terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Temas Transversais.


Projeto - Textos - Temas Transversais

INTER-TRANSDISCIPLINARIDADE E TRANSVERSALIDADE

Instituto Paulo Freire/Programa de Educação Continuada

Os temas transversais dos novos parâmetros curriculares incluem Ética, Meio ambiente, Saúde, Pluralidade cultural e Orientação sexual. Eles expressam conceitos e valores fundamentais à democracia e à cidadania e correspondem a questões importantes e urgentes para a sociedade brasileira de hoje, presentes sob várias formas na vida cotidiana. São amplos o bastante para traduzir preocupações de todo País, são questões em debate na sociedade através dos quais, o dissenso, o confronto de opiniões se coloca.

Através da Ética, o aluno deverá entender o conceito de justiça baseado na equidade e sensibilizar-se pela necessidade de construção de uma sociedade justa, adotar atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças sociais, discutindo a moral vigente e tentando compreender os valores presentes na sociedade atual e em que medida eles devem ou podem ser mudados. Através do tema Meio-ambiente o aluno deverá compreender as noções básicas sobre o tema, perceber relações que condicionam a vida para posicionar-se de forma crítica diante do mundo, dominar métodos de manejo e conservação ambiental. A Saúde é um direito de todos. Por esse tema o aluno compreenderá que saúde é produzida nas relações com o meio físico e social, identificando fatores de risco aos indivíduos necessitando adotar hábitos de auto-cuidado. A Pluralidade cultural tratará da diversidade do patrimônio cultural brasileiro, reconhecendo a diversidade como um direito dos povos e dos indivíduos e repudiando toda forma de discriminação por raça, classe, crença religiosa e sexo. A orientação sexual, numa perspectiva social, deverá ensinar o aluno a respeitar a diversidade de comportamento relativo à sexualidade, desde que seja garantida a integridade e a dignidade do ser humano, conhecer seu corpo e expressar seus sentimentos, respeitando os seus afetos e do outro.Educação & trabalho.

Além desses temas, podem ser desenvolvidos os temas locais, que visam a tratar de conhecimentos vinculados à realidade local. Eles devem ser recolhidos a partir do interesse específico de determinada realidade, podendo ser definidos no âmbito do Estado, Cidade ou Escola. Uma vez feito esse reconhecimento, deve-se dar o mesmo tratamento que outros temas transversais.

3.1 - Como trabalhar com os temas transversais?

A transversalidade, bem como a transdisciplinaridade, é um princípio teórico do qual decorrem várias conseqüências práticas, tanto nas metodologias de ensino quanto na proposta curricular e pedagógica. A transversalidade aparece hoje como um princípio inovador nos sistemas de ensino de vários países. Contudo, a idéia não é tão nova. Ela remonta aos ideais pedagógicos do início do século, quando se falava em ensino global e do qual trataram famosos educadores, entre eles, os franceses Ovídio Decroly (1871-1932) e Celestin Freinet (1896-1966), os norte-americanos John Dewey (1852-1952) e William Kilpatrick (1871-1965) e os soviéticos Pier Blonsky (1884-1941) e Nadja Krupskaia (1869-1939).

O Método Decroly dos "centros de interesse" partia da idéia da globalização do ensino para romper com a rigidez dos programas escolares. Para ele, existem 6 centros de interesse que poderiam substituir os planos de estudo construídos com base em disciplinas: a) a criança e a família; b) a criança e a escola; c) a criança e o mundo animal; d) a criança e o mundo vegetal; e) a criança e o mundo geográfico; f) a criança e o universo. Os centros de interesse são uma espécie de idéias-força em torno das quais convergem as necessidades fisiológicas, psicológicas e sociais do aluno. Freinet e Paulo Freire, nesse sentido, partindo da leitura do mundo, do respeito à cultura primeira do aluno, buscaram desenvolver o aprendizado através da livre discussão dos temas geradores do universo vocabular do aluno.

O Método dos Projetos de Kilpatrick parte de problemas reais, do dia-a-dia do aluno. Todas as atividades escolares realizam-se através de projetos, sem necessidade de uma organização especial. Originalmente ele chamou de projeto à "tarefa de casa" ("home project") de caráter manual que a criança executava fora da escola. O projeto como método didático era uma atividade intencionada que consistia em os próprios alunos fazerem algo num ambiente natural, por exemplo, construindo uma casinha poderiam aprender geometria, desenho, cálculo, história natural etc. Kilpatrick classificou os projetos em quatro grupos: a) de produção, no qual se produzia algo; b) de consumo, no qual se aprendia a utilizar algo já produzido; c) para resolver um problema e d) para aperfeiçoar uma técnica. Quatro características concorriam para um bom projeto didático: a) uma atividade motivada por meio de uma conseqüente intenção; b) um plano de trabalho, de preferência manual; c) a que implica uma diversidade globalizada de ensino; d) num ambiente natural.

O Método dos Complexos de Blonsky, Pinkevich e Kupskaia busca levar à prática coletivamente o princípio da escola produtiva. Concentra todo o aprendizado em torno de três grandes grupos (complexos) de fenômenos: a Natureza, o Trabalho Produtivo e as Relações Sociais. Um grupo de educadores alemães (Braune, Krueger, Rauch) difundiu na Alemanha e Áustria o princípio da escola em comunidade de vida, isto é, a escola considerada como uma comunidade de vida e de trabalho, substituindo os planos e programas de estudo por temas globalizados de trabalho docente.

O princípio da interdisciplinaridade permitiu um grande avanço na idéia de integração curricular. Mas ainda a idéia central era trabalhar com disciplinas. Na interdisciplinaridade os interesses próprios de cada disciplina são preservados. O princípio da transversalidade e de transdisciplinaridade busca superar o conceito de disciplina. Aqui, busca-se uma intercomunicação entre as disciplinas, tratando efetivamente de um tema/objetivo comum (transversal). Assim, não tem sentido trabalhar os temas transversais através de uma nova disciplina, mas através de projetos que integrem as diversas disciplinas. Uma primeira experiência, ainda numa visão interdisciplinar, foi realizada durante a gestão de Paulo Freire na Secretaria de Educação de São Paulo e está narrada no livro Ousadia no diálogo: interdisciplinaridade na escola pública, organizada pela professora Nídia Nacib Pontuschka. O projeto foi implantado com a ajuda de professores da Universidade de São Paulo. Buscou-se capacitar o professor para trabalhar nessa nova metodologia de ensino que consiste basicamente no trabalho coletivo e no princípio de que as várias ciências devem contribuir para o estudo de determinados temas que orientam todo o trabalho escolar. Foi respeitada a especificidade de cada área do conhecimento, mas, para superar a fragmentação dos saberes procurou-se estabelecer e compreender a relação entre uma "totalização em construção" a ser perseguida e novas relações de colaboração integrada de diferentes especialistas que trazem a sua contribuição para a análise de determinado tema gerador sugerido pelo estudo da realidade que antecede a construção curricular.

Como trabalhar com projetos?

Projeto vem de projetar, projetar-se, atirar-se para a frente. Na prática, elaborar um projeto é o mesmo que elaborar um plano para realizar determinada idéia. Portanto, um projeto supõe a realização de algo que não existe, um futuro possível. Tem a ver com a realidade em curso e com a utopia possível, realizável, concreta. Dificilmente os integrantes de uma escola escolherão trabalhar num projeto da escola se ele não foi a extensão de seu próprio projeto de vida. Trabalhar com projetos na escola exige um envolvimento muito grande de todos os parceiros e supõe algo mais do que apenas assistir ou ministrar aulas.

Além do conteúdo propriamente dito de cada projeto, conta muito o processo de elaboração, execução e avaliação de cada projeto. O processo também produz aprendizagens novas. "A própria organização das atividades didáticas deve ser encarada a partir da perspectiva do trabalho com projetos. De fato, respostas a perguntas tão freqüentemente formuladas pelos alunos, em diferentes níveis, como "Para que estudar Matemática? E Português? E História? E Química?" não podem mais ter como referência o aumento do conhecimento ou da cultura, ou ainda, mais pragmaticamente, a aprovação nos exames. A justificativa dos conteúdos disciplinares a serem estudados deve fundar-se em elementos mais significativos para os estudantes, e nada é mais adequado para isso do que a referência aos projetos de vida de cada um deles, integrados simbioticamente em sua realização aos projetos pedagógicos das unidades escolares" (MACHADO,1997:75).

Como afirmou recentemente no IPF o professor da UNICAMP, Eduardo Chaves, o tema transversal fundante é a Ética. Não podemos apresentar esse tema como um vendedor de roupas que diz: tenho aqui camisas, calças, blusas e também roupas. A diversidade cultural, o meio ambiente, a sexualidade, o consumo etc são temas atravessados pela Ética. Ela não é um tema a mais. Ela é elemento constitutivo de todos os temas.

Como trabalhar com esse temas?

Apresentamos acima algumas alternativas. Estudos mais recentes estão apontando o método dos projetos como uma alternativa viável. Entre esses estudos destacamos o de Fernando Hernández (1998) que trata especificamente da "organização do currículo por projetos de trabalho". A proposta do autor está vinculada à perspectiva do conhecimento globalizado e relacional. "Essa modalidade de articulação dos conhecimentos escolares é uma forma de organizar a atividade de ensino e aprendizagem, que implica considerar que tais conhecimentos não se ordenam para sua compreensão de uma forma rígida, nem em função de algumas referências disciplinares preestabelecidas ou de uma homogeneização dos alunos. A função do projeto é favorecer a criação de estratégias de organização dos conhecimentos escolares em relação a: 1) o tratamento da informação, e 2) a relação entre os diferentes conteúdos em torno de problemas ou hipóteses que facilitem aos alunos a construção de seus conhecimentos, a transformação da informação procedente dos diferentes saberes disciplinares em conhecimentos próprios (...) Globalização e significatividade são, pois, dois aspectos essenciais que se plasmam nos Projetos. É necessário destacar o fato de que as diferentes fases e atividades que se devam desenvolver num Projeto ajudam os alunos a serem conscientes de seu processo de aprendizagem e exige do professorado responder aos desafios que estabelece uma estruturação muito mais aberta e flexível dos conteúdos escolares". (HERNÁNDEZ, 1998:61-64).

3.2 – O conceito de interdisciplinaridade

A interdisciplinaridade, como questão gnosiológica, surgiu no final do século passado, pela necessidade de dar uma resposta à fragmentação causada por uma epistemologia de cunho positivista. As ciências haviam-se dividido em muitas disciplinas e a interdisciplinaridade restabelecia, pelo menos, um diálogo entre elas, embora não resgatasse ainda a unidade e a totalidade do saber.

Desde então, o conceito de interdisciplinaridade vem se desenvolvendo também nas ciências da educação. Elas aparecem com clareza em 1912 com a fundação do Instituto Jean-Jacques Rousseau, em Genebra, por Edward Claparède, mestre de Piaget. Toda uma discussão foi travada sobre a relação entre as ciências mães e as ciências aplicadas à educação: por exemplo, a sociologia (da educação), a psicologia (da educação) etc. e noções correlatas foram surgindo, como intradisciplinaridade, pluridisciplinaridade e transdisciplinaridade.

A intradisciplinaridade‚ entendida, nas ciências da educação, como a relação interna entre a disciplina "mãe" e a disciplina "aplicada". O termo interdisciplinaridade, na educação, já não oferece problema, pois, ao tratar do mesmo objeto de ciência, uma ciência da educação "complementa" outra. Diga-se o mesmo quanto à pluridisciplinaridade. É a natureza do próprio fato/ato educativo, isto é, a sua complexidade, que exige uma explicação e uma compreensão pluridisciplinar. A interdisciplinaridade é uma forma de pensar. Piaget sustentava que a interdisciplinaridade seria uma forma de se chegar à transdisciplinaridade, etapa que não ficaria na interação e reciprocidade entre as ciências, mas alcançaria um estágio onde não haveria mais fronteiras entre as disciplinas.

Após a 2ª Guerra Mundial, a interdisciplinaridade aparece como preocupação humanista além da preocupação com as ciências. Desde então, parece que todas as correntes de pensamento se ocuparam com a questão da interdisciplinaridade:

1º - a teologia fenomenológica encontrou nesse conceito uma chave para o diálogo entre igreja e mundo;

2º - o existencialismo, buscando dar às ciências uma "cara humana";

3º - o neo-positivismo que buscava no interior do positivismo a solução para o problema da unidade das ciências;

4º - o marxismo que buscava uma via diferente para a restauração da unidade entre todo e parte.

O projeto de interdisciplinaridade nas ciências passou de uma fase filosófica (humanista) de definição e explicitação terminológica, na década de 70, para uma segunda fase (mais científica) de discussão do seu lugar nas ciências humanas e na educação, na década de 80. Atualmente, no plano teórico, busca-se fundar a interdisciplinaridade na ética e na antropologia, ao mesmo tempo que, no plano prático, surgem projetos que reivindicam uma visão interdisciplinar.

A interdisciplinaridade visa a garantir a construção de um conhecimento globalizante, rompendo com as fronteiras das disciplinas. Para isso, integrar conteúdos não seria suficiente. Seria preciso uma atitude e postura interdisciplinar. Atitude de busca, envolvimento, compromisso, reciprocidade diante do conhecimento.

A interdisciplinaridade se desenvolveu em diversos campos e, de certo modo, contraditoriamente, até ela se especializou, caindo na armadilha das ciências que ela queria evitar. Na educação ela teve um desenvolvimento particular. Nos projetos educacionais a interdisciplinaridade se baseia em alguns princípios, entre eles:

1o - Na noção de tempo: o aluno não tem tempo certo para aprender. Não existe data marcada para aprender. Ele aprende a toda hora e não apenas na sala de aula.

2º - Na crença de que é o indivíduo que aprende. Então, é preciso ensinar a aprender, a estudar etc. ao indivíduo e não a um coletivo amorfo. Portanto, uma relação direta e pessoal com a aquisição do saber.

3º - Embora apreendido individualmente, o conhecimento é uma totalidade. O todo é formado pelas partes, mas não é apenas a soma das partes. É maior que as partes.

4º - A criança, o jovem e o adulto aprendem quando têm um projeto de vida e o conteúdo do ensino é significativo para eles no interior desse projeto. Aprendemos quando nos envolvemos com emoção e razão no processo de reprodução e criação do conhecimento. A biografia do aluno é, portanto, a base do seu projeto de vida e de aquisição do conhecimento e de atitudes novas.

A metodologia do trabalho interdisciplinar implica em:

1º - integração de conteúdos;

2º - passar de uma concepção fragmentária para uma concepção unitária do conhecimento;

3º - superar a dicotomia entre ensino e pesquisa, considerando o estudo e a pesquisa, a partir da contribuição das diversas ciências;

4º - ensino-aprendizagem centrado numa visão de que aprendemos ao longo de toda a vida.

O conceito chegou ao final desse século com a mesma conotação positiva do início do século, isto é, como forma (método) de buscar, nas ciências, um conhecimento integral e totalizante do mundo frente à fragmentação do saber, e na educação, como forma cooperativa de trabalho para substituir procedimentos individualistas.

A ação pedagógica através da interdisciplinaridade aponta para a construção de uma escola participativa e decisiva na formação do sujeito social. O seu objetivo tornou-se a experimentação da vivência de uma realidade global, que se insere nas experiências cotidianas do aluno, do professor e do povo e que, na teoria positivista era compartimentada e fragmentada. Articular saber, conhecimento, vivência, escola comunidade, meio-ambiente etc. tornou-se, nos últimos anos, o objetivo da interdisciplinaridade que se traduz, na prática, por um trabalho coletivo e solidário na organização da escola. Um projeto interdisciplinar de educação deverá ser marcado por uma visão geral da educação, num sentido progressista e libertador.

A interdisciplinaridade deve ser entendida como conceito correlato ao de autonomia intelectual e moral. Nesse sentido a interdisciplinaridade serve-se mais do construtivismo do que serve a ele. O construtivismo é uma teoria da aprendizagem que entende o conhecimento como fruto da interação entre o sujeito e o meio. Nessa teoria o papel do sujeito é primordial na construção do conhecimento. Portanto, o construtivismo tem tudo a ver com a interdisciplinaridade.

A relação entre autonomia intelectual e interdisciplinaridade é imediata. Na teoria do conhecimento de Piaget o sujeito não é alguém que espera que o conhecimento seja transmitido a ele por um ato de benevolência. É o sujeito que aprende através de suas próprias ações sobre os objetos do mundo. É ele, enquanto sujeito autônomo, que constrói suas próprias categorias de pensamento ao mesmo tempo que organiza seu mundo, como costumava nos dizer, em Genebra, nosso mestre Piaget.

Fonte: http://www.inclusao.com.br/projeto_textos_48.htm

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segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

O PAPEL DA UNIVERSIDADE NO MUNDO CONTEMPORÂNEO


EDUCAÇÃO NA SOCIEDADE DE INFORMAÇÃO

O PAPEL DA UNIVERSIDADE NO MUNDO CONTEMPORÂNEO

Gilberto Teixeira (Prof.DoutorFEA/USP)
De acordo com Ortega y Gasset, a Universidade tem três funções: a primeira, a transmissão da cultura. A segunda, o ensino das profissões; a Universidade é profissional, a Universidade faz médicos, advogados, engenheiros, arquitetos, farmacêuticos, profesores, etc. Terceiro, essencilamente, mas em terceiro lugar, a pesquisa científica.
E tudo isso tem de ser feito com um critério de sobriedade, de austeridade. Deve ser ensinado somente o que os alunos podem aprender e não o que os professores desejam ensinar.
Tudo o mais é um gesto utópico e falso, só irá produzir uma universidade oca. É preciso partir do estudante, ele é o ponto de partida.
Naturalmente, quando se tem de aprender tudo, toma-se a decisão talves prudente de não se aprender nada, e esta é a conseqüência de se fazer as coisas em falso.
A Universidade, dizia Ortega, é a instituição na qual se ensina o estudante médio a ser um homem culto, neste sentido de cultura vital, e bom profissional. E a Universidade tem de ser, ainda, ciência. A Universidade tem de ser, além disso, investigação, que é o fenomeno sem o qual a Universidade não é o que é. A Universidade, dizia Ortega, é o intelecto que se faz instituição.
Certamente, essa não é uma má definição. Ortega propugna a intervenção da Universidade na sociedade, a a intervenção na atualidade, sim, mas como Universidade.
A Universidade não pode ser um sindicato nem um partido político: é uma Universidade. Se intervém na sociedade não como Universidade, é uma intervenção absolutamente estéril.
Esses pensamentos de Ortega foram emitidos em 1930, mas todos hão de concordar que são válido até nossos dias apesar de já ter transcorrido meio século.
Da mesma forma que hoje, naquela época já se falava do papel da Universidade como agente de reforma social, da rebelião estudantil e são bem atuais as palavras de Ortega a esse respeito: "Não se esqueçam: quando a gente diz que é preciso transformar tudo, é evidente que não queremos transformar nada; esta é a melhor forma de conformismo, porque não se pode transformar tudo. E, portanto, quem quer transformar tudo, está disposto a não transformar nada".
Passou-se meio século desde 1930.
O que ocorreu, durante todo este tempo, na Universidade? Ocorreram muitas coisas, mas diríamos que duas coisas das muitas que acontecem são fundamentais: uma, a politização da Universidade; a outra, seu crescimento, crescimento fabuloso, que significa a passagem a outra ordem de magnitude. Não se trata de mais estudantes e mais professores, de mais livros, mais prédios, salas de aula, mais cursos - não são mais, são muito mais. São tantos mais que o quantitativo já é o qualitativo; é uma mudança qualitativa e, portanto é outra Universidade.
E esse fenômeno é universal, não só no Brasil, ainda que aqui tenha repercutido de forma mais dolorosa.
A politização da Universidade ocorreu por exemplo na Alemanha a partir da ascenção do racismo.
Aí então, o racismo passou a imperar na interpretação antropológica do homem. Foi quando foram eliminados professores por serem judeus, ou por serem liberais, ou por serem católicos. Nesta cisrcunstância torna-se obrigação ensinar certas doutrinas que estão de acordo com uma determinada ideologia política. Isto é a politização da Universidade.
Da mesma forma no Brasil, após 1965, ocorreram embora em menor grau, cassações de professores por razões políticas.
Esse tipo de politização é gravíssima porque dele decorrem sequelas difíceis de remover sendo a pior delas o hábito de julgar o professor pelo conteúdo que ele ensina, enfim a perda da sagrada liberdade acadêmica. Esse hábito incorporou-se, continua até nossos dias acobertado pelo mento de autoritarismo que prevalece na careira e na hirarquia acadêmica.
A politização da Universidade com suas sequelas, dificultam quaquer tentativa de inovação e reforma interna.
Tratemos separadamente os dois temas. Há duas formas de politização. É curioso como as pequenas diferenças, que às vezes são essenciais, não são levadas em conta.
Há uma "politização na Universidade". Há outra "politização da Universidade". Vejamos o que entendemos por isso.
Existem situações históricas nas quais não há política em uma sociedade, não há atividades políticas, não há condutos para a vida política, não há partidos políticos, não há liberdade política, não há publicações políticas, não há eleições, não há maneiras legais de participação no poder, enfim não há propriamente vida política. Nesta cirscunstância, os que querem fazer política e fazem muito bem porque a política é necessária na vida de uma sociedade civilizada - fazem-na onde podem, fazem-na sempre que podem. Um dos lugares onde se pode fazê-la com menor risco e mais facilidade é na Universidade. A Universidade significa um recinto, mais ou menos isolado, de certo modo extenso, não facilmente controlável, cheio de pessoas jovens, e cheias de entusiasmo, talvez inflamáveis, em alguns momentos; até isso talves possa ser muito interessante, mas produz outro efeito. Despoja os jovens de algo que têm direito, que é uma Universidade, com a qual talvez consigam a vantagem de ter algum tipo de atividade política ou de participação política, mas às custas de não ter uma Universidade que realmente funcione. É muito grave. Mas, contudo, a politização da Universidade, não é dos piores males se considerarmos que pode ser a Universidade a única válvula para as tensões existentes. Quando há "politização na Universidade" sem que haja interferência externa sobre ela, seja julgando-se por motivos políticos, seja tentando mudar os conteúdos, essa politização não tem conseqüências graves.
O grave é a "politização da Universidade", isto é, aquela que atenta contra seus conteúdos.
Vejamos o segundo problema: a do crescimento da Universidade e suas consequências, transformando-a em uma nova Universidade.
O que justifica uma existência de uma Universidade? Ela consiste na convivência dos professores com os estudantes. A única coisa que justifica a Universidade é a existência de professores que pensam na frente dos alunos, que pensam com eles, para eles, em diálogo com eles. Isto é, professores que sejam capazes de produzir o contágio do pensamento. Nem mais, nem menos.
Bobagens diariam alguns, defensores radicais da tecnologia educacional como substituto da presença do professor; o professor é desnecessário, pode ser substituído pelo livro ou pelo computador. Mas isso não é suficiente, não basta. Não basta porque, o estímulo que significa a presença do professor não é transmitido pelo livro, nem pela máquina. Existe algo que é o pensamento em estado nascente, como muitos corpos químicos que são ativos quando em estado nascente. Pois existe o pensamento em estado nascente, o pensamento se fazendo, surgindo diante do estudante, com ele, em diálogo com ele. Esta é a única justificação do professor. Se não existe isso, ele está sobrando.
Na Universidade há também a presença de diferentes gerações, o que é muito salutar, embora nem sempre do agrado de certos professores.
Em geral o profesor é mais velho que os estudantes, um pouco mais ou muito mais. Faz-se na Universidade a experiência viva das gerações, das diferenças geracionais, dos diferentes estilos de vida que significam, das diferentes maneiras de falar, dos diferentes vocabulários e até de diferentes interpretações do que é cortesia e respeito.
Esta experiência é feita pelo professor, naturalmente, sucessivamente. Um professor que tenha 30, 40 anos de ensino, teve a oportunidade, de experimentar a mudança de duas, de três gerações e de inumeráveis turmas de estudantes, de variedades novas da espécie humana e sofreu também a experi6encia e enriqueceu sua vida com essas presenças se realmente aproveitou bem essa extraordinária oportunidade.
Pois é, a presença desses fermentos, desses modelos, desses exemplos de cada uma das maneiras de ser de pensar, de saber e de ignorar (o professor ignora inumeráveis coisas e tem o direito de ignorá-las, é claro; o importante é ver o que se sabe e o que se ignora) é essencial.
Este também o mais novo problema que a Universidade tem a enfrentar, a dosagem do saber. O que se sabe e o que não se sabe. O que se pode não saber. O que se tem o direito de ignorar. Na época atual, de crescimento realmente canceroso da bibliografia científica, ninguém pode conhecer tudo o que foi escrito sobre algum tema, ninguém pode conhecer sequer os títulos dos livros e artigos escritos sobre um assunto. Portanto, fingir o conhecimento da bibliografia sobre um tema é pura ficção e, por conseguinte, a impossibilidade exime do dever de conhecê-la; já que não pode conhecer, não há que conhecer. Mas não se pode fazer como se conhecesse.
E a Universidade continua vivendo como se estivéssemos em 1930, à margem da evolução da civilização, sem saber como enfrentar a massificação do ensino.
Reagindo contra ele e por ausência de ações criativas perdendo a qualidade e com isso perdendo a eficiência.
Se continuar ocorrendo essa perda de qualidade e eficiência estaremos nos sujeitando simplesmente à decadência.
A decadência é um fenômeno histórico que se verificou centenas de vezes, que tem em geral longas durações, às vezes longuíssimas; entra-se em uma decadência e se sai dela ao cabo de 40 anos ou ao cabo de 200. Nunca se sabe.
Se tivermos mais alguns anos de universidades inadequada, seremos um país de segunda ordem. Alguns dirão que já o somos.
É importante nos compenetrarmos que precisamos do presente com sua espessura, mas precisamos mais do que tudo de olhar para o futuro e não para o passado, como um agrupamento de saudosistas que parece estar envelhecendo antes do tempo.
Isso não significa que devemos desprezar o passado. Precisamos dele, mas como passado, só isso. Precisamos conhecê-lo, tê-lo lido e dos erros passados tirarmos as lições para o futuro. Não podemos é ser passado hoje, do mesmo modo que precisamos ter sido menino ou o adolescente que fomos.,.

Data de publicação no site: 28/03/2005

FONTE: http://www.serprofessoruniversitario.pro.br/ler.php?modulo=10&texto=574

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AS TÉCNICAS DE APRESENTAÇÃO ORAL


AS TÉCNICAS DE APRESENTAÇÃO ORAL

Gilberto Teixeira
(Prof. Doutor FEA/USP)
I – INTRODUÇÃO.

Todos nós, em algum momento de nossas vidas, fomos chamados a fazer uma apresentação na escola, em um contexto social ou profissional.
Na realidade, as exigências da “era da informação” tornam cada vez mais necessário e normal que tenhamos de fazer apresentações no contexto de nossas atividades profissionais e sociais.
Uma apresentação efetiva exige que sejamos capazes de nos comunicar e nos relacionar com outras pessoas.
Tratam‑se de técnicas elementares que, no entanto, não nos são ensinadas na escola ou durante nossa formação profissional.
II – OBJETIVOS DE UMA EXPOSIÇÃO ORAL
Normalmente uma exposição oral pode ter um ou mais dos quatro objetivos:
Þ informar os outros
Þ entreter os outros
Þ ensinar aos outros
Þ motivar ou outros
O objetivo de informar os outros E dar a eles informações ou conhecimentos básicos, geralmente sob forma de algum tipo de “mapa” cognitivo.
O objetivo de entreter os outros e criar uma experiência positiva ou colocar as pessoas em um “estado” positivo.
O objetivo de ensinar aos outros a fazer a ligação entre o conhecimento e a informação, usando comportamentos e experiências de referência importantes que serao necessários para colocar o conhecimento e a informação em prática.
O objetivo de motivar os outros e fornecer um contexto ou um incentivo que de significado ao conhecimento, às experiências a comportamentos, de tal forma que as pessoas sejam levadas a agir.
É claro que muitas apresentações podem incluir componentes de alguns ou de todos esses objetivos.
Embora as técnicas de Exposição Oral sejam importantes para todos os tipos de apresentações, o enfoque principal são as pessoas que devem fazer apresentações em contextos profissionais, em particular aquelas cujo escopo é o ensino e o treinamento, relacionadas a aprendizagem organizacional.
Embora isto, evidentemente, inclua instrutores e professores, também abrange gerentes, consultores e outros profissionais que precisam compartilhar conhecimento e informação.
A fim de acompanhar as rápidas mudanças da tecnologia e da sociedade, surgiu um novo conceito e compreensao da aprendizagem na organização.
Os avanços acelerados dos métodos de administração, tecnologia e gerenciamento tornaram claro que a capacidade de aprender, tanto no plano individual como no empresarial, é uma necessidade constante para que as empresas possam sobreviver e progredir.
As empresas e outros sistemas sociais começam a perceber que a aprendizagem de um sistema complexo exige organização e esforços contínuos.
Esta percepção ensejou o aparecimento do conceito da “organização que aprende”.
Uma efetiva “organização que aprende” é aquela que apoia o processo de aprendizagem em todas as suas dimensões ‑ incentivando a aprendizagem do aprendizado.
Isso pressupõe a compreensão e a valorização básicas ao processo de aprendizagem.
Uma efetiva organização que aprende precisa fornecer uma estrutura não apenas para os professores e alunos, mas para qualquer pessoa que esteja envolvida, dentro da empresa, nos contextos de aprendizagem.
De acordo com Peter Senge (1990), existem cinco “disciplinas” que precisam ser praticadas por todos os funcionários de uma empresa para que ela se torne, verdadeiramente, uma “organização que aprende”:
1. conscientização e análise de pressuposições e mapas mentais;
2. desenvolvimento das habilidades pessoais;
3. desenvolvimento da visão;
4. aprendizagem em equipe; e
5. pensamento sistemico.
Resumo das Técnicas de Apresentação Oral
Objetivos Gerais da Apresentação
Informar Þ Fornecer informações básicas e conhecimento
Entreter Þ Criar uma experiência positiva para as pessoas ou colocá‑las em um “estado” positivo
Ensinar Þ Relacionar o conhecimento e a informação a comportamentos a experiências de referência relevantes
Motivar Þ Fornecer um contexto ou incentivo que de significado aos comportamentos, experiências e conhecimento
O enfoque do curso didática do ensino de administração são as apresentações feitas com objetivo de treinamento e formação,
ou seja, relacionadas a aprendizagem dentro da
empresa ou da instituição de ensino.

Data de publicação no site: 28/03/2005


Fonte: http://www.serprofessoruniversitario.pro.br/ler.php?modulo=3&texto=51

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domingo, 7 de dezembro de 2008

Neurolingüística, você usa, mesmo não sabendo o que é.


Neurolingüística, você usa, mesmo não sabendo o que é.

Por: Deroní Sabbi

Um palestrante dirigiu-se a centenas de pessoas e disse:

- Existem dois tipo de pessoas no mundo. As que usam PNL e as que usam PNL(Programação Neurolingüística).

Fez-se um silêncio na platéia, alguns acharam que não haviam entendido, pois ali havia também pessoas que apenas haviam ouvido falar superficialmente no assunto.

Então ele repetiu: - Existem dois tipo de pessoas no mundo. As que usam PNL e as que usam PNL.
Mas o que é esta tal de PNL e porque no mundo inteiro se fala tanto dela? Porque tantas pessoas relatam mudanças de vida através de seu uso? Qual sua utilidade na prática? Boas perguntas. Vamos procurar respondê-las.

A Programação Neurolingüística(PNL) é uma ciência, uma espécie de manual do usuário do cérebro humano e como utilizá-lo para alcançar nossos objetivos pessoais, familiares e profissionais. Possibilita conhecer a estrutura do funcionamento da mente e como reprogramá-la através de uma linguagem que os neurônios possam entendê-lo e colocá-lo em prática. Serve para entender melhor as pessoas e a nós mesmos e comunicar-se de um jeito que funciona, para chegarmos onde queremos de uma forma que seja bom para todos. Tem sido utilizada em escolas do mundo todo, na prática do dia a dia de advogados, médicos, psicólogos, comerciantes, vendedores, pais e mães, jovens de todas as idades para obter mudanças que antes não pareciam possíveis antes. Serve para superar ansiedades, inseguranças, desenvolver habilidades de relacionamento, negociação e solução de conflitos. É uma ciência porque estes resultados se repetem em todos os lugares e cada vez mais. A pessoa aprende a conhecer suas emoções e seus pensamentos, como e porque reage de determinadas formas e como ter acesso a novas opções, novas alternativas mais ricas e significativas em seus relacionamentos, seus negócios e em sua vida como um todo.

A pessoa percebe como se dá o processo de aprendizagem de conteúdos e atitudes e como fazer para aprender mais em menos tempo, de maneira mais fácil e prazerosa. Aprende como usar a linguagem verbal e não verbal e fazer as perguntas certas para cada tipo de informação omitida e como fazê-las de maneira que o interlocutor manifeste cooperação ao responder. Mostra como fazer perguntas e contar histórias com o objetivo de ampliar a consciência de outras pessoas de maneira que abram a mente para novos caminhos mais produtivos, com melhores resultados e mais satisfação. Há meios específicos de funcionar para obter resultados e se tornar mais eficiente e pode-se aprender isto e aplicar em qualquer área da vida.

Um professor, por exemplo, poderá identificar como cada aluno aprende melhor observando o movimento dos olhos, que lhe dão indicações precisas de como estão processando as informações. Basta escutar uma ou duas frases para ver com clareza se devem enfatizar para aquele aluno as informações visuais, ou auditivas ou ainda ligadas às sensações, sentimentos ou significado. Um professor perceberá que se usar apenas um de três canais de comunicação, atingirá apenas um certo grupo de alunos enquanto outro ficará a ver navios porque o professor não usou a linguagem que eles entendem. Mas um professor que sabe falar todas as três linguagens será mais eficiente no ensino aprendizagem de qualquer conteúdo. Um pai ou mãe poderá influenciar mais fortemente e obter a colaboração de seu filho se usar os recursos que a PNL ensina, pois é freqüente o fato de que três filhos diferentes precisam de um jeito diferente para que cada um possa entender e ser influenciado da mesma forma. Se souber chegar do jeito que cada um gosta e entende, as portas se abrirão com mais facilidade.

Para alguns dizer isto é como falar grego, pois não tem uma experiência análoga para entender como se processa isto ou tem medo de se aventurarem no caminho das mudanças pois preferem continuar como estão, pois se sentem mais seguros num terreno conhecido. Você já comeu manga? Saberia como explicar como é o gosto de uma manga? Se lhe perguntasse isto talvez você me respondesse: - Só comendo pra saber. Com a PNL acontece o mesmo, só se pode saber pela experiência. É como tocar piano. Você pode ler centenas de livros sobre como se toca piano, mas só vai saber mesmo no momento em que sentar e colocar seus dedos nas teclas e experimentar, desenvolvendo aos poucos suas habilidades. Ler apenas pode dar uma idéia distante do que é isto. Uma única experiência de mudança lhe possibilitará uma compreensão centenas de vezes mais ampla. A crença positiva abrea as portas, pois atua sobre as capacidades e o comportamento, tornando-o criativo. É preciso acreditar que a mudança é possível, e que pode acontecer consigo, como acontece com os outros. E se permitir trilhar o caminho.
Dr. Deroní Sabbi - palestrante internacional, coach, psicólogo e escritor. Conheça nosso site: www.sabbi.com.br

Fonte: http://www.meuartigo.brasilescola.com/psicologia/neurolinguistica-voce-usa-mesmo-nao-sabendo-que-e.htm

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sábado, 6 de dezembro de 2008

Fundamentos da Educação.


Biologia Educacional

Desde 1931 a Biologia Educacional faz parte do currículo das escolas normais como disciplina.

Atualmente, a Biologia Educacional faz parte também do currículo do curso de graduação em pedagogia.

A disciplina trata dos fatores biológicos que podem interferir na Educação, como a hereditariedade e a genética, e seus desdobramentos com conseqüências observáveis no período escolar. É o caso principalmente dos alunos com necessidades especiais causadas por motivos hereditários ou por erros genéticos.

Os casos de déficit de aprendizagem são normalmente causados por fatores ambientais, que vão desde o nascimento prematuro, até a desnutrição.

A Biologia Educacional tem também como objetivo, servir de base para o professor entender como se dá o desenvolvimento físico, motor e mental da criança, para fazer das diversas fases do desenvolvimento, aliadas para sua atuação.

A disciplina, portanto, complementa e é complementada pelo estudo da Psicologia Educacional.

Trata também de assuntos como à higiene do aluno e do ambiente escolar, e da identificação e prevenção de doenças típicas dos primeiros anos da criança, como o sarampo, a caxumba, a catapora, pediculose e as doenças causadas pelos vermes.

Quanto a adolescência, a disciplina prepara (superficialmente) o professor para trabalhar com os alunos nesse período de transformações, a sexualidade, as AIDS e as DSTs e as drogas, inclusive na prevenção.

Alguns cursos de graduação ainda vão além, fazendo também uma exposição a respeito da fase adulta e da 3ª idade, visto que é crescente o número de pessoas nessas fases que tem o primeiro contato com a escola, ou mesmo que retomam os estudos.

Filosofia da Educação


A filosofia investiga como se pode viver melhor (ética), que tipos de coisas realmente existem e quais são suas verdadeiras naturezas (metafísica), o que pode ser considerado conhecimento legítimo (epistemologia), e quais são os princípios corretos do raciocínio (lógica).

Derivada do grego, a palavra filosofia (φιλοσοφία) significa ‘amor à sabedoria’, associando phílos (φίλος) ‘amigo, ou amante’ e sophia (σοφία) ‘sabedoria’. Tal definição é um dos principais temas da própria filosofia; certamente, há muitas maneiras de descrevê-la, algumas enciclopédias caracterizam filosofia em termos de investigação intelectual e da aplicação do raciocínio na análise crítica, bem como do diálogo ou da introspecção para resolver problemas complexos e importantes.

A filosofia é um campo de estudos onde as pessoas fazem perguntas tais como: Deus existe?, O que é realidade?, O conhecimento é possível? o, O que torna as ações certas ou erradas?

O método fundamental da filosofia é o uso do raciocínio para avaliar os argumentos a respeito dessas questões. Entretanto, o exato objetivo e a metodologia da filosofia não são rígidos. O que caracteriza a filosofia é discutido pela própria filosofia e depende de uma determinada tradição filosófica. Wikipedia

"A filosofia da educação é o estudo dos objetivos, dos processos, da natureza e dos ideais da educação. Pode estar dentro do contexto da educação como uma instituição social ou mais amplamente como o processo de crescimento existencial humano, isto é, como é que nossa compreensão do mundo é continuamente transformada (seja através dos fatos, dos costumes sociais, das experiências, ou mesmo das nossas próprias emoções)". Wikipedia

"Em que consiste a filosofia da educação? A resposta a esta pergunta pode variar, dependendo do que se entende por filosofia e, naturalmente, também do que se entende por educação". Eduardo O C Chaves: A Filosofia da Educação e a Análise de Conceitos Educacionais

“Os sete saberes necessários à educação do futuro ... ”: Edgard Morin

“... Kuhn não defende nenhuma filosofia da educação no sentido tradicional dessa expressão, isto é, o tipo de teoria que podemos encontrar em filósofos clássicos, como Platão, Rousseau e Dewey, que são alguns dos filósofos da educação mais conhecidos. Kuhn não elabora nenhum programa para reformar o ensino... Ao contrário, o que Kuhn faz é uma análise da educação nas ciências naturais. O tratamento que ele dá a esse tema é de caráter histórico e psicológico..." Luiz Henrique de Araújo Dutra: Kuhn e a Filosofia da Educação

“ ... reconhecendo em Habermas e Rorty a possibilidade de abandonar o pensamento idealista e subjetivo da tradição filosófica... o texto demarca algumas críticas à filosofia da educação por estar voltada apenas para a filosofia continental (antes da virada lingüística).... possibilitando repensar o modelo da pedagogia tradicional à luz de novos critérios de avaliação... facilitando a ultrapassagem dos limites conceituais das teorias filosóficas dogmáticas, presas ao historicismo...”. Catia Piccolo Viero, Amarildo Luiz Trevisan, Elaine Conte:
Filosofia da educação a partir do diálogo contemporâneo entre Analíticos e Continentais.


Psicologia Educacional



“... A Psicologia educacional é o estudo de como os seres humanos aprendem em ambientes educacionais, a eficácia das intervenções educacionais, a psicologia do ensino, e a psicologia social das escolas como organizações... A psicologia educacional está relacionada com o sucesso educativo na população em geral e em grupos tais como crianças superdotadas e deficientes que necessitam de cuidados especiais...

A psicologia educacional por sua vez engloba uma larga gama de especialidades do contexto educacional, incluindo o design" do ensino (engenharia pedagógica), a tecnologia educacional, o desenvolvimento do currículo, da aprendizagem organizacional, da educação especial e da gerência da sala de aula... A psicologia educacional contribui e depende da ciência cognitiva e das ciências de aprendizagem...." Wikipedia

“... Promover a análise sobre a atuação do psicopedagogo na área da psicomotricidade.Compreender a importância da psicomotricidade no aprendizado escolar de uma forma geral e no desenvolvimento total do indivíduo. Identificar os distúrbios psicomotores com o propósito de estabelecer uma intervenção adequada sem conseqüências desastrosas para a criança e seus familiares. Possuir autonomia para a criação de formas estimuladoras da expressão e realização a partir do corpo.” Renata Borges Manhães: Psicomotricidade

História da educação


Dieter Lenzen, Em 1994, presidente da Freie Universität Berlim, afirmou: "a educação teve início a milhões dos anos atrás ou nos fins de 1770". Esta menção de Lenzen inclui a idéia de que educação como ciência não pode ser separada das tradições educacionais que existiram na antiguidade.

A educação foi uma resposta natural das antigas civilizações ao esforço de sobreviver e de se consolidar culturalmente. Os adultos treinaram os jovens de suas comunidades nas habilidades e conhecimentos que necessitariam dominar e, necessariamente, transmiti-los.

A evolução da cultura e, também, dos seres humanos depende do processo de transmissão do conhecimento. Nas sociedades anteriores à escrita o processo de transmissão do conhecimento se restringia à imitação e à transmissão oral. O ato de contar histórias prossegue de geração a geração. Gradualmente a linguagem oral, com a introdução de símbolos e letras, se transforma em linguagem escrita e o processo de criação, preservação e transmissão do conhecimento sofre um crescimento exponencial.

Quando as culturas começaram a estender seu conhecimento além das habilidades básicas de se comunicar, negociar, colher alimentos, práticar ofícios religiosos, etc. surgiu a instrução formal e a escolarização. A escolarização era praticada no Egito entre 3000 e 500BC.

Por educação básica se entende o conjunto de competências necessárias para a interação social. Os sistemas modernos de educação na Europa têm origem nas escolas do período medieval. A maioria das escolas daquela época era fundamentada em princípios religiosos com a única finalidade de treinar o clero. As primeiras universidades, em sua maioria, tais como a universidade de Paris, fundada em 1150, tiveram uma base cristã. Também foram fundadas muitas universidades seculares, como a universidade da Bolonha, fundada em 1088. O currículo das instituições educacionais daquele período era baseado no trivium e no quadrivium (as sete artes liberais) e transmitido em latin.

No norte da Europa a instrução eclesiástica foi amplamente substituída pela educação elementar estabelecida na Reforma. Na Escócia, por exemplo, a igreja nacional escocesa criou um programa para a reforma espiritual em janeiro de 1561 que fixa um professor para cada escola de comunidade religiosa, oferecendo instrução livre para os pobres.
Isto foi concedido por um ato do parlamento Escocês, aprovado em 1633, que introduziu um imposto para custear este programa. Embora poucos países deste período tenham implementado sistemas extensivos de educação, entre os séculos XVI e XVII a educação teve um crescimento significativo.

Este crescimento resultou da ampliação do interesse governamental na educação. Em 1760, por exemplo, Ivan Betskoy foi nomeado conselheiro educacional pela Czarina russa, Catarina II. Ele propôs educar os jovens russos de ambos os sexos em internatos escolares públicos, visando criar "uma nova espécie de homens". Betskoy propôs uma série de sugestões gerais para a instrução de crianças em vez de objetivos específicos: "Ao reformular nossos objetivos para uma instrução fundada nestes princípios, nós criaremos... cidadãos novos." Algumas de suas idéias foram implementadas no instituto Smolny para meninas nobres em Saint Petersburg, O trabalho de Betskoy na Rússia foi logo seguido pelo governo polonês em 1773 ao criar a Comissão Nacional de Educação. A comissão funcionou como primeiro ministro governamental da Educação na Europa.

Contudo, havia um interesse acadêmico crescente na educação e nas primeiras tentativas de criar o que se considera ser métodos acadêmicos racionais para o ensino. Isto levou, em 1770, à criação da primeira cadeira de pedagogia na universidade de Halle na Alemanha. Outras contribuições ao estudo da educação em outras partes da Europa incluíram o trabalho de Johann Heinrich Pestalozzi na Suiça e de Joseph Lancaster na Grã-Bretanha.

Educação na China.
Ao contrário de muitas regiões do mundo, a educação na China começou não com as instituições religiosas, mas com a leitura dos textos clássicos chineses elaborados durante a Dinastia Zhou. Este sistema de educação, fundamentado no letramento, foi desenvolvido pelo governo chinês para a educação de funcionários, necessários, para a administração do império. Um sistema imperial de avaliação foi estabelecido na Dinastia Han (206-220AC) para avaliar e selecionar funcionários. Este sistema baseado no mérito deu origem às escolas que ensinaram os clássicos perpetuando-se por 2.000 anos, até o final da dinastia Qing, e finalmente abolida em 1911, sendo substituída por métodos ocidentais de ensino.
Wikipedia: History of education in China / Culture of China / Education in China

Educação na Índia


Prabodhini Gurukula


A educação organizada na Índia vem de longa data, sendo o sistema Gurukul de educação um dos mais antigos do planeta totalmente dedicado aos mais elevados ideais do completo desenvolvimento humano: físico, mental e espiritual. Gurukuls eram tradicionais escolas Hindus de aprendizagem; tipicamente a casa do mestre ou um monastério. O ensino era gratuito, mas os estudantes de famílias abastadas pagavam uma contribuição voluntária após a conclusão de seus estudos (Gurudakshina).
Nos Gurukuls, eram transmitidos conhecimentos de religião, escrituras sagradas, filosofia, literatura, defesa (pessoal), política, astrologia, medicina e de história (a palavra sânscrita "Itihaas" significa história).

No primeiro milênio e, em alguns séculos precedentes houve florescimento de uma educação mais ampla na Universidade de Takshashila, na Universidade de Nalanda, e nas Universidades de Ujjain e de Vikramshila.
Arte, Arquitetura, Pintura, Lógica, Gramática, Filosofia, Astronomia, Literatura, Budismo, Hinduismo, Arthashastra (Economia e Política), Direito, e Medicina eram os assuntos ensinados e cada universidade se especializou em um campo particular do estudo.
Takshashila especializou-se no estudo da medicina, enquanto Ujjain deu mais ênfase à astronomia. Nalanda, sendo a maior, abarcou todos os ramos do conhecimento, e abrigou cerca de 10.000 estudantes em sua melhor fase.
Os registros britânicos mostram que a educação era bastante difundida no século XVIII, com uma escola em cada templo, mesquita ou aldeia em quase todas as regiões do país. Entre os assuntos ensinados se encontravam a leitura, a escrita, a aritmética, a teologia, o direito, a astronomia, a metafísica, a ética, a ciência médica e a religião. As escolas recebiam estudantes de todas as classes da sociedade.
O sistema atual de educação, com seu estilo e índices ocidentais, foi introduzido e estabelecido pelos Ingleses, após as recomendações do Baron Macaulay. As estruturas tradicionais da educação hindu não foram reconhecidas pelo governo britânico e entraram em declínio desde então. Gandhi afirmou que o tradicional sistema educacional Hindu era uma fecunda árvore que foi exterminada pela colonização britânica.
Wikipedia: Education in India / Ancient Universities of India....Prabodhini Gurukula....Sri Veda Vijnana Gurukulam.....MokshaDharma

Educação nos Estados Unidos da América
A Revolução Americana inspirou os Estados Unidos na construção de escolas financiadas pelo governo, mas houve reação por causa dos novos impostos necessários. Acreditaram que um sistema de instrução sustentado pelo governo seria necessário para tornar os cidadãos mais patrióticos e, também, para melhorar a vida da juventude - Uma comunidade educada prove cidadãos mais habilitados para trabalhar nas fábricas e a servir ao exército.
History of education: Wikipedia ...Category - History of Education: Wikipedia....

LINKS
História da Educação no Brasil
Cronologia da educação no Brasil
História da Educação no Brasil / Pedagogia em Foco
História da Educação é Sinônimo de Fracasso: Paulo Ghiraldelli Jr
Educação em atenas

Teorias de Aprendizagem


Aprender é um processo de aquisição de conhecimentos, habilidades, valores e essencialmente de desenvolvimento da capacidade de pensar, julgar e empregar conceitos que conduzam às mudanças de atitudes e de comportamentos...
A educação pode ser definida como a tentativa consciente de promover a aprendizagem de outras pessoas...
Tradicionalmente, a análise desta tentativa centrou-se em torno do ensino direto por parte dos professores. Agora, com a mudança de paradigma educacional, aprender significa ir além da instrução direta e pode ser promovida em ambientes criativos e/ou virtuais de aprendizagem...Quando o termo educação é combinado c
om entretenimento, o termo edutrenimento passa a ser uma reconstrução. Edutrenimento chamado ‘e-learning’ contém novos métodos e práticas que permitem uma aprendizagem mais rápida, de maneira mais eficiente e divertida. A idéia é geralmente combinar jogos com a aprendizagem, com apoio de softwares e cursos interativos. Há também blogs... ". Aprendizagem: Wikipedia

"... As teorias da aprendizagem que predominam nas tendências da educação contemporânea são aquelas desenvolvidas por Jean Piaget e as desenvolvidas por Vygotsky, porém muitas outras teorias encontram-se presente nas práticas educativas desde os primórdios..." Wikipedia: Teorias da Aprendizagem

“Pedagogia do trabalho: os alunos aprendem fazendo/produzindo. O Trabalho Cooperativo é baseado na existência de cooperação durante o processo de ensino-aprendizagem. A Aprendizagem é baseada no Inquérito: método de pesquisa envolvendo trabalho em grupo. “Método Natural”: baseado na teoria da aprendizagem indutiva. Centros de Interesse: baseado no interesse e curiosidades naturais da criança para conhecer”. Célestine Freinet: Precisamos restabelecer o circuito para ligar a escola à realidade

Este seminário tem por objectivo debater a aprendizagem da ciência, à luz da Teoria da Aprendizagem Significativa (TAS) – Meaningful Learning Theory. Ela tem vindo a ser pesquisada e discutida um pouco por todo o lado, mas os principais contributos que até hoje lhe foram dados devem-se, por ordem decrescente de importância, a David Ausubel, Joseph Novak e D Bob Gowin. Serão discutidos (as): As ideias mais relevantes da TAS. Os seus fundamentos epistemológicos e psicológicos...”. Jorge Valadares: A aprendizagem significativa da ciência

“... O aluno que hoje freqüenta uma escola infelizmente ainda vê o conhecimento como algo muito distante da sua realidade, pouco aproveitável ou significativo nas suas necessidades cotidianas. Na sua teoria, Ausubel apresenta uma aprendizagem que tenha como ambiente uma comunicação eficaz, respeite e conduza o aluno a imaginar-se como parte integrante desse novo conhecimento através de elos, de termos familiares a ele...” Adriana Pelizzari. Maria de Lurdes Kriegl. Márcia Pirih Baron. Nelcy Teresinha Lubi Finck. Solange Inês Dorocinski: Teoria da aprendizagem significativa segundo Ausubel

“...A Pedagogia Crítica sugere que a música, como parte do nosso passado cultural, atual e futuro, tem o poder de liberar os alunos e os seus professores dos estereótipos atuais sobre músicas e músicos, e incentiva um raciocínio crítico, uma ação crítica, e um sentimento crítico. Coloca a música em um contexto social, político e cultural que resulta em uma conexão do que Freire chama a "palavra", que em nosso caso é a música, ao mundo...”. Frank Abrahams, Ed. D. Professor de Educação Musical Westminster Choir College of Rider University Princeton, New Jersey: Aplicação da pedagogia crítica ao ensino e aprendizagem de música

“O presente artigo desenvolve-se em torno do estatuto epistemológico da hipótese e da experimentação, numa perspectiva de transposição para o campo da Educação em Ciência. Não se trata de olhar aquela vertente pela estrita óptica dos epistemólogos, mas centrar a nossa atenção na busca e apropriação crítica de elementos fundamentadores de uma teorização para a Educação em Ciência, por sua vez também necessária para orientar práticas educacionais.João Praia, António Cachapuz, Daniel Gil-Pérez: Hípótese e a experiência científica (reorientação epistemológica)

“Trabalhos recentes de investigação sugerem que freqüentemente os professores de ciências constroem imagens de ciência marcadas por visões de índole empirista/indutivista.... centra a nossa atenção na busca e apropriação crítica de elementos fundamentadores... capazes de contribuir para que os professores se sintam mais informados e, por via disso, sejam mais capazes de fundamentar as suas opções educacionais e didáticas em relação à ciência que ensinam”. João Praia, Antonio Cachapuz e Daniel Gil-Pérez: Problema-teoria-observação (reorientação epistemológica)

LINKS RELACIONADOS

"Educação engloba ensinar e aprender. E também algo menos tangível mas mais profundo: construção do conhecimento, bom julgamento e sabedoria. A educação tem nos seus objetivos fundamentais a passagem da cultura de geração para geração..." Educação: Wikipedia

Inteligencias múltiplas: Teoria desenvolvida a partir dos anos 80 por uma equipe de pesquisadores da universidade de Harvard, liderada pelo psicólogo Howard Gardner, que identificou sete tipos de inteligência no início dos anos 90.

"O Método Paulo Freire consiste numa proposta para a alfabetização de adultos desenvolvida pelo educador Paulo Freire, que criticava o sistema tradicional que utilizava a cartilha para o ensino da leitura e da escrita..." Paulo Freire: Wikipedia....Instituto Paulo Freire....Método Paulo Freire.....Biblioteca Digital Paulo Freire

“A música, uma das grandes Belas Artes, é um elemento importantíssimo no processo de alfabetização, que usada adequadamente, com uma metodologia própria, produz resultados surpreendentes, facilitando, incentivando, fixando aprendizagens, socializando e abrindo novas perspectivas de vivências humanas. No processo ensino aprendizagem, a utilização do método da “canção por audição” possibilita ao educador e ao educando, meio acessível de vivenciar experiências significativas, possibilitando um aprender verdadeiro, de forma saudável, alegre, criativa e participativa.” Música na educação de jovens, adultos e idosos: Maria Teresinha Fortes Braz

“No último capítulo de seu livro Teaching as a subversive activity, Postman e Weingartner, diziam em 1969, que embora devesse preparar o aluno para viver em uma sociedade caracterizada pela mudança, cada vez mais rápida, de conceitos, valores, tecnologias, a escola ainda se ocupava de ensinar conceitos fora de foco... a aprendizagem significativa subversiva é uma estratégia necessária para sobreviver na sociedade contemporânea..." Marco Antonio Moreira: Aprendizagem Significativa Crítica

“Todos os dias me vem a tentação de podá-las um pouco para ajudar a crescer, mas permaneço na dúvida entre as duas concepções do mundo e da educação: se agir de acordo com Rousseau e deixar obrar a natureza, que nunca se equivoca e é fundamentalmente boa, ou ser voluntarista e forçar a natureza introduzindo na evolução a mão esperta do homem e o princípio da autoridade. Até agora a incerteza não acabou e em minha cabeça disputam as duas ideologias. (Antonio Gramsci)”: Pedagogia Crítica: CEFETRN

“...Tornar-se autor do próprio mundo, transformar-se em um aprendiz e autônomo usuário de língua , não é somente uma questão de aprender a aprender mas também de aprender como lutar por alternativas culturais. (Pennycook, 1997)...” Vera Menezes: Conceitos de Autonomia


Sociologia Da Educação

A Sociologia da Educação é a vertente da Sociologia que estuda a realidade socioeducacional e os processos educacionais de sociabilização. Tem como fundadores Émille Durkheim, Karl Marx e Max Weber. Durkheim é o primeiro a ter uma Sociologia da Educação sistematizada em obras como Educação e Sociologia, A Evolução Pedagógica na França e Educação Moral.

A Sociologia da Educação oportuniza aos seus pesquisadores e estudiosos compreender que a educação se dá no contexto de uma sociedade que, por sua vez, é também resultante da educação. Também oportuniza compreender e caracterizar a inter-relação ser humano/sociedade/educação à luz de diferentes teorias sociológicas.

A Associação Internacional de Sociologia possui o Comite de Pesquisas em Sociologia de Educação desde 1971.

No Brasil, um dos pioneiros na Sociologia da Educação foi Fernando Azevedo, signatário do Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova em 1932, responsável pela Reforma do Ensino no então Distrito Federal (1927). Foi ainda um dos intelectuais responsáveis pela fundação da Universidade de São Paulo - USP em 1934.

javajato
Fundamentos da Educação


Fontes:
http://vicenteoficina.blogspot.com/
http://br.youtube.com/watch?v=kd35rLY4Xt0
http://www.infoescola.com/educacao/biologia-educacional/
"http://pt.wikipedia.org/wiki/Sociologia_da_Educa%C3%A7%C3%A3o"
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