sexta-feira, 9 de maio de 2008

Diversidade Cultural. Slides.

Abaixo slides sobre a diversidade cultural

http://www.slideshare.net/dilsoncatarino


Slide 1: DIVERSIDADE CULTURAL: O DIÁLOGO DAS DIFERENÇAS

Slide 2: DIFERENÇAS: E SE TODOS FOSSEM IGUAIS A VOCÊ ?

Slide 3: 1956 → Tom Jobim e Vinícius de Moraes Músicas que falavam de um mundo maravilhoso de paz e amor. Nessa utopia de um amor romântico, foi formulada a idéia de que todos poderiam “ser iguais a você”.

Slide 4: O QUE ACONTECERIA “SE TODOS FOSSEM IGUAIS A VOCÊ”? Como seria uma sala de aula povoada pela singularidade de um eu? E os pátios e corredores de uma instituição de ensino plenos de mesmice?

Slide 5: “Olhe para os dedos da sua mão, elas são diferentes.Ainda bem. Exatamente por serem diferentes eles são harmoniosos quando vistos em conjunto. Já imaginou se eles fossem todos iguais?Certamente teríamos dificuldade de fazer o que fazemos de maneira tão natural. A humanidade, pode-se dizer, é semelhante a uma mão.Somos diferentes numa nação. A diferença é inerente, portanto, à natureza humana. Que bom que seja assim”. Carlos Pereira

Slide 6: DIVERSIDADE CULTURAL Para melhor compreender a diversidade cultural faz- se necessário: Conhecer o significado de cultura e educação. Perceber a importância de um trabalho efetivo sobre a diversidade cultural para a construção da identidade social. Reconhecer a escola como espaço de socialização cultural, que proporciona ao aluno a interação entre diversas culturas.

Slide 7: Perceber o papel da escola no combate ao preconceito, oferecendo informações que contribuam para a superação de todas as formas de discriminação. Esclarecer o papel do professor frente à diversidade cultural promovendo ações que valorizem as diferenças entre raças e culturais. Oferecer e construir junto com os alunos um ambiente de respeito pela aceitação e pela valorização das diferenças culturais.

Slide 8: DIFICULDADES ENCONTRADAS PELOS PROFESSORES EM SALA DE AULA A criança encontra dificuldade em aceitar as diferenças e as particularidades do outro, sendo estas de: Temperamento Habilidade Conhecimento

Slide 9: Gênero Etnia Credo religioso Física

Slide 10: O Preconceito Percebe-se que o preconceito surge quando se defende a idéia de que temos uma cultura uniforme, em lugar de reconhecer, valorizar e pesquisar a enorme variedade cultural brasileira. Assim, as diversas etnias que formam a identidade nacional são desprezadas e ignoradas.

Slide 11: “Lutar pela igualdade sempre que as diferenças nos discriminem; lutar pelas diferenças sempre que a igualdade nos descaracterize”. Boaventura de Souza Santos.

Slide 12: CULTURA E EDUCAÇÃO PARA A CONSTRUÇÃO DA SOCIEDADE Para discutir a diversidade cultural na escola, é necessário compreensão do significado histórico de cultura e educação.

Slide 13: EDUCAÇÃO É um processo social. A criança torna-se um ser social logo ao nascer, mesmo não tendo participação da construção desse cenário ou do mundo social.

Slide 14: É o processo pelo qual uma pessoa ou um grupo desenvolvem suas capacidades e aptidões, adquirindo conhecimentos: Científicos Artísticos Técnicos Especializados

Slide 15: Por meio da educação o indivíduo adquire hábitos e atitudes, nas escolas, ou por meio de experiências cotidianas: Contato pessoal Leituras Filmes Viagens Apreciação de esculturas Apreciação de pinturas

Slide 16: A Educação possibilita interrupções pelas quais a cultura se renova e o homem faz a sua história. CULTURA Expressa as várias formas pelas quais os homens estabelecem relações entre si e com a natureza. É o conjunto de símbolos elaborados por um povo em determinado tempo e lugar, é por meio dessa comunicação que as pessoas e a sociedade interagem.

Slide 17: Por meio da comunicação, criaram-se normas e costumes, que são levados a outras gerações, dando continuidade à sociedade e adquirindo: Conhecimento Crença Direito Costume Arte Mora

Slide 18: Desde o nascimento a criança encontra um mundo de valores dados, nos quais ela se situa e recebe uma série de influências do grupo que pertence, como, por exemplo, a maneira de se: • alimentar andar • • correr • brincar • relacionar-se • aprender uma língua

Slide 19: Tudo isso é transmitido de geração em geração, criando assim tradições. Com o tempo, a cultura é enriquecida, adquirindo novos valores ou desaparecendo outros. Constituída de diferentes valores, a cultura forma complexos, que unidos e inter- relacionados dão o padrão cultural.

Slide 20: ESCOLA: UM ESPAÇO DE SOCIALIZAÇÃO CULTURAL A escola, como espaço de socialização cultural, onde circulam inúmeros indivíduos de culturas e níveis de desenvolvimento cognitivos diferentes, caracteriza-se como espaço privilegiado para que interações e negociações se estabeleçam e a aprendizagem aconteça.

Slide 21: A escola deve propiciar o contato e o confronto com adultos e crianças de várias origens socioculturais, de diferentes religiões, etnias, costumes e valores, fazendo dessa diversidade cultural um campo privilegiado de aprendizagem.

Slide 22: DIVERSIDADE CULTURAL E A ESCOLA Muitas pessoas são impedidas de viver plenamente sua cidadania, porque ao longo de nossa história, têm existido preconceitos, relações de discriminação e exclusão social.

Slide 23: Na escola, algumas vezes, há manifestações de racismo, discriminação social e étnica, por parte de professores, alunos, equipe escolar, ainda que de maneira involuntária ou inconsciente, o que causa sofrimento, constrangimento a que essas pessoas se vêem expostas.

Slide 24: A escola tem papel fundamental no combate ao preconceito porque participa da formação de cidadãos. Desse modo deve estar sempre preocupada em não reproduzir estereótipos, que podem ser definidos como rótulos usados para qualificar genericamente grupos raciais, étnicos ou de sexos diferentes.

Slide 25: O PAPEL DO PROFESSOR FRENTE À DIVERSIDADE CULTURAL O professor precisa conhecer a dinâmica da sala de aula e reconhecê-la como espaço produtor de conhecimentos. Ele deve ser mediador, aproximando os saberes do aluno e da escola e valorizando as experiências individuais, as culturas e os costumes deles.

Slide 26: O professor deve construir, junto com os alunos, um ambiente de respeito pela aceitação e pela valorização das diferentes culturas, trilhando, assim, o caminho da superação do preconceito e o da da discriminação.

Slide 27: Deve tratar com firmeza a ação discriminatória, esclarecendo o que é respeito mútuo e como se pratica a solidariedade, lembrando sempre que seu comportamento em sala de aula afeta a conduta e o desempenho dos alunos. Não cabe ao professor discutir em classe quem é melhor, mas criar um ambiente em que haja espaço para que todas as diferenças sejam respeitadas.

Slide 28: Faz-se necessário propor atividades e informações que despertem nos alunos a curiosidade para que busquem entender as diferentes culturas, apresentando situações vividas por personagens fictícios, encaminhando discussões e orientações sem expor pessoalmente os alunos envolvidos em episódios de discriminação, buscando superar o preconceito.

Slide 29: PARA LIDAR COM A DIVERSIDADE É ESSENCIAL: •Definir o que é comum a todos e o que é particular a cada aluno; •Criar diferentes ambientes de aprendizagem; •Conhecer as particularidades dos alunos para estimular o interesse de cada um; •Diversificar o material didático; •Acompanhar a aprendizagem de cada estudante; •Trocar informações e opiniões com outros professores; •Não tentar mascarar nem destacar em excesso as diferenças dentro da turma.

Slides sobre o método fônico.

A seguir slides sobre o método fônico.

dilsoncatarino


Slide 1: Prof. Dílson Catarino dilson@catarino.pro.br www.gramaticaonline.net

Slide 2: • Método de alfabetização aplicado pela correspondência entre símbolos e seus respectivos sons. • Símbolos: letras • Sons: fonemas.

Slide 3: • Letra: Cada um dos sinais gráficos elementares com que se representam os vocábulos na língua escrita. •Fonema: Unidade mínima distintiva no sistema sonoro de uma língua.

Slide 4: • Há uma relação entre a letra na língua escrita e o fonema na língua oral, mas não há uma correspondência rigorosa entre estes. Por exemplo, o fonema /sssss/ pode ser representado pelas seguintes letras ou encontro delas: c (antes de e e de i): certo, paciência, acenar. ç (antes de a, de o e de u): caçar, açucena, açougue. s: salsicha, semântica, soçobrar. ss: passar, assassinato, essencial. sc: nascer, oscilar, piscina. sç: nasço, desço, cresça. xc: exceção, excesso, excelente. xs: exsudar, exsicar, exsolver. x: máximo.

Slide 5: • Os sons da fala resultam quase todos da ação de certos órgãos sobre a corrente de ar vinda dos pulmões. Para a sua produção, três condições são necessárias: 6) A corrente de ar; 7) Um obstáculo para a corrente de ar; 8) Uma caixa de ressonância. Caixa de Ressonância: • - Faringe; - Boca (ou cavidade bucal): os lábios, os maxilares, os dentes, as bochechas e a língua; - Fossas nasais (ou cavidade nasal).

Slide 6: Órgãos respiratórios: Pulmões, brônquios e traquéia; • • Laringe (onde estão as pregas vocais); • Cavidades supralaríngeas: faringe, boca e fossas nasais.

Slide 7: • O ar chega à laringe e encontra as pregas vocais, que podem estar retesadas ou relaxadas. •Pregas vocais retesadas vibram, produzindo fonemas sonoros. •Pregas vocais relaxadas não vibram, produzindo fonemas surdos. S - Z

Slide 8: •Ao sair da laringe, a corrente de ar entra na cavidade faríngea, onde há uma encruzilhada: a cavidade bucal e a nasal. O véu palatino é que obstrui ou não a entrada do ar na cavidade nasal M - B

Slide 9: • Sons formados pela vibração das pregas vocais e modificados segundo a forma das cavidades supralaríngeas. • Não há obstáculo para a saída do ar, a não ser as pregas vocais. • As vogais são a base da sílaba. Não há sílaba sem vogal, e cada sílaba só pode ter uma vogal. • As consoantes são obstáculos à corrente de ar (só existem junto de uma vogal).

Slide 10: • 5 Letras vogais: • 12 Fonemas vocálicos: a, e, i, o, u. • Vogal aberta: a •Vogais semi-abertas: é, ó • Vogais semifechadas: ã, ê, ẽ, ô, õ •Vogais fechadas: i, ĩ, u, ũ • Nas vogais nasais, a corrente de ar flui em parte pela cavidade bucal, em parte pela nasal. Representam-se, na escrita, pelas cinco letras vogais, seguidas de m ou de n, ou com til, ou ainda seguidas de nh.

Slide 11: Vogais Médias Posteriores Elevação Articulação Anteriores ou velares ou da ou palatais Timbre centrais (velar = véu) língua i ĩ u ũ Fechadas + alta â=ã ôõ ẽ ê Semifechadas + - alta é ó Semi-abertas + - baixa a aberta + baixa Reduzidas: as vogais átonas e e o no final das palavras.

Slide 12: Semivogais Fonemas vocálicos com duração de som menor que a das vogais e que nestas se apóiam para constituir sílaba. Representação Representação Letras Fonemas gráfica fonética boi boy e i /y/ pães pãys cão kãw o u /w/ touro towro cantam kãtãw m* /y/ e /w/ sentem sẽtẽy n* /y/ hífen ifẽy * São semivogais somente nos encontros am, em e en , em final de palavra.

Slide 13: • 18 letras consoantes: b, c, d, f, g, h, j, l, m, n, p, q, r, s, t, v, x, z. • 19 fonemas consonantais: /b/, /k/, /s/, /d/, /f/, /g/ (gue), /j/, /l/, /lh/, /m/, /n/, /nh/, /p/, /r/, /R/, /t/, /v/, /x/, /z/.

Slide 14: • Cada som consonantal representa única e exclusivamente um fonema. Para pronunciá-lo, não se deve terminar por um som de vogal. Por exemplo, a consoante B, que é bilabial, deve ser realizada juntando os lábios e imaginando que soprará o ar para fora da cavidade bucal, não o fazendo, no entanto.

Slide 15: Consoantes Fonemas Ocorrências b /b/ ba, be, bi, bo, bu, bla, bra..., ab, eb... c /k/ e /s/ ca, co, cu , cla, cra..., ac, ec... / ce, ci d /d/ da, de, di, do, du, dla, dra..., ad, ed... f /f/ fa, fe, fi, fo, fu, fla, fra..., af, of g /g/ (gue) /j/ ga, go, gu, gla, gra... , ag, ig... / ge, gi h sem fonema ha, he, hi, ho, hu j /j/ ja, je, ji, jo, ju l /l/ la, le, li, lo, lu / al, el, il, ol, ul m /m/ ma, me, mi, mo, mu n /n/ na, ne, ni, no, nu p /p/ pa, pe, pi, po, pu, pla, pra... / ap, ep... q /k/ qua, qüe, que, qüi, qui, quo r /r/ e /R/ ara, era, ira..., ar, er, ir... / arra, erra, irra... / Ra, Re, Ri... s /s/ e /z/ Sa, Se, Si... , assa, asse, assi..., as, es, is... / asa, ase, asi... t /t/ ta, te, ti, to, tu, tla,tra..., at, et... v /v/ va, ve, vi, vo, vu x /s/ /z/ /ks/ e /x/ máximo, exame, fixo, mexer z /z/ e /s/ aza, aze, azi... / ..az, ...ez, ...iz, ...oz, ...uz

Slide 16: /m/ e /n/: São consoantes apenas em início de sílaba: mato, neto. No final das sílabas são simples sinais de nasalização: Canto = kãto Sentar = sẽtar Cinto = sĩto Encontro = ẽkõtro Nunca = nũka • Nos encontros am, em e en, em final de palavras, m e n são semivogais.

Slide 17: Consoantes Papel das cavidades bucal e nasal Orais Nasais /p/ /b/ /t/ /d/ /k/ /g/ /f/ /v/ /m/ /n/ /nh/ /s/ /z/ /x/ /j/ /l/ /lh/ /r/ /R/ • Nasais: A corrente de ar ressoa tanto pela cavidade bucal quanto pela nasal. • Orais: A corrente de ar ressoa somente pela cavidade bucal

Slide 18: Consoantes Modo de articulação Constritivas Oclusivas Fricativas Laterais Vibrantes /p/ /b/ /f/ /v/ /l/ /r/ /t/ /d/ /s/ /z/ /lh/ /rr/ /k/ /g/ /x/ /j/ • Oclusivas: O obstáculo à corrente do ar é total, ou seja, não há a saída do ar. • Constritivas: O obstáculo é parcial, ou seja, há a saída do ar. Fricativas: O ar sai em fricção; Laterais: O ar sai pelos cantos da boca; Vibrantes: Ocorre a vibração da língua ou do véu palatino.

Slide 19: Consoantes Papel das pregas vocais Surdas (sem vibração das p. vocais) Sonoras (com vibração) /b/ /d/ /g/ /p/ /v/ /t/ /z/ /k/ /j/ /f/ /l/ /s/ /lh/ /x/ /r/ /R/ /m/ /n/ /nh

Slide 20: Consoantes Ponto de articulação Bilabiais labiodentais linguodentais alveolares palatais velares /l/ /lh/ /p/ /s/ /k/ /f/ /t/ /nh/ /b/ /z/ /R/ /j/ /v/ /d/ /m/ * /n/ /g/ /x/ /r/ * Eis o motivo de se usar m antes de p e de b: são as três consoantes bilabiais.

Slide 21: Consoantes • Bilabiais: Fechamento dos lábios; • Lábiodentais: Contato do lábio inferior com os dentes incisivos superiores; • Linguodentais: Contato da língua com os dentes superiores; • Alveolares: Contato do dorso da língua com a parte anterior do “céu da boca”, chamado de alvéolo; • Palatais: Contato do dorso da língua com a parte posterior do “céu da boca”, chamado de palato. • Velares: Aproximação da parte posterior da língua com o véu palatino.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Palco - Gilberto Gil

camrykilo

Jane Duboc - Todo azul do mar.

fernandoat20

The S.O.S. Band - DO IT NOW!

Calicard

Obrigado pela visita.

Vídeos educativos história do Brasil colônia 3 vídeos.

camargooo


Nesta tela virtual você encontrará a hstória do Brasil colônia. Feitas em 3 partes.
para ter acesso basta clicar no menu. Obrigado por sua visita.

Qual era o objeto de estudo de Karl Marx?


Marx inicia a exposição sobre o método da seguinte maneira: "Quando estudamos um dado país do ponto de vista da Economia Política, começamos por sua população, divisão de classes, sua repartição entre cidade e campo, na orla marítima; os diferentes ramos de produção, a exportação e a importação, a produção e o consumo anuais, os preços das mercadorias, etc. Parece que o correto é começar pelo real e pelo concreto, que são a pressuposição, que são a base e o sujeito do ato social de produção como um todo."Mas aquilo que aparentemente parece o correto, revela-se depois de uma "observação mais atenta" completamente falso isto porque: "A população é uma abstração, se desprezarmos, por exemplo, as classes que a compõem. Por seu lado, estas classes são uma palavra vazia de sentido se ignorarmos os elementos em que repousam, por exemplo: o trabalho assalariado, o capital, etc. Estes supõem a troca, a divisão do trabalho, os preços etc." ... "assim, se começarmos pela população, teríamos uma representação caótica do todo, e através de uma determinação mais precisa, através de uma análise, chegaríamos a conceitos cada vez mais simples; do concreto idealizado passaríamos a abstrações cada vez mais tênues até atingirmos determinações as mais simples."
Fonte yahoo!respostas:

Momento de reflexão. Apesar dos problemas...


Apesar dos nossos próprios problemas...
*Mago da Luz(autor).

Dois homens, ambos gravemente doentes, estavam no mesmo quarto de Hospital. Um deles podia sentar-se na sua cama durante uma hora, todas as tardes, para que os fluidos circulassem nos seus pulmões. A sua cama estava junto da única janela do quarto.O outro homem tinha de ficar sempre deitado de costas. Os homens conversavam horas a fio. Falavam das suas mulheres, famílias, das suas casas, dos seus empregos, dos seus aeromodelos, onde tinham passado as férias... E todas as tardes, quando o homem da cama perto da janela se sentava, passava o tempo a descrever ao seu companheiro de quarto todas as coisas que conseguia ver do lado de fora da janela.O homem da cama do lado começou a viver à espera desses períodos de uma hora, em que o seu mundo era alargado e animado por toda a atividade e cor do mundo do lado de fora da janela. A janela dava para um parque com um lindo lago. Patos e cisnes, chapinhavam na água enquanto as crianças brincavam com os seus barquinhos.

Jovens namorados caminhavam de braços dados por entre as flores de todas as cores do arco-íris. Árvores velhas e enormes acariciavam a paisagem e uma tênue vista da silhueta da cidade podia ser vislumbrada no horizonte.Enquanto o homem da cama perto da janela descrevia isto tudo com extraordinário pormenor, o homem no outro lado do quarto fechava os seus olhos e imaginava as pitorescas cenas.Um dia, o homem perto da janela descreveu um desfile que ia a passar.Embora o outro homem não conseguisse ouvir a banda, conseguia vê-la e ouvi-la na sua mente, enquanto o outro senhor a retratava através de palavras bastante descritivas.Dias e semanas passaram. Uma manhã, a enfermeira chegou ao quarto trazendo água para os seus banhos, e encontrou o corpo sem vida o homem perto da janela, que tinha falecido calmamente enquanto dormia. Ela ficou muito triste e chamou os funcionários do hospital para que levassem o corpo.

Logo que lhe pareceu apropriado, o outro homem perguntou se podia ser colocado na cama perto da janela. A enfermeira disse logo que sim e fez a troca. Depois de se certificar de que o homem estava bem instalado, a Enfermeira deixou o quarto. Lentamente, e cheio de dores, o homem ergueu-se, apoiado no cotovelo, para contemplar o mundo lá fora. Fez um grande esforço e lentamente olhou para o lado de fora da janela que dava, afinal, para uma parede de tijolo!O homem perguntou à enfermeira o que teria feito com que o seu falecido companheiro de quarto lhe tivesse descrito coisas tão maravilhosas do lado de fora da janela. A enfermeira respondeu que o homem era cego e nem sequer conseguia ver a parede. Talvez quisesse apenas dar-lhe coragem...

Moral da História:

Há uma felicidade tremenda em fazer os outros felizes, apesar dos nossos próprios problemas. A dor partilhada é metade da tristeza, mas a felicidade, quando partilhada, é dobrada. Se te queres sentir rico, conta todas as coisas que tens, que o dinheiro não pode comprar. MAGO DA LUZ





* Mago da Luz é um amigo virtual que participa ativamente do Yahoo!respostas.

Valeu amigo soteropolitano

Normas dos cursos de pós-graduação lacto sensu




MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO
CÂMARA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR
RESOLUÇÃO N° 1, DE 8 DE JUNHO DE 2007 (*)
Estabelece normas para o funcionamento de cursos de pósgraduação
lato sensu, em nível de especialização.
O Presidente da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de
Educação, no uso de suas atribuições legais, tendo em vista o disposto nos arts. 9º, inciso VII,
e 44, inciso III, da Lei n° 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e com fundamento no Parecer
CNE/CES n° 263/2006, homologado por Despacho do Senhor Ministro da Educação em 18
de maio de 2007, publicado no DOU de 21 de maio de 2007, resolve:
Art. 1° Os cursos de pós-graduação lato sensu oferecidos por instituições de
educação superior devidamente credenciadas independem de autorização, reconhecimento e
renovação de reconhecimento, e devem atender ao disposto nesta Resolução.
§ 1° Incluem-se na categoria de curso de pós-graduação lato sensu aqueles cuja
equivalência se ajuste aos termos desta Resolução.
§ 2° Excluem-se desta Resolução os cursos de pós-graduação denominados de
aperfeiçoamento e outros.
§ 3° Os cursos de pós-graduação lato sensu são abertos a candidatos diplomados
em cursos de graduação ou demais cursos superiores e que atendam às exigências das
instituições de ensino.
§ 4° As instituições especialmente credenciadas para atuar nesse nível educacional
poderão ofertar cursos de especialização, única e exclusivamente, na área do saber e no
endereço definidos no ato de seu credenciamento, atendido ao disposto nesta Resolução.
Art. 2° Os cursos de pós-graduação lato sensu, por área, ficam sujeitos à avaliação
dos órgãos competentes a ser efetuada por ocasião do recredenciamento da instituição.
Art. 3° As instituições que ofereçam cursos de pós-graduação lato sensu deverão
fornecer informações referentes a esses cursos, sempre que solicitadas pelo órgão
coordenador do Censo do Ensino Superior, nos prazos e demais condições estabelecidos.
Art. 4° O corpo docente de cursos de pós-graduação lato sensu, em nível de
especialização, deverá ser constituído por professores especialistas ou de reconhecida
capacidade técnico-profissional, sendo que 50% (cinqüenta por cento) destes, pelo menos,
deverão apresentar titulação de mestre ou de doutor obtido em programa de pós-graduação
stricto sensu reconhecido pelo Ministério da Educação.
Art. 5° Os cursos de pós-graduação lato sensu, em nível de especialização, têm
duração mínima de 360 (trezentas e sessenta) horas, nestas não computado o tempo de estudo
individual ou em grupo, sem assistência docente, e o reservado, obrigatoriamente, para
elaboração individual de monografia ou trabalho de conclusão de curso.
Art. 6° Os cursos de pós-graduação lato sensu a distância somente poderão ser
oferecidos por instituições credenciadas pela União, conforme o disposto no § 1° do art. 80 da
Lei n° 9.394, de 20 de dezembro de 1996.
Parágrafo único. Os cursos de pós-graduação lato sensu oferecidos a distância
deverão incluir, necessariamente, provas presenciais e defesa presencial individual de
monografia ou trabalho de conclusão de curso.
(*) Resolução CNE/CES 1/2007. Diário Oficial da União, Brasília, 8 de junho de 2007, Seção 1, pág. 9.
Art. 7° A instituição responsável pelo curso de pós-graduação lato sensu expedirá
certificado a que farão jus os alunos que tiverem obtido aproveitamento, segundo os critérios
de avaliação previamente estabelecidos, sendo obrigatório, nos cursos presenciais, pelo
menos, 75% (setenta e cinco por cento) de freqüência.
§ 1° Os certificados de conclusão de cursos de pós-graduação lato sensu devem
mencionar a área de conhecimento do curso e serem acompanhados do respectivo histórico
escolar, do qual devem constar, obrigatoriamente:
I - relação das disciplinas, carga horária, nota ou conceito obtido pelo aluno e
nome e qualificação dos professores por elas responsáveis;
II - período em que o curso foi realizado e a sua duração total, em horas de efetivo
trabalho acadêmico;
III - título da monografia ou do trabalho de conclusão do curso e nota ou conceito
obtido;
IV - declaração da instituição de que o curso cumpriu todas as disposições da
presente Resolução; e
V - citação do ato legal de credenciamento da instituição.
§ 2° Os certificados de conclusão de cursos de pós-graduação lato sensu, em nível
de especialização, na modalidade presencial ou a distância, devem ser obrigatoriamente
registrados pela instituição devidamente credenciada e que efetivamente ministrou o curso.
§ 3° Os certificados de conclusão de cursos de pós-graduação lato sensu, em nível
de especialização, que se enquadrem nos dispositivos estabelecidos nesta Resolução terão
validade nacional.
Art. 8° Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, ficando
revogados os arts. 6°, 7°, 8°, 9°, 10, 11 e 12 da Resolução CNE/CES n° 1, de 3 de abril de
2001, e demais disposições em contrário.
ANTÔNIO CARLOS CARUSO RONCA

O professor entre o sábio e o erudito.



O professor entre o sábio e o erudito*.

Luis Filipe Ribeiro

Universidade Federal Fluminense (UFF)
Ao aceitar a participação nesta mesa, aceitei o desafio de meter-me em searas onde nem os grandes conseguiram jamais luzes definitivas. Não me tomem, por favor, por presumido; apenas e modestamente gosto de ser desafiado, quando menos, para testar minha ousadia e poder exercitar a embriaguês dos limites.Algumas das perguntas aqui colocadas poderiam ter respostas aparentemente simples. Seria o conhecido recurso ao lugar-comum que, nada explicando, tudo explica.Tentarei fugir a esse caminho tentador, arriscando, entretanto, entediá-los ao longo da reflexão que me vejo conduzido a desenvolver.Creio não haver melhor escolha que atacar, de saída, o que mais me assusta: a questão de estabelecer o que se entende, aqui, por saber. Não me são de grande valia os dicionários ou enciclopédias. Vejamos alguns exemplos. O nosso indispensável Aurélio nos diz:
“19. Erudição, sabedoria. 20. Prudência, tino, sensatez. 21. Experiência, prática. 22. Bras RJ O anel de grau das professoras primárias.”
O bom e velho Caldas Aulete não avança muito mais:
“ciência, doutrina, soma de conhecimentos humanos; (fig.) prudência, sensatez, experiência adquirida pelo grande trato social; estado de adiantamento, conhecimentos adquiridos, ilustração.”
Se recorro ao Petit Robert, talvez algumas pistas se apresentem:
“Conjunto de conhecimentos mais ou menos sistematizados, adquiridos por uma atividade mental constante; Estado do espírito que sabe; relação entre o sujeito e o objeto do pensamento, cuja verdade aquele admite (por razões intelectuais e comunicáveis)”
Mas, talvez seja, na Enciclopédia Multimeios Hachette, que mais alguns traços se deixem ver:
“Conjunto de conhecimentos, de informações adquiridas. (Filos.) Conjunto estruturado de conhecimentos ou conjunto dos conhecimentos. O saber se opõe à ignorância ( o não-saber não é o erro), à opinião e à crença.”
A Enciclonet, obra de existência virtual, como o nome denuncia, nos dá outra aproximação: “Conocimiento profundo de cualquier disciplina científica o humanística”.Curiosamente, a língua inglesa, tão pródiga em palavras de origem latina, não recolhe a raiz de saber, aliás, vinculada estreitamente ao sabor. Ali usa-se knowledge , cuja tradução mais adequada em Português parece ser a de conhecimento.Todas essas aproximações parecem apontar para uma invariante: conjunto de conhecimentos. Ora, se o saber for tomado como conjunto de conhecimentos, será reduzido a muito pouco. Uma enciclopédia seria então um repositório de saber à disposição de quem dela viesse a fazer uso. Quanto mais leitura, tanto mais saber. É curial que esta afirmação não condiz com o mínimo bom senso e não é a esse saber que os organizadores deste evento estavam se referindo ao proporem esta mesa.Até porque, Augusto Meyer — meu inesquecível professor e poeta de monta — em seu Poemas da Bilu —nos oferece esta pérola:
Vai tocando: o teu destino foi gravado na areia. Tudo é poema, criança. Você não sabe nada, felizmente:saber é saber que não se sabe.
O singelo da expressão nos faz recordar o que, desde a antiga Grécia se tinha por horizonte: o saber está ligado à consciência da ignorância. Se assim é, ou deveria ser, conceituar o saber como soma, conjunto de conhecimentos é reduzir o movimento à estática, o processo à ritual imobilidade dos cemitérios. Quer-me parecer que devo aqui ater-me à noção de processo. Saber, agora como verbo, é movimento perene, é um incessante buscar. Não tem forma, tem objetivos. Não é mensurável, é transbordar.Assim, o sentido comum, cujo estuário erudito são os dicionários e enciclopédias, ajudou-nos a ver o quanto uma visão deformada e preconceituosa oculta o lado mais fascinante do saber: o seu lado de movimento incessante de descoberta. Mais ainda, o sentido comum apossou-se do saber para transformá-lo em coisa, de forma a poder quantificá-lo e, assim, colocá-lo no rol daquilo que tem preço, peso e medida. Poder domesticá-lo e enquadrá-lo; pois é próprio do pensamento conservador o horror ao movimento. Se saber é verbo, trata de transformá-lo em substantivo. Sabe-se que o próprio do substantivo é dar nome a coisas e seres. O movimento existe e, existindo, não pára. Só será coisa quando se extingüir ou perder a razão de transformar-se. E tal processo é comum, pelo menos nas nossas línguas ocidentais. Não transformamos a maravilha de beijar, em insosso substantivo beijo? Quem prefere o beijo ao beijar? Melhor o jogo que o jogar?Difícil a tarefa de quem crê no movimento de expressar-se em línguas que tendem a tudo paralizar. Já não o denunciavam os pré-socráticos, ao afirmar que “ninguém pode banhar-se duas vezes no mesmo rio; pois nem o rio, nem o banhista serão os mesmos”?Assim, ao tentar agarrar o conceito de saber, deparo-me com uma enorme e invisível barreira epistemológica. Uma poderosa resistência inconsciente a considerá-lo movimento e busca; um convite a transformá-lo em quantidade mensurável e apropriável.Não posso, assim, falar do saber do professor. Talvez pudesse agarrar-me à tangente convidativa do conceito de sabedoria. Mas, ele também pode possibilitar a definição quantitativa. Seria transferir da área do genérico, para a área do singular o mesmo problema. A sabedoria de uma pessoa poderia ser tomada como um conjunto de conhecimentos, uma soma de informações. E, evidentemente, não é disso que se trata.Sir Richard Burton, naturalista inglês que viveu longos anos no Brasil do século XIX, oferece-nos uma bela reflexão:
Há quatro espécies de homens: 0 que não sabe e não sabe que não sabe: é tolo - evita-o;0 que não sabe e sabe que não sabe: é simples - ensina-o;0 que sabe e não sabe que sabe: ele dorme - acorda-o;0 que sabe e sabe que sabe: é sábio - segue-o.
A sabedoria aqui está pensada como uma qualidade complexa que não encontra explicações na mera acumulação. Entre um erudito e um sábio há mais distância do que entre a terra e a lua. O erudito é um colecionador, é um pão-duro intelectual: tudo acumula, para gastar com muita morigeração. O sábio não acumula, o sábio transforma. Devolve multiplicado o pão que o alimentou. É a este que devemos o que conseguimos entender do mundo. Ao erudito devemos o horror das nossas provas escolares, em que os malabarismos da memória passiva só conseguem ser maiores do que a desinformação final conseguida.Nosso currículos escolares são a mais evidente prova de que a educação, entre nós, foi sempre entendida como a preparação do erudito. Machado de Assis, em seu inesquecível A Teoria do Medalhão, que nos auxilie. O pai prestimoso, ao ensinar o filho as regras do mundo, faz-lhe ver que o sucesso está na razão direta da vacuidade intelectual, expressa através lugares comuns e chavões que têm o mérito de nada dizer, aparentando dizê-lo e bem.Aprendemos aqui, neste país infeliz, que a escola é onde se aprendem as matérias. Matérias que devem ser conhecidas de cor e salteado. Para quê, nunca se sabe. Elas fazem um pouco o mesmo papel daquilo que chamo de cultura da Rádio Relógio Federal. Lá se liam, e constantemente, as famosas perguntas “você sabia?” . Por exemplo, “você sabia que as moscas batem as asas tantas mil vezes por minuto?”. Não sabê-lo era marca de ignorância. E sabê-lo significava o quê? Sabia-se mais sobre o mundo? A oferta de uma informação de corte científico, descontextualizada de uma prática científica, não significa nada. É informação vazia que só pode satisfazer ao colecionador, tipo retentivo já bastante estudado pela psicanálise. Ao erudito tal informação vale sempre com arma. Não como conhecimento. Quem não se lembra do delicioso romance de Clarice Lispector, A hora da estrela, em que o pedreiro Olímpico humilhava a pobre Macabéia, exatamente com apontar-lhe a ignorância por não saber aquilo que ele colecionava, ouvindo seu radinho de pilha na mesma Rádio Relógio?O sábio não sabe; quem sabe é o erudito. Claro está que os dois têm funções em nossa sociedade. Diferenciadas, mas funções. O erudito de confirmar o já sabido, dando-lhe o tom de verdade definitiva. O sábio de questionar o já sabido, buscando relativizar o sabido, em busca de mais saber. O erudito é um beato — e deles tenho medo!. O sábio, um agnóstico. O beato, cheio de certezas, é sempre capaz de “prender e arrebentar”, em nome de suas próprias e definitivas verdades — e ai de quem delas duvidar!. O sábio só sabe, e pobremente, ter dúvidas. Não se espere deles a confirmação do mundo, até porque crêem que ele não está em movimento, mas é o próprio movimento. E como colocar tal movimento em gaiolas conceituais?Lévi-Strauss, antropólogo e etnólogo francês que ajudou a construir a USP, já nos alerta que: 0 sábio não é o homem que fornece as respostas verdadeiras; é o que formula as perguntas verdadeiras.Parece ser, então, que, retomando nosso tema inicial, seja desejável que, ao referir-me ao professor, não fale de seu saber nem de sua sabedoria. Prefiro desejar que ele se torne, na medida de suas possibilidades, um sábio entre sábios. Para isso é necessário despir o conceito de sua indumentária formal e engessada. Entre nós sábio é adjetivo atribuível a um número escasso de seres humanos, agraciados ou bafejados com a auréola da sapiência, numa homenagem, outra vez, à quantificação do saber. É um pobre conceito este! Ele redunda o sucesso mundano dos meios de comunicação, atribuindo a cada um os seus quinze minutos de glória. Não falo desse sábio, figura mundana e visível; escassa e discutível. A glória midiática não significa a presença do sábio, tal e como aqui o estamos tomando. Não se precisa ser um luminar - origem de toda a luz! — para se ser um sábio. É necessária, antes de mais, a humilde curiosidade de quem sempre quer saber mais e mais, não em quantidade, mas em qualidade e entendimento. Sábio é quem quer aprender, quem não se contenta com a conhecimento já feito e aprovado, quem não teme os limites.Minha figura mítica, aqui, é indiscutivelmente a do Fausto. Seja a personagem, mais conhecida, de Goethe; seja o de Cristopher Marlowe; seja o da versão de Spiess, na Frankfurt do século XVI; qualquer uma delas atende à minha expectativa. O Fausto, demonizado, pela igrejas de plantão, pelos sábios canonizados, pela boa sociedade, este Fausto tudo o que ele deseja é conhecer. Conhecer além dos medíocres limites da escolástica dominante; conhecer, sem pedir licença a ninguém, muito menos aos poderosos de então; conhecer não para publicar e brilhar, mas para satisfazer uma fome de entendimento inesgotável. Este Fausto, para poder ultrapassar os limites estabelecidos, arrisca-se a tudo. Diz a lenda que vendeu a alma ao demônio. É verdade. Vendeu-a para poder vencer as barreiras, de outra forma inexpugnáveis. Mas, pensando-se bem, o que Fausto vendeu? De onde nos vem a certeza de que ele era cristão? Quem diz que acreditava em sobrevivência da alma? Quem diz que era dono e senhor do pensamento que gerava e o gerava? Vendeu ele realmente alguma coisa?Prefiro vê-lo como o patrono dos agnósticos modernos, vendendo a um demo de fancaria um nada, como merecem todos os que fazem da vida um mero acúmulo de bens e riquezas.Mas, tendo vendido ou não sua alma, o Fausto que retenho é o da coragem intelectual. Nada se consegue com a obediência aos poderes deste mundo. Obedecer ao existente é condenar-se ao já sabido, é aceitar as verdades já prontas e embaladas para o consumo. Todo sábio é um irreverente; é a própria encarnação da desobediência. Não haverão as academias de entronizá-los, senão post-mortem, quando já não oferecem o mesmo perigo. Não serão figuras do mundo, nem terão as benesses do poder. Esses sábios são a expressão invisível do processo de conhecimento e do progresso de todas as sociedades.Terá sido um mero acaso Erasmo de Rotterdam, no seu insuperável O Elogio da Loucura, haver dito:Convida um sábio a jantar: perturbará por um frio silêncio ou por perguntinhas molestas. ?É este padrão, é esta referência de sábio, é esta dimensão fáustica que desejaria, hoje, poder atribuir aos professores que me ouvem.Não, não é tarefa de vocês ajudar a fazer ver o mundo como ele já é; transmitir, como correias de alimentação, os saberes prontos e embalados. Isto seria trabalhar com o saber, na dimensão que tentamos criticar.Hoje, numa sociedade midiática, não cabe à escola redistribuir a informação. Nunca foi, na verdade. Mas, hoje em dia, especialmente, não tem a escola como competir com outros meios, muito mais poderosos, na distribuição dos conhecimentos já conseguidos. Com a televisão, com o cinema e, em especial, com a Internet, não vejo como a escola possa competir na busca de conhecimentos, nem na sua impressionante atualização. Li, há tempos, um artigo de um ensaísta japonês, em que ele afirmava que a quantidade de informações disponíveis na Internet dobra a cada quarenta dias. Se assim é, e aceito a afirmação sem questioná-la, por confessada incapacidade de provar algo diferente, não temos nós como competir com essa máquina fantástica.Mas é nosso papel, sim, o de processar e analisar a informação. De ajudar nossos alunos a entenderem que as verdades se fazem e desfazem, num processo de permanente crítica e superação. O que hoje é verdade, amanhã será erro. Nem outro é o processo da história do conhecimento. Não é errado afirmar que a terra é o centro do sistema do universo. Durante séculos esta foi a verdade básica sobre o mundo. Verdade tão verdadeira quanto as demais que com ela constituíam sistema. Errado seria afirmá-la hoje, quando outra e melhor resposta foi elaborada a partir de Nicolau Copérnico e Galileu Galilei. O erro de hoje foi a verdade de ontem.Assim temos que nos preparar para a tarefa de trabalhar com as informações e de ajudar nossos alunos a buscarem-na onde e quando os meios as tornem possíveis. E a tarefa crítica exige o sábio e é inalcançável para o erudito. Não é mais possível trabalhar acumulando e repassando informações que, com a velocidade que os conhecimentos são elaborados em nossos dias, estarão superadas a curto prazo. Não nos cabe mais criar alunos acumuladores, não devemos mais estimular a erudição balofa que nos propõem os chamados livros didáticos.Hoje é preciso mais que saber uma informação, saber para que serve, em que contexto pode ter validade, em que condições foi criada. Necessitamos formar sábios, pessoas capazes de duvidar, de ousar, de romper as barreiras que nós mesmos criamos nas nossas salas de aula. Hoje, só o estímulo à desobediência faz sentido no campo intelectual. Caso contrário, estaremos criando uma geração igual à nossa, desprovida de um discurso próprio diante dos desmazelos do poder e que vive um doloroso paradoxo: frente a um governo desmoralizado e desprestigiado, não consegue levantar uma proposta de oposição confiável e elegível. Espero que nossos alunos possam ser no futuro o que não conseguimos ser no presente. Sábios capazes de duvidar e de propor; de ousar e de negar evidências; de construir mundos possíveis e lutar por implementá-los na superfície ingrata da História.Perguntam-me também sobre a valorização do saber do professor. Atenho-me ao argumento neo-liberal: o mercado dirá. E o tem dito com uma crueldade ímpar. Por mais que a minha avaliação seja outra, e seguramente é, nada posso fazer contra as réguas do sistema dominante, neste aspecto. Os professores são desvalorizados porque transformaram-se e foram transformados em simples correias de transmissão. Parte do movimento do sistema, ainda mesmo quando pessoalmente rebelem-se contra ele, tornaram-se peças substituíveis e renováveis no processo de treinamento da mão-de-obra obediente e disciplinada que não almeja mais que as migalhas materiais, as sobras do jantar alheio. Quando transformarem-se em sábios, sempre no sentido aqui defendido, capazes de demonstrar à sociedade, e não aos poderes constituídos, a sua importância e a sua imprescindível existência, serão valorizados por outra régua que a do mercado ao qual estão hoje escravizados. Só a sociedade civil poderá avaliar a nossa importância. E isto no dia em que deixemos de olhar para o nosso próprio umbigo e possamos dizer à sociedade para que efetivamente servimos. Enquanto nos contentarmos em preparar os alunos para o vestibular, acumulando informações superadas e improcedentes, mas com prazo de validade vigente nessa seara, nossa valorização será esta. Pequenos robôs semi-inteligentes a serviço de um sistema perverso.Quando nossa atividade deslocar-se desse eixo, para transformar-se numa nova pedagogia, a pedagogia da rebeldia intelectual, da desobediência aos padrões estabelecidos e esvaziados, da ousadia e da criação, da busca e da descoberta, da aventura e da transformação, aí então seremos valorizados. Não esperem, entretanto, a valorização econômica e financeira. Nenhum sistema social até hoje enriqueceu seus professores; este é um privilégio dos áulicos. É a paga dos serviçais de luxo. Vejam como se vestem bem os nossos economistas oficiais!Mas o reconhecimento que buscamos, lamentavelmente, não será muito diferente daquele merecido por Sócrates, nem do destino de Fausto. Aos desobedientes, que criaram civilização, o castigo de Prometeu, o suplício de Tântalo, a perdição de Fausto, a cicuta de Sócrates.Que mais se pode pedir, numa sociedade cuja glória maior é a obediência aos poderes, a prostituição de luxo, a corrupção sistêmica e a lama da alma dos nossos dirigentes?
Rio de Janeiro, 21 de maio de 2001.
* Conferência pronunciada no III Encontro de Profissionais de Ensino por ocasião da X Bienal Internacional do Livro, Rio de Janeiro 17 a 27 de maio de 2001, subordinada à seguinte temática: "Quanto vale o professor ? O saber docente e sua valorização objetiva e subjetiva O que é o saber? Como é qualificado e valorizado o saber do professor? Que tipo de reconhecimento esperamos atualmente ? Quais as suas compensações objetivas e subjetivas?"
Luis Filipe Ribeiro é professor de Teoria da Literatura e de História e Literatura da Universidade Federal Fluminense. É Doutor em História e Mestre el Letras. É autor de Mulheres de Papel: um estudo do imaginário em José de Alencar e Machado de Assis (Eduff, 1996) e Geometrias do Imaginário (Laiovento, 2000). Dirige e edita a Revista Brasil de Literatura [http://members.tripod.com/~lfilipe] e a RBL Editora [http://www.rbleditora.com], ambas virtuais.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Bebeto - A beleza é você, menina

digorom

Ensino de História Local, um desafio para os professores



A preservação da memória sempre foi um desafio para o historiador e para os educadores, comprometidos com a disseminação e construção do conhecimento histórico. A memória muitas vezes se perde quando não se dá a devida atenção à documentação, aos monumentos e aos costumes locais. No caso específico de Leopoldina (MG), a história da cidade se resume a um punhado de recortes e anotações que ficam a disposição de alunos da rede escolar municipal. Todos os anos os professores pedem que os alunos façam pesquisas sobre a história da cidade e é sempre o mesmo material que aparece reproduzido. Mas será que a história da nossa cidade se resume a apenas isto?Onde estão nossos mais de 150 anos de documentação? Onde está o relato das experiências de nossos avós e bisavós? Será que damos a devida atenção ao nosso patrimônio material e humano? Aí se apresenta o grande desafio do educador: como ensinar História do Município quando faltam dados concretos e material de pesquisa?Em municípios maiores da Zona da Mata, como Juiz de Fora, cidade universitária, existem centros como o "Espaço Murilo Mendes", a Biblioteca "Murilo Mendes", o Museu Mariano Procópio, o Arquivo Histórico da UFJF, o Arquivo Histórico Municipal, dentre outros, que fornecem instrumentos e fontes para que seja produzido material historiográfico e que esse material possa ser utilizado pelas escolas, tanto da rede pública, quanto da rede privada. Esses mesmos espaços são abertos ao público em geral e, através de um trabalho de educação patrimonial, criam condições para que a história de Juiz de Fora seja não apenas resguardada, mas principalmente, partilhada com a comunidade.Infelizmente os cursos de licenciatura no interior da Zona da Mata não parecem preocupados com a formação do pesquisador. O professor e o historiador encontram-se em mundos diferentes. Esta postura conservadora nos leva à reprodução de um tipo de conteúdo tradicionalista e positivista nas salas de aula.Muitos dos professores da rede pública local foram formados nas universidades ou faculdades particulares e a maioria deles se afasta do ambiente acadêmico logo após a formatura. Se por um lado as universidades públicas privilegiam a formação dos bacharéis, as particulares dedicam-se à licenciatura, colocando o estímulo à pesquisa em segundo plano. O professor que atua na sala de aula acaba ficando desatualizado, enquanto que o pesquisador fica alheio às necessidades do ensino e às dificuldades dos jovens estudantes em assimilar o conhecimento histórico por eles produzido. Para Macedo, é necessário que haja um amplo diálogo entre universidade e escolas.[1]

Os desafios do professor do Ensino Fundamental


A escola, a que quem foi incumbida a tarefa de formar o cidadão, acaba esquecendo que a cidadania começa a partir da valorização do regional para então remeter-se ao nacional. A valorização da memória do município favorece o surgimento de um espírito crítico e comprometido com o bem comum.O professor que trabalha com as séries iniciais precisa introduzir as noções básicas de Português, Matemática, Ciências, História e Geografia a crianças que vêm de realidades sociais diversas e possuem ambientes familiares distintos. São lançadas a um mundo de símbolos e abstrações que difere do mundo concreto onde foram criadas até então. Elas têm que aprender a viver em grupo, a se socializarem fora do ambiente familiar ou comunitário e passar cerca de 4 horas por dia confinadas em um espaço limitado, o da sala de aula. O professor é seu guia nessa jornada. Mas ele está pronto para isso?Embora fala-se muito em renovação curricular, pudemos perceber que o ensino de História nas primeiras séries não sofreu grandes alterações. Na verdade, em Minas Gerais ele praticamente é o mesmo há mais de duas décadas, prendendo o professor a conceitos e métodos superados. Recorremos novamente a Fonseca:“os programas curriculares cumprem a tarefa de universalização do saber, difundido conhecimentos até certo ponto padronizados, definidos e selecionados na esfera competente – os especialistas das Secretarias de Educação.”[2]
Nesse sentido, o município é estudado nos dois último ano do 1o ciclo (3a e 4a séries), explorando seus aspectos físicos, econômicos, institucionais e históricos. A criança irá localizar-se dentro do seu Estado e do seu país; irá aprender a identificar a economia local, distinguir atividades como agricultura e comércio de forma mais complexa; irá entender como funciona, a grosso modo, as instituições políticas locais; e finalmente, terá contato com a História de seu município. No entanto, dá-se uma grande ênfase ao ensino de uma história voltada para a exclusão, para a alienação do educando. Uma história de conteúdo fragmentado que divide o território em grandes porções e que valoriza aspectos econômicos em detrimento dos aspectos humanos. Fala-se de população, como dado estatístico e não de povo, enquanto agente social.Mas entendemos que, da mesma forma como somos muitas vezes obrigados a adotar livros didáticos, que em geral são inadequados para o tipo de realidade na qual trabalhamos, e mesmo assim conseguimos transformar esse material em um instrumento positivo de ensino, explorando justamente suas deficiências, também podemos nos libertar da camisa de força que é o currículo. Podemos “desfragmentar” esse conhecimento e ir além daquela história que busca apenas introduzir as primeiras noções de socialização, mas uma história que a coloca como ser que participa de um todo maior, de um grupo amplo de pessoas que tem o estigma de serem cidadãos de um mundo ainda mais amplo e real do que a sua família, a sua escola, o seu bairro.
A valorização da História Local é o ponto de partida para esse processo de formação do cidadão, do agente histórico, pois ela irá romper com a noção de história que se prende apenas ao passado, aos grandes nomes e aos grandes feitos. Mas é preciso preparar o professor para isso.O educador consciente procura na criatividade uma forma de romper com os obstáculos que enfrenta no dia-a-dia. Mas ser criativo soluciona apenas uma parte do problema. É necessário um ambiente de trabalho adequado, com material, cursos e treinamentos constantes. Ë necessário que haja um constante acompanhamento desses professores, para que eles possam desenvolver suas capacidades. Entenda-se aqui por acompanhamento, um trabalho envolvendo especialistas e professores de outros ciclos, buscando a socialização de conhecimentos e experiências.

Algumas sugestões de trabalho

Acreditamos que o método de ensino através da pesquisa é, atualmente, uma das melhores formas de desenvolver no jovem estudante a capacidade de ordenar e criar conhecimento, tirando do professor o ônus de ser o “dono do saber”, fazendo com que ele se torne um orientador, que aprende e produz conhecimento junto com seus orientados. Deste modo a criança poderá organizar suas idéias e aprender através do debate e da descoberta.A pesquisa como forma de “criar” um novo conhecimento deve se sobrepor ao péssimo hábito de nossas escolas de estimular a simples clonagem de um conhecimento já existente. O desenvolvimento dessa habilidade deve começar junto com a aprendizagem escolar, ou seja, já no primeiro ano de escolarização. Segundo Knass:(...) o processo de aprendizagem confunde-se com a iniciação à investigação, deslocando a problemática da integração ensino-pesquisa para todos os níveis de conhecimento, mesmo o mais elementar. A pesquisa é assim entendida como o caminho privilegiado para a construção de autênticos sujeitos do conhecimento que se propõem a construir sua leitura de mundo.”[3]
É preciso, no entanto, que se crie uma estrutura mínima para que o professor possa desenvolver novas habilidades, facilitando assim o seu trabalho na sala de aula e o desempenho do educando. Para tanto, seria interessante o desenvolvimento de um trabalho de educação patrimonial dentro da rede municipal de Leopoldina.O primeiro passo para o desenvolvimento de um trabalho de educação patrimonial voltado para o ensino de História Local seria a apresentação do professor ao documento. Ele deverá entender que o documento é um importante instrumento de trabalho que pode ser utilizado de diversas formas na sala de aula. Os jornais, por exemplo. Dos mais antigos – que datam do século XIX – aos mais recentes, encarados como fontes de pesquisa para o professor e para o aluno. O professor deve entender que o documento deve ser trabalho de forma cooperativa, ou seja, junto com o aluno, não como um dado, mas como um instrumento de pesquisa através do qual ele e o aluno alcançarão junto o conhecimento. O trabalho com jornais pode variar desde a análise critica das notícias veiculadas e sua apresentação textual até a confecção de um jornal, pelos próprios estudantes. Trabalha-se também a interdisciplinaridade, através da leitura e da análise do documento, onde o professor poderá trabalhar a questão da evolução da lingua portuguesa, do comportamento social – como as relações afetivas e a violência, por exemplo -, a evolução da propaganda e dos meios de produção.As construções antigas da cidade são outro documento importante. Elas podem ser mapeadas juntos com os alunos, que podem investigar em seus bairros, os edifícios mais velhos, seus antigos donos e suas famílias. Eles podem recriar a cidade a partir de fotos antigas, através de um mapa ou através de uma maquete. Trabalhar com material concreto antecede à criação do conhecimento abstrato. Ele deve criar o hábito de relatar suas experiências e a valorizá-las como forma de registro histórico.Visitas guiadas são uma outra opção, extrapolando o ambiente formal da sala de aula. Elas podem ser realidades no próprio bairro, nas ruas centrais da cidade, incentivando o aluno a observar e a descrever o que vê. Uma visita ao cemitério, algo que pode parecer à primeira vista sem nexo, é uma atividade enriquecedora pois lá a criança poderá ter um contato mais íntimo com o passado. Entre túmulos e mausoléus ela irá observar obras de arte e até mesmo verificar como mesmo as homenagens aos mortos sofrem transformações com o tempo. Ela irá se deparar com túmulos de familiares e de pessoas que possuem o seu sobrenome e que viveram antes dela. Verá que até mesmo o cemitério, enquanto espaço do passado, está sujeito ao dinamismo do presente.Visitas à espaços culturais, no caso de Leopoldina, são problemáticas pois a rigor só existem dois: um mantido por um artista plástico local, o senhor Rafael Domingues Rosa , em homenagem ao poeta Augusto dos Anjos, outro criado recentemente pela Companhia Força e Luz Cataguases /Leopoldina, a “Usina Cultural”. Não existe nenhum museu na cidade nem mesmo um arquivo municipal organizado.A criança poderá explorar o universo da pesquisa, e descobrir que a História é dinâmica e que ela participa da história como sujeito. O professor por sua vez, terá que seguir todos os passos ao lado do estudante e aprender a criar o seu método. Algo simples e prático, mas que poucos fazem é o registro das experiências, mesmo daquelas não alcançaram os objetivos propostos, como referencial para futuros projetos. O planejamento bem feito oferece como retorno o enriquecimento não só do educando, mas sobretudo do educador.Um trabalho de educação patrimonial pode envolver toda a comunidade, mas deve começar pela escola. Um argumento normalmente utilizado pelas pessoas é de que no município - no caso de Leopoldina -, pouca gente sabe o que é cultura, o que é memória e, portanto, qualquer iniciativa nesse sentido estará fadada ao fracasso. Mas não é justamente a ausência desta consciência que deve orientar o trabalho de preservação?A escola deve educar para a vida desde bem cedo. O professor tem o direito e o dever de exigir que isso aconteça e deve aprender a se enxergar com elemento crucial para a formação do indivíduo que enxerga a sociedade como um espaço de realizações. Acreditamos no valor do trabalho do professor do Ensino Fundamental e, por acreditar nisso, tomamos a iniciativa de oferecer algumas sugestões de trabalho e levantamos algumas questões com relação ao sistema de ensino e aos vícios por ele reproduzidos.Defendemos o uso e o desenvolvimento da pesquisa e da história regional ou local como um forma de possibilitar que esse processo ocorra, de tirar da História o estigma de ser uma “matéria de descoberta”, mostrando que não basta apenas saber de cor os fatos para se saber história. Que a história se cria a cada momento.








[1] MACEDO, José Rivair. Algumas considerações em torno da pesquisa e do ensino de história. In: Qual história? Qual ensino? Qual cidadania? – Porto Alegre: ANPUH, Ed. Unisinos, 1997, p. 105-154.




[2] FONSECA, Selva Guimarães. Caminhos da História Ensinada _ Campinas, SP: Papirus, 1993., p. 65[3] KNASS, Paulo. Sobre a norma e o óbvio: a sala de aula como lugar de pesuisa. In. NIKITIUK, Sônio M. Leite (org). Repensando o ensino de História. – ed. – São Paulo, Cortez, 2001, p. 29-30.

Texto original publicado no IV Seminário Perspectivas do Ensino de História, 2001, Ouro Preto. Anais do IV Seminário Perspectivas do Ensino de História. , 2001, sob o título: Ensino de História Local, um desafio para os professores da Zona da Mata de Minas Gerais (o presente texto foi modificado e adaptado).

http://historiadoensino.blogspot.com/2007/06/o-ensino-da-histria-local-um-grande.html





Conversas sobre Didática,