segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Apostilamento de Diploma Pedagogia


Apostilamento de Diploma Pedagogia

28/11/2006 12:05:20

Foi aprovado no dia 2 de fevereiro o Parecer CNE/CES 23/2006, com seu respectivo Projeto de Resolução anexo, que propõe revisão da Resolução CNE/CES 1/2005. O referido parecer já foi homologado. Publicou-se a Resolução CNE/CES nº 8/2006 decorrente daquele parecer. Leia os documentos abaixo:

  • Parecer CNE/CES nº 23/2006, aprovado em 2 de fevereiro de 2006
    Aprecia a Indicação CNE/CES nº 8/2005, que propõe a revisão da Resolução CNE/CES n° 1/2005, na qual são estabelecidas normas para o apostilamento, em diplomas de cursos de graduação em Pedagogia, do direito ao exercício do magistério nos anos iniciais do Ensino Fundamental
  • Resolução CNE/CES nº 8, de 29 de março de 2006
    Altera a Resolução CNE/CES nº 1, de 1º de fevereiro de 2005, que estabelece normas para o apostilamento, no diploma do curso de Pedagogia, do direito ao exercício do magistério nos anos iniciais do Ensino Fundamental

Dilatação do prazo:

  • Concluintes do curso de graduação plena em Pedagogia, até o final de 2007, terão direito ao apostilamento de habilitação para o exercício do magistério nos quatro anos iniciais do Ensino Fundamental, desde que tenham cursado com aproveitamento:
  1. Estrutura e Funcionamento do Ensino Fundamental;
  2. Metodologia do Ensino Fundamental; e
  3. Prática de Ensino-Estágio Supervisionado nas escolas de Ensino Fundamental, com carga horária mínima de trezentas horas, de acordo com o disposto no art. 65, da Lei 9.394/96.

  • Para os cursos concluídos anteriormente à edição da Lei 9.396/96, não haverá restrição de carga horária para Prática de Ensino-Estágio Supervisionado.
  • O apostilamento deverá ser averbado no verso do diploma do interessado, mediante requerimento junto à instituição que o expediu.
  • Os casos não abrangidos pelas condições previstas nesta Resolução continuarão sendo apreciados pela Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação.

Fonte: http://portal.mec.gov.br/cne/index.php?option=content&task=view&id=311&Itemid=353

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sábado, 14 de fevereiro de 2009

O alcoolismo


Alcoolismo

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

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O alcoolismo é geralmente definido como o consumo consistente e excessivo e/ou preocupação com bebidas alcoólicas ao ponto que este comportamento interfira com a vida pessoal, familiar, social ou profissional da pessoa. O alcoolismo pode potencialmente resultar em condições (doenças) psicológicas e fisiológicas, assim como, por fim, na morte. O alcoolismo é um dos problemas mundiais de uso de drogas que mais traz custos. Com exceção do tabagismo, o alcoolismo é mais custoso para os países do que todos os problemas de consumo de droga combinados.

Apesar do abuso do álcool ser um pré-requisito para o que é definido como alcoolismo, o mecanismo biológico do alcoolismo ainda é incerto. Para a maioria das pessoas, o consumo de álcool gera pouco ou nenhum risco de se tornar um vício. Outros fatores geralmente contribuem para que o uso de álcool se torne em alcoolismo. Esses fatores podem incluir o ambiente social em que a pessoa vive, a saúde emocional e a predisposição genética.

O tratamento do alcoolismo é complexo e depende do estado do paciente.

Terminologia

Muitos termos são aplicados para se referir a uma pessoa alcoólica e ao alcoolismo. Existe muita controvérsia a esse respeito, entretanto é consenso que:

1) Alcoolismo é uma doença.

2) O alcoólico pode apresentar prejuízos relacionados com o uso de álcool em todas as áreas da vida (prejuízos físicos, mentais, morais, profissionais, sociais, entre outros).

3) O alcoólico perde a capacidade de controlar a quantidade de bebida que ingere, uma vez que vence a ingestão (dependência química).[1]

Efeitos fisiológicos do alcoolismo

O consumo excessivo de álcool leva a uma degradação do etanol em etanal pelo fígado, fato que consome NAD+ formando NADP. Na segunda reação para a formação de acetato também há consumo de NAD+ e formação de NADP, dessa forma o ciclo de Krebs (dependente de NAD+) é diminuído pela falta de NAD+, aumentando portanto o metabolismo anaeróbico das células, o que irá produzir mais ácido lático no organismo. Esse excesso de ácido lático no organismo compete com a excreção de urato contribuindo para o aumento de ácido úrico no sangue, o qual irá precitar em articulações gerando uma doença conhecida como gota.

Etanol no sangue

Etanol no sangue
Etanol no sangue (gramas/litro) Estados Sintomas
0,1 a 0,5 Sobriedade Nenhuma influência aparente
0,3 a 1,2 Euforia Perda de eficiência, diminuição da atenção, julgamento e controle
0,9 a 2,5 Excitação Instabilidade das emoções, incoordenação muscular. Menor inibição. Perda do julgamento crítico
1,8 a 3,0 Confusão Vertigens, desequilíbrio, dificuldade na fala e distúrbios da sensação.
2,7 a 4,0 Estupor Apatia e inércia geral. Vômitos, incontinência urinária e fezes.
3,5 a 5,0 Coma Inconsciência, anestesia. Morte
Acima de 4,5 Morte Parada respiratória

Observações: Em média 45 gramas de etanol (120 ml de aguardente), com estômago vazio, fazem o sangue ter concentração de 0,6 a 1,0 grama por litro; após refeição a concentração é de 0,3 a 0,5 grama por litro. Um conteúdo igual de etanol, sob a forma de cerveja (1,2 litros), resulta 0,4 a 0,5 gramas de etanol por litro de sangue, com estômago vazio e 0,2 a 0,3 gramas por litro, após uma refeição mista.

Estatísticas [1]

  • acomete de 10% a 12% da população mundial e 11,2% dos brasileiros que vivem nas 107 maiores cidades do país;
  • a incidência de alcoolismo é maior entre os homens do que entre as mulheres;
  • a incidência é maior entre os mais jovens, especialmente na faixa etária dos 18 aos 29 anos, declinando com a idade;
  • o álcool é responsável por cerca de 60% dos acidentes de trânsito e aparece em 70% dos laudos cadavéricos das mortes violentas;
  • de acordo com a última pesquisa realizada pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (CEBRID) entre estudantes do 1º e 2º graus de dez capitais brasileiras, as bebidas alcoólicas são consumidas por mais de 65% dos entrevistados, estando bem à frente do tabaco. Dentre esses, 50% iniciaram o uso entre os 10 e 12 anos de idade.

Tratamentos

Advertência: A Wikipedia não é um consultório médico.
Se necessita de ajuda, consulte um profissional de saúde.
As informações aqui contidas não têm caráter de aconselhamento.

Os tratamentos para o alcoolismo são bastante variados porque existem múltiplas perspectivas para essa condição. Aqueles que possuem um alcoolismo que se aproxima de uma condição médica ou doença são recomendados a se tratar de modo diferentes dos que se aproximam desta condição como uma escolha social.

A maioria dos tratamentos busca ajudar as pessoas a diminuir o consumo de álcool, seguido por um treinamento de vida ou suporte social de modo que ajude a pessoa a resistir ao retorno do uso de álcool. Como o alcoolismo envolve múltiplos fatores que incentivam a pessoa a continuar a beber, todos estes fatores devem ser suprimidos para que se previnam com sucesso os casos de recaídas. Um exemplo para este tipo de tratamento é a desintoxicação seguida por uma combinação de terapia de suporte, atendimento em grupos de auto-ajuda, etc. A maioria dos tratamentos geralmente preferem uma abstinência de tolerância zero; entretanto, alguns preferem uma abordagem de redução de consumo progessiva.[2]

A efetividade dos tratamentos para o alcoolismo varia amplamente. Quando considerada a eficácia das opções de tratamento, deve-se considerar a taxa de sucesso daquelas pessoas que entraram no programa, não somente aqueles que o completaram. Como o término do programa é a qualificação para o sucesso, o sucesso entre as pessoas que completam um programa é geralmente perto de 100%. Também é importante se considerar não somente a taxa daqueles que atingiram os objetivos do tratamento, mas também a taxa daqueles que tiveram recaídas. Os resultados também devem ser comparados com a taxa aproximada de 5% de pessoas que abandonam os programas por conta própria.[3]

A desintoxicação trata os efeitos físicos do uso prolongado do álcool, mas na verdade não trata o alcoolismo. Após a desintoxicação estiver completa, as recaídas são propensas de ocorrer se não houver um tratamento subseqüente. A desintoxicação pode ou não ser necessária dependendo da idade, estado de saúde e histórico de ingestão de álcool da pessoa. Por exemplo, um homem jovem que quando consome álcool o faz em quantidades excessivas em um curto período de tempo, e busca tratamento uma semana após seu último uso de álcool, pode não precisar de desintoxicação antes de iniciar o tratamento para o alcoolismo.

Terapia em grupo e psicoterapia

Após a desintoxicação, diversas formas de terapia em grupo ou psicoterapia podem ser usadas para lidar com os aspectos psicológicos subconscientes que são relacionados à doença do alcoolismo, assim como proporcionar a aquisição de habilidades de prevenção às recaídas.

O aconselhamento em grupo através de ajuda mútua é um dos meios mais comuns de ajudar os alcoólicos a manter a sobriedades. Muitas organizações já foram formadas para proporcionar esse serviço, como os Alcoólicos Anónimos.

Racionamento e moderação

Os programas de racionamento e moderação do uso do álcool não forçam uma abstinência completa. Apesar de a maioria dos alcoólicos serem incapazes de limitar o seu consumo através destes programas, alguns passam a beber moderadamente. Muitas pessoas se recuperam do alcoolismo. Um estudo realizado em 2002 nos Estados Unidos mostrou que 17,7% das pessoas que tinham sido diagnosticadas como dependentes do álcool a mais de um ano (anteriormente à pesquisa) retornaram ao consumo de baixo risco de álcool [4].

Medicamentos

Embora não sejam necessários para o tratamento do alcoolismo, diversas medicações podem ser prescritas como parte do tratamento. Algumas podem facilitar a transição para a sobriedade, enquanto outras podem causar dificuldades físicas quando do uso do álcool. Na maioria dos casos, o efeito desejado é fazer com que o alcoólatra se abstenha da bebida.

  • O dissulfiram previne a eliminação de acetaldeído, um composto químico que o corpo produz quando quebra o etanol. É o acetaldeído que causa os diversos sintomas da "ressaca" após o uso do álcool. O efeito geral do medicamento é um grande desconforto quando o álcool é ingerido: uma "ressaca" desconfortável extremamente rápida e de longa duração. Isso desencoraja o alcoolista a beber quantidades significativas de álcool enquanto ele está tomando o medicamento. O consumo excessivo de álcool associado com o dissulfiram pode causar doenças severas e até a morte.
  • A naltrexona é um antagonista competitivo para os receptores opióides, bloqueando efetivamente a habilidade do corpo em usar as endorfinas e opiáceos. Ele também parece agir na ação da neurotransmissão do glutamato. A naltrexona é usada em duas formas muito diferentes de tratamento. O primeiro tratamento usa a naltrexona para diminuir os desejos pelo álcool e encorajar a abstinência. O outro tratamento, chamado extinção farmacológica, combina a naltrexona com o hábito normal de ingestão de álcool de forma para reverter o condicionamento das endorfinas que causam o vício ao álcool. A naltrexona é apresentada em duas formas. A naltrexona oral é uma pílula que deve ser tomada diariamente para ser eficiente. Vivitrol é uma formulação que é injetada nas nádegas uma vez ao mês.
  • Oxibato de sódio é o sal de sódio do ácido gama-hidroxibutírico (GHB). Ele é usado para a abstinência aguda do álcool e para a desintoxicação a médio e longo prazo. Essa droga melhora a neutrotransmissão do GABA e diminui os níveis de glutamato.
  • Baclofeno tem mostrado em estudos em animais e em pequenos estudos em humanos que melhora a desintoxicação. Esta droga atua como um agonista do receptor GABA B e isto pode ser benéfico.

Extinção farmacológica

A extinção farmacológica é o uso de antagonistas opióides como a naltrexona combinados com o hábito normal de ingestão de álcool para eliminar o desejo intenso pelo álcool.[5] Essa técnica obteve sucesso na Finlândia,[6] Pensilvânia,[7] e Flórida,[8] e é às vezes citada como o Método Sinclair.

Terapia nutricional

O tratamento preventivo das complicações do álcool incluem o uso a longo-prazo de multivitaminas além de vitaminas específicas como B12 e folato.

Apesar da terapia nutricional não ser um tratamento propriamente para o alcoolismo, ela trata as dificuldades que podem surgir anos após o uso intenso de álcool. Muitos dependentes de álcool tem a síndrome da resistência à insulina, um distúrbio metabólico no qual a dificuldade do corpo em processar açúcares causa um suprimento desequilibrado na corrente sanguínea. Apesar do distúrbio poder ser diminuído com uma dieta hipoglicêmica, ele pode afetar o comportamento e as emoções, efeitos colaterais que freqüentemente são observados entre os álcool-dependentes em tratamento. Os aspectos metabólicos desta dependência são freqüentemente negligenciados, gerando resultados ruins para os tratamentos.[9]

Veja também

Referências

  1. Associação Brasileira de Psiquiatria - Abuso e Dependência do Álcool
  2. Gabbard: "Treatments of Psychiatric Disorders". Published by the American Psychiatric Association: 3rd edition, 2001, ISBN 0-88048-910-3
  3. Spontaneous Recovery in Alcoholics: A Review and Analysis of the Available Research, by R. G. Smart Drug and Alcohol Dependence, Vol. 1, 1975-1976, p. 284.
  4. National Institute on Alcohol Abuse and Alcoholism 2001-2002 Survey Finds That Many Recover From Alcoholism Press release 18 January 2005
  5. Evidence about the use of naltrexone and for different ways of using it in the treatment of alcoholism
  6. ContrAl Clinics ContrAl Results
  7. The Sinclair Method
  8. University of Pennsylvania Health System
  9. The Hypoglycemic Health Association of Australia

Ligações externas


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DEPENDÊNCIA QUÍMICA, ABUSOS, COMPULSÕES E ALCOOLISMO - 1


Dr. Brunini entrevista a Dra. Simone Magaldi a respeito das: "Dependências químicas, abusos, compulsões, alcoolismo, e sobre o grupo transdisciplinar de acolhimento da FACIS - Faculdade de ciencias da Saúde de São Paulo - Gravado no programa Momento Saúde (parte 1)


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O que é a Transpessoal? UM POUCO DE HISTÓRIA DA TRANSPESSOAL .


Por Alexandre Pedrassoli

10/7/2006 (Revisão: 8/5/2008)

A psicologia, uma ciência bastante recente em termos históricos, ainda está à espera de uma unificação, uma lei geral que coordene suas diversas visões, por vezes antagônicas. Alguns autores admitem inclusive a existência não de uma única disciplina chamada psicologia, mas de diversas psicologias. Realmente, as diversas abordagens psicológicas, como a psicanálise, o behaviorismo e o humanismo, entre outras, divergem em sua essência, já que apresentam diferentes visões do ser humano. São portanto, incompatíveis, desde seus pressupostos mais elementares.

Pode-se dizer que a psicologia transpessoal é a primeira tentativa de integrar as diferentes visões de homem em uma visão mais ampla e abrangente, onde as divergências de opinião não sejam mais vistas como antagonismos, mas como visões complementares e não-excludentes sobre o mesmo objeto de estudo: o ser humano.

O termo transpessoal significa “além do pessoal” ou “além da personalidade”. Utiliza-se esse termo porque a psicologia transpessoal ocupa-se de capacidades humanas que estão além da esfera do ego. A abordagem transpessoal procura integrar em sua visão todo o potencial humano que está ainda por desenvolver. Essas capacidades potenciais estão relacionadas à existência de estados superiores de consciência, ainda desconhecidas para a maior parte da humanidade. O caminho para atingir esses estados é o caminho da autotranscendência, ou superação do ego individual. Daí os termos: superação do ego, além do ego, trans-ego, transpessoal.

A psicologia transpessoal é também a primeira corrente da psicologia a considerar expressamente que o homem possui uma dimensão espiritual. Chega a ser uma ironia que a psicologia, que adotou uma palavra que significa “estudo da alma” para definir a si própria (do grego: psykh(o) = alma e logía = ciência, estudo sistemático), não tivesse até então se interessado em estudar mais detidamente a espiritualidade humana. O Prof. Dr. Elias Boainain Jr., em sua tese de doutorado sobre as dimensões transpessoais da psicologia rogeriana (veja Carl Rogers), fala-nos sobre a espiritualidade como um dos objetos de estudo da psicologia transpessoal:

A espiritualidade, ou a dimensão espiritual do homem [...] identifica o Movimento Transpessoal como a primeira corrente da Psicologia contemporânea que dedica atenção sistemática e privilegiada à dimensão espiritual da experiência humana, até então ignorada, negada, negligenciada ou reduzida a derivações secundárias de outras faixas inferiores do ser, como a sexualidade e a agressividade sublimadas, por exemplo. O próprio uso mais ou menos freqüente e generalizado do termo espiritual que os transpessoais fazem, tomando emprestado à Religião este e outros vocábulos, na falta de termos próprios na tradição psicológica ocidental, fala-nos do desinteresse da Psicologia pelo assunto. (BOAINAIN JR., 1996)

Histórico

Reconhece-se atualmente na psicologia quatro grandes correntes, ou “forças”. A Primeira Força é a abordagem comportamental ou Behaviorismo. A Segunda Força é a Psicanálise, fundada por Sigmund Freud e a Terceira Força é a Psicologia Humanista. A Psicologia Transpessoal surgiu então com a proposta de ser a Quarta Força da Psicologia. De modo diferente das 3 forças que a antecederam, a Psicologia Transpessoal não aparece com contestação das correntes já vigentes, mas como uma evolução natural da Terceira Força, a Psicologia Humanista. De fato, é de dentro do movimento humanista que surgem alguns dos “fundadores” do movimento transpessoal. Dentre eles, destacam-se Abraham Maslow (1908-1970) e Antony Sutich (1907-1976). Em seu livro Introdução à Psicologia do Ser, na edição de 1968, Maslow aponta para o surgimento da Quarta Força:

Devo também dizer que considero a Psicologia Humanista, ou Terceira Força em Psicologia, apenas transitória, uma preparação para uma Quarta Força ainda "mais elevada", transpessoal, trans-humana, centrada mais no cosmos que nas necessidades e interesses humanos, indo além do humanismo, da identidade, da individuação (...). (MASLOW, 1998, p.ii).

Em 1967, um comitê liderado por Sutich e do qual participaram nomes como James Fadiman, Michael Murphy, Miles Vich e Sidney Jourard, passa a reunir-se para organizar a publicação de uma revista de Psicologia Trans-Humanística, primeiro nome dado à nova abordagem. Em 1968, o mesmo comitê, com a participação de Viktor Frankl e Stanislav Grof, mudam o nome para Revista de Psicologia Transpessoal (Journal of Transpersonal Psychology) e a revista é lançada em 1969. É a partir de então que o termo “transpessoal” passa a ganhar força. Em 1972, funda-se a Associação de Psicologia Transpessoal (Association for Transpersonal Psychology). Marcia Tabone relata esse período inicial:

Durante os dez primeiros anos de existência da Association for Transpersonal Psychology, houve uma rápida evolução e a perspectiva transpessoal transcendeu os limites da Psicologia, da Psiquiatria e especialmente da Psicoterapia. As descobertas revolucionárias de outras disciplinas, como a Física quântica relativista, a teoria dos sistemas, a Parapsicologia, a Holografia, etc., confirmaram e fundamentaram as constatações apresentadas pelo movimento transpessoal. (TABONE, 1988, p.99)

Do surgimento do movimento até os dias de hoje, nota-se que houve uma mudança de ênfase. Originalmente entusiasmada com os chamados “estados alterados de consciência” (atualmente denominados “estados inusuais de consciência”), passou gradualmente a procurar uma visão integradora, que procurasse absorver as teorias antecessoras e dar um corpo único à psicologia, de acordo com a nova visão de homem. Autores como Roberto Assagioli, com sua Psicossíntese e Ken Wilber, com a teoria do Espectro da Consciência que resultou na sua Psicologia Integral, colaboraram para criar modelos abrangentes da consciência humana, tentando englobar as demais correntes psicológicas.

A Psicologia Transpessoal observou também que alguns estados comumente classificados como “surtos psicóticos” se assemelhavam às experiências místicas de vários povos, de diversas linhas religiosas e espirituais. Passou então a considerar que alguns desses “surtos” são na verdade experiências de transcendência ou de dissolução temporária do ego, para uma ampliação de consciência. Stanislav Grof chama esses estados de “emergência espiritual”, e ocupou-se de estabelecer critérios para diferenciá-los dos surtos psicóticos. Essas “experiências culminantes”, segundo a terminologia de Maslow, são assim descritas por Grof.

Sentimentos de unidade com todo o universo. Visões e imagens de épocas e locais distantes. Sensações de vibrantes correntes de energia percorrendo o corpo, acompanhadas de espasmos e violentos tremores. [...] Vívidos vislumbres de luzes brilhantes e das cores do arco-íris. Temores de insanidade, e até de morte, iminente. (GROF, 1989, p.23)

Segundo a Associação de Psicologia Transpessoal, estes são, entre outros, os objetos de estudo dessa associação:

  • Psicologia e Psicoterapia
  • Meditação, caminhos e práticas espirituais
  • Mudança e transformação pessoal
  • Pesquisa da consciência
  • Vício e recuperação
  • Pesquisa de psicodélicos e estados alterados de consciência
  • Morte e Experiências de Quase-Morte (EQM)
  • Auto-realização e valores superiores
  • A conexão mente-corpo
  • Mitologia e Xamanismo
  • Experiências culminantes

Atualmente, a Psicologia Transpessoal no Brasil encontra ainda resistências junto ao meio acadêmico, embora um número crescente de trabalhos nessa linha venha sendo produzido. Poucos cursos de graduação em Psicologia oferecem a disciplina de Psicologia Transpessoal, embora haja um gradual crescimento na oferta de cursos de especialização nessa área. Nos Estados Unidos, há vários anos, já existe a especialização em Psicologia Transpessoal, sob diversos nomes. Um desses cursos em funcionamento é o de Psicologia Integral, idealizado por Ken Wilber.


Links relacionados:

Journal of Transpersonal Psychology: www.atpweb.org/journal.asp

Association for Transpersonal Psychology: www.atpweb.org

ALUBRAT – Associação Luso-Brasileira de Transpessoal: www.alubrat.net

ABPT - Associação Brasileira de Psicologia Transpessoal: www.abptranspessoal.com

Autores Relacionados:

Abraham Maslow

Anthony Sutich

Carl Gustav Jung (pesquisar livros)

Carl Rogers (pesquisar livros)

Frances Vaughan

Fritjof Capra (pesquisar livros)

Ken Wilber (pesquisar livros)

Pierre Weil (pesquisar livros)

Roger N. Walsh

Stanislav Grof (pesquisar livros)

Viktor Frankl (pesquisar livros)

Referências Bibliográficas

Association for Transpersonal Psychology. About ATP: Transpersonal Perspective. Disponível em: <http://www.atpweb.org/transperspect.asp>. Acesso em 8 maio 2008.

Boainain Jr., Elias. Transcentrando: Tornar-se transpessoal. Dissertação de Mestrado. Universidade de São Paulo, Instituto de psicologia. São Paulo, 1996.

Grof, Stanislav. Além do Cérebro. São Paulo: McGraw-Hill, 1988.

Grof, Stanislav; Grof, Christina. Emergência Espiritual. São Paulo: Cultrix, 1989.

Maslow, Abraham M. Toward a Psychology of Being (Introdução à Psicologia do Ser). 3.ed. Now York: John Wiley & Sons, 1998.

Tabone, Marcia. A Psicologia Transpessoal. São Paulo: Cultrix, 1988.

Artigos Relacionados

Fonte: http://www.pedrassoli.psc.br/psicologia/psitrans.aspx

Escultura da Biossíntese Dimensões da Vida

Terapia Transpessoal

ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOLOGIA TRANSPESSOAL

Alguns videos.

JANAINA SHIRAZAWA - PSICOLOGA TRANSPESSOAL


Parte 1


Parte 2


Fonte dos videos: http://www.youtube.com/user/tlneves

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sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

REFORMA ORTOGRÁFICA: bate-papo com professor Pasquale



Declaradamente contrário à nova ortografia, o professor de português e colunista da Folha Pasquale Cipro Neto tirou dúvidas enviadas pelos internautas à Redação do UOL Educação sobre as regras da reforma ortográfica. Veja outras dicas no especial Reforma Ortográfica.

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Nutricionista fala sobre os sintomas, prevenção e tratamentos da anemia. video

Programa Bom Dia Minas.


Quinta-feira, 05/02/2009

No país, metade das crianças de até cinco anos tem anemia. A doença, que diminui as defesas do organismo, também atinge adultos, principalmente mulheres grávidas.



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quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

UNIÓN DE RAZÓN Y FE COMO DESAFÍO DE LA UNIVERSIDAD CATÓLICA


Universidad Técnica Particular de Loja
Escuela/Cittie: Escuela de Ciencias Humanas y Religiosas
Materia: Desarrollo Espiritual I
Expositor: Dr. Carlos Romo, M.Id.
Bimestre: Primero
Periodo Académico: Sept. 2008-Feb 2009
Tema: Unión de Razón y Fe como desafío de la Universidad Católica
Categoria: Educação

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UNIÓN DE RAZÓN Y FE COMO DESAFÍO DE LA UNIVERSIDAD CATÓLICA


Universidad Técnica Particular de Loja
Escuela/Cittie: Escuela de Ciencias Humanas y Religiosas
Materia: Desarrollo Espiritual I
Expositor: Dr. Carlos Romo, M.Id.
Bimestre: Primero
Periodo Académico: Sept. 2008-Feb 2009
Tema: Unión de Razón y Fe como desafío de la Universidad Católica
Categoria: Educação

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Planos de Aulas Educação Infantil.


Clique nos links e, tenha acesso aos planos de aula.

1
Projeto Institucional
Educação Infantil
Creche
Objetivos: Favorecer um processo tranqüilo de retirada de fraldas para as crianças, respeitando ritmos e necessidades, auxiliar a equipe a construir competências para o bom acompanhamento do processo e promover um diálogo com as famílias, favorecendo ações em conjunto com a creche.
Formação social e pessoal

Cuidados
Cuidar de si

2
Projeto Didático
Educação Infantil
Todos
Objetivos: Envolver professores e pais no trabalho de orientação sexual dos estudantes , desenvolver nos alunos o respeito pelo corpo (o próprio e o do outro), refletir sobre diferenças de gênero e relacionamentos, dar informações sobre gravidez, métodos anticoncepcionais e doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), conscientizar sobre a importância de uma vida sexual responsável.
Formação social e pessoa l
Cuidados
Cuidar de si

3
Plano de trabalho
Educação Infantil
Creche
Objetivos: Propiciar momentos de descanso proveitosos.
Formação social e pessoal
Cuidados

Cuidar de si

4
Plano de trabalho
Educação Infantil
Creche
Objetivos: Transformar o banho em um momento de interação e diversão.
Formação social e pessoal
Cuidados
Cuidar de si

5
Seqüência Didática
Educação Infantil
0 a 5 anos
Objetivos: Auxiliar as crianças a reaproveitar elementos naturais e a se relacionar com o ambiente
Formação social e pessoa l
Cuidados

Cuidar do Ambiente

6
Projeto Didático
Educação Infantil
0 a 5 anos
Objetivos: Ajudar as crianças a se colocarem no lugar do outro
Formação social e pessoal
Cuidados

Cuidar do outro

7
Plano de trabalho
Educação Infantil
0 a 6 anos
Objetivos: Ampliar o repertório da criança com relação a hábitos de cuidado pessoal
Formação social e pessoal
Cuidados

Cuidar de si

Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/online/indice_planos.shtml

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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Resoluções Educacionais.


MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO
CÂMARA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR

RESOLUÇÃO Nº 9, DE 4 DE OUTUBRO DE 2007 (*) (**)
Estabelece normas para o apostilamento, em diplomas de
cursos de graduação em Pedagogia, do direito ao
exercício do magistério da Educação Infantil.

O Presidente da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de
Educação, tendo em vista o disposto nas Leis nos 9.131/1995, e 9.394/1996, e com
fundamento no Parecer CNE/CES nº 171/2007, homologado por Despacho do Senhor
Ministro de Estado da Educação, publicado no DOU de 24/9/2007, resolve:
Art. 1º Os estudantes concluintes do curso de graduação em Pedagogia, até o final de
2007, terão direito ao apostilamento de habilitação para o exercício do magistério da
Educação Infantil, desde que tenham cursado com aproveitamento:
I – Estrutura e Funcionamento da Educação Básica ou equivalente;
II – Metodologia da Educação Infantil ou equivalente; e
III – Prática de Ensino-Estágio Supervisionado na Educação Básica, com carga horária
mínima de 300 (trezentas) horas, de acordo com o disposto no art. 65, da Lei nº 9.394/96.
§ 1º À instituição de ensino responsável pela expedição do diploma cabe julgar,
mediante suas instâncias acadêmicas próprias, se as competências relativas aos componentes
curriculares constantes dos incisos I, II e III foram atingidas por meio de outros componentes
curriculares de igual ou equivalente valor formativo.
§ 2º A instituição de ensino responsável pela expedição do diploma igualmente poderá
analisar o conjunto de estudos, estágios e atividades profissionais dos alunos para decidir
sobre o cumprimento da exigência referida no inciso III deste artigo.
§ 3º Para os alunos que concluíram cursos de Pedagogia anteriormente à edição da Lei
nº 9.394/96, não haverá restrição de carga horária para Prática de Ensino-Estágio
Supervisionado, com vistas ao apostilamento.
Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.

ANTÔNIO CARLOS CARUSO RONCA
(*) Publicada

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO
CÂMARA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR

RESOLUÇÃO Nº 2, DE 26 DE JUNHO DE 2008 (*)
Alteração da Resolução CNE/CES n° 9, de 4 de
outubro de 2007, que estabelece normas para o
apostilamento, em diplomas de cursos de
graduação em Pedagogia, do direito ao exercício
do magistério da Educação Infantil.

O Presidente da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de
Educação, tendo em vista o disposto nas Leis nos 9.131, de 24 de novembro de 1995, e 9.394,
de 20 de dezembro de 1996, e com fundamento no Parecer CNE/CES nº 81, de 10 de abril de
2008, homologado por Despacho do Senhor Ministro de Estado da Educação, publicado no
D.O.U. de 21 de maio de 2008, resolve:
Art. 1º O caput do art. 1º da Resolução CNE/CES n° 9, de 4 de outubro de 2007, passa
a vigorar com a seguinte redação:
Art. 1º Os estudantes concluintes do curso de graduação em Pedagogia,
Licenciatura, até o final de 2010, terão direito ao apostilamento de habilitação para
o exercício do magistério da Educação Infantil, desde que tenham cursado com
aproveitamento:
Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.

PAULO MONTEIRO VIEIRA BRAGA BARONE
Presidente da Câmara de Educação Superior

*) Publicada

Fonte: http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/2008/rces002_08.pdf

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terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Qual a diferença entre mapa mental e mapa conceitual?

Mapa Mental e Mapa Conceitual

Mapas Mentais e Mapas Conceituais são poderosas ferramentas para estudo. Podem ser usados para anotações em aulas e palestras, discussões estilo brainstorm, resumos de livros e outros materiais, organização do pensamento, indexação de grandes volumes de informação, etc.

Essencialmente, ambos são "diagramas de fluxo de pensamento", cujo grande objetivo é deixar o pensamento visualmente organizado, para que seja fácil recuperar a informação ali contida. É como se fossem "chaves" para recuperar toda uma linha de raciocínio. Aliás, palavras e conceitos-chave que literalmente produzirão isso. É possível sintetizar muita informação em um pequeno espaço, para que seja fácil processá-la e transformá-la em conhecimento.

Os mapas podem ser feitos à mão, mas há boas ferramentas para automatizá-los.

Mapas Mentais

Nos mapas mentais, há sempre uma ideia central (raiz), a partir da qual se "puxam" as ideias conectadas (galhos), numa estrutura em árvore. Em cada "nó", ou "caixa" do mapa, há apenas uma palavra, ou uma pequena frase. A organização é feita de forma a encadear o pensamento. E vale tudo: trabalhar com as cores, inserir imagens, etc.

Exemplo de Mapa MentalA Wikipedia possui um ótimo exemplo de Mapa Mental sobre Como Elaborar Mapas Mentais, no artigo sobre Mind Maps.

Mapas Mentais neste site:
Ferramentas recomendadas (depois de muitos testes):
  • Usando html5, offline, ou online, com a possibilidade de salvar os arquivos (.json) localmente, no google drive, ou na nuvem, há o mindmaps de David Richard. E também uma versão mais turbinada do trabalho dele no app.mindmapmaker.org.
  • Para Windows 8.x e Windows 10, meu preferido foi o espresso Mind Map. A limitação da versão gratuita é basicamente as marcas d'água ao se exportar os mapas para html ou imagem. A versão paga custa menos que um cafézinho. É o software que uso aqui no site, especialmente pela facilidade em exportar arquivos html.
  • Instalável e multiplataforma, provavelmente o software livre mais famoso seja o FreeMind, mas na minha opinião não vale tanto a pena assim, pois não há mais recursos dos que os disponíveis nas opções anteriores.

Mapas Conceituais

Os mapas conceituais diferem dos mentais pela presença de uma conexão entre os conceitos registrados nos nós, ou caixas. Essa conexão é feita sempre com um verbo, ou locução. Por exemplo: "é", "pode ser", "deriva de", "pode ser feito com". É também muito comum que os conceitos sejam interligados, numa estrutura mais para rede do que para árvore.

O site Learn About Concept Maps do Institute for Human and Machine Cognition (IHMC) é um ótimo ponto de partida. Eles também fazem o software mais 
popular para mapas conceituais, o CmapTools.

Muitas vezes um software como o MS Visio, o LibreOfiice Draw, ou a ferramenta de desenho do Google Drive acabam sendo a opção mais interessante para se elaborar um mapa conceitual.

Mapas Conceituais neste site:
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Pequeno conto chinês Quem seria a escolhida?


PARÁBOLAS

Pequeno conto chinês

Quem seria a escolhida?

Conta-se que por volta do ano 250 A.C, na China antiga, um príncipe da região norte do país estava às vésperas de ser coroado imperador mas, de acordo com a lei, deveria se casar. Sabendo disso, ele resolveu fazer uma "disputa" entre as moças da corte ou quem quer que se achasse digna de sua proposta.

No dia seguinte, o príncipe anunciou que receberia, numa celebração especial, todas as pretendentes e lançaria um desafio. Uma velha senhora, serva do palácio há muitos anos, ouvindo os comentários sobre os preparativos, sentiu uma leve tristeza, pois sabia que sua jovem filha nutria um sentimento de profundo amor pelo príncipe.

Ao chegar em casa e relatar o fato à jovem, espantou-se ao saber que ela pretendia ir à celebração, e indagou incrédula:

- Minha filha, o que você fará lá? Estarão presentes todas as mais belas e ricas moças da corte. Tire esta idéia insensata da cabeça; eu sei que você deve estar sofrendo, mas não torne o sofrimento uma loucura.

E a filha respondeu:

- Não, querida mãe, não estou sofrendo e muito menos louca, eu sei que jamais poderei ser a escolhida, mas é minha oportunidade de ficar pelo menos alguns momentos perto do príncipe, isto já me torna feliz.

À noite, a jovem chegou ao palácio. Lá estavam, de fato, todas as mais belas moças, com as mais belas roupas, com as mais belas jóias e com as mais determinadas intenções. Então, inicialmente, o príncipe anunciou o desafio:

- Darei a cada uma de vocês, uma semente. Aquela que, dentro de seis meses, me trouxer a mais bela flor, será escolhida minha esposa e futura imperatriz da China.

A proposta do príncipe não fugiu às profundas tradições daquele povo, que valorizava muito a especialidade de "cultivar" algo, sejam costumes, amizades, relacionamentos, etc...

O tempo passou e a doce jovem, como não tinha muita habilidade nas artes da jardinagem, cuidava com muita paciência e ternura a sua semente, pois sabia que se a beleza da flor surgisse na mesma extensão de seu amor, ela não precisava se preocupar com o resultado.

Passaram-se três meses e nada surgiu. A jovem tudo tentara, usara de todos os métodos que conhecia, mas nada havia nascido. Dia após dia ela percebia cada vez mais longe o seu sonho, mas cada vez mais profundo o seu amor. Por fim, os seis meses haviam passado e nada havia brotado. Consciente do seu esforço e dedicação, a moça comunicou à mãe que, independentemente das circunstâncias, retornaria ao palácio, na data e hora combinadas, pois não pretendia nada além de mais alguns momentos na companhia do príncipe.

Na hora marcada estava lá, com seu vaso vazio, bem como todas as outras pretendentes, cada uma com uma flor mais bela do que a outra, das mais variadas formas e cores. Ela estava admirada, nunca havia presenciado tão bela cena.

Finalmente chega o momento esperado e o príncipe observa cada uma das pretendentes com muito cuidado e atenção. Após passar por todas, uma a uma, ele anuncia o resultado e indica a bela jovem como sua futura esposa. As pessoas presentes tiveram as mais inesperadas reações. Ninguém compreendeu porque ele havia escolhido justamente aquela que nada havia cultivado. Então, calmamente o príncipe esclareceu:

- Esta foi a única que cultivou a flor que a tornou digna de se tornar uma imperatriz. A flor da honestidade, pois todas as sementes que entreguei eram estéreis.

(Autor desconhecido)

Enviada por Paulo Belus

Brasília/DF

Fonte: http://www.possibilidades.com.br/parabolas/conto_chines.asp

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Estratégias para enriquecer o aprendizado


APRENDIZAGEM

Estratégias para enriquecer o aprendizado

Ações complementares para antes, durante e depois de uma sessão de dedicação

Você certamente faz algumas coisas quando está se dedicando a aprender algo. Se é material de leitura, lê, relê, repete, faz perguntas, resume, desenha diagramas, memoriza. Se envolve alguma habilidade, pratica seguindo um roteiro ou imitando alguém, como na dança, ou visualiza. O aprendizado pode também envolver um processo de tentativa-e-feedback, isto é, tentar fazer, observar o resultado e ajustar até sair como você quer ou como acha que deve ser. Ou seja, você aplica alguma estratégia que visa diretamente o aprender.

Combinar estratégias com a principal pode facilitar a obtenção e multiplicar o rendimento e a qualidade dos resultados, tanto que já fazemos isso em alguma medida. Há pessoas que estudam ouvindo música. Uma meditação pode incluir uma música suave, silêncio, meia-luz e incenso. Até a postura, como você bem deve saber, pode influenciar nos resultados.

Vamos descrever aqui estratégias variadas que apoiam o processo de aprendizado, no sentido de facilitar, acelerar, suavizar e tornar mais eficiente, eficaz ou agradável. Você pode incorporar todas ou nenhuma, aplicar uma em um dia e outra noutro dia. Pode ser até que já aplique alguma, conscientemente ou não; mais importante é você testá-las e ver o que faz diferença para você.

Antes

1) Prepare o seu ambiente - Quando decidir que é hora, antecipe o que vai precisar e deixe tudo à mão: livros, anotações, dicionário. Se usa computador, abra os arquivos que julga que serão necessários ou úteis. Se quiser, pegue também copo d'água ou de suco e batata frita. Outras opções são avisar todo mundo do que vai fazer e tirar o telefone do gancho. O objetivo aqui é montar um ambiente que permita o máximo possível de foco e concentração.

2) Ative sua motivação - Diga para si para que serve o que vai fazer em seguida. Ative a lembrança dos motivos que o levaram a assumir o compromisso do qual decorre a atividade a seguir. O que você vai obter ao final? E o que isso lhe trará? Imagine por um momento que já está obtendo benefícios de sua dedicação.

3) Ative seus conhecimentos - Faça perguntas a si mesmo sobre o assunto. O que já aprendi sobre isto? Que experiências e práticas já tive? Em que já usei este material ou parte dele? O quanto já progredi? O quanto sabia antes, e quanto sei agora? Não é preciso esforço, as perguntas já induzem a resposta, você apenas fica esperando o efeito.

Você pode repassar o material, apenas olhando um ou outro tópico, assim com quem não quer nada. Pode também fazer coisas simples para "aquecer", como operações matemáticas com números de 5 dígitos, por exemplo, para temas que envolvem raciocínio. Se o tema for canto, você pode fazer um brainstorm de sons, isto é, emitir sons aleatoriamente por algum tempo. Se for dança, o aquecimento pode ser repassar os passos básicos.

4) Ative suas atitudes - De que maneira quer se dedicar? Expresse as atitudes que gostaria de manter durante a sessão. Sugestões: "estar concentrado", "focar o melhor possível no objetivo", "desligar-me de tudo que não estiver relacionado", "com amor", "ligado", "com a maior objetividade". Neste ponto você pode se programar também sobre como vai lidar com interrupções, como telefone, irmãos ou o que for. Com paciência? Com tolerância?

Não se preocupe se vai ou não agir conforme determinou; a sua declaração de intenção é a mobilizadora de recursos. Apenas expresse e vá para o próximo passo.

Durante

5) Defina sua intenção imediata - Declare verbal ou mentalmente o que pretende para o próximo segmento de estudo. Nem sempre é possível ser muito específico, faça o melhor possível. Você vai estudar um capítulo? Praticar uma seqüência? Decida quanto tempo irá dedicar minimamente (depois você pode tomar outra decisão). Para esta etapa, você pode consultar os seus PPPs (próximos pequenos passos) definidos na sessão prévia (veja abaixo a seção Depois). Ajuste-os se for o caso, para incorporar novas e melhores idéias.

6) Solte-se - De vez em quando, relaxe na postura, isto é, solte seu corpo ou partes dele o quanto for possível. Como está sua testa agora? E seus ombros?

7) Faça pausas - Após algum segmento de dedicação, faça uma pausa com a intenção de permitir ao seu sistema a absorção e a incorporação do novo material. Enquanto isso, você descansa, em caráter remediativo ou preventivo. Uma pesquisa mostrou que o aprendizado é maior no início e no final de um período delimitado de dedicação (D. Gordon e J. Vos, em Revolucionando o Aprendizado, Makron).

8) Interrupções - Por mais que não queiramos, podem ocorrer interrupções. Se isso ocorrer, após decidir verificar e antes de desviar-se, registre o ponto de retorno, o que fará quando voltar. Pode ser um capítulo, um exercício, um movimento. O registro pode ser tão simples quanto um lápis na página correta, uma anotação ou uma imagem mental.

Depois

9) Verifique o progresso - Avalie o rendimento da sessão. Se usou alguma das estratégias sugeridas, veja se dá para saber se foi útil ou não, se vai praticar uma outra vez para avaliar melhor. Se concluir que não progrediu muito, é um momento de reavaliar as estratégias de aprendizado, e talvez decidir fazer mudanças, talvez pesquisar um pouco sobre o que existe que você talvez não conheça.

10) PPPs - defina e registre os Próximos Pequenos Passos a serem dados no assunto. Estes têm uma importância especial: definir PPPs é garantir que você pode se desligar do assunto tranquilamente; se esquecer, já tem as ligações para retomar do ponto onde parou. Se você já ficou pensando em algo por medo de esquecer, sabe avaliar a utilidade desta alternativa.

11) Reconheça - Separe um minuto para fazer o auto-reconhecimento: procure algo de bom no que fez, como ter-se dedicado, ter aprendido um pouco mais, estar mais próximo do objetivo, ter tido disciplina, o que quer que você encontre de bom e positivo. Para cada um, procure o prazer e a satisfação que lhe proporciona. Usufrua, isto é, dedique-se a ficar sentindo cada prazer ou emoção prazerosa por alguns segundos.

12) Guarde as coisas - No final, retorne o ambiente ao seu estado normal, guardando materiais, fechando programas e limpando eventuais resíduos da atividade. O objetivo aqui é mais do que organização: você está enviando uma mensagem ao seu cérebro de que a sessão está encerrada, você vai fazer outra coisa e quer se concentrar devidamente nessa outra coisa, seja o que for.

13) Faça uma transição adequada - Quando nos dedicamos com intensidade a algo, há a possibilidade de que representações mentais e até emoções fiquem ativas, independentemente da nossa vontade, mesmo quando não estamos nos dedicando e queremos fazer outra coisa. Assim, antes de fazer essa outra coisa, e se julgar necessário, execute algumas ações para "quebrar o estado". Em geral são coisas prazerosas: tomar um banho, lanchar, até beber algo gostoso pode funcionar. Também pode ser uma atividade física, como exercícios, alongamentos e caminhadas, ou deitar-se por alguns minutos e simplesmente relaxar, como já fiz e já vi outras pessoas fazerem. Outra possibilidade é acessar algum site interessante, como de humor, por exemplo. O importante é você achar algo que funcione para mudar o estado em no máximo alguns minutos.

Um comentário final

As estratégias sugeridas podem ser úteis em uma outra dimensão. Pense, por exemplo, que ativar seus conhecimentos antes de uma sessão de estudo já se tornou um hábito. O que vai acontecer após alguma prática é que, simplesmente ao decidir que vai se dedicar, sua mente já naturalmente vai ativar seus conhecimentos prévios, sem que você precise conscientemente estimular. É quando tudo se torna rápido, mais espontâneo e mais fácil. E você vai colher frutos pelo resto da vida.

Virgílio Vasconcelos Vilela

Faça o download do mapa mental desta matéria (pdf/zip, 24 KB)

Veja também:

Nesta seção:

- Indução do apoio à aprendizagem

- Acessando um estado adequado para aprender

Fonte: http://www.possibilidades.com.br/aprendizagem/estrategias_para_aprendizagem.asp

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