sábado, 26 de abril de 2014

Afinal, o que é CIÊNCIA?


Afinal, o que é CIÊNCIA?


Define-se Ciência como: “Ramo de conhecimento sistematizado como campo de estudo ou observação e classificação dos fatos atinentes a um determinado grupo de fenômenos e formulação das leis gerais que os regem”. (MICHAELIS, 2009)

Pode-se definir ciência mediante a identificação de suas características essenciais. Assim, a ciência pode ser caracterizada como uma forma de conhecimento objetivo, racional, sistemático, geral, verificável e falível. (CHAUÍ, 1999)


A ciência na história desenvolveu-se e construiu avanços sucessivos, com intuito de buscar a verdade. A seguir apresentamos suas principais concepções:


A concepção racionalista

Os gregos e muitos cientistas do final do século XVII afirmavam que a Ciência é um conhecimento racional dedutivo e demonstrativo como a matemática, logo, capaz de provar a verdade necessária e universal de seus enunciados e resultados. Esse tipo de concepção era hipotético-dedutivo, isto é, definia o objeto e suas leis e disso deduzia propriedades, efeitos posteriores, previsões.


A concepção empirista

Período da medicina grega e Aristóteles até o final do século XIX – definiam a ciência como a interpretação dos fatos baseada em observações e experimentos na busca da definição do objeto, suas propriedades e suas leis de funcionamento – concepção hipotética-indutiva.


A concepção construtivista

Iniciada em nosso século – os cientistas buscam associar as duas concepções anteriores ditas anteriormente, e a elas acrescenta uma terceira, vinda da idéia de conhecimento aproximativo e corrigível. Portanto, eles consideram a ciência uma construção de modelos explicativos para a realidade e não uma representação da própria realidade.


Destacamos que a Ciência busca a coerência entre os princípios que orientam a teoria, baseada na observação e experimentação dos objetos e que os resultados obtidos possam não só alterar os modelos construídos, mas também alterar os próprios princípios da teoria, corrigindo-a.





Veja também:




O que é PESQUISA?

Referência
CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. 12. ed. São Paulo: Ática, 1999. 440 p.

GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. ed. São Paulo: Atlas,

MICHAELIS. Pesquisa. In: MODERNO Dicionário da Língua Portuguesa. São Paulo: Ed. Melhoramentos: UOL, 2009. Disponível em:<
http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php>. Acesso em: 30 de mar. 2009.


http://artedepesquisar.blogspot.com.br/search/label/Ci%C3%AAncia

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sexta-feira, 25 de abril de 2014

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(krishna-katha) Srila Rupa Goswami


Todas as glórias a Srila Prabhupada!!!

Reverências.



Gopal Ghosh prabhu relata: "Neste local [templo Radha-Damodara] é onde Prabhupada teve a ideia para ISKCON e onde Prabhupada fez seu próprio bhajan pessoal, e lá muitas vezes ele me disse que Rupa e Jiva Goswami lhe apareceu em sonhos...”
Além disso, um discípulo e ex-servo pessoal de Srila Prabhupada disse que Srila Rupa Gosvami uma vez apareceu para Srila Prabhupada, enquanto ele estava hospedado no templo Radha-Damodara, em Vrindavan. Um dia, enquanto honrava maha-prasadam, Srila Prabhupada estava olhando para fora da janela pro samadhi de Sri Rupa Goswami. De repente, Sri Rupa Goswami apareceu ante Srila Prabhupada e falou estas palavras encorajadoras: "Maharaja, não se preocupe com nada Vá em frente e viaje para o Ocidente e pregue, apenas pregue a mensagem de Sri Caitanya Mahaprabhu e o cantar de Hare Krishna... você vai ser bem sucedido. Eu garanto porque eu vou estar com você o tempo todo."

"Então os Vaishnavas são muito, muito misericordiosos. Eles são misericordiosos com as almas caídas. Sua única preocupação é como ocupar em serviço devocional, essas almas caídas." 
(Srila Prabhupada, Honolulu, 9 de maio de 1976)

Paramahamsa Dasa (ACBSP).



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Hoje é Ekadasi Varuthini jejum de Ekadasi 11 - 25/04/2014




Varuthini jejum de Ekadasi 11

Décimo primeiro ekdadasi do ano LUNAR.

Yudhishthira Maharaja disse: "ó Vasudeva, ofereço minhas mais humildes reverências a Ti. Por favor agora descreva o Ekadashi da quinzena obscura do mês de Vaisakha (abr/mai), inclusive seus méritos e influência específicos." O Senhor Sri Krishna respondeu: "ó rei, neste mundo e no próximo, o mais auspicioso e magnânimo Ekadashi é Varuthini Ekadashi, que ocorre durante a quinzena obscura do mês de Vaisakha. Quem quer que observe um jejum completo neste dia sagrado tem seus pecados completamente removidos, obtém felicidade contínua, e consegue toda boa fortuna. Jejuar no Varuthini Ekadashi torna afortunada até mesmo uma mulher desafortunada. Este Ekadashi concede a qualquer um que o observe, o desfrute material nesta vida e liberação após a morte. Destrói os pecados de todos e salva as pessoas das misérias do renascimento.

Por observar este Ekadashi devidamente, o Rei Mandhata foi liberado. Muitos outros reis também se beneficiaram por observá-lo - reis como Maharaja Dhundhumara, na dinastia Iksvaku, que se tornou livre da lepra advinda de uma maldição que o Senhor Shiva lhe impusera como punição. Qualquer mérito que se obtenha por realizar austeridades e penitências durante dez mil anos é alcançado por uma pessoa que observa Varuthini Ekadashi. O mérito obtido por doar grande quantidade de ouro durante um eclipse solar em Kurukshetra é acumulado por quem observa este jejum de Ekadashi. De fato, aquele que observa este único Ekadashi com amor e devoção certamente obtém suas metas nesta vida e na próxima. Em resumo, este Ekadashi é puro e muito vivificante e é um destruidor de todos pecados.

Melhor que dar cavalos em caridade é dar elefantes, e melhor que dar elefantes é dar terra. Mas melhor que dar terra é dar sementes de gergelim, e melhor que dar isto é dar ouro. Ainda melhor que dar ouro é dar grãos alimentícios, pois todos antepassados, semideuses, e seres humanos ficam satisfeitos por comer grãos. Assim não há melhor caridade que esta no passado, presente, ou futuro. (1) Contudo sábios eruditos tem declarado que dar uma jovem em casamento a uma pessoa digna é igual a dar grãos alimentícios. Além do mais, Sri Krishna, a Suprema Personalidade de Deus, disse que dar vacas em caridade é igual até mesmo a dar grãos alimentícios. Ainda melhor que todas essas caridades é ensinar conhecimento espiritual aos ignorantes. Contudo todos méritos que se pode obter por realizar todos esses atos de caridade são obtidos por alguém que jejua no Varuthini Ekadashi.

Quem vive dos bens de suas filhas sofre uma condição infernal até a inundação do universo inteiro, ó Bharata. Portanto devemos ter cuidado especial em não usar os bens de nossa filha. ómelhor dos reis, qualquer chefe-de-família que pegue os bens de sua filha por cobiça, que tenta vender sua filha ou aceita dinheiro do homem a quem deu sua filha em casamento - tal chefe-de-família se torna um reles gato em sua próxima vida. Portanto é dito que quem quer que, como sagrado ato de caridade, dá em casamento uma donzela decorada com vários ornamentos, e que também dá um dote com ela, obtém mérito que não pode ser descrito nem por Citragupta, o principal secretário de Yamaraja nos planetas celestiais. Este mesmo mérito, contudo, pode facilmente ser obtido por quem jejua no Varuthini Ekadashi.

As seguintes coisas devem ser deixadas no Dashami, o dia antes do Ekadashi: comer em pratos de metal de sino; comer qualquer tipo de urad dal, comer lentilhas vermelhas, grão-de-bico,kondo (2), espinafre, mel, comer em casa de outrem, comer mais que uma vez, e sexo. No próprio Ekadashi se deve abandonar o seguinte: jogatina, esportes, dormir durante o dia, noz debetel e sua folha, escovar os dentes, espalhar rumores, encontrar erros, falar com os espiritualmente caídos, ira e mentir. No Dvadashi, o dia após Ekadashi, se deve deixar o seguinte: comer em pratos de metal de sino, comer urad dal, lentilhas vermelhas, ou mel, comer mais que uma vez, sexo, barbear-se, passar óleo no corpo, e comer na casa de outrem."

O Senhor Sri Krishna continuou: "Quem quer que observe Varuthini Ekadashi desta maneira se torna livre de todas reaçöes pecaminosas e retorna para a morada espiritual eterna. Quem adora o Senhor Janardana neste Ekadashi ficando acordado noite afora, também se torna livre de todos seus pecados e obtém a morada espiritual. Portanto, ó rei, aquele que tem medo de seus pecados e suas reaçöes concomitantes, e portanto da própria morte, deve observar Varuthini Ekadashi jejuando mui estritamente. Finalmente, ó nobre Yudhishthira, aquele que ouve ou lê esta glorificação do sagrado Varuthini Ekadashi, obtém o mérito alcançado por doar mil vacas em caridade, e afinal retorna ao lar, a morada do Senhor Vishnu."

Assim termina a narrativa das glórias de Vaisakha-krsna Ekadasi, ou Varuthini Ekadasi, do Bhavisya-uttara Purana.

Notas:

(1) Doar grãos em caridade é muito auspicioso. Certa vez, Yudhishthira Maharaja perguntou ao Senhor Sri Krishna: "ó meu Senhor, alguém pode ir para o céu sem realizar sacrifício ou submeter-se a austeridade?" O Senhor Krishna respondeu"

annadau jaladas caiva
aturas ca cikitsakah
trividham svargam ayati
vina yajnena bharatah

"ó filho de Bharata, quem quer que dê grãos alimentícios, água potável, ou remédio aos necessitados, vai para o céu sem realizar qualquer sacrifício ou submeter-se a qualquer austeridade." (Mahabharata)

Também, Krishna declara no Bhagavad-gita 3.14: annad bhavanti bhutani: "Todos seres subsistem de grãos alimentícios". Portanto a dádiva de grãos alimentícios é dito ser a caridade máxima. Além do mais, se o alimento é prasadam, comestíveis santificados preparados para e oferecidos ao Senhor Krishna com devoção, então isto confere ao recebedor liberação deste mundo material.

2. Kondo é um grão comido primariamente pelas pessoas pobres. Parece semente de papoula.


Para fazer jejum na pratica procure um endereço perto de você na nossa Agenda

Para saber tudo sobre Jejum ou ekadasi clique nos links abaixo:
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http://radioharekrishna.com/Varuthini_jejum_de_Ekadasi_11.html

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quinta-feira, 24 de abril de 2014

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As diferenças entre a sociologia, antropologia e psicologia



Sociologia, antropologia e psicologia são estudos, teorias e idéias envolvidos o estudo da humanidade. Mais frequentemente do que não, os estudos individuais do sujeito, quer se sobrepõem ligeiramente para um ou o outro. Portanto, eles são a trindade para o estudo do homem. Para os inexperientes, ciências sociais pode parecer ser o mesmo. No entanto, como um estudante progride através de sua aprendizagem individual, eles encontram muitas teorias. Estas novas teorias abrir ainda mais portas para a aprendizagem futura. Consequentemente, às vezes torna-se confuso a respeito de porque, por exemplo, o aluno lê e aprende a partir de um escritos antropólogos quando eles mesmos estão estudando sociologia. Para explicar melhor, é preciso entender que, embora cada uma das ciências podem e muitas vezes cumprimentar uns aos outros, eles são diferentes ciências ou disciplinas em seu próprio direito.
Sociologia é o estudo científico e biológico das sociedades e as relações sociais. Seu principal objetivo é dar sociólogos uma visão do comportamento humano. Estudos de sociologia como e por que nos comportamos como um membro da sociedade, grupo, família ou religião, por exemplo. Sociologia faz perguntas diversas de por que as pessoas se apaixonam? Como é que execuções antigas aconteceu? entre outros. Sociólogos coletar volumes de dados com base em questões comparativas, de desenvolvimento e teórica. Questões comparativas costumam comparar contexto social entre os países, tais como as diferenças de comportamento criminal e / ou policiamento. Questões de desenvolvimento traçar uma rota de sociedades pré-existentes até os dias atuais, a fim de estudar o processo de um determinado assunto, como o início do Estado social. Questões teóricas (um termo empírico sociolological), pergunta por que as coisas acontecem. Empíricos perguntas teorias de estudo como a industrialização.
Antropologia é o estudo da humanidade ao longo do tempo. Antropologia física envolve - Biologia, o estudo de organismos vivos. Demografia, o estudo das populações como um todo. Análise de Arqueologia, de restos de seres humanos, animais, plantas etc antropologia social ou cultural conhecido nos Estados Unidos como a antropologia sociocultural, estuda as estruturas e culturas produzidas pela humanidade. Antropólogos socioculturais estudar muitas das mesmas teorias e teóricos como estudiosos da sociologia. No entanto, a antropologia socioculteral difere em métodos utilizados, tais como a lingüística (línguas). Portanto, não é a mesma que a sociologia.
A psicologia é o estudo científico do comportamento dentro de seres humanos e animais, concentrando-se em teorias preocupadas com o comportamento mental humana. Estudos psicológicos incluem - Psicanálise, o estudo de uma pessoa sub-consciente desejos e impulsos. Uma crença é que impulsos inconscientes levam a um comportamento instável ou neurótico de uma pessoa. Behaviorismo, o estudo do comportamento. Estudos incluíram o uso de animais em experiências de aprendizagem entendimento, recompensando-os por bom comportamento. E, o movimento humanista, que enfatiza a \"auto. Mais importante, como uma pessoa vê-se através dos olhos dos outros, também conhecido como auto-percepção.
Apesar de algumas disciplinas de antropologia, sociologia e psicologia pode ser benéfica para o outro, eles são tão distantes um do outro como qualquer teoria científica, qualquer estudo científico e qualquer cientista social que estuda-los.
http://centrodeartigos.com/ciencias/artigo-226.html

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A grande falha de Darwin?


A grande falha de Darwin?

Há certos enunciados que atingem o patamar de verdade científica apenas pela repetição constante e maciça. A biologia — esse ramo das ciências tão marcado pelas subjetividades — e em particular a biologia evolutiva está repleta desses enunciados e conceitos que são verdadeiros apenas pela repetição. Temos, portanto, uma legião de professores, de alunos e principalmente de leigos aceitando argumentos ad populum, verdades que só são verdades porque todo mundo diz que são, ora bolas!
A maioria dessas alegações é facilmente falseada se nós apenas dispusermos de tempo e de capacidade mental para as analisarmos. Outras requerem observações e experimentações científicas, mas são da mesma forma derrubáveis e derrubadas. Um exemplo de que gosto particularmente é o ubíquo e famigerado “mapa da língua”. Desde que me entendo por gente, desde a quarta série (atual quinto ano) do primeiro grau (atual ensino fundamental), vejo em livros de ciências e de biologia o mapa da língua: a língua possui regiões de maior sensibilidade ao doce, ao salgado, ao azedo e ao amargo. Acontece que os cinco receptores epiteliais para os sabores — doce, salgado (sódio), azedo (ácidos), amargo e umami (glutamato) — não apresentam nenhuma assimetria mensurável em sua distribuição pela língua. Numa palavra, não existe nenhuma distribuição desigual dos receptores, não há nenhum “mapa da língua”. Mas aqui entra o argumento ad populum: o número de livros com o mapa da língua (praticamente todos!) é tão grande, desde o ensino fundamental até o próprio ensino superior, que alguém que se disponha a falar que não há tal distribuição vai se ver enterrado em provas do contrário, e se sentirá investindo com lanças de madeira frágil contra moinhos de tijolos sólidos.

O famigerado mapa da língua (fonte: Scientific American, março de 2001).
Um grande amigo meu, que eu reputo como uma mente sóbria e lúcida, costuma falar sempre que, numa discussão sobre a veracidade ou não de um conceito ou enunciado, devem-se citar artigos, e não livros. Acontece que a maioria dos alunos do ensino médio não tem sequer noção do que seja um artigo científico, nem de sua importância. Assim, se um artigo da Journal of Cell Biology diz uma coisa e seu livro didático diz outra, ele costuma aceitar esse último. Mas isso não se dá por má fé ou birra do aluno: ele simplesmente, na maioria das vezes, desconhece o que seja um paper. Na prática, até mesmo professores desconhecem: vejamos o exemplo dos mesossomos. Muita gente acha que existem dobras da membrana plasmática de certas bactérias, onde há maior concentração de enzimas associadas à fosforilação oxidativa. Bem, acontece que mesossomos não existem como estruturas da bactéria: essas invaginações ocorrem quando a bactéria é preparada para observação no microscópio eletrônico. Disse isso a um colega meu, e ele, contrariado, me mostrou que a maioria dos livros de biologia fala de mesossomos como uma estrutura bacteriana, servindo para tal e tal função. Muito bem, na semana seguinte levei para ele um paper da “Archives of mycrobiology” mostrando que mesossomos não existem. Esse colega meu, aliás, é um bom professor e pessoa da qual gosto muito; mas, pra ele, o artigo não significou nada: simplesmente boa parte dos professores não tem idéia do que seja uma publicação revista por pares (peer review), nem da sua importância como referência fidedigna. Apenas como observação adicional, acabei agorinha mesmo de pesquisar na Wikipédia (sim, eu também leio a Wikipédia!), e até mesmo lá o artigo sobre mesosome afirma que, desde a década de 70, sabe-se que não existem tais estruturas.
E por que todo esse prolegômeno? Para falar de outra dessas “verdades cristalizadas”, estabelecidas pela tradição e pela repetição. Diz respeito ao nosso pobre Darwin, tão vilipendiado…
Os principais livros didáticos do ensino médio nos dizem que Darwin foi um homem à frente de seu tempo, um pensador genial e enaltece a coerência de sua estrutura teórica. Nada mais justo. Contudo, segue-se normalmente uma ressalva: o grande problema de Darwin, uma de suas (senão a maior) falhas foi não saber explicar as causas da variedade nas populações. Cita-se que Darwin não conheceu os trabalhos de Mendel (o que é fato), e que morreu sem ter resolvido esse problema em particular. Professores reiteram ano após ano essa “falha” de Darwin, e seguidas gerações de estudantes secundaristas já ouviram isso. Mas até que ponto isso procede?
Antes de tudo, seria conveniente discutir se essa era realmente a explicação que faltava ao corpo teórico de Darwin em sua época, ou seja, se essa era a peça restante, capaz de tornar as idéias de Darwin claras e amplamente aceitas. Um conhecimento básico da história da biologia evolutiva mostra que esse não era o caso: as maiores críticas que Darwin recebeu, e aqui estou logicamente me referindo à comunidade científica — pois as críticas de caráter religioso e místico não nos interessam —, diziam respeito à mecânica do processo seletivo e evolutivo, e não à questão da origem das variações. Mas, mesmo assim, apenas para chegar ao meu objetivo, admitamos que fosse esse o problema: o desconhecimento dos princípios da genética mendeliana clássica teria sido a grande falha de Darwin. Portanto, cabe agora perguntar: caso Darwin conhecesse tais princípios, de que forma isso lhe teria sido útil?
A genética mendeliana clássica, em seus primórdios, trabalhava basicamente com características qualitativas: a flor poderia ser terminal ou axilar, a semente poderia ser amarela ou verde, a planta poderia ser normal ou anã… Veja que, com muito esforço e boa vontade, poderíamos falar aqui de variáveis quantitativas discretas, mas com um reduzidíssimo número de valores possíveis. Contudo, falar de variáveis quantitativas contínuas, jamais! Para quem não tem familiaridade com esses termos, o que quero aqui dizer é que Darwin concebia a seleção como um processo que mudaria de forma lenta, gradual, uma variável inerentemente quantitativa: o tamanho do bico vai mudando milímetro a milímetro ao longo das gerações, a largura da folha vai mudando milímetro após milímetro ao longo das gerações, e assim por diante. As modificações evolutivas para Darwin eram quantitativas contínuas.
Ora, imagine associar a isso uma genética que trabalhasse com características qualitativas. O resultado é fácil de perceber: não há como explicar a evolução gradual por seleção tendo como pano de fundo tal genética! Na verdade, e poucos professores percebem isso, o ressurgimento da genética mendeliana clássica na primeira década do século XX foi um enorme empecilho para a biologia evolutiva clássica! Ou seja, ao contrário de ser uma ajuda, a genética clássica constituiu um problema, quando se considerava a base genética do processo seletivo. A situação só começou a mudar em meados da década de 10, quando pesquisadores como William Castle mostraram que variações quantitativas contínuas (ou mesmo discretas, com grande número de valores possíveis) são explicadas geneticamente. Assim, quando a genética quantitativa já era relativamente bem conhecida, a partir da década de 20, foi possível dar uma base genética à evolução por seleção.
O que eu gostaria de defender aqui é que nós analisássemos com mais cuidado certos conceitos cristalizados, que de tanto serem repetidos acabam ganhando vida própria. E que, assim como a Hidra de Lerna, quando se lhe corta uma cabeça, outra surge no lugar.

 http://biologiaevolutiva.wordpress.com/2010/04/03/a-grande-falha-de-darwin/

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Bandidolatria e Democídio. Indicação de leitura: Podcast conservador sobre: política , filosofia, arte, cultura, educação, pedagogia , religião etc

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