sexta-feira, 19 de junho de 2015

Como trabalhar a noção de tempo em História


Como trabalhar a noção de tempo em História

Existem atividades básicas, porém imprescindíveis, para ensinar a turma a interpretar os fatos históricos levando em conta as questões temporais

Bianca Bibiano (novaescola@fvc.org.br)
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OLHAR PARA O PASSADO
No Colégio Oswald de Andrade, as crianças analisam mapas antigos para perceber mudanças. Foto: Raoni Maddalena
OLHAR PARA O PASSADO No ColégioOswald de Andrade, as crianças analisammapas antigos para perceber mudanças
Explicar o que é o tempo não é tarefa simples. No entanto, todos temos uma concepção a respeito do assunto. Inclusive as crianças. À sua maneira, elas lidam com as questões que envolvem passado, presente e futuro. Para que as turmas dos anos iniciais do Ensino Fundamental compreendam os fatos, do ponto de vista histórico, é fundamental que a escola amplie a noção de tempo cronológico e explicite as implicações da passagem dos anos.

Para desenvolver essas aprendizagens, os professores precisam trabalhar permanentemente três situações, sempre atreladas aos conteúdos trabalhados em sala. Elas têm como objetivo ampliar a noção de anterioridade e posterioridade, de maneira que o aluno reconheça a história como um processo.

Leitura de mapas históricos
Serve para que a turma observe como os aspectos geográficos - locais e globais - são modificados com os eventos históricos. O uso de mapas de diferentes períodos e a possibilidade de compará-los criticamente auxilia na compreensão de conceitos como mudança e permanência.
O crescimento das cidades em função da expansão econômica ou a influência de acontecimentos políticos para os fluxos migratórios, por exemplo, são questões que podem ser trabalhadas com essa atividade (leia a atividade). "Não se trata apenas de visualizar um mapa antigo, mas colocá-lo também ao lado de outros, considerando o contexto histórico de cada momento", explica Jaime Baratz, mestre m Educação e docente da Universidade do Estado da Bahia (Uneb).
Também é importante estudar o cenário em que um mapa foi feito e compará-lo com outros do mesmo período buscando perceber que o conceito de verdade única em História não existe.
Para entender melhor o crescimento de São Paulo, Cristiane Casquet de Souza Elias, professora do 4º ano do Colégio Oswald de Andrade, na capital paulista, propôs aos alunos estudar diversos mapas do estado, organizados entre 1930 e 1970. "Assim, eles compreenderam melhor as temáticas abordadas nos textos estudados que falavam sobre a expansão geográfica da região no período", explica. Durante esse processo, é importante discutir constantemente com o grupo o que se manteve e o que foi alterado, na paisagem urbana.
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Publicado em NOVA ESCOLA Edição 238DEZEMBRO 2010. Título original: Saber sincronizado
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