quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Plotino: Curiosidades. Blog do João Maria



Curiosidades - Plotino
 

curiosidade sobre Plotino - 14
No pensamento de santo Agostinho, o ponto de partida é a defesa dos dogmas (pontos de fé indiscutíveis) do cristianismo, principalmente na luta contra os pagãos, com as armas intelectuais disponíveis que provêm da filosofia helenístico-romana, em especial dos neoplatônicos como Plotino.
curiosidade sobre Plotino - 13
Pelo que sabemos, foi Amônio, professor de Plotino, provavelmente o primeiro a usar a palavra teosofia ao se reportar às formas de pensamento que buscam explicar a natureza divina, as relações com tudo o mais. Depois de abandonar a religião cristã, definiu as bases da filosofia neoplatônica, adotada por seus discípulos Longino e Plotino da escola de Alexandria.
curiosidade sobre Plotino - 12
A arte, objeto mais geral da estética, tem sido considerada de maneira distinta segundo as épocas e os filósofos que dela se ocuparam. Na antiguidade, o problema do belo foi tratado por Platão, Aristóteles e Plotino.
curiosidade sobre Plotino - 11
Os alunos de Plotino eram numerosos, diversificados: poetas, nobres, políticos, o Imperador Galieno, médicos. Entre seus alunos mais próximos, destacavam-se Porfírio, Paulus, Amélius, Eustóquio, que era médico.
curiosidade sobre Plotino - 10
A maneira como Plotino escreveu é interessante. Basicamente, da mesma maneira como falava. Sua maneira de falar tinha como fim a contemplação. Seus ensinamentos retornam e se aprofundam enquanto os estudos de seus alunos prosseguem. Um modo circular.
curiosidade sobre Plotino - 9
A organização dos textos de Plotino por Porfírio não tem como base o segmento cronológico, mas sim a afinidade entre os temas. Foram reunidos os escritos em 6 volumes, cada um contendo 9 Tratados, com o nome de Enéadas.
curiosidade sobre Plotino - 8
Plotino escreveu cinqüenta e quatro tratados. Coube a Porfírio ordenar e corrigir os textos, além de produzir uma biografia de Plotino; esta última parece ter consumido 30 anos de sua vida para ser completada. Todo este trabalho foi realizado após a morte de Plotino e a pedido deste.
curiosidade sobre Plotino - 7
Plotino costumava levar seus alunos a fazerem perguntas. Assim, surgiam as reflexões. Somente com quase 50 anos de idade viria a surgir o primeiro Tratado escrito por Plotino, fruto das reflexões que tivera com seus alunos.
curiosidade sobre Plotino - 6
Em Roma, Plotino, Orígenes e Herênio mantiveram por algum tempo a orientação de Amônio de não revelar a doutrina que tiveram a quem não fosse iniciado. Após a morte de Amônio, Plotino foi o último dos três a passar tais conhecimentos orais e escritos.
curiosidade sobre Plotino - 5
Por mais de 10 anos Plotino estudou com Amônio. Depois pegou a estrada com o exército do Imperador Romano Górdio em direção a terras persas e hindus. Os planos não correram a contento e com o assassinato do Imperador, Plotino fica por algum tempo em Antioquia.
curiosidade sobre Plotino - 4
A Filosofia chega à vida de Plotino quando este era já adulto. Com quase 30 anos de idade chega a Alexandria, muito triste por não ter achado ?o alimento para a alma?. Quando então ouve Amônio Saccas, exclama: ?Este é o homem que eu buscava!?.
curiosidade sobre Plotino - 3
Plotino não mostrava paciência com escultores e com pintores. Certa ocasião, quando Amélio perguntou se poderia fazer um retrato dele, respondeu: ?Não basta carregar esta imagem com a qual a natureza nos revestiu? É necessário também ceder e admitir que reste uma outra imagem para além desta, mais duradoura, como se valesse ser vista??
curiosidade sobre Plotino - 2
Plotino foi um homem cheio de reservas quanto à vida pessoal. Recuava diante de perguntas sobre seus ancestrais, sobre os pais, a pátria.
curiosidade sobre Plotino - 1
Sabemos que Plotino nasceu em Licópolis, no Egito, em 205 d.C. por conta do depoimento de Eustóquio, aluno que permaneceu com o filósofo até o final da vida.

fonte: http://www.filosofia.com.br/curiosidade_lista.php?categoria=Plotino

Plotino (204 - 270)
           Para Plotino o Uno, que a tradição cristã identifica como Deus, transcende o ser, a substância e a morte, vai além de todas as coisas, é infinito e imaterial. Mas é o Deus-Uno que gera e conserva todas as coisas ilimitadamente. Nós não conseguimos entender, chegar até Ele, manifestar ou representar Deus. Ele cria as coisas como se fossem emanações que dele saem como a luz que sai de um astro luminoso e se espalha para tudo à sua volta.
            Plotino se pergunta porque Deus existe e porque ele é da forma que é, e responde que Deus se auto-produziu. Ele é um supremo Bem que criou a si mesmo. E ele é dessa forma porque essa é a superior e melhor forma de ser. Ele existe Nele e para Ele e tem a suprema liberdade de criação. Além disso, Ele transcende a si próprio.
            Deus quando pensa a si mesmo cria o intelecto que é a sua representação. O intelecto quando pensa em si cria a alma que é a representação do intelecto. Nesse processo de representação as criações vão perdendo a identidade com o que representam, da mesma forma como as cópias de cópias vão perdendo a qualidade. Assim, as coisas que tem origem em deus serão sempre mais inferiores a Deus à medida que se afastam dele.
            Na sequência de importância das derivações está Deus em primeiro lugar, o intelecto em segundo, a alma em terceiro. Estes três primeiros formam o que pode ser apreendido pelo intelecto. Em seguida aparece o mundo físico, criado pela alma e que é composto de matéria que é algo negativa para Plotino. Deus está nessa sequência no patamar superior e a matéria está na parte mais baixa dessa visão. A matéria é o não ser, é o Mal, pois está privado de todo Bem. Ela é negativa, pois está desprovida de toda positividade que vem do Deus-Uno.
            A alma inicialmente cria a matéria para depois dar forma a essa matéria. A alma dá forma à matéria iluminando-a. O mundo físico é, portanto formas criadas pela alma.
            A consciência para Plotino é a capacidade de encontrar a verdade dentro de si mesmo. É na consciência que vamos encontrar as mais elevadas verdades e a origem de todas as verdades, que é Deus. Ir em busca das verdades da consciência é fazer um caminho de regresso à nós mesmos, um caminho de volta para dentro de nós. Retornar à nós mesmos é fazer o caminho que vai nos levar à Deus. Para percorermos esse caminho devemos inicialmente nos tornar independentes da exterioridade corporal e após devemos nos purificar com as virtudes da inteligência e da sabedoria, do equilíbrio dos desejos, da coragem e da justiça. Essas virtudes devem ser comandadas pela razão e pelo intelecto, usando também como instrumentos o amor, a música e a filosofia.
            Para Plotino, mesmo o mal tem a sua razão de ser, pois sendo ele inevitável, significa que ele é necessário. Ele atribui ao mal também uma função ética, ele vê no mal uma espécie de expiação por uma culpa original.

Sentenças:
- A beleza e o bem devem ser buscados no mesmo caminho.
- Três coisas conduzem a Deus: A música, o amor e a filosofia.
- Ensinar é indicar o caminho, mas na viagem cada um vai ver o que quiser ver.
- Os olhos não veriam o sol se não fossem parecidos com o sol e a alma não verá a beleza se ela não for bela.
- A natureza não tem mãos para fabricar as mãos.

Plotino



Responsável: Arildo Luiz Marconatto

Plotino (em gregoΠλωτῖνοςLicopólis205 - Egito270) foi um filósofo neoplatônico, autor de Enéadas, discípulo de Amônio Sacas por onze anos e mestre de Porfírio

Biografia

Grego nascido no Egito em Licópolis, "Lyco-" do grego significa "lobo" (em gregoλύκος,lykos), a mesma raiz que deu origem ao Liceu de Aristóteles ("o local do lobo") no Egito, o que levou a especulações de que ele pode ter sido um egípcio de Roma descendente de gregos ou egípcios helenizados1 .

Expedição à Pérsia e retorno a Roma

Depois de passar os 11 anos em Alexandria, na idade de 38 anos, Plotino decidiu investigar os ensinamentos filosóficos da Filosofia iraniana e Filosofia indiana,2 . Na busca desse esforço ele deixou Alexandria e se juntou ao exército de Gordiano III, uma vez que este marchava sobre a Pérsia. No entanto, a campanha foi um fracasso e na eventual morte de Gordiano, Plotino se encontrou abandonado em uma terra hostil e com alguma dificuldade encontrou seu caminho de volta para a segurança em Antioquia3 .
Com a idade de quarenta anos, durante o reinado de Filipe, o Árabe, retornou Roma, onde permaneceu durante a maior parte do resto de sua vida. Lá, atraiu um número de alunos. Seu círculo mais íntimo incluiu PorfírioAmélio da Toscana, o senador Castro Firmo e Eustáqui de Alexandria, um médico que se dedicou ao aprendizado de Plotino o assistiu até sua morte. Outros alunos foram: Zeto, umárabe por ascendência, que morreu antes de Plotino deixando-lhe um legado e um pouco de terra, Zótico, crítico e poeta, Paulino, um médico de Sitopólis e Serapião de Alexandria. Ele tinha alunos entre o Senado romano além de Castro, como Marcelo Oronto, Sabinilo e Rogaciano. Algumas mulheres também foram contadas entre os seus alunos, incluindo Gemina, em cuja casa ele viveu durante a sua residência em Roma, e sua filha, também Gemina, e Anficlea, a esposa de Aristão filho de Jâmblico4 .
Conta Eunápio que Porfírio, após haver estudado com Plotino, tomou horror ao próprio corpo e velejou para a Sicília, seguindo a rota deOdisseu, e ficou em um promontório da ilha, sem se alimentar e evitando o caminho do homem; Plotino, que ou o estava seguindo ou recebeu informações sobre o jovem discípulo, foi até ele e o convenceu com suas palavras, de modo que Porfírio voltou a reforçar seu corpo para sustentar sua alma.5
Os critérios editoriais de Porfírio, possivelmente, tinham por objetivo formar uma série que ‎mostrasse o caminho para a sabedoria. Nas palavras de [O'Meara]]: "Com isso Porfírio quis ‎oferecer ao leitor uma passagem pelos escritos de Plotino que lhe traria uma formação ‎filosófica, uma condução até o bem absoluto. O alvo geral da leitura e interpretação dos textos ‎nas escolas do Império era, em primeira linha, a transformação da vida, a cura da alma, a ‎condução para uma vida boa resultante disso”.
Porfírio informa que Plotino tinha 66 anos quando morreu em 270, o segundo ano do reinado do imperador Cláudio II, dando-nos assim o ano de nascimento do seu professor como ao redor 2055 , em Minturno6 , já foi sugerido também que possa ter nascido na Alexandria 7

Teoria

Plotino dividia o universo em três hipóstases: O Uno, o Nous (ou mente) e a Alma.
  • Uno - primeira hipóstase
Segundo Plotino, o Uno refere-se a Deus, dado que sua principal característica é a indivisibilidade. "É em virtude do Uno [unidade] que todas as coisas são coisas." (Plotino, Enéada VI, 9º tratado)
Nous - segunda hipóstase
Nous, termo filosófico grego que não possui uma transcrição direta para a língua portuguesa, e que significa atividade do intelecto ou da razão em oposição aos sentidos materiais. Muitos autores atribuem como sinônimo a Nous os termos "Inteligência" ou "Pensamento".
O significado ambíguo do termo é resultado de sua constante apropriação por diversos filósofos, para denominar diferentes conceitos e idéias. Nous refere-se, dependendo do filósofo e do contexto, algumas vezes a uma faculdade mental ou característica, outras vezes correspondente a uma qualidade do universo ou de Deus.
  • Homero usou o termo nous significando atividade mental em termos gerais, mas no período pré-Socrático o termo foi gradualmente atribuído ao saber e a razão, em contraste aos sentidos sensoriais.
  • Anaxágoras descreveu nous como a força motriz que formou o mundo a partir do caos original, iniciando o desenvolvimento do cosmo.
  • Platão definiu nous como a parte racional e imortal da alma. É o divino e atemporal pensamento no qual as grandes verdades e conclusões emergem imediatamente, sem necessidade de linguagem ou premissas preliminares.
  • Aristóteles associou nous ao intelecto, distinto de nossa percepção sensorial. Ele ainda dividiu-o entre nous ativo e passivo. O passivo é afetado pelo conhecimento. O ativo é a eterna primeira causa de todas as subsequentes causas no mundo.
  • Plotino descreveu nous como sendo umas das emanações do ser divino.
  • Alma - terceira hipóstase
Na Teosofia, a alma é associada ao 5º princípio do Homem, Manas, a Alma Humana ou Mente Divina. Manas é o elo entre o espírito (a díade Atman-Budhi) e a matéria (os princípios inferiores do Homem).
Assim, a constituição sétupla do Homem, aceita na Teosofia, adapta-se facilmente a um sistema com três elementos: Espírito, alma e corpo. Sendo a alma o elo entre o Espírito e o corpo do homem.

Referências

  1. Ir para cima Bilolo, M.: La notion de « l’Un » dans les Ennéades de Plotin et dans les Hymnes thébains. Contribution à l’étude des sources égyptiennes du néo-platonisme. In : D. Kessler, R. Schulz (Hrsg.), "Gedenkschrift für Winfried Barta Htp dj n Hzj", (Münchner Ägyptologische Untersuchungen, Bd. 4), Frankfurt; Berlin; Bern; New York; Paris; Wien: Peter Lang, 1995, pp. 67-91.
  2. Ir para cima Porfírio, Sobre a Vida de Plotino e a Ordem dos seus livros, Ch. 3 (na tradução de Armstrong Loeb, "ele ficou ansioso em conhecer disciplina filosófica persa e que prevalece entre os indianos").
  3. Ir para cima Roberto Rossi. Introdução à filosofia. [S.l.]: LOYOLA, 1996. 57– p. ISBN 978-85-15-01277-0
  4. Ir para cima Porfírio, Vita Plotini, 9. Ver tambpem Emma C. Clarke, John M. Dillon e Jackson P. Hershbell, (1999) Iamblichus on The Mysteries, page xix. SBL. que diz: "para ganhar alguma cronologia credível, supõe-se que Aristão casou-se com Anficlea algum tempo após a morte de Plotino"
  5. ↑ Ir para:a b Eunápio, Vidas de filósofos e sofistasPorfírio (em inglês)
  6. Ir para cima Reinholdo Aloysio Ullmann. Plotino: um estudo das Enéadas. [S.l.]: EDIPUCRS. 245– p. ISBN 978-85-7430-766-4
  7. Ir para cima Susanne Möbus. Plotin zur Einführung. Hamburg: Auflage, 2002. p. 8.

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