domingo, 11 de janeiro de 2009

O que é Direito? (resumo).


O QUE É DIREITO



Direito e Lei


No primeiro capítulo de seu livro o Professor Lyra Filho tenta mostrar não o que é o Direito mas sim o que ele não é, fazendo a distinção do que é o Direito positivo (a norma jurídica) da idéia de Direito como ideal do justo.

Desta forma ele demostra que a lei sempre emana do Estado e permanece em última análise ligada à classe dominante. A legislação portanto abrigaria, em menor ou maior grau, o Direito e o anti-direito, sendo o primeiro o Direito reto e justo e o segundo o Direito "entortado pelos interesses classísticos e caprichos continuístas do poder estabelecido"

O autêntico Direito não pode ser limitado pela legislação, não pode ser estudado e reduzido à pura legalidade. Lyra Filho afirma que o seu objetivo é perguntar, no sentido mais amplo, o que é o Direito, esclarecendo que ele não é algo acabado e nem mesmo perfeito. Ele considera o Direito como algo que, vindo da própria Sociedade, mantêm-se em constante renovação e mudanças e desta forma dificilmente pode-se achar a "essência" do Direito.

Ideologias Jurídicas


Neste segundo capítulo do livro, Lyra Filho inicia a procura de um histórico da evolução do pensamento jurídico analisando as principais ideologias jurídicas do pensamento ocidental e questionando qual o significado do próprio conceito de ideologia.

Para Roberto Lyra Filho, citando Adam Schaff, a verdade é apenas um limite ideal, ".. como uma série matemática, um limite que efetivamente vai recuando cada vez mais à medida que avançamos". Além disto, o Mestre afirma que a ideologia se manifesta como crenças que, entorpecendo a capacidade crítica, representam opiniões pré-fabricadas, não correspondendo à realidade e condicionando o pensamento.

Desta forma as ideologias jurídicas também aparecem dando expressão a posicionamentos de classes, traduzindo, deformadamente, elementos da realidade.

Principais Modelos de Ideologia Jurídica


No terceiro capítulo de sua obra "O que é Direito", Lyra Filho, analisa todas as ideologias jurídicas.

Inicialmente, aponta as duas concepções de Direito existentes nestas ideologias, de um lado o Direito visto como a ordem estabelecida, a lei vigente, e do outro lado a idéia do Direito como a ordem justa, o ideal de justiça. Ou seja, o Positivismo em contraposição ao Jusnaturalismo, dando origem ao dilema aparentemente insolúvel, entre as duas posições: o justo porque está ordenado e o ordenado porque é justo.

Desta forma o Positivismo é a redução do Direito ao que está positivado (normatizado), limitado ao que está ordenado, e o Jusnaturalismo criando um desdobramento entre o que está nas normas e o que deveria estar (direito natural).

Lyra Filho aponta a existência de três correntes positivistas: a legalista, que aponta a lei como único elemento válido; o positivismo historicista ou sociologista, admitindo as formações jurídicas pré-legislativas, como um produto espontâneo do "espírito do povo", que dariam origem às leis, estabelecendo o controle social; e finalmente, o positivismo psicologista que, através da busca do "direito livre" dentro das "belas almas", revelaria a essência fenomenológica do Direito.

Como crítica a estes modelos, o Professor Roberto Lyra Filho aponta o monopólio do Estado para a produção de normas e o domínio do poder em relação aos procedimentos de criação de novas normas, demonstrando que o mecanismo de legitimação pelo procedimento nada mais é do que a criação das regras pelos próprios donos do jogo. Portanto a legalidade de uma norma não é a prova de sua legitimidade.

Por outro lado, Roberto Lyra Filho aponta o Jusnaturalismo, dentro de suas três correntes, cosmológica (o Direito oriundo da "natureza das coisas"), teológica (o Direito divino como fonte do Direito natural) e a antropológica (os princípios supremos do Direito natural seriam fruto da razão do homem), como falho em diversos aspectos.

O Jusnaturalismo afirma que existe um Direito natural, baseado em princípios invariantes, imortais e constantes, que deveria sobrepor-se ao Direito positivo. Ora, aponta Lyra Filho, o Jusnaturalismo nada mais é que uma justificativa para o poder manifestado pela norma, servindo àqueles que elaboram as teorias sobre o que faz parte, e o que não faz, do Direito natural, transformando o Direito num conjunto de princípios que não revelam bem de que fonte extraem substâncias e validade e por que mudam.

Roberto Lyra Filho conclui o capítulo indicando que só a dialética poderia unificar o discurso da positividade e Justiça, da elaboração de normas e de sua legitimidade, indo contra a idéia corrente do Direito positivo apoiado por complementos do Direito Natural.

Sociologia e Direito


Roberto Lyra Filho inicia este capítulo afirmando que, para penetrar na essência do Direito, é necessária uma análise do processo histórico-social do fenômeno jurídico. Como ferramenta de estudo deste processo ele utilizará a sociologia, ressaltando que esta disciplina, mediando os fatos históricos, é a que efetivamente constrói os modelos que explicam a história.

A partir desta visão, cria uma dicotomia entre Sociologia do Direito e Sociologia Jurídica, afirmando que a primeira é o estudo da base social de um direito específico e que a segunda seria o "...exame do Direito em geral, como elemento do processo sociológico, em qualquer estrutura dada".

Após este preâmbulo, o autor, citando Ralf Dahrendo, identifica duas correntes de pensamento na Sociologia: a da "estabilidade, harmonia e consenso" e a da "mudança, conflito e coação".

A Sociologia da estabilidade explicará o fenômeno do Direito como o resultado do seguinte processo: o espaço social, composto por relações estáveis de grupos social tendendo à harmonia, produz costumes que levarão a normas sociais consensuais e legítimas; estas normas dão origem ao Estado que efetua o controle social, aceitando somente as mudanças dentro das regras que ele mesmo cria. Este esquema, de acordo como a visão do autor, é falho pois não prevê a existência de forças desestabilizadoras e serve apenas como justificativa para a defesa das instituições estabelecidas através do fetiche da norma positivada.

Por outro lado a Sociologia da mudança o espaço social é povoado por diversos grupos tendendo ao conflito, disputando, em relações instáveis, a supremacia dos seus valores. O Estado, neste contexto, é ambíguo, agindo, num sistema indefinido, de forma repressiva exercendo o controle social dominante. Para Roberto Lyra filho este panorama mantêm diversas incoerências pois retrata o Estado e as Contra-instituições como emanadoras do Direito sem indicar qual o padrão do Direito, escondendo a espoliação realizada pela classe dominante que detêm o controle sobre o Estado.

Roberto Lyra Filho termina este capítulo indicando a necessidade de construção de outro modelo que explique o fenômeno do Direito utilizando a visão da dialética social.

A Dialética Social do Direito


Roberto Lyra Filho inicia o último capítulo indicando que a infra-estrutura social e econômica internacional também produz uma superestrutura dialética entre os diversos países, e que esta infra-estrutura internacional, ao contrário das nacionais, é heterogênea pois cada país possui o seu modo de produção específico.

As sociedades são compostas por forças centrífugas, que buscam a mudança (dispersão), e forças centrípetas, responsáveis pela manutenção (coesão). Desta forma as lutas entre as classes sociais provocam a existência destas forças.

Analisando as forças centrípetas, Lyra Filho indica os mecanismos de ideologia como responsáveis pela coesão e padronização da organização social, através da legitimação da ordem estabelecida e criação de um mecanismo de controle das mudanças.

Do outro lado, as forças centrífugas, as classes espoliadas e dominadas criam suas próprias normas e instituições cuja presença na estrutura é fator de maior ou menor desorganização social. Esta atividade contestadora pode ser de dois tipos: reformista ou revolucionária; sendo que esta atividade pode ser pacífica ou violenta, independentemente do tipo. Ou seja, uma atividade revolucionária pode ser pacífica e uma reformista pode se manifestar violentamente.

Desta forma o autor propõe um modelo dialético que explica o comportamento da sociedade englobando a existência de forças contrárias. O esquema deste pode ser detalhado da seguinte forma: no plano internacional, uma infra-estrutura sócio-econômica, que numa relação de dominações e libertações instituem uma luta de povos e criação de uma superestrutura internacional. Cada nação, por sua vez, tem uma infra-estrutura própria que define uma luta de classes e de grupos (espoliados versus espoliados, opressores e oprimidos), montando uma superestrutura nacional onde a cultura dominante efetua o controle social global através da organização social, que produz as instituições sociais dominantes responsáveis pela manutenção dos costumes, mores e usos dominantes. Do outro lado, exercendo uma atividade anômica, os espoliados e oprimidos criam as suas próprias instituições, mores, costumes e normas.

Esta atividade anômica, identificada por Roberto Lyra Filho, pode dar origem a dois movimentos, a reforma, onde o sistema de controle social absorve os valores das classes, sem atingir as bases da estrutura e os demais aspectos da norma dominadora; e a revolução que através de uma série de normas e princípios impõem uma prática re-estruturadora, atingindo a infra-estrutura. Ambos os movimentos têm enlace político-jurídico pois : "...só politicamente se instrumentalizam e têm chance de triunfar; mas só juridicamente podem se fundamentar-se".

Desta forma o Direito surge da dialética social e dentro de um processo histórico e sua essência abrange todos os aspectos da sociedade sem criar uma oposição insolúvel entre Direito e Antidireito, como blocos estanques de visões ideológicas. Como conseqüência desta visão, este esquema dialético explica a contradição entre a injustiça real e as normas como parte do processo que constrói o Direito e que estas normas não surgem de blocos em conflito, mas sim de uma luta social constante.

A Justiça seria então uma JUSTIÇA SOCIAL e não uma idéia abstrata surgida e proclamada por filósofos idealistas, que depois a entregam a um grupo de juristas. A injustiça emanada do Antidireito (normas ilegítimas impostas em sociedades mal organizadas) faz parte do processo de construção do Direito e da Justiça não "... nascem dum berço metafísico ou são presente generoso dos deuses: eles brotam nas oposições, no conflito, no caminho penoso do progresso, com avanços e recos, momentos solares e terríveis eclipses".

Bibliografia

  • LYRA FILHO, Roberto. O que é Direito, Editora Brasiliense, São Paulo (1982).



  • Fonte: http://www.nplyriana.adv.br/link_geral.php?item=geral17&titulo=O+que+%E9+Direito

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    sábado, 10 de janeiro de 2009

    HISTORIA UNIVERSAL (II BIMESTRE [janeiro 2009]). em espanhol.

    videoconferencias

    Universidad Técnica Particular de Loja
    Comunicaòn Social
    Historia Universal
    Primer Ciclo
    Enero 2009 - Febrero 2009
    Expositor: Dr. Carlos Mena
    Tema:Historia Universal


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    Psicolinguística


    Psicolingüística é o estudo das conexões entre a linguagem e a mente que começou a se destacar como uma disciplina autônoma nos anos 1950. Ela não se confunde com a Psicologia da Linguagem por seu objeto e metodologia, apesar de muitos teóricos afirmarem que a Psicolingüística é um ramo interdisciplinar da Psicologia e da Lingüística. De alguma maneira, seu aparecimento foi promovido pela insistência com que o lingüista Noam Chomsky defendeu, naquela época, que a lingüística precisava ser encarada como parte da psicologia cognitiva, além de outros fatores como o interesse crescente da Lingüística pela questão da aquisição da linguagem.

    A psicolingüística analisa qualquer processo que diz respeito à comunicação humana, mediante o uso da linguagem (seja ela de forma oral, escrita, gestual etc.). Essa ciência também estuda os fatores que afetam a decodificação, ou seja, as estruturas psicológicas que nos capacitam a entender expressões, palavras, orações, textos.

    A comunicação humana pode ser considerada uma contínua percepção-compreensão-produção. A riqueza da linguagem faz com que esse contínuo se processe de várias maneiras. Assim, dependendo da modalidade, visual ou auditiva do estímulo externo, as etapas sensoriais em percepção serão diferentes. Também existe variabilidade na produção da linguagem; podemos falar, gesticular ou escrever.

    Outras áreas da psicolingüística são centradas em temas como a origem da linguagem no ser humano. Algumas analisam o processo de aquisição da língua materna e também a aquisição de uma língua estrangeira. Segundo Noam Chomsky, teórico de destaque na escola inatista, os humanos têm uma Gramática Universal inata(conceito abstrato que abrange todas as línguas humanas). Já os funcionalistas, que se opõem a essa corrente de estudos, afirmam que a aquisição da linguagem somente ocorre através do contato social.

    Linguística

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    sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

    Construtivismo e Ciências da Cognição



    Construtivismo e Ciências da Cognição

    O Construtivismo é uma corrente educacional apoiada no princípio de que o conhecimento que conquistamos não é algo que vem de fora, passado de uma pessoa a outra ou adquirido por meio de uma leitura, mas, sim, estimulado a partir de experiências quando delas participamos ativamente, buscando conhecer e, assim, experimentando, pesquisando, refletindo.
    A idéia construtivista rejeita a apresentação de conhecimentos prontos e, portanto, não aceita que um aluno possa efetivamente aprender quando apenas ouve um professor. Opõe-se, assim, à idéia de que o saber de um professor possa ser ministrado e, portanto, transferido ao aluno.
    Descrevendo-se essa corrente educacional dessa forma, surge uma dúvida:
    “Quer dizer que, se, por exemplo, falo ao meu aluno que Cabral descobriu o Brasil em 1500, esse meu aluno não aprende?” Nesse caso, como o Construtivismo explica o fato de, em adulto, guardarmos na memória uma porção de informações que nossos professores nos passaram na escola?
    Para o Construtivismo, o aluno que ouviu essa informação, em verdade, não a aprendeu. Apenas indexou-a à sua memória e, portanto, será capaz de repeti-la, mas de uma forma mecânica, robotizada, tal como faria um papagaio ou um simples gravador.
    Nesse sentido, a idéia construtivista de aprendizagem a percebe como a conquista de saberes que nos permitem, com os mesmos, aprender outros saberes e, assim, ter não um “recado preso de maneira mecânica à memória”, mas uma referência que serve de ferramenta para aprender outras coisas. Se decoro que uma loja, por exemplo, fica na Rua da Glória, conquistei uma informação que, dependendo das circunstâncias, poderá ter um valor pessoal; mas se vivi minha infância na Rua da Glória, em verdade, aprendi-a, e esse conhecimento sempre me ajudará quando descobrir outras ruas e, assim, comparando, analisando, descrevendo e percebendo essas descobertas com a rua de minha infância.
    Considerando a idéia de aprendizagem associada ao Construtivismo, não é difícil perceber que, quando aprendemos de forma não-mecânica, estamos efetivamente construindo, de forma direta, um conhecimento que será sempre ferramenta para as conquistas de outros conhecimentos.
    O exemplo citado permite que se atribuam dois sentidos diferentes ao significado de aprender. Existe, portanto, um aprender mecânico, uma informação estática que se indexa à memória e que não serve para mais nada, a não ser para uma repetição ou uso circunstancial; e existe também uma aprendizagem construtivista, que, envolvendo a ação direta do aprendiz sobre o objeto da aprendizagem, representa um conjunto de atividades que conduz a pessoa a se transformar, adquirindo novos procedimentos, atitudes e habilidades.
    Enquanto a aprendizagem mecânica é, quase sempre, efêmera, a aprendizagem construtivista implica uma mudança relativamente duradoura do conhecimento, do comportamento e da habilidade, que resulta da experiência.
    Tanto a aprendizagem mecânica como a aprendizagem construtivista podem ocorrer com ou sem a intervenção de uma outra pessoa. Jamais se vive em uma redoma de vidro e, dessa forma, o ambiente, a cada instante, nos traz uma série imensa de informações que, captadas pelo sentido, são levadas ao cérebro. Muitas dessas informações são imediatamente descartadas; outras, entretanto, são efetivamente assimiladas. Seja, porém, qual for o tipo de aprendizagem que a mente humana processe, jamais dispensa uma associação entre o saber que chega e o saber que já está estabelecido em nossa estrutura mental.
    Se, por exemplo, conto uma anedota e você ri, seu riso representa a compreensão dessa anedota, fato que, entretanto, jamais poderá acontecer se seu cérebro não estivesse cheio de saberes antigos que, pela anedota, foram associados aos novos. Se conto a uma pessoa uma anedota sobre um elefante e uma formiga, ela somente a compreenderá se souber o que é um elefante e o que é uma formiga, saberes já estabelecidos na estrutura mental e que se associaram aos novos ingredientes da anedota que se contou.
    Percebe-se, dessa maneira, que a aprendizagem construtivista pode ocorrer sem mediadores, mas a importância destes é crucial quando induz o aluno a associar os novos saberes que leva aos saberes antigos que esse aluno já possui. É por esse motivo que o Construtivismo rejeita uma “apresentação de conhecimentos prontos por meio de discursos” e sugere um professor mediador que ajude a criar associações e experimentos e, sobretudo, rejeite a idéia do erro como um tropeço, preferindo destacá-lo como um “trampolim” na rota da aprendizagem.
    O Construtivismo, portanto, não se opõe ao fato de que o aluno possa colher uma informação em um livro ou em uma apostila, mas é essencial que transforme essa informação em conhecimento por meio da indispensável interação entre sujeito–objeto (aluno–conhecimento) como uma estrutura bipolar com componentes inseparáveis.
    Em síntese, a concepção construtivista da aprendizagem sugere:
    a) O conhecimento escolar não constitui propriedade do professor que, em suas aulas, ministra a seus alunos, que, ouvindo, o apreendem.
    b) O conhecimento que é necessário para construir novos conhecimentos é recebido de forma ativa, pois necessita da interação do indivíduo com os símbolos e com o ambiente.
    c) O conhecimento se constrói progressivamente por força de sua ação e interação, e não por qualquer dotação prévia que exista na carga hereditária do aluno ou no ambiente que esse aluno freqüenta.
    Ao se alinhar essas breves conclusões, é natural que surja outra dúvida:
    O Construtivismo é uma teoria criada por Jean Piaget?
    Qual a relação entre os estudos de Piaget e o Construtivismo que muitas escolas afirmam praticar?
    Jean Piaget (1896–1980) é autor de uma obra vastíssima, e sua contribuição para a Psicologia e também para a educação é de tal forma diversificada que cada um de seus livros deu origem a muitos outros, de outros autores, buscando melhor compreendê-lo e interpretá-lo. Piaget, entretanto, não era pedagogo e, dessa forma, jamais se preocupou em orientar professores ou discutir métodos de ensino. Suas pesquisas e seus textos dedicaram-se a investigar os processos da inteligência humana, e, baseados em suas descobertas, educadores estabeleceram propostas pedagógicas. Assim, Piaget jamais falou em “Construtivismo” ou se preocupou com um método de ensino, e os conceitos — que sobre esse tema aqui se falou — inspiraram bem mais seus seguidores. Entre estes, Emília Ferreiro ocupa papel relevante.
    Considerado como um dos férteis psicólogos do século XX (embora sempre se considerasse um epistemológico), Piaget sempre buscou averiguar como se constrói o pensamento e explicar o desenvolvimento da inteligência humana. Não é, entretanto, difícil associar a obra de Piaget ao Construtivismo, pois em pelo menos três pontos essa relação se identifica.
    Piaget deu à Teoria do Conhecimento, que muito estudou, o título de epistemologia genética, destacando que a compreensão (aprendizagem) no ser humano se desenvolveria em um percurso evolutivo composto de diferentes estágios. Ele mostrou que a capacidade humana de aprender evolui progressivamente e não se amadurece senão em um momento certo. Destacava, assim, a existência de um estágio sensório-motor (do nascimento até os dois anos de idade), no qual a criança aprendia a “decodificar” informações relativas a seus sentidos e à coordenação de seus movimentos. Nessa fase, todo o enfoque de aprendizagem centrava-se no corpo, e a única grande preocupação da criança era si mesma. Andar, falar, por acaso, não é aprender?
    O segundo estágio, ele denominou de pré-operacional (dos dois anos até aproximadamente os sete anos de idade), quando a criança já começava a sair de seu próprio eu e entrar devagarzinho no mundo dos símbolos. Nessa fase, não domina conceitos lógicos, mas sabe, por exemplo, interpretar símbolos, associando-lhes características. A partir dos sete anos até aproximadamente onze a doze anos de idade, teria início o estágio operacional concreto, marcado pela fascinante capacidade de aprender e atuar sobre o objeto do conhecimento por meio de dados concretos.
    O último dos quatro estágios do desenvolvimento cognitivo humano foi denominado de operacional formal, quando pode o ser humano pensar de forma abstrata e fazer da imaginação uma estrada com contornos que podem ou não se tornar reais. Mais que identificar idades diferentes para aprendizagens diferentes, a obra de Piaget contribuiu para se perceber que nenhuma criança é um adulto em miniatura e que, dessa forma, pode aprender de forma simplificada o que de forma mais complexa os adultos apreendem. Os estudos de Piaget enfatizaram a importância de ações educativas correspondentes a cada fase do desenvolvimento humano, demonstrando a idéia, ainda que tola, mas influente, de que “criança não aprende e, portanto, basta para a Educação Infantil a garantia de alimento e recreação”.
    Experiências de Piaget mostraram, por exemplo, que, na fase pré-operacional, uma criança tem dificuldade para pensar, simultaneamente, em diversos aspectos de uma mesma situação e não acredita que um copo de água alto possa conter a mesma quantidade que um copo mais baixo e largo. Mostrou também a dificuldade infantil, nessa fase, em construir deduções (tomou chuva = ficou resfriado), em assumir pontos de vista de outros e ainda mais limitações. Destacou que a criança não é um “adulto pequeno”, mas alguém que possui um cérebro em freqüente transformação e que sua educação necessita que se respeitem os limites de suas formas de pensamento. Os estudos de Piaget imprimiram nova linha à Educação Infantil, afastando o preconceito de uma impossibilidade de aprendizagem ou uma prematura tentativa de fazer da criança um adulto.
    Um segundo ponto importante na contribuição de Piaget diz respeito à formação e ao desenvolvimento moral do ser humano. Mesmo que sobre esse tema tenha escrito apenas uma obra, ainda uma vez reforçou a certeza de que o desenvolvimento moral acompanha os estágios biológicos e que a criança não é, jamais, “lousa vazia na qual tudo o que se pretende formar ali se escreve”. Durante muito tempo, as pesquisas de Piaget sobre esse tema foram mantidas afastadas da escola e, nem sempre, a família, quando buscava “educar moralmente” uma criança, fazia-o seguindo os fundamentos do mestre. Ao contrário, muitas vezes cria-se na intuição de que “pau que nasce torto morre torto” e “água mole, em pedra dura, tanto bate até que fura” e, por isso, ou se entregava ao “destino” a formação moral da criança, como se suas condutas estivessem geneticamente programadas e fossem inalteráveis, ou, então, acreditava-se que a repetitividade de sugestões de procedimento ajudava na formação moral. Felizmente essa fase parece superada para grande parte dos educadores, e a busca de Piaget torna-se referência crucial para a organização de projetos sobre a educação moral.



    A criança não é um “adulto pequeno”, mas alguém que possui um cérebro em freqüente transformação.



    O conhecimento não é algo que se produz sem qualquer razão, mas que sempre decorre de uma necessidade.

    O terceiro ponto dos estudos de Piaget atinge de forma mais significativa as idéias do que os educadores — que o estudaram — chamaram de Construtivismo. Fundamenta-se na certeza de que o saber que se busca produzir nos alunos não é ensinado, não chega de fora para dentro e, portanto, não é transmitido de uma pessoa para outra, de um professor que, por exemplo, fala para seus alunos que ouçam e em silêncio anotem; mas, sim, um saber que se estimula a partir de experiências (e não através de cópias), quando o aprendiz ouve e opina, compara o que aprende com o que já sabe e com o que faz, “construindo” uma representação pessoal sobre os saberes que conquista. Piaget demonstrou a importância em se rejeitar uma exposição de conhecimentos prontos, destacando que somente se aprende de maneira significativa quando existe uma ação direta e uma construção pessoal no conhecimento que se adquire.
    Para Piaget, o conhecimento não é uma cópia da realidade que se imprime na memória (como defendia o Empirismo) nem produto de um desabrochar interno de capacidades inerentes ao ser e que dispensa ajuda (como sustentava o Inatismo), mas, sim, o resultado da interação entre as condições disponíveis em todos os seres humanos e sua atividade transformadora do meio.
    O conhecimento não é algo que se produz sem qualquer razão, mas que sempre decorre de uma necessidade. As idéias de Jean Piaget floresceram em um momento em que ocorriam importantes mudanças na educação, deixando em verdadeiro “estado de choque” muitos professores habituados a passar saberes de fora para dentro, observando-o como produto de seu domínio pessoal.
    Não é possível afirmar que Piaget não mereça crítica. Sabe-se hoje que suas pesquisas subestimaram um pouco a capacidade da criança e que algumas das limitações que apontou eram ocasionadas bem mais pela linguagem que utilizou (e não muito bem compreendida) que por restrições cerebrais quanto à capacidade de pensar. Mas se essas restrições sugerem algumas correções em suas teorias, de forma alguma desmerecem a grandeza das mudanças na educação que ele apresentou.
    Ao se investigar um pouco o pensamento de Piaget e se estabelecer uma ponte de conexão sobre o Construtivismo, aparece, com destaque, uma terceira e última questão: Piaget faleceu em 1980, e a chamada revolução cognitiva acentuou-se a partir da década de 90. Tendo sido essa considerada a “década do cérebro” e, pela primeira vez, sendo possível utilizar-se de aparelhos que rastreavam a mente humana de uma pessoa viva, surgiram novas idéias sobre estímulos e sobre aprendizagem.
    – Essas novas idéias alteram o Construtivismo?
    – O conhecimento sobre como a mente opera quando aprende acresce subsídios à obra de Jean Piaget?
    Um dos conceitos mais respeitados atualmente sobre a aprendizagem vem das chamadas Ciências da Cognição, campo de estudos interdisciplinares que pesquisa a mente humana e a inteligência e que engloba ramos específicos da Psicologia, Filosofia, Inteligência Artificial, Neurologia, Lingüística e Antropologia.
    As origens intelectuais dessa nova ciência remontam à segunda metade da década de 50, quando pesquisadores de diversas áreas começaram a estabelecer teorias sobre a mente, auxiliados por sua observação computadorizada. Esses estudos, entretanto, somente se organizaram na década de 70, quando se formou a Cognitive Science Society, que divulgou seus resultados.
    Desnecessário dizer que os cientistas da cognição estudaram Piaget e suas obras e que, como é natural, surgiram opiniões isoladas questionando alguns postulados desse mestre, sobretudo quanto ao rigor com que definia os limites etários de sua epistemologia genética. Ao que tudo indica, ainda que nada se altere na certeza com que Piaget diferenciava a aprendizagem em níveis de idade diferentes, é possível aceitar que talvez a maturidade da criança possa se manifestar um pouco mais cedo. Essas discussões, entretanto, não invalidam o fulcro das idéias construtivistas; antes, mais ainda, as promovem. Estudos avançados de Stevan Pinker, por exemplo, referendam pensamentos de Piaget e Antônio Damásio — um dos mais respeitados pesquisadores da mente e da forma como ela processa emoções e sentimentos — e reafirmam a importância da educação moral na primeira idade, como com tanta antecipação Piaget admitiu.

    Aplicações práticas do Construtivismo

    As idéias construtivistas ganharam tal expansão no Brasil que poucas escolas e, naturalmente, poucos educadores mantiveram-se imunes a elas e, mesmo sem perceber, foram modelando suas aulas dentro de uma linha que, se não era inteiramente construtivista, ao menos contemplava alguns avanços.
    A preocupação com uma abordagem construtivista se opôs a um ensino inatista ou empirista, que supunha que todas as propriedades funcionais da mente humana são determinadas geneticamente de tal forma que “aprender” independe de qualquer experiência ou ação direta do aprendiz sobre o objeto do conhecimento.
    No quadro da próxima página se estabelece um paralelo entre uma concepção de aprendizagem tradicional — portanto mecânica — e uma outra, agora significativa, dessa forma se aproximando bastante das idéias construtivistas.
    O objetivo dessa comparação é servir de paradigma para que o professor possa repensar sua prática pedagógica e preservar ou mudar suas ações.

    APRENDIZAGEM TRADICIONAL
    APRENDIZAGEM CONSTRUTIVISTA
    Ensino e aprendizagem em uma visão inatista (um desabrochar interno de capacidades, mesmo sem intervenção) ou empirista (uma cópia da realidade que se memoriza). Ensino e aprendizagem através de uma concepção construtivista.
    O aluno é sempre um ser passivo que, quanto mais comportado se mostrar, mais aplaudido será. São vistos como uma folha em branco, na qual o professor imprimirá seus conhecimentos. O professor favorece a autonomia de seu aluno, e o trabalho em grupo estimula o confronto de idéias, que favorece tanto os alunos mais adiantados como os menos.
    O professor acredita-se proprietário do saber e da verdade e que pode passar oralmente uma parte de seus saberes aos alunos. Como verdadeiro estimulador da aprendizagem, o professor propõe desafios, interroga, debate, arquiteta problemas e estimula seus alunos à pesquisa e descoberta.
    O professor é valorizado pelo saber que detém e acredita que o pleno domínio desses saberes, efetivamente, o capacita para estimular aprendizagens, por meio da regência de aulas. O professor é um especialista em aprendizagem, e os conteúdos da disciplina que trabalha são peças essenciais para promover experiências de aprendizagens significativas.
    O professor estimula e aplaude a repetição, e seu conceito de um bom aluno o identifica como sendo aquele que é capaz de repetir em provas (escritas ou orais) tudo o que em aula pregou. O professor sabe que apenas o saber mecânico pode ser repetido da forma como foi conquistado e, por esse motivo, abomina a repetição e estimula a construção de respostas em que o aluno possa transferir sua aprendizagem para outros “aprenderes”.
    O professor prepara sua aula como quem prepara a bula de um remédio ou a receita de um bolo, apresenta-a a seus alunos e solicita que possam devolvê-las da forma como a receberam, sempre que solicitados.
    O professor sabe que é um pesquisador e, como tal, um aprendiz, embora melhor preparado que seus alunos. Organiza projetos que encontrem soluções, sempre pessoais, para os desafios que apresentou.
    O professor transmite informações e solicita aos alunos que anotem ou copiem o esquema que reproduz na lousa. O professor expõe conceitos, solicita contextualizações, debate e promove experiências com seus alunos, solicitando o registro pessoal dessas experiências que se referem ao conhecimento adquirido.
    O professor expõe conceitos, solicita contextualizações, debate e promove experiências com seus alunos, solicitando o registro pessoal dessas experiências que se referem ao conhecimento adquirido.
    O professor acredita-se um permanente aprendiz, não aceita a rotina da repetição e, como pesquisador, estuda muito e sempre, debatendo com seus alunos e seus colegas a aprendizagem efetivamente construída.
    A única estratégia de ensino utilizada pelo professor é a aula expositiva, e ele acredita que tanto mais eficiente é a mesma quanto maior silêncio conquista por parte de seus alunos. Estimula e aplaude a repetição.
    O professor apresenta explicações, firma conceitos, propõe linhas de pensamento, mas suas aulas se alternam com projetos, pesquisas, desafios e alunos trabalhando e aprendendo em grupos.
    O professor busca adestrar o mecanismo das respostas. Prefere sempre testes a questões discursivas e acredita que pode construir um gabarito capaz de nivelar padrões de aprendizagem. O professor sabe que cérebros diferentes aprendem de maneiras diferente



    fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232008000900018&lng=pt&nrm=iso

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    quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

    Dicas para Concursos 5

    O emprego das letras

    Emprego de O ou U

    Regra do Bambu
    Nas palavras oxítonas, usa-se U no final.
    Ex.: bambu, caju, tatu.
    Regra do Versículo
    Usa-se - ULO ou - ULA em diminutivos
    eruditos> Ex.: película, versículo.

    E no proxímo, Dicas para concursos 6, postaremos sobre o emprego do H.
    Tô te esperando até lá.

    Fonte: BRITO, Francisco Sidney Nogueira de. Português 1: Como se preparar para concursos - São Paulo: Ediouro, 2005.

    E se você perdeu as outras postagens, clique nos links abaixo.

    Dicas para Concursos 1.
    Dicas para Concursos 2.
    Dicas para Concursos 3.
    Dicas para Concursos 4.

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    Sociedade da informação.


    Sociedade da informação

    Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

    Comunicação

    Ao longo da história, o homem tem criado os mais diversos meios e ferramentas para comunicar, e deste modo melhorar os seus padrões actuais de vida. Diante das suas criações, hoje as conclusões a tirar são complexas e pouco exactas. Se por um lado as suas criações lhe conferem um melhor modo de vida (como a criação de transportes, comunicações, etc.), são precisamente estas criações que o destroem (a poluição, desemprego, etc.).

    Assim, assistimos a um desenvolvimento tecnológico, independente e autónomo, sem necessitar de ser controlado pelo homem (o seu criador). Ou como mais recentemente a ciência nos afirma: “o desenvolvimento tecnológico avança tão rápido que o homem não o consegue alcançar”.

    Sociedade da Informação

    Sociedade da Informação é um termo - também chamado de Sociedade do Conhecimento ou Nova Economia - que surge no fim do Século XX, com origem no termo Globalização. Este tipo de sociedade encontra-se em processo de formação e expansão.

    A sociedade não é um elemento estático, muito pelo contrário está em constantemente mutação e como tal, a sociedade contemporânea está inserida num processo de mudança em que as novas tecnologias são as principais responsáveis, alguns autores identificam um novo paradigma de sociedade que se baseia num bem precioso, a informação, atribuindo-lhe várias designações, entre elas a Sociedade da Informação.

    Este novo modelo de organização das sociedades assenta num modo de desenvolvimento social e econômico onde a informação, como meio de criação de conhecimento, desempenha um papel fundamental na produção de riqueza e na contribuição para o bem-estar e qualidade de vida dos cidadãos. Condição para a Sociedade da Informação avançar é a possibilidade de todos poderem aceder às Tecnologias de Informação e Comunicação, presentes no nosso quotidiano que constituem instrumentos indispensáveis às comunicações pessoais, de trabalho e de lazer.

    Adaptação do homem a um novo paradigma de sociedade

    Mas por outro lado, esta sociedade poderá ser responsável por grandes diferenças sociais, tendo em conta o seu grau de exigência. Uma vez que é uma sociedade que vive do poder da informação, tendo como base as novas tecnologias ela poderá ser muito discriminatória, quer entre países, quer internamente, entre empresas, entre pessoas. Até algum tempo atrás, o saber ler e interpretar textos, bem como efectuar cálculos matemáticos simples, era obrigatório para se viver em harmonia e bem-estar na sociedade, este novo cenário mudou e as necessidades de qualificações profissionais e académicas aumentaram consideravelmente. O ser humano tem a capacidade de se adaptar e como tal, as pessoas devem desenvolver uma atitude flexível, com conhecimentos generalistas, capazes de se formarem ao longo da vida de acordo com as suas necessidades e que dominem as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC). A sociedade exige da escola pessoas com uma formação ampla, especializada, com um espírito empreendedor e criativo, com o domínio de uma ou várias línguas estrangeiras, com grandes capacidades de resolução de problemas.

    Relação dos jovens com a Sociedade da Informação

    Os jovens adquirem vários conhecimentos fora da escola, pois eles estão auto-integrados neste novo paradigma de sociedade, preferindo por vezes o aconchegante lar, com todas as tecnologias à disposição, à escola enfadonha e obsoleta. É importante a escola tornar-se mais atractiva e em sintonia com as novidades tecnológicas.

    Face a esta situação, já tem vindo a surgir alguns projectos, como por exemplo, One Laptop Per Child, projecto da autoria de Nicholas Negroponte, cientista Americano, formado em arquitectura, é um dos fundadores e professor do Media Lab, o laboratório de multimédia do Massachusetts Institute of Technology (MIT), onde é financiado por mais de 105 empresas, incluindo as maiores corporações dos Estados Unidos da América e as grandes empresas da indústria do entretenimento. Com grande reconhecimento no mundo da informática, fundou a OLPC, uma organização sem fins lucrativos que pretende assegurar a possibilidade de todos os estudantes terem o seu próprio portátil com vista a melhorar o seu nível de educação e a propiciar a sua entrada na nova era do conhecimento. A ideia de Nicholas Negroponte é produzir um portátil de baixo custo que tenha distribuição maciça, chegando às crianças de todo o Mundo, incluindo aos lugares mais remotos de países como a Nigéria, o Brasil, a China, a Tailândia, o Egipto ou a África do Sul. Capaz de se ligar à Internet sem utilizar cabos, o computador poderá funcionar através de corrente eléctrica, com pilhas e também através de um pedal gerador de energia. Este pedal, que inicialmente era uma manivela lateral, deverá liga-se ao transformador de energia, permitindo que as crianças de localidades mais remotas, como pequenos acampamentos sem electricidade, possam também utilizar o computador. Os portáteis deverão começar a ser distribuídos durante o primeiro trimestre de 2007, por um preço inicial de 135 dólares, que descerá para 100 dólares em 2008 e apenas 50 dólares a partir de 2010. Estes computadores não vão estar disponíveis para a venda ao público, sendo apenas distribuídos nas escolas, através de iniciativas governamentais.

    A sociedade tenderá a ser cada vez mais competitiva, criando mais riqueza e consequentemente qualidade de vida, tornando-se numa sociedade mais livre evitando a exclusão do cidadão convidando-o a participar. Mas para que isto seja possível e não se criem maiores dissimetrias sociais, as políticas educativas desempenham um papel primordial. Assim, a escola assume um papel fundamental na Sociedade da Informação, dotar o homem de capacidades para competir com o avanço tecnológico, condicionando-o, de maneira a que este avanço não seja autónomo, e possa ser controlado, de modo, a que sejam as nossas necessidades a corresponder ao desenvolvimento tecnológico e não o desenvolvimento tecnológico a moldar as nossas necessidades.

    Consequências

    Os aspectos positivos são visíveis, tal como a melhoria da nossa qualidade de vida. Com a introdução de máquinas e robôs nas indústrias tem-se aumentado a taxa de desemprego, mas a transição por vezes tem estas consequências. Com o nascimento de um novo sector, denominado de quaternário, cujo bem mais importante é a informação, assistimos a mudanças profundas na sociedade. A taxa de desemprego continua a aumentar com o desaparecimento de algumas profissões, entre outros factores. A perda de postos de trabalho, a extinção de algumas profissões, e a reconversão de outras até serem substituídas por novas, decorre um longo período de adaptação, que se poderá estar a viver neste momento, sendo difícil analisar as transformações quando estão a acontecer sem o tempo necessário para verificar as consequências.


    Economia

    A competitividade exige performance de desempenho profissional, flexibilidade apostando-se na qualidade do produto ou serviço final em detrimento do processo. A caneta e o papel estão claramente a ser substituídos pelas capacidades oferecidas pela informática, quer em termos de hardware como de software. As facilidades que as tecnologias trazem têm vindo a aumentar o nível de complexidade da informação e o seu respectivo tratamento. Com a Internet existe a troca de fluxo vivo de informação. A economia também é influenciada por este processo.

    Bibliografia

    • “Sociedade da Informação”, Fundação Portugal Telecom (http://fundacao.telecom.pt).
    • M. Margarida Marques, Joana Lopes Martins, “Jovens, Migrantes e a Sociedade da Informação e do Conhecimento”, Alto-comissariado para a imigração e minorias étnicas (http://www.oi.acime.gov.pt/).

    Ver também

    Ligações externas

    • CRIS - Communications Rights in the Information Society (campanha internacional pelos Direitos à Comunicação na Sociedade da Informação)
    • Internews - ONG de capacitação e treinamento para democratizar o acesso à informação
    • IFEX - Intercâmbio Internacional de Liberdade de Expressão
    • Sociedade da Informação - Referência Técnico Científico sobre sociedade da informação. Revista eletrônica.
    • CMD - Centro para Mídia e Democracia (EUA)
    • [1] - Actividades da UE


    Veja abaixo uma vídeo-aula sobre Sociedade da informação. (em espanhol). Dando significado e sentido, a pluralidade cultural.

    videoconferencias
    SOCIEDAD DE LA INFORMACIÓN (CAPITULO I)

    Quer saber mais?

    Ciência da Informação
    Glossário sobre temas da sociedade da informação

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    quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

    Arquivos Avaliação Psicopedagógica

    Arquivos Avaliação Psicopedagógica

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    Fonte: http://www.scribd.com/doc/7320630/Arquivos-Avaliacao-Psicopedagogica

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    (Resumo). Guia Teórico do Alfabetizador.



    Uma das mais importantes coleções voltadas ao público universitário é a "Princípios", que tem passado por cuidadosa reformulação desde o ano passado. Guia teórico do alfabetizador, de Miriam Lemle, professora de lingüística da Universidade Federal do Rio de Janeiro, é mais um título que reaparece com novo visual e modificações em seu conteúdo.
    "A edição atualizada não mudou nada na essência", diz a professora. "Abreviei alguns parágrafos que discutiam a idéia preconceituosa de que a língua falada pelos alfabetizandos é proibida de ser expressa por escrito."
    Logo na introdução do Guia, a autora apresenta alguns conhecimentos básicos sobre a língua, essenciais para o trabalho nas classes de alfabetização. "O professor dessas classes é o que enfrenta, logo de saída, os maiores problemas lingüísticos, e todos de uma vez. O momento crucial de toda a seqüência da vida escolar é o da alfabetização."
    Para Miriam, "a consciência de que existe uma língua escrita padrão deve ser tratada num segundo momento, depois de compreendidas as relações entre os sons da fala e as letras do alfabeto segundo as convenções ortográficas, que também podem ser utilizadas para transcrever uma linguagem diferente daquela considerada culta".
    Encontro de lingüistas
    A concepção desse Guia remonta a 1985. Há 20 anos, portanto, Miriam foi convidada para uma reunião do Mobral [Movimento Brasileiro de Alfabetização] com uma dezena de outros lingüistas de várias partes do Brasil.
    Um deles encarregou-se da análise estatística dos erros de escrita mais freqüentes entre os alunos. "Eram coisas do tipo nullprantaçãonull, nullvortavanull, nullmuiénull, nullanénull ou nullfalanonull. Escritas representativas da pronúncia da língua em variedades regionais. Apareceram também muitos exemplos de falta de nullsnull final, como em nullas festanull, bem como generalizações de pessoas verbais, tipo nulleles faznull", descreve a professora.
    Miriam chocou-se com o fato de nenhum dos lingüistas mencionar que esses erros nada mais eram que transcrições ortograficamente corretas das pronúncias regionais.
    Durante a discussão do resultado das estatísticas de erros, Miriam teve vez para falar. Levou uma tabela com a correspondência entre os erros e as formas na língua padrão, realçou a regularidade fonológica das correspondências e concluiu que o melhor modo de encaminhar o ensino seria ajudando os alunos a tomarem consciência de que a língua falada no Brasil não é uma, mas sim várias. "Celso Luft e Antônio Houaiss gostaram muito, e me disseram que eu precisava escrever aquilo num livro para alfabetizadores", recorda-se.
    "Confesso que não tive a pretensão de escrever para o público universitário. O Guia deve ser lido também por professores do primeiro ciclo do ensino fundamental. A alfabetização só é tema em faculdades de educação, e muito pouco em letras."
    Caminho árduo
    A autora do Guia teórico do alfabetizador defende que ainda há muito a fazer quando o assunto é alfabetização. O tema suscita debates acalorados e muita polêmica. A realidade brasileira aponta para dezenas de milhões de pessoas, os analfabetos funcionais, que entendem precariamente conjuntos elementares de palavras e tropeçam no processamento de estruturas sintáticas medianamente complexas.
    "Infelizmente, a área de educação foi muito prejudicada por uma abordagem que virou moda, chamada whole language, em que se passou a priorizar a comunicação em geral e a deixar de lado a tecnologia da escrita e a terminologia da gramática. Isso foi um desastre em todas as partes do mundo", relata Miriam.
    Boa parte da culpa do analfabetismo funcional, acredita a autora, vem "desse método comunicativo ou global ou construtivista". A professora está convicta de que um sistema ortográfico é um conjunto de convenções para a representação dos sons da fala. "Obrigar as crianças a atinarem sozinhas com as convenções é um disparate."

    Miriam Lemle. Guia Teórico do Alfabetizador.Editora Ática

    Fonte: http://www.atica.com.br/materias/?m=24

    Este acima é o resumo para acessar a resenha clique aqui.

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    Bandidolatria e Democídio. Indicação de leitura: Podcast conservador sobre: política , filosofia, arte, cultura, educação, pedagogia , religião etc

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