sábado, 16 de agosto de 2008

ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL.


BASES TEÓRICAS DA ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL

Novas conquistas do pedagogo: a orientação educacional na área sócio-econômica

Solange Aparecida de O. Collares1

A sociedade atual ampliou o campo de atuação do Orientador Educacional para outros ambientes, como instituições não-escolares, onde se constata a sua importância em todos os segmentos organizados da sociedade, tornando-o o elo que conduz ao relacionamento interpessoal, com possibilidade de reflexão crítica dos indivíduos, tornando-os aptos ao convívio em sociedade. Parte-se do pressuposto da instabilidade no mundo de trabalho para a inserção do Pedagogo Habilitado em Orientação Educacional nas organizações, para atuar junto aos funcionários, encaminhando e reabilitando-os em funções condizentes com o seu conhecimento e o seu modo de ser e se relacionar com outras pessoas.

Nossa discussão abordará a atuação do pedagogo na orientação educacional da área sócio-econômica, destacando a importância do profissional desta área nas diversas organizações governamentais e não-governamentais, pois sua atuação faz-se necessária nesses meios, devido às mudanças e transformações do contexto sócio-econômico e político do mercado de trabalho. Trata-se de um campo em expansão no momento, no qual o indivíduo busca sentido no que faz.

A orientação educacional, ora restrita à área educacional, tem-se ampliado cada vez mais, sendo o objetivo desta análise demonstrar os novos campos de trabalho do pedagogo habilitado em orientação educacional no contexto social e a sua repercussão no meio político e econômico.

A função do orientador educacional vem sendo questionada ultimamente, como decorrência das transformações gradativas que ocorrem no âmago da sociedade. O profissional desta área durante muito tempo atuou somente no espaço escolar, onde cabia-lhe a tarefa de ajustar o aluno à escola, família ou sociedade. Mas atualmente, em sua nova roupagem, a orientação educacional volta-se à construção do cidadão além dos espaços educativos. Para melhor entendimento dessa trajetória, faz-se necessário uma breve incursão aos primórdios da orientação educacional.

Analisando as origens da orientação educacional, constata-se que suas raízes encontram-se na orientação profissional, praticada nos Estados Unidos da América por volta de 1930, quando o incremento das ocupações ampliou a necessidade de orientar os jovens para uma correta decisão, capaz de lhe assegurar êxito no recente mercado de trabalho.

Em consonância com a psicologia científica, a orientação profissional elaborou testes psicológicos de inteligência, de personalidade e de interesses, capazes de detectar as diferenças individuais, tornando-se um modo e persuasão psicológica, visto que objetiva convencer os indivíduos de que conseguir um emprego depende das capacidades pessoais.

A princípio o trabalho de orientação profissional era realizado pela empresa, mas depois foram criados os escritórios de orientação profissional, visando orientar os indivíduos sobre as várias opções de que dispunha, com base em suas próprias capacidades. Posteriormente esse trabalho passa a ser solicitado no interior da escola, para orientar os educandos nos planos de carreira e estudo conforme as aptidões de cada um, e passou a ser denominado de orientação escolar.

Contudo, a seleção profissional, a orientação profissional e a orientação escolares não sanaram os problemas existentes nas organizações, pois havia necessidade de preocupar-se com o ser humano, ocupante do cargo, surgindo então os estudos sobre o relações humanas no trabalho.

Assim, a orientação profissional passa a integrar a área da orientação educacional, pois a formação do profissional tem início com a formação do homem, nos vários aspectos da vida: familiar, escolar, social e profissional.

Na França, a orientação era desenvolvida em âmbito escolar, como um serviço de psicologia escolar, objetivando conhecer o educando no ambiente formal e informal. Tornou-se orientação profissional, embasada na aplicação de testes, sendo que o profissional da área era denominado de psicólogo escolar, cabendo-lhe elaborar dossiês com todas as informações disponíveis sobre os educandos.

No Brasil, a história da orientação educacional inspira-se nesses dois modelos, o americano e o francês que, embora divergentes em alguns aspectos, estão alicerçados em um mesmo conceito de sociedade, isto é, conforme Pimenta (1995, p. 26), concebem a sociedade como um todo orgânico ao qual todos os indivíduos se devem ajustar nas mesmas bases psicológicas.

Em solo pátrio, a orientação educacional foi criada seguindo experiências externas que se delinearam através das leis, com base na dimensão psicológica e em consonância com os objetivos educacionais mais amplos.

Deve-se a Lourenço Filho a criação do serviço de orientação profissional e educacional no Departamento de Educação do Estado de São Paulo, em 1931. No Rio de Janeiro, a experiência pioneira, datada de 1934, coube a Maria Junqueira Schmidt e Aracy Muniz Freire, na Escola Comercial Amaro Cavalcanti.

A legislação concernente à Orientação Educacional data do início dos anos 40. Conforme Grispnun (2001), pela Reforma Capanema, a Lei Orgânica do ensino Industrial (1942) criou o Serviço de Orientação Educacional, visando a correção e encaminhamento dos alunos-problemas e a elevação das qualidades morais.

De acordo com a Lei 4.073/42, art. 50, Inciso XII, instituir-se-á, em cada escola industrial ou escola técnica, a Orientação Educacional mediante a aplicação de processos adequados, pelos quais se obtenham a conveniente adaptação profissional e social e se habilitem os alunos para a solução dos próprios problemas.

A Lei 5.692/71, em seu art. 10, declara que será instituída obrigatoriamente a Orientação Educacional, incluindo aconselhamento vocacional em cooperação com os professores, a família e a comunidade. Com isso, pretendia-se preparar trabalhadores para atender os interesses e as necessidades empresariais, justificando o desenvolvimento econômico.

Pelo Decreto-Lei 72.846/73, art. 1.º, constitui o objeto da Orientação Educacional a assistência ao educando. Portanto, o orientador educacional deveria prestar assistência ao aluno a partir do planejamento estabelecido no Decreto, em consonância com os interesses do Estado, sendo que o indivíduo teria que se conformar com sua situação perante a sociedade dominante, a qual destinava o ensino profissionalizante aos menos favorecidos, para que pudessem adentrar no mercado de trabalho.

Nos anos 80 ocorreram algumas mudanças, avanços e contradições na história da orientação educacional, mas os profissionais dessa área assumiram um papel mais político e comprometido com a sociedade, defendendo uma escola pública de qualidade e filiando-se à Federação Nacional de Orientação Educacional (FENORE), à Central Única dos Trabalhadores (CUT) e, mais tarde, à Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).

Na década seguinte extingui-se a FENOE, ocorrendo o enfraquecimento e a fragilização da identidade do Orientador Educacional.

Com o advento da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDBEN 9.394/96, não há uma referência específica à Orientação Educacional. Contudo, não deixa de ser mencionada em vários artigos, principalmente no art. 39, segundo o qual a educação profissional, integrada às diferentes formas de educação, ao trabalho, à ciência e à tecnologia, conduz ao permanente desenvolvimento de aptidões para a vida produtiva.

De acordo com Placco (1998, p. 115) cabe ao orientador formar o cidadão responsável e transformador:

"O papel básico do Orientador Educacional será o de auxiliar o educando a tornar-se consciente, autônomo e atuante nessa tarefa, auxiliando também o aluno, na identificação de seu processo de consciência, dos fatores sócio-econômico-político-ideológico que o permeiam e dos mecanismos que lhe possibilitem superar a alienação decorrente desses processos, tornando-se assim, um homem-coletivo: responsável e transformador".

Assim, a Orientação Educacional passou por vários períodos, que podem ser assim sintetizados:

• Período Implementar: compreende o período de 1920 a 1941 e está associada à Orientação Profissional, preponderando a seleção e escolha profissional;

• Período Institucional – de 1942 a 1961: caracterizado pela exigência legal da Orientação Educacional nos estabelecimentos de ensino e nos cursos de formação dos orientadores educacionais; nesse período há a divisão funcional e institucional; surge a Escola Pública;

• Período Transformador – de 1961 a 1970: pela Lei 4.024/61, a Orientação Educacional é caracterizada como educativa, ressaltando a formação do Orientador e fixando as Diretrizes e Bases da educação Nacional;

• Período Disciplinador – de 1971 a 1980: conforme a Lei 5.692/71, a Orientação Educacional é obrigatória nas escolas, incluindo o aconselhamento educacional. O Decreto 72.846/73, regulamentando a Lei 5.564/68, sobre o exercício da profissão de Orientador educacional, disciplina os passos a serem seguidos;

• Período Questionador - de 1980 a 1990: o Orientador discute suas práticas, seus valores, a questão do aluno trabalhador, enfim, a sua realidade no meio social; a prática da orientação volta-se para a concepção de educação como ato político;

• Período Orientador – a partir de 1990: a orientação volta-se para a "construção" do cidadão comprometido com seu tempo e sua gente, trabalhando a subjetividade e a intersubjetividade, obtidas através do diálogo.

Atualmente, a orientação educacional caracteriza-se por um trabalho mais abrangente, na dimensão pedagógica, possuindo caráter mediador junto aos demais educadores e atuando com todos os protagonistas da escola no resgate de uma ação mais efetiva e de uma educação de qualidade. Busca conhecer a realidade e transformá-la, para que seja mais justa e humana.

Hoje, não mais por imposição legal, mas por efetiva consciência profissional, o Pedagogo habilitado em Orientação Educacional tem seu espaço próprio para desenvolver um trabalho pedagógico integrado, interdisciplinar e empresarial.

Segundo Wittman (1995), a educação vai virar a mesa da sociedade de cabeça para baixo, pois presentemente se discute o processo de qualidade (gestão empresarial) dentro da educação. Sendo assim, ocorre a emancipação humana, que nada mais é senão a promoção mercantilista, onde quem melhor inferir determinado assunto ou comportamento, receberá um prêmio. Questiona-se, então, sobre o destino daqueles que não conseguirem: o que será feito deles?

Em vista disso, a Orientação Educacional busca meios para atingir um objetivo, meios não excludentes, mas emancipatórios. Assim, reverte a função do Orientador centrado nos aspectos político e social, assumindo um compromisso com o momento histórico e com a formação dos cidadãos, tornando o tema do trabalho do Orientador Educacional relevante e interessante para ser estudado e pesquisado, devido à necessidade e complexidade no mundo do trabalho.

A atuação da Orientação Educacional passa a ultrapassar o âmbito escolar, contribuindo com outras funções condizentes com a sua formação. O Orientador tem a possibilidade de trabalhar temas atuais em empresas, solicitados conforme necessidade dos demais funcionários, usando a criatividade para a realização de encontros, seminários, debates, palestras e comemorações.

Neste contexto, o Orientador Educacional passa a ser um colaborador nas organizações, em departamentos de Recursos Humanos, auxiliando na construção e na formação de homens mais críticos, conscientes e participativos na sociedade, em que estabelecem relações através do seu desempenho pessoal.

O Orientador Educacional atua como um educador, investigando e colaborando conforme as necessidades do grupo. É um líder que reconhece e aceita as diferenças entre as pessoas, consegue vê-las em sua totalidade, tenta oferecer um ambiente estimulante e confiável, une os vários segmentos de uma organização, resultando em produtividade, pois despertou a cooperação e a comunicação a partir dos relacionamentos interpessoais.

Sendo assim, faz-se necessário hoje a atuação do Orientador Educacional em hospitais, empresas, ONGs, consultorias, escolas, academias, conselhos tutelares e penitenciárias. Atuando como um eixo condutor para o conhecimento necessário à transformação da realidade em que os indivíduos estão inseridos, objetivando seu pleno desenvolvimento crítico e reflexivo.

A partir da análise do contexto social do trabalho, evidencia-se a importância das atuação do Pedagogo junto às organizações. Diante disso, algumas instituições nas quais esse profissional pode trabalhar:

• ONGs: Um exemplo a ser destacado é o serviço prestado às organizações governamentais e não-governamentais, que pode ser terceirizado ou não. Nessas entidades assistenciais pode-se destacar trabalhos realizados em centros de idosos, onde o Pedagogo habilitado em Orientação Educacional realizará atividades diferenciadas, desde projetos que visem a novas perspectivas para a vida em sociedade, como o resgate da auto-estima, da alegria, a descoberta, ou melhor, a redescoberta das potencialidades e prazer de se expressar, pois assim retomará elos com a vida e a comunidade.

A parceria entre Entidades Assistenciais e Universidades é uma das formas de concretizar esse trabalho, pois além de contribuir com a Terceira Idade, possibilitará, através do Estágio Supervisionado em Orientação Educacional, a formação acadêmica do Pedagogo apresenta mais uma possibilidade de atuação profissional.

• Hospitais: nos estabelecimentos hospitalares o Orientador Educacional pode atuar trabalhando na Pediatria, com as crianças, através de atividades lúdicas e diferenciadas, onde o principal objetivo é fazer com que elas não percam a continuidade de suas vidas, principalmente quando se trata de um assunto tão importante quanto a educação, pois o incentivo ao ensino é fundamental.

Guimarães (1988) afirma: o atendimento por profissionais qualificados na ciência do comportamento pode prover, junto à equipe pediátrica, recursos técnicos para minimizar possíveis perdas ou atrasos no desenvolvimento que poderia sofrer uma criança em situação hospitalar. Assim, a presença de brinquedos e atividades adequadas às faixas etárias pode melhorar a condição de preparo para o contexto hospitalar.

Nos hospitais também pode-se trabalhar a humanização do atendimento do funcionário ao público e também no relacionamento entre funcionários, como uma forma de motivação.

Da mesma forma, nas casas hospitalares o Orientador Educacional pode colaborar com palestras de prevenção, nos Centros de Atendimento Médicos, com temáticas como: puericultura, cuidados necessários com os recém-nascidos, cuidados com a higienização do ambiente familiar.

• Nas empresas: há espaço para o Orientador Educacional nas empresas, onde estará trabalhando Meio Ambiente, reabilitação profissional, qualidade de vida, relações interpessoais, orientação e reorientação profissional, educação continuada, etc.

A preocupação com a formação técnica é importante, mas há necessidade de um novo perfil para o trabalhador, onde a educação ocorra dentro da empresa, gerando um comprometimento do trabalhador com seu trabalho e que a chefia possa gerir de forma mais humana, não exaltando um modelo taylorista/fordista. (WUTE, 2002, p. 44) Nesse processo, o Orientador Educacional vêm imprimir suas características, onde está cada vez mais vinculado ao ser humano, proporcionando uma confiança entre empregador e empregados. Assim, o Orientador, juntamente com os profissionais de recursos humanos e os colaboradores, podem construir uma organização empresarial mais saudável, mais humana, em conseqüência de uma sociedade mais justa e de um cidadão ativo.

• Nos clubes e academias: nesses locais o Orientador Educacional pode atuar no atendimento aos pais sobre as matrículas, prestar informações sobre o funcionamento da escola, trabalhar com atividades psicomotoras na água e também proceder a uma complementação pedagógica. Percebe-se que é um trabalho diversificado, onde o Orientador Educacional preenche a ficha com os dados históricos da criança. Nessa perspectiva, esse profissional ganha mais força, pois identifica a realidade, conhece seus anseios e suas limitações e, com base nisso, propõe projetos de melhoria individual e competitiva.

• Em consultorias: nesses casos o Orientador Educacional trabalha no setor de relações humanas, local onde a cada dia ganha mais espaço. Pode atuar em conjunto com psicólogos e psicopedagogos, organizando encontros, seminários e palestras.

• Nas universidades: a presença do Orientador Educacional é necessária inclusive nas próprias universidades. De acordo com Silva (1999):

"Os acadêmicos que estão adentrando o terceiro grau chegam trazendo muitas dúvidas em sua bagagem, pois estão numa fase crucial de sua existência. Em alguns momentos precisam assumir a maturidade, em outros não conseguem deixar de ser adolescentes. Muitos conseguem superar seus obstáculos, vencer seus desafios sozinhos, mas inúmeros estudantes do ensino superior necessitam de auxílio para seguir um curso com confiança e segurança quanto à sua carreira".

A orientação pode desempenhar um papel decisivo junto a esses alunos, propiciando oportunidades de auto-conhecimento, aceitação de si mesmo e expansão do potencial de auto-realização, contribuindo também no processo de desenvolvimento da sociedade numa visão mais global, crítica e transformadora.

Assim, a universidade possui a missão de refletir sobre sua essência, o ser humano, em sua totalidade. E a Orientação educacional, por sua vez, auxilia o ser humano a desenvolver-se nas áreas pessoal, acadêmica e vocacional. (SILVA, 1999, p. 197)

A Orientação Educacional atua nesses espaços como força propulsora do conhecimento, necessária à transformação da realidade em que os indivíduos estão inseridos, objetivando o desenvolvimento pleno do ser humano e sua reflexão.

"A Orientação Educacional deseja contribuir para a formação dos trabalhadores [...] possibilitando a alunos/trabalhadores/cidadãos o acesso aos conhecimentos, apropriação de instrumentos de ciência e de princípios teóricos e metodológicos construídos socialmente pelos homens, por meio de seu trabalho, como direito de todos" (GRINSPUN, 2001, p. 125).

Enfim, a Orientação Educacional dinamiza o fenômeno educacional, abrindo os olhos para a verificação do cotidiano para, assim, orientá-los para a realidade social, como fenômeno educativo que acontece além da escola, compreendendo o processo de formação atitudinal e de vivência, onde a individualidade tem valor, a partir da cultura, auto-estima, valores e crenças.

Portanto, o Orientador Educacional pode também atuar em empresas como um facilitador, que tem por missão proporcionar ao grupo a chance de passar por um processo de aprendizagem e crescimento pessoal, atuando como um educador, além de treinar, selecionar e identificar talentos.

De acordo com Gramigna (1993), no palco dos jogos o facilitador dá o lugar de estrela aos participantes, fazendo-se discreto e atuando de acordo com as necessidades do grupo.

A importância do trabalho do Pedagogo habilitado em Orientação Educacional estende-se ao contexto social, pois o indivíduo necessita conhecer-se como um agente transformador de seu meio, buscando ser realizado em seu trabalho, desencadeando em melhor produtividade e interação social. Poderá elaborar projetos de melhoria individual e coletiva para suprir expectativas, identificando a realidade, os anseios e as limitações dos colaboradores na empresa.

Assim, destaca Wute (2002, p. 41):

"O Orientador Educacional, neste contexto, tem como função priorizar a relação homem e mundo, homem-homem, permeada pelo desenvolvimento moral, espiritual, social, físico, intelectual, buscando subsidiá-lo na compreensão do Eu em relação ao Nós para que ele possa encontrar a serenidade necessária para sobrevivência neste mundo tão competitivo, através da serenidade, aliado à dedicação, força de vontade, jamais esquecendo a empatia e responsabilidade. Pois este vir-a-ser só ocorre sendo, quer dizer, só há mudança através da ação, não há primeiro a teoria de mudança e mais tarde a sua prática".

Nesse momento, cabe ao facilitador criar condições favoráveis à manutenção de um clima grupal harmônico e baseado na confiança, devendo o ambiente favorecer a participação. Não há necessidade de teorizar, pois cada um traz as suas próprias experiências, seus conhecimentos. Em seu aspectos social, o trabalho é necessário para a reprodução da vida humana, mas é algo mais que sua mera reprodução mecânica, é a luta pela sobrevivência e a necessidade de inserção social.

As atividades devem ser dirigidas de tal forma que possibilitem às pessoas a descoberta e a expressão de suas reais necessidades. Em determinados momentos, pode ser necessário suprimir uma atividade e dar espaços para discussões importantes para o processo grupal.

Moscovici (2001) destaca que o processo de interação humana supõe necessariamente comunicação, mesmo que haja intenção contrária, pois o ser humano está sempre comunicando algo, seja através de palavras ou por meios não-verbais, tais como gestos, postura corporal, posição e distância em relação aos outros. O simples fato de estar em presença de outrem modifica o contexto perceptivo de cada um, promovendo interação que é, afinal, comunicação, com mensagens emitidas e recebidas de cada participante da situação conjunta.

Possibilitar estes momentos de trocas entre os colaboradores da empresa é extremamente fundamental, pois dá oportunidade para que os colaboradores apontem os erros, os acertos e as possibilidade de melhoria.

Enguita (1989) destaca que os novos membros da sociedade têm que ser educados, para romperem com velhas formas de trabalho e aceitar as novas relações sociais de produção, pois o momento é de desvincular-se do emprego, buscando aprender a conviver com situações de trabalho que ainda não estão estruturadas por descrições de cargo e relações de subordinação claras.

Precisa-se aprender a conviver com múltiplos papéis, nos quais sua combinação muda freqüentemente, e é preciso aprender a encontrar a renda de que necessita em tais condições instáveis e imprevistas. Em última análise, depende de cada pessoa estar preparada para aprender uma nova maneira de fazer e de ser. Os resultados da Orientação Educacional além dos muros da escola são altamente positivos. As observações efetivadas nas empresas guarapuavanas demonstrou a necessidade do profissional de Orientação, motivando, colaborando para o atingimento das metas empresariais, enfim, lapidando o quadro de pessoal, assegurando a excelência no atendimento ao cliente.

Constata-se que há campo de trabalho, mas ainda não existem pessoas qualificadas para ocupar esse espaço. Com a atual escassez de empregos no Brasil, principalmente na área educacional, a abertura dessa frente de trabalho representa mais realizações em todos os sentidos. Por um lado, os profissionais da Orientação Educacional têm mais opções de trabalho e, por outro, os orientandos podem contar com uma força extra, estejam eles freqüentando uma escola ou uma universidade, ou mesmo trabalhando em uma empresa comercial, uma organização não governamental ou um estabelecimento hospitalar.

Fecha-se, assim, um circuito, pois a Orientação Educacional, que nasceu Profissional, transcende os muros escolares e retorna às bases, perseguindo os mesmos ideais: colocar a pessoa certa no lugar certo, ou seja, possibilitar uma opção profissional que realize o ser humano, tornando a humanidade mais produtiva e feliz.

REFERÊNCIAS

ENGUITA, M. F. A face oculta da escola: educação e trabalho no capitalismo. Porto Alegre: Artes Médicas, 1989.

GRAMIGNA, M. R. M. Jogos de empresa. São Paulo: Makron Books, 1993.

GRISPUN, M. P. S. Z. (org.) et al. A prática dos orientadores educacionais. 4.ed. São Paulo: Cortez, 1998.

_____ (org.) et al. A orientação educacional: conflitos de paradigmas e alternativas para a escola. São Paulo: Cortez, 2001.

MOSCOVICI, F. Desenvolvimento interpessoal: treinamento em grupo. Rio de Janeiro: Ed. José Olympio, 1995.

PIMENAT, S. G. O pedagogo na escola pública. 3. ed. São Paulo: Loyola, 1995.

PLACCO, V. M. N. S. Formação e prática do educador e do orientador: confrontos e questionamentos. 2.ed. Campinas: Papirus, 1998.

SILVA, Lauraci Dondé da. Sobre a necessidade da orientação educacional na universidade. Educação brasileira. v. 21., n. 43, jul./dez.1999, Brasília: CRUB, p. 192-216.

WUTKE, S. L. O orientação educacional na empresa: uma aproximação. Guarapuava, 2002, 80 f. Monografia (Especialização em Orientação Educacional). Setor de Ciências Humanas da Universidade do Centro-Oeste do Paraná.

1 É docente atuante na Universidade Estadual do Centro Oeste. E-mail: solcolares@yahoo.com.br© 2007 Universidade de São Paulo

“O verdadeiro educador é aquele que ensina o que aprende e aprende o que ensina.”

Paulo Freire

O presente texto constitui-se na pesquisa sobre “Orientação Educacional na Educação Infantil”. A qual contribui para a reflexão crítica sobre os problemas relativos ao processo ensino/aprendizagem e sobre as questões ligadas às relações entre os diversos segmentos atuantes na escola, tendo em vista, a produção coletiva do projeto político pedagógico.

Partindo deste propósito, os Orientadores Educacionais trabalham a Orientação Educacional de forma sistemática na Educação Infantil?

Para se conhecer melhor uma criança e poder orientá-la de uma maneira mais apropriada, é necessário estudá-la em sua amplitude. Sendo assim, é necessário contar com diferentes pontos de vista e competências profissionais. Em virtude das mudanças socioeconômicas e culturais ocorridas na sociedade brasileira, a escola teve de reformular suas funções tradicionais, redefinir o seu papel e criar novos serviços aumentando, assim, o número de pessoas envolvidas no processo educativo.

Neste ponto de vista, questiona-se qual a importância dos grupos multiprofissionais no atendimento pré-escolar de acordo com a realidade brasileira, não de maneira isolada, mas sim como um todo?

Os grupos multiprofissionais no atendimento pré-escolar são de fundamental importância, para um entendimento mais adequado sobre a orientação educacional de acordo com a realidade brasileira.

Assim, é necessário que se tenha em vista também a ação de outros profissionais, como os supervisores e psicólogos escolares. Este grupo de pessoas deve trabalhar em conjunto, formando uma equipe e não de maneira isolada, para juntos conseguirem solucionar os problemas existentes dentro das instituições educacionais. Pois, a escola acabou por assumir, gradativamente, a responsabilidade pelo desenvolvimento integral do educando, em seus múltiplos aspectos: físico, intelectual, escolar, social, emocional, moral, vocacional, profissional, enfim, os aspectos em relação aos quais a criança e o adolescente se desenvolvem enquanto nela permanecem.

A realização deste projeto visa à compreensão do papel fundamental da orientação educacional no atendimento da educação infantil.

Para isso, o objetivo principal desta monografia é o de onhecer o papel fundamental do Orientador Educacional na Educação Infantil dentro das instituições educacionais. Através da identificação da trajetória da Orientação Educacional no Brasil. Conhecendo os princípios éticos na atuação do Orientador Educacional, o trabalho do Orientador Educacional na Educação Infantil, investigando o que o Orientador Educacional já vem desenvolvendo dentro de uma instituição educacional de educação infantil. E verificando ações que podem ser desenvolvidas pelo Orientador Educacional na escola.

A metodologia apresentada para a realização desta pesquisa contou com a pesquisa bibliográfica, onde buscou-se suporte teórico para concretizar o trabalho, e através da pesquisa de acampo, onde buscou-se informações com orientadores educacionais e professores da educação infantil sobre o tema aqui estudado.

A pesquisa bibliográfica contou com o suporte dos seguintes autores: CABRAL (2005), CARREIRA (2003), FELTRAN (1990), GIACAGLIA e PENTEADO (2000 e 2003), KUHLMANN JÚNIOR (2005), MAIA e GARCIA (1990), MARTINS (1992), MIALARETA (1976) e PENTEADO (1976).

Onde se apresenta no primeiro capítulo a trajetória da orientação educacional no Brasil, com a formação dos orientadores educacionais, seu papel dentro da escola, e sua função como profissional da educação.

O segundo capítulo apresenta as funções do orientador educacional na educação infantil, juntamente com a família e o lazer do aluno.

No terceiro capítulo são feitas considerações sobre princípios éticos na atuação do orientador educacional e sobre os fundamentos da orientação educacional.

A metodologia utilizada na elaboração desta monografia é apresentada no quarto capítulo, onde são detalhados todos os passos dados pela pesquisadora.

No quinto capítulo são apresentadas as análises dos dados obtidos com a pesquisa de campos.

E por último, nas considerações finais, são apresentados os resultados alcançados pela pesquisadora através desta pesquisa, a qual deixa extremamente claro que a orientação educacional é relevante para o sucesso do processo de ensino-aprendizagem escolar, pois auxilia tanto professores como alunos e a família a ter prazer em participar do cotidiano da escola, e o prazer é o estímulo da vida.

A TRAJETÓRIA DA ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL NO BRASIL

Segundo MAIA e GARCIA (1990, p. 11) em 1931, o Serviço de Orientação é tornado oficial pelo professor Lourenço Filho, diretor do Departamento de Educação de São Paulo, Brasil, surgindo assim o primeiro Serviço de Orientação Educacional e Profissional. No entanto, esta experiência teve uma duração curta, sendo extinto o serviço em 1935.

O instrumento básico de trabalho do Orientador, em 1931, consistia em baterias de testes de aptidão e desempenho na realização de tarefas. Dentro desta metodologia, este deveria selecionar e encaminhar para treinamento os alunos da escola que queriam ingressar em cursos universitários ou, então, aqueles que estavam à procura de trabalho.

Em 1942 é reimplantado o Serviço de Orientação, com a finalidade de correção e encaminhamento dos alunos - problema. Assim, esse serviço teria claramente um papel adaptador à sociedade, preparando para a inclusão no mercado de trabalho.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1961 confirma a Orientação Educacional como ação educativa no ensino médio, referindo–se à criação da orientação educacional e vocacional em cooperação com a família. A Lei não se limitou a anunciar o papel do orientador. Preocupou-se, também, com a sua formação, pois era preciso preparar o profissional capaz de cumprir o papel esperado, considerando-o assim, como uma peça–chave, ou como um elemento fundamental e de extrema importância na escola, para que os fins propostos pela Lei fossem atingidos.

Segundo MAIA (1990, p. 18): Os orientadores educacionais, formados na década de 60, pretendiam atuar nas áreas de orientação escolar, psicológica, familiar, profissional, recreativa, saúde, contribuindo para a formação integral do aluno.

Em 1968, surge a Lei n° 5564, que provê sobre o exercício da profissão do orientador, confirmando a linha psicológica e a função da orientação, conforme já aparecia na definição do currículo do curso de formação.

Sendo assim, a orientação educacional, que antes se limitava à seleção e orientação profissional amplia, nesta fase, a sua contribuição para o desenvolvimento integral.

Segundo KUHLMANN JÚNIOR (2005), no final do século XVIII a pré-escola foi criada para atender as crianças pobres e as mães trabalhadoras porém, desde o início, se apresentaram como primordialmente educacionais.

Segundo ele, o final do século XIX e o início do século XX demarcou um período onde a infância e a educação integraram os discursos sobre a edificação da sociedade moderna.

O autor ressalta, ainda, que a educação infantil foi consolidada a partir da Constituição de 1988 e da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996, quando a legislação nacional passou a reconhecer que as creches e pré-escolas, para crianças de 0 a 6 anos, são parte do sistema educacional, primeira etapa da educação básica.

Dessa forma, segundo o autor, a família e os valores tradicionais inspiraram estudantes e profissionais, assim como foram referência para a criação de pré-escolas particulares alternativas, sendo que o atendimento educacional de crianças em pré-escolas passou a ganhar força social para além da sua destinação exclusiva aos filhos dos pobres. O programa das pré-escolas passou a atender, também, os filhos da classe média alta.

Desse modo, segundo o autor, a orientação educativa não deveria tolher o aspecto criador do desenvolvimento intelectual e artístico da criança.

Segundo MIALARET (1976): “... toda a educação pré–escolar teria por finalidade provocar uma autêntica participação das crianças em sua própria educação”. (...).

Ainda segundo esse autor

... a criança é um ser vivo que vive num ambiente. Conhecer a criança é conhecer, simultaneamente, a sua realidade biológica, a sua realidade psicológica e o meio em que se desenvolve; é também conhecer a sua historia, as suas experiências e as sucessivas etapas da sua formação. A educação não deve manter-se passiva perante a evolução da criança, deve atuar respeitando a realidade infantil sem mutilar nem a traumatizar.

A FORMAÇÃO DO ORIENTADOR EDUCACIONAL

MARTINS (1992, p. 30) afirma que o Orientador Educacional é a pessoa responsável pelo serviço de orientação, cabendo a ele planejar, organizar e implementar a Orientação Educacional na escola.

Segundo o autor, o Orientador Educacional deve conscientizar todos os agentes educativos da escola, tanto da educação infantil e ensino fundamental, como também do ensino médio, de que estes, enquanto membros ativos dentro da escola, são peças fundamentais para o bom desenvolvimento da Orientação Educacional.

O autor ressalta, ainda, que o Orientador Educacional deve possuir um bom preparo, em nível universitário, que lhe forneça adequados conhecimentos de Psicologia Educacional, Psicologia da Criança e do Adolescente, Psicologia Pedagógica, Sociologia Educacional, Filosofia da Educação, Biologia Educacional, estatística Educacional, Estrutura e Funcionamento do Ensino. Ainda, segundo o autor, seria importante que todo o Orientador Educacional tivesse boa experiência no magistério e conhecimentos básicos das disciplinas do curso que está orientando (Educação Infantil – Ensino Fundamental – Ensino Médio, etc.).

MARTINS considera ainda que o Orientador Educacional deve estar sempre em processo de atualização, através de leituras, congressos, simpósios, etc.

Sob o ponto de vista legal, o exercício da profissão de Orientador Educacional foi previsto na Lei nº. 5.564/68, regulamentada pelo Decreto nº 72.846/63. Onde o Orientador Educacional é formado em curso de Licenciatura em Pedagogia com habilitação específica em Orientação Educacional. (MARTINS, 1992, p.31)

Porém, hoje, através da nova Lei nº. 9.395/96, o Orientador Educacional necessita apenas do Curso de Licenciatura em Pedagogia e Gestão Escolar para exercer a função de Orientador Educacional.

MARTINS (1992, p.31) lembra ainda que, pela responsabilidade que o Orientador Educacional tem no processo de relação de ajuda através das relações interpessoais e visando o desenvolvimento integral do educando, o Orientador Educacional precisa possuir alguns requisitos pessoais, os quais, segundo o autor, são imprescindíveis ao cumprimento de sua missão, sendo estas condições pessoais, as seguintes

Equilíbrio emocional e de personalidade que não sofra influência pelos problemas do educando nem permita que seus problemas pessoais interfiram em seu trabalho.

Empatia para ser capaz de colocar-se no lugar do educando a fim de melhor compreender os problemas do mesmo.

Iniciativa e liderança a fim de transmitir segurança e confiança aos educandos.

Entusiasmo para contagiar de otimismo o educando.

Domínio e vivência prática dos princípios de Psicologia das Relações Humanas a fim de relacionar-se bem com os agentes educativos e com os educandos.

Ilibadas qualidades morais, bom senso, justiça, veracidade a fim de levar o educando à auto-educação pelo exemplo de vida.

Estímulo às relações entre as pessoas, nas comunidades a que pertencem e nas instituições da sociedade. (MARTINS, 1992, p.31)

O PAPEL DO ORIENTADOR EDUCACIONAL

Uma reportagem apresentada pela revista Nova Escola (março/2003) ressalta algumas atribuições no Orientador Educacional.

Segundo esta reportagem, na instituição escolar,

o orientador educacional é um dos profissionais da equipe de gestão. Ele trabalha diretamente com os alunos, ajudando-os em seu desenvolvimento pessoal; em parceria com os professores, para compreender o comportamento dos estudantes e agir de maneira adequada em relação a eles; com a escola, na organização e realização da proposta pedagógica; e com a comunidade, orientando, ouvindo e dialogando com pais e responsáveis.

Destaca-se ainda, neste texto que a remuneração do orientador profissional é semelhante à do professor, porém suas funções são distintas, uma vez que o professor em sala de aula está voltado para o ensino e aprendizagem, e o Orientador Educacional não possui um currículo a seguir, sendo sua função voltada à formação permanente dos alunos no que diz respeito a valores, atitudes, emoções e sentimentos, analisando e criticando quando necessário.

Outro ponto importante, segundo o texto é que, embora o que foi citado acima seja papel fundamental do orientador educacional, muitas escolas não têm mais esse profissional na equipe, o que não significa que não exista alguém desempenhando as mesmas funções pois, segundo HADDAD, citada na reportagem, "qualquer educador pode ajudar o aluno em suas questões pessoais". Porém, não se pode confundir professor com psicólogo escolar.

O texto traz, ainda, que o orientador educacional lida mais com assuntos que dizem respeito a escolhas, relacionamento com colegas, vivências familiares.

Sendo assim, o papel do orientador educacional dentro da escola se faz necessário para que haja uma melhor integração entre escola-família-aluno.

O ORIENTADOR EDUCACIONAL COMO PROFISSIONAL DA EDUCAÇÃO

A orientação educacional, segundo MAIA e GARCIA, (1990, p. 37) desde a sua criação, serviu ao sistema.

Atualmente é concebida, por especialistas, como um processo sistemático e contínuo que se caracteriza por ser uma assistência profissional realizada por meio de métodos e técnicas pedagógicas ou psicológicas, exercida direta ou indiretamente sobre os alunos, levando-os ao conhecimento de suas características pessoais e do ambiente sociocultural, a fim de que possam tomar decisões apropriadas às melhores perspectivas de seu desenvolvimento pessoal e social, tornando-se cada vez mais necessária. (MAIA e GARCIA, 1990, p.37)

Ainda segundo as autoras, a Orientação Educacional é também considerada uma ação importante na melhoria da qualidade dos padrões educacionais em países nos quais se destinam recursos significantes à educação e impõe-se, no meio social, não só como um recurso somatizado para o aprimoramento da escola mas, sim, como um fator urgente para responder às necessidades do desenvolvimento pessoal e social do aluno.

Pode-se dizer que, em certos momentos, o papel da orientação educacional é conservador, na medida em que ajusta o educando à escola e prepara-o para seu ajustamento na sociedade e para a realidade em que vive.

Segundo MAIA (1990, p. 49), naturalmente, o aluno pobre deveria adequar as suas características à realidade, ou seja, deveriam compreender que não podem aspirar a ser doutor, por que afinal um lixeiro pode ser mais feliz que um advogado, e o importante é ser feliz. Alem disso, todas as profissões são igualmente dignas e, portanto, devem ser valorizadas da mesma maneira.

Tanto a escola quanto a sociedade se apresentam oferecendo igualdade de oportunidades para todos mas, como os indivíduos são diferentes uns dos outros, não só em relação as suas aptidões naturais como ao esforço realizado, nem todos conseguem atingir os mesmos resultados e isso é perfeitamente normal.

Ainda segundo estas autoras, a orientação educacional contribui, então, para a movimentação da escola com o mercado de trabalho, tendo como principal objetivo a segurança e o desenvolvimento, como peças de fundamental importância no sistema educacional.

Assim, as autoras ressaltam que, para um desenvolvimento eficiente e de abrangências de suas funções, o Orientador Educacional necessita: conhecer e manter contato com as famílias dos alunos; colaborar para o bom aproveitamento escolar da clientela; integrar-se com a equipe técnica e docente para atuar em relação aos aspectos morais, cívicos bem como nas áreas do desenvolvimento físico, emocional e vocacional dos educandos.

Na verdade o orientador educacional não é o único trabalhador da educação, uma vez que ele pertence a um coletivo de trabalhadores da educação que refletem juntos sobre a sociedade, sobre a relação educação – sociedade e sobre a relação educação–trabalho.

Enquanto alguns orientadores educacionais preparam o aluno para o trabalho, por meio da orientação vocacional, outros fazem a crítica a sua própria prática e buscam outros caminhos, sendo que o objetivo principal é fazer com que o aluno compreenda que deve fazer algo que o torne feliz tanto no aspecto profissional, quanto no pessoal.

O melhor caminho para se trabalhar a orientação educacional é em conjunto, ou seja, de forma integrada à supervisão mobilizando, desta maneira, a escola, a família, e a comunidade, para que ocorra uma investigação coletiva da realidade à qual todos pertencem.

Enquanto alguns orientadores estão preocupados em criar um clima facilitador de relações, outros instalam um clima facilitador de aprendizagem, ficando assim claro, para eles, qual a verdadeira função da escola. Para eles, a escola não é lugar em que as pessoas vão para viver momentos agradáveis, mas sim uma instituição que tem que transmitir a cultura e criar novos conhecimentos.

É importante ressaltar que, dentro de qualquer sistema escolar, tanto público, quanto particular, é necessário que seja observado o decreto que regulamenta a profissão do Orientador Educacional e que estabelece, entre outras coisas, as atribuições privativas que competem a este profissional, coordenar e aquelas das quais deve participar, juntamente com os demais membros da equipe escolar.

Segundo GIACAGLIA e PENTEADO (2000, p.4), o decreto n° 72846 de 26.09.1973 que regulamenta a lei n° 5564 de 21.12.1968, traz em seus artigos 8º e 9º a definição mais específica, na abrangência nacional, dos encargos do Orientador Educacional,

Artigo 8°. – São atribuições privativas do Orientador Educacional:

Planejar e coordenar a implementação e funcionamento do Serviço de Orientação Educacional em nível de:

1 – Escola

2- Comunidade.

b) Planejar e coordenar a implantação e funcionamento do Serviço de Orientação Educacional dos órgãos do Serviço Público Federal, Estadual, Municipal e Autárquico; das sociedades de Economia Mista, Empresas Estatais, Paraestatais e Privadas.

c) Coordenar a orientação vocacional do educando, incorporando-a no processo educativo global.

d) Coordenar o processo de sondagem de interesses, aptidões e habilidades do educando.

e) Coordenar o processo de informação educacional e profissional com vistas à orientação vocacional.

f) Sistematizar o processo de acompanhamento dos alunos, encaminhando a outros especialistas aqueles que exigirem assistência especial.

g) Coordenar o acompanhamento pós-escolar.

h) Ministrar disciplinas de Teoria e Prática da Orientação Educacional, satisfeitas as exigências da legislação especifica do ensino.

i) Supervisionar estágios na área da Orientação Educacional.

j) Emitir pareceres sobre matérias concernentes à Orientação Educacional.

Artigo 9°-Compete, ainda, ao Orientador Educacional as seguintes atribuições:

a) Participar no processo de identificação das características básicas da comunidade;

b) Participar no processo de caracterização da clientela escola;

c) Participar no processo de elaboração do currículo pleno da escola;

d) Participar na composição, caracterização e acompanhamento de turmas e grupos;

e) Participar do processo de avaliação e recuperação dos alunos;

f) Participar no processo de encaminhamento dos alunos estagiários;

g) Participar no processo de integração escola – família - comunidade;

h) Realizar estudos e pesquisas na área da Orientação Educacional.

AS FUNÇÕES DO ORIENTADOR EDUCACIONAL NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Segundo GIACAGLIA e PENTEADO (2000), a Orientação Educacional é um processo educativo que se desenvolve paralelamente ao processo de ensino – aprendizagem. As atividades técnicas desse processo podem ser agrupadas nas funções de: planejamento, coordenação, avaliação e assessoramento.

Nestas funções, segundo as autoras, podem ser definidas tanto as atividades específicas que o Orientador Educacional irá exercer como aquelas que serão desenvolvidas em parceria com os professores e outros profissionais.

As autoras ressaltam, ainda, que o Orientador Educacional participa no processo do Planejamento Curricular e na sua realização, bem como define e faz pesquisas, participa na elaboração do plano da escola e elabora o Plano de Atividades da Orientação Educacional, tendo em vista o trabalho em conjunto com a Administração Escolar, Supervisão Pedagógica e outros setores referentes à escola, as atividades em parceria da escola e da comunidade e as atividades de integração da escola e da família. O planejamento e a elaboração do plano escolar costumam ocorrer no final do ano letivo anterior ou no início do ano em questão, dependendo do calendário de cada escola, e devem contar com a participação de todos os profissionais que nela atuam.

Participando do planejamento, e da caracterização da escola e da comunidade, segundo as autoras (2000, p.15), o Orientador pode contribuir para decisões que se referem ao processo educativo como um todo. Constituem exemplos dessas decisões o currículo da escola, no que diz respeito à inclusão de disciplinas e atividades extra classe; a distribuição das diferentes séries no prédio e por período; a problemática da disciplina e o código disciplinar; os critérios de avaliação e de atribuições de notas ou conceitos; os cronogramas de atividades. É importante que ele participe de todas as decisões de ordem técnica a serem tomadas, em âmbito escolar, em função do seu preparo, de suas funções e do seu conhecimento da escola, da comunidade e dos alunos, visando um melhor atendimento à educação integral dos alunos.

Segundo GIACAGLIA e PENTEADO (2000) na coordenação, o Orientador deve acompanhar o desenvolvimento do Currículo na parte que diz respeito ao seu setor de trabalho, isto é, possibilitar a elaboração e o desenvolvimento dos planos de ensino segundo os objetivos da sua área de trabalho, desenvolver atividades especificas relacionadas ao seu campo, organizar arquivos de dados pessoais de alunos que sejam necessários para uma melhor desenvoltura do seu trabalho e desenvolver atividades educativas (visitas, festas, programas preventivos a saúde, higiene e segurança, atividades culturais, entre outras).

Na avaliação, segundo GIACAGLIA e PENTEADO (2000, p. 34), é papel do orientador educacional, adequar os resultados do processo ensino - aprendizagem aos objetivos educacionais, identificar com os professores e com a Supervisão Pedagógica as causas do baixo rendimento escolar dos educandos, constatar os resultados do plano de atividades do setor ao qual pertence, esclarecer para a comunidade e, em especial, para os pais dos alunos, sobre os programas de ensino (o porquê e a importância do que se foi trabalhado), estabelecer critérios para um bom desempenho dos outros setores da instituição educacional e obter a produtividade da escola como um todo e não de uma maneira isolada.

No assessoramento, o Orientador colabora com a supervisão pedagógica durante o planejamento e a avaliação das suas atividades e auxilia os professores na elaboração, na execução e avaliação dos seus programas de ensino.

Segundo GIACAGLIA e PENTEADO (2003, p. 22),

à medida que o Orientador Educacional trabalha em determinada escola, por maior numero de anos, sua atuação irá se tornando cada vez mais precisa, valiosa e facilitada, por ter adquirido uma visão mais ampla e profunda dos principais problemas e dificuldades da mesma. Ele terá ainda, desenvolvido maior conhecimento da comunidade, dos alunos, dos pais, dos professores e dos demais funcionários bem como de suas características e anseios. Respeitados os aspectos éticos, esses conhecimento será muito valioso para subsidiar as discussões que terão lugar não só por ocasião do planejamento escolar, como também durante cada ano letivo e nos anos subseqüentes e, quando necessário, na tomada de decisões de determinados alunos.

Além das atividades acima citadas, o Orientador elabora um plano específico para o Serviço de Orientação Educacional. Esse plano é essencial para nortear o seu trabalho, além de poder se constituir em fonte de consulta pelos demais membros da equipe, para que possam saber como relacionar e integrar a programação deles à do SOE – serviço de orientação educacional. É importante para o bom andamento das atividades escolares saber o que esperar dos demais e quando, isto é, em que ocasião cada item do plano estará sendo desenvolvido, como, por quem e por quanto tempo.

CABRAL e PIMENTA (2005) ressaltam que a Orientação Educacional, no âmbito da Educação Infantil, pode ocorrer individualmente ou em grupos, trabalhando questões referentes à formação global do indivíduo, no que tange às questões de respeito, amor, fraternidade, dignidade, solidariedade, responsabilidade, ética e outros valores fundamentais e essenciais, segundo as autoras, para a convivência harmoniosa da pessoa humana.

Afirmam ainda, essas autoras, que a Orientação Educacional, na Educação Infantil, deve buscar a integridade do ser, bem como cooperar com os professores no sentido da boa execução dos trabalhos escolares realizados pelos alunos, “buscando imprimir segurança na execução dos trabalhos complementares e velar para o estudo de forma prazerosa e constritiva, influenciando-o na preparação para o exercício de cidadão crítico e participativo”. (2005).

Conforme as autoras a área de atuação do Orientador Educacional na Educação infantil destaca-se através de uma preocupação com o

desenvolvimento psicomotor e na preparação para a alfabetização, desenvolvendo a motivação nos alunos. Bem como, o Orientador Educacional na Educação Infantil trabalha com os alunos às questões de socialização, desenvolvimento de habilidades de convívio, ecologia humana e educação sexual. Assim como desenvolve a valorização do trabalho docente e com a identificação de profissionais. (CABRAL e PIMENTA, 2005)

Sendo assim, a Orientação Educacional na Educação Infantil tem também como objetivo, segundo a Universidade de Itaúna,

contribuir para a reflexão crítica sobre os problemas relativos ao processo ensino/aprendizagem e sobre as questões ligadas às relações entre os diversos segmentos atuantes na escola, tendo em vista, segundo a Universidade, a produção coletiva do projeto político pedagógico.

A ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL E A FAMÍLIA DO ALUNO

A Orientação Educacional Familiar, segundo PENTEADO (1976, p.102) é desenvolvida devido à preocupação que as escolas possuem em relação ao problema dos pais ausentes nas escolas, os quais não tomam conhecimento e nem participam de algo que lhes diz respeito: a formação de seus filhos.

Desta forma, segundo GIACAGLIA e PENTEADO (2000, P.57) além desta preocupação aparente existente nas escolas, existe também outro ponto que o Orientador Educacional deve estar atento, que é a questão das expectativas depositadas pelos pais na escola.

A criança, de modo geral, se desenvolve na instituição familiar que é encarregada de prover os recursos necessários à sua sobrevivência; de propiciar-lhe uma base afetiva; de dar-lhe assistência na área de saúde e de ministrar-lhe os primeiros ensinamentos. Por sua vez, a instituição escolar está incumbida de realizar a educação formal das crianças e jovens. (GIACAGLIA e PENTEADO 2000, p.57)

Partindo deste pressuposto, sabe-se que cada família possui expectativas diferentes em relação ao papel desempenhado pela escola, e vice-versa. Sendo assim, surge uma condição básica para que possam ser cumpridas as finalidades educacionais, integrando estas duas instituições – escola/família. A peça-chave dessa condição, segundo as autoras, é o Orientador Familiar, papel este desenvolvido pelo Orientador Educacional, conforme decreto que regulamenta a sua profissão, no qual encontra-se que será exercido por ele em cooperação com a família, cabendo ao orientador educacional participar no processo de integração escola-família-comunidade.

Porém sabe-se que, atualmente, não é somente papel do orientador educacional promover a integração família-escola-comunidade. Hoje, todos os membros da instituição têm a incumbência de desempenhar esse importante papel, o de promover a integração entre estas instituições – família-escola - tão importantes para o desenvolvimento da criança e do jovem.

GIACAGLIA e PENTEADO (2000) ressaltam também que a atuação da escola em relação ao aluno é bastante ampla e diversificada, não se atendo apenas aos aspectos de aprendizagem de conteúdos escolares. São inúmeros os aspectos, em que é necessário haver concordância de princípios e atuação entre a família e a escola. Segundo as autoras, cabe ao orientador educacional trabalhar diversos temas, entre eles, tudo o que se refere à execução das tarefas, às atividades extracurriculares, à televisão, à mesada, à escolha da profissão, às drogas, à aids, à orientação religiosa, à disciplina, ao namoro e outros, variando de escola para escola, entre os que se tornem mais relevantes na ocasião, junto às famílias, buscando sempre uma ação harmônica e integrada com ela.

As autoras destacam ainda que, desde o primeiro contato, os pais devem ser alertados sobre a importância de comunicarem à orientação educacional da escola sobre novos eventos na família que possam vir a interferir no aproveitamento escolar e no comportamento geral do aluno, como o nascimento de um irmão, ciúmes, brigas no lar, alcoolismo, separação ou divórcio dos pais, entre os inúmeros fatores que deverão ser tratados pelo orientador educacional com máxima descrição e sigilo.

Segundo as autoras, “há escolas que vão mais além, abrindo sistematicamente suas portas à comunidade, fora do horário das aulas, proporcionando oportunidades de cursos os mais variados e de atividades de lazer”. (2000, p. 63).

Porém elas ressaltam que, apesar de não caber ao orientador educacional a realização e supervisão dessas atividades, estas formam um fator de maior entrosamento da escola com as famílias e com a comunidade, aumentando as possibilidades de comunicação e apoio mútuo.

A ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL E O LAZER DO ALUNO

GIACAGLIA e PENTEADO (2000, p.107) comentam que, desde a Grécia antiga, é ressaltada a importância de uma “mente sã num corpo sadio”. E é por esta razão que são integradas no currículo escolar a programação, dentre outras, das áreas de Educação Física e Educação Artística. Além de, segundo as autoras, os alunos assumirem juntamente com seus pais ou responsáveis o comprometimento em manter uma atividade esportiva dentre outras.

O papel do Orientador Educacional neste sentido, é ode orientar os pais no âmbito de saber que atividades esportivas, culturais e de lazer proporcionar aos filhos; com qual duração, periodicidade e respectivos dispêndios de energia e dinheiro, além de saber se são ou não indicadas para a idade escolar deles. (GIACAGLIA e PENTEADO, 2000, p.107)

Quanto aos professores, segundo as autoras, o Orientador Educacional buscará se integrar com estes, para que os alunos sejam orientados quanto ao lazer. As autoras ressaltam, ainda, que o esporte é muito importante na vida da criança e do adolescente sendo, ao mesmo tempo, uma forma de lazer e educação.

Ao atuar em conjunto com os professores, principalmente com os das áreas de Educação Física e Educação Artística, o Orientador Educacional poderá colaborar para a identificação de talentos como, por exemplo, para o esporte competitivo. Os jovens com habilidades especiais podem ser encaminhados – desde que os pais queiram e consintam – às instituições competentes, na comunidade, para que desenvolvam, em melhores condições, esse talento. O mesmo deve ocorrer na área artística, dando ensejo a que tenham espaço para manifestação e desenvolvimento, na escola, de suas capacidades. Muitos profissionais de sucesso descobriram sua vocação no âmbito escolar. (GIACAGLIA e PENTEADO, 2000, p.108).

No que diz respeito às áreas de esportes, cultural e lazer, segundo as autoras, o Orientador Educacional poderá fazer uso de diferentes estratégias, como, palestras para pais e alunos, debates, orientação individual, discussão com os alunos, competições entre as classes e/ou escolas, apresentação de opções de lazer na escola e fora dela, ação conjunta com outros professores nas suas respectivas especialidades e/ou com habilidades especiais nessas áreas, entre outras inúmeras opções de atividades que podem instigar e incentivar pais e alunos a desfrutarem do lazer para melhorar a qualidade de vida.

PRINCÍPIOS ÉTICOS NA ATUAÇÃO DO ORIENTADOR EDUCACIONAL

O trabalho do Orientador Educacional é de grande importância e responsabilidades e, para que este seja realizado de acordo, exige-se muito desse profissional, não só em termos de formação, de atualização constante da prática pedagógica e de características de personalidade como também de comportamento ético. Segundo GIACAGLIA e PENTEADO (2003, p. 9), “embora não haja um código de ética elaborado especificamente para o Orientador Educacional, como todo profissional, ele deve ter sua atuação pautada por princípios éticos.”.

O comportamento ético em relação às informações sobre alunos, funcionários e pessoas da comunidade é um dos principais aspectos que devem ser considerados, pois a interação do Orientador Educacional com os educandos se caracteriza pelo seu caráter de relação de ajuda: tanto o aluno pode expor, espontaneamente, fatos ou situações de ordem pessoal e familiar, como o Orientador pode necessitar fazer indagações sobre o problema em questão. Esses dados, por serem sigilosos ou confidenciais, não devem ser expostos a outras pessoas, sob qualquer circunstância.

A mesma atitude, segundo as autoras, serve para os prontuários dos alunos. Sendo assim, questionários preenchidos com dados mais íntimos sobre o aluno e seus familiares, resultados de entrevistas e de testes e opiniões de professores sobre determinado aluno, devem ser mantidos fora do alcance de pessoas que, propositada ou casualmente, possam chegar a eles. Por este motivo, tais dados devem ser arquivados no Serviço de Orientação Educacional em local seguro, com chave, ao qual apenas o Orientador Educacional tenha acesso.

As autoras ressaltam ainda que, às vezes, os professores necessitam de informações especificas sobre seus alunos. Mesmo nesses casos, é preferível que o Orientador Educacional, com base nos dados de que dispõe, elabore um resumo e forneça, na medida em que julgar conveniente, as informações a serem passadas ao professor.

Outro campo com o qual o Orientador Educacional precisa ter cautela é o que diz respeito aos valores da família e da comunidade. Na área do aconselhamento, é importante ter sempre presente que aconselhar não significa recomendar determinadas atitudes, opções ou comportamentos. Segundo GIACAGLIA e PENTEADO (2003, p. 11),

aconselhar é assistir a pessoa, levando-a a refletir sobre determinada situação, problema ou dificuldade; sobre as implicações e conseqüências de diferentes alternativas disponíveis, no caso, para que possa discernir e decidir-se, por uma ou por outra, conforme seu arbítrio, suas possibilidades e sua convivência.

Assim, O Orientador Educacional deve ter sempre em mente que as famílias dos aconselhados ou a comunidade à qual ele pertence, possuem seus próprios valores e buscam não só transmiti-los aos seus membros como também fazer com que tais valores atuem como normas de conduta. Não cabe ao Orientador Educacional levar ao aluno a confrontar-se com os valores da família.

Quanto aos limites em uma relação de ajuda, o orientador Educacional precisa se conscientizar das suas condições e preparo para prestar uma ajuda efetiva. Este não deve ir além do que é capaz. Nos casos mais difíceis, em relação aos quais não se sinta seguro e apto, não deve assumir sozinho o aconselhamento, mas, sim, procurar o auxílio de outros profissionais.

FUNDAMENTOS DA ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL

Segundo FELTRAN (1990, p. 33) a orientação educacional encontra, na criança, fundamentos para o trabalho pedagógico na pré-escola, conforme a realidade brasileira.

Assim, a autora diz que o orientador educacional deve pesquisar durante a ação pedagógica quem é a criança, a qual grupo sociocultural ela pertence, bem como definir qual o fim desta ação, para onde direcionar a educação da criança e deixar claras as funções da pré-escola no contexto democrático.

A orientação educacional, segundo esta mesma autora, está se deparando com problemas presentes em varias épocas que, nos dias atuais, têm gerado estudos e debates em nível internacional, com representantes de todo o mundo.

Nos países em desenvolvimento, como é o caso do Brasil, tem adquirido grandes proporções. Segundo FELTRAN (1990, p. 56), “tratar das finalidades da educação significa cuidar da própria sobrevivência, com o intuito de desatar as ligações de submissão cultural dos países dominadores”.

A autora ressalta, ainda, que estão em discussão mundial os problemas relativos à finalidade da educação justificando-se que o orientador educacional analise, em sua origem e em suas manifestações, as concepções que, a esse respeito, se marcaram através dos tempos, buscando, assim, os pontos de apoio de sua proposta.

Portanto, a orientação educacional encontrará, na criança, fundamentos básicos para o trabalho pedagógico no ensino pré-escolar brasileiro, que conta com a participação de diferentes contornos e de variados pontos socioculturais.

PESQUISA DE CAMPO COM PROFISSIONAIS DA ÁREA DE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL

Uma das profissionais pesquisadas é formada em Pedagogia e desempenha a função de Orientadora Educacional há cinco anos. A outra está cursando o último ano do Curso de Pedagogia e há três anos desempenha a função de Orientadora Educacional.

Segundo as profissionais pesquisadas, o trabalho da orientação educacional na educação infantil é muito importante, porque realiza um trabalho com os pais, alunos e professores, desenvolvendo um trabalho conjunto entre corpo docente, discente e a família.

As orientadoras educacionais destacaram ainda que, para melhor atender os alunos de educação infantil, o orientador educacional deve participar da elaboração do plano escolar como um todo, como podemos perceber em GIACAGLIA E PENTEADO (2000)

no planejamento, o Orientador Educacional participa no processo do Planejamento Curricular e na sua realização, bem como define e faz pesquisas, participa na elaboração do plano da escola e elabora o Plano de Atividades da Orientação Educacional, tendo em vista as seguintes considerações: o trabalho em conjunto com a Administração Escolar, Supervisão Pedagógica e outros setores referentes à escola, as atividades em parceria da escola e da comunidade e as atividades de integração da escola e da família. O planejamento e a elaboração do plano escolar costumam ocorrer no final do ano letivo anterior ou no início do ano em questão, dependendo do calendário de cada escola, e devem contar com a participação de todos os profissionais que nela atuam.

Questionou-se também sobre como funciona o atendimento aos alunos em relação ao aproveitamento escolar. Uma das orientadoras pesquisadas relatou que os alunos que não têm um bom aproveitamento escolar são encaminhados para assistir aulas extras, denominadas “apoio pedagógico”, em contraturno.

A outra profissional afirmou que o atendimento aos alunos acontece tanto em momentos favoráveis, quanto em momentos em que o aluno apresenta dificuldades ou outros problemas.

A última questões perguntava se este profissional acredita ser importante na Educação Infantil, o conhecimento da família por parte do Orientador Educacional para melhorar o desempenho de sua função.

Os dois profissionais entrevistados responderam que com certeza, pois conhecer o aluno como um todo possibilita desenvolver um trabalho mais coerente.

Podemos constar isto na afirmação de MIALARET (1976) onde ele diz:

... a criança é um ser vivo que vive num ambiente. Conhecer a criança é conhecer, simultaneamente, a sua realidade biológica, a sua realidade psicológica e o meio em que se desenvolve; é também conhecer a sua historia, as suas experiências e as sucessivas etapas da sua formação. A educação não deve manter-se passiva perante a evolução da criança, deve atuar respeitando a realidade infantil sem mutilar nem a traumatizar.

REFERÊNCIAS

CABRAL, Adriana Alvez. PIMENTA, Izabel Nunes. Serviço de Orientação Educacional. disponível em acessado em 15/10/2005.

CARREIRA. Orientação Educacional. São Paulo: Edição nº. 16 de Março de 2003. Disponível em <http://novaescola.abril.com.br/index.htm?ed/160mar03/html/carreira>

Acessado em 01/07/2005.

FELTRAN, Regina Célia de Santis. Orientação educacional na pré-escola. Campinas, SP: Papirus, 1990.

GIACAGLIA Lia Renata Angelini, PENTEADO, Wilma Millan Alves. Orientação educacional na prática: princípios, técnicas, instrumentos. São Paulo, SP: Pioneira Educação, 2000.

_____________ Orientação educacional na prática: princípios, técnicas, instrumentos. São Paulo, SP: Pioneira Educação, 2003.

KÖCHE, José Carlos. Fundamentos de Metodologia Científica: Teoria da Ciência e prática da Pesquisa. 16. ed. Petrópolis:Editora Vozes, 1999.

KUHLMANN JÚNIOR, Moysés. Trajetórias das Concepções de Educação Infantil. Disponível em Acessado em 25/06/2005

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de Metodologia Científica. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1991.

MAIA, E. M e GARCIA, R. L. Uma orientação educacional nova para uma nova escola. São Paulo: Loyola,1990.

MARTINS, José do Prado. Princípios e Métodos de Orientação Educacional. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1992.

MIALARET, Gaston. A Educação pré-escolar no mundo. Lisboa: Moraes Editores, 1976.

PENTEADO, Wilma M.A. (org.). Fundamentos de Orientação Educacional. São Paulo: EPU, 1976.

PLANO DE CURSO. Universidade de Itaúna. Disponível em acessado em 15/10/2005.

Orientação Educacional

http://www.saosabas.com.br/novolayout/orientacao_educacional.asp?txt=Orienta%C3%A7%C3%A3o%20Educacional

acessada em 2007-05-22-3:29(GMT-3)

A Orientação Educacional é entendida como um processo dinâmico e contínuo, estando integrada em todo o currículo escolar. O papel do Orientador Educacional corresponde ao elo entre os alunos e a escola, favorecendo o processo de integração Escola-Família-Comunidade, numa perspectiva voltada para as dificuldades pedagógicas, e emocionais, sociais e cognitivas dos alunos.


Para que isso se realize, é necessário que o trabalho esteja integrado com a Direção, Coordenação Pedagógica, e com o Corpo Docente e a Família.


Destas forma, a Orientação Educacional junto à:

ESCOLA E FAMÍLIA

Mobiliza a criança, a escola e a família para a investigação coletiva da realidade na qual todos estão inseridos;

Realizar o atendimento aos alunos orientando-os de forma individual ou coletiva, com observação, acompanhamento, aconselhamento e entrevista;

Acompanha o aluno no processo ensino-aprendizagem, visando o seu relacionamento com a realidade social e profissional;

Desenvolve hábitos de estudo e de organização, junto à Tutoria;

Integra as diversas disciplinas junto a Coordenação Pedagógica, disponibilizando aos alunos assuntos atuais e de interesse dos mesmos;

Organiza dados referentes à vida escolar aos alunos;

Estabelece um vínculo de confiança e cooperação entre os alunos, ouvindo-os com paciência e atenção;

Desperta no aluno o compromisso com a responsabilidade e autonomia enquanto pessoa e cidadão, para estimular a reflexão coletiva de valores: liberdade, justiça, honestidade, respeito, solidariedade, fraternidade, comprometimento social;

Atua preventivamente em relação a situações e dificuldades próprios do cotidiano, promovendo condições que favoreçam o desenvolvimento do aluno;

Promove palestras de interesse e importância aos alunos;

Conduz o processo de sondagem de habilidades e interesses oportunizando ao aluno o conhecimento das diferentes profissões e o mundo do trabalho, de forma que possa preparar-se para a vida em comunidade.

FAMÍLIA

Esclarece a família quanto as finalidades e funcionamento do SOE (Serviço de Orientação Educacional);

Orienta a família sobre o desenvolvimento dos alunos sempre que se fizer necessário, realizando reuniões com os pais juntamente com a Equipe Pedagógica;

Relaciona-se com os pais e familiares dos alunos de forma que desenvolva a participação ativa dos mesmos na escola;

Compromet-se com a integração pais e escola, professores e pais e pais e filhos;

Acompanha o aluno e sua família nas possíveis dificuldades, encaminhando-os a outros especialistas se necessário;

Atende os especialistas multidisciplinares que por ventura, realizem qualquer tipo de acompanhamento com os alunos.

PROFESSORES

Fornece ficha de encaminhamento para o professor formalizar a solicitação de acompanhamento dos alunos;

Mantem os professores informados quanto às atitudes e acompanhamentos do SOE junto aos alunos, principalmente quando esta atitude for solicitada pelo professor;

Coopera com o professor, estando sempre em contato com ele, auxiliando-o na compreensão do comportamento das classes e dos alunos em particular;

Realiza intervenções pedagógicas junto à Coordenação, quando necessário.

A Orientação Educacional é entendida como um processo dinâmico, contínuo e sistemático, estando integrada em todo o currículo escolar sempre encarando o aluno como um ser global que deve desenvolver-se harmoniosa e equilibradamente em todos os aspectos: intelectual, físico, social, moral, estético, político, educacional e vocacional.

Integrada com a Orientação Pedagógica e Docentes, a O.E. deverá ser um processo cooperativo devendo:

- mobilizar a escola, a família e a criança para a investigação coletiva da realidade na qual todos estão inseridos;

- cooperar com o professor, estando sempre em contato com ele, auxiliando-o na tarefa de compreender o comportamento das classes e dos alunos em particular;

- manter os professores informados quanto às atitudes do SOE junto aos alunos, principalmente quando esta atitude tiver sido solicitada pelo professor;

- esclarecer a família quanto às finalidades e funcionamento do SOE;

- atrair os pais para a escola a fim de que nela participem como forca viva e ativa;

- desenvolver trabalhos de integração: pais x escola,professores x pais e pais x filhos;

- pressupor que a educação não é maturação espontânea, mas intervenção direta ou indireta que possibilita a conquista da disciplina intelectual e moral;

- trabalhar preventivamente em relação a situações e dificuldades,promovendo condições que favoreçam o desenvolvimento do educando;

- organizar dados referentes aos alunos;

- procurar captar a confiança e cooperação dos educandos, ouvindo-os com paciência e atenção;

- ser firme quando necessário, sem intimidação, criando um clima de cooperação na escola;

- desenvolver atividades de hábitos de estudo e organização;

- tratar de assuntos atuais e de interesse dos alunos fazendo integração junto às diversas disciplinas;

Jardim a 4ª séries - Junto aos professores:

- treinamento de professores em observação e registro do comportamento do aluno;
- orientação e pesquisa sobre as causas do desajustamento e aproveitamento deficiente do aluno;

- assessorar os professores no planejamento de experiências diversificadas que permitam ao aluno;

- descobrir através da auto-avaliação e da execução de atividades, suas dificuldades e facilidades;

- descobrir o seu modo e ritmo de trabalho;

- descobrir sua forma de relacionar-se com os colegas e profissionais da escola;

- fazer escolhas;

- treinar a auto-avaliação;

- recursos teóricos para interpretar os dados obtidos nas observações;

- desenvolvimento de acordo com a faixa etária;

- pesquisa sobre as causas de desajustamento e aproveitamento deficiente do aluno;


Oferecer subsídios aos professores quanto a:

- coleta e registro de dados de alunos através de observações, questionários, entrevistas, reuniões de alunos, reuniões com pais.

- desenvolver um trabalho de prevenção:

- estudo sobre o rendimento dos alunos e tarefas educativas conjuntas que levem ao alcance dos objetivos comuns;

- sugerir Direção da realização de estudos por profissionais especializados a pais, alunos e professores;

- avaliação dos resultados do processo ensino-aprendizagem, adequando-os aos objetivos.educacionais, assessorando e decidindo junto com o professor e Conselho de Classe os.casos de aprovação e reprovação do aluno.

Junto às famílias dos alunos:

- entrevista com os pais para troca de dados e informações acerca do aluno;

- propiciar aos pais o conhecimento de características do processo de desenvolvimento psicológico da criança, bem como de suas necessidades e condicionamentos sociais;

- refletir com os pais o desempenho dos seus filhos na escola e fornecer as observações sobre a integração social do aluno na escola, verificando variáveis externas que estejam interferindo no comportamento do aluno, para estudar diretrizes comuns a serem adotadas;

- a orientação familiar se fará através de reuniões individuais com os pais, em pequenos grupos e nas reuniões bimestrais programadas constantes do Calendário Escolar.

Junto aos alunos:

- atendimentos individuais, sempre que for necessário para análise e reflexão dos problemas encontrados em situações de classe, recreios, desempenho escolar, pontualidade, cuidado com material de uso comum, relacionamento com os colegas de classes e outros alunos do colégio, respeito aos professores e funcionários;

- atendimentos grupais sempre que for necessário para reflexão de problemas citados acima ocorridas em situações de grupo.

- esclarecer quanto a regras e sanes no que diz respeito ao cumprimento das normas do colégio.

5ª a 8ª séries do Ensino Fundamental e Ensino Médio.

Objetivo Geral


A Orientação Educacional se propõe em ser um processo educacional organizado,dinâmico e contínuo. Atua no educando, através de técnicas adequadas às diferentes faixas etárias ,com a finalidade de orientá-lo na sua formação integral, levando-o ao conhecimento de si mesmo,de suas capacidades e dificuldades oferecendo-lhe elementos para um ajustamento harmonioso ao meio escolar e social em que vive.

Objetivos específicos relacionados aos professores

- assessorar o professor no acompanhamento e compreensão de sua turma;

- Integrar-se às diversas disciplinas visando o desenvolvimento de um trabalho comum e a formulação das habilidades didático-pedagógicas a serem desenvolvidas com os alunos;

- garantir a continuidade do trabalho;

- avaliar e encaminhar as relações entre os alunos e a escola;

- assessorar o professor na classificação de problemas relacionados com os alunos,colegas etc;

- desenvolver uma ação integrada com a coordenação pedagógica e os professores visando a melhoria do rendimento escolar,por meio da aquisição de bons hábitos de estudo.

Atividades junto aos professores

- divulgação do perfil das classes;

- organização de arquivos e fichas cumulativas;

- proposição de estratégias comuns entre os professores,coordenação e orientação;

- análise junto a coordenação dos planejamentos das diversas disciplinas;

- realização de atendimentos individuais e/ou grupo nas reuniões de curso para receber ou fornecer informações necessárias dos alunos;

- realização de atendimentos individuais na O.E para fornecer ou receber informações necessárias dos alunos;

- análise e avaliação dos resultados quantitativos e qualitativos dos alunos,das classes junto à coordenação para posterior encaminhamentos;

- participação nas reuniões de curso;

- participação nas reuniões de E.T;

- participação na preparação e realização dos Conselhos de classe;

- participação nos eventos da escola;

- organização e participação junto à coordenação das atividades extra-curriculares.

Objetivos específicos relacionados aos alunos

- orientação vocacional;

- instrumentalizar o aluno para a organização eficiente do trabalho escolar, tornando a aprendizagem mais eficaz;

- identificar e assistir alunos que apresentam dificuldades de ajustamento à escola, problemas de rendimento escolar e/ou outras - dificuldades escolares;

- acompanhar a vida escolar do aluno;

- assistir o aluno na análise de seu desempenho escolar e no desenvolvimento de atitudes responsáveis em relação ao estudo;

- promover atividades que levem o aluno a analisar,discutir,vivenciar e desenvolver atitudes fundamentados na filosofia cristã de valores;

- promover atividades que levem o aluno a desenvolver a compreensão dos direitos e deveres da pessoa humana,do cidadão,do Estado,da família e dos demais grupos que compõem a comunidade e a cultura em que vive o aluno;

- despertar no aluno o respeito pelas diferenças individuais,o sentimento de responsabilidade e confiança nos meios pacíficos para o encaminhamento e solução dos problemas humanos;

- promover atividades que levem o aluno a desenvolver a compreensão dos valores,das implicações e das responsabilidades em relação à dimensão afetiva e sexual do indivíduo de acordo com a filosofia da escola e os valores da família;

- identificar na escola,eventos esportivos,culturais e de lazer que possam ser utilizados pelos alunos;

- desenvolver atitudes de valorização do trabalho como meio de realização pessoal e fator de desenvolvimento social;

- Levar o aluno a identificar suas potencialidades, características básicas de personalidade e limitações preparando-o para futuras escolhas;

- Preparar o aluno para a escolha de representantes de classe e/ou comissões;

- Preparar e acompanhar os representantes de classe para o exercício de suas funções;

- Promover atividades que desenvolvam aspectos relativos a dificuldades e /ou necessidades inerentes à faixa etária;

- Desenvolver o relacionamento interpessoal e hábitos de trabalho em grupo.

Atividades junto aos alunos

- Realização de sessões de orientação com cada série, previamente agendadas em calendário, onde o O.E estará propondo temas(textos, trabalhos em grupo, vídeo, informática, debates, atividades extra-classe etc) que vão ao encontro dos objetivos propostos e às necessidades e interesses da faixa etária a ser trabalhada;

- Realização de reuniões com representantes de classe e/ou comissões;

- Participação dos eventos da escola(atividades extra-classe, jogos, festa junina, encontros, viagens etc);

- Realização de atendimentos individuais e/ou pequenos grupos.

Objetivos específicos relacionados aos pais

- Oferecer às famílias subsídios que as orientem e as façam compreender os princípios subjacentes à tarefa de educar os filhos, para maior auto realização dos mesmos;

- Garantir o nível de informações a respeito da vida escolar dos alunos;
Interpretar e encaminhar dúvidas, questionamentos.

Atividades relacionadas aos pais

- Entrevistas solicitadas pelas famílias;

- Entrevistas solicitadas pela escola;

- Palestras(junto à coordenação e APM);

- Reuniões.

http://www.procampus.com.br/ensino_orientacao_atribuicoes.asp

acessada em 2007-05-22-3:22(GMT-3)

A ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL EM AÇÃO

Marco Aurélio Freire Ferraz

Ao delinear a possibilidade de relatar vivências que vão com o tempo nos tomando por inteiro são por vezes um jogo de cumplicidade no mínimo emocionante, pois é colocar-se diante de um universo particular que só existe em função de um coletivo como é a escola. Falar da Escola Especial é desvendar espaços, redimensionar idéias para reflexões não estereotipadas ou desprovidas de concepções apelativas do que possa ser um sujeito diferente.Falar da Escola Elyseu Paglioli é debruçar-se sobre a história de uma comunidade que há quinze anos atrás,forjava ao calor de muitas movimentações e convencimentos um espaço escolar para crianças com necessidades especiais,do bairro Cristal e arredores.Falar da experiência como Orientador Educacional nesta escola Especial é refletir sobre desafios cotidianos que encontram-se recheados do inusitado,das certezas e incertezas e reinventar o lugar da orientação educacional sob a ótica de uma sociedade em transformação.

A Escola Municipal Especial de Ensino Fundamental Elyseu Paglioli foi a primeira escola especial municipal de Porto Alegre, fundada em 1988 para atender alunos com deficiência mental.Nesta época, houveram vários movimentos da comunidade do bairro Cristal,que não desejava ter em sua proximidade uma escola para anormais ,o que poderia vir a desvalorizar os imóveis da região. No ano de 1995 inicia-se o Projeto de integração na escola, os quais ofereciam vagas para alunos ditos normais da comunidade,nos cursos oferecidos até então somente para os alunos matriculados na escola (Curso de Máscaras, teatro,dança,artes plásticas,jovem cientista,vôlei e educação ambiental). Neste mesmo ano foi constituído o Projeto de Trabalho Educativo.

Em 1996,o projeto de integração estende-se para Educação infantil, crianças da comunidade na faixa etária entre 4 e 5 anos passam a freqüentar atividades no primeiro ciclo,inicialmente em uma turma piloto e posteriormente na totalidade das turmas. A Escola vai assim definindo seus objetivos de trabalho voltada para movimentos de acolhimento do aluno e sua inclusão em ações educativas e relações que viabilizem a construção de conhecimentos e o desenvolvimento de projetos de cidadania que oportunizem a reinvenção de novas formas de convivência.Segundo Deleuze e Guatarri que a escola permita-se ser maleável ao inventar possibilidades de se deixar penetrar pelos seus agentes e diferentes saberes, apropriando-se de novos modos de ser,permitindo-se a própria transformação.Desta forma a escola organiza-se para garantir a oferta de projetos educativos que assegurem a inclusão de alunos das escolas regulares afim de compartilhar espaços de aprendizagem em seu interior,incentivando as


Professor Municipal desde 1992,

Orientador Educacional,

Pós-graduado em Psicopedagogia e Especialização em Deficiência Mental.



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AS 8 PRÁTICAS FUNDAMENTAIS DO PROFESSOR DE ADULTOS. (Andragogia).


AS 8 PRÁTICAS FUNDAMENTAIS DO PROFESSOR DE ADULTOS
Gilberto Teixeira
(Prof. Doutor FEA/USP)
I ‑ Avaliar suas Capacidades Pessoais como Educador:
• Conhecer-se melhor como pessoa.
• Nao ignorar seus próprios preconceitos e aptidões quanto aos métodos instrucionais.
• Identificar estilos pessoais que podem adotar, mais espontaneamente.
II ‑ Compreender a Situação Global em que o Processo Educacional se insere:
• Onde os alunos vão aplicar o que aprenderam?
• Que resultados se espera que obtenham com a aplicação daquilo que aprenderam?
• Que clima encontrarão para aplicar o que terão aprendido?
III ‑ Saber Colocar‑se no Lugar do Aluno:
• Conhecer os mecanismos de compreensão e de memorização do aluno.
• Saber entender suas motivações e interesses.
• Saber sobre sua experiencia profissional e pessoal anterior.
IV ‑ Escolher os Métodos mais Eficazes para a Situação, Conhecer idéias básicas dos grandes pedagogos:
• Conhecer os diferentes métodos de ensino‑aprendizagem:
da lousa ao computador.
• Exercer espírito crítico e selecionar os métodos que melhor se apliquem aos objetivos instrucionais.
V ‑ Aprender a Transmitir Conhecimentos a um Grupo:
• Saber formar um grupo.
• Estabelecer uma boa comunicação com o grupo, dinamiza‑lo, interagir.
• Saber fazer um grupo heterogeneo trabalhar em conjunto.
• Desenvolver um estilo de animação em grupo, eficaz e pessoal.
VI ‑ Preparar e Montar um Ambiente Adequado para a Instrução:
• Saber preparar a instrução.
• Utilizar todas as informações úteis e instrucionais.
• Saber escolher os metodos instrucionais adequados aos alunos e ao conteúdo.
VII ‑ Controlar a Eficácia Pedagógica da Instrução:
• Assegurar‑se de que os objetivos previstos estão sendo atingidos.
• Assegurar‑se de que os conhecimentos adquiridos estão sendo utilizados.
• Assegurar‑se de que os métodos empregados são eficazes.
VIII ‑ Conhecer e aperfeigoar‑se na Pedagogia para Adultos (Andragogia)
• Procurar conhecer os métodos andragogicos a como utilizá‑los.
• Ter consciencia de que se pode aprender com os alunos.

Fonte: http://spu.autoupdate.com/ler.php?modulo=1&texto=2

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FENÔMENO ( fe.nô.me.no). Palavra do Dia.



Palavra do Dia:

FENÔMENO ( fe.nô.me.no)

O nadador norte-americano Michael Phelps vem se destacando nos Jogos Olímpicos de Pequim pela grande quantidade de medalhas de ouro conquistadas, com grande expectativa da quebra do recorde de medalhas de ouro conquistadas na mesma competição, estabelecido pelo compatriota e também nadador Mark Spitz nos jogos de Munique, em 1972. Não há dúvida de que Phelps é um dos maiores fenômenos dessa edição das olimpíadas.

A palavra “fenômeno” vem do termo grego ‘phainómenon’, através do latim tardio ‘phaenomenon’, que tem o sentido de 'todo acontecimento natural ou social que possa ser percebido por nossos sentidos '. Mas é mais utilizado para se referir a algo que seja surpreendente e/ou raro. Da mesma forma, também se refere a uma pessoa capaz de algo excepcional, muito acima no normal, como é o caso do nadador.

>> Definição do dicionário Aulete Digital

FENÔMENO (fe.nô.me.no)

Substantivo masculino.

1 Fato, acontecimento ou processo que pode ser observado na natureza ou na sociedade: os fenômenos físicos: o fenômeno da criminalidade.

2 Tudo o que é raro e surpreendente; PORTENTO; PRODÍGIO.

3 Pessoa ou objeto que tem alguma coisa de anormal ou extraordinário.

4 Pessoa que tem um talento muito acima do normal.

5 Fil. No kantismo, a realidade apreendida pelos sentidos, p.opos. à realidade em si mesma, o númeno.

[Formação: Do grego 'phainómenon', pelo lat. tardio 'phaenomenon'.]

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O que é Folclore.


Folclore

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Folclore é um gênero de cultura de origem popular, constituído pelos costumes, lendas, tradições e festas populares transmitidos por imitação e via oral de geração em geração. Todos os povos possuem suas tradições, crendices e superstições, que se transmitem através de lendas, contos, provérbios e canções.

História

O termo folclore (folklore) aparece pela primeira vez por Ambrose Merton - pseudônimo de William John Thoms - em uma carta endereçada à revista The Athenaeum, de Londres, onde os vocábulos da língua inglesa folk e lore (povo e saber) foram unidos, passando a ter o significado de saber tradicional de um povo. Esse termo passou a ser utilizado então para se referir às tradições, costumes e superstições das classes populares. Posteriormente, o termo passa a designar toda a cultura nascida principalmente nessas classes, dando ao folclore o status de história não escrita de um povo.

À medida que a ciência e a tecnologia se desenvolveram, todas essas tradições passaram a ser consideradas frutos da ignorância popular. Entretanto, o estudo do folclore é fundamental de modo a caracterizar a formação cultural de um povo e seu passado, além de detectar a cultura popular vigente, pois o fato folclórico é influenciado por sua época.

No século XIX, a pesquisa folclórica se espalha por toda a Europa, com a conscientização de que a cultura popular poderia desaparecer devido ao modo de vida urbano. O folclore passa então a ser usado como principal elemento nas obras artísticas, despertando o sentimento nacionalista dos povos.

Características do fato folclórico

Para se determinar se um acontecimento é folclórico, ele deve apresentar as seguintes características:

  • Tradicionalidade: vem se transmitindo geracionalmente.
  • Oralidade: é transmitido pela palavra falada.
  • Anonimato: não tem autoria.
  • Funcionalidade: existe uma razão para o fato acontecer.
  • Aceitação coletiva: há uma identificação de todos com o fato.
  • Vulgaridade: acontece nas classes populares e não há apropriação pelas elites.
  • Espontaneidade: não pode ser oficial nem institucionalizado.

As características de tradicionalidade, oralidade e anonimato podem não ser encontrados em todos os fatos folclóricos como no caso da literatura de cordel, no Brasil, onde o autor é identificado e a transmissão não é feita oralmente.

Enlogação folclórica

  • Música
  • Danças e festas
  • Linguagem
  • Usos e costumes
  • Brinquedos e brincadeiras
  • Lendas, mitos e contos
  • Crenças e superstições
  • Arte e artesanato

Música

Caracteriza-se pela simplicidade, monotonia e lentidão. Sua origem pode estar ligada a uma música popular cujo autor foi esquecido ou pode ter sido criada espontâneamente pelo povo. Observa-se a música folclorica sobretudo em brincadeiras infantis, cantos religiosos, ritos, danças e festas.

São exemplos:

Danças e festas

As danças acompanham as músicas em vários rituais folclóricos, sendo as principais danças folclóricas brasileiras samba, baião, frevo, xaxado, maracatu, tirana, catira, quadrilha.

As principais festas são Carnaval, Festas juninas, Festa do Rosário e Congado.

Algumas lendas, mitos e contos folclóricos do Brasil

Boitatá : Representada por uma cobra de fogo que protege as matas e os animais e tem a capacidade de perseguir e matar aqueles que desrespeitam a natureza. Acredita-se que este mito é de origem indígena e que seja um dos primeiros do folclore brasileiro. Foram encontrados relatos do boitatá em cartas do padre jesuíta José de Anchieta, em 1560. Na região nordeste, o boitatá é conhecido como "fogo que corre".

Boto: Acredita-se que a lenda do boto tenha surgido na região amazônica. Ele é representado por um homem jovem, bonito e charmoso que encanta mulheres em bailes e festas. Após a conquista, leva as jovens para a beira de um rio e as engravida. Antes de a madrugada chegar, ele mergulha nas águas do rio para transformar-se em um boto.

Curupira: Assim como o boitatá, o curupira também é um protetor das matas e dos animais silvestres. Representado por um anão de cabelos compridos e com os pés virados para trás. Persegue e mata todos que desrespeitam a natureza. Quando alguém desaparece nas matas, muitos habitantes do interior acreditam que é obra do curupira.

Lobisomem: Este mito aparece em várias regiões do mundo. Diz o mito que um homem foi atacado por um lobo numa noite de lua cheia e não morreu, porém desenvolveu a capacidade de transforma-se em lobo nas noites de lua cheia. Nestas noites, o lobisomem ataca todos aqueles que encontra pela frente. Somente um tiro de bala de prata em seu coração seria capaz de matá-lo.

Iara: Encontramos na mitologia universal um personagem muito parecido com a mãe-d'água : a sereia. Este personagem tem o corpo metade de mulher e metade de peixe. Com seu canto atraente, consegue encantar os homens e levá-los para o fundo das águas.

Corpo-seco:É uma espécie de assombração que fica assustando as pessoas nas estradas. Em vida, era um homem que foi muito malvado e só pensava em fazer coisas ruins, chegando a prejudicar e maltratar a própria mãe. Após sua morte, foi rejeitado pela terra e teve que viver como uma alma penada.

Pisadeira: É uma velha de chinelos que aparece nas madrugadas para pisar na barriga das pessoas, provocando a falta de ar. Dizem que costuma aparecer quando as pessoas vão dormir de estômago muito cheio.

Mula-sem-cabeça: Surgido na região interior, conta que uma mulher teve um romance com um padre. Como castigo, em todas as noites de quinta para sexta-feira é transformada num animal quadrúpede que galopa e salta sem parar, enquanto solta fogo pelas narinas.

Mãe-de-ouro: Representada por uma bola de fogo que indica os locais onde se encontra jazidas de ouro. Também aparece em alguns mitos como sendo uma mulher luminosa que voa pelos ares. Em alguns locais do Brasil, toma a forma de uma mulher bonita que habita cavernas e após atrair homens casados, os faz largar suas famílias.

Saci Pererê: O saci-pererê é representado por um menino negro que tem apenas uma perna. Sempre com seu cachimbo e com um gorro vermelho que lhe dá poderes mágicos. Vive aprontando travessuras e se diverte muito com isso. Adora espantar cavalos, queimar comida e acordar pessoas com gargalhadas.

O que são trava-línguas ?

Podemos definir os trava línguas como frases folclóricas criadas pelo povo com objetivo lúdico (brincadeira). Apresentam-se como um desafio de pronúncia, ou seja, uma pessoa passa uma frase díficil para um outro indíviduo falar. Estas frases tornam-se difíceis, pois possuem muitas sílabas parecidas (exigem movimentos repetidos da língua) e devem ser faladas rapidamente. Estes trava línguas já fazem parte do folclore brasileiro, porém estão presentes mais nas regiões do interior brasileiro.

Linguagem

As principais manifestações do folclore na linguagem popular são as seguintes:

Exemplos de adivinhas
'O que é o que é???'

1. Está no meio do começo, está no começo do meio, estando em ambos assim, está na ponta do fim?
2. Branquinho, brancão, não tem porta, nem portão?
3. Uma árvore com doze galhos, cada galho com trinta frutas, cada fruta com vinte e quatro sementes?
4. Uma casa tem quatro cantos, cada canto tem um gato, cada gato vê três gatos, quantos gatos têm na casa?
5. Altas varandas, formosas janelas, que abrem e fecham, sem ninguém tocar nelas?

Respostas:

1. A letra M
2. Ovo
3. Ano, mês, dia, hora
4. Quatro
5. Olhos
Parlenda: são palavras ordenadas de forma a ritmar, com ou sem rima.

  • Provérbios: ditos que contém ensinamentos. Dinheiro compra pão, mas não compra gratidão. A fome é o melhor tempero. Ladrão que rouba a ladrão tem cem anos de perdão. Pagar e morrer é a última coisa a fazer.
  • Quadrinhas: estrofes de quatro versos sobre o amor, um desafio ou saudação.
  • Piadas: fatos narrados humorísticamente.

Piada ou Anedota é uma história curta de final geralmente surpreendente e engraçado com o objetivo de causar risos ou gargalhadas (ou sensação de) no leitor ou ouvinte. É um tipo específico de humor que, apesar de diversos estilos, possui características que a diferenciam de outras formas de comédia. Joãozinho é um nome genérico que se utiliza em piadas que envolvem um garotinho que faz perguntas ou comentários que provocam espanto em adultos. Esse é o nome utilizado no Brasil e em Portugal, mas esse contexto de piada também é utilizado em outros países. Há uma variação, que é Juquinha.

Os nomes mais populares são: Little Johnny (Estados Unidos), Jaimito (Espanha), Pepito (México), Vovochka (Rússia), Pepíček (República Tcheca), Pierino (Itália) e Toto (França).

Exemplo

   O Joãozinho vai com sua irmã visitar a avó:
— Vovó, como é que as crianças nascem?
— Bem, as cegonhas trazem as criancinhas no bico, meus netinhos.
Joãozinho cochicha para a sua irmã:
— E aí, o que é que você acha? Contamos a verdade para ela?
  • Literatura de Cordel: livrinhos escritos em versos, no nordeste brasileiro, e pendurados num barbante (daí a origem de cordel), sobre assuntos que vão desde mitos sertanejos às situações social, política e econômica atuais.
  • Frases prontas: frases consagradas de poucas palavras com significado direto e claro.
Frase de pára-choque: Trabalho com minha família para servir a sua
Frase de pára-choque: Trabalho com minha família para servir a sua
  • Trava-Língua: É um pequeno texto, rimado ou não, de pronunciação difícil.

Usos e costumes

Neste campo inclui-se ítens à respeito da alimentação, cultivo, vestuário, comportamento etc, de um povo de uma região, que tem costumes de ir a varios lugares.

Brinquedos e brincadeiras

Os brinquedos são artefatos para serem utilizados sozinho, como a boneca de pano, o papagaio (pipa), estilingue (bodoque), pião , arapuca , pandorga e etc.

As brincadeiras envolvem disputa de algum tipo, seja de grupos ou individual, como o pega-pega, bolinha-de-gude, esconde-esconde, resgate, nuka3, pike bandera e etc

Como por exemplo pipa: é um instrumento feito com papel seda, e varetas finas de bambu, contendo uma rabiola, fio com várias fitas, e outro fio, se empina a pipa para um lado onde houver vento, e a solta com a ajuda do vento e da rabiola ela sobe em direção ao céu. Mas cuidado: não use cerol (perigoso podendo cortar motoqueros).

As brincadeiras se modificam de acordo com sua região, pode ser mudar o nome ou então a forma de brincar.

Sobre as lendas e mitos folcloricos

Algumas lendas, mitos e contos folclóricos do Brasil: Boitatá Representada por uma cobra de fogo que protege as matas e os animais e tem a capacidade de perseguir e matar aqueles que desrespeitam a natureza. Acredita-se que este mito é de origem indígena e que seja um dos primeiros do folclore brasileiro. Foram encontrados relatos do boitatá em cartas do padre jesuíta José de Anchieta, em 1560. Na região nordeste, o boitatá é conhecido como "fogo que corre". Boto: Acredita-se que a lenda do boto tenha surgido na região amazônica. Ele é representado por um homem jovem, bonito e charmoso que encanta mulheres em bailes e festas. Após a conquista, leva as jovens para a beira de um rio e as engravida. Antes de a madrugada chegar, ele mergulha nas águas do rio para transformar-se em um boto. Curupira Assim como o boitatá, o curupira também é um protetor das matas e dos animais silvestres. Representado por um anão de cabelos compridos e com os pés virados para trás. Persegue e mata todos que desrespeitam a natureza. Quando alguém desaparece nas matas, muitos habitantes do interior acreditam que é obra do curupira. Lobisomem Este mito aparece em várias regiões do mundo. Diz o mito que um homem foi atacado por um lobo numa noite de lua cheia e não morreu, porém desenvolveu a capacidade de transforma-se em lobo nas noites de lua cheia. Nestas noites, o lobisomem ataca todos aqueles que encontra pela frente. Somente um tiro de bala de prata em seu coração seria capaz de matá-lo. Mãe-D'água Encontramos na mitologia universal um personagem muito parecido com a mãe-d'água : a sereia. Este personagem tem o corpo metade de mulher e metade de peixe. Com seu canto atraente, consegue encantar os homens e levá-los para o fundo das águas. Corpo-seco É uma espécie de assombração que fica assustando as pessoas nas estradas. Em vida, era um homem que foi muito malvado e só pensava em fazer coisas ruins, chegando a prejudicar e maltratar a própria mãe. Após sua morte, foi rejeitado pela terra e teve que viver como uma alma penada. Pisadeira É uma velha de chinelos que aparece nas madrugadas para pisar na barriga das pessoas, provocando a falta de ar. Dizem que costuma aparecer quando as pessoas vão dormir de estômago muito cheio. Mula-sem-cabeça Surgido na região interior, conta que uma mulher teve um romance com um padre. Como castigo, em todas as noites de quinta para sexta-feira é transformada num animal quadrúpede que galopa e salta sem parar, enquanto solta fogo pelas narinas. Mãe-de-ouro Representada por uma bola de fogo que indica os locais onde se encontra jazidas de ouro. Também aparece em alguns mitos como sendo uma mulher luminosa que voa pelos ares. Em alguns locais do Brasil, toma a forma de uma mulher bonita que habita cavernas e após atrair homens casados, os faz largar suas famílias. Saci-Pererê O saci-pererê é representado por um menino negro que tem apenas uma perna. Sempre com seu cachimbo e com um gorro vermelho que lhe dá poderes mágicos. Vive aprontando travessuras e se diverte muito com isso. Adora espantar cavalos, queimar comida e acordar pessoas com gargalhadas. O que são Podemos definir os trava línguas como frases folclóricas criadas pelo povo com objetivo lúdico (brincadeira). Apresentam-se como um desafio de pronúncia, ou seja, uma pessoa passa uma frase díficil para um outro indíviduo falar. Estas frases tornam-se difíceis, pois possuem muitas sílabas parecidas (exigem movimentos repetidos da língua) e devem ser faladas rapidamente. Estes trava línguas já fazem parte do folclore brasileiro, porém estão presentes mais nas regiões do interior brasileiro.

Crenças e superstições

Sabença: sabedoria popular utilizada na cura de doenças e solução de problemas pessoais através de benzeduras.

Crendice: crença absurda, também chamada de ablusão.

Superstição: explicações de fatos naturais como consequências de acontecimentos sobrenaturais.

Arte e artesanato

Compreende uma ampla área, que se estende desde a culinária até o artesanato propriamente dito. Baseiam-se em técnicas rudimentares de produção e utilizam-se de matéria-prima natural como madeira, ossos, couro, tecido, pedras, sementes, entre outros.

Ver também

Wikiquote
O Wikiquote tem uma coleção de citações de ou sobre: Folclore.
Wikiquote
O Wikiquote tem uma coleção de citações de ou sobre: Frases de pára-choque de caminhão.

Ligações externas

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

RECORDE (re.cor.de). Palavra do Dia.


Palavra do Dia:

RECORDE (re.cor.de). Palavra do Dia .(re.cor.de)

As primeiras competições de natação nos Jogos Olímpicos de Pequim tem registrado um grande número de recordes sendo quebrados em várias provas desta categoria.

A palavra “recorde” tem sua origem no inglês ‘record’. A palavra “recorde” designa toda realização oficialmente registrada, seja ela esportiva ou não, que venha a superar o feito anterior.

É muito comum também a dúvida sobre a pronúncia da palavra. “récorde” e “récor’ também são pronuncias aceitas.


>> Definição do dicionário Aulete Digital

RECORDE (re.cor.de)

Substantivo masculino.

1 Esporte Em qualquer competição, ato desportivo devidamente homologado que suplanta aquele anteriormente alcançado no mesmo âmbito e modalidade.: Bateu o recorde brasileiro dos 100m rasos

2 P.ext. Tudo o que sobrepuja, em algum aspecto, realização ou marca precedente.: A exposição bateu recorde de público


[Formação: Do ing. record. Hom./Par.: recorde (fl. de recordar). NOTA: Ocorrem, no Brasil, tb. pros. récorde e récor.]

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Como escrever uma proposta de TCC ou Mestrado.


Por Fernando Koch
May-2008

Introdução


Esse é um guia rápido de como preparar uma Proposta de Pesquisa para TCC ou Mestrado* em Ciências da Computação.

  • Note: o formato da proposta em si não varia para TCC ou Mestrado; o que varia é a extensão da pesquisa, profundidade do tópico, e nível de detalhes e referencias a serem fornecidos na proposta!

Primeiro, o objetivo e escopo do trabalho devem estar bem claros. Ou seja, você deve ter em mente e saber responder na hora e sem sombra de duvida as seguintes perguntas:

  • QUAL O PROBLEMA?
  • PORQUE o PROBLEMA é um problema?
  • EM QUE eu posso contribuir para solucionar esse problema?
  • PORQUE minha contribuição vale alguma coisa?

Note que ate esse momento não se perguntou o "COMO fazer?". De fato, num trabalho acadêmico, o "como" interessa menos do que o "porque". Essa afirmação tem uma razão de ser. O "como" leva a uma técnica ou produto que é a realização de um novo CONCEITO (que é o ponto importante no final).

Espera-se que o candidato ao mestrado (ou bacharelando) possa entender os CONCEITOS por detrás dos produtos e técnicas. Isso vem a ser entender: como modelá-los; como representá-los num sistema computacional; como reproduzi-los, e; baseado nisso, como melhora-los.

Também, é importante definir o ESCOPO a proposta. Ou seja, deixar claro qual a amplitude da área onde você prentende conduzir sua pesquisa. Isso porque cada vez existe mais facilidade de acesso à informação. Querer resolver o problema do mundo ou um problema em uma área muito grande é a receita para o desastre. Então, o candidato deve definir o que NÃO esta no escopo do trabalho. Mostra também que o autor conhece e considerou um problema e a sua amplitude, mas achou importante focar num ponto em especifico que é de seu interesse.


ANTES DE TUDO


Antes de tudo, eu sugiro que o candidato pense no PROBLEMA, respondendo as perguntas acima. E depois, comece a dar andamento no lado conceitual da sua proposta, respondendo as seguintes perguntas (claro, colabore com o orientador aqui):

  • O que você acha que deve ser feito?;
  • O que você acha que é possível ser feito, dadas as limitações de tempo, recursos, escopo do projeto, etc.
  • Qual a importância do que você vai fazer para o campo de pesquisa? Ou seja, qual a sua CONTRIBUICAO?
  • Quando e Como você pretende fazer deu projeto? Ou seja, um preview do Cronograma!

Tendo essas resposta em mente, os proximos passos é colocar isso no papel de forma estruturada. Segue abaixo uma sugestão de como estruturar uma Proposta de Pesquisa.

MONTANDO A PROPOSTA DE PESQUISA


A Proposta da Pesquisa é um documento curto, que serve de orientação tanto para o orientador como para o orientando. Em geral, numa proposta bem pensada, com as perguntas acima bem pensadas e respondidas eh um documento de 4-5 paginas. Esse documento deve conter as seguintes seções.

(i) OBJETIVO DA PESQUISA


OBJETIVO: definir claramente o PROBLEMA.

Essa seção deve responder as perguntas descritas anteriormente, repetidas abaixo:

PROBLEMA:
  • QUAL O PROBLEMA?
  • PORQUE o PROBLEMA eh um problema?
  • EM QUE eu posso contribuir para solucionar esse problema?
  • PORQUE minha contribuição vale alguma coisa?

PESQUISA:
  • O que você acha que deve ser feito?;
  • O que você acha que eh possível ser feito, dadas as limitações de tempo, recursos, escopo do projeto, etc.
  • Qual a importância do que você vai fazer para o campo de pesquisa? Ou seja, qual a sua CONTRIBUIÇÃO?
  • Quando e Como você pretende fazer deu projeto? Ou seja, um preview do Cronograma!

Lembro que em Ciências da Computação, o PROBLEMA existe nas seguintes áreas que você deve correlacionar claramente quando for definir o problema.

  • Problemas de Configuração: tal como arquitetura de sistemas, integração de componentes, estruturas de dados, algoritmos, etc.
  • Problemas de Colaboração: tal como integração entre elementos em sistemas distribuídos, negociação, coordenação de atividades, etc.
  • Problemas de Compatibilidade: tal como protocolos, linguagem de representação, ontologias, etc...
  • Problemas de Performance e Capacidade: tal como aumento da performance de resolução de problemas por melhoria na alocação de recursos, analise da performance de sistemas, testes de escalabilidade, etc
  • Problemas de Gerenciamento e Monitoramento: tal como sistemas de monitoramento, gerenciamento de sistemas, billing, etc
  • Problemas de Segurança.

(ii) ESCOPO


OBJETIVO: definir o escopo da pesquisa dentro das múltiplas facetas da sua área de atuação.

Essa seção deve responder as seguintes perguntas:

  • Que áreas serão abordadas?
  • Qual a utilidade delas no corpo do projeto?
  • Que áreas não serão abordadas?

Uma boa frase que pode fazer parte dessa seção é que ``você quer resolver aspectos específicos de um problema, reconhecendo que os outros aspectos existem. Ou seja, que você entende o problema como um todo, porem você deve ressaltar que outros aspectos, apesar de relevantes, estão fora do escopo do seu trabalho’’.

Esse passo é um complemento importante e indispensável para (i).

(iii) PROPOSTA


OBJETIVO: apresentar um ``plano de ação’’ como você ira realizar a sua pesquisa (e não como ira funcionar a solução!!)

Essa seção deve responder as seguintes perguntas:

  • Como o projeto será feito?
  • Quais os passos envolvidos?
  • Qual as referencias bibliográficas que você esta considerando nesse ponto?
  • Que outros projetos similares existem e podem contribuir em idéias e conceitos para a sua solução?

(iv) SOLUÇÃO ESPERADA


OBJETIVO: Apresentar um preview do que você acha que será o resultado da sua pesquisa, mesmo que nesse momento seja um ``exercício de criatividade’’.
Algumas perguntas que essa seção pode responder são:

  • Como a solução irá funcionar?
  • Como a solução prove uma prova-conceito para os problemas propostos?
  • Como devera ser o conjunto de testes, em forma de estudo de casos para demonstrar os resultados

O objetivo aqui eh mostrar que seu projeto esta fechando um ciclo, i.e. a SOLUCAO prova que a PROPOSTA funciona para resolver o PROBLEMA.

(v) RECURSOS NECESSÁRIOS


OBJETIVO: Definir, num primeiro momento, quais os recursos bibliográficos, de software, e hardware necessários para a realização do projeto.

  • O que você acha que precisa nesse momento?
  • Como pretende consegui-los?

(vi) CRONOGRAMA


OBJETIVO: Completa o plano de ação de (iii) PROPOSTA com datas e prazos de quando você pretende concluí-lo.

Note que (i) eh bem provável que você precisara completar o plano de ação de (iii) PROPOSTA com mais detalhes para chegar ao cronograma, e; (ii) eh bem possível que você terá que alterar os prazos a medida que seu projeto progredir, o que faz parte do processo de gerenciamento de projeto.




Espero que essas informações sejam úteis para o seu trabalho. Se você tiver qualquer dúvida ou sugestão entre em contato por e-mail.
Fonte: http://www.fernandokoch.com/wiki/tiki-index.php?page=Como+escrever+uma+proposta+de+TCC+ou+Mestrado

Fique agora com vídeo-aulas sobre este tema. Bom final de semana.


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