sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Efeito Borboleta completo dublado



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TEORIA DAS JANELAS PARTIDAS E TOLERANCIA ZERO



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DISPRAXIA:[1] natureza e intervenções na escola.
Joaquim de Paula Filho[2]

01-INTRODUÇÃO

A definição de dispraxia e sua relação com o transtorno do desenvolvimento da coordenação ( TDC). São consideradas a prevalência da dispraxia e possíveis fatores causais. Portanto, alguns processos coadjuvantes associados: coordenação motora ampla e fina e desenvolvimento perceptor-motor ( coordenação olho-mão, constância visual de forma, posição espacial e relações espaciais). Ou seja, a identificação e a avaliação da dispraxia, são mencionadas algumas das dificuldades referentes à escrita manual, à educação física e às habilidades pessoais e sociais e são apresentadas várias intervenções.
PALAVRAS: CHAVE
INCLUSÃO. DISPRAXIA. INTERVENÇÃO. ESCOLA
02-IDENTIFICANDO A DISPRAXIA
Dispraxia é uma palavra grega que significa dificuldade (dys) de fazer ou agir (praxia). Fazer não é simplesmente um ato que ocorre reflexivamente – fazer requer um pensamento consciente para organizar e dirigir a ação significativa. A dispraxia é um subtipo do TDC, ou seja, TDC – é “um comprometimento acentuado da coordenação motora” que “interfere significativamente no rendimento escolar ou nas atividades da vida diária. As dificuldades de coordenação “não são devidas a uma condição médica geral” (American Psychiatric Association, 2000, p. 56-57).
A dispraxia é definida nos seguintes termos:
·         É um comprometimento ou imaturidade da organização do movimento;
·         A organização dos pensamentos e percepções é afetada;
·         Às vezes, a organização da linguagemÉ é afetada;
·         As dificuldades não se devem a dificuldades “globais” de aprendizagem, mas são específicas, e a maioria das pessoas com dispraxia apresenta inteligência média.
·         Não há nenhum sinal neurológico clinicamente evidente.
03-PREVALÊNCIA
As estimativas da prevalência  de dispraxia no Reino Unido variam muito. Uma possível interpretação para isso é que a identificação e a avaliação não são seguras. São identificados mais meninos do que meninas. As estimativas de  TDC variam de 6 a 22%, o que se acredita depender do procedimento de avaliação e da experiência do avaliador ( Kirby e Drew, 2003, p. 52).
04-POSSÍVEIS FATORES CAUSAS
As causas da dispraxia não são totalmente conhecidas. Imagina-se que, em algumas crianças, as células nervosas do córtex cerebral possuem “interconexões reforçadas” (Portwood, 1999, p.10). Se os neurônios do cérebro não formam conexões adequadas, isso sugere que a capacidade do cérebro para processar informações fica mais lenta.  Isso afeta a capacidade da criança para integrar  informações sensoriais de diferentes sentidos,  o desenvolvimento de um esquema corporal para o planejamento motor pode ser afetado.  Outro fator possível é o nascimento pré-termor do bebê (Padsman et al., 1998).
05-COORDENAÇÃO MOTORA AMPLA E FINA
Para desenvolver o controle motor, precisamos “compreender o objetivo,  formular um plano e depois executar” (Dixon  e  Addy, 2004, p.14, grifos no original). Assim, depende  da interpretação correta das informações do ambiente recebidas pelo sentidos. Ou seja, há três sistemas-chave fornecem informações para ajudar a desenvolver movimentos coordenados e controlados: os sistemas sensorial, proprioceptivo e vestibular.
06-DESENVOLVIMENTO PERCEPTO  MOTOR
Os sistemas sensoriais, proprioceptivos e vestibulares influenciam a percepção visual e auditiva. Entre os elementos inter-relacionados do desenvolvimento perceptor-motor  que são atingidos  estão a coordenação olho-mão (coordenação visual-motora), a constância visual de forma, a posição espacial e as relações espaciais. Entretanto, a constância visual envolve  reconhecer objeto que talvez pareça diferente ( por exemplo, que está em uma posição diferente)  de quando foi visto pela primeira vez ainda é o mesmo objeto.  Se uma criança com dispraxia estiver recebendo informações incorretas sobre um objeto em virtude de uma sensação tátil atenuada, ela não absorverá os importantes sinais táteis sobre o objeto, e além do mais, em matemática, as colunas para cálculos podem ser tão inconsistentes que provocarão erros, e as tarefas práticas envolvendo a avaliação de distâncias serão árduas. De modo geral, atividades com atravessar a rua com segurança serão problemáticas.
07-CARACTERÍSTICAS GERAIS NA IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DA DISPRAXIA
O ideal é que vários profissionais, incluindo fisioterapeutas, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, quando houver implicações da linguagem, e psicólogo educacional realizem a identificação e a avaliação da dispraxia. Todavia, a criança tem uma dificuldade muito maior para subir ou descer escadas, aprende a usar o banheiro de modo independente muito depois de seus pares e tem dificuldade em manusear brinquedos e jogos que requerem destreza, como quebra-cabeças.
Portanto, os alunos do ensino fundamental e ensino médio, as características  da dispraxia podem ficar evidentes em várias matérias, como, por exemplo, artes, ciências, design e tecnologia, ou seja, entre outras áreas em que a dispraxia cria desafios especiais estão as relacionadas a escrita manual, atividades físicas e a habilidade sociais e pessoais, como comer, usar o banheiro e vestir-se.
Para os alunos ( 6 a 11 anos ). A escrita manual pode ser complicada pelas dificuldades de segurar o lápis ou posicionar as letras, ou seja, a má posição no espaço pode  prejudicar a capacidade de desenhar objetos tridimensionais.
Uma adequada constância de forma é essencial, pois a parte central da escrita manual envolve:
·         Reconhecer, identificar e distinguir formas e tamanhos diferentes;
·         Reproduzir formas corretas, no formato e no tamanho.
Assim, quando é ensinada a escrever letras, ela tem maior facilidade para desenhá-las adequadamente se for usado um papel com linhas. Convém que as letras sejam ensinadas com traços de saída de ligação/integrais para ajudar a aprendizagem da escrita cursiva.
08-EDUCAÇÃO FÍSICA NA ESCOLA
Para aluno com dispraxia, as atividades físicas em geral são desafiadoras. Pode ser difícil  saltar, como ou sem uma corda. Andar de bicicleta é uma  tarefa  complexa constantemente  a informações visuais para pedalar bem. Portanto, a criança com dispraxia, com suas dificuldades de coordenação, dificuldades espaciais e julgamento deficiente da velocidade, esteja atrasa na habilidade de aprender a andar de bicicleta. Na educação física, as dificuldades espaciais criam problemas no uso de aparelhos. Dificuldades de avaliar distâncias e velocidades tornam os jogos de bola muito desafiadores. No caso de alunos em idade de ensino médio, algumas dificuldades de coordenação podem ser menos perceptíveis, pois estão atravessando um período de desajeitamento, provocados pelo estirão de crescimento adolescente.
09-(EPSSC) – EDUCAÇÃO PESSOAL, SOCIAL, DE SAÚDE E CIDADANIA
Os alunos com dispraxia podem ficar frustrados, desmoralizados e ter sua auto-estima diminuída devido às persistentes  dificuldades enfrentadas, pois  nem sempre são compreendidas  pelos outros. Na área de EPSSC, os aspectos de habilidades pessoais e sociais criam dificuldades específicas para os alunos com dispraxia.
Sessões de habilidades sociais para grupo de alunos com dispraxia depois da escola têm bons efeitos (Dixon e  Addy, 2004, p. 126-137). Elas incluem, por exemplo, atividades para incentivar maior auto-estima. Portanto, trocar  de roupa para aula de educação física em um tempo limitado é algo desafiador. Alunos mais velhos, do ensino médio, podem continuar apresentando uma aparência  desalinhada, e as meninas podem ter problemas para aplicar maquiagem com moderação.

10-PONTOS PARA PENSAR
O leitor pode considerar:
·         Que treinamento a equipe recebeu com relação à dispraxia;
·         Quão eficazmente a dispraxia é identificada e avaliada nas escolas locais;
·         A variedade  de intervenções  com as quais a equipe se sente confiante;
·         A extensão em que as intervenções lidam com dificuldades associadas/subja-centes e manifestações  evidentes a dispraxia.







11-BIBLIOGRAFIA
Dixon, G. e Addy, L.M. Making inclusion work for children with dyspraxia: practical Strategies  for Teachers. Londres: RoutledgeFalmer, 2004.
Kirby, A. e Drew, S. Guide to dyspraxia and developmental coordination disorders. Londres:  David Fulton Publishers, 2003.
SKINNER, B.F. Conducta verbal. Trillas, México, 1981.
VIGOTSKY, Lev. El desarrollo de los procesos psíquicos superiores. Editorial Crítica, Barcelona, 1989.
_____________. Pensamiento y lenguaje. La Pléyade, Buenos Aires, 1977.
WALLON, Henri. Los orígenes del pensamiento en el niño. Ediciones Nueva Visión SAIC, Buenos Aires, 1976.
_____________. Del acto al pensamiento. Lautaro, Buenos Aires, 1947.



[1] É uma disfunção motora neurológica que impede o cérebro de desempenhar os movimentos corretamente. É a chamada “síndrome do desastrado”.
[2] Mestrando em Educação Psicanálise – Orientador Educacional – Psicopedagogo.



fonte: http://www.webartigos.com/artigos/dispraxia-natureza-e-intervencoes-na-escola/98256/ 

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quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Programa Sempre Um Papo com Laurentino Gomes - 2010



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Indicação de leitura do editor do Blog: Laurentino Gomes 1808

1808 – Laurentino Gomes (uma resenha)

“Como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a História de Portugal e do Brasil”

         Depois de uma exaustiva pesquisa em fontes as mais diversas durante mais de 10 anos, Laurentino Gomes nos brinda com esta narração definitiva sobre a fuga da Família Real Portuguesa para o Brasil, sob a escolta da Marinha Britânica.

Antecedentes

         Portugal – uma das nações mais atrasadas da Europa em inícios do século XIX – encontrava-se freqüentemente diante da possibilidade concreta, estimulada e aconselhada por muitos a ter a sede de seu governo transferida para o Brasil, colônia da qual se tornara totalmente dependente. A cada crise no Continente Europeu a idéia se renova, mas somente a partir dos ecos da Revolução Francesa, mais particularmente em seu período Napoleônico, a idéia ganhou força e premência. Com maior vigor a partir de 1801 a idéia freqüentemente era cogitada. No entanto o Príncipe Regente D. João era fraco demais – inclusive fisicamente – medroso demais e indeciso demais para adotar medida de tão graves monta e repercussão.

Os monarcas “perdem a cabeça”

         O Rei Jorge III, da Inglaterra, tinha ataques constantes de demência, amplamente relatados: trazia ao colo uma almofada que informava ser uma criança; criou uma “Nova Teoria da Santíssima Trindade” incluindo a si mesmo e a um criado, além de Deus; passava por vezes 3 dias sem dormir, tempo durante o qual passava a maior parte do tempo falando sem parar – e poucos compreendiam bem o que exatamente estava ele a dizer.
         Em Portugal, D. Maria I, a Rainha Mãe, informava ver o fantasma de seu pai com freqüência, ensangüentado e clamando vingança; seus gritos – talvez a palavra “urros” expresse melhor o volume em que se expressava durante os ataques de demência – eram tão lancinantes que ela foi recolhida a um convento, declarada demente e seu segundo filho, despreparado para assumir o trono, D. João, foi nomeado Príncipe Regente.
         Na França e em outros pontos da Europa reis e rainhas eram decapitados. Como bem o enfatiza Laurentino Gomes, “era um tempo em que os monarcas, literal e metaforicamente, perdiam a cabeça

Decisão às pressas

         Somente quando pressionado pelo avanço das tropas napoleônicas do General Junot, em fins de 1807 e pressionado pela Inglaterra, a decisão foi tomada de maneira tão apressada e atabalhoada que muitos bens dos fugitivos para o Brasil ficaram empilhados no cais: bagagem, livros da Real Biblioteca, prataria saqueada de igrejas, etc. Além disso, as embarcações vieram todas apinhadas de gente, sem os cuidados técnicos necessários a uma tão longa travessia (levaria cerca de 3 meses para atravessar o Atlântico nas rústicas naus da época): pelo menos dois navios sequer conseguiram zarpar e o suprimento dos que zarparam no dia 29 de novembro de 1807 mal eram suficientes para 2 ou 3 semanas. Foi sem dúvida uma fuga apressada e decidida às pressas e, sem a escolta britânica a prover quase tudo o que faltava, a viagem estaria fadada a uma tragédia.
 
Napoleão Bonaparte - imbatível durante 2 décadas - Gênio Militar e uma Força da Natureza
Travessia conturbada e escala em Salvador

         Enfrentando as saunas em que os navios selados da época se transformavam nos Trópicos, com água e refeições racionadas, condições sanitárias precaríssimas, a Corte e seus inúmeros lacaios e bajuladores – de ministros a clérigos e oportunistas com suas numerosas famílias – penou 3 meses de céu e mar. O escorbuto (falta de vitamina C) e outras moléstias ceifaram vidas, uma infestação de piolhos obrigou a todos a raspar a cabeça, uma tormenta provocou um desvio de rota que a muito custo foi retificada – sempre com o apoio logístico da Marinha Britânica – e finalmente, a 22 de janeiro de 1808 os navios aportaram em Salvador.
         Um fato curioso é que a princesa Carlota Joaquina, suas filhas e damas da corte desembarcaram com uns turbantes rústicos enrolados na cabeça para disfarçar a calva a que foram reduzidas pela infestação de piolhos. As damas da sociedade soteropolitana consideraram ser aquela uma moda européia e aderiram com tal entusiasmo que até hoje as Baianas usam a indumentária...
         A escala em Salvador proporcionou momentos de repouso após viagem tão longa e penosa e, aconselhado pelos seus ministros, D. João decidiu receber autoridades do Norte-Nordeste Brasileiro para as esquisitas cerimônias de “beijão-mão”: filas de fidalgos esperando a vez para oscular as extremidades dos braços do Príncipe Regente – uma constante na vida de D. João, que exigia estas demonstrações de fidelidade e submissão com regularidade enquanto governou. Era preciso fortalecer os vínculos entre as províncias do Brasil colônia que, aos poucos, viria a se transformar numa nação, sede do governo português no exílio.
 
Um príncipe indeciso, medroso, fraco que, no entanto, enganou Napoleão...
A chegada ao Rio de Janeiro

         No dia 7 de março de 1808 a esquadra de D. João chega à Baía de Guanabara, mas o desembarque ocorre somente no dia seguinte. Os puxa-sacos que sempre cercam esse tipo de acontecimento no Brasil prepararam uma recepção retumbante, com muitos tiros de canhão, fogos de artifício e festas populares para saudar “a chegada do primeiro monarca Europeu a terras americanas”.
         Portugal foi saqueada pelos fugitivos de Napoleão antes de embarcar para o Brasil, mas mesmo assim os recursos eram insuficientes para sustentar uma das maiores cortes que qualquer monarca da época ousava manter em torno de si. Todos dependentes dos cofres governamentais e sequiosos de um enriquecimento rápido por aqui para uma volta a Portugal à primeira oportunidade.
         Casas foram requisitadas pela coroa portuguesa que nelas colava cartazes com as iniciais P.R. (casa requisitada pelo Príncipe Regente) que a irreverência carioca rapidamente entendeu como “Ponha-se na Rua!” Os impostos foram aumentados a níveis até então inusitados; nada comparável aos 40% que os brasileiros pagam hoje para os mensaleiros e sanguessugas e portadores de cartões corporativos de Lula da Silva, mas uma taxação severa para a época e, tal qual hoje, todos desconfiavam que os impostos não seriam empregados para o bem público e sim para o benefício privado dos dependentes do governo.
Um príncipe frouxo e uma princesa irascível: uma união com tudo para jamais dar certo...

Medidas progressistas

         Uma vez que a sede do governo português situava-se no Rio de Janeiro, foram necessárias algumas medidas – muitas das quais adrede acertadas com a Inglaterra pela “cortesia” da escolta – progressistas para a época, como a Abertura dos Portos às Nações Amigas, decreto Régio de 28 de janeiro de 2008. “Nações Amigas” eram basicamente Portugal e a Inglaterra. Pelo acordo acertado com antecedência, o Brasil seria o principal escoadouro do excedente comercial britânico e a Inglaterra contava com benefícios alfandegários ainda superiores aos dos portugueses. Em pouco tempo os cais brasileiros estavam atulhados de coisa absolutamente inúteis para nosso clima tropical: patins para gelo, aquecedores de colchões e outras bugigangas caríssimas que muitos acabavam empregando em outras finalidades – um viajante da época informa que percebeu uma maçaneta de uma casa modesta modelada a partir de um patim para gelo, por exemplo...
         Foi necessário ainda criar um órgão para cunhar a moeda que circularia por aqui: o Banco do Brasil. Como foi criado na base do compadrio e muita corrupção, teve vida efêmera. Em 1820 teve seus cofres saqueados pela Família Real de volta para Portugal, faliu e acabou sendo liquidado em 1829. Somente em 1835, já no governo de D. Pedro II o Banco do Brasil foi recriado.

Hábitos esquisitos

         Havia as esquisitíssimas e regulares cerimônias de beija-mão, acima relatadas.
         D. João VI era gordo, flácido e devorador voraz de franguinhos que trazia fritos e desossados nos bolsos de seus uniformes sempre sujos e engordurados. Não conseguia caminhar a pé mais de alguns metros sem sentir extrema fadiga e era, na mais completa acepção do termo, um dos homens mais fracos que já governaram esta nação, mas, surpreendentemente, logrou ser o único a enganar Napoleão Bonaparte e realizou um governo medianamente satisfatório.
         Uma vez encontrar-se já em situação de separação definitiva de corpos da princesa Carlota Joaquina, o Autor Tobias Monteiro, apontado por Gomes na obra hora em análise, informa que D. João mantinha relações homossexuais “de conveniência”, particularmente com um de seus camareiros, Francisco Rufino de Souza Lobato cuja função primordial era masturbar o príncipe com regularidade, atividade pela qual Rufino foi recompensado regiamente: recebeu títulos, pensões portentosas e promoções sucessivas.
         Numerosas salvas de canhão eram ordenadas a cada entrada de navio na Baía de Guanabara. Um estadunidense surpreso comenta o quanto os portugueses gostavam de gastar sua pólvora, a ponto de se ouvir o troar dos canhões à entrada da Baía ao longo de todos os dias.
         Sem esgoto sanitário o lixo era invariavelmente jogado às ruas pelas janelas e, não raro, um passante recebia o “batismo” de dejetos humanos. Classes mais abastadas contavam com escravos encarregados de levar seus dejetos acumulados para despejar na Baía de Guanabara. Ficavam conhecidos como “carijós” pois quando o ácido de urina misturada com fezes caía sobre suas costas deixava em suas peles negras algumas manchas brancas.

Imprensa

         Enquanto a Europa se encaminhava a passos largos para a ampliação dos Direitos da Pessoa Humana e do Cidadão, o Brasil recebia um dos mais atrasados representantes do Antigo Regime...
         Como a oposição ao governo era um crime gravíssimo, o único jornal com alguns eivores críticos que, mais tarde, contudo, precisou ceder ao governo português, era o Correio Braziliense, que Hipólito da Costa editava em Londres.
Legado

         Com todas as fraquezas, todo o medo e covardia, além de toda a corrupção que cercou a fuga da Família Real para o Brasil, devemos o princípio de nossa emancipação política (vulgarmente conhecida como “Independência”) a este episódio, a esta travessia de 1808.
         Através de brutais repressões e da concentração autocrática o Brasil – ex-colônia portuguesa – manteve sua integridade territorial, lingüística e, em alguns aspectos “cultural”, ao contrário do Império Colonial Espanhol que se fragmentou em dezenas de Nações distintas.
         Quando as cortes em Portugal, já livres de Napoleão Bonaparte e de seus “protetores” ingleses exigiram a volta da Família Real para o Continente além do juramento a uma constituição com alguns lustros de republicanismo, D. João VI – já então na posição de Monarca Português após o falecimento de D. Maria I, “a louca” – deixou o Brasil a cargo de seu filho D. Pedro com a recomendação de, em caso de revolta ou tentativas mais autonomizantes que o desejavam as cortes portuguesas, D. Pedro tomasse a coroa “antes que algum aventureiro o fizesse”. Assim, o Brasil simplesmente passou de pai para filho sem grandes azedumes em 1822. Por incrível que pareça – se é que a palavra “incrível” pode se aplicar a alguma situação no Brasil – os únicos problemas armados envolvendo o episódio conhecido como “Independência”, o 7 de setembro de 1822, quando D. Pedro rompeu com as cortes portuguesas, foram de alguns portugueses e brasileiros nativos que se rebelaram contra a autonomia desejosos de continuar mamando nas tetas de Portugal. Estes foram repelidos, novamente, com a ajuda de mercenários ingleses contratados pois nossa Marinha estava ainda em projeto...
         De mais a mais, como Portugal devia 2 milhões de libras esterlinas à Inglaterra, para reconhecer a autoridade de D. Pedro I sobre o Brasil a ex-metrópole exigiu o repasse da dívida para a nova Nação Brasileira, dando o pontapé inicial em nossa interminável dívida externa – que hoje Lula da Silva “internalizou”: em 2008 devemos mais de 1 Trilhão e 400 Bilhões de Reais “internamente” a empresas como o Grupo Santander, o Citibank, a Monsanto – fabricante do desfolhante “Agente Laranja” -, a IBM – fabricante das máquinas gravadoras de números nos braços dos judeus nos campos de concentração nazistas -, a Ford, a Chrysler... Nossa dívida foi deixando de ser considerada “externa” mas avolumou-se de maneira descontrolada e nossos credores “brasileiros” têm suas matrizes bem longe daqui. Como diz na paródia de nosso hino (também conhecido como “ouvirundum ou “nó suíno”): “o sol da liberdade em raios fugidios brilhou em outra pátria muito distante!”

 http://www.culturabrasil.org/1808-laurentino.htm












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Trastornos de la Conducta Alimentaria



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Trastornos Generalizados del Desarrollo



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Trastornos Cognitivos



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Esquizofrenia



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Trastornos de Personalidad



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