forte, que amedrontasse todos os homens que estão na face da terra e dizer: Oh míseros, porque vos deixais corromper por este mundo, que não vos dá nada e que na hora da vossa morte, o que vos concederá?
Todos estão cobertos pela esperança da misericórdia de Deus, a qual dizeis ser tão grande, mas não vedes que tanta bondade de Deus vos será em juízo, por ter feito contra a vontade de um tão bom Senhor?
Não ter confiança dizendo: Eu me confessarei e depois terei a Indulgência Plenária e serei naquele ponto purgado de todos os meus pecados e assim serei salvo.
Pensa que a confissão e contrição a qual precisa para essa Indulgência Plenária é muito dificil de conseguir, que se tu o soubesses, tremerias de tanto medo e serias mais certo de não tê-la que de poder conseguir.
Fontes:
http://escravasdemaria.blogspot.com/http://escravasdemaria.blogspot.com/
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quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
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