quinta-feira, 11 de março de 2010

TRIO GESTOR

 

 

Gestão Escolar

DiretorGestão da aprendizagem
Edição 006 | Fevereiro/Março 2010

Como atua o trio gestor

Saiba como três redes de ensino se estruturaram para garantir o perfeito encaixe do trabalho de supervisores, diretores escolares e coordenadores pedagógicos

Amanda Polato (gestao@atleitor.com.br), colaborou Paula Nadal
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Redes grandes? Formação com multiplicadores

O gigantismo de redes de ensino como a estadual paulista é um problema: como diminuir a distância entre o centro das decisões e as escolas situadas em localidades distantes - e atender todas da mesma maneira? De que forma fazer com que as políticas públicas cheguem a todas as 5.463 unidades? Há três anos, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo se reestruturou para fortalecer o papel dos supervisores de ensino (hoje são 1.546 supervisores, distribuídos em 91 diretorias). "Um supervisor deve cuidar de no máximo cinco escolas para que todos tenham uma agenda de visitas regulares", afirma Valéria Souza, coordenadora de projetos da Secretaria. Ela conta que a rede sempre contou com supervisores, porém até recentemente o papel deles era fiscalizador. "Queremos um profissional propositivo e facilitador do trabalho do coordenador e do diretor."

O foco do trio gestor tem sido a formação: o supervisor cuida dos coordenadores e diretores, que, por sua vez, formam os professores (veja infográfico abaixo). O diretor pode - e deve -- participar dos horários de trabalho pedagógico coletivo (HTPC), mas seu principal papel é garantir que a formação ocorra, reservando espaços e horários e providenciando materiais. O coordenador é o responsável pelas ações pedagógicas e tem a função de relatá-las ao diretor, explicando as que deram bons resultados e indicando o que precisa ser melhorado. Os resultados são discutidos e levados ao supervisor, que ajuda a pensar estratégias para superar os problemas.


Formação multiplicadora
Para dar conta do gigantismo da rede, o estado de São Paulo optou por vários tipos de formação: ela pode ser presencial ou a distância, feita diretamente pela Secretaria ou pelas diretorias de ensino. Coordenadores, diretores e supervisores de uma região também se reúnem para a troca de experiências.

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Baixe o infográfico em tamanho legível

Elianeth Dias Kanthack Hernandez, supervisora da diretoria de ensino de Assis, a 440 quilômetros de São Paulo, monta um plano de ação de acordo com as necessidades das quatro escolas que estão sob sua responsabilidade: "Priorizo as que têm mais dificuldades". Sirley Tronco, diretora da EE Professora Noemia Garcia Ciciliato, em Florínea, a 40 quilômetros de Assis, é uma das diretoras que conta com o apoio de Elianeth. "Agora fazemos diagnósticos mensais para ver como os alunos têm avançado", destaca. Flávia Viana de Lima Pignataro, coordenadora da escola, diz que segue o trabalho dos professores e registra tudo para compartilhar com os outros profissionais do trio gestor. Todas as semanas, ela se reúne com a supervisora para falar sobre a formação dos professores e receber orientações.
Quer saber mais?
CONTATOS
Instituto Avisa Lá

Instituto Chapada
Secretaria da Educação do Estado de São Paulo

Secretaria Municipal de Educação de Ibitiara, R. Bela Vista, s/n, 46700-000, Ibitiara, BA, tel. (77) 3647-2406
Secretaria Municipal de Educação de Joinville, R. Itajaí, 390, 89201-090, Joinville, SC, tel. (47) 3431-3000
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sábado, 6 de março de 2010

Remédios para o professor e a Educação


Remédios para o professor e a Educação

O alívio para problemas como estresse e dores musculares - as maiores causas de afastamento da sala de aula - está nos mesmos fatores que garantem um ensino de qualidade

Amanda Polato (Amanda Polato), colaboraram Arthur Guimarães e Brígida Rodrigues

Foto: Carlos Piratininga e ilustração Cássio Bitencourt
 

O trabalho deve ser fonte de realização e prazer, mas pode causar sofrimento e enfermidades. Pesquisa NOVA ESCOLA e Ibope feita em 2007 com 500 professores de redes públicas das capitais revelou que mais da metade dos entrevistados sofre de estresse. Entre as queixas freqüentes estão dores musculares, citadas por 40% deles. Preocupa também o fato de 40% terem declarado sofrer de forma regular alguma doença ou mal-estar. Esse mal-estar docente, tão comum, ganhou até definição do pesquisador espanhol José Manuel Esteve: "Algo que sabemos que não vai bem, mas não somos capazes de definir o que não funciona e por quê". 

Nos casos mais sérios, os sintomas acabam afastando os profissionais da sala de aula. No estado de São Paulo a maior rede do país, com 250 mil professores, são registradas 30 mil faltas por dia. Só em 2006 foram quase 140 mil licenças médicas, com duração média de 33 dias. O custo anual para o governo estadual chega a 235 milhões de reais - correspondente ao valor a ser destinado pelo Ministério da Educação (MEC) para construir, mobiliar e equipar 330 escolas de Educação Infantil em 2008. 

O problema se repete pelo país e faz com que as doenças de quem leciona tornem enfermo o sistema de ensino. "Em todas as redes o absenteísmo preocupa porque os prejuízos para o aprendizado são muito grandes", diz Cleuza Repulho, ex-presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação e consultora de Educação Básica do MEC. 

O tema vem despertando a atenção de pesquisadores. Tufi Machado Soares, da Universidade Federal de Juiz de Fora, estudou o impacto das faltas na rede mineira e constatou que os alunos da 4ª série que tinham mestres assíduos alcançaram média 15 pontos maior que a dos demais em Língua Portuguesa no Programa de Avaliação da Educação Básica de 2002. 

"Todo mundo perde com os afastamentos. Mas é importante que o direito de estudar acompanhe o direito de ter condições para oferecer uma boa aula", defende Roberto Franklin de Leão, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação. Sem dúvida, o que não pode é a falta virar a única estratégia para lidar com as questões de saúde. "Entender o que causa as doenças ou contribui para que elas se manifestem requer olhar para a sociedade, para o sistema educacional como um todo e para a relação com o trabalho", avalia Iône Vasques-Menezes, da Universidade de Brasília.

MUDANÇAS NA REDE - Em Itupiranga, a diretora de ensino Rosanea apresenta as diretrizes para os coordenardores. Foto: J. Sobrinho
MUDANÇAS NA REDE Em Itupiranga, a diretora de ensino Rosanea apresenta as diretrizes para os coordenardores

Soluções para essa epidemia têm sido discutidas e colocadas em prática em diferentes níveis: secretarias criam programas de prevenção, escolas reorganizam processos e educadores buscam formas criativas de enfrentar as dificuldades do dia-a-dia. Todas elas, além de contribuir para o bem-estar e o desempenho do profissional, têm impacto positivo na qualidade da Educação. Os "remédios" prescritos -tanto no sentido de prevenção quanto no tratamento -são gestão, formação, organização do tempo, trabalho em equipe, relacionamento com os alunos, infra-estrutura, currículo e valorização social. Nenhum combate sozinho todos os sintomas, mas, associados, eles podem formar um coquetel eficaz para acabar com a situação de impotência diante de um sistema tão doente.

Apoio da direção traz segurança

Uma gestão democrática e participativa é capaz de alterar as condições de trabalho dentro da escola, como relatam Analía Soria Batista e Patrícia Dario El-Moor no livro Educação: Carinho e Trabalho (Ed. Vozes). Instituições com maior participação dos pais e da comunidade têm mais materiais de apoio ao ensino e são mais limpas, por exemplo, o que contribui para melhorar o bem-estar de quem ali leciona. 

A presença de diretores e coordenadores pedagógicos que dêem suporte efetivo equipe escolar e se co-responsabilizem pelos resultados do ensino é, igualmente, fator de aprimoramento das condições profissionais. Nesses profissionais estão as respostas para dificuldades que vão de questões pedagógicas a problemas de relacionamento. É o que mostra à pesquisa Saúde e Apoio Social no Trabalho, realizada em 2006 por Rodrigo Manoel Giovanetti, na Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo. "O apoio social tem efeitos moderadores do estresse e da síndrome do esgotamento, além de promover satisfação e produtividade", explica Giovanetti. 

As investigações em escolas públicas levaram o pesquisador a concluir que, quando o diretor deixa de focar a atuação nas questões burocráticas, ele consegue tornar o dia-a-dia menos desgastante para todos. Por sua vez, os coordenadores, que também ocupam posição de liderança, têm papel fundamental no acompanhamento da prática em sala. Essa ação tem o poder de minimizar as angústias do docente diante das adversidades. 

Em Itupiranga, a 630 quilômetros de Belém, uma mudança na gestão da Educação foi implantada tendo como foco a qualificação dos coordenadores pedagógicos. Três anos atrás, nem todos os 440 professores podiam contar com a ajuda desses profissionais. Desde então há encontros quinzenais para que eles recebam formação continuada com supervisão do Programa Além das Letras, do Instituto Avisa Lá. De acordo com a diretora de Ensino Rosanea do Nascimento de Lucena, antes os coordenadores não conseguiam desempenhar sua principal tarefa: organizar atividades de estudo com a equipe. "A estratégia uniu a rede e deu um suporte de conteúdo para os educadores." 

Os resultados são vistos também de forma significativa na saúde do grupo. Ainda há casos de estresse e depressão entre os mais velhos, que contam com acompanhamento psicológico. "Os novos dificilmente têm problemas por sobrecarga ou frustração, já que recebem apoio à prática." 

Bem-estar para quem se prepara

Os conhecimentos sobre didática avançam; a necessidade de se manter atualizado com relação aos conteúdos é constante; as salas de aula estão se tornando inclusivas; a sociedade exige cada vez mais da escola; e, por fim, há um abismo entre a formação inicial e a prática do Magistério. A pressão e a ansiedade para se adequar a tudo isso muitas vezes dão origem a doenças, mal-estar e tensão. 

"O estresse aumenta quando a pessoa faz algo que não motiva. Por isso, temos investido em capacitação para dar melhor condição ao educador para se desenvolver e desempenhar sua função com prazer", afirma Marcos Monteiro, secretário-adjunto de Gestão do estado de São Paulo. Na rede paulista, na qual é altíssimo o absenteísmo por problemas de saúde, está sendo implantado um sistema de bonificação que terá entre os indicadores a assiduidade da equipe e o nível de aprendizagem dos alunos. 

De modo geral, os mais inexperientes não conseguem dar conta das situações cotidianas, e muito menos das imprevistas. "Eles tendem a controlar a turma com gritaria e ofensas", afirma Gisele Levy, que concluiu mestrado sobre o tema na Universidade do Estado do Rio de Janeiro no ano passado. Ela identificou que 70% dos quadros de cinco escolas de Niterói, a 20 quilômetros da capital fluminense, apresentavam sintomas da síndrome de burnout, caracterizada por exaustão física e emocional. Em início de carreira, muitos profissionais, de acordo com Gisele, se inibem e acabam dando aulas de forma mecanizada. Em situações como essa é improvável que os estudantes avancem. 

Quem encontra respostas adequadas aos dilemas da profissão consegue manter-se equilibrado e alcançar sucesso. Foi o que ocorreu com Liliane da Silva Oliveira Schanuel, de Petrópolis, a 68 quilômetros do Rio de Janeiro. Até 2006 ela trabalhava em uma escola em que não tinha ajuda para se aprimorar. Não dava para saber se eu estava indo no caminho certo. Era cansativo e estressante. Hoje ela dá aulas para a 3ª série na EM São José do Caetitu, onde a coordenação pedagógica é atuante. Lemos e debatemos sobre tudo o que nos cerca. O aprimoramento me trouxe tranqüilidade.

UMA NOVA VIDA - Para pôr fim a depressão, Valéria, que leciona em Osasco diminuiu as aulas e aumentou o lazer. Foto: Emília Brandão
UMA NOVA VIDA Para pôr fim a depressão, Valéria, que leciona em Osasco diminuiu as aulas e aumentou o lazer

Para Rosilene Ribeiro, da Secretaria Municipal de Educação de Petrópolis, a formação continuada é tão importante quanto a inicial. "Ela é útil para transformar questões cotidianas da prática em objetos de análise e reflexão". Com doutorado concluído na área, Rosilene atesta: "Os docentes planejam e avaliam com maior segurança". Aulas mais bem preparadas têm impacto no desempenho da turma e, por conseqüência, na satisfação profissional. 


Horários para estudo e diversão

Uma boa forma de reduzir o cansaço físico e mental e ainda melhorar os resultados de aprendizagem dos estudantes é ter tempo para estudar, planejar e reunir-se com os colegas sem esquecer os momentos de lazer. De acordo com a pesquisa NOVA ESCOLA e Ibope, os professores gastam em média 59 horas por semana em atividades ligadas ao trabalho 50% desse tempo em sala de aula. Metade deles tem menos de seis horas por semana de lazer. Esses são os que mais apresentam sintomas de estresse como insônia e dores de cabeça freqüentes. 

Há três anos, Valéria Hengleluz, que leciona em duas escolas de Osasco, na Grande São Paulo, teve diagnóstico de depressão. O maior motivo, acredita, foi a carga pesada de trabalho -70 aulas semanais em até três turnos. Quando estava em casa, ela sentia que tudo melhorava. Mas, quando o momento de retomar as aulas se aproximava, ficava aflita. Em cinco ocasiões, chegou ao portão da escola e não conseguiu atravessá-lo. "Eu tinha uma sensação de perda total, me sentia inútil, achava que ia morrer." 

Valéria tirou licença médica e se afastou da EE Professor José Jorge e da escola particular em que lecionava. Para sair da crise e voltar a dar aulas, sua grande paixão, mudou a rotina: descansa mais, lê, assiste a filmes e faz caminhadas. "Antes eu quase não saía de casa. Agora, não recuso um convite para ir ao cinema." Ela definiu um limite de 40 aulas semanais de carga horária e, para se adaptar ao salário menor, reduziu as despesas pessoais. 

De acordo com Beatriz Cardoso, docente da Universidade de São Paulo e coordenadora executiva do Centro de Educação e Documentação para a Ação Comunitária (Cedac), em São Paulo, a gestão do tempo não está só nas mãos do professor. Essa tarefa depende também das condições oferecidas a ele pela rede. "Nesse nível, deve-se, em primeiro lugar, optar pelo que potencializa a aprendizagem e, em segundo, considerar outras particularidades da rotina escolar", define Beatriz. E aí estão incluídas as horas de trabalho pedagógico remuneradas, essenciais para a qualidade da prática. 

O poder do apoio dos colegas 

Maria Elizabeth Barros de Barros, da Universidade Federal do Espírito Santo, estudou as estratégias encontradas pelos docentes a fim de promover a saúde o que, para ela, não é a ausência de doenças, mas a crença na possibilidade de acabar com o que faz sofrer. "O mais eficaz é apostar na boa relação entre os professores e construir o sentimento de grupo", aponta. 

Por sua importância, o trabalho em equipe é um tema que deveria ser mais valorizado pelos gestores na opinião de Beatriz Cardoso. "É preciso pensar em meios e condições para que ele seja o mais produtivo possível." Quando há momentos de conversa e atividades coletivas, os profissionais e suas ações ficam mais fortalecidos. "Quem tenta fazer algo diferente sozinho acaba não tendo o respaldo dos colegas ou a orientação dos mais experientes", diz Maria Elizabeth. Se a troca de informações se torna prioridade no dia-a-dia da escola, surge em cada um o sentimento de que suas idéias são úteis para a produção social. Dessa forma, a prática pedagógica também é enriquecida - e os alunos só têm a ganhar. 

Na EMEF Professora Altamira Amorim Mantesi, em Araraquara, a 277 quilômetros de São Paulo, o trabalho em equipe faz parte do cotidiano. "O planejamento fica bem melhor com a troca de experiências", conta Bia Pinto César, que leciona para o 5º ano. "Eu não gosto de preparar aulas baseada apenas em um livro ou uma fonte. É ótimo quando uma colega me mostra um material novo que eu não havia encontrado em minhas pesquisas. Isso faz toda a diferença na qualidade do ensino." 

Bia considera o momento também um grande alívio para as pressões e cobranças do dia-a-dia: "Tenho muito mais segurança. Sem esse diálogo constante com minhas companheiras, seria bem mais difícil". A pesquisadora Maria Elizabeth acredita que no ambiente escolar pode haver espaço para choro e queixas -que aliviam a tensão cotidiana -desde que isso se torne algo positivo. "A queixa deve se transformar em alternativas para enfrentar as adversidades. Só reclamar leva a mais mal-estar", ressalta. 

O melhor meio de manter a paz 

A dificuldade de relacionamento com crianças e jovens em classe é a maior queixa dos professores, como mostra a pesquisa NOVA ESCOLA e Ibope. A falta de disciplina foi citada como o principal problema em sala de aula por 46% dos entrevistados. Maristela Rautta, de São Miguel do Oeste, a 693 quilômetros de Florianópolis, teve muitos momentos de estresse exatamente por causa disso. No ano passado, a professora do Grupo Escolar Municipal São João Batista de la Salle encontrou uma turma de crianças de 7 anos muito agitada. Elas subiam nas mesinhas e brigavam constantemente entre si. "A relação com as crianças é condição para a docência. Se ela está deteriorada, como ensinar? Essa é uma das razões do grande mal-estar entre os educadores", explica Inês Teixeira, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). 

Para Yves de La Taille, da Universidade de São Paulo, o desrespeito é um fenômeno discutido no mundo todo e ultrapassa os limites da escola. "A ausência do senso moral, da idéia de que o outro existe e eu preciso respeitá-lo, é geral." Um dos caminhos, segundo ele, seria a escola discutir princípios de forma sistemática para que os alunos entendessem o porquê das regras. Maristela seguiu linha semelhante e encontrou uma solução para a indisciplina dentro da sala com o apoio da coordenadora, Clarisse Thums, e de toda a equipe. Ela estabeleceu regras, levou as crianças a discutir seus sentimentos em relação aos pais e à escola e a refletir sobre as atitudes de convivência.

REGRAS PARA TODOS - A indisciplina acabou na sala de Maristela, de São Miguel do Oeste, depois que atitudes foram discutidas. Foto:Silvano Caron
REGRAS PARA TODOS A indisciplina acabou na sala de Maristela, de São Miguel do Oeste, depois que atitudes foram discutidas
 

Além disso, Maristela também mudou sua forma de dar aulas - esse resgate da autoridade pelo conhecimento, segundo De La Taille, é outro ponto essencial nas relações entre estudantes e mestres. "Muitos alunos não avançavam no aprendizado, e alguns não estavam alfabetizados. Agora eu procuro desafiá-los o tempo todo. Hoje me sinto muito bem e uma profissional bem melhor", diz ela. 

Boas condições, bom desempenho 

O espaço da escola afeta tanto o cotidiano dos professores quanto o dos alunos. A precariedade das condições físicas dificulta as aulas, tornando-as desgastantes e reduzindo a produtividade. Mobiliário inadequado ou classes sem boa ventilação, iluminação ou acústica podem causar ou agravar problemas de saúde, como os osteomusculares ou de voz. 

Rejane Cristina dos Santos, da EE Imaculada Conceição, em Pedro Leopoldo, a 46 quilômetros de Belo Horizonte, sofreu em razão das condições inadequadas do ambiente e do mau uso que fazia da voz falava alto e permanecia em contato com pó de giz por tempo demasiado. No ano passado, ficou completamente afônica durante 15 dias. Passado o susto, ela se valeu da criatividade para voltar à sala de aula: construiu painéis em que escreve com canetão e usa microfone. 

Iniciativas individuais como a de Rejane são relevantes, mas cabe aos gestores da rede e da escola cuidar da questão. Há oito anos, Joice Salete Silverio Pires, da EM Marumbi, em Curitiba, começou a acordar sem voz. O problema poderia ter se agravado se a diretora não a tivesse encaminhado ao programa municipal de qualidade vocal. Ela fez um tratamento fonoaudiológico e operou nódulos nas cordas vocais. "Depois disso, a prefeitura disponibilizou um microfone para eu usar em classe", conta Joice. Além de seu bem-estar, garantiu-se, assim, a qualidade do ensino que ela ministra.

NADA DE GRITOS E PÓ - Rejane, de Pedro Leopoldo, usa painéis que dispensam giz e microfone para curar os problemas de voz. Foto: Leo Drumond / Agência Nitro
NADA DE GRITOS E PÓ Rejane, de Pedro Leopoldo, usa painéis que dispensam giz e microfone para curar os problemas de voz

Também visando à aprendizagem, o Tocantins está definindo padrões de qualidade do ambiente escolar que incluem conforto acústico, ventilação, temperatura e iluminação adequadas e acessibilidade. "Criamos políticas para reduzir os riscos para alunos e professores, pensando em saúde e Educação de forma articulada", diz Maria Auxiliadora Rezende Seabra, secretária de Educação e Cultura. 

Um rumo para a prática 

Ter clareza sobre o que ensinar é condição para que os docentes executem bem sua função em classe. Apresentar esses conteúdos é papel das diretrizes curriculares. "Quando há referências e metas, apontando caminhos para os quais se deve ir o professor toma decisões com maior segurança e isso tem impacto na qualidade da Educação", afirma Neide Nogueira, da equipe responsável pela elaboração dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs). Com a certeza de ter as condições necessárias para desempenhar bem sua função, o educador sofre menos. 

Os PCNs foram elaborados com o objetivo de proporcionar uma formação ampla ao aluno, torná-lo alguém que põe o conhecimento em uso na vida social. Cada secretaria deve se apropriar dessas referências e adequá-las ao contexto local. "Cabe às escolas, por sua vez, criar um projeto pedagógico que defina priorida- des e ações", diz Neide. O ideal é que elas montem um currículo completo para que a equipe docente saiba a fundamentação teórica adotada, o histórico do ensino das disciplinas, os objetivos de aprendizagem de cada ciclo ou série, os conteúdos que devem ser trabalhados e as orientações didáticas. 

Para se tornar eficaz, no entanto, um currículo precisa ser elaborado com a participação de todos os envolvidos no processo educativo. Diretrizes definidas nos gabinetes e apenas apresentadas a quem deve segui-las trazem descontentamento e mais angústia. Preocupada em atualizar a proposta curricular que tinha até então, a equipe da Secretaria Municipal de Educação de Campo Grande decidiu estender a discussão a todos os gestores, às equipes técnicas e aos professores, o que deu origem a um novo documento, já em fase de consolidação. "Houve encontros e debates nas escolas, até com a comunidade e os estudantes, e um forte intercâmbio", conta Leusa de Melo Secchi, técnica da divisão de Educação Infantil da rede. Para ela, o mais significativo da experiência é poder socializar conhecimentos e dividir responsabilidades. A definição coletiva do trabalho dá a tranqüilidade de lecionar sabendo exatamente onde pisar. "Todos têm o compromisso com o que foi produzido e até com os possíveis erros." 

Satisfação vem com prestígio

RECEITA FINLANDESA - No país primeiro colocado no Pisa, os professores têm formação de qualidade e reconhecimento. Foto: Olivier Morin / AFP
RECEITA FINLANDESA No país primeiro colocado no Pisa, os professores têm formação de qualidade e reconhecimento

O apoio da sociedade aos educadores está diminuindo. É o que sente um terço dos professores brasileiros, segundo a pesquisa NOVA ESCOLA e Ibope. Isso acaba afetando seu bem-estar e seu desempenho em sala de aula. "A progressiva desqualificação e o não-reconhecimento social potencializam o sofrimento dos docentes", assinala Mary Yale Rodrigues Neves, da Universidade Federal da Paraíba. Quando se fala em valorização social, o sentido não deve ser apenas retórico, o que inclui homenagens e discursos em favor do Magistério. Essa é a opinião de Inês Teixeira, da UFMG: "A valorização tem de ser real. Profissional reconhecido é aquele que dispõe de boas condições de exercer sua função no dia-a- dia, salário compatível com o que se espera dele e políticas públicas que cuidem de sua formação e sua saúde". 

A Finlândia, o país com a melhor Educação do mundo segundo o Pisa, avaliação feita pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, é um lugar em que a carreira docente está entre as mais concorridas e desfruta de grande prestígio. Lá, as principais apostas do sistema educacional são um currículo amplo e a formação docente. "A escola é o reflexo da sociedade na qual está inserida", conclui Inês Teixeira.

Quer saber mais?

CONTATOS 
EE Imaculada Conceição, R. Armando Filho, 80, 33600-000, Pedro Leopoldo, MG, tel. (31) 3662-1837 

EE Professor José Jorge, Av. Pinheiro, 70, 06184-300, Osasco, SP, tel. (11) 3695-0395 

EM Marumbi, R. Francisco Licnerski, 50, 81590-250, Curitiba, PR, tel. (41) 3364-1092 

EM São José de Caetitu, Estr. do Caetitu,1036, 25720-020, Petrópolis, RJ, tel. (24) 2221-3412 

EMEF Professora Altamira Amorim Mantesi, Av. Alziro Zazur, s/n°, 14806-323, Araraquara, SP, tel. (16) 3324-2887 

Grupo Escolar Municipal São João Batista de la Salle, Conjunto Habitacional São Luiz, s/n°, São Miguel do Oeste, SC, 89900-000, tel. (49) 3622-7114 

Secretaria da Educação e Cultura do Estado do Tocantins, Pça. dos Girassóis,s/n°, 77001-910, Palmas, TO, tel. (63) 3218-1400 

Secretaria Municipal de Educação de Campo Grande, R. Oniceto Severo Monteiro, 460, 79002-949, Campo Grande, MS, tel. (67) 3314-3800 

Secretaria Municipal de Educação de Itupiranga, Av. 14 de Julho, s/n°, 68580-000, Itupiranga, PA, tel. (94) 3333-1234

 


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quinta-feira, 4 de março de 2010

Métodos e Teorias Pedagógicas



Métodos e Teorias Pedagógicas
 
Quando uma escola se diz partidária deste método ou daquela teoria, é preciso distinguir as diferenças entre ambos. Existem teorias da aprendizagem, ou seja, hipóteses e modelos de como o ser humano aprende, e métodos pedagógicos, isto é, maneiras de proceder nesta e naquela situação. 
Dentre os utilizados no Brasil destacam-se os de Piaget, Freinet, Montessori e Waldorf. Mais recentemente as idéias do norte-americano Howard Gardner (inteligências múltiplas) começaram a ser difundidas.
São propostas alternativas ao sistema pedagógico tradicional, que é baseado na memorização de conteúdos.
Conheça aqui um pouco de cada uma destas propostas.
Piaget / Construtivismo
O que é habitualmente chamado de construtivismo é a aplicação das teorias de aprendizagem de Jean Piaget. Em vez de apontar "erros" e fornecer a resposta "correta", cabe ao professor questionar as respostas dadas pela criança de maneira que ela perceba as limitações da sua resposta.
É fundamental permitir que a criança desenvolva suas próprias teorias e hipóteses a respeito da escrita e garantir o raciocínio, que não se desenvolve com a repetição mecânica de conteúdos. Segundo Piaget, cada vez que ensinamos prematuramente a uma criança algo que ela poderia ter descoberto por si mesma, esta criança foi impedida de inventar, e conseqüentemente de entender completamente.
Para mais informações consulte:
The Jean Piaget Society
Montessori
É um dos mais populares métodos educacionais, criado por Maria Montessori inicialmente para crianças portadoras de deficiências e depois aplicado em crianças não excepcionais partindo do princípio de que o método desenvolvia a inteligência.
Não é apenas uma técnica de alfabetização, mas um sistema de educação. Os principais objetos são blocos de madeira, cubos, fitas e todo tipo de material que estimule a audição, o tato, a visão e mesmo a concentração. A educação dos sentidos é essencial. Busca-se a criança "equilibrada", aquela que consegue dominar a si mesma e o espaço a sua volta.
Para Maria Montessori o conceito de educação está relacionado com o conceito de criança: um ser capaz de crescer por si mesmo; um ser diferente do adulto; um ser com necessidades próprias, original e único; um ser que precisa de ajuda adequada e oportuna; um ser capaz de aprender naturalmente.
O método Montessori algumas vezes sofre críticas por ser muito estruturado. Mas Maria Montessori costumava dizer: "Eu estudo minhas crianças e elas me ensinaram a ensiná-las".
Procura estimular a capacidade de criação e expressão, longe das restrições impostas pela escola tradicional. Nasceu da observação da grande separação existente entre o dia-a-dia e a escola, e do fato de o interesse demonstrado pelas crianças pelo meio social ser muito maior que pelos textos escolares.
Freinet costumava sair com as crianças para passeios e ao voltar, cada um contava a sua visão da experiência. Em vez de se preocupar com a perfeição e correção gramatical do material, dava grande estímulo à criatividade dos alunos. Assim, um gafanhoto visto por um aluno era o ponto de partida para uma aula sobre insetos; o tecelão com quem conversavam era o pretexto para aprender sobre tecelagem ou a necessidade de medir os tecidos.
Os textos elaborados pelas crianças posteriormente eram selecionados por elas para serem divulgados com a comunidade. Eram então corrigidos pelo grupo, ilustrados, impressos e distribuídos para os pais, amigos e demais habitantes da cidade. Nascia a imprensa escolar. À medida que suas idéias foram sendo difundidas, chamaram a atenção de outros professores na França, e as classes passaram a trocar resultados e experiências. Foi o início da correspondência interescolar. 
Trazida para o Brasil em 1974 pelo professor francês Michel Lunay, as técnicas da pedagogia Freinet até hoje são pouco conhecidas, apesar de dispensarem materiais especiais ou formação específica do professor. 
Para mais informações consulte:
Freinet, o educador
Escola Curumim - Campinas SP
FIMEM Fédération Internationale des Mouvements d'Ecole Moderne
Waldorf
Criado na Alemanha por Rudolf Steiner, foi aplicado pela primeira vez em 1919 com filhos de operários da fábrica Waldorf-Astoria. Para a escola Waldorf, cada idade tem suas necessidades. No primeiro período aprende-se por imitação, de maneira eficiente, mas pouco consciente. Dos 7 aos 14 anos a criança é educada por meio de uma vida de sentimentos, emoções, vivência e estética. Dos 14 aos 21 educa-se para aprender a lidar com o mundo com ênfase na ética, tornando-se cognitiva.
A educação Waldorf procura um equilíbrio entre os trabalhos artísticos, acadêmicos e práticos, educando a criança como um todo, envolvendo as emoções, o físico e o cérebro.
Para mais informações consulte:
Rudolf Steiner College
Rudolf Steiner Archive & e.Lib
Múltiplas inteligências
É um método de vanguarda, desenvolvido por Howard Gardner que, ao pesquisar o cérebro e pacientes com lesões cerebrais, percebeu que o que se chama de "inteligência" não se refere apenas à capacidade de entender alguma coisa, mas também à criatividade e à compreensão.
A principal mudança está na forma de avaliação. Segundo Gardner a escola tradicional está centrada na exploração das inteligências lingüísticas e lógico-matemática. Para ele, a escola deveria ter uma educação pessoal, centrada no aluno, onde ele não poderia ser comparado. Coloca-se também que mesmo Piaget, em sua análise de "inteligência", tinha uma visão apenas da inteligência lógico-matemática e que a linha Freinet está muito próxima da teoria das múltiplas inteligências.
As múltiplas inteligências são: lingüística, lógico-matemática, espacial, musical, corporal-sinestésica, naturalista, intrapessoal, interpessoal e existencial (em estudo). Veja aqui um texto (em inglês) com mais detalhes.
Para mais informações consulte:
ABRAE - Associação Brasileira de Estudos das Inteligências Múltiplas e Emocional
Quadro comparativo
  Papel do professor O que fazer com alunos apáticos ou rebeldes Como se realiza a aprendizagem
Construtivismo Deve ser vigilante sem ser restritivo, procurando "antecipar" respostas possíveis, encorajando a criança a encontrá-las, aceitando hipóteses provisórias que surgem nas aulas. As relações de conduta em sala de aula devem ser trabalhadas a partir de "contratos" nos quais todos têm as mesmas responsabilidades e direitos. O conhecimento é construído a partir da interação entre a criança e o meio. Conhecer é agir.
Montessori Seu dever principal é explicar o uso do material. O professor representa a ligação entre o material e a criança. Cada criança tem seu espaço. Aos poucos consegue-se a normalização. Os rebeldes são isolados em um canto da sala enquanto os demais continuam suas atividades. Na alfabetização usa-se o método fonético apresentando para a criança a letra e seu som. Associa-se o som a uma imagem conhecida.
Freinet É um orientador, e deve usar seu conhecimento como instrumento de mediação. É amigo, age e aprende com os alunos. À medida que as crianças propõe suas idéias e trabalhos, os apáticos e rebeldes vão se colocando no grupo e descobrirão o que gostam de fazer. Tateamento experimental. A criança vai dando passos até acertar.
Waldorf Profundo conhecedor do ser humano, deve usar o amor como base da relação com os alunos e ter qualidades artísticas, principalmente criatividade e fantasia. São tratados pelo professor em sala de aula. Em casos mais graves, há o auxílio de um grupo pedagógico, que trabalha pela reintegração. Varia conforme a faixa etária: 0 a 7 anos, por imitação; 7 a 14 por vivências emocionais e 14 a 21 por cognição intelectual.
Inteligências Múltiplas É um "fisioterapeuta da inteligência". Deve abandonar o conceito unitário de inteligência e ver-se não como um repetidor de conceitos, mas como um estimulador de talentos. Essas atitudes estão condicionadas ao aluno ter inteligências dinâmicas ou ignoradas pela escola. Uma criança com talento pictórico precisa de estímulos para escrever. Inteligência não é apenas a capacidade de entender alguma coisa, mas também criatividade e compreensão.
Breves biografias
Jean Piaget Nasceu na Suíça em 1896 e faleceu em 1980. Doutor em Ciências Naturais com mais de 20 doutorados Honoris Causa conferidos por universidades de todo o mundo. Sua principal preocupação era a maneira como as pessoas aprendem. Ele afirma em sua teoria que o conhecimento é construído por intermédio das relações existentes entre o sujeito e o meio físico e social.
Em sua Teoria Psicogenética estabelece como se dá a construção do conhecimento pelo indivíduo, trazendo um importante subsídio para a prática pedagógica pois nos ajuda a compreender melhor a criança, conhecendo os estágios pelos quais ela passa e os mecanismos que utiliza para se reequilibrar nos seus contatos com o meio.
Embora não tenha criado um método pedagógico defendeu ativamente a importância da educação. Em seu livro "Psicologia e Pedagogia" Piaget destaca o trabalho de Freinet.
Maria Montessori Nasceu na Itália em 1870 em uma família de classe média e faleceu na Holanda em 1952.
Sempre foi uma pessoa à frente de seu tempo, foi a primeira mulher na Itália a doutorar-se em medicina. Especializou-se em pediatria e psiquiatria. Foi professora na Escola de Medicina de Roma e iniciou suas pesquisas sobre a aprendizagem como médica assistente em um hospital psiquiátrico com um grupo de crianças excepcionais.
É creditado a ela o desenvolvimento da sala de aula aberta, da educação individualizada, dos materiais de aprendizado para manipulação, brinquedos educativos e a instrução programada.
Célestin Freinet Francês, nasceu em 1896 e faleceu em 1966. Desenvolveu seu método pedagógico a partir de 1920, usando o mínimo de materiais didáticos, fruto de seu trabalho em regiões pobres da França. Embora não tivesse uma sólida base teórica, a observação dos alunos forneceu-lhe uma série de dados que usaria para transformar radicalmente a forma de ensino.
Preso durante a II Guerra Mundial, trabalhou na alfabetização dos presos dentro do campo de concentração. Libertado em 1941, tornou-se membro da Resistência Francesa.
Rudolf Steiner
Austríaco, nasceu em 1861 e faleceu na Suíça em 1925. Formou-se em ciências exatas mas preferiu os estudos filosóficos e literários. Criador da Antroposofia.
Encarregado de cuidar de uma criança excepcional, considerada incurável, conseguiu que ela progredisse ao ponto de se formar em uma universidade. Em 1919, a pedido de um diretor da fábrica de cigarros Waldorf-Astoria, criou uma escola para os filhos dos funcionários.
Howard Gardner
Norte-americano, especializou-se em educação e neurologia pela Universidade de Harvard. É professor de Educação e co-diretor do Projeto Zero, no Harvard Graduate School of Education e professor adjunto de Neurologia na Boston University School of Medicine.
Autor de diversos livros, incluindo "Estruturas da Mente", "Inteligências Múltiplas: A teoria na prática", "A Criança Pré-Escolar: como pensa e como a escola pode ensiná-la" e, mais recentemente, "Mentes que Criam". 
Sua teoria é confundida com as teses de seu colega Daniel Goleman, autor do best-seller Inteligência Emocional. É um crítico implacável dos testes de QI e de aptidão escolar. Considerado um dos principais pedagogos deste fim de século. Esteve no Brasil em 1997 para uma série de palestras.
Bibliografia:
Revista Educação n. 211 Nov/98 artigo de Luís Mauro Martino
Revista Educação n. 221 Set/99 artigo de Luís Mauro Martino
Site da Escola Curumim de Campinas - SP
Material pedagógico do IEEB
Fotos:
Piaget www.piaget.org
Montessori www.montessori.org
Freinet www.freinet.clic3.net
Steiner www.elib.com/Steiner
Gardner www.weac.org
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Hitler's Justice: The Courts of the Third Reich by Ingo Müller. Indicação de Leitura, 67

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