sábado, 10 de setembro de 2022

Zona De Desenvolvimento Proximal ZDP. Vygotsky. João Maria Andarilho. (feito com Spreaker)

 


 

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Frases, pensamentos e citações de Nietzsche

 


Frases, pensamentos e citações de Nietzsche

O que é grande no homem, é que ele é uma ponte e não um fim: o que pode ser amado no homem, é que ele é um passar e um sucumbir.

— Nietzsche, Assim Falou Zaratustra

O que é a verdade, portanto? Um batalhão móvel de metáforas, metonímias, antropomorfismos, enfim, uma soma de relações humanas, que foram enfatizadas poética e retoricamente, transpostas, enfeitadas, e que, após longo usom parecem a um povo sólidas, canônicas e obrigatórias.

— Nietzsche, Sobre Verdade e Mentira num Sentido Extra-Moral

Vós olhais para cima, quando ansiais por elevação. E eu olho para baixo porque estou elevado. Quem é, entre vós, aquele que pode ao mesmo tempo rir-se e estar nas alturas? Quem sobe às mais altas montanhas ri-se de todas as tristezas, lúdicas e graves.

— Nietzsche, Assim Falou Zaratustra

Superai-me, ó homens superiores, as pequenas virtudes, as mesquinhas prudências, os escrúpulos ínfimos como grãos de areia, a agitação própria de formigas, o contentamento deplorável, a felicidade da maioria! E mais vale desesperardes do que render-vos. E, em verdade, gosto de vós, porque não sabeis viver nos dias de hoje, ó homens superiores. É por isso mesmo que viveis…da melhor maneira!

— Nietzsche, Assim Falou Zaratustra

Quem combate monstruosidades deve cuidar para que não se torne um monstro. E se você olhar longamente para um abismo, o abismo também olha para dentro de você.

— Nietzsche, Para além do bem e do mal

Ouve-se sempre nos escritos de um ermitão algo também do eco do ermo.

— Nietzsche, Para além do bem e do mal

Uma crítica da faculdade do conhecimento não tem sentido: como poderia uma ferramenta criticar a si mesma quando só pode usar a si mesma para a crítica?

— Nietzsche, Vontade de Potência

Paulo quer desvalorizar a sabedoria deste mundo: seus inimigos são os bons filólogos e médicos da escola alexandrina – a guerra é feita contra eles. De fato, nenhum homem pode ser filólogo e médico sem ao mesmo tempo ser anticristo. O filólogo vê por detrás dos livros sagrados, o médico vê por detrás da degeneração fisiológica do cristão típico. O médico diz incurável; o filólogo diz fraude…

— Nietzsche, O Anticristo

A coragem mata também a vertigem à beira de abismos! E onde estará o homem senão à beira de abismos? Mesmo olhar, não será olhar abismos? (…) Mas a coragem, a coragem que ataca é o melhor dos matadores, mata a própria morte pois diz: “ISTO é a vida? Pois então, outra vez!

— Nietzsche, Assim Falou Zaratustra

A mesma palavra amor significa com efeito duas coisas diferentes para o homem e para a mulher. O que a mulher entende por amor é bastante claro: não é apenas dedicação, é dom total de corpo e alma, sem restrição, sem nenhuma atenção para o que quer que seja. É a ausência de condição que faz de seu amor uma profissão de fé, a única que ela tem.

— Nietzsche, A Gaia Ciência

Entre minhas obras ocupa o meu Zaratustra um lugar à parte. Com ele fiz à humanidade o maior presente que até agora lhe foi feito. Esse livro, com uma voz de atravessar milênios, é não apenas o livro mais elevado que existe, autêntico livro do ar das alturas […] é também o mais profundo, o nascido da mais oculta riqueza da verdade, poço inesgotável onde balde nenhum desce sem que volte repleto de ouro e bondade

— Nietzsche, Ecce Homo

O local amaldiçoado onde o cristianismo chocou seus ovos de basilisco deve ser demolido e transformado no lugar mais infame da Terra, constituirá motivo de pavor para a posteridade. Lá devem ser criadas cobras venenosas.

— Nietzsche, O Anticristo

O que alguém é começa a se revelar quando o seu talento declina – quando ele cessa de mostrar o quanto pode. O talento é também um ornamento; um ornamento é também um esconderijo.

— Nietzsche

O homem só muito lentamente descobre como o mundo é infinitamente complicado. Primeiramente ele o imagina totalmente simples, tão superficial quanto ele próprio.

— Nietzsche, O livro do filósofo

O homem bom também quer ser verdadeiro e crê na verdade de todas as coisas. Não só da sociedade, mas também do mundo… De fato, por que razão o mundo deveria enganá-lo?

— Nietzsche, O livro do filósofo

Se são anormais, não têm então nada a ver com o povo? Não é assim: o povo tem necessidade das anomalias, embora não exista por causa delas.

— Nietzsche, O livro do filósofo

Todo homem possui sua finalidade particular, de modo que mil direções correm, umas ao lado das outras, em linhas curvas e retas; elas se entrecruzam, se favorecem ou se entravam, avançam ou recuam e assumem desse modo, umas com relação às outras, o caráter do acaso, tornando assim impossível, abstração feita das influências dos fenômenos da natureza, a demonstração de uma finalidade decisiva que abrangeria nos acontecimentos a humanidade inteira.

— Nietzsche, Da utilidade e do inconveniente da História para a vida

O choque, a ação de um átomo sobre o outro, pressupõe também a sensação. Algo de estranho em si não pode agir sobre o outro.

— Nietzsche, O livro do filósofo

Só se escolhe a dialética quando não se tem mais nenhuma saída.

— Nietzsche, O crepúsculo dos ídolos

Cada partido compreende o que interessa à própria conservação não permitir que se esgote o partido o novo império, tem mais necessidade de inimigos do que de amigos: só pelo contraste é que ela começa a se sentir necessária, a tornar-se necessária.

— Nietzsche, O crepúsculo dos ídolos

Os grandes problemas estão na rua

— Nietzsche, Aurora

Já dei tudo. Nada me resta de tudo quanto tive, exceto tu, esperança!

— Nietzsche

Se queres elevar-te, exercita a arte de esquecer.

— Nietzsche

Diante da necessidade, todo idealismo é ilusão.

— Nietzsche

Diante do pouco prazer que basta à maioria dos homens para acharem a vida agradável, como lhes admiro a
modéstia!

— Nietzsche

Amar e desaparecer: eis coisas que andam juntas desde a eternidade. Querer amar é também estar pronto para
morrer.

— Nietzsche

Os insetos picam, não por maldade, mas por precisarem viver. O mesmo se dá com os críticos: querem o nosso sangue, mas não a nossa dor.

— Nietzsche

Os livros que agradam a todos cheiram mal; adere-se–Ihes o cheiro da plebe. Onde a plebe come e bebe, e também onde venera, há sempre mau cheiro.

— Nietzsche

Desejo eu aos que me interessam, o sofrimento, a solidão, a enfermidade, as perseguições, o opróbrio. Desejo que conheçam o profundo menosprezo de si próprios, o tormento da sua desconfiança, a angústia da derrota. E não os lastimo, pois que lhes desejo a coisa única capaz de demonstrar se valem ou não: a resistência.

— Nietzsche

Necessário se faz, quando tratamos com os homens, recorrer a uma bondosa dissimulação, como se não pudéssemos penetrar os móveis do seu procedimento.

— Nietzsche

O verme pisado encolhe-se. É a sua astúcia. Diminui, asam, a probabilidade de ser novamente pisado. Na língua da moral, chama-se isto humildade.

— Nietzsche

Se eu arrancasse os vossos véus, os vossos trapos, as vossas cores e os vossos gestos, de vós todos, restaria apenas c necessário para assustar pássaros.

— Nietzsche

Quando nos vemos obrigados a mudar de opinião com lespeito a um indivíduo, fazemos com que pague caro o trabalho que nos deu.

— Nietzsche

Dizes que uma boa causa justifica tudo, inclusive a guerra? Contesto: uma boa guerra é que justifica qualquer causa.

— Nietzsche

És jovem e desejas filhos e casamento. Mas eu te pergunto : és vencedor de ti próprio, és o soberano dos teus sentidos? Ou fala em ti a necessidade física, o isolamento, a discórdia contigo próprio?

— Nietzsche

Raramente erramos, se atribuirmos os atos extremos à vaidade, os médicos ao hábito, e os pequeninos ao temor.

— Nietzsche

De que serve um livro que não saiba levar-nos para além de todos os livros?

— Nietzsche

Vede, vede… êle foge dos homens… mas os homens seguem-no, porque êle corre à frente… tal como animais de rebanho!

— Nietzsche

Estado chama-se o mais frio de todos os monstros frios. Mente friamente, e eis aqui a mais mesquinha mentira que sai de sua boca: “Eu, o Estado, sou o Povo”. Mentira! Os que criaram os povos e suspenderam sobre eles uma fé e um amor, eram criadores: serviram à vida. Os que estendem laços ao maior número e a isso chamam Estado, destruidores: suspendem sobre eles uma espada e cem apetites.

— Nietzsche

Ali onde acaba o Estado, só ali começa o homem que não é supérfluo; ali começa o canto da necessidade, a melodia única, a nenhuma outra semelhança. Ali onde acaba o Estado… olhai, irmãos! Não vedes o arco-íris e a ponte do Super-homem?

— Nietzsche

Por longo tempo se ocultou na mulher um escravo e um tirano. É por isso que, ainda hoje, ela é incapaz de amizade e só conhece o amor.

— Nietzsche

O melhor amigo terá também, provavelmente, a melhor esposa, porque o bom matrimônio repousa no talento da amizade.

— Nietzsche

Enquanto em todos os homens produtivos o instinto é uma força afirmativa e criadora e a consciência uma força crítica e negativa, em Sócrates, o instinto torna-se crítico, e a consciência, criadora.

— Nietzsche: , A Origem da tragédia no espírito da música
fonte: http://www.consciencia.org/frases-pensamentos-e-citacoes-de-nietzsche

sexta-feira, 9 de setembro de 2022

Srila Baktivinoda Thakura Aparecimento 08/09/2022 (feito com Spreaker)

Alfabetização Científica, Alfabetização Matemática, Letramento. Só Me Alfabetiza Por Favor Depois...


Nota do Instituto Alfa e Beto:

Artigo publicado na Revista Ensaio, V. 10, N. 35, Abril-Junho 2002. pp. 161-200

O presente artigo tem três objetivos:  apresentar os pressupostos das propostas construtivistas de alfabetização, demonstrar como as evidências empíricas apontam para o equívoco dessas propostas e sugerir novos caminhos para retomar a questão da alfabetização a partir de uma sólida base de conhecimentos científicos teóricos e empíricos o que permitiria ao Brasil superar a posição de último colocado no ranking mundial de qualidade no ensino da leitura e escrita (OECD, 2001).

O artigo se divide em seis partes. Na primeira analisa as propostas construtivistas de alfabetização.  Nas três seguintes apresenta algumas considerações de natureza lógica e evidências empíricas que demonstram o equívoco dos pressupostos, hipóteses e métodos construtivistas.  Na quinta parte analisa possíveis causas da popularidade do construtivismo e na sexta parte apresenta sugestões e aponta caminhos para a recolocação do problema da alfabetização.

Para ler o artigo completo, clique aqui.

https://www.alfaebeto.org.br/wp-content/uploads/2015/12/construtivismo_alfabetizacao.pdf


3 Livros para alfabetizar com sucesso, utilizando o método fônico

Conheça três livros essenciais para auxiliar o professor e o aluno no processo de alfabetização.

21 de fevereiro de 2019
408

Para compreender o princípio alfabético, é necessário que o aluno desenvolva a consciência fonêmica – a capacidade de identificar os segmentos de som que formam uma palavra (os fonemas). Tomando esta consciência, o próximo passo para se alfabetizar, consiste em aprender, de maneira sistemática e explícita, a relação entre os fonemas e grafemas – e isso se chama de método fônico.

Manual de Consciência Fonêmica

Destinado a professores de pré-escola e séries iniciais (alfabetização), apresenta um conjunto de atividades lúdicas para desenvolver a consciência fonêmica.

Aprender a Ler

Livro de alfabetização para o aluno com manual do professor, apresenta de forma simples e clara atividades para o desenvolvimento de todas as habilidades necessárias para o domínio do código alfabético, incluindo análise e síntese de fonemas, decodificação e desenvolvimento de fluência de leitura.

ABC do Alfabetizador

Voltado para educadores, contém informações teóricas e práticas sobre todos os componentes essenciais do processo de alfabetização.

quarta-feira, 7 de setembro de 2022

Independência do Brasil 07/09/2022 200 anos.



Hino da Independência do Brasil

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Hino da Independência do Brasil


Dom Pedro I compondo o Hino da Independência, em 1822. Por Augusto Bracet.

Hino da Independência do Brasil
Letra Evaristo da Veiga, 16 de agosto de 1822[1]
Composição D. Pedro I, 7 de setembro de 1822
3:45
Hino Constitucional Brasiliense. Rio de Janeiro: Typographia do Diário, 1822.

O Hino da Independência é uma canção patriótica oficial comemorando a declaração da Independência do Brasil e foi o hino do Brasil durante o Império do Brasil. A letra do Hino da Independência, escrita pelo jornalista e político Evaristo da Veiga (1799-1837) em agosto de 1822, recebeu inicialmente o título de "Hino Constitucional Brasiliense", com música de Marcos Portugal. Foi transformado em Hino da Independência, musicado por D. Pedro I, em 1824. Com a Proclamação da República, o hino foi gradativamente abandonado. Somente em 1922, quando do centenário da independência, ele voltaria a ser executado. Nos últimos anos, com o crescimento de movimentos monarquistas no Brasil, o hino tem se popularizado, e tem sido associado ao ideal de "restauração do Império do Brasil", em oposição ao Hino Nacional Brasileiro, que é visto pelos monarquistas como o "hino da República", principalmente pelo fato de que a melodia do hino é o hino da coroação de Dom Pedro II.

História

De acordo com uma versão divulgada por Eugênio Egas em 1909,[2] a música teria sido composta pelo Imperador na tarde do mesmo dia da Independência do Brasil, 7 de setembro de 1822 (quando já estava de volta a São Paulo vindo de Santos),[3] tendo sido partiturado às pressas pelo mestre de capela da Catedral de São Paulo, André da Silva Gomes, para execução na noite desse dia, na Casa da Ópera (ao pátio do Palácio do Governo, antigo Colégio dos Jesuítas), por cantores e uma pequena orquestra. A versão de Eugênio Egas, por outro lado, nunca foi referida nos jornais brasileiros de 1822 e nunca foi comprovada com documentação do período, tendo circulado somente a partir do início do século XX. A letra do Hino Constitucional Brasiliense foi publicada pela Typographia do Diário, em 1822, conforme documentação do Arquivo Nacional.

Livreto do Hino da Independência do Brasil. Sob a guarda do Arquivo Nacional.

Letra

Normalmente, as estrofes 3, 4, 5, 6, 8 e 10 são hoje omitidas quando o hino da Independência é cantado.[4]

Hino da Independência
1
Já podeis da Pátria filhos,
Ver contente a Mãe gentil!
Já raiou a Liberdade
No Horizonte do Brasil,
Já raiou a Liberdade
Já raiou a Liberdade
No Horizonte do Brasil!
Refrão
Brava Gente Brasileira
Longe vá, temor servil;
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.
2
Os grilhões que nos forjava
Da perfídia astuto ardil,
Houve Mão mais poderosa,
Zombou deles o Brasil.
Houve Mão mais poderosa
Houve Mão mais poderosa
Zombou deles o Brasil.
(Refrão)
3
O Real Herdeiro Augusto
Conhecendo o engano vil,
Em despeito dos Tiranos
Quis ficar no seu Brasil.
Em despeito dos Tiranos
Em despeito dos Tiranos
Quis ficar no seu Brasil.
(Refrão)
4
Ressoavam sombras tristes
Da cruel Guerra Civil,
Mas fugiram apressadas
Vendo o Anjo do Brasil.
Mas fugiram apressadas
Mas fugiram apressadas
Vendo o Anjo do Brasil.
(Refrão)
5
Mal soou na serra ao longe
Nosso grito varonil;
Nos imensos ombros logo
A cabeça ergue o Brasil.
Nos imensos ombros logo
Nos imensos ombros logo
A cabeça ergue o Brasil.
(Refrão)
6
Filhos clama, caros filhos,
E depois de afrontas mil,
Que a vingar a negra injúria
Vem chamar-vos o Brasil.
Que a vingar a negra injúria
Que a vingar a negra injúria
Vem chamar-vos o Brasil.
(Refrão)
7
Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil:
Vossos peitos, vossos braços
São muralhas do Brasil.
Vossos peitos, vossos braços
Vossos peitos, vossos braços
São muralhas do Brasil.
(Refrão)
8
Mostra Pedro a vossa fronte
Alma intrépida e viril:
Tende nele o Digno Chefe
Deste Império do Brasil.
Tende nele o Digno Chefe
Tende nele o Digno Chefe
Deste Império do Brasil.
(Refrão)
9
Parabéns, oh Brasileiros,
Já com garbo varonil
Do Universo entre as Nações
Resplandece a do Brasil.
Do Universo entre as Nações
Do Universo entre as Nações
Resplandece a do Brasil.
(Refrão)
10
Parabéns; já somos livres;
Já brilhante, e senhoril
Vai juntar-se em nossos lares
A Assembleia do Brasil.
Vai juntar-se em nossos lares
Vai juntar-se em nossos lares
A Assembleia do Brasil.
(Refrão)

Ver também

Wikisource
A Wikisource contém fontes primárias relacionadas com Letra do hino da Independência do Brasil

Referências


  • «A História do Hino da Independência. Uma Letra com duas melodias. Qual a melhor versão?». Dr. Zem. Consultado em 7 de setembro de 2016

  • EGAS, Eugenio. Hymnos brasileiros (a Alberto Nepomuceno). O Estado de S. Paulo, São Paulo, ano 35, n.11.219, p.3, 29 ago. 1909.

  • «A dissolução da unidade americana». Portal Educação Terra. Consultado em 7 de setembro de 2016

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    sábado, 3 de setembro de 2022

    A Teoria dos Quatro Discursos de Aristóteles de acordo com Olavo de Carvalho Redação Brasil Paralelo










    A Teoria dos Quatro Discursos de Aristóteles de acordo com Olavo de Carvalho

    Redação Brasil Paralelo
    2/9/2021

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    Há uma ideia presente nas obras de Aristóteles que passou despercebida por muitos de seus leitores e comentaristas. Ao longo desses séculos, decorridos da Antiguidade até os dias de hoje, talvez apenas dois estudiosos aristotélicos tenham mencionado a Teoria dos Quatro Discursos, mas sem a devida importância.

    Isso motivou o Professor Olavo de Carvalho a explica-la em seu livro Aristóteles em Nova Perspectiva – Introdução à Teoria dos Quatro Discursos”.





    O que você vai encontrar neste artigo? O que é a Teoria dos Quatro Discursos?
    Qual é a importância da teoria dos 4 discursos?
    As etapas do conhecimento na vida humana
    Como entender e aplicar a Teoria dos Quatro Discursos?
    Explicação da Poética, Retórica, Dialética e Lógica
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    O que é a Teoria dos Quatro Discursos?

    A Teoria dos Quatro Discursos é originada da filosofia de Aristóteles e aborda as quatro linguagens que o discurso humano possui. São quatro modalidades de discursar envolvendo intenções diferentes. Essa teoria relaciona o uso da palavra (discurso) com a busca pela verdade.

    Os quatro tipos de discurso são:Poético;
    Retórico;
    Dialético;
    Lógico (Analítico).

    Segundo o professor Olavo, a Teoria dos Quatro Discursos pode ser resumida em uma frase:
    “O discurso humano é uma potência única, que se atualiza de quatro maneiras diversas: a poética, a retórica, a dialética e a analítica (lógica)”.

    Esses quatro tipos de discurso são variantes de uma mesma ciência. É comum, na cultura atual, por exemplo, considerar que a linguagem poética e a linguagem lógica (ou científica) sejam totalmente separadas e distantes.

    Nas universidades do país, é natural que os prédios que ensinam Letras sejam diferentes dos prédios que ensinam Ciências. Ainda é mais natural que se dê mais valor a esta do que àquela. A literatura, porém, e a poesia não são paralelas ao discurso científico, não são coisas opostas.

    Antes de entendê-lo melhor e como aplicar esse conhecimento para progredir na vida intelectual, é necessário um pouco mais de contexto.
    Qual é a origem dessa teoria?

    A Teoria dos Quatro Discursos não está explícita na obra de Aristóteles: ela é uma descoberta do Professor Olavo de Carvalho, mas que já havia sido sinalizada por Santo Tomás de Aquino.

    Aristóteles escreveu um tratado sobre a Poética, a Retórica, a Dialética (os Tópicos) e dois tratados de Lógica (Analíticas I e II), além de duas obras introdutórias sobre a linguagem e o pensamento em geral (Categorias e Da Interpretação).

    Embora separados, a teoria dos 4 discursos está contida nesses tratados e, segundo Carvalho, é uma chave de compreensão da filosofia de Aristóteles. Temos um artigo completo para explicar as principais ideias de Aristóteles. Essa leitura pode ajudar você a entender melhor este conteúdo.

    De acordo com o professor, o texto não é um túmulo do pensamento, e seria um erro considerá-lo apenas como palavras fixas, que querem dizer apenas o que é possível entender literalmente pela leitura.

    É necessário respeitar também o inexpresso e o subentendido para captar a unidade de pensamento, intenção e valores do autor.
    Qual é a importância da teoria dos 4 discursos?

    Ela é importante para a aprendizagem, para a formação de um homem maduro desejoso de cultivar uma vida intelectual. É um caminho para a autoconsciência e para uma vida de cultura elevada.

    Não é possível ter uma verdadeira vida de estudos sem ter domínio da linguagem. Ser intelectual não é se isolar do mundo lendo livros. O intelectual possui deveres cotidianos e ocupações reais como todas as outras pessoas.

    Usando a razão, o homem percebe sua autoconsciência e busca um sentido para viver. Ele também percebe que os outros buscam sentido para viver, que algo transcende o universo e que o próprio ser humano não é a causa de tudo. Diante da grandeza do universo, a reação é de espanto e reverência.

    A contemplação do que está acima da razão humana gera perguntas fundamentais em cada um perguntas fundamentais. Buscar as respostas para si é cultivar a vida intelectual, isto é, buscar respostas para as dúvidas existenciais.

    Essa pesquisa não se desvincula dos deveres de estado, do trabalho, da convivência com as outras pessoas e da percepção da natureza.

    Ter vida intelectual não é estudar por estudar e ter muita cultura por haver lido muitos livros e conhecer muitas ideias. É buscar ser uma pessoa melhor, com propósito de vida.Conheça algumas técnicas que te ajudarão a ler melhor.

    Existe no homem uma força que pende sentido para as coisas. Ele não se contenta em só existir como as plantas e os animais.

    Nessa investigação, o ser humano relaciona a palavra (discurso) e a verdade. Disso é que surge a Teoria dos Quatro Discursos.
    As etapas do conhecimento na vida humana


    Segundo Aristóteles, o conhecimento começa pelos dados dos sentidos. Aquilo que é percebido pelos olhos, tato, olfato, audição e paladar fica registrado na mente. Isso está no campo da percepção.

    O percebido é usado pela memória, que não é apenas um registro passivo, mas sim uma faculdade ativa, que cria combinações, funde ou repete imagens e cria novos padrões. A memória também pode ser chamada de fantasia.

    Por fim, a inteligência opera com as imagens da fantasia, ou imaginação, e busca encontrar conceitos abstratos.

    A imaginação é a ponte entre o conhecimento sensorial e o pensamento lógico.

    Quando o ser humano alcança o entendimento dos conceitos universais a partir da abstração do que experimentou, pode raciocinar e fazer juízos.

    E em toda essa trajetória está presente o discurso, que articula a palavra e a experiência.
    O discurso

    É pelo discurso que o homem se confronta, lida com sua autoconsciência e influencia outros homens. Trata-se de uma forma de se deslocar, é um transcurso. Ele parte de uma premissa que pode ser verdadeira e busca alcançar uma conclusão.

    O que define o discurso é o propósito que ele visa realizar. É a expressão de uma intenção humana. Cada discurso é algo dentro de um contexto da cultura, quando há motivo para falar e ouvir.

    O homem discursa para abrir a imaginação à imensidade do possível, para tomar alguma resolução prática, para examinar criticamente suas crenças, ou para explorar as consequências das verdades já aceitas, construindo o edifício do saber.

    O discurso é uma construção artística, uma tomada de posição em alguma questão, uma confrontação de hipóteses ou uma tentativa de provar que algo é verdadeiro.

    O Professor Olavo deixa claro que o discurso não pode ser iniciado a partir de uma premissa falsa. Ora, se parte do que não é verdadeiro, já pode ser negado. Por isso, há uma escala de credibilidade que vai do que é minimamente possível ao que é totalmente certo.

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    A escala de credibilidade do discurso

    A Poética, a Retórica, a Dialética e a Lógica são ciências em graus diferentes, mas apresentam a mesma natureza: são formas que o homem usa, pela palavra, para influenciar a própria mente ou a do outro. Não são discursos isolados uns dos outros, não se excluem. Apenas obedecem a uma hierarquia.

    Em uma escala de verdade, o oposto é o falso. Mas esse não é o caso, pois não se inicia um discurso partindo-se de uma premissa falsa.

    As premissas podem ser:Possíveis: existe uma chance de serem verdadeiras;
    Necessárias: são verdadeiras e não podem ser falsas de jeito nenhum.

    As conclusões podem ser:Verossímeis: parecem verdade;
    Necessárias: são verdadeiras.

    A Teoria dos Quatro Discursos contempla justamente a combinação dessas possibilidades, que são os caminhos que os discursos fazem das premissas até a conclusão.

    O falso está fora da escala de credibilidade, que vai do mínimo possível ao máximo certo, de acordo com o Professor Olavo.

    O discurso humano tem um objetivo real, intenciona-se a algo. Perante uma situação, o homem tende a uma certeza máxima que não pode obter, mas pode obter mais do que uma certeza mínima.Conheça mais do pensamento de Olavo de Carvalho. Leia sobre a teoria das 12 camadas da personalidade e sobre o necrológio.




    Como entender e aplicar a Teoria dos Quatro Discursos?

    Cada modo de discursar, isto é, cada modo de usar as palavras, possui um nível de credibilidade.O discurso poético: possibilidade.
    O discurso retórico: verossimilhança.
    O discurso dialético: probabilidade razoável.
    O discurso lógico ou analítico: certeza apodíctica, certeza da verdade.
    Explicação da Poética, Retórica, Dialética e Lógica




    Essas ciências são inseparáveis e não fazem sentido se tomadas isoladamente. O discurso poético parte de premissas possíveis para alcançar uma conclusão verossímil.O discurso retórico parte de premissas necessárias para alcançar uma conclusão verossímil.O discurso dialético parte de premissas possíveis para alcançar uma conclusão necessária.O discurso lógico ou analítico parte de premissas necessárias para alcançar uma conclusão necessária.

    Cada um será explicado detalhadamente.
    1 – Discurso poético

    O discurso poético fala das coisas que são possíveis. A imaginação se coloca diante das possibilidades. Mas o que isso quer dizer?

    Nesse campo estão a literatura, a ficção, a poesia e a fantasia. Aristóteles usa Homero como seu principal exemplo. Esse tipo de conteúdo representa uma forma de percepção do mundo.

    Dirige-se sobretudo à imaginação, que capta as imagens, as representações do real.Saiba como a mitologia grega pode ser útil hoje em dia.

    A poética é a chave para desenvolver um processo de estudo. Ela parte do gosto das pessoas pela literatura e poesia e usa as possibilidades imaginativas para a obtenção de um conhecimento.

    É algo aceito como verdade provisoriamente, aprendido por meio da ficção.

    Os clássicos literários permitem que a mente tenha um novo mundo possível diante de si, crie referências e arquétipos, observando grandes pensadores e o que seus personagens literários viveram.

    Os clássicos poéticos têm o poder de gerar na mente humana a simulação de uma experiência real, uma possibilidade de ações e reações.

    Mesmo uma narrativa de “mentirinha” pode trazer em seu mundo uma verdade universal. Ainda que uma obra seja ficção, o mundo criado por um autor pode ser coerente (verossímil) em si mesmo. Se você tem dificuldade para ler, entender e se lembrar do que leu, faça parte da Sociedade do Livro. Você vai aprender o método da leitura sintópica, o mais avançado e mais utilizado pelos melhores estudantes do mundo. Além disso, grandes professores conduzirão a leitura de temas fundamentais ao ser humano, como a morte, a vida, o amor, a simbologia e muito mais.

    Quando se admite a possibilidade das aventuras e desventuras de algum herói, dos personagens de um romance, por exemplo, o leitor imagina que seria possível lhe suceder algo semelhante, em sua vida.

    Ele pode aprender algo e se preparar.

    O discurso poético tem um impacto mágico. Ele é fantástico, é um universo de possibilidades criativas que impactam a alma.
    2 – Discurso retórico

    O discurso retórico induz a vontade do ouvinte a admitir uma crença, possui formas de convencer as pessoas. Aristóteles admite três tipos de discursos retóricos: forense, deliberativo e epidíctico, ou de louvor e censura.Essas formas de discurso foram explicadas na análise do discurso de Martin Luther King: I have a dream.

    Em todos esses modos, o ouvinte — que é como um juiz cujo voto dará, decidirá — é convidado a tomar uma decisão.

    Isso não é apenas uma técnica. A retórica aponta para a decisão mais adequada dentre um conjunto de crenças.

    A poesia imprime imagens na mente, a retórica produz a decisão do que acreditar.

    No discurso poético, o ouvinte simplesmente precisa dar asas à sua imaginação sem esperar consequências práticas imediatas. Mas no retórico espera-se um ato de vontade, que é a decisão.

    Pela retórica se convence alguém no reino dos fatos, da realidade, alcançando um conhecimento que já parece verdadeiro.
    3 – Discurso dialético

    O discurso dialético averigua a razoabilidade das crenças admitidas. Pela retórica, o ouvinte descobre o que é verossímil e então pode colocá-lo em teste, submetendo o que escolheu acreditar a provas, num processo de ir e vir entre o erro e a verdade.

    A dialética é uma troca de ideias buscando qual é mais provável. Ela verifica se as crenças admitidas são razoáveis. As contestações averiguam se a crença escolhida permanece de pé.

    A dialética une verdades para tirar conclusões. Aristóteles falou sobre isso nos Tópicos.

    Quando não se tem princípios, a única maneira de buscá-los é pela investigação dialética. Por meio do confronto de hipóteses contraditórias, busca-se uma espécie de iluminação.

    Esse discurso não sugere ou impõe uma crença como o retórico, mas testa as crenças para ver se elas conseguem responder às objeções. Neste caso, as crenças aceitas têm de atender as exigências superiores da racionalidade.

    A aproximação da verdade pode ser lenta e gradual, não precisa ser uma decisão imediata. A decisão é adiada. O foco não é persuadir, mas levar ambas as partes em debate a encontrar uma conclusão razoável.

    Por essa razão, é necessário pôr um freio ao desejo de vencer e ter a humildade para mudar de opinião se o adversário mostrar ter mais razão. O dialético não defende um partido, mas investiga uma hipótese.

    Isso só é possível quando ambos os participantes do diálogo conhecem e admitem os mesmos princípios básicos e aceitam ser isentos. A autocrítica é também uma habilidade necessária.
    4 – Discurso lógico ou analítico

    O discurso lógico ou analítico estuda os meios para demonstrar uma verdade evidente, apodíctica. Ele apresenta uma certeza científica. Aristóteles aborda esse tema no Órganon.

    Esse discurso parte de premissas evidentemente verdadeiras e as explica, mostrando porque são verdadeiras e porque não podem ser falsas. A consequência é que a conclusão também é necessariamente verdadeira.

    A lógica não traz o conhecimento, mas serve para facilitar a verificação dos conhecimentos já adquiridos, confrontando-os com os princípios que os fundamentam, para ver se não se contradizem.

    No plano da lógica analítica, não há mais discussão: há apenas a demonstração linear de uma conclusão que, partindo de premissas admitidas como absolutamente verdadeiras, não podem deixar de estar certas, usando a dedução silogística.

    É como o monólogo de um mestre. O discípulo apenas ouve e aceita a verdade. Se isso não acontecer, pela demonstração da verdade ter falhado, o assunto volta para a discussão dialética. Torne-se Membro do Núcleo de Formação da Brasil Paralelo para ter acesso ao Núcleo de Formação. Você terá conteúdos exclusivos de todos os documentários e acesso a dezenas de cursos sobre história, filosofia, economia, arte e educação. Aprenda com os grandes pensadores da humanidade e receba conteúdo inédito todos os meses.
    Conclusão

    De acordo com Aristóteles, e o Professor Olavo ressalta isso, a alma humana é dócil à razão. O ser humano deseja conhecer, tem sede de sabedoria e é isso que o conduz ao caminho do bem.

    O progresso do conhecimento leva à maturidade intelectual. Este é o Spoudaios, o homem de cultura que lê simultaneamente nesses quatro níveis, conforme explicado na Teoria dos Quatro Discursos.

    Ele tem o domínio balanceado da razão frente aos vários impulsos discordantes que se agitam em sua alma. Essa maturidade envolve a experiência real dos fatos, conceitos, evidências, discussões e tensões humanas.

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    fonte: https://www.brasilparalelo.com.br/artigos/teoria-dos-quatro-discursos

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    Hoje É Dia Do Aparecimento Transcendental De Srimati Radharani. Jejum At.

    quinta-feira, 1 de setembro de 2022

    O Edital Pede Magistério Médio Ou Equivalente. O Que seria esse Equivale...

    Estudar e não ser valorizado, será? Com dois pós doutorado faz bico em obras. UM EXÉRCITO DE DOUTORES DESEMPREGADOS



    UM EXÉRCITO DE DOUTORES DESEMPREGADOS

    Este texto foi escrito por Hugo Fernandes-Ferreira e publicado originalmente na Tribuna do Ceará.

    Vou contar uma história para vocês, para que entendam em que ponto a Ciência brasileira se insere nessa crise. Ao personagem, dou o nome de Carinha. Obviamente, é uma história generalista, que jamais pode ser aplicada a todos, mas pelo menos a uma enorme parcela dos acadêmicos. Você verá muitos amigos seus na pele do Carinha. Talvez, você mesmo.

    1 – No começo dos anos 2000, principalmente a partir de 2005, novas universidades começam a surgir e o número de vagas, inclusive nas já existentes, aumentam vertiginosamente. A estrutura também melhora e as taxas de evasão de cursos de Ciência básica (Física, Química, Biologia e Matemática, por exemplo) caem. O Carinha, então, ingressa em um desses cursos.

    2 – O Carinha que entrou em 2005 e se formou em 2009 passou o período da faculdade desconhecendo o mercado de trabalho do seu curso fora do meio acadêmico. Ao seu lado, muitos colegas que passaram quatro anos sem saber nem o que estavam fazendo. Para o Carinha, não havia outra solução a não ser lecionar em escolas ou tentar o Mestrado, que oferecia bolsa de pesquisa de R$ 1.100,00. Mas, para isso, teria que passar por uma difícil e concorrida seleção. Até que, com o aumento do número de programas e bolsas de pós-graduação, ele viu então que aquilo não era tão difícil assim. Em 2010, torna-se mestrando...continuar lendo clique aqui

    Sobre a Reencarnação Segundo a Tradição Milenar Indiana Dos Vedas de Sua Divina Graça AC Bhaktivedanta Swami Prabhupāda, Fundador-Ācārya da Sociedade Internacional para a Consciência de Krishna.

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