quinta-feira, 24 de outubro de 2013

A teoria da reminiscência e a teoria da iluminação divina. Santo Agostinho

A teoria da reminiscência e a teoria da iluminação divina.

A teoria da reminiscência e a teoria da iluminação divina.

No período medieval não era muito comum aos estudiosos debruçar os seus estudos sobre o conhecimento. No entanto, Santo Agostinho o fez.  O filósofo cristão aproximou a cultura clássica - tão largamente expressa no pensamento dos gregos, principalmente Sócrates, Platão e Aristóteles - do cristianismo vigente, forte na época da Patrística.
 
Ele apresenta "teoria do conhecimento" (aos moldes platônicos) com uma cisão (divergência) entre conhecimento proveniente dos sentidos – que fornece elementos que são levados à memória e organizado pelo indivíduo –, e o conhecimento inteligível – aquele que só pode ser percebido pela mente humana e somente por meio da reflexão.
 
É no âmbito da reflexão sobre o conhecimento que ele se aproxima da teoria platônica da reminiscência. A reminiscência platônica, ou a anamnésis é a ação de recordar, ou trazer à mente o conhecimento que é inerente à psique humana e que precisa ser lembrada pela reflexão filosófica. É o recordar os entes inteligíveis que já existem na psique. Agostinho identifica na "teoria das ideias" de Platão o universo das "ideias divinas". As ideias divinas, os homens as recebem de Deus através da iluminação, e, com isso o conhecimento das verdades eternas.
 
Agostinho reinterpreta a teoria da Reminiscência fazendo nascer sua teoria da Iluminação. Essa doutrina da iluminação divina responde como o homem recebe de Deus o conhecimento das verdades eternas, ou como diria Platão, as verdades inteligíveis. Dessa forma, o verdadeiro é o que é previamente iluminado pela luz divina, e que é algo extraído da própria alma, mas que está de modo infuso. Pode-se afirmar, no entanto, que a iluminação é a potência que age no intelecto do homem para se chegar a verdade imutável.
Agostinho não rejeita o conhecimento proveniente das sensações, mas o coloca em um patamar inferior, entendendo o intelecto como superior, mas sendo ambos fonte de conhecimento. É na realidade uma reinterpretação do platonismo. Para ele, assim como para a visão a luz (física) exerce papel fundamental, sem a qual não haveria conhecimento dos objetos sensíveis, do mesmo modo para o conhecimento intelectual é necessário uma luz espiritual, esta, no entanto, proveniente de Deus.
 
Se para Platão o conhecimento é o resultado de uma reflexão dialética, para Agostinho é pura graça divina, não negando o caráter filosófico que é a reflexão. Esta por sua vez, é alcançada por uma vida de piedade e de temor a Deus. Atingir essa iluminação não é tarefa para todos os homens mas sim para aqueles que se voltam a Deus e recebe Cristo como o mediador desse processo.
 
Embora essa mediação tenha sido afetada pelo pecado original, ela não foi de completamente anulada, é a graça divina que auxilia o homem em sua ascensão ao mundo espiritual, onde ele pode ter contato com os entes do conhecimento puro.

Outros elementos de reflexão da filosofia cristã de Santo Agostinho

Superioridade da alma: para o filósofo, há a supremacia do espírito sobre o corpo, a matéria. A alma teria sido criada por Deus para reinar sobre o corpo, dirigindo-o para a prática do bem.
 
Boas obras ou graça divina? O ser humano que trilha a vida do pecado só consegue retornar aos caminhos de Deus e da salvação mediante a combinação de seu esforço pessoal de vontade e a concessão imprescindível da graça divina. Segundo Agostinho, sem a graça divina o ser humano nada consegue. Essa graça seria concedida apenas aos predestinados à salvação. A questão da graça divina marcou profundamente o pensamento medieval cristão. E a doutrina da predestinação à salvação foi, posteriormente, adotada por alguns ramos da teologia protestante.  A Igreja Cristã Medieval pregava que, apenas boa vontade e boas obras humanas não eram suficientes para a salvação individual.
 
Liberdade e pecado: para o filósofo, a liberdade humana é própria da vontade e não da razão, daí a origem do pecado. A pessoa peca porque usa de seu livre-arbítrio para satisfazer uma vontade má, mesmo sabendo que tal atitude é pecaminosa. Desta forma, o ser humano não pode ser autônomo na sua vida moral, pois se for, a vontade o conduzirá a querer o mal e praticar o pecado. Neste caso necessita da graça de vida para se salvar.
 
Precedência da fé: a fé nos faz crer em coisas que nem sempre entendemos pela razão. A fé revela verdades ao ser humano de forma direta e intuitiva. Vem depois a razão, esclarecer aquilo que a fé antecipou.

Influências helenísticas sobre o pensamento de Agostinho

Do maniqueísmo: herdou uma concepção dualista no âmbito da moral, simbolizada pela luta entre o bem e o mal, a luz e as trevas, a alma e o corpo. Nesse sentido diz que o homem tem uma inclinação natural para o mal, para os vícios, para o pecado (já nascemos pecadores). O mal é o afastamento de Deus, necessitando assim o ser humano de uma intensa educação religiosa.

Ceticismo: desconfiava dos dados dos sentidos, do conhecimento sensorial, que nos apresenta uma multidão de seres mutáveis, flutuantes e transitórios.

Platonismo: assimilou que a verdade deve ser buscada intelectualmente no “mundo das ideias”. Defendeu a via do autoconhecimento, o caminho da interioridade, como instrumento legítimo para a busca da verdade. A nossa alma necessita da luz divina para visualizar as verdades eternas da sabedoria.

Fontes: ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: Introdução à Filosofia. São Paulo: Moderna, 1995, p. 206-209
SILVA, Marcos Roberto Damásio. A teoria da iluminação (conhecimento) em Santo Agostinho. Disponível em:
font: http://professorakaroline.blogspot.com.br/2013/02/2-ano-filosofia-sto-agostinho-teorias.html

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Plotino: Curiosidades. Blog do João Maria



Curiosidades - Plotino
 

curiosidade sobre Plotino - 14
No pensamento de santo Agostinho, o ponto de partida é a defesa dos dogmas (pontos de fé indiscutíveis) do cristianismo, principalmente na luta contra os pagãos, com as armas intelectuais disponíveis que provêm da filosofia helenístico-romana, em especial dos neoplatônicos como Plotino.
curiosidade sobre Plotino - 13
Pelo que sabemos, foi Amônio, professor de Plotino, provavelmente o primeiro a usar a palavra teosofia ao se reportar às formas de pensamento que buscam explicar a natureza divina, as relações com tudo o mais. Depois de abandonar a religião cristã, definiu as bases da filosofia neoplatônica, adotada por seus discípulos Longino e Plotino da escola de Alexandria.
curiosidade sobre Plotino - 12
A arte, objeto mais geral da estética, tem sido considerada de maneira distinta segundo as épocas e os filósofos que dela se ocuparam. Na antiguidade, o problema do belo foi tratado por Platão, Aristóteles e Plotino.
curiosidade sobre Plotino - 11
Os alunos de Plotino eram numerosos, diversificados: poetas, nobres, políticos, o Imperador Galieno, médicos. Entre seus alunos mais próximos, destacavam-se Porfírio, Paulus, Amélius, Eustóquio, que era médico.
curiosidade sobre Plotino - 10
A maneira como Plotino escreveu é interessante. Basicamente, da mesma maneira como falava. Sua maneira de falar tinha como fim a contemplação. Seus ensinamentos retornam e se aprofundam enquanto os estudos de seus alunos prosseguem. Um modo circular.
curiosidade sobre Plotino - 9
A organização dos textos de Plotino por Porfírio não tem como base o segmento cronológico, mas sim a afinidade entre os temas. Foram reunidos os escritos em 6 volumes, cada um contendo 9 Tratados, com o nome de Enéadas.
curiosidade sobre Plotino - 8
Plotino escreveu cinqüenta e quatro tratados. Coube a Porfírio ordenar e corrigir os textos, além de produzir uma biografia de Plotino; esta última parece ter consumido 30 anos de sua vida para ser completada. Todo este trabalho foi realizado após a morte de Plotino e a pedido deste.
curiosidade sobre Plotino - 7
Plotino costumava levar seus alunos a fazerem perguntas. Assim, surgiam as reflexões. Somente com quase 50 anos de idade viria a surgir o primeiro Tratado escrito por Plotino, fruto das reflexões que tivera com seus alunos.
curiosidade sobre Plotino - 6
Em Roma, Plotino, Orígenes e Herênio mantiveram por algum tempo a orientação de Amônio de não revelar a doutrina que tiveram a quem não fosse iniciado. Após a morte de Amônio, Plotino foi o último dos três a passar tais conhecimentos orais e escritos.
curiosidade sobre Plotino - 5
Por mais de 10 anos Plotino estudou com Amônio. Depois pegou a estrada com o exército do Imperador Romano Górdio em direção a terras persas e hindus. Os planos não correram a contento e com o assassinato do Imperador, Plotino fica por algum tempo em Antioquia.
curiosidade sobre Plotino - 4
A Filosofia chega à vida de Plotino quando este era já adulto. Com quase 30 anos de idade chega a Alexandria, muito triste por não ter achado ?o alimento para a alma?. Quando então ouve Amônio Saccas, exclama: ?Este é o homem que eu buscava!?.
curiosidade sobre Plotino - 3
Plotino não mostrava paciência com escultores e com pintores. Certa ocasião, quando Amélio perguntou se poderia fazer um retrato dele, respondeu: ?Não basta carregar esta imagem com a qual a natureza nos revestiu? É necessário também ceder e admitir que reste uma outra imagem para além desta, mais duradoura, como se valesse ser vista??
curiosidade sobre Plotino - 2
Plotino foi um homem cheio de reservas quanto à vida pessoal. Recuava diante de perguntas sobre seus ancestrais, sobre os pais, a pátria.
curiosidade sobre Plotino - 1
Sabemos que Plotino nasceu em Licópolis, no Egito, em 205 d.C. por conta do depoimento de Eustóquio, aluno que permaneceu com o filósofo até o final da vida.

fonte: http://www.filosofia.com.br/curiosidade_lista.php?categoria=Plotino

Plotino (204 - 270)
           Para Plotino o Uno, que a tradição cristã identifica como Deus, transcende o ser, a substância e a morte, vai além de todas as coisas, é infinito e imaterial. Mas é o Deus-Uno que gera e conserva todas as coisas ilimitadamente. Nós não conseguimos entender, chegar até Ele, manifestar ou representar Deus. Ele cria as coisas como se fossem emanações que dele saem como a luz que sai de um astro luminoso e se espalha para tudo à sua volta.
            Plotino se pergunta porque Deus existe e porque ele é da forma que é, e responde que Deus se auto-produziu. Ele é um supremo Bem que criou a si mesmo. E ele é dessa forma porque essa é a superior e melhor forma de ser. Ele existe Nele e para Ele e tem a suprema liberdade de criação. Além disso, Ele transcende a si próprio.
            Deus quando pensa a si mesmo cria o intelecto que é a sua representação. O intelecto quando pensa em si cria a alma que é a representação do intelecto. Nesse processo de representação as criações vão perdendo a identidade com o que representam, da mesma forma como as cópias de cópias vão perdendo a qualidade. Assim, as coisas que tem origem em deus serão sempre mais inferiores a Deus à medida que se afastam dele.
            Na sequência de importância das derivações está Deus em primeiro lugar, o intelecto em segundo, a alma em terceiro. Estes três primeiros formam o que pode ser apreendido pelo intelecto. Em seguida aparece o mundo físico, criado pela alma e que é composto de matéria que é algo negativa para Plotino. Deus está nessa sequência no patamar superior e a matéria está na parte mais baixa dessa visão. A matéria é o não ser, é o Mal, pois está privado de todo Bem. Ela é negativa, pois está desprovida de toda positividade que vem do Deus-Uno.
            A alma inicialmente cria a matéria para depois dar forma a essa matéria. A alma dá forma à matéria iluminando-a. O mundo físico é, portanto formas criadas pela alma.
            A consciência para Plotino é a capacidade de encontrar a verdade dentro de si mesmo. É na consciência que vamos encontrar as mais elevadas verdades e a origem de todas as verdades, que é Deus. Ir em busca das verdades da consciência é fazer um caminho de regresso à nós mesmos, um caminho de volta para dentro de nós. Retornar à nós mesmos é fazer o caminho que vai nos levar à Deus. Para percorermos esse caminho devemos inicialmente nos tornar independentes da exterioridade corporal e após devemos nos purificar com as virtudes da inteligência e da sabedoria, do equilíbrio dos desejos, da coragem e da justiça. Essas virtudes devem ser comandadas pela razão e pelo intelecto, usando também como instrumentos o amor, a música e a filosofia.
            Para Plotino, mesmo o mal tem a sua razão de ser, pois sendo ele inevitável, significa que ele é necessário. Ele atribui ao mal também uma função ética, ele vê no mal uma espécie de expiação por uma culpa original.

Sentenças:
- A beleza e o bem devem ser buscados no mesmo caminho.
- Três coisas conduzem a Deus: A música, o amor e a filosofia.
- Ensinar é indicar o caminho, mas na viagem cada um vai ver o que quiser ver.
- Os olhos não veriam o sol se não fossem parecidos com o sol e a alma não verá a beleza se ela não for bela.
- A natureza não tem mãos para fabricar as mãos.

Plotino



Responsável: Arildo Luiz Marconatto

Plotino (em gregoΠλωτῖνοςLicopólis205 - Egito270) foi um filósofo neoplatônico, autor de Enéadas, discípulo de Amônio Sacas por onze anos e mestre de Porfírio

Biografia

Grego nascido no Egito em Licópolis, "Lyco-" do grego significa "lobo" (em gregoλύκος,lykos), a mesma raiz que deu origem ao Liceu de Aristóteles ("o local do lobo") no Egito, o que levou a especulações de que ele pode ter sido um egípcio de Roma descendente de gregos ou egípcios helenizados1 .

Expedição à Pérsia e retorno a Roma

Depois de passar os 11 anos em Alexandria, na idade de 38 anos, Plotino decidiu investigar os ensinamentos filosóficos da Filosofia iraniana e Filosofia indiana,2 . Na busca desse esforço ele deixou Alexandria e se juntou ao exército de Gordiano III, uma vez que este marchava sobre a Pérsia. No entanto, a campanha foi um fracasso e na eventual morte de Gordiano, Plotino se encontrou abandonado em uma terra hostil e com alguma dificuldade encontrou seu caminho de volta para a segurança em Antioquia3 .
Com a idade de quarenta anos, durante o reinado de Filipe, o Árabe, retornou Roma, onde permaneceu durante a maior parte do resto de sua vida. Lá, atraiu um número de alunos. Seu círculo mais íntimo incluiu PorfírioAmélio da Toscana, o senador Castro Firmo e Eustáqui de Alexandria, um médico que se dedicou ao aprendizado de Plotino o assistiu até sua morte. Outros alunos foram: Zeto, umárabe por ascendência, que morreu antes de Plotino deixando-lhe um legado e um pouco de terra, Zótico, crítico e poeta, Paulino, um médico de Sitopólis e Serapião de Alexandria. Ele tinha alunos entre o Senado romano além de Castro, como Marcelo Oronto, Sabinilo e Rogaciano. Algumas mulheres também foram contadas entre os seus alunos, incluindo Gemina, em cuja casa ele viveu durante a sua residência em Roma, e sua filha, também Gemina, e Anficlea, a esposa de Aristão filho de Jâmblico4 .
Conta Eunápio que Porfírio, após haver estudado com Plotino, tomou horror ao próprio corpo e velejou para a Sicília, seguindo a rota deOdisseu, e ficou em um promontório da ilha, sem se alimentar e evitando o caminho do homem; Plotino, que ou o estava seguindo ou recebeu informações sobre o jovem discípulo, foi até ele e o convenceu com suas palavras, de modo que Porfírio voltou a reforçar seu corpo para sustentar sua alma.5
Os critérios editoriais de Porfírio, possivelmente, tinham por objetivo formar uma série que ‎mostrasse o caminho para a sabedoria. Nas palavras de [O'Meara]]: "Com isso Porfírio quis ‎oferecer ao leitor uma passagem pelos escritos de Plotino que lhe traria uma formação ‎filosófica, uma condução até o bem absoluto. O alvo geral da leitura e interpretação dos textos ‎nas escolas do Império era, em primeira linha, a transformação da vida, a cura da alma, a ‎condução para uma vida boa resultante disso”.
Porfírio informa que Plotino tinha 66 anos quando morreu em 270, o segundo ano do reinado do imperador Cláudio II, dando-nos assim o ano de nascimento do seu professor como ao redor 2055 , em Minturno6 , já foi sugerido também que possa ter nascido na Alexandria 7

Teoria

Plotino dividia o universo em três hipóstases: O Uno, o Nous (ou mente) e a Alma.
  • Uno - primeira hipóstase
Segundo Plotino, o Uno refere-se a Deus, dado que sua principal característica é a indivisibilidade. "É em virtude do Uno [unidade] que todas as coisas são coisas." (Plotino, Enéada VI, 9º tratado)
Nous - segunda hipóstase
Nous, termo filosófico grego que não possui uma transcrição direta para a língua portuguesa, e que significa atividade do intelecto ou da razão em oposição aos sentidos materiais. Muitos autores atribuem como sinônimo a Nous os termos "Inteligência" ou "Pensamento".
O significado ambíguo do termo é resultado de sua constante apropriação por diversos filósofos, para denominar diferentes conceitos e idéias. Nous refere-se, dependendo do filósofo e do contexto, algumas vezes a uma faculdade mental ou característica, outras vezes correspondente a uma qualidade do universo ou de Deus.
  • Homero usou o termo nous significando atividade mental em termos gerais, mas no período pré-Socrático o termo foi gradualmente atribuído ao saber e a razão, em contraste aos sentidos sensoriais.
  • Anaxágoras descreveu nous como a força motriz que formou o mundo a partir do caos original, iniciando o desenvolvimento do cosmo.
  • Platão definiu nous como a parte racional e imortal da alma. É o divino e atemporal pensamento no qual as grandes verdades e conclusões emergem imediatamente, sem necessidade de linguagem ou premissas preliminares.
  • Aristóteles associou nous ao intelecto, distinto de nossa percepção sensorial. Ele ainda dividiu-o entre nous ativo e passivo. O passivo é afetado pelo conhecimento. O ativo é a eterna primeira causa de todas as subsequentes causas no mundo.
  • Plotino descreveu nous como sendo umas das emanações do ser divino.
  • Alma - terceira hipóstase
Na Teosofia, a alma é associada ao 5º princípio do Homem, Manas, a Alma Humana ou Mente Divina. Manas é o elo entre o espírito (a díade Atman-Budhi) e a matéria (os princípios inferiores do Homem).
Assim, a constituição sétupla do Homem, aceita na Teosofia, adapta-se facilmente a um sistema com três elementos: Espírito, alma e corpo. Sendo a alma o elo entre o Espírito e o corpo do homem.

Referências

  1. Ir para cima Bilolo, M.: La notion de « l’Un » dans les Ennéades de Plotin et dans les Hymnes thébains. Contribution à l’étude des sources égyptiennes du néo-platonisme. In : D. Kessler, R. Schulz (Hrsg.), "Gedenkschrift für Winfried Barta Htp dj n Hzj", (Münchner Ägyptologische Untersuchungen, Bd. 4), Frankfurt; Berlin; Bern; New York; Paris; Wien: Peter Lang, 1995, pp. 67-91.
  2. Ir para cima Porfírio, Sobre a Vida de Plotino e a Ordem dos seus livros, Ch. 3 (na tradução de Armstrong Loeb, "ele ficou ansioso em conhecer disciplina filosófica persa e que prevalece entre os indianos").
  3. Ir para cima Roberto Rossi. Introdução à filosofia. [S.l.]: LOYOLA, 1996. 57– p. ISBN 978-85-15-01277-0
  4. Ir para cima Porfírio, Vita Plotini, 9. Ver tambpem Emma C. Clarke, John M. Dillon e Jackson P. Hershbell, (1999) Iamblichus on The Mysteries, page xix. SBL. que diz: "para ganhar alguma cronologia credível, supõe-se que Aristão casou-se com Anficlea algum tempo após a morte de Plotino"
  5. ↑ Ir para:a b Eunápio, Vidas de filósofos e sofistasPorfírio (em inglês)
  6. Ir para cima Reinholdo Aloysio Ullmann. Plotino: um estudo das Enéadas. [S.l.]: EDIPUCRS. 245– p. ISBN 978-85-7430-766-4
  7. Ir para cima Susanne Möbus. Plotin zur Einführung. Hamburg: Auflage, 2002. p. 8.

Ligações externasWikiquote

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Resenha: MORIN. Edgar. O Método 1, 2, 3, 4, 5,6 (Coleção). Editora Sulina, 2005 : OS MÉTODOS: O PARADIGMA DA COMPLEXIDADE


OS MÉTODOS: O PARADIGMA DA COMPLEXIDADE
OS MÉTODOS
O PARADIGMA DA COMPLEXIDADE

Edgar Morin filósofo, sociólogo, epistemólogo, é um pensador contemporâneo transdisciplinar, diz: Não sou daqueles que têm uma carreira, mas dos que têm uma vida (...) Passei ao largo dos amores, ainda que não tenha podido viver sem amor: diria até que, sem alta combustão amorosa, eu não teria jamais tido coragem de escrever O Método. O Prof. Morin não escrevia de uma torre que o separa da vida, mas de um redemoinho que o joga em sua vida e na vida. A aventura do Método preenche sua vida durante três décadas e meia, de 1969 a 20000. Trata-se de um caleidoscópio, uma empreitada epistemológica, uma obra estendida em seis Tomos, em que o Prof. Morin constrói a partir da derrocada do modelo iluminista do fracionamento da realidade para entendê-la, um método que procura elucidar a profundidade do pensamento complexo, a possibilidade de um conhecimento polissêmico, um feixe, inter, multi e transdiciplinar.

Então, vejamos um quadro de cada Tomo do Método. No conjunto da obra O Método, o Prof. Morin aborda a partir do paradigma da complexidade a teoria e o método na construção do saber, do desenvolvimento da ciência. Apresenta-nos como no antigo paradigma a ciência está fechada e manipulada pela tecnologia. Segundo o Prof. Morin a teoria não é conhecimento, ela permite o conhecimento, estando assim a teoria à beira da degradação, achatada e simplificada. Isto decorre por três motivos, constata o Professor a teoria torna-se utilitarista, conservando aquilo que é operacional, desta maneira passa de logos a técnica; a teoria torna-se doutrina e fecha-se cada vez mais à contestação; e ainda a teoria se vulgariza e ?difunde-se à custa desta simplificação de consumo. Aqui mora o perigo que consiste em esvaziar a complexidade.

Assim, o Prof. Morin deixa claro que não há teoria sem método,a teoria quase se confunde com o método ou, melhor, teoria e método são os dois componentes indispensáveis do conhecimento complexo. O método torna-se fundamental pelo fato de organizar a teoria, desta maneira ela pode evitar a retroação, ou seja, a simplificação da teoria, o método guia a razão. Notamos assim, que é impossível desvencilhar o método da teoria, pois toda teoria é teoria na medida em que apresenta um norteador que organize o pensamento, no caso o método, daí quanto mais claro e objetivo apresentar-se o método maior a possibilidade de não banalização da construção teórica. Existe na complexidade uma racionalidade aberta, que reconhece que não há ciência pura, no entanto, esta possibilita uma teoria do sujeito no cerne da ciência, o que abre as portas para uma crítica construtiva do sujeito pela epistemologia complexa, trazendo assim o esclarecimento pela ética.

A obra, o Método se distancia do que Descartes propôs como método. Enquanto este o cerne da questão é a certeza indubitável, o Prof. Morin coloca as possibilidades no horizonte da incerteza, da diversidade, da complexidade que é o homem. Assim o homem e o mundo não transcendem um ao outro, porém se multiplicam se modificam, se transformam, desaparecem e aparecem.

Então, em síntese, O método se apresenta em seis temas, são seis entradas abordando a complexidade humana. O primeiro, a natureza da natureza: formalmente, apresenta uma epistemologia de complexidade. Trabalha a relação entre ciência do homem e ciência da natureza, num contexto de complexidade. "A complexidade é um progresso de conhecimento que traz o desconhecido e o mistério. O mistério não é somente privativo; ele nos libera de toda racionalização delirante que pretende reduzir o real à idéia. Ele nos traz, sob forma de poesia, a mensagem do inconcebível". O segundo, a vida da vida: Centrado na questão do homem, destrona o antropocentrismo: discute a vida existente antes do homem e o próprio homem como produtor e produto de sua espécie. "Ninguém pode basear-se, hoje, na sua pretensão ao conhecimento, numa evidência indubitável ou num saber definitivamente verificado. Ninguém pode construir seu conhecimento sobre uma rocha de certeza. A minha pesquisa de Método parte, não da terra firme, mas do solo que desmorona, adverte o Prof. Morin. O terceiro, o conhecimento do conhecimento: A grande questão é o reducionismo, a fragmentação do saber. Para entender e ser num mundo globalizado, de culturas e interesses tão díspares, o autor evidencia a necessidade de religar as ciências biológicas, físicas e humanas. Os progressos do conhecimento aumentam o paradoxo da separação/comunicação e do fechamento/abertura: quanto mais a organização cognitiva torna-se original, singular, individual, fechada sobre si mesma, separada do mundo, mais está apta a tornar-se objetiva, coletiva, universal, aberta e em comunicação com o mundo. Em paralelo, quanto mais o homem acentua a sua diferença e a sua marginalidade em relação à natureza, mais aumenta as possibilidades de conhecimento da natureza, reflete o filósofo. O quarto, as idéias: habitat, vida, costumes, organização: serve de introdução ao problema da reflexão no mundo contemporâneo - o livro é denso nos aspectos com que aborda as idéias: a ecologia das idéias o equilíbrio entre as idéias que o sujeito desenvolve e as que a cultura, a sociedade, lhe oferece, das quais se apropria e é apropriado por elas; a noosfera vem a se constituir na relação dicotômica e conjunta de autonomia e dependência da vida no pensamento; a noologia estabelece as relações entre a linguagem e a lógica, sua complexidade.. O quinto, a humanidade da humanidade: a identidade humana: é a síntese de uma vida. Todos os temas das obras anteriores de Edgar Morin aparecem reunidos e aprofundados neste quinto e decisivo volume, com uma configuração e um arranjo inteiramente novos. Este livro aborda o destino da identidade humana, em jogo na crise planetária em curso. O Prof. Morin trabalha as condições em que a identidade humana é construída; suas interrelações social, cultural e política, o contexto histórico e planetário. Quem é o homem na relação com o outro e consigo. A indagação quem somos é inseparável de onde estamos, de onde viemos, para onde vamos. Conhecer o humano não é expulsa-lo do universo, mas situa-lo. Como sempre, este trabalho rompe com a fragmentação do conhecimento nas ciências humanas e propõe uma verdadeira reforma do pensamento. O Professor convida-nos a pensar a vida na vida. O sexto Tomo traz o tema da ética: Este sexto e último volume de O Método constituem o ponto culminante da grande obra do Prof. Edgar Morin, aqui faz da complexidade um problema fundamental a ser abordado e elucidado. Neste sexto tomo, o mais concreto e talvez mais acessível, o Prof. Morin parte da crise contemporânea, ocidental, da ética para voltar a ela, ao final, depois de uma análise antropológica, histórica e filosófica do problema. A ética permanece ligada a uma filosofia do espírito. Para a construção de sua teoria ética, o filósofo e sociólogo parte de um conceito de inspiração kantiana, definindo a ética como exigência moral auto-imposta. Mas, em lugar dos imperativos provindos da razão prática (Kant), na Ética da complexidade, o imperativo provém de três fontes, uma fonte interna, análogo à consciência do sujeito; uma fonte externa, simulada pela cultura, pelas crenças e pelas normas pré-estabelecidas na comunidade; e de uma fonte anterior própria à organização dos seres vivos e transmitida geneticamente. A complexidade apresentada por essa ética nos exige uma reflexão sobre quão concernente são as escolhas morais que temos de fazer em nosso cotidiano.

A leitura do Método, do paradigma da complexidade, é um excelente meio para fazer diminuir miopias e cegueiras e abrir a esperança a novos horizontes.A busca do esforço cósmico desesperado que, no ser humano, toma a forma de uma resistência à crueldade do mundo é o que eu chamaria de esperança.

Fonte:
MORIN. Edgar. O Método 1, 2, 3, 4, 5,6 (Coleção). Editora Sulina, 2005.
MORIN. Edgar Meus Demônios. Ed. Bertrand Brasil, 2000. 

fonte: http://www.filosofia.com.br/vi_res.php?id=21

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quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Cartas de Srila Prabhupada para os Discípulos Sobre Matrimônio e Vida Familiar

Cartas de Srila Prabhupada para os Discípulos Sobre Matrimônio e Vida Familiar



Carta a Bhagavan, Los Angeles, 7 de julho de 1971


“Os dois casamentos recomendados por você 
 também podem ser realizados nesta ocasião, mas somente depois de ter aconselhado suficientemente os respectivos devotos. O casamento não deve ser tomado como uma farsa, mas como um assunto muito sério. Recentemente muitos casais foram à deriva pela influência das ondas de maya. Isso é difícil de verificar, mas ainda assim os devotos devem perceber as responsabilidades da vida familiar. E não há possibilidade de separação. Isso vem acontecendo muito e eu estou muito descontente. Desta forma, se eles estão prometendo não se separarem sob quaisquer circunstâncias e trabalharem de forma cooperativa no serviço do Senhor, então a minha sanção está lá para o seu casamento, e minha bênção também. Caso contrário não.”


Carta a James Doody, 10 de julho de 1969


"Nosso Krishna é uma grande personalidade da família. Krishna nunca é um mendicante e nossa ambição é entrar para a família de Krishna e nos associarmos com Ele pessoalmente. Então, casar-se e  tornar-se um chefe de família exemplar é o ideal de vida da consciência de Krishna."



Carta a Susan Beckman, 20 de setembro de 1972

"Na verdade não há diferença entre devotos que moram no interior do templo e os devotos que vivem fora do templo. Você está certo que o importante é lembrar de Krishna, quaisquer sejam suas atividades."



Carta a Shankara Pyne, 15 de novembro de 1973


"Você ainda pode avançar em consciência de Krishna, mesmo no escritório, cantando e dando algum percentual ao Mandir (Templo). Nossa filosofia é que todos os frutos de nossas atividades sejam para o prazer de Krishna. Não importa qual seja nossa posição."


Carta a Krishna dasa, 09 de junho de 1974


"É gratificante para mim ouvir que você está feliz, engajado em serviço devocional e vivendo como um grihastha ideal. Por favor, continue como você está fazendo. Mantenha o seu negócio separadamente e onde quer que permaneçam, mantenha a sua família na consciência de Krishna, sempre cantando Hare Krishna e observando os princípios regulativos. Cultive o seu negócio para Krishna, permanecendo feliz em consciência de Krishna e sempre servindo a Krishna. "


Carta a Shilavati dd, 14 junho de 1969

"O sistema verdadeiro é aquele em que o marido é o mestre espiritual de sua esposa, mas se a esposa pode trazer seu marido para a prática deste processo, então tudo bem que o marido aceite a mulher como mestre espiritual."



Fonte: http://www.vaisnavafamilyresources.org


Tradução: Lalita Chandra devi dasi ( HDG)

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Walter Williams - Políticas Afirmativas - Cotas Raciais



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A Grande Farsa das Cotas Raciais



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Currículo, movimento, percurso, caminho da vida


“O mais importante e bonito do mundo é isto;
que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram
terminadas, mas que elas vão sempre mudando.
Afinam ou desafinam. Verdade maior. É o que a vida me ensinou.”
João Guimarães Rosa, Grande Sertão: Veredas


A palavra curriculo é de origem latina e significa o caminho da vida, o sentido, a rota de uma pessoa ou grupo de pessoas. Currículo indicaprocesso, movimento, percurso, como a etimologia da palavra recomenda. Currículo é o ambiente do conhecimento, assim como, o espaço de contestação das relações sociais e humanas e também o lugar da gestão, da cooperação e participação. O currículo deve ser entendido como componente central do procedimento da educação institucionalizada.
O que é um currículo interdisciplinar? É o modo de viabilizar as interações e inter-relações entre as diferentes disciplinas existentes, consentindo que cada aluno perceba o conhecimento coletivo e construa o seu de maneira individual. Como vemos, currículo interdisciplinar não é apenas combinar algumas disciplinas em projetos, mas para que a interdisciplinaridade aconteça é necessário a colaboração e a parceria entre as disciplinas do currículo para se chegar a um finalidade única, que é a noção da realidade. O conceito de interdisciplinaridade foi organizado propondo-se restabelecer um diálogo entre as diversas áreas dos conhecimentos científicos. A interdisciplinaridade pode ser compreendida como sendo a troca de reciprocidade entre as disciplinas ou ciências, ou melhor, áreas do conhecimento. (FEREIRA in FAZENDA, 1993, p. 21-22).Nessa expectativa compete ao professor, articular teoria e prática, numa forma interdisciplinar sem perder de vista os objetivos fundamentais elencados para a sua disciplina. Ao buscarmos um novo olhar interdisciplinar chegaremos ao olhar transdisciplinar com mais entrosamento e fortalecimento.
A transdisciplinaridade considera o que está ao mesmo tempo entre as disciplinas, através das diferentes disciplinas e além de toda disciplina e sua finalidade é compreender o mundo atual. A transdisciplinaridade é a investigação da acepção da vida através de relações entre os diversos saberes das ciências exatas, humanas e artes, estimulando a vinculação e indicando uma visão contextualizada do conhecimento, da vida e do mundo. A transdisciplinaridade busca a compreensão do conhecimento, busca a inclusão, procura parceria, adiciona, compartilha, coopera, agrega. Citando Paulo Freire, constatamos que a fala desse educador nos elucida ao colocar que devemos aproximar a atitude interdisciplinar da atitude transdisciplinar: porque encontraremos nas duas o coletivo instituinte, o trabalho em grupo, a transversalidade, o diálogo.
O papel da educação como elemento de desenvolvimento social é reorientado, quando existe correlação entre as capacidades exigidas para o exercício da cidadania e para as ações produtivas. Devemos lembrar que a exclusão proveniente da sociedade do consumo e do capitalismo poderá sofrer diminuição através da idéia de currículos que privilegiem áreas que estão em crescimento no momento atual. Uma sugestão curricular de alcance para a sociedade contemporânea deverá agregar as tendências atuais da ciência e da tecnologia nas atividades produtivas e nas interações sociais.
Mediante as demandas contemporâneas, educadores de todo o país estão reunidos para discutir o entendimento do currículo no ensino infantil e fundamental, pois a idéia é modernizar o debate sobre a importância do currículo, principalmente após a ampliação do ensino fundamental para nove anos. Os estudos serão estruturados em seis eixos temáticos: currículo e desenvolvimento humano; educandos e o currículo; organização dos tempos e espaços escolares; currículo, conhecimento e cultura; diversidade e inclusão social; e currículo e avaliação.
Diante da constatação de necessidades contemporâneas, os eixos temáticos referentes aos estudos em andamento incorporam a preocupação dos educadores com a necessidade de um currículo que contemple a interdisciplinaridade e a transdisciplinaridade, porque o ser humano é ser de múltiplas dimensões e aprendem em tempos e em ritmos diferentes, o conhecimento deve ser construído e reconstruído, processualmente e sucessivamente, e o conhecimento deve ser abordado em uma perspectiva de totalidade.
Referências:MEC
Amélia Hamze
Profª da FEB/CETEC e FISO-ISEB de Barretos



http://educador.brasilescola.com/trabalho-docente/curriculo-movimento-percurso-e-caminho-da-vida.htm

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A diferença entre Didática e Metodologia.

Didática e Metodologia

Tanto a Didática como a Metodologia estudam os métodos de ensino. Há, no entanto, diferença quanto ao ponto de vista de cada uma.
A Metodologia estuda os métodos de ensino, classificando-os e descrevendo-os sem fazer juízo de valor.
A Didática, por sua vez, faz um julgamento ou uma crítica do valor dos métodos de ensino.
Podemos dizer que a Metodologia nos dá juízos de realidade, e a Didática nos dá juízos de valor. Juízos de realidade são juízos descritivos e constitativos. Exemplos:
• Dois mais dois são quatro.
• Acham-se presentes na sala 50 alunos.
Juízos de valor são juízos que estabelecem valores ou normas. Exemplos:
• A democracia é a melhor forma de governo.
• Os velhos merecem nosso respeito.
A partir dessa diferenciação, concluímos que podemos ser metodologistas sem sermos didáticos, mas não podemos ser didáticos sem sermos metodologistas, pois não podemos julgar sem conhecer. Por isso, o estudo da Metodologia é importante por uma razão muito simples: para escolher o método mais adequado de ensino precisamos conhecer os métodos existentes.(Piletti, 1995)

A partir dos conceitos de Piletti podemos constatar também que metodologia é o "método como o ensino será aplicado", já a Didática é o "para que este ensino será utilizado", como exemplo é podemos utilizar o ensino superior que tem como didática o objetivo de capacitar os alunos para o mercado de trabalho e já a metodologia será utilizar aulas práticas.

Por Sueli Lopes Martins

Referencias bibliográficas

PILETTI, Claudino. Didática Geral. 18ª ed. São Paulo: Ática, 1995. p. 43.








Gostaria de saber a origem das palavras:
1. didática
2. Aprender
3. Estudar
4. Ensinar

Resposta:

1) Do Grego DIDAKTIKOS, “apto para ensinar”, de DIDASKEIN, “ensinar”.
2) Olhe na Lista de Palavras.
3) Do Latim STUDIARE, de STUDIUM, “estudo, aplicação”, originalmente “ansioso por fazer algo, sério”, de STUDERE, “ser diligente”.
http://origemdapalavra.com.br/palavras/didatica/


Origem da Didática
A Didática deriva-se da expressão grega "techné didaktiké", que se traduz por arte ou técnica de ensinar. Enquanto adjetivo derivado de um verbo, o vocábulo referido origina-se do termo "didásko" cuja formação lingüística - notese a presença do grupo "sk" dos verbos incoativos - indica a característica de realização lenta através do tempo, própria do processo de instruir. 
Alguns teóricos marcaram época com suas obras: Hugo de San Víctor - Eruditio Didascalia - no século XII, de Juan Luis Vives - De Disciplinis - no século XVI, e de Wolfgang Ratke - Aporiam Didactici Principio – que estão associadas aos primeiros tratados sistemáticos sobre o ensino. É, entretanto, com Commenius, através de sua Didáctica Magna, escrita no século XVII e considerada marco significativo no processo de sistematização da Didática, que esta se populariza na literatura pedagógica. 
Sua obra deve ser analisada no contexto em que surgiu: o Renascimento e a Reforma Religiosa.

https://sites.google.com/site/ged0611/origem_didatica

Em: Consultório Etimológico

ETIMOLOGIA DA PALAVRA “METODOLOGIA”

Por favor, gostaria de obter a informação sobre a origem e significado da palavrametodologia.
Agradeço a atenção.

Resposta:

Ela vem do Latim METHODUS, “maneira de ir ou de ensinar”, do Grego METHODOS, “investigação científica, modo de perguntar”, originalmente “perseguição, ato de ir atrás”, de META-, “atrás, depois”, mais HODOS, caminho” acrescida de sufixo referente ao Grego LOGOS, “palavra, estudo, tratado”.
O significado está nos dicionários.
http://origemdapalavra.com.br/palavras/metodologia/


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Coleção com três livros fundamentais sobre poder e estratégia de Robert Greene, autor do best-seller As 48 leis do poder.

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