quarta-feira, 30 de abril de 2014

O ativismo fake na América ESCRITO POR DANIEL GREENFIELD


Nunca é sobre os fatos. Os “ativistas fake” – seja na mídia, seja nas redes sociais – só se importam com a manipulação emocional a serviço da sua agenda.

O que há em comum entre a saída forçada de Brendan Eich da Mozilla e o caso #CancelColbert (1)? Ambos são exemplos de Fakectivism. (N. do T.: faketivism é a fusão de 'fake' (falso) com 'activism' (ativismo), ou seja, “ativismo fake” ou ainda “ativismo falso/fraudulento”. Doravante utilizarei “ativismo fake” sempre que o autor mencionar fakectivism.)

O “ativismo fake” é o ativismo realizado por um pequeno número de pessoas nas redes sociais e que acaba sendo integrado aos noticiários por combinar com a agenda política das organizações de mídia.

Qualquer membro do Tea Party (2) sabe que hoje a cobertura midiática dos protestos é assimétrica. Duas dezenas de estudantes, a maioria dos quais voluntários em organizações ambientalistas sem fins lucrativos, protestando contra a Keystone (3) receberão uma cobertura da mídia que não será dispensada a milhares de membros do Tea Party que protestem contra o ObamaCare (4).
O mesmo é verdadeiro em relação aos protestos online.

Boa parte das manifestações “no mundo real” que recebem cobertura da mídia são falsas. Por exemplo, sindicatos contratam manifestantes não sindicalizados para protestar em seu nome, informação raramente mencionada pelas organizações de mídia fazendo a cobertura noticiosa. (O mesmo privilégio não é estendido aos membros do Tea Party que porventura contratarem manifestantes profissionais para gritar na frente das câmeras.) Outras manifestações fingem ter origem em movimentos sociais de base quando na verdade consistem de membros ou até mesmo de empregados pagos por uma única organização (5).

À medida que distorce totalmente o número de participantes em uma manifestação, o “ativismo fake” na internet piora ainda mais o problema da cobertura jornalística sobre o ativismo da esquerda, falseando também a credibilidade desses manifestantes em representar outros segmentos que não a si mesmos.

Nas manifestações no mundo real, a mídia rotineiramente noticia um número maior de participantes nos protestos da esquerda e um número menor de participantes nos protestos conservadores. Na internet, porém, o “ativismo fake” não necessita de contagem de cabeças. Se for um trending topic, então é notícia. E algumas vezes é notícia mesmo que não seja.

O “ativismo fake” começa em páginas de agitprop (7) esquerdista que de modo seletivo coletam tweets a favor ou contra alguma coisa. Esse punhado de tweets são descritos com expressões coletivas como “A Internet” está revoltada com tal coisa. A utilização da expressão coletiva “internet” faz parte do 'feijão-com-arroz' do “ativismo fake”, pois mistura (confunde) uma estória fabricada com a opinião de bilhões de pessoas.

Sendo bem sucedido, o “ativismo fake” sobe um grau na escala, passando para páginas esquerdistas mais bem acabadas que buscam por controvérsias pedagogicamente úteis. As páginas nesse nível possuem tal importância que elas são monitoradas por produtores e editores das principais organizações de mídia em busca de reportagens.

As grandes organizações de mídia coletam o conteúdo de portais como o Slate ou o Huffington Post e reformatam-no utilizando uma linguagem enviesada mas preservando a credibilidade ao mesmo tempo em que despistam a fonte. O “ativismo fake” no Twitter é invariavelmente descrito como sendo uma “reação”, uma “repercussão”, ou como uma “polêmica”. Frases como “O Twitter bombou com a reação de usuários revoltados” dá aos leitores leigos a impressão de que as reclamações representam o consenso de toda a página em vez de ser um pequeno número de usuários superativos.

Esse “falsoativismo” fabricado torna-se uma grande matéria jornalística através de processos sucessivos de filtragem para disfarçar a fonte duvidosa e a falta de credibilidade do evento original.

A doação do Brendan Eich para a defesa do casamento [tradicional] já havia entrado em discussão há dois anos. Os mesmos ataques via Twitter já haviam sido dispensados por páginas de “ativismo fake” da esquerda, porém faltou aquela 'fagulha' que permitiria que a estória fosse para a grande mídia. Assim, o Sr. Eich pode seguir adiante, praticamente são e salvo, pois aquelas manifestações não ganharam o impulso da mídia.

A campanha de Fakectivism direcionada contra o Sr. Eich se dissipou em 2012 pois, sem o envolvimento da grande mídia, os ativistas profissionais de justiça social nada mais são do que uma débil e insignificante caixinha de ressonância de ódio e fúria. É a grande mídia que faz o “ativismo fake” funcionar por meio daseleção daquilo que será divulgado. Seus prepostos dão o carimbo definitivo de “fake” na expressão “ativismo fake”. [N. do T.: “fake” em inglês significa “falso”, “fraudulento”].

O destino de alguém como Brendan Eich não é selado pela mística do ódio dos movimentos sociais. É a grande mídia quem faz isso. Os ativistas promotores da justiça social no Tumblr e no Twitter gostam de pensar que podem mandar cortar cabeças, porém, as únicas cabeças que eles cortam são aquelas que a mídia permite que sejam cortadas.

O “ativismo fake” é efetivamente um meio que permite aos profissionais da mídia exercer suas agendas políticas através da midiatização seletiva. O ecossistema online da esquerda vive ou morre mediante sua aptidão para por em movimento material “afiado” e agendas [ideológicas] para a grande mídia, sendo a mídia quem decide quando será o momento certo para forçar essa agenda sobre seus telespectadores, ouvintes e leitores.

Tanto a mídia quanto os “ativistas fakes” das redes sociais calculam suas reportagens em torno de uma agenda mais ampla.

Aos “ativistas fake” das redes sociais cabe o papel de incitar agressivamente a sua agenda mais radical, ao passo que moderar este tom é o papel dos “ativistas fake” na mídia. A mídia atua como o leão-de-chácara do esquerdismo, determinando qual agenda radical será ciceroneada na grande mídia naquela semana, enquanto que os ativistas das redes sociais tentam forçar a barra para ampliar ainda mais o tom desse esquerdismo.

Nunca é sobre os fatos. Os “ativistas fake” – seja na mídia, seja nas redes sociais – só se importam com a manipulação emocional a serviço da sua agenda. Suas reportagens são encenações morais cuja expectativa é fazer a audiência migrar para o seu lado assim como apoiar a sua agenda à medida que essa audiência visualize um drama humano. Esta dramatização é uma narrativa onde ambos os conjuntos de “ativistas fake”enviesam a história ao seu próprio modo por meio de informações falsas.

No caso de Brendan Eich, a mídia narrou fatos deliberadamente errados sobre a Fundação Mozilla. Por exemplo, as notícias alegaram que os membros da diretoria estavam renunciando em protesto à presença de Brendan Eich. Não era verdade. A Mozilla passava por turbulências e já estava assim havia algum tempo, mas por razões que não tinham nada que ver com a visão de Brendan Eich sobre casamento. Dentro dessa organização cujo navegador tem continuamente perdido participação no mercado, Eich foi posto numa posição muito ingrata na qual ele mesmo não queria estar.

De forma semelhante, a mídia falhou em explicar as grandes contribuições dadas por Brendan Eich à internet moderna, ao mesmo tempo em que dava destaque aos tweets de protesto de um punhado de funcionários do Mozilla, a maioria dos quais de setores não técnicos e/ou associados com o projeto Open Badges.

Parte disso pode ser atribuído a desleixo, mas se Brendan Eich fosse um CEO gay e tivesse sido alvejado pelo Twitter por manifestantes furiosos com a sua identidade sexual, praticamente não há dúvidas de que toda a história teria sido pesquisada e esclarecida de modo preciso. Em reportagens onde a pesquisa irá causar danos à narrativa, o desleixo da mídia é uma cegueira calculada.

A mídia terceiriza muito do seu trabalho de investigação às páginas da esquerda e frequentemente ela apenas reescreve suas notícias. Uma verificação tardia dos fatos pode ocasionalmente derrubar uma notícia falsa como ocorreu com o Washington Post no caso do ataque aos Irmãos Koch em Keystone, mas a maior parte do conteúdo da Media MattersThink ProgressSalonGawker e outros piores aflui ininterruptamente para os Grandes Jornais oficiais e para as agências de notícias – sempre com mudanças apenas no estilo, mas não na substância.

A mídia hoje divulga principalmente notícias sobre conteúdo que é popular pela internet, seja um protesto viaTwitter, seja sobre celebridades ou vídeos de um gato. A distinção entre uma CNN e um portal qualquer que coleta esse mesmo tipo de conteúdo viral é que o portal de virais da internet normalmente mostra-o primeiro. Esta é, cada vez mais, a mesma distinção entre a NBC News e o Huffington Post.

O “ativismo fake” amplia uma relação de conveniência na qual a mídia atua como o porteiro das mídias sociais na seara política. A diferença é que, embora a mídia seja agnóstica quando se trata de divulgar o vídeo de um gato ou de relatar as vulgaridades abjetas de uma celebridade, ela, com muito cuidado, pinça quais manifestações serão levadas a sério, quais causas serão favorecidas e quais pessoas serão demitidas.

A mídia veio a incorporar uma relação descentralizada entre os diferentes níveis de esquerdismo dos provedores de conteúdo, desde os grandes grupos de ativismo até grupos coletivos casuais compostos por aspirantes a justiça social tentando fazer emplacar uma hashtag no Twitter. O que nós imaginamos como sendo a mídia, com seus nomes comerciais avaliados em bilhões de dólares e suas operações nacionais e internacionais, é apenas a ponta formal de um iceberg.

A verdadeira mídia não é uma emissora ou um jornal, é uma agenda. É uma rede de relações entre radicais declarados e radicais disfarçados. A mídia tornou-se um circuito fechado da esquerda, que inventa as suas próprias estórias e que faz reportagens sobre as estórias que ela mesma inventou.

Comentário do Tradutor:
O artigo em questão, embora descreva o falsoativismo nos Estados Unidos, serve perfeitamente para a realidade brasileira. Casos como Feliciano e a “Cura Gay”, o “linchamento da jornalista Rachel Sheherazade e a censura ao SBT”, os “Badernaços de Junho-Julho” e o #VdeVinagre e/ou #CadêoAmarildo são exemplos muito claros de falsoativismo.

Notas:
(1) Para uma descrição do caso #CancelColbert em português, em espanhol (mais completa), para o vídeo original (em inglês, em 04:45). O caso #CancelColbert é um bom exemplo de falsoativismo. O programa foi ao ar em 26/03. Em 28/03 já estava em sites de menor relevância em espanhol. No dia seguinte, 29/03, foi publicado na BBC Mundo (em espanhol), o mesmo fluxo descrito pelo autor.

(2) O Tea Party é um movimento social-político norte-americano: “O Tea Party é um movimento [social] de base (…) [que] inclui aqueles que acreditam nos ideais judaico-cristãos fundacionais que está entranhado nos grandes documentos de fundação [dos EUA] (…) Nós defendemos que a Constituição é inerentemente conservadora (...)” - http://www.teaparty.org/about-us/
(3) Sobre os protestos de keystone [oleoduto] leia este relato esquerdista:http://www.esquerda.net/printpdf/29715
(4) O ObamaCare é o SUS nos Estados Unidos. Leia: O Básico sobre o ObamaCare.
(6) Trending TopicSignifica o assunto (palavra chave) mais comentado no twitter.
(7) AgitProp – Agitação e Propaganda, segundo a Enciclopédia Britânica: “(...) estratégia política onde são utilizadas técnicas de agitação e propaganda para mobilizar a opinião pública. (…) A estratégia gêmea da agitação e propaganda foi originalmente elaborada pelo teórico marxista Georgy Plekhanov (...)”

Publicado no FrontPage Magazine - http://www.frontpagemag.com/2014/dgreenfield/the-rise-of-fakectivism/

Tradução: Francis Lauer


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Resenha: "Mentiram (e muito) para mim", de Flávio Quintela ESCRITO POR LUCIANO AYAN |


Mentiram-e-muito-para-mim
"Para uma pessoa que não possua fatos e argumentos que possam, de forma lógica, justificar sua ideologia – caso de todos os esquerdistas – a ofensa injustificada é a única saída."

Sempre apontei um erro em muitos autores (e demais formadores de opiniões) da direita quando estes apontavam inconsistências no discurso da esquerda e reagiam com condescendência e as vezes até uma injustificada compaixão para com o oponente. Enquanto os esquerdistas ficavam criando mentiras para que seus líderes aumentassem ou mantivessem seu poder, a direita reagia dizendo coisas como “ah, eles não tem jeito” ou “mais uma vez eles se enganam”.
Não, não é assim que se reage a fraudadores contumazes. A assertividade deveria ser uma das principais característica de quem é de direita. No mundo corporativo, não se passa a mão na cabeça de fraudadores. Por que no mundo dialético a coisa deve ser diferente?
“Mentiram (e muito) para mim” é o primeiro livro de Flávio Quintela, do blog Maldade Destilada, E logo de cara o autor já mostra que é daqueles que há tempos superaram o comportamento conivente com a mais desonesta das doutrinas criadas pelo homem, o socialismo.
O livro traz 20 capítulos (em apenas 166 páginas, o que significa que tratamos de algo rápido e direto), dos quais 19 são focados no desmascaramento de mentiras que a esquerda tradicionalmente nos conta, ou mesmo na exposição de situações criadas para enganar não só os direitistas como também os neutros.
Por exemplo, a mentira dizendo que “não existe mais direita ou esquerda” é desmascarada no capítulo 5. Logo no seguinte, vemos o desmascaramento de outra mentira feita para confundir a audiência: “O PSDB é um partido de direita”. Em seguida, o próximo capítulo desmascara a mentira dizendo que a direita é inerentemente promotora das maiores maldades humanas. Mentira, aliás, muito propagada com base em outra mentira (“O nazismo é de direita”), demolida no capítulo 8.
Diz Quintela:
[...] para uma pessoa que não possua fatos e argumentos que possam, de forma lógica, justificar sua ideologia – caso de todos os esquerdistas – a ofensa injustificada é a única saída, e não há maior nível de ofensa injustificada do que atribuir a alguém inocente a cumplicidade na morte de mais de vinte milhões de pessoas e a associação ao regime mais repudiado da história do mundo. Isso é o que, na gíria, se chama de “apelar”.
Daí, com uma sóbria demonstração dos fatos, ele fornece argumentos para mostrar que todo aquele professorzinho esquerdista afirmando que Hitler “é de direita” não passa de um mentiroso que só merece um tipo de reação: a refutação assertiva. E com o dedo apontado na cara, de preferência.
A esquerda toma como um valor fundamental a mentira como um meio de chegar aos seus objetivos. A direita, por outro lado, preza a honestidade, a sinceridade e a busca pela verdade, como frisa Quintela logo no começo de sua obra.
Mas, politicamente, de nada adianta prezar pela verdade e a integridade moral se não tivermos a capacidade de exprimir nosso ponto de vista de maneira assertiva, assim como comunicarmos para nossos público a diferença entre quem entra em campo para dizer a verdade e quem toma a mentira como um método.
Sem essa dureza dialética, o que nos resta é assistir a contínuas vitórias esquerdistas, não por que eles possuem qualquer forma de conteúdo, mas por usarem uma quantidade tão grande de mentiras que nós desistiremos de contra-argumentar, pelo tanto de desmentidos que precisaremos fazer.
O único antídoto a isso é a refutação contínua das fraudes que eles divulgam. Mas essa refutação precisa ser feita nos termos mais fortes possíveis, pois também precisamos sub-comunicar para o público em geral que há um abismo ético entre a direita e esquerda, e que estes últimos possuem “argumentos” e comportamentos dignos de ânsia de vômito.
Por acertar tanto ao apresentar uma argumentação coesa e direta como ao usar a assertividade necessária para combater as fraudes intelectuais do oponente, o livro de Quintela é um dos mais recomendados no ano.
Em tempo: Para quem tem pressa, “Mentiram (e muito) para mim” pode ser adquirido também em formato Kindle, na Amazon. E também está disponível nas principais livrarias do Brasil no formato tradicional.




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A teoria de Kohlberg TEORIA DE DESENVOLVIMENTO MORAL




 A teoria de Kohlberg


Lawrence Kohlberg (1927-1987)

  • Trabalhou na Marinha mercante entre o ensino secundário e a universidade.
  • Ingressou na Universidade e completou a licenciatura em Psicologia em 2 anos em vez de 4, terminou em 1949, na Universidade de Chicago.
  • Iniciou logo o Doutoramento o qual só foi terminado em 1958.
  • Tese que se iniciou por uma análise entre as perspectivas psicanalítica (conceito de superego) e piagetiana acerca do desenvolvimento moral, conduziu à elaboração de uma nova teoria.

Desenvolvimento moral: Teoria de Kohlberg
Para Kohlberg (1984):
  •  A essência da moralidade reside mais no sentido de justiça do que, propriamente no respeito pelas normas sociais.
  •  A moralidade tem mais a ver com considerações de igualdade, de equidade, de contratos sociais e de reciprocidade nas relações humanas e menos com o cumprimento ou violação de normas sociais ou regras.
  •  A justiça é o princípio moral básico.

  

Cada estádio de desenvolvimento moral:

  • É qualitativamente diferente do precedente;
  • Representa um novo e mais compreensivo sistema de organização mental;
  • Ocorre numa sequência invariante;
  • Está relacionado com a idade de forma global e, mais especificamente, com o desenvolvimento cognitivo.



Metodologia de Kohlberg:

  • Método clínico através da apresentação de dilemas (tal como Piaget);
  • Um dilema é um problema complexo em que não há resposta correcta única. O essencial são as razões apontadas como justificativos da resposta.
  • A análise dos argumentos permite situar o sujeito num estádio de desenvolvimento moral.

Kohlberg identificou três níveis de desenvolvimento moral no interior de cada um distinguiu dois estádios.

I – Nível pré-convencional ou pré-moral (infância)

II – Nível convencional (adolescência)

III – Nível pós-convencional

 

Nível Pré-convencional ou Pré-moral

            Típica da maioria das crianças até aos 9 anos, alguns adolescentes e adultos.
  • A criança sabe que existem normas sociais, coisas que se podem ou não fazer, mas estas normas permanecem externas.
  • As normas são obedecidas por duas razões: evitar o castigo e satisfazer desejos e interesses concretos e individualistas, imediatos, pela recompensa que pode advir.
Não deve roubar porque senão vai para a cadeia.
Deve roubar porque senão a mulher zanga-se com ele.

Nível Convencional

            Típica da maioria dos adolescentes e adultos.
  • As normas e expectativas sociais foram interiorizadas. O justo e o injusto não se confundem com o que leva à recompensa ou ao castigo, mas definem-se com as normas estabelecidas na sociedade.
  • A moralidade implica cumprir os deveres e respeitar a lei e a ordem estabelecidas. As necessidades individuais subordinam-se às normas sociais.
Não deve roubar porque é proibido, é contra a lei.

Nível Pós-convencional

                 Apenas uma minoria de adultos e, em geral, só depois dos 20-25 anos. 
  • O valor moral depende menos da conformidade às normas morais e sociais vigentes e mais da sua orientação em função de princípios éticos universais, como o direito à vida, à liberdade, à justiça.
  •  As normas sociais devem ter subjacentes princípios éticos universais e, por vezes, pode haver contradição, impondo-se a necessidade de hierarquizar os princípios e as normas (moral versus legal).
Tendo roubado o medicamento o Senhor Heinz tem a atenuante que estava a defender uma vida humana.


Os três níveis de moralidade podem ser concretizados no seguinte exemplo:

Porque não se deve roubar?

  • Alguém pode ver e chamar a polícia. Pré-convencional

  • É uma questão de lei. Há leis que protegem as pessoas e as propriedades. Convencional

É uma violação dos direitos humanos, neste caso, do direito de propriedade. Pós-convencional



Moral Pré-convencional


Estádio 1: moralidade heterónoma (moral do castigo)

  • Orientação dominante: obediência e punição;
  • Trata-se de obedecer à autoridade e evitar o castigo;
  • A moralidade é confundida com o castigo: é incorrecta toda a acção que leva à punição e toda a acção punida é incorrecta. Está tudo bem se não for apanhado!
  • A acção é vista como tanto mais incorrecta quanto maior for o dano causado;
  • O dever baseia-se nas necessidades externas e objectivas;
  • As normas sociais são entendidas à letra e de modo absoluto. O castigo deve ser a reacção automática à violação da norma.

Estádio 2: Individualismo, propósito e troca instrumental (a moral do interesse)

  • As acções são justas e correctas quando são um instrumento que permite satisfazer desejos, interesses e necessidades do próprio e, por ventura de um outro, entendido de um ponto de vista individualista e concreto;
  • A justiça e a moralidade são questões de pura troca, orientadas por preocupações hedonistas (satisfação de desejos e necessidades concretas e individuais) e pragmáticas.
  • Deve-se retribuir o favor ou presente de alguém apenas pelo facto de esse alguém me ter dado um presente ou feito um favor.

Moral Convencional


Estádio 3: Expectativas e relações interpessoais mútuas e comformidade interpessoal (a moral do coração do “bom rapaz”).

  • O sujeito deste estádio está preocupado com as normas e convenções sociais;
  • Esta preocupação é mais do ponto de vista de uma terceira pessoa (“bom marido”, “bom amigo”, “bom cidadão”) que do ponto de vista social, legal e institucional;
  • O sujeito está preocupado em manter a confiança interpessoal e a aprovação social;
  • As justificações para uma boa ou mé acção têm origens afectivas e relacionais.
  • Devia denunciar o irmão ao pai, porque teria remorsos em relação ao meu pai se não lhe dissesse, porque o meu pai não poderia ter mais confiança em mim.

Estádio 4: Sistema Social e Consciência (a moral da lei)

  • Orientação dominante: Predomínio da lei, das normas e dos códigos socialmente aceites, (“se toda a gente fizesse isso…”);
  • Os comportamentos são tido como bons se se conformam a um conjunto rígido de regras e o sujeito cumpre o seu dever, se respeita a autoridade e mantém a ordem social;
  • É assumido o ponto de vista não de um sujeito individual mas de um “nós, membros de uma sociedade”;
  • As regras e princípios morais foram interiorizados.
  • Não estacionava o carro em cima da passadeira de peões porque é proibido.

 Moral Pós-convencional


Estádio 5: Contrato Social (a moral do relativismo da lei)

  • Orientação dominante: O maior bem para o maior número;
  • As leis são obedecidas porque representam uma estrutura necessária de acordo social;
  • Mas a relatividade das normas é reconhecida;
  • As normas podem entrar em conflito com a moral;
  • As leis são relativas a uma sociedade. Existem valores e direitos de cariz universal independentes da sociedade;
  • Nos julgamentos morais, são tomados em consideração os diferentes pontos de vista em confronto;
  • Presente uma perspectiva de transformação da sociedade.
  • Se Heinz fosse julgado o juiz deveria ter em conta o ponto de vista moral, mas preservar o ponto de vista legal e aplicar-lhe uma pena ligeira.

Estádio 6: Princípios Éticos Universais (a moral da razão universal)

  • Este último estádio constitui o ideal supremo do desenvolvimento moral e não uma realidade empírica;
  • A conduta é controlada por um ideal interiorizado que solicita a acção e que é independente das reacções do outro;
  • Este ideal interiorizado representa a crença do sujeito no valor da vida e está marcado pelo respeito para com o indivíduo;
  • Trata-se de princípios universais de justiça, reciprocidade, de igualdade, do respeito pela dignidade dos seres humanos considerados como pessoas individuais.
  • Trata cada pessoa como um fim e não como um meio!






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DIAGNÓSTICO E AVALIAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA



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Repórter Record Investigação [HD] 28-04-2014 [Completo]



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