quinta-feira, 29 de maio de 2008

Psicomotricidade. Taxionomia Motora aplicada a crianças de 2 a 6 anos. (parte 4 de 11).



Taxionomia Motora aplicada a crianças de 2 a 6 anos

A classificação psicomotora refere-se ao movimento voluntário observados em crianças de 2 (dois) a 6 (seis) anos.
Movimentos reflexos:

Ações reflexas são involuntárias e, portanto, servem como elemento fundamental no desenvolvimento motor. O professor que atende a essa faixa deve conhecer os movimentos reflexos para compreender a seqüência do desenvolvimento motor. O amadurecimento neuro-muscular e o desenvolvimento postural são estágios básicos que precedem a ação motora de andar e outros movimentos fundamentais.
Os cinco níveis do domínio do desenvolvimento motor são:


MOVIMENTOS BÁSICOS

A criança em idade pré-escolar desenvolve movimentos básicos que serão necessários para o desenvolvimento posterior de outras habilidades motoras. Essa fase é o período mais crítico para que as formas motoras básicas sejam desenvolvidas corretamente. As crianças em sua maioria, desenvolvem os movimentos por conta própria, uma forma motora natural desenvolve-se à medida que a criança explora ou a pratica continuamente.
Um ambiente planejado adequadamente, seja no lar, num centro de aprendizagem infantil ou num jardim de infância, pode assegurar o domínio das formas motoras básicas num estágio ótimo. Mas se esse nível ótimo do desenvolvimento não for alcançado, uma aprendizagem terapêutica terá que ser planejada, consequentemente, não haverá garantia quanto ao comportamento motor da criança em ser tão completo quanto eficiente no futuro.


MOVIMENTO PERCEPTIVO-MOTOR

Esse nível de desenvolvimento motor tem origem na aprendizagem dos estágios anteriores e acrescenta a percepção, que antecede à resposta motora.
Nesse nível motor, a criança recebe a informação sensorial aferente e a interpreta antes de responder com um movimento. Trata-se então de um nível muito importante para o desenvolvimento de crianças em idade pré-escolar, já que é importante para a aprendizagem simbólica e conceitual o excelente funcionamento do cognitivo.


HABILIDADES FÍSICAS

As habilidades físicas são movimentos que tornam possível a execução de movimentos especializados complexos. São elementos que determinam a adequação do desempenho de uma criança ou distinções entre os desempenhos das crianças. Uma criança muito nova tem limitações nesse nível de desenvolvimento motor se seus movimentos forem restringidos. Programar oportunidades para o desenvolvimento dessa área é essencial se a criança estiver em condições de aprender movimentos altamente especializados.
As crianças em idade pré-escolar possuem habilidade físicas para um desempenho adequado e essa habilidades motoras podem ser avaliadas , como demonstram alguns estudos. Os movimentos especializados dependem das habilidades físicas para que tenham funcionamento eficiente.


MOVIMENTOS ESPECILIALIZADOS

Um movimento especializado exige capacidade de executar uma ação complexa ou uma forma motora com alto grau de eficiência, combina vários elementos de movimentos e incorpora todos os fatores relativos ao desenvolvimento motor previamente aprendidos.
São classificados nesse nível de desenvolvimento motor as habilidades relativas aos desportos e dança. É possível que crianças em idade pré-escolar estejam aptas a atingir esse nível, encontraremos exemplos disso nos nadadores infantis de idade pré-escolar. Uma criança nesta faixa etária pode ter o domínio máximo de uma habilidade, porém se ela apresentar um alto nível de desenvolvimento motor básico nos quatro níveis do domínio motor pode, entretanto, estar sujeita a ser destituída da maturidade total do comportamento motor em habilidades complexas, quando solicitada.


MOVIMENTOS CRIATIVOS

A comunicação por meio de movimento dá origem a essa categoria de desenvolvimento motor. Ocorre nessa área o desenvolvimento motor expressivo e interpretativo. Ao planejar movimentos criativos para crianças em idade pré-escolar, podem ser aplicados estímulos ambientais como o desenho, a arte e a música por serem motivadores e obterem bons resultados em crianças nessa faixa etária.
A arte utilizada como forma de linguagem e comunicação motiva o desenvolvimento de respostas motoras criativas.

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Psicomotricidade. Distúrbios Psicomotores. (parte 3 de 11)


Distúrbios Psicomotores

"O que não percebeu, negais que exista; o que não calculastes, é mentira; o que vós não pensastes, não tem peso, metal que não cunhais, dizeis que é falso." (Goethe)

Que há com ela? O que acontece com essa criança desajeitada? Porque, apesar de sua aparência cheia de torpor e inabilidade, quando consegue aproximar-se, mostra-se com encanto e interesse?
O que há com ela? Andou tarde, caiu quantas vezes... precipitava-se pelas escadas ao invés de desce-las, ou morria de medo como se fosse um grande empreendimento... escalá-las e não apenas subi-las. E vestir-se... O que seria a manga, onde estariam os braços, as pernas das calças? Enfiam-se pela cabeça? Por que existem laços de sapato? Para atormentar crianças? Ou talvez, a sua mãe que, desoladamente, contempla sua dificuldade? E um caderno? Começa-se de que lado? Por que as coisas são assim? Que estranho é este mundo de lados que não tem lados... O que há com esta criança?
Seus movimentos são desajeitados, lentos e pesados. Quando andam, apoiam duramente o calcanhar no solo. Quando crianças custam a aprender a subir e descer escadas, nas escolas, evitam participar de jogos, nas quais geralmente são ridicularizadas e afastadas: tê-las como parceiras é perder na certa.
Tal ser é uma questão e uma dificuldade para seus pais, para seus mestres, para todos nós. Como entendê-lo. Como ajudá-lo?


DEFINIÇÃO DE DISTÚRBIO PSICOMOTOR

A criança descrita na história acima apresenta um distúrbio de motricidade: uma dispraxia.
Praxias: São sistemas de movimentos coordenados em função de um resultado ou de uma intenção. Não são nem reflexos, nem automatismos, nem movimentos involuntários. O estudo sobre os distúrbios das praxias foram primeiramente, sistematizados em adultos. Estas perturbações consistiam em perda ou alterações do ato voluntário, como de lesão no sistema nervoso central. São as apraxias.
Pesquisas foram desenvolvidas com crianças que mostraram serem algumas delas portadoras de um determinado distúrbio cujos sintomas assemelhavam-se aos adultos. Por outro lado mesmo existindo a lesão, ela incidia sobre um cérebro ainda em desenvolvimento e portanto em condições diferentes a dos adultos.
A partir destas considerações e da preocupação em estabelecer-se uma psicopatologia diferencial da criança e do adulto passa-se a encontrar, na literatura, a denominação de dispraxia ou apraxia de evolução quando se trata de distúrbios das praxias na criança.
Apraxia aparece referindo-se ao distúrbio infantil.
Classificação das apraxias. Distinguem três variedades:
a) Apraxia sensório-cinética - que se caracteriza pela alteração da síntese sensório-motora como a desautomatização do gesto. Não há nela distúrbios de representação do ato.
b) Apracto-somato-gnosia espacial - caracterizada por uma desorganização do esquema corporal e do espaço.
c) Apraxia de formulação simbólica que se caracteriza por uma desorganização da atividade simbólica e da compreensão da linguagem.
A finalidade é de estabelecer os diferentes tipos de distúrbios.


ESTUDOS INICIAIS SOBRE O DISTÚRBIO PSICOMOTOR

Debilidade Motora é uma condição patológica da mobilidade, às vezes hereditária e familiar, caracterizada pela exageração dos reflexos tendinosos, uma perturbação do reflexo plantar, um desajeito dos movimentos voluntários intencionais que levam a impossibilidade de realizar voluntariamente a ação muscular.
Distúrbio Psicomotor: significa um transtorno que atinge a unidade indissociável, formada pela inteligência, pela afetividade e pela motricidade.
Paratonia: É a possibilidade que apresentam certas crianças de relaxar voluntariamente um músculo.
Sincinesias: São fenômenos normais em crianças.
Catalepsia: É uma aptidão anormal para a conservação de uma atitude.

Outros sinais são marcados como certas epilepsias, espasmos dos músculos lisos, alguns estados de excitação e de agitação e a instabilidade.
Assim muitos anos, os distúrbios de psicomotricidade e portanto, as dispraxias, foram vistos sob o nome de debilidade motora que é uma insuficiência de imperfeição das funções motoras consideradas do ponto de vista da sua adaptação.
Os distúrbios da Psicomotricidade é definido sob o nome de Disfunções Psicomotoras.
Pesquisas feitas com crianças deficientes mentais focalizando os processos que estariam na base das deficiências da aprendizagem. Adotaram a classificação das deficiências mentais, proposta por Straus (1933) em endógenas aquelas crianças com antecedentes familiares de distúrbios mentais; em exógenas as crianças portadoras de lesão cerebral.
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Psicomotricidade.Teorias e Exercícios em Psicomotricidade (parte 2 de 11).




Teorias e Exercícios em Psicomotricidade

ESQUEMA CORPORAL

Conhecimento intuitivo imediato que a criança tem do próprio corpo, conhecimento capaz de gerar as possibilidades de atuação da criança sobre as partes do seu corpo, sobre o mundo exterior e sobre os objetos que a cercam.

Exercício 1 : Reconhecendo as partes essenciais do corpo - O profissional diz os nomes das seguintes partes do corpo: cabeça, peito, barriga, braços, pernas, pés, explorando uma parte por vez. A criança mostra em si mesma a parte mencionada pelo profissional, respeitando o nome que designa. Primeiramente o trabalho deverá
ser realizado de olhos abertos, e a seguir de olhos fechados.
Olhos abertos: Aprendizado.
Olhos fechados: Quando dominar as partes do corpo.
Exercício 2: A criança deverá reconhecer também as partes do rosto: nariz, olhos, boca, queixo, sombrancelhas, cílios, trabalhar também com os dedos com a mão apoiada sobre a mesa a criança deverá apresentar o pulso, o dedo maior e o dedo menor, os nomes dos dedos são ensinados a criança pedindo que ela levante um a um dizendo os respectivos nomes dos dedos.

Exercício 3: Trabalhar com os olhos - Em pé ou sentado a criança acompanha com os olhos sem mexer a cabeça, a trajetória de um objeto que se desloca no espaço.

Exercício 4: Sentir os rins - Deitada com as pernas estendidas e as mãos sobre os rins a criança dobra os joelhos e encosta-os no peito. Comentar com a criança que a parte do corpo que se apoia com força sobre suas mãos chama-se rins.

Exercício 5: Automatizando a noção de direita e esquerda
Conhecendo a direita e a esquerda do próprio corpo mostrar a criança qual é a sua mão direita e qual é a sua mão esquerda. Dominando este conceito, realizar o exercício em etapas:

- fechar com força a mão direita;
- depois a esquerda;
- Levantar o braço direito;
- depois o esquerdo;
- bater o pé esquerdo;
- depois o direito;
- mostrar o olho direito;

- depois o esquerdo;
- mostrar a orelha direita;
- depois a esquerda;
- levantar a perna esquerda;
- depois a direita.
Trabalhar com os olhos abertos, e quando a criança estiver dominando o exercício trabalhar com os olhos fechados.

Exercício 6: Localizando elementos na sala de aula. A criança deverá dizer de que lado está a porta, a janela, a mesa da sala de aula, etc. em relação a si mesma. Durante a realização do exercício, não deixar a criança cruzar os braços, pois isso dificulta sua orientação espacial.


COORDENAÇÃO ÓCULO-MANUAL

A finalidade dos exercícios de coordenação óculo-manual têm como finalidade o domínio do campo visual, associada a motricidade fina das mãos.
Exercício - Realizar este jogo em duas etapas:
A criança bate a bola no chão, apanhando-a inicialmente com as duas mãos, e depois ora com a mão direita, ora com a mão esquerda. No início a criança deverá trabalhar livremente. Numa segunda etapa o professor determinará previamente com qual das mãos a criança deverá apanhar a bola.
A criança joga a bola para o alto com as duas mãos, apanhando-a com as duas mãos também. Em seguida, joga a bola para o alto com uma só mão, apanhando-a com uma só mão também.
Variar o uso das mãos. Ora com a direita ora com a esquerda.
Jogo de Pontaria no Chão - Desenhar um círculo no chão ou utilizar um arco. As crianças deverão jogar a bola dentro do círculo. Aumentar gradativametne a distância. Variar jogando a bola na frente, atrás, do lado esquerdo, do lado direito do círculo.


COORDENAÇÃO DINÂMICA GERAL

Estes exercícios possuem a função de equilíbrio que é a base essencial da coordenação dinâmica geral que possuem a finalidade de melhorar o comando nervoso, a precisão motora e o controle global dos deslocamentos do corpo no tempo e no espaço. Constituem-se de exercícios de marchas e saltos. Apresentamos exercícios em que a criança a nível de experiências vividas, manipula conceitos espaciais importantes para o seu preparo para a alfabetização.
Os conceitos espaciais: direita, esquerda, atrás, na frente, entre, perto, longe, maior, menor; são vivenciados através de movimentos específicos. A partir daí propomos exercícios com maior intensidade. Se coloca a medição de um raciocínio, de uma reflexão sobre os dados vivenciados no primeiro nível. Dessa forma permite a criança passar para a etapa de estruturação temporal requerida para o aprendizado da leitura e da escrita.

Exercício: Andando, saltando e equilibrando-se.
1. Andando de cabeça erguida
A criança anda com um objeto sobre a cabeça ( pode ser um livro de capa dura). Dominada esta etapa a criança para, levanta uma perna formando um angulo de noventa graus e coloca-se lentamente no chão. O mesmo trabalho deverá ser feito com a outra perna.
2. Quem alcança ?
O professor segura um objeto a uma determinada altura (pode ser um lápis, uma bola ) a criança deverá saltar para alcança-lo . Inicialmente fazer o exercício em pé, depois de cócoras.


MOTRICIDADE FINA DAS MÃOS E DOS DEDOS

Os exercícios de motricidade fina são muito importantes para a criança, na medida em que educam é gesto requerido para a escrita, evitando a apreensão e a prisão inadequados que tanto prejudicam o grafismo, tornando o ato de escrever uma experiência aversiva a criança.

CUIDANDO DAS MÃOS

Exercício de Motricidade Fina :
Trabalhando só com os braços - Este exercício tem como objetivo desenvolver a independência segmentar do braço em relação ao tronco, o que beneficia e facilita o trabalho da mão no ato de escrever. Apresentamos uma série de gráficos (traçados) que o professor deverá reproduzir em tamanho grande no quadro de giz ou programá-los em cartões. As crianças por sua vez deverão reproduzí-los com gestos executados no ar.

AMASSANDO A MASSA

Fazendo Bolas de Massa - O professor distribui a classe bolas de massa de tamanhos variados (usar massa para modelar) sentada, com o cotovelo apoiado sobre a carteira, a mão para o alto, a criança aperta as bolas de massa com força, amassando-as. Orientar a criança para que trabalhe com dois dedos por vez. Trabalhar primeiro uma das mãos, depois com a outra e, finalmente, com as duas juntas.
Fazendo as bolas de massa - Realizar o mesmo trabalho do exercício anterior, neste caso, porém a massa é apresentada em forma de disco, com a qual a criança deverá fazer uma bola.

ORGANIZAÇÃO E ESTRUTURAÇÃO TEMPORAL

Esse mediador trabalha com noções importantes para o aprendizado da escrita e particularmente da leitura, favorecem o desenvolvimento da atuação da memória. A estruturação temporal fornecerá as possibilidades de alfabetizar-se.
Exercício: Reproduzindo ritmos com as mãos. O professor executa um determinado ritmo, seguindo algumas estruturas rítmicas (.. ... ...) por exemplo, batendo a mão sobre a carteira, durante um certo tempo, a criança apenas escuta, depois reproduz o rítmico executado pelo professor, batendo a mão sobre a carteira também. Variar o ritmo. Lento, normal e rápido.

Fazer o exercício inicialmente com os olhos abertos e em seguida, de olhos fechados.


EXERCÍCIO DE ORGANIZAÇÃO E ESTRUTURAÇÃO ESPACIAL

Deslocando um objeto no espaço, a criança coloca um objeto qualquer ora a sua frente, ora atrás, ora a direita, ora a esquerda, segundo o comando do professor.


DADOS IMPORTANTES PARA APLICAÇÃO DE EXERCÍCIOS DE PSICOMOTRICIDADE

Para aplicação desses mediadores através de exercícios psicocinéticos é preciso que o profissional lembre-se que as crianças não conseguem trabalhar no início com excesso de informações e explicações, deixe a criança buscar seus próprios recursos buscando soluções a seu nível, permitindo que a criança descubra e sinta-se satisfeita com suas próprias descobertas. Dê a criança apenas o modelo de como se executa. Conversar sempre com a criança sobre o que foi sentido, sobre as suas impressões a respeito dos movimentos executados, sempre que o exercício permitir orientar a criança a fazê-lo de olhos fechados, favorecendo assim a interiorização do que foi vivido, exigindo maior atenção e concentração.
Quando realizado um exercício, elogiar a todas as crianças igualmente, pois aquelas que não atingiram o objetivo do exercício e que não foi elogiada pode levá-la a um estado de ansiedade e frustração.
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Educação, um Tesouro a descobrir (1996),


Jacques Delors
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Jacques Delors
Jacques Delors (Paris, 20 de Julho de 1925) é um político europeu de nacionalidade francesa, tendo sido presidente da Comissão Europeia entre 1985 e 1995.
De origem humilde, Delors foi funcionário do Banco de França em 1945, após a Segunda Guerra Mundial e estudou economia na Sorbonne.
Foi autor e organizador do relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI, intitulado: Educação, um Tesouro a descobrir (1996), em que se exploram os Quatro Pilares da Educação.

Percurso político
1969, O Primeiro-ministro francês Jacques Chaban-Delmas inclui Delors no seu gabinete.
1974, Delors filia-se no Partido Socialista Francês.
1981, nomeado ministro da Economia e Finanças de França.
1985, Janeiro, assume a Presidência da Comissão Europeia (CE), graças ao apoio de François Mitterrand e Helmut Kohl.
1989, Delors é galardoado com o Prémio Príncipe das Astúrias de Cooperação Internacional.
1993, Em 1 de Novembro, entra em vigor o Tratado de Maastricht, que supõe a criação da União Europeia (UE). Delors tinha trabalhado decididamente no projecto.
1995, Janeiro, termina o período como presidente da CE. É o ex-presidente que mais tempo permaneceu em funções. Nesse mesmo ano declina apresentar-se como candidato à presidência de França, em parte para não interferir na carreira política da sua filha Martine Aubry.
Precedido porGaston Thorn
Presidente da Comissão Europeia1985 - 1995
Sucedido porJacques Santer
Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Jacques_Delors"
Categorias: Políticos da França Presidentes da Comissão Europeia


Aprender a Conhecer
Esta aprendizagem refere-se à aquisição dos “instrumentos do conhecimento”. Debruça-se sobre o raciocínio lógico, compreensão, dedução, memória, ou seja, sobre os processos cognitivos por excelência. Contudo, deve existir a preocupação de despertar no aluno, não só estes processos em si, como o desejo de os desenvolver, a vontade de aprender, de querer saber mais e melhor. O ideal será sempre que a educação seja encarada, não apenas como um meio para um fim mas também como um fim per si. Esta motivação pode apenas ser despertada por educadores competentes, sensíveis às necessidades, dificuldades e idiossincrasias dos alunos, capazes de lhes apresentarem metodologias adequadas, ilustradoras das matérias em estudos e facilitadoras da retenção e compreensão das mesmas. Pretende-se despertar em cada aluno a sede de conhecimento, a capacidade de aprender cada vez melhor, ajudando-os a desenvolver as armas e dispositivos intelectuais e cognitivos que lhes permitam construir as suas próprias opiniões e o seu próprio pensamento crítico. Em vista a este objectivo, sugere-se o incentivo, não apenas do pensamento dedutivo, como também do intuitivo, porque, se é importante ensinar o “espírito” e método científicos ao estudante, não é menos importante ensiná-lo a lidar com a sua intuição, de modo a que possa chegar às suas próprias conclusões e aventurar-se sozinho pelos domínios do saber e do desconhecido.

Aprender a Fazer
Indissociável do aprender a conhecer, que lhe confere as bases teóricas, o aprender a fazer refere-se essencialmente à formação técnico-profissional do aluno. Consiste essencialmente em aplicar, na prática, os seus conhecimentos teóricos. Actualmente existe outro ponto essencial a focar nesta aprendizagem, referente à comunicação. É essencial que cada indivíduo saiba comunicar. Não apenas reter e transmitir informação mas também interpretar e seleccionar as torrentes de informação, muitas vezes contraditórias, com que somos bombardeados diariamente, analisar diferentes perspectivas, e refazer as suas próprias opiniões mediante novos factos e informações.

Aprender a viver com os outros
Este domínio da aprendizagem consiste num dos maiores desafios para os educadores pois actua no campo das atitudes e valores. Cai neste campo o combate ao conflito, ao preconceito, às rivalidades milenares ou diárias. Aposta-se na educação como veículo de paz, tolerância e compreensão; mas como fazê-lo? O relatório para UNESCO não oferece receitas, mas avança uma proposta faseada em dois princípios: primeiro a “descoberta progressiva do outro” pois, sendo o desconhecido a grande fonte de preconceitos, o conhecimento real e profundo da diversidade humana combate directamente este “desconhecido”. Depois e sempre, a participação em projectos comuns que surge como veículo preferencial na diluição de atritos e na descoberta de pontos comuns entre povos, pois, se analisarmos a História Humana, constataremos que o Homem tende a temer o desconhecido e a aceitar o semelhante.

Aprender a ser
Este tipo de aprendizagem depende directamente dos outros três. Considera-se que a Educação deve ter como finalidade o desenvolvimento total do indivíduo “espírito e corpo, sensibilidade, sentido estético, responsabilidade pessoal, espiritualidade”. À semelhança do aprender a viver com os outros, fala-se aqui da educação de valores e atitudes, mas já não direccionados para a vida em sociedade em particular, mas concretamente para o desenvolvimento individual. Pretende-se formar indivíduos autónomos, intelectualmente activos e independentes, capazes de estabelecer relações interpessoais, de comunicarem e evoluírem permanentemente, de intervirem de forma consciente e proactiva na sociedade.

Referências
http://unesdoc.unesco.org/images/0012/001298/129801por.pdf

O saber é importante mas fica irrisório quando falamos em aprender. Luis Guilherme
Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Quatro_Pilares_da_Educa%C3%A7%C3%A3o"
Categoria: UNESCO
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Psicomotricidade. Desenvolvimento Motor. (parte1 de11).


DESENVOLVIMENTO MOTOR
O desenvolvimento motor é o resultado da maturação de certos tecidos nervosos, aumento em tamanho e complexidade do sistema nervoso central, crescimento dos ossos e músculos. São portanto comportamentos não aprendidos que surgem espontaneamente desde que a criança tenha condições adequadas para exercitar-se. Esses comportamentos não se desenvolverão caso haja algum tipo de distúrbio ou doença. Podemos notar que crianças que vivem em creches e que ficam presas em seus berços sem qualquer estimulação não desenvolverão o comportamento de sentar, andar na época adequada que futuramente apresentarão problemas de coordenação e motricidadeAs principais funções psicomotoras é um bom desenvolvimento da estruturação do esquema corporal que mostre a evolução da apresentação da imagem do corpo e o reconhecimento do próprio corpo, evolução de preensão e da coordenação óculo-manual que nos proporciona a fixação ocular e prensão e olhar e desenvolvimento da função tônico e da postura em pé e reflexos arcaicos da estruturação espaço-temporal (tempo, espaço, distância e retina)Um perfeito desenvolvimento de nosso corpo ocorre não somente mecanicamente, mas sim que são aprendidos e vivenciados junto a família, onde a criança aprende a formar a base da noção de seu 'eu corporal'.Não podemos esquecer de citar a importância dos sentimentos da criança na fase do conhecimento de seu próprio corpo, pois um esquema corporal mal estruturado pode determinar na criança um certo desajeitamento e falta de coordenação, se sentindo insegura e isso poderá desencadear uma série de reações negativas como: agressividade, mal humor, apatia que às vezes parece ser algo tão simples poderá originar sérios problemas de motricidade que serão manifestados através do comportamento.
O QUE É PSICOMOTRICIDADE?
A Psicomotricidade se preocupa com o desenvolvimento neuro-muscular, que mais tarde a inteligência e a motricidade se tornam independentes rompendo sua simbiose, que só reaparecerá nos casos de retardo mental.Esquema corporal é estudado pela Psicomotricidade a onde representa ser a imagem do corpo um intuitivo que a criança tem de seu próprio corpo. Dentro do esquema corporal a psicomotricidade estuda o surgimento de alguns distúrbios como a asquematia que é a perda da percepção topologica do corpo; parasquematia é a confusão de diferentes r desenvolvimento neuro-muscular que mais tarde a inteligência e a motricidade se tornam independentes rompendo sua simbiose, que só reaparecerá nos casos de retardo mental.Esquema corporal é estudado pela Psicomotricidade a onde representa ser a imagem do corpo um intuitivo que a criança tem de seu próprio corpo. Dentro do esquema corporal a psicomotricidade estuda o surgimento de alguns distúrbios como a asquematia que é a perda da percepção topologica do corpo; parasquematia é a confusão de diferentes regiões do corpo ou a representação de partes do corpo que não existem.O esquema postural para a psicomotricidade é a imagem tridimensional do nosso corpo e a imagem do corpo humano é a imagem do nosso próprio corpo que formamos em nosso espírito, que por outras palavras é o modo como o nosso corpo se apresenta a nós mesmos.A psicomotricidade interessa-se pelo movimento que certo comportamento tônico subentende, quanto pela relação, a diminuição do tono trará a descontração muscular.As manifestações emocionais que implicam a problemática da emoção pertencem a uma ordem de preocupações muito antiga da Psicologia Clássica. Toda e qualquer emoção tem sua origem no domínio postural "exemplo": como para uma criança de 6 anos receber um grito de um adulto, fará com que ocorra um aumento da tensão, por conseguinte desencadeará reações emocionais que são traduzidas como mal-estar ou com sentir-se meio mole, sem coordenação nas pernas.A comunicação é uma função essencial na reeducação psicomotora, uma vez que a psicomotricidade leva em conta o aspecto comunicativo do ser humano, do corpo, da gestualidade ela resiste a ser uma educação mecânica do corpo. Assim graças a língua, o homem vive num mundo de significações, os gestos querem dizer alguma coisa, o corpo tem um sentido que ele pode sempre interpretar e traduzir.Existem os comportamentos inatos que a criança manifesta, pois variadas formas desde o seu nascimento por exemplo, o grito pode ser interpretado como dor que pode também não ser de sofrimento. Exemplo bocejo, espirro, salivação que são manifestações primitivas, também de emoções que devem ser orientadas e educadas no sentido de controle das próprias modalidades do meio-familiar e social da criança.Comportamentos aprendidos são comportamentos que aprendemos no decurso das aprendizagens básicas como higiene pessoal, alimentação, essa aquisição formará toda a nossa personalidade. O corpo dá a ler, coloca em cena tanto a personalidade como o meio que ela foi educada.Perturbação da Comunicação na reeducação Psicomotora que é caracterizada pelos distúrbios vocais, defeitos de pronúncia e a troca de S por CH, etc.; gestos: cacoetes.O corpo traduz as nossas palavras para traduzir os nossos desejos. O desenvolvimento (psicomotor) da criança é de fundamental importância para a psicomotricidade. É preciso que a criança possa integrar cada um de seus progressos antes de adquirir um novo. A lateralidade é um problema também estudado pela psicomotricidade, é um elemento importante da adaptação psicomotora. Segundo Jean Claude: o hemisfério esquerdo é quem governa o braço direito de um destro, e não é habitual que possa mudar essa constituição cerebral.Importante sabermos que se o indivíduo amputar o braço direito, se for destro, continuará falando e escrevendo com o cérebro esquerdo.A destralidade verdadeira é a dominância cerebral que está a esquerda, sendo que todas as matrizes são determinadas a direita (o hemisfério esquerdo comandará o hemicorpo direito que leva o indivíduo a uma utilização preferencial desse hemicorpo na realização prática. A falsa sinistralidade. Trata-se de um acidente sendo o sinitrismo (também chamado de mananismo conseqüente de uma paralisia, de uma amputação, que tornou impossível a utilização do braço direito, para o indivíduo destro foi originalmente impedido de ser, para Jean Claude indivíduo canhoto - principais comandos hemisfério direito. Dominância lateral ocorre a partes do momento em que os movimentos se combinam e se organizam numa intenção motora é que se impõe e justifica a presença de um lado predominante que irá ajustar a motricidade.Reconhecimento direita-esquerda decorre da assimetria direita-esquerda e constitui uma primeira etapa na orientação espacial é precedida pela distinção frente-atrás (conscientização do eixo corporal - 6 anos). Evolução da lateralidade: a partir dos 7 anos a criança será capaz de projetar em outra pessoa a partir de seu próprio corpo a direita e a esquerda já não dependem somente uma da outra, mas sim do ponto de vista da pessoa que as considera. A lateralização participa em todos os níveis de desenvolvimento da criança.O objetivo da reeducação Psicomotora - Ë uma técnica que constitui em torno de técnicas que têm por objetivo eliminar no indivíduo mecanismos e hábitos, cuja aquisição deu lugar à perturbações que o conduziram a reeducação.Devemos salientar a diferença entre os termos:Psicocinética - reservamos aquelas atividades que utilizam o corpo humano como sua principal fonte de material. E seu objetivo prioritário é o desenvolvimento e o aprimoramento de mediadores, ou seja, elementos básicos que significamente influem na vida intelectual da criança e que se encontram subjacente ao aprendizado da leitura e da escrita.Psicomotricidade tem como objetivo desenvolver o aspecto comunicativo do corpo, o que equivale a dar ao indivíduo a possibilidade de dominar seu corpo aperfeiçoando o seu equilíbrio.
AS ÁREAS DA PSICOMOTRICIDADE
Para fins didáticos subdividiremos a psicomotricidade em áreas que, embora citadas isoladamente, agirão quase sempre vinculadas umas às outras; entenderemos por "Prática Psicomotora" todas as atividades que visam estimular as várias áreas que mencionaremos a seguir:
ÁREAS PSICOMOTORAS
COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO
A linguagem é função de expressão e comunicação do pensamento e função de socialização. Permite ao indivíduo trocar experiências e atuar - verbal e gestualmente - no mundo. Por ser a linguagem verbal intimamente dependente da articulação e da respiração, incluem-se nesta área os exercícios fono articulatórios e respiratórios.
PERCEPÇÃO
Percepção é a capacidade de reconhecer e compreender estímulos recebidos. A percepção está ligada à atenção, à consciência e a memória.Os estímulos que chegam até nós provocam uma sensação que possibilita a percepção e a discriminação. Primeiramente sentimos, através dos sentidos: tato, visão, audição, olfato e degustação. Em seguida, percebemos, realizamos uma mediação entre o sentir e o pensar. E, por fim, discriminamos - reconhecemos as diferenças e semelhanças entre estímulos e percepções. A discriminação é que nos permite saber, por exemplo, o que é verde e o que é azul, e a diferença entre o 1 e o 7.As atividades propostas para esta área devem auxiliar o desenvolvimento da percepção e da discriminação.
COORDENAÇÃO
A coordenação motora é mais ou menos instintiva e ligada ao desenvolvimento físico. Entendida como a união harmoniosa de movimentos, a coordenação supõe integridade e maturação do sistema nervoso.Subdividiremos a coordenação motora em coordenação dinâmica global ou geral, visomanual ou fina e visual.A coordenação dinâmica global envolve movimentos amplos com todo o corpo (cabeça, ombros, braços, pernas, pés, tornozelos, quadris etc.) e desse modo 'coloca grupos musculares diferentes em ação simultânea, com vistas à execução de movimentos voluntários mais ou menos complexos".A coordenação visomanual engloba movimentos dos pequenos músculos em harmonia, na execução de atividades utilizando dedos, mãos e pulsos. A coordenação visual refere-se a movimentos específicos com os olhos nas mais variadas direções. As atividades psicomotoras propostas para a área de coordenação estão subdivididas nessas três áreas.
ORIENTAÇÃO
A orientação ou estruturação espacial/temporal é importante no processo de adaptação do indivíduo ao ambiente, já que todo corpo, animado ou inanimado, ocupa necessariamente um espaço em um dado momento.A orientação espacial e temporal corresponde à organização intelectual do meio e está ligada à consciência, à memória a às experiências vivenciadas pelo indivíduo.
CONHECIMENTO CORPORAL E LATERALIDADE
A criança percebe seu próprio corpo por meio de todos os sentidos. Seu corpo ocupa um espaço no ambiente em função do tempo, capta imagens, recebe sons, sente cheiros e sabores, dor e calor, movimenta-se. A entidade corpo é centro, o referencial. A noção do corpo está no centro do sentimento de mais ou menos disponibilidade e adaptação que temos de nosso corpo e está no centro da relação entre o vivido e o universo. É nosso espelho afetivo-somático ante uma imagem de nós mesmos, do outro e dos objetos. O esquema corporal, da maneira como se constrói e se elabora no decorrer da evolução da criança, não tem nada a ver com uma tomada de consciência sucessiva de elementos distintos, os quais, como num quebra-cabeça, iriam pouco a pouco encaixar-se uns aos outros para compor um corpo completo a partir de um corpo desmembrado. O esquema corporal revela-se gradativamente à criança da mesma forma que uma fotografia revelada na câmara escura mostra-se pouco a pouco para o observador, tomando contorno, forma e coloração cada vez mais nítidos. A elaboração e o estabelecimento deste esquema parecem ocorrer relativamente cedo, uma vez que a evolução está praticamente terminada por volta dos quatro ou cinco anos. Isto é, ao lado da construção de um corpo 'objetivo', estruturado e representado como um objeto físico, cujos limites podem ser traçados a qualquer momento, existe uma experiência precoce, global e inconsciente do esquema corporal, que vai pesar muito no desenvolvimento ulterior da imagem e da representação de si. O conceito corporal, que é o conhecimento intelectual sobre partes e funções; e o esquema corporal, que em nossa mente regula a posição dos músculos e partes do corpo. O esquema corporal é inconsciente e se modifica com o tempo. Quando tratamos de conhecimento corporal, inserimos a lateralidade, já que é a bússola de nosso corpo e assim possibilita nossa situação no ambiente. A lateralidade diz respeito à percepção dos lados direito e esquerdo e da atividade desigual de cada um desses lados visto que sua distinção será manifestada ao longo do desenvolvimento da experiência. Perceber que o corpo possui dois lados e que um é mais utilizado do que o outro é o início da discriminação entre a esquerda e direita. De início, a criança não distingue os dois lados do corpo; num segundo momento, ela compreende que os dois braços encontram-se um em cada lado de seu corpo, embora ignore que sejam "direito" e "esquerdo". Aos cinco anos, aprende a diferenciar uma mão da outra e um pé do outro. Em seguida, passa a distinguir um olho do outro. Aos seis anos, a criança tem noção de suas extremidades direita e esquerda e noção dos órgãos pares, apontando sua localização em cada lado de seu corpo (ouvidos, sobrancelhas, mamilos, etc.). Aos sete anos, sabe com precisão quais são as partes direita e esquerda de seu corpo.As atividades psicomotoras auxiliam a criança a adquirir boa noção de espaço e lateralidade e boa orientação com relação a seu corpo, aos objetos, às pessoas e aos sinais gráficos.Alguns estudiosos preferem tratar a questão da lateralidade como parte da orientação espacial e não como parte do conhecimento corporal.
HABILIDADES CONCEITUAIS
A matemática pode ser considerada uma linguagem cuja função é expressar relações de quantidade, espaço, tamanho, ordem, distância, etc. A medida em que brinca com formas, quebra-cabeças, caixas ou panelas, a criança adquire uma visão dos conceitos pré-simbólicos de tamanho, número e forma. Ela enfia contas no barbante ou coloca figuras em quadros e aprende sobre seqüência e ordem; aprende frases: acabou, não mais, muito, o que amplia suas idéias de quantidade.A criança progride na medida do conhecimento lógico-matemático, pela coordenação das relações que anteriormente estabeleceu entre os objetos. Para que se construa o conhecimento físico (referente a cor, peso, etc.), a criança necessita ter um sistema de referência lógico-matemático que lhe possibilite relacionar novas observações com o conhecimento já existente; por exemplo: para perceber que um peixe é vermelho, ela necessita um esquema classificatório para distinguir o vermelho de todas as outras cores e outro esquema classificatório para distinguir o peixe de todos os demais objetos que conhece.
HABILIDADES PSICOMOTORAS E PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO
As habilidades psicomotoras são essenciais ao bom desempenho no processo de alfabetização. A aprendizagem da leitura e da escrita exige habilidades tais como:• dominância manual já estabelecida (área de lateralidade);• conhecimento numérico suficiente para saber, por exemplo, quantas voltas existem nas letras m e n, ou quantas sílabas formam uma palavra (área de habilidades conceituais); • movimentação dos olhos da esquerda para a direita, domínio de movimentos delicados adequados à escrita, acompanhamento das linhas de uma página com os olhos ou os dedos, preensão adequada para segurar lápis e papel e para folhear (área de coordenação visual e manual);• discriminação de sons (área de percepção auditiva);• adequação da escrita às dimensões do papel, reconhecimento das diferenças dos pares b/d, q/d, p/q etc., orientação da leitura e da escrita da esquerda para a direita, manutenção da proporção de altura e largura das letras, manutenção de espaço entre as palavras e escrita orientada pelas pautas (áreas de percepção visual, orientação espacial, lateralidade, habilidades conceituais);• pronúncia adequada de vogais, consoantes, sílabas, palavras (área de comunicação e expressão);• noção de linearidade da disposição sucessiva de letras, sílabas e palavras (área de orientação têmporo-espacial);• capacidade de decompor palavras em sílabas e letras (análise);• possibilidade de reunir letras e sílabas para formar novas palavras (síntese).


Todas as informações relacionadas à Psicomotricidade contidas nas páginas seguintes fazem parte de uma pesquisa realizada por Alexssandra Godoy, Ronaldo de Oliveira Pierre, Fabiana Lopes Monteiro, Eliana Stodolnik dos Santos, Adriana Madalena dos Santos e Andréia Costa, em 1996, então alunos do 4º semestre do curso de Psicologia na Universidade Guarulhos.
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http://www.geocities.com/psicoweb/psicomotricidade.html


Estema psicomotricidade está dividido em 11 partes. Nos próximos dias públicares as outras partes.
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O papel e o valor do ensino da geografia.

O papel e o valor do ensino da geografia
Pierre Monbeig
Concordamos todos que, se a maior parte do público culto tem uma idéia mais ou menos exata do que são a biologia, a geologia, a economia ou a sociologia, o mesmo público não acompanha o progresso das ciências geográficas, quando não ignora sua existência. Para uns a geografia é confundida com narrativas de viajantes; um geógrafo é um explorador, a rigor um cartógrafo; traz de suas viagens narrativas agradáveis de ouvir-se, sobretudo se tem a habilidade de ilustrá-las com belas imagens. Para outros, talvez mais numerosos, a geografia é uma lembrança extremamente penosa de sua infância. Seu nome evoca listas indigestas de nomes de lugares ou dados numéricos, lições atrozes que somente os menos inteligentes e os mais obstinados de nossos condiscípulos chegavam a recitar razoavelmente. Os espíritos brilhantes, ao contrário, mostravam-se rebeldes. E ficamos satisfeitos quando nossos filhos recebem uma nota má porque não souberam de cor a lista das estações da Central do Brasil entre Rio e São Paulo, ou as altitudes exatas dos vulcões andinos; a fraqueza em geografia é uma espécie de teste de inteligência!
Portanto, na melhor das hipóteses, a geografia é tida como a irmã intelectual do turismo. Na pior elas hipóteses, a geografia é uma tortura gratuita imposta às crianças e pergunta-se como seres sensatos puderam tornar-se geógrafos! Se são corretos esses dois modos de ver, é claro que a geografia é inútil, quando não perigosa; é um absurdo ensiná-la, mais ainda praticá-la, e torna-se urgente fechar também os departamentos de geografia das faculdades de filosofia e instituições como o Conselho Nacional de Geografia! A menos que consigamos mostrar que a geografia contribui para o enriquecimento das mentes jovens e a sua formação. A menos também que possamos provar a sua utilidade num mundo onde toda e qualquer ciência é também uma técnica, onde toda pesquisa leva a dar um instrumento útil à coletividade. É mister, portanto, estabelecer o valor a geografia no ensino e determinar sua utilidade como moderno instrumento de trabalho.
Comecemos fixando a posição exata da geografia moderna, diante da importância quase exclusiva que atualmente se dá à memorização no ensino. Geógrafo algum deixará de condenar esta pseudo-geografia. Todavia, convém lembrar que a verdadeira pedagogia não deixa de recorrer às funções da memória. Estas só se desenvolvem na medida em que passaram por um treino inteligente, assim como acontece com todas as outras atividades psicológicas ou físicas. Também não se trata de oposição sistemática a qualquer ensino de memória, mas de oposição radical ao ensino exclusivamente baseado na memória e que a atravanca com um trambolho inútil. Nada se pode aprender sem esforço de memória e sem a aquisição de uma nomenclatura, por mínima que seja. 0 exercício de matemática pressupõe o conhecimento de certas fórmulas e, nesta aprendizagem, memória e inteligência foram ambas treinadas e desenvolvidas. 0 conhecimento da literatura exige que o aluno retenha não somente nomes de autores e de obras, mas dados cronológicos, sem os quais seria total a confusão. Assim como não se pode ter conhecimentos históricos sem adquirir uma sólida bagagem de datas e de fatos, não se poderia ter bom conhecimento geográfico sem uma base de nomenclatura. É apenas um ponte de partida, mas indispensável. Por fim, ainda no âmbito das preocupações utilitárias, não esqueçamos que a vida corrente requer de cada um de nós esse conhecimento mínimo de nomenclatura geográfica, que é, para a ciência geográfica, o que a tabuada de multiplicação é para a matemática: nomes de cidades, de rios, de montanhas, de produtos nacionais e estrangeiros, aquisições de nossa memória infantil de tal modo integradas em nós mesmos, que já nem nos lembramos de quando as adquirimos.
Um bom ensino de geografia, portanto, como qualquer outro ensino, não pode deixar de recorrer à memória. É necesssário reduzir sem medo a massa de nomes insípidos e de pormenores sem valor; é necessário, sobretudo, reduzi-la a proporções mais justas. Impõe-se uma escolha ao professor, a quem cabe a difícil tarefa de exercitar com inteligência a memória dos alunos. E assim ergue-se diante de nós o problema do preparo do professor de geografia, ao qual teremos que voltar. Mas, mesmo reconhecendo até que ponto a maior parte dos professores de geografia foram pouco ou mal preparados para seu trabalho, ainda assim causa espécie que educadores, e mesmo simplesmente homens normais dotados de bom senso, mostrem-se tão obstinados em transformar a geografia em instrumento de tortura para crianças. Qual a fonte desse erro fundamental que faz confundir ensino da geografia com memorização?
Há o desconhecimento total da geografia e a convicção de boa fé, mas errônea, que um nome, um dado, são "fatos geográficos" e que, a partir deles se elabora a ciência geográfica Ora a geografia não é uma ciência de fatos isolados simples, passíveis de serem conhecidos por si e em si. Neste mesmo erro incorrem os que acreditam ensinar uma história científica porque ensinam "fatos" históricos, acontecimentos e datas. Para melhor me tornar compreendido permitam-me usar a palavra irônica dum historiador da Idade Média, Marc Bloch, que, tomando como exemplo a queda dum grande ministério da III República Francesa, o ministério Jules Ferry, parte para a pesquisa do fato histórico preciso, concernente a este evento político.
Qual o fato e em que momento ocorreu? Surgem as diversas hipóteses possíveis: o momento em que o presidente da Câmara de Deputados proclama o resultado do escrutínio fatal? O momento exato (pois um historiador "científico" deve fazer empenho em ser exato) no qual um deputado, desconhecido, seja dito de passagem, depositou na urna o voto que fez pender para um lado o prato da balança parlamentar? Não seria pre­ferível fazer referência à visita constitucional que o presidente do Conselho, em minoria, fez ao presidente da República para entregar-lhe a demissão ou mais precisamente, e ainda mais cientificamente, ao minuto em que o chefe de Estado aceitou a renúncia do seu ministro? Pode-se ainda hesitar e, desejando-se precisão histórica e jurídica ao mesmo tempo, poder-se-ia admitir que, historicamente, a queda do gabinete Ferry se situa no momento em que saiu das rotativas o número do jornal oficial da República Francesa, no qual estava impresso o texto oficial da demissão.
Desculpem-me por esta digressão pouco séria pelo terreno dos historiadores. Mas a lição que Marc Bloch daí extraiu é clara: o fato histórico não se reduz a uma simples data; o verdadeiro historiador não se esgotará numa investigação, de aspecto po­licial, das aparências do fato, pois sabe que o interesse histórico não reside nas minúcias cronológicas mas sim na seqüência comple­xa das causas e conseqüências da queda do ministério Ferry. 0 bom professor de história procurará tornar compreensível esta seqüência complexa constituída por múltiplos e pequenos fatos cronológicos, cuja reunião constitui um fato histórico. A história é diferente da cronologia.

Transfira-se o exemplo do historiador para o campo da geografia e chegaremos às mesmas conclusões. É erro comum e persistente pretender tomar e ensinar fatos geográficos isolados e atomizados. Não é a altitude das Agulhas Negras que é um fato geográfico, mas o conjunto do maciço, constituído por certas categorias de rochas, situado num determinado conjunto orográfico, submetido a certas condições climáticas que determinam certa distribuição de vegetação, possibilitando certos modos de ocupação do solo pelo homem e tornando possíveis certos produtos. Se quisermos um exemplo de geografia humana, pode­mos encontra-lo na estação D. Pedro II da Central do Brasil. A estação, em si, não é um fato geográfico; o fato geográfico é o movimento dos trens, dos viajantes, das mercadorias, a sua pro­veniência, o seu destino; fato geográfico serão também as con­seqüências da presença dessa estação na paisagem do bairro da capital onde se encontra, a circulação urbana e seu ritmo cotidiano e estacional, uma determinada localização dos ramos de comércio ligados a estação da estrada de ferro, etc.. Dizer­ que as Agulhas Negras tem x metros de altitude ou que a estação D. Pedro II está situada em tal rua do Rio de Janeiro, não satisfará o geógrafo, embora sejam duas afirmativas indispensáveis, mas que são apenas a sombra enganadora do fato geográfico. O geógrafo procurará o conjunto de fenômenos, como os que acima enumeramos rapidamente, e os laços que os unem e fazem deles um todo vivo.
Portanto, a noção de fato geográfico tal como é correntemente admitida é errônea e deve ser corrigida. Se ligarmos a noção de fato à idéia de irredutibilidade, de precisão rigorosa e de valor intrínseco, poderemos quase dizer que não existe fato geográfico e que o geógrafo não se preocupa em estudar "fato" desta ordem. A pesquisa geográfica trata dos complexos de fatos e são esses complexos que, por sua localização no globo, são verdadeiros "fatos" geográficos. Cabe ao geógrafo explicar esta localização, procurar-lhe as conseqüências, examinando as relações, ações e interações que unem uns aos outros os elementos constitutivos do complexo geográfico. Complexo geográfico, sim, porque se localiza e porque implica em ações recíprocas mutáveis do meio natural e do meio humano. A variedade dos componentes do complexo geográfico é tanto maior quanto mais elevado é o grau de civilização técnica alcançado pelo grupo humano, existente há séculos, se não milênios, e muito numeroso. 0 complexo geográfico constituído pela zona açucareira do Nordeste é, provavelmente, de estudo mais delicado que o complexo geográfico amazônico, mas sua análise recorre menos, aparentemente, as disciplinas irmãs da geografia, que não seriam exigidas pelo estudo do complexo geográfico "Rio de Janeiro".
A título de exemplo e de maneira muito esquemática, gostaria de indicar o possível ponto de vista do geógrafo diante de um complexo geográfico industrial. É sabido que a Lorena, região francesa, encerra no seu subsolo enormes reservas de minério de ferro e importantes jazidas de hulha, isto é, as bases de poderosa indústria metalúrgica. Não possuindo esse carvão a qualidade exigida para a fabricação do coque, os metalurgistas lorenos compravam sistematicamente o coque fabricado na Alemanha, mais precisamente no Ruhr. Há quatro ou cinco anos atrás, os técnicos franceses conseguiram novos processos que permitem tratar o carvão loreno e obter assim a moinha de coque, utilizável in loco. Trata-se de uma invenção técnica cujos pormenores não interessam a geografia, mas que começa a ter conseqüências de ordem geográfica pois, a partir desses processos novos, desenvolve-se e complica-se o antigo complexo geográfico loreno. Em primeiro lugar dá-se o desenvolvimento das indústrias metalúrgicas pesadas, que arrasta o das indústrias mecânicas mais leves. Esse desenvolvimento industrial pressupõe um afluxo de mão-de-obra, operários, em­pregados de escritório, engenheiros, diretores, acompanhados ou não de suas famílias. Paralelamente, assiste-se a abertura de novas usinas, ao aumento da população urbana composta de elementos heteróclitos (inclusive numerosos operários norte­africanos). Parece que essas novas atividades industriais atraem uma parte dos trabalhadores rurais e, em conseqüência, a produção agrícola reduz-se ou é orientada para novos produtos. Ao mesmo tempo, as indústrias novas fornecem adubos químicos que, mais numerosos, mais variados, menos custosos, determinarão uma evolução das culturas, dos sistemas agrários, dos rendimentos e, portanto, dos níveis de vida dos agricultores. Encontramo-nos em presença de uni conjunto de fenômenos estreitamente ligados entre si e reagindo uns sobre os outros. Seria ainda necessário ressaltar que, para serem compreendidos, deve-se conhecer a estrutura do solo onde se situam as minas de ferro e de carvão, a hidrografia de superfície ou subter­rânea que condiciona a alimentação dos homens e boa parte do trabalho industrial, e a circulação por via aquática, rios e canais. Igualmente, a rede de vias de comunicação deverá ser ampliada a fim de permitir não somente a saída da produção mas também a chegada dos materiais de construção e produtos de alimentação necessários à enorme população que se reúne a volta das minas, e junto aos escritórios, serviços públicos, etc.. Esta é a razão, entre outras, por que se projeta para breve a execução dos trabalhos do Mosela e a eletrificação da via férrea que une a Lorena à região industrial e agrícola do norte da França. A possibilidade de utilizar o carvão loreno reduzirá as compras de coque proveniente do Ruhr, determinando a modificação das correntes de tráfego. Prevê-se desde logo que esta nova situação econômica, indiretamente dependente da presença da hulha e do ferro em determinada região, facilmente localizável, não deixará de trazer conseqüências que atingirão mais longe que o quadro regional, sairão do domínio econômico e ecoarão no terreno internacional. Por fim o aperfeiçoamento de novos processos técnicos é oneroso (as pesquisas de laboratórios também o foram); não pode ser realizado por empresas medianas, mas por associações novas, financiadas por grandes empreendimentos metalúrgicos. Isto significa que a estrutura econômica das empresas lorenas evolui para unia concentração cada vez mais acentuada. Por sua vez. a estrutura financeira, fortemente concentrada, vai agir como fator geográfico, pois acarreta a concentração espacial. Centros mais modestos de indústria metalúrgica dificilmente poderão resistir á concorrência da poderosa indústria lorena, também apoiada nos recursos naturais, dotada de equipamento moderno e escorada por forte organização financeira. Já se assiste a migrações de indústrias promovidas pelas grandes empresas e a redistribuição regional dos diferentes ramos da produção.
Este é o complexo geográfico, em vias de organização, a partir de aperfeiçoamentos técnicos. Fomos forçados a simplificar e resumir a exposição dum processo infinitamente mais complicado do que aparece aqui. Mais uma prova da delicadeza do complexo geográfico. Este se exprime antes de tudo na paisagem, a qual, formada una e indissoluvelmente pelos elementos naturais e pelos trabalhos dos homens, é a representação concreta do complexo geográfico. Por esta razão o estudo da paisagem constiui a essência da pesquisa geográfica. Mas é absolutamente indispensável que o geógrafo não se limite á análise do cenário, à apreensão do concreto. A paisagem não exterioriza todos os elementos constituintes do complexo. Nem sempre nela se encontrarão expressos com clareza os modos de pensar, as estruturas financeiras que são, entretanto, parcelas apreciáveis do complexo geográfico. Outro perigo: a limitação do campo de estudo geográfico à paisagem ameaça levar o pesquisador ao recurso exclusivo da descrição. Este olha, observa minuciosamente e com perfeito espírito científico, mas tende a esquecer o essencial, que é a explicação. Satisfaz-se com ser uma excelente máquina fotográfica e, nesse jogo atraente, pren­de-se menos à análise dos processos do que à sua descrição. Passa ao lado dos problemas, pois, submerso pela massa dos fa­tos observados, já não pode distingui-los com clareza. A paisagem é um ponto de partida, mas não um fim. Resulta do complexo geográfico, sem confundir-se com ele.




http://www.geocritica.com.br/texto09.htm

Transversalidade no currículo escolar.Slides

Transversalidade
From liabruini, 6

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quarta-feira, 28 de maio de 2008

Google Maps, busca de endereços.

Gadget by LabPixies.com


Procure aqui seus endereços. basta digitá-los.
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Emilio Santiago - Saigon

http://youtube.com/user/alezandrajoao

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Adolescencia, español

Adolescencia
From orengomoises


Este artigo está em espanhol. Mas da para entender. Pluraridade cultural.
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Flavio Venturini e Beto Guedes

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Flávio Venturini- Nascente

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IVAN LINS - Vitoriosa

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Djavan - Pétala

http://youtube.com/user/nandyrj

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Estimulação precoce.


OS BEBÊS PODEM APRENDER A LER?

Julia Manglano

Não só podem como devem aproveitar a melhor fase para o aprendizado da leitura.

Todo bebê tem uma vontade ilimitada de aprender. Gosta de conhecer coisas novas e interessantes, é muito curioso e, portanto gosta de ver palavras, ou seja, gosta de aprender a ler.

É divertido e muito fácil, porque ele aprende a ler exatamente como aprende a falar.

A função do cérebro é a mesma para a audição ou para a visão: na primeira, o som entra pelo ouvido e é entendido no cérebro, enquanto que na segunda, a palavra escrita entra pelos olhos.

Assim como ele aprende de forma natural a linguagem oral, pode aprender a linguagem escrita.

Todo o bebê pode aprender a ler: para isto devemos apenas mostrar palavras, frases e livros com letras suficientemente grandes para sua maturidade visual, e, devemos motivá-lo para o sucesso.

Como motivar o bebê ou a criança para o sucesso?

O mais importante é não matar a curiosidade natural e a vontade de aprender da criança

• Nunca testar
• Nunca apontar seus erros

Segundo Glenn Doman, autor do livro: Como ensinar seu bebê a ler

“Testar é o contrário a motivar.

O propósito da resolução de problemas é dar à criança a oportunidade de demonstrar o que ela sabe, se ela assim desejar, já o propósito do teste é o de demonstrar o que a criança não sabe.”

“Uma pergunta feita apropriadamente cria uma irresistível oportunidade de resolução de problemas.” Glenn Doman


Quais são os princípios de sucesso no aprendizado da leitura?


• Oferecer estímulos visuais e atividades de leitura, sem forçar.

• Só fazer atividades quando o bebê quiser e estiver bem.

• Ser muito alegre e passar entusiasmo.

• Falar em voz alta, de maneira clara e correta.

• Dar sempre nova informação.

• Oferecer as atividades e mostrar as coisas como um privilégio.

• Sempre parar antes do bebê querer parar.

• Não projetar expectativas de desempenho.

• Confiar e acreditar no bebê.

• Brincar de resolver problemas.

• Fazer com que seu filho seja um vencedor ao resolver problemas.

• Sempre falar a verdade.

• Sempre cumprir as promessas.

• Alegria, alegria e alegria!

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Julia Manglano é Pós-graduada em estimulação infantil pela Escola Européia de Educação, Diretora da Fundação Internacional da Família no Brasil e membro da equipe Pedagógica da Escola AeD.

Para mais informações ou dúvidas consultem-nos ou participem do Curso AeD - tel: 011-5531-8672 - São Paulo - SP ou através do site www.escolaaed.com.br

Publicado no Portal da Família em 26/05/2008



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WALDEMAR MAGALDI - DEPRESSÃO E INFELICIDADE - 12/08/2007 18h31

magaldi

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D I DÁT I C A. (Resumo).


Disciplina Conhecimento e aprendizagem

Aluno Max Gunther Haetinger

D I D Á T I C A

Tenho relido ultimamente vários livros que considero importante na formação e trabalho pedagógico e didático do professor . Vejo que viemos conversando muito isto em nossos encontros portanto resolvi anexar um resumo detalhado do livro DIDÁTICA do professor

JOSÉ CARLOS LIBÂNEO , mestre nesta matéria e coloquei aqui a disposição de todos

SÍNTESE DO LIVRO

DIDÁTICA

AUTOR: JOSÉ CARLOS LIBÂNEO

EDITORA: CORTEZ, 1994

Nº DE PAGINAS: 263

APRESENTAÇÃO

Na abertura, o autor determina os princípios que norteiam a narrativa durante a obra, da importância da didática e seu caráter aglutinador dos conteúdos e procedimentos, da sua característica de englobar conhecimentos da área da psicologia da educação, sociologia da educação, filosofia da educação, entre outras áreas a fim para explicar o ato e a forma do aprender. Logo no início, o autor mostra o que irá falar: Percepção e compressão reflexiva e crítica das situações didáticas; compreensão crítica do processo de ensino; a unidade objetivos-conteúdos-métodos como a espinha dorsal das tarefas docentes e o domínio de métodos e procedimentos para usar em situações de didáticas concretas.

Verifica-se a intenção do autor de construir um conteúdo e organizar uma discussão que tenha um caráter prático no processo educativo. Isto também se demonstra da divisão dos capítulos que contemplam as diversas áreas de abrangência da didática.

CAPÍTULO 01 - Prática educativa, Pedagogia e Didática

O autor começa o tema situando a didática no conjunto dos conhecimentos pedagógicos, demonstrando a fundamental importância do ato de ensinar na formação humana para vivermos em sociedade. Neste capítulo, o autor aborda a prática educativa em sociedade, a diferença entre a educação, instrução e ensino; a educação, o escolar, pedagogia e didática, e a didática e sua importância na formação dos professores.

Prática educativa e sociedade

Os professores são parte integrante do processo educativo, sendo importantes para a formação das gerações e para os padrões de sociedade que buscamos. Neste subtítulo, o autor situa a educação como fenômeno social universal determinando o caráter existencial e essencial da mesma. Estuda também os tipos de educação, a não intencional, refere-se a influências do contexto social e do meio ambiente sobre os indivíduos. Já a intencional refere-se àquelas que têm objetivos e intenções definidos. A educação pode ser também, formal ou não-formal, dependendo sempre dos objetivos. A educação não-formal é aquela realizada fora dos sistemas educacionais convencionais, e a educação formal é a que acontece nas escolas, agências de instrução e educação ou outras.

Libâneo também relata o papel social da educação e como seus conteúdos objetivos são determinados pelas sociedades, política e ideologia predominantes. Fala desta relação importante da educação com os processos formadores da sociedade "desde o início da historia da humanidade, os indivíduos e grupos travavam relações recíprocas diante da necessidade de trabalharem conjuntamente para garantir sua sobrevivência" (Libâneo, 1994, p.19).O autor considera estas influencias como fatores fundamentais das desigualdades entre os homens, sendo um traço fundamental desta sociedade. Coloca as ideologias como valores apresentados pela minoria dominante, politizando a prática educativa e demonstrando o seu envolvimento com o social.

Ele afirma que escola é o campo específico de atuação política do professor, politizando ainda mais o ambiente escolar.

Educação, instrução e ensino

Neste subtítulo, o autor define as três palavras chaves, suas diferenças e sentidos diversos. A educação que é apresentada com um conceito amplo, que podemos sintetizar como uma modalidade de influências e inter-relações que convergem para a formação da personalidade social e o caráter, sendo assim uma instituição social.

Já a instrução está relacionada à formação e ao desenvolvimento das capacidades cognoscitivas, mediante o domínio de certos conhecimentos. O ensino por sua vez é conceituado aqui como as ações, meios, condições para que aconteça a instrução.

Observa-se que a instrução esta subordinada à educação. Estas relações criam uma relação intrincada destes três conceitos que são responsáveis pelo educar. Destaca que podemos instruir sem educar ou vice-versa, pois a real educação depende de transformarmos estas informações em conhecimento, tendo nos objetivos educativos uma forma de alcançarmos esta educação. Coloca que a educação escolar pode ser chamada também de ensino.

Educação escolar, Pedagogia e Didática

A educação escolar é um sistema de instrução e ensino de objetivos intencionais, sistematizados e com alto grau de organização, dando a importância da mesma para uma democratização maior dos conhecimentos. O autor coloca que as práticas educativas é que verdadeiramente podem determinar as ações da escola e seu comprometimento social com a transformação. Afirma que a pedagogia investiga estas finalidades da educação na sociedade e a sua inserção na mesma, diz que a Didática é o principal ramo de estudo da pedagogia para poder estudar melhor os modos e condições de realizarmos o ensino e instrução. Ainda coloca a importância da sociologia da educação, psicologia da educação nestes processos de relação aluno-professor.

A Didática e a formação profissional do professor

Determina, o autor, que as duas dimensões da formação profissional do professor para o trabalho didático em sala de aula. A primeira destas dimensões é a teórico-científica formada de conhecimentos de filosofia, sociologia, história da educação e pedagogia.

A segunda é a técnico–prática, que representa o trabalho docente incluindo a didática, metodologias, pesquisa e outras facetas práticas do trabalho do professor. Neste subtítulo, Libâneo define a didática como a mediação entre as dimensões teórico-científica e a prática docente.

CAPÍTULO 02 - Didática e Democratização do Ensino

Neste capítulo, continua a discussão colocada no capítulo anterior, sobre a democratização do ensino e a importância de oferecer este de qualidade e a toda sociedade. Inicia com a colocação que a participação ativa na vida social é o objetivo da escola pública, o ensino é colocado como ações indispensáveis para ocorrer à instrução. Levanta e responde algumas perguntas envolvendo a escolarização, qualidade do ensino do povo e o fracasso escolar, fala também da Ética como compromisso profissional e social.

A Escolarização e as lutas democráticas

Realmente a escolarização é o processo principal para oferecer a um povo sua real possibilidade de ser livre e buscar nesta mesma medida participar das lutas democráticas, o autor endente democracia como um conjunto de conquistas de condições sociais, políticas e culturais, pela maioria da população para participar da condução de decisões políticas e sociais. Libâneo, (1994, 35) cita Guiomar Namo de Mello: "A escolarização básica constitui instrumento indispensável à construção da sociedade democrática", fala também dos índices de escolarização no Brasil, mostrando a evasão escolar e a repetência como graves problemas advindos da falta de uma política pública, de igualdade nas oportunidades em educação, deixando como resultado um enorme número de analfabetos na faixa de 5 a 14 anos. A transformação da escola depende da transformação da sociedade, afirma Libâneo, e continua dizendo que a escola é o meio insubstituível de contribuição para as lutas democráticas.

O Fracasso escolar precisa ser derrotado

Nessa parte, o autor fala mais detalhadamente deste grave problema do nosso sistema escolar, detalha gráficos que apontam para um quadro onde a escola não consegue reter o aluno no sistema escolar. Aponta muitos motivos para isto, mas considera, como principal, a falta de preparo da organização escolar, metodológica e didática de procedimentos adequados ao trabalho com as crianças pobres. Isto acontece devido aos planejamentos serem feitos prevendo uma criança imaginada e não a criança concreta, aquela que esta inserida em um contexto único. Somente o ingresso na escola pode oferecer um ponto de partida no processo de ensino aprendizagem.

Levanta, também, neste capítulo, outros fatores como dificuldades emocionais, falta de acompanhamento dos pais, imaturidade, entre outros. Cita aqui David Ausubel que afirma que o fator isolado mais importante que influencia a aprendizagem é aquilo que o aluno já conhece, complementa dizendo que o professor deve descobri-lo e basear-se nisto em seus ensinamentos.

As tarefas da escola pública democrática

Todos sabemos da importância do ensino de primeiro grau para formação do indivíduo, da formação de suas capacidades, habilidades e atitudes, além do seu preparo para as exigências sociais que este indivíduo necessita, dando a ele esta capacidade de poder estudar e aprender o resto da vida. O autor lista as tarefas principais das escolas públicas, entre elas, destacam-se:

  1. Proporciono escola gratuita pelos primeiros oito anos de escolarização;
  2. Assegurar a transmissão e assimilação dos conhecimentos e habilidades;
  3. Assegurar o desenvolvimento do pensamento crítico e independente;
  4. Oferecer um processo democrático de gestão escolar com a participação de todos os elementos envolvidos com a vida escolar.

    O compromisso social e ético dos professores

    O primeiro compromisso da atividade profissional de ser professor (o trabalho docente) é certamente de preparar os alunos para se tornarem cidadãos ativos e participantes na família, no trabalho e na vida cultural e política. O trabalho docente visa também a mediação entre a sociedade e os alunos. Libâneo afirma que, como toda a profissão, o magistério é um ato político porque se realiza no contexto das relações sociais.

    CAPÍTULO 03 - Didática: Teoria da Instrução e do Ensino

    Neste capítulo, o autor aborda, em especial, os vínculos da didática com os fundamentos educacionais, explicita seu objetivo de estudar e relacionar os principais temas da didática indispensáveis para o exercício profissional.

    A didática como atividade pedagógica escolar

    Sabedores que a pedagogia investiga a natureza das finalidades da educação como processo social, a didática coloca-se para assegurar o fazer pedagógico na escola, na sua dimensão político, social e técnica, afirmando daí o caráter essencialmente pedagógico desta disciplina. Define assim a didática como mediação escolar entre objetivos e conteúdos do ensino. Define, o autor, mais alguns termos fundamentais nesta estruturação escolar, a instrução como processo e o resultado da assimilação sólida de conhecimentos; o currículo como expressão dos conteúdos de instrução; e a metodologia como conjunto dos procedimentos de investigação quanto a fundamentos e validade das diferentes ciências, sendo as técnicas recursos ou meios de ensino seus complementos.

    Sintetizando, os temas fundamentais da didática são:

    1. Os objetivos sócio-pedagógicos;

    2. Os conteúdos escolares;

    3. Os princípios didáticos;

    4. Os métodos de ensino aprendizagem;

  5. As formas organizadas do ensino;
  6. Aplicação de técnicas e recursos;
  7. Controle e avaliação da aprendizagem.

Objetivo de estudo: o processo de ensino

Sem dúvida, o objetivo do estudo da didática é o processo de ensino. Podemos definir, conforme o autor, o processo de ensino como uma seqüência de atividades do professor e dos alunos tendo em vista a assimilação de conhecimentos e habilidades. Destaca a importância da natureza do trabalho docente como a mediação da relação cognoscitiva entre o aluno e as mateiras de ensino. Libâneo ainda coloca que ensinar e aprender são duas facetas do mesmo processo, que se realiza em torno das matérias de ensino sob a direção do professor.

Os componentes do processo didático

O ensino, por mais simples que pareça, envolve uma atividade complexa, sendo influenciado por condições internas e externas. Conhecer estas condições é fator fundamental para o trabalho docente. A situação didática em sala de aula esta sujeita também a determinantes econômico-sociais e sócio–culturais, afetando assim a ação didática diretamente.

Assim sendo, o processo didático está centrado na relação entre ensino e aprendizagem.

Podemos daí determinar os elementos constitutivos da Didática:

1. Conteúdos da matérias;

2. Ação de ensinar;

  1. Ação de aprender.

Desenvolvimento histórico da Didática e tendências pedagógicas

O autor afirma que a didática e sua história estão ligadas ao aparecimento do ensino.

Desde a Antigüidade clássica ou no período medieval já temos registro de formas de ação pedagógicas em escolas e mosteiros. Entretanto, a didática aparece em obra em meados do século XVII, com João Amos Comenio, ao escrever a primeira obra sobre a didática "A didática Magna", estabelecendo na obra alguns princípios com:

  1. A finalidade da educação é conduzir a felicidade eterna com Deus.
  2. O homem deve ser educado de acordo com o seu desenvolvimento natural, isto é de acordo com suas características de idade e capacidade.
  3. A assimilação dos conhecimentos não se da de forma imediata.
  4. O ensino deve seguir o curso da natureza infantil; por isto as coisas devem ser ensinadas uma de cada vez.

Já mais adiante, Jean Jacques Rousseau (1712-1778) propôs uma nova concepção de ensino, baseado nas necessidades e interesses imediatos da criança. Porém, este autor não colocou suas idéias em prática, cabendo mais adiante a outro pesquisador faze-lo, Henrique Pestalozzi (1746-1827), que trabalhava com a educação de crianças pobres. Estes três teóricos influenciaram muito Johann Friedrich Herbart (1776-1841), que tornou a verdadeira inspiração para pedagogia conservadora, determinando que o fim da educação é a moralidade atingida através da instrução de ensino. Estes autores e outros tantos formam as bases para o que chamamos modernamente de Pedagogia Tradicional e Pedagogia Renovada.

Tendências pedagógicas no Brasil e a Didática

Nos últimos anos, no Brasil, vêm sendo realizados muitos estudos sobre a história da didática no nosso país e suas lutas, classificando as tendências pedagógicas em duas grandes correntes: as de cunho liberal e as de cunho progressivista. Estas duas correntes têm grandes diferenças entre si. A tradicional vê a didática como uma disciplina normativa, com regras e procedimentos padrões, centrando a atividade de ensinar no professor e usando a palavra (transmissão oral) como principal recurso pedagógico. Já a didática de cunho progressivista é entendida como direção da aprendizagem, o aluno é o sujeito deste processo e o professor deve oferecer condições propícias para estimular o interesse dos alunos por esta razão os adeptos desta tendência dizem que o professor não ensina; antes, ajuda o aluno a prender.

Também temos aqui colocado pelo autor as tendências principais desta evolução e suas principais publicações na época. Vimos também que as tendências progressivas só tomaram força nos anos 80, com as denominadas "teorias críticas da educação". O autor lista também as várias divisões destas duas tendências e explica suas diferenças vitais.

A Didática e as tarefas do professor

O modo de fazer docente determina a linha e a qualidade do ensino, traça-se aqui, pelo autor, os principais objetivos da atuação docente:

  1. Assegurar ao aluno domínio duradouro e seguro dos conhecimentos.
  2. Criar condições para o desenvolvimento de capacidades e habilidades visando a autonomia na aprendizagem e independência de pensamento dos alunos.
  3. Orientar as tarefas do ensino para a formação da personalidade.

Estes três itens se integram entre si, pois a aprendizagem é um processo. Depois, o autor levanta os principais pontos do planejamento escolar:

  1. Compressão da relação entre educação escolar e objetivo sócio-políticos.
  2. Domínio do conteúdo e sua relação com a vida prática.
  3. Capacidade de dividir a matéria em módulos ou unidades.
  4. Conhecer as características sócio-culturais e individuais dos alunos.
  5. Domínio de métodos de ensino.
  6. Conhecimento dos programas oficias.
  7. Manter-se bem informado sobre livros e artigos ligados a sua disciplina e fatos relevantes.

Já a direção do ensino e aprendizagem requer outros procedimentos do professor:

  1. Conhecimento das funções didáticas
  2. Compatibilizar princípios gerais com conteúdos e métodos da disciplina
  3. Domínio dos métodos e de recursos tauxiares
  4. Habilidade de expressar idéias com clareza
  5. Tornar os conteúdos reais
  6. Saber formular perguntas e problemas
  7. Conhecimento das habilidades reais dos alunos
  8. Oferecer métodos que valorizem o trabalho intelectual independente
  9. Ter uma linha de conduta de relacionamento com os alunos
  10. Estimular o interesse pelo estudo

Para a avaliação os procedimentos são outros por parte do professor:

  1. Verificação continua dos objetivos alcançados e do rendimento nas atividades
  2. Dominar os meios de avaliação diagnóstica
  3. Conhecer os tipos de provas e de avaliação qualitativa

Estes requisitos são necessários para o professor poder exercer sua função docente frente aos alunos e institutos em que trabalha. Por isto, o professor, no ato profissional, deve exercitar o pensamento para descobrir constantemente as relações sociais reais que envolvem sua disciplina e a sua inserção nesta sociedade globalizada, desconfiando do normal e olhando sempre por traz das aparências, seja do livro didático ou mesmo de ações pré-estabelecidas.

CAPÍTULO 04 -O Processo de Ensino na Escola

O magistério se caracteriza nas atividades de ensino das matérias escolares criando uma relação recíproca entre a atividade do professor (ensino) e a atividade de estudo dos alunos (aprendizagem). Criar esta unidade entre o ensino-aprendizagem é o papel fundamental dos processos de ensino na escola, pois as relações entre alunos, professores e matérias são dinâmicas.

As características do processo de ensino

Inicia-se analisando as características do ensino tradicional e suas principais limitações pedagógicas: o professor só passa a matéria e o aluno recebe e reproduz mecanicamente o que absorve; é dada uma excessiva importância a matéria do livro sem dar a ele um caráter vivo; o ensino é somente transmitido com dificuldades para detectar o ritmo de cada aluno no aprender; o trabalho docente está restrito às paredes da sala de aula.

O autor propõe que entendamos o processo de ensino como visando alcançar resultados tendo com ponto de partida o nível de conhecimentos dos alunos e determinando algumas características como: o ensino é um processo, por isto obedece a uma direção, este processo visa alcançar determinados resultados como domínio de conhecimentos, hábitos, habilidades, atitudes, convicções e desenvolvimento das capacidades cognoscitivas, dando ao ensino este caráter bilateral, combinando as atividades do professor com as do aluno.

Processos didáticos básicos: ensino e aprendizagem

O livro mostra novamente a importância de garantir a unidade didática entre ensino e aprendizagem e propõe que analisemos cada parte deste processo separadamente.

A aprendizagem esta presente em qualquer atividade humana em que possamos aprender algo. A aprendizagem pode ocorrer de duas formas: casual, quando for espontânea ou organizada quando for aprender um conhecimento específico.

Com isto defini-se a aprendizagem escolar como um processo de assimilação de determinados conhecimentos e modos de ação física e mental. Isto significa que podemos aprender conhecimentos sistematizados, hábitos, atitudes e valores. Neste sentido, temos o processo de assimilação ativa que oferece uma percepção, compreensão, reflexão e aplicação que se desenvolve com os meios intelectuais, motivacionais e atitudes do próprio aluno, sob a direção e orientação do professor. Podemos ainda dizer que existem dois níveis de aprendizagem humana: o reflexo e o cognitivo. Isto determina uma interligação nos momentos da assimilação ativa, implicando nas atividades mental e práticas.

O livro coloca a aprendizagem escolar como uma atividade planejada, intencional e dirigida, não sendo em hipótese alguma casual ou espontânea. Com isto, pode pensar que o conhecimento se baseia em dados da realidade.

De início, é importante definir o ensino e o autor coloca-o como o meio fundamental do processo intelectual dos alunos, ou seja, o ensino é a combinação entre a condução do processo de ensino pelo professor e a assimilação ativa do aluno. O ensino tem três funções inseparáveis:

  1. Organizar os conteúdos para transmissão, oferecendo ao aluno relação subjetiva com os mesmos.
  2. Ajuda os alunos nas suas possibilidade de aprender.
  3. Dirigir e controlar atividade do professor para os objetivos da aprendizagem.

Mostra-se também a unidade necessária entre ensino e a aprendizagem, afinal o processo de ensino deve estabelecer apenas exigências e expectativas que os alunos possam cumprir para poder realmente envolve-los neste processo e mobilizar as suas energias.

Estrutura, componentes e dinâmica do processo de ensino

A estrutura e componentes explica o processo didático como a ação recíproca entre três componentes; os conteúdos, o ensino e a aprendizagem. Já o processo de ensino realizado no trabalho docente é um sistema articulado, formado pelos objetivos, conteúdos, métodos e condições, sendo, como sempre, o professor o responsável por esta condução. Neste quadro, o autor diz que o processo de ensino consiste ao mesmo tempo na condução do estudo e na auto-atividade do aluno, e levanta a contradição deste fato. Deixa clara a dificuldade de execução da tarefa docente e afirma que a Didática contribui justamente para tentar resolver esta contradição entre ensino e aprendizagem, em outras palavras, esta contradição acontece entre o saber sistematizado e o nível de conhecimento esperado. Existem algumas condições para que a contradição se transforme em forca motriz:

1. Dar ao aluno consciência das dificuldades que aparecem no confronto com um conhecimento novo que não conhecem.

2. O volume de atividades, conhecimento e exercícios devem considerar o preparo prévio do aluno.

3. Estas condições devem constar do planejamento.

A estruturação do trabalho docente

O autor reflete sobre este entendimento errôneo de que o trabalho docente na escola é o de "passar" a matéria de acordo, geralmente, com o livro didático. E mostra que a estrutura da aula deve ter um trabalho ativo e conjunto entre professor e aluno, ligado estreitamente com a metodologia específica das matérias, porém, não se identifica com leia. A cinco momentos da metodologia de ensino na sala de aula:

  1. Orientação inicial dos objetivos de ensino aprendizagem;
  2. Transmissão /assimilação da matéria nova;
  3. Consolidação e aprimoramento dos conhecimentos, habilidades e hábitos;
  4. Aplicação de conhecimentos, habilidades e hábitos;
  5. Verificação e avaliação dos conhecimentos e habilidades.

O caráter educativo do processo de ensino e o ensino crítico

Este caráter educativo do processo de ensino está intimamente ligado com o ensino crítico, dando a ele uma característica mais ampla, determinada social e pedagogicamente. Este ensino é critico por estar engajamento social, político e pedagogicamente, determinando uma postura frente às relações sociais vigentes e à prática social real.

CAPÍTULO 05 - O Processo de Ensino e o Estudo Ativo

Neste capítulo, entende-se melhor a relação entre o processo de ensino (falado no capítulo anterior) e o estudo ativo, este definido aqui como uma atividade cujo fim direto e específico é favorecer a aprendizagem ativa. Nesta medida, o capítulo discutirá também como o professor pode dirigir, estimular e orientar as condições internas e externas do ensino.

O estudo ativo e o ensino

É necessário ter presente que os conteúdos representam o elemento em torno do qual se realiza a atividade de estudo. O estudo ativo é por conseqüência uma postura do aluno e do professor frente ao conteúdo, pois as atividades deste estudo ativo se baseiam nas atividades do aluno de observação e compreensão de fatos ligados a matéria, da atenção na explicação do professor, favorecendo o desenvolvimento das capacidades cogniscitivas do aluno. Não existe ensino ativo sem o trabalho docente.

A atividade de estudo e o desenvolvimento intelectual

Neste subtítulo, o autor declara algo muito importante e já dito em outros momentos humanos "O objetivo da escola e do professor é formar pessoas inteligentes..."

Neste aspecto, o professor deve se satisfazer se o aluno compreende a matéria e tem possibilidade de pensar de forma independente e criativa sobre ela. Levanta dificuldades do trabalho docente para estimular aos alunos, principalmente porque o professor usa um estilo convencional de aula, igual para todas as matérias, com falta de entusiasmo e sem adequação com o mundo prático e real do aluno.

Porém, estas dificuldades podem ser superadas com um domínio maior do conteúdo por parte do professor, eleger mais do que um livro de referência, estar atualizado com as notícias, conhecer melhor as características dos seus alunos, dominar técnicas, didáticas e metodologias. Com isto, cada tarefa didática será uma tarefa de pensamento para o aluno.

Algumas formas de estudo ativo

O estudo ativo envolve inúmeros procedimentos para despertar no aluno hábitos, habilidades de caráter permanente. Para isto temos várias tarefas e exercícios específicos para este fim, listados aqui como pelo autor:

  1. Exercícios de reprodução - testes rápidos para verificar assimilação e domínio de habilidades.
  2. Tarefa de preparação para o estudo - Diálogo estabelecido entre o professor/aluno, aluno/aluno e observa e revisão de matérias anteriores.
  3. Tarefas de fases de assimilação de matérias - Atividades que favoreçam o confronto entre os conhecimentos sistematizados e a realidade dos alunos.
  4. Tarefas na fase de consolidação e aplicação – compõem-se de exercícios e revisão de fixação.

Fatores que influenciam no estudo ativo

Há vários fatores que influenciam no ato de estudar e aprender, entre estes fatores destacam-se alguns que influenciam de sobremaneira no estudo ativo.

1. O incentivo ao estudo - conjunto de estímulos que estimulam no aluno sua motivação para aprender.

2. As condições de aprendizagem – para oferecermos condições mínimas de aprendizagem, temos que conhecer muito bem as condições sócio-culturais dos alunos.

3. A influência do professor e do ambiente escolar - certamente o professor e o meio exercem uma influencia muito forte no aluno.

O autor reitera aqui também a necessidade de uma sólida assimilação de conhecimentos para ocorrer uma verdadeira aprendizagem.

CAPÍTULO 06 - Os Objetivos e Conteúdos de Ensino

Neste capítulo, o autor aborda a relação entre s componentes do processo de ensino, determina a unidade entre objetivos-conteúdos e destes com os métodos.

Os objetivos determinam de antemão os resultados esperados do processo entre o professor e aluno, determinam também a gama de habilidades e hábitos a serem adquiridos. Já os conteúdos formam a base da instrução. O método por sua vez é a forma com que estes objetivos e conteúdos serão ministrados na prática ao aluno.

A importância dos objetivos educacionais

A prática educacional baseia-se nos objetivos por meio de uma ação intencional e sistemática para oferecer aprendizagem. Desta forma os objetivos são fundamentais para determinação de propósitos definidos e explícitos quanto às qualidades humanas que precisam ser adquiridas. Os objetivos têm pelo menos três referências fundamentais para a sua formulação.

  1. Os valores e idéias ditos na legislação educacional.
  2. Os conteúdos básicos das ciências, produzidos na história da humanidade.
  3. As necessidades e expectativas da maioria da sociedade.

Ë importante destacar que estas três referências não devem ser tomadas separadamente, pois devem se apresentar juntos no ambiente escolar. Devemos ter claro que o trabalho docente é uma atividade que envolve opções sobre nosso conceito de sociedade, pois isto vai determinar a relação com os alunos. Isto prova que sempre conscientemente ou não, temos ou traçamos objetivos.

Objetivos gerais e objetivos específicos

Os objetivos são o marco inicial do processo pedagógico e social, segundo Libâneo. Os objetivos gerais explicam-se a partir de três níveis de abrangência. O primeiro nível é o sistema escolar que determina as finalidades educativas de acordo com a sociedade em que está inserido; o segundo é determinado pela escola que estabelece as diretrizes e princípios do trabalho escolar; o terceiro nível é o professor que concretiza tudo isto em ações práticas na sala de aula.

Alguns objetivos educacionais podem auxiliar os professores a determinar seus objetivos específicos e conteúdos de ensino. Entre estes objetivos educacionais destacam-se: a) colocar a educação no conjunto de lutas pela democratização da sociedade; b) oferecer a todos as crianças, sem nenhum tipo de discriminação cultural, racial ou política, uma preparação cultural e científica a partir do ensino das materiais; c) assegurar a estas crianças o desenvolvimento máximo de suas potencialidades; d) formar nos alunos a capacidade crítica e criativa em relação a matérias e sua aplicação; e) formar convicções para a vida futura; f) institucionalizar os processos de participação envolvendo todas as partes formadoras da realidade escolar.

Os conteúdos de Ensino

Desde o início do livro, o autor vem reiterando a idéia que as escolas têm, como tarefa fundamental, a democratização dos conhecimentos, garantindo uma base cultural para jovens e crianças. Sob este aspecto, muitos professores fazem a idéia que os conteúdos são o conhecimento corresponde a cada matéria, ou mesmo, que são a matéria do livro didático.O autor fala que esta visão não é complemente errada, pois há sempre três elementos no ensino: matéria, professor e o aluno. Neste aspecto, devemos estudar o ensino dos conteúdos como uma ação recíproca entre a matéria, o ensino e o estudo dos alunos. Por isto é muito importante que os conteúdos tenham em si momentos de vivências práticas para dar significado aos mesmos.

Definindo os conteúdos, eles são o conjunto de conhecimentos, habilidades, hábitos, modos valorativos e atitudes, organizados pedagógica e didaticamente, buscando a assimilação ativa e aplicação prática na vida dos alunos.

Agora uma questão importante, apresentada no livro, é a de quem deve escolher os conteúdos de ensino? Certamente, deve-se considerar que cabe ao professor, em última instancia, esta tarefa. Nesta tarefa o professor enfrenta pelo menos dois questionamentos fundamentais: Que conteúdos e que métodos?

Para responder a primeira pergunta, o autor diz que há três fontes para o professor selecionar os seus conteúdos do plano de ensino, a primeira é a programação oficial para cada disciplina; a segunda, conteúdos básicos das ciências transformados em matérias de estudo; a terceira, exigências teóricas práticas colocadas na vida dos alunos e sua inserção social.

Porém, a escolha do conteúdo vai além destas três exigências, para entendermos, tem-se que observá-las em outros sentidos. Um destes sentidos é a participação na prática social; outro sentido fundamental é a prática da vida cotidiano dos alunos, da família, do trabalho, do meio cultural, fornecendo fatos a serem conectados ao estudo das matérias. O terceiro destes sentidos refere-se à própria condição de rendimento escolar dos alunos.

Nesta visão, há uma dimensão crítico-social dos conteúdos, e esta se manifesta no tratamento científico dado ao conteúdo, no seu caráter histórico, na intenção de vínculo dos conteúdos com a realidade da vida dos alunos. Em síntese, esta dimensão crítica-social dos conteúdos nada mais é do que uma metodologia de estudo e interpretação dos objetivos do ensino.

Na atual sociedade, apesar do que foi visto anteriormente, tem-se conteúdos diferentes para diversas esferas e classes sociais, estas diferenças ratificam os privilégios existentes na divisão de classes já estabelecida pelo sistema capitalista. Neste sentido, os livros didáticos oferecidos no ensino das disciplinas, além de sistematizar e difundir conhecimentos, servem também para encobrir estas diferenças, ou mesmo, escamotear fatos da realidade para evitar contradições com sua orientação sócio-cultural–política. Com isto, o professor deve sempre analisar os textos e livros que vai usar com os alunos, no sentido de oferecer um ensino igualitário que possa olhar criticamente estas máscaras da sociedade.

Conhecer o conteúdo da matéria e ter uma sensibilidade crítica pode facilitar esta tarefa por parte do professor.

Critérios de seleção

Aqui, o autor propõe uma forma mais didática de resolver esta difícil tarefa de selecionar os conteúdos a serem ministrados em sala de aula. Abaixo, coloca-se esta forma ordenada de elaborar os conteúdos de ensino:

  1. Correspondência entre os objetivos gerais e os conteúdos.
  2. Caráter científico.
  3. Caráter sistemático.
  4. Relevância social.
  5. Acessibilidade e solidez.

CAPÍTULO 07 - Os Métodos de Ensino

Como já se viu anteriormente, os métodos são determinados pela relação objetivo-conteúdo, sendo os meios para alcançar objetivos gerais e específicos de ensino. Tem-se, assim, que as características dos métodos de ensino: estão orientados para os objetivos, implicam numa sucessão planejada de ações, requerem a utilização de meios.

Conceito de métodos de ensino

Um conceito simples de método é ser o caminho para atingir um objetivo. São métodos adequados para realizar os objetivos. É importante entender que cada ramo do conhecimento desenvolve seus próprios métodos, observa-se então métodos matemáticos, sociológicos, pedagógicos, entre outros. Já ao professor em sala de aula cabe estimular e dirigir o processo de ensino utilizando um conjunto de ações, passos e procedimentos que chamamos também de método. Agora não se pode pensar em método como apenas um conjunto de procedimentos, este é apenas um detalhe do método. Portanto, o método corresponde à seqüência de atividades do professor e do aluno.

A relação objetivo-conteúdo-método

Um entendimento global sobre esta relação é que os métodos não têm vida sem os objetivos e conteúdos, dessa forma a assimilação dos conteúdos depende dos métodos de ensino e aprendizagem. Com isto, a maior característica deste processo é a interdependência, onde o conteúdo determina o método por ser a base informativa dos objetivos, porém, o método também pode ser conteúdo quando for objeto da assimilação.

O que realmente importa é que esta relação de unidade entre objetivo-conteúdo–método constitua a base do processo didático.

Os princípios básicos do ensino

Estes princípios são os aspectos gerais do processo de ensino que fundamentam teoricamente a orientação do trabalho docente. Estes princípios também e fundamentalmente indicam e orientam a atividade do professor rumo aos objetivos gerais e específicos. Estes princípios básicos de ensino são:

  1. Ter caráter científico e sistemático - O professor deve buscar a explicação científica do conteúdo; orientar o estudo independente, utilizando métodos científicos; certificar-se da consolidação da matéria anterior antes de introduzir as matérias novas; organizar a seqüência entre conceitos e habilidades; ter unidade entre objetivos-conteúdos-métodos; organizar a aula integrando seu conteúdo com as demais matérias; favorecer a formação, atitudes e convicções.
  2. Ser compreensível e possível de ser assimilado - Na prática, para se entender estes conceitos, deve-se: dosar o grau de dificuldade no processo de ensino; fazer um diagnóstico periódico; analisar a correspondência entre o nível de conhecimento e a capacidade dos alunos; proporcionar o aprimoramento e a atualização constante do professor.
  3. Assegurar a relação conhecimento-prática – Para oferecermos isto aos alunos deve-se: estabelecer vínculos entre os conteúdos e experiências e problemas da vida prática; pedir para os alunos sempre fundamentarem aquilo que realizam na prática; mostrar a relação dos conhecimentos com o de outras gerações.
  4. Assentar-se na unidade ensino-aprendizagem - ou seja, na prática: esclarecer os alunos sobre os objetivos das aulas, a importância dos conhecimentos para a seqüência do estudo; provocar a explicitação da contradição entre idéias e experiências; oferecer condições didáticas para o aluno aprender independentemente; estimular o aluno a defender seus pontos de vista e conviver com o diferente; propor tarefas que exercitem o pensamento e soluções criativas; criar situações didáticas que ofereçam aplicar conteúdos em situações novas; aplicar os métodos de soluções de problemas.
  5. Garantir a solidez dos conhecimentos
  6. Levantar vínculos para o trabalho coletivo-particularidades individuais, deve-se adotar as seguintes medidas para isto acontecer: explicar com clareza os objetivos; desenvolver um ritmo de trabalho que seja possível da turma acompanhar; prevenir a influência de particularidades desfavoráveis ao trabalho do professor; respeitar e saber diferenciar cada aluno e seus ritmos específicos.

Classificação dos métodos de ensino

Sabe-se que existem vários tipos de classificação de métodos, seguindo determinados autores, no nosso estudo, o autor define os métodos de ensino como estando intimamente ligados com os métodos de aprendizagem, sob este ponto de vista o eixo do processo é a relação cognoscitiva entre o aluno e professor. Pode-se diferenciar estes métodos segundo suas direções, podendo ser externo e interno. A partir disto, o autor lista todos os métodos mais conhecidos de atividade em sala de aula por parte do professor.

  1. Método de exposição pelo professor - Este método é o mais usado na escola, onde o aluno assume uma posição passiva perante a matéria explanada. Ele pode ser de vários tipos de exposição: verbal, demonstração, ilustração, exemplificação.
  2. Método de trabalho independente – consiste em tarefas dirigidas e orientadas pelo professor para os alunos resolverem de maneira independente e criativa. Este método tem, na atitude mental do aluno, seu ponto forte.Tem também a possibilidade de apresentar fases com a tarefa preparatória, tarefa de assimilação de conteúdos, tarefa de elaborarão pessoal. Uma das formas mais conhecidas de trabalho independente é o estudo dirigido individual ou em duplas.
  3. Método de elaboração conjunta – é um método de interação entre o professor e o aluno visando obter novos conhecimentos.
  4. Método de trabalho de grupo - consiste em distribuir tarefas iguais ou não a grupos de estudantes, o autor cita de três a cinco pessoas. Têm-se também formas específicas de trabalhos de grupos comuns: debate, Philips 66, tempestade mental, grupo de verbalização, grupo de observação (GV-GO), seminário.
  5. Atividades especiais – são aquelas que complementam os métodos de ensino.

Meios de ensino

São todos os meios e recursos materiais utilizados pelo professor ou alunos para organizar e conduzir o ensino e a aprendizagem. Os equipamentos usados em sala de aula (do quadro-negro até o computador) são meios de ensino gerais possíveis de serem usados em todas as matérias. É importante que os professores saibam e dominem estes equipamentos para poderem usá-los em sala de aula com eficácia.

CAPÍTULO 08 - A Aula como Forma de Organização do Ensino

A aula é a forma predominante de organização do processo de ensino. Neste capítulo, o professor Libâneo explica o conjunto de meios e condições necessárias para realizarmos um conjunto de aulas, estruturando sua relação entre tipos de aulas e métodos de ensino.

Características gerais da aula

Abaixo, o autor determina algumas exigências a serem seguidas nas aulas:

  1. Ampliação do nível cultural e científico dos alunos.
  2. Seleção e organização das atividades para prover um ensino criativo e independente.
  3. Empenho na formação dos métodos e hábitos de estudo.
  4. Formação de hábitos, atitudes e convicções ligadas à vida prática dos alunos.
  5. Valorização da sala de aula como meio educativo.
  6. Formação do espírito de coletividade, solidariedade e ajuda mútua sem esquecer o individual.

Estruturação didática da aula

A estruturação da aula deve ser indicada por etapas, planejadas e organizadas para favorecer o ensino e aprendizagem. Portanto, é importante no planejamento da aula que este processo seja criativo e flexível por parte do professor. Estes passos ou etapas didáticas da aula são os seguintes:

  1. Preparação e introdução da matéria - visa criar as condições de estudo, motivacionais e de atenção.
  2. Tratamento didático da matéria nova - se os passos do ensino não são mais que funções didáticas, este tratamento já esta sendo feito. Tem-se que entender que a assimilação da matéria nova é um processo de interligação entre percepção ativa, compreensão e reflexão, sendo o processo de transmissão-assimilação a base metodológica para o tratamento didático da matéria nova.
  3. Consolidação e aprimoramento dos conhecimentos e habilidades - este é um importante momento de ensino e muitas vezes menosprezado ou diminuído na escola. A consolidação pode acontecer em qualquer etapa do processo didático, podendo ser reprodutiva, de generalização e criativa.
  4. A aplicação – esta fase é a culminância do processo de ensino. Seu objetivo é estabelecer vínculos entre os conhecimentos e a vida.
  5. Controle e avaliação dos resultados escolares – esta função percorre todas as etapas de ensino, cumprindo três funções: a pedagógica, diagnóstica e de controle. A integração destas funções dá à avaliação um caráter mais geral e não isolado.

Tipos de aulas e métodos de ensino

Neste estudo, o autor coloca que, na concepção de ensino, as tarefas docentes visam a organização e assimilação ativa. Isto significa que as aulas podem ser preparadas em correspondência com os passos do processo de ensino. Neste sentido, pode-se ter aulas de preparação e introdução, início de uma unidade, aula de tratamento sistematizado da matéria nova, consolidação, verificação da aprendizagem. Conforme o tipo de aula escolhe-se o método de ensino.

A tarefa de casa

Esta tarefa é um importante complemento das atividades didáticas de sala de aula. O autor considera que esta tarefa cumpre também uma função social integrando a família às atividades escolares, integrando os pais aos professores. Estas tarefas não devem ser apenas exercícios, devem ser também preparatórias ou de aprofundamento da matéria.

CAPÍTULO 09 - A Avaliação Escolar

A avaliação escolar é abordada em minúcias neste capitulo pelo autor. A avaliação é em última análise uma reflexão do nível qualitativo do trabalho escolar do professor e do aluno. Sabe-se também que ela é complexa e não envolve apenas testes e provas para determinar uma nota.

Uma definição de avaliação escolar

Segundo o professor Cipriano C. Luckesi, a avaliação é uma análise quantitativa dos dados relevantes do processo de ensino aprendizagem que auxilia o professor na tomada de decisões. Os dados relevantes aqui se referem às ações didáticas. Com isto, nos diversos momentos de ensino a avaliação tem como tarefa: a verificação, a qualificação e a apreciação qualitativa. Ela também cumpre pelo menos três funções no processo de ensino: a função pedagógica didática, a função de diagnóstico e a função de controle.

Avaliação na prática escolar

Lamentavelmente a avaliação na escola vem sido resumida a dar e tirar ponto, sendo apenas uma função de controle, dando a ela um caráter quantitativo. Certamente, com isto, os professores não conseguem efetivamente usar os procedimentos de avaliar. Com estas ações, quando a avaliação se resume a provas, professores com critérios onde décimos às vezes reprovam alunos, há a exclusão do professor do seu papel docente, que é de fornecer os meios pedagógico-didáticos para os alunos aprenderem sem intimidação.

Características da avaliação escolar

Agora, o autor sintetiza as principais características da avaliação escolar.

  1. Reflete a unidade objetivos-conteúdos-métodos.
  2. Possibilita a revisão do plano de ensino.
  3. Ajuda a desenvolver capacidades e habilidades.
  4. Volta-se para a atividade dos alunos.
  5. Ser objetiva.
  6. Ajuda na autopercepcao do professor.
  7. Reflete valores e expectativas do professor em relação aos alunos.

Esta frase marca este subtítulo "A avaliação é um ato pedagógico". (Libâneo, 1994, p.203).

Instrumentos de verificação do rendimento escolar

Uma das funções da avaliação é com certeza a de determinar em que nível de qualidade está sendo atendido os objetivos; para este fim, são necessários instrumentos e procedimentos. Alguns destes procedimentos ou instrumentos já são conhecidos, mas, neste subtítulo, o autor revisa e cita muitos deles ou os mais usados para verificar o rendimento escolar:

  1. Prova escrita dissertativa.
  2. Prova escrita de questões objetivas.
  3. Questões certo-errado (C ou E).
  4. Questões de lacunas (para completar).
  5. Questões de correspondência.
  6. Questões de múltipla escolha.
  7. Questões do tipo "teste de respostas curtas" ou de evocação simples.
  8. Questões de interpretação de texto.
  9. Questões de ordenação.
  10. Questões de identificação.
  11. Procedimentos auxiliares de avaliação

    11.1 A Observação;

    1. A Entrevista;
    2. Ficha sintética de dados dos alunos.

Atribuição de notas ou conceitos

As notas demonstram de forma abreviada os resultados do processo de avaliação. Esta avaliação tem também uma função de controle, expressando o resultado em notas e conceitos. O autor fala também da importância de se valorizar todas as formas de avaliação, ou instrumentos, e não apenas a prova no fim do bimestre como grande nota absoluta, que não valoriza o processo. Propõe uma escala de pontos ensinando como utilizar médias aritméticas para pesos diferentes, por fim, mostra como se deve aproximar notas decimais.

CAPÍTULO 10 - O Planejamento Escolar

O autor começa este capítulo dizendo que o planejamento, ensino e a avaliação são atividades que devem supor conhecimento do processo de ensino e aprendizagem.

O planejamento escolar propõe uma tarefa ao professor de previsão e revisão do processo de ensino completamente. Há três modalidades de planejamento: o plano da escola, o plano de ensino e o plano de aulas.

Importância do planejamento escolar

O planejamento do trabalho docente é um processo de racionalização, organização e coordenação da ação do professor, tendo as seguintes funções: explicar princípios, diretrizes e procedimentos do trabalho; expressar os vínculos entre o posicionamento filosófico, político, pedagógico e profissional das ações do professor; assegurar a racionalização, organização e coordenação do trabalho; prever objetivos, conteúdos e métodos; assegurar a unidade e a coerência do trabalho docente; atualizar constantemente o conteúdo do plano; facilitar a preparação das aulas.

Tem-se que entender o plano como um guia de orientação devendo este possuir uma ordem seqüencial, objetividade e coerência entre os objetivos gerais e específicos, sendo também flexível.

Requisitos para o planejamento

Os principais requisitos para o planejamento são os objetivos e tarefas da escola democrática; as exigências dos planos e programas oficiais; as condições prévias dos alunos para a aprendizagem; e as condições do processo de transmissão e assimilação ativa dos conteúdos.

O plano da escola

O plano de escola é um plano pedagógico e administrativo que serve como guia de orientação para o planejamento e trabalho docente. O autor descreve os passos para a realização de um plano da escola, as principais premissas e perguntas que devemos formular para sua elaboração são: posicionamento da educação escolar na sociedade; bases teórico-metodológicas da organização didática e administrativa; características econômicas, social, política e cultural do contexto em que a escola está inserida; características sócio-culturais dos alunos; diretrizes gerais sobre sistema de matérias, critério de seleção de objetivos e conteúdos; diretrizes metodológicas, sistemáticas de avaliação; diretrizes de organização e administração.

O plano de ensino

O autor afirma o plano de ensino como o roteiro detalhado das unidades didáticas. Podemos chamar também de plano de curso ou plano e unidades didáticas.

Este plano de ensino é formado das seguintes componentes:

  1. Justificativa das disciplinas;
  2. Delimitação dos conteúdos;
  3. Os objetivos gerais;
  4. Os objetivos específicos;
  5. Desenvolvimento metodológico;
  6. Conteúdos;
  7. Tempo provável;
  8. Desenvolvimento metodológico.

O plano de aula

O plano de aula é certamente um detalhamento do plano de ensino, é uma especificação do mesmo. O detalhamento da aula é fundamental para obtermos uma qualidade no ensino, sendo assim o plano de aula torna-se indispensável. Em primeiro lugar, deve-se considerar que a aula é um período de tempo variável, sendo assim, as unidades devem ser distribuídas sabendo-se que às vezes é preciso bem mais do que uma aula para finalizar uma unidade ou fase de ensino. Nesta preparação, o professor deve reler os objetivos gerais das matérias e a seqüência dos conteúdos; desdobrar as unidades a serem desenvolvidas; redigir objetivos específicos por cada tópico; desenvolver a metodologia por assunto; avaliar sempre a própria aula.

CAPÍTULO 11 - Relações Professor-Aluno na Sala de Aula

Um fator fundamental do trabalho docente trata da relação entre o aluno e o professor, da forma de se comunicar, se relacionar afetivamente, as dinâmicas e observações são fundamentais para a organização e motivação do trabalho docente. O autor chama isto de "situação didática" para alcançarmos com sucesso os objetivos do processo de ensino.

Aspectos cognoscitivos da interação

O autor define como cognoscitivo o processo ou movimentos que transcorre no ato de ensinar e no ato de aprender. Sob este ponto de vista, o trabalho do professor é um constante vai e vem entre as tarefas cognoscitivas e o nível dos alunos. Para se ter um bom resultado de interação nos aspectos cognoscitivo deve-se: manejar os recursos de linguagem; conhecer o nível dos alunos; ter um bom plano de aula; objetivos claros; e claro, é indispensável o uso correto da língua Portuguesa.

Aspectos sócio-emocionais

Estes aspectos são os vínculos afetivos entre o professor e os alunos. É preciso aprender a combinar a severidade e o respeito. Deve-se entender que neste processo pedagógico a autoridade e a autonomia devem conviver juntas, a autoridade do professor e a autonomia do aluno, não de forma contraditória comum pode parecer mais de forma complementar.

A disciplina na classe

Uma das grandes dificuldades em sala de aula é a chamado "controle da disciplina".

Não existe uma fórmula mágica para esta tarefa, mas o autor coloca que a disciplina na classe está tão diretamente ligada à prática docente, quanto à autoridade profissional, moral e técnica do professor. Este conjunto de características é que vai determinar a disciplina na classe.

http://www.pgie.ufrgs.br/alunos_espie/espie/max/public_html/didatica.htm

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