quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Varejo

Varejo

Ficheiro:Casa Oriental (Porto).JPG
Loja de bairro tradicional na cidade do Porto, Portugal.


Retalho (português europeu) ou varejo (português brasileiro) é a venda de produtos ou a comercialização de serviços em pequenas quantidades, ao contrário do que acontece na venda por atacado. É a venda a retalho, como por partes de um todo, direta ao comprador final, consumidor do produto ou serviço, sem intermediários.
Segundo Kotler (2000, p. 540), todas as atividades de venda de bens ou serviços diretamente aos consumidores finais são definidas como varejo. O local onde os produtos ou serviços são vendidos (lojas, rua ou residência do consumidor) não é importante. Da mesma forma, todas as maneiras pela qual estes bens ou serviços são vendidos estão incluídas no conceito de retalho, seja através de venda pessoal, correio, telefone ou máquina automática.
No marketing da venda a retalho existem duas características específicas de grande importância: o atendimento e a exposição. Estes dois fatores são tão importantes e também há a teoria dos 10 P's, de Jorge Inafuco, sendo dessa forma:
  • Ponto
  • Público-alvo
  • Produtos
  • Preços
  • Promoção
  • Apresentação
  • Propaganda
  • Posicionamento
  • Pessoas
  • Planejamento
Sendo que um fato para o sucesso do varejista é a escolha de um bom ponto comercial, só mantendo um bom ponto ele pode ser uma pessoa "comum" nos outros P's que se garante. O sucesso de um retalhista, seja ele pequeno ou grande, depende principalmente do quanto ele incorpora o conceito de venda a retalho. Este conceito é uma orientação de gestão que faz o retalhista focar a determinação das necessidades dos seus mercados-alvo e a satisfação das mesmas mais eficaz e eficientemente que os seus concorrentes. Segundo Ruotolo & De Menezes (2001) ao idealizar um conceito de loja o retalhista toma decisões sobre: nível de serviço oferecido, linha de produtos comercializados, política de preços, cobertura geográfica, acesso ao cliente, tamanho e localização da loja.
O marketing da venda a retalho é uma ciência totalmente distinta do marketing tradicional, que teve a sua formulação baseada na indústria de bens de consumo. As suas principais características de diferenciação são os tempos utilizados nos seus planos e ações, as formas de pesquisa junto ao consumidor e a comunicação. Segundo Edson Zogbi, o retalho atual ainda necessita desenvolver um sector de Investigação e Desenvolvimento para competir com os novos meios de distribuição de produtos do futuro.
A raiz da palavra varejo, utilizada no Brasil, vem do Português arcaico, em que a "vara" era a medida para se fracionar peças de tecidos, cordas, linhas, madeiras, etc. Ainda hoje, em algumas lojas de tecidos usa-se uma régua de madeira com um metro de comprimento para fracionar os produtos. O termo atualmente utilizado em Portugal é retalho, que também denota claramente o fracionamento de produtos para venda em pequenas porções ou quantidades. http://pt.wikipedia.org/wiki/Varejo


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ARTHUR SCHOPENHAUER




Arthur Schopenhauer

Filho de Heinrich Floris Schopenhauer, comerciante da cidade de Dantzig, na Prússia, o filósofo Arthur Schopenhauer estava destinado a seguir a profissão de seu pai. Por isso, a família nunca se preocupou muito com sua educação intelectual e, quando contava apenas doze anos de idade, em 1800, induziu-o a empreender uma série de viagens importantes para um futuro comerciante. Schopenhauer percorreu a Alemanha, a França, a Inglaterra, a Holanda, a Suíça, a Silésia e a Áustria. Mas seu interesse não foi despertado por aquilo que seu pai mais desejava: o que fez de mais importante, durante essas viagens, foi redigir uma série de considerações melancólicas e pessimistas sobre a miséria da condição humana. Em 1805, a família fixou-se em Hamburgo e o obrigou a cursar uma escola comercial. A morte do pai (presumivelmente cometeu suicídio) permitiu-lhe, contudo, abandonar para sempre os estudos comerciais e voltar-se para uma carreira universitária, como era seu desejo. Assim, Schopenhauer passou a dedicar-se aos estudos humanísticos, ingressando no Liceu de Weimar em 1807; dois anos depois, encontrava-se na faculdade de medicina de Göttingen, onde adquiriu vastos conhecimentos científicos.
 
Em 1811, na Universidade de Berlim, assistiu aos cursos dos filósofos Schleiermacher (1768-1834) e Fichte (1762-1814). Este último seria, mais tarde, acusado por Schopenhauer de ter deliberadamente caricaturado a filosofia de Kant (1724-1804), tentando “envolver o povo alemão com a neblina filosófica” (clique aqui e veja as criticas que Schopenhauer fazia  na sua época). Em 1813, Schopenhauer doutourou-se pela Universidade de Berlim com a tese Sobre a Quádrupla Raiz do Princípio de Razão Suficiente.
 
Nessa época, sua mãe, Johanna Schopenhauer, estabeleceu-se em Weimar, onde começou a obter progressivo sucesso como novelista e passou a freqüentar os círculos mundanos que Schopenhauer detestava e se esforçava por ridicularizar ao máximo. As relações entre os dois deterioraram-se a ponto de Johanna declarar publicamente que a tese de seu filho não passava de um tratado de farmácia; em contrapartida, Schopenhauer afirmava ser incerto o futuro de sua mãe como romancista e que ela somente seria lembrada no futuro pelo fato de ser sua progenitora.
 
Apesar dessas brigas, Schopenhauer freqüentou durante algum tempo o salão de sua mãe. Ali torreou-se amigo de Goethe (1749-1832), que reconhecia seu gênio filosófico e sugeriu-lhe que trabalhasse numa teoria antinewtoniana da visão. A partir dessa sugestão, Schopenhauer escreveu Sobre a Visão e as Cores, publicado em 1816. 

Um filósofo sem público 


Em 1814, Schopenhauer rompeu definitivamente com a família e quatro anos depois concluiu sua principal obra, O Mundo como Vontade e Representação. Em 1819, o livro foi publicado, mas um ano e meio após haviam sido vendidos apenas cerca de 100 exemplares. A crítica também não foi favorável à obra.
 
Durante os anos de 1818 e 1819, Schopenhauer passou uma temporada na Itália: ao voltar, sua situação econômica não era das melhores. Solicitou então um posto de monitor na Universidade de Berlim, valendo-se de seu título de doutor e passando por uma prova que consistia numa conferência. Admitido em 1820, encarregou-se de um curso intitulado A Filosofia Inteira, ou O Ensino do Mundo e do Espírito Humano. O título do curso devia-se, provavelmente, a Hegel (1770-1831), que na época era um dos mais reputados professores da Universidade de Berlim. Tentando competir com Hegel, Schopenhauer escolheu o mesmo horário utilizado pelo rival, mas a tentativa redundou em fracasso completo: apenas quatro ouvintes assistiam a suas aulas. Ao fim de um semestre, renunciou à universidade.
Em 1821, envolveu-se em um acidente que teve desagradáveis conseqüências econômicas e, sobretudo, viria causar-lhe periódica crise de depressão psicológica. Nessa época, o filósofo residia numa pensão, cujos principais locatários, em sua grande maioria, eram senhoritas de idade avançada. Essas pensionistas tinham o desagradável hábito de espionar a chegada de supostas amantes, recebidas por Schopenhauer em seus aposentos. Certa noite, quando uma costureira chamada Caroline-Louise Marquet dedicava-se a esse mister, Schopenhauer, perdendo a paciência, atirou-a escada abaixo. Como resultado, foi processado e acabou sendo condenado a pagar trezentos thalers de despesas médicas. Além disso, ficava obrigado a pagar sessenta thalers anuais, até a morte de Caroline, que somente veio a falecer vinte anos depois. Durante todo esse tempo, Schopenhauer entrava em depressão nervosa, uma vez por ano, todas as vezes que era obrigado a pagar a pensão. Sua revolta dizia respeito menos à quantia desembolsada do que àquilo que sentia como injustiça cometida pelas autoridades.
 
Entre 1826 e 1833, Schopenhauer empreendeu freqüentes viagens, adoeceu por diversas vezes e tentou uma segunda experiência como professor da Universidade de Berlim. Foi mais uma tentativa fracassada, somente contrabalançada pela crítica elogiosa a seu O Mundo como Vontade e Representação, publicada no periódico Kleine Bücherschau.

Solidão e Glória


Em 1833, depois de muitas hesitações, o filósofo resolveu fixar-se em Frankfurt-sobre-o-Meno, onde permaneceria até sua morte em 1860. Durante os vinte e sete anos que passou em Frankfurt, levou uma vida solitária, acompanhado por seu cão. Sua predileção por animais era filosoficamente justificada; segundo Schopenhauer, entre os cães, contrariamente ao que ocorre entre os homens, a vontade não é dissimulada pela máscara do pensamento.
 
Dedicado exclusivamente à reflexão filosófica, Schopenhauer trabalhou intensamente em Frankfurt, redigindo e publicando diversos livros. Em 1836, veio a lume o ensaio Sobre a Vontade na Natureza, que deveria completar o segundo livro de O Mundo como Vontade e Representação. Na mesma época, redigiu também dois ensaios sobre moral. O primeiro, escrito para concorrer a um concurso da Academia de Ciências de Drontheim (Noruega), intitula-se Sobre a Liberdade da Vontade. O segundo, O Fundamento da Moral, concorreu ao concurso da Academia de Copenhague e continha verdadeiros insultos a Hegel e a Fichte, que provocaram escândalo; embora fosse o único concorrente, o livro não foi premiado. Posteriormente, os dois ensaios seriam reunidos sob o título de Os Dois Problemas Fundamentais da Ética e publicados em 1841. Três anos depois, surgiu a segunda edição de O Mundo como Vontade e Representação, enriquecida com alguns suplementos. Apesar disso, não teve sucesso.
O mesmo não ocorreu com a última obra escrita e publicada por Schopenhauer. Intitulava-se Parerga e Paralipomena e continha pequenos ensaios sobre os mais diversos temas: política, moral, literatura, filosofia, estilo e metafísica, entre outros. A obra alcançou inesperado sucesso, logo depois de ser publicada em 1851. A partir daí, a notoriedade do autor espalhou-se pela Alemanha e depois pela Europa. Um artigo de Oxenford, publicado na Inglaterra, deu início à grande difusão de sua filosofia. Na França, muitos filósofos e escritores viajaram até Frankfurt para visitá-lo. Na Alemanha, a filosofia de Hegel entrou em declínio e Schopenhauer surgiu como ídolo das novas gerações.
 
Assim, os últimos anos da vida de Schopenhauer proporcionaram-lhe um reconhecimento que ele sempre buscou. Artigos críticos surgiram em grande quantidade nos principais periódicos da época. A Universidade de Breslau dedicou cursos à análise de sua obra e a Academia Real de Ciências de Berlim propôs-lhe o título de membro, em 1858, que ele recusou.
 
Dois anos depois, a 21 de setembro de 1860, Arthur Schopenhauer, que Nietzsche (1844 – 1900) chamaria "o cavaleiro solitário", faleceu, vítima de pneumonia. Contava, então, 72 anos de idade. 

Um mundo cego e irracional


O ponto de partida do pensamento de Schopenhauer encontra-se na filosofia kantiana. Immanuel Kant (1724 – 1804) estabelecera distinção entre os fenômenos e a coisa-em-si (que chamou noumenon), isto é, entre o que nos aparece e o que existiria em si mesmo. A coisa-em-si (noumenon) não poderia, segundo Kant, ser objeto de conhecimento científico, como até então pretendera a metafísica clássica. A ciência restringir-se-ia, assim, ao mundo dos fenômenos, e seria constituída pelas formas a priori da sensibilidade (espaço e tempo) e pelas categorias do entendimento. Dessas distinções, Schopenhauer concluiu que o mundo não seria mais do que representações, entendi das por ele, num primeiro momento, como síntese entre o subjetivo e o objetivo, entre a realidade exterior e a consciência humana. Como afirma em O Mundo como Vontade e Representação, “por mais maciço e imenso que seja este mundo, sua existência depende, em qualquer momento, apenas de um fio único e delgadíssimo: a consciência em que aparece”. Em outra passagem de sua principal obra, Schopenhauer deixa mais clara essa idéia: “O mundo como representação, isto é; unicamente do ponto de vista de que o consideramos aqui, tem duas metades essenciais, necessárias e inseparáveis. Uma é o objeto; suas formas são o espaço e o tempo, donde a pluralidade. A outra metade é o sujeto; não se encontra colocada no tempo e no espaço, porque existe inteira e indivisa em todo ser que percebe: daí resulta que um só desses seres junto ao objeto completa o mundo como representação, tão perfeitamente quanto todos os milhões de seres semelhantes que existem: mas, também, se esse ser desaparece, o mundo como representação não mais existe”.
 
Não se pode dizer que essas idéias expressem exatamente o pensamento kantiano, mas, seja como for, Schopenhauer chegou a essas conclusões, partindo do mestre que tanto admirava. Schopenhauer, contudo, separa-se, explicitamente, de Kant em um ponto essencial e, a partir daí, constrói uma filosofia original. Para Kant, a coisa-em-si é inacessível ao conhecimento humano, pois encontra-se além dos limites das estruturas do próprio ato cognitivo, entendido como síntese dos dados da intuição sensível, síntese essa realizada pelas categorias a priori do entendimento. Schopenhauer, ao contrário, pretendeu abordar a própria coisa-em-si. Essa coisa-em-si, raiz metafísica de toda a realidade, seria a Vontade.
 
Segundo o autor de O Mundo como Vontade e Representação, a experiência interna do indivíduo assegura-lhe mais do que o simples fato de ele ser “um objeto entre outros”. A experiência interna também revela ao indivíduo que ele é um ser que se move a si mesmo, um ser ativo cujo comportamento manifesto expressa diretamente sua vontade. Essa consciência interior que cada um possui de si mesmo como vontade seria primitiva e irredutível: A vontade revelar-se-ia imediatamente a todas as pessoas como o em-si e a percepção que as pessoas têm de si mesmas como vontades seria distinta da percepção que as mesmas têm como corpo. Mas isso não significa que Schopenhauer tinha esposado a tese de que as ações corporais e as ações da vontade constituem duas séries de fatos, entendidas as primeiras como causadoras das segundas. Para Schopenhauer, o corpo humano é apenas objetivação da vontade, tal como aparece sob as condições da percepção externa. Em outros termos, o que se quer e o que se faz são uma e a mesma coisa, vistos, porém, de perspectivas diferentes.
 
Da mesma forma como nos homens, a vontade seria o princípio fundamental da natureza. Para Schopenhauer, na queda de uma pedra, no crescimento de uma planta ou no puro comportamento instintivo de um animal afirmam-se tendências, em cuja objetivação se constituem os corpos. Essas diversas tendências não passariam de disfarces sob os quais se oculta uma vontade única, superior, de caráter metafísico e presente igualmente na planta que nasce e cresce, e nas complexas ações humanas. Essa vontade, para Schopenhauer, é independente da representação e, portanto, não se submete às leis da razão. Ao contrário de Hegel, para quem o real é racional, a filosofia de Schopenhauer sustenta que o real é em si mesmo cego e irracional, enquanto vontade. As formas racionais da consciência não passariam de ilusórias aparências e a essência de todas as coisas seria alheia à razão: "A consciência é a mera superfície de nossa mente, da qual, como da terra, não conhecemos o interior, mas apenas a crosta". o inconsciente representa, assim, papel fundamental na filosofia de Schopenhauer. Sob esse aspecto, o autor de O Mundo como Vontade e Representação antecipou-se a alguns dos conceitos mais importantes da psicanálise fundada por Sigmund Freud (1856-1939).

O próprio Freud reconheceu a importância das idéias de Schopenhauer; em um de seus escritos afirma que certas considerações sobre a loucura, encontradas no Mundo como Vontade e Representação, poderiam "rigorosamente, sobrepor-se à doutrina da repressão".

Viver é sofrer


No sistema de Schopenhauer, a vontade é a raiz metafísica do mundo e da conduta humana; ao mesmo tempo, e a fonte de todos os sofrimentos. Sua filosofia é, assim, profundamente pessimista, pois a vontade é concebida em seu sistema como algo sem nenhuma meta ou finalidade, um querer irracional e inconsciente. Sendo um mal inerente à existência do homem, ela gera a dor, necessária e inevitavelmente, aquilo que se conhece como felicidade seria apenas a interrupção temporária de um processo de infelicidade e somente a lembrança de um sofrimento passado criaria a ilusão de um bem presente. Para Schopenhauer, o prazer é momento fugaz de ausência de dor e não existe satisfação durável. Todo prazer é ponto de partida de novas aspirações, sempre obstadas e sempre em luta por sua realização: “Viver e sofrer”.
Mas, apesar de todo seu profundo pessimismo, a filosofia de Schopenhauer aponta algumas vias para a suspensão da dor. Num primeiro momento, o caminho para a supressão da dor encontra-se na contemplação artística. A contemplação desinteressada das idéias seria um ato de intuição artística e permitiria a contemplação da vontade em si mesma, o que, por sua vez, conduziria ao domínio da própria vontade. Na arte, a relação entre a vontade e a representação inverte-se, a inteligência passa a uma posição superior e assiste à história de sua própria vontade; em outros termos, a inteligência deixa de ser atriz para ser espectadora. A atividade artística revelaria as idéias eternas através de diversos graus, passando sucessivamente pela arquitetura, escultura, pintura, poesia lírica, poesia trágica, e, finalmente, pela música. Em Schopenhauer, pela primeira vez na história da filosofia, a música ocupa o primeiro lugar entre todas as artes. Liberta de toda referência específica aos diversos objetos da vontade, a música poderia exprimir a Vontade em sua essência geral e indiferenciada, constituindo um meio capaz de propor a libertação do homem, em face dos diferentes aspectos assumidos pela Vontade. 

No Nada, a salvação 


A libertação proporcionada pela arte, segundo Schopenhauer, não é, contudo, total e completa. A arte significa apenas um distanciamento relativamente passageiro e não a supressão da Vontade. Para que atinja a libertação, é necessário que o homem ascenda ao nível da conduta ética, a qual representa uma etapa superior no processo de superação das "dores do mundo". A ética de Schopenhauer não está, contudo, presa à noção de "dever"; Schopenhauer rejeita as formas imperativas de filosofia que são, para ele, formas de coerção. 
Sua ética não se apóia em mandamentos, antes na noção de que a contemplação da verdade é o caminho de acesso ao bem. Para Schopenhauer, o egoísmo, que faz do homem o inimigo do homem, advém da ilusão de vontades independentes que afirmam seus ímpetos individuais. A superação do egoísmo somente seria possível mediante o conhecimento da natureza única universal da Vontade. Como conseqüência moral do desaparecimento de sua individualidade, o homem pode tornar-se bom; ao espírito de luta contra os semelhantes segue-se o espírito de simpatia. Libertado, pela etapa ética, o homem atinge o princípio que é o fundamento de toda verdade moral: "Não prejudiques pessoa alguma, sê bom com todos".
 
Essa ética da piedade e da comiseração, segundo Schopenhauer, encontrou sua mais acabada expressão nos evangelhos, onde "ama a teu próximo como a ti mesmo" constitui o princípio fundamental da conduta. Mas nem mesmo a ética da piedade possibilitaria ao homem atingir a felicidade última. Para Schopenhauer, a mais completa forma de salvação para o homem somente pode ser encontrada na renúncia quietista ao mundo e a todas as suas solicitações, na mortificação dos instintos, na auto-anulação da vontade e na fuga para o Nada: "...desviemos um instante os olhos de nossa própria indigência e de nosso limitado horizonte; levemo-lo sobre esses homens que venceram o mundo nos quais a vontade, atingindo a perfeita consciência de si, se reconheceu em tudo que existe e livremente renunciou a si mesma...
Então, em vez desse tumulto de aspirações sem fim, em vez dessas passagens constantes do desejo ao medo, da alegria ao sofrimento, em vez dessas esperanças sempre inalcançadas e sempre renascentes, que fazem da vida humana, enquanto animada pela vontade, um sonho interrompido, não perceberemos mais do que esta paz, mais preciosa que todos os tesouros da razão, a calma absoluta do espírito, esta serenidade imperturbável, tal como Rafael e Corregio a pintaram nas figuras de seus santos e cujo brilho deve ser para nós a mais completa e verídica anunciação da boa nova: a vontade desapareceu; subsiste apenas o conhecimento".
 

Cronologia


1788 – Arthur Schopenhauer nasce em Dantzig, a 22 de fevereiro.
1789 – A 14 de julho, eclode a Revolução Francesa.
1794 – Fichte publica Os Princípios Fundamentais da Doutrina da Ciência.
1807 – Schopenhauer ingressa no Liceu de Weimar. Publicaçao da Fenomenologia do Espirito, de Hegel.
1813 – Schopenhauer doutora-se pela Universidade de Berlim com a tese Sobre a Quádrupla Raiz do Princípio de Razão Suficiente. Nasce Sören Kierkegaard. 
1816 – Schopenhauer publica Sobre a Visão e as Cores.
1818 – Nasce Karl Marx.
1819 – Publicação de O Mundo como Vontade e Representação, de Schopenhauer.
1831 – Comte inicia a publicação de seu Curso de Filosofia Positiva. Morte de Hegel.
1832 – Morte de Goethe.
1835 – Nasce Johannes Brahms. Tocqueville publica a primeira parte de A Democracia na América.
1840 – Proudhon publica O que é a Propriedade?
1841 – Editam-se Os Dois Problemas Fundamentais da Ética, de Schopenhauer.
1844 – Nasce Friedrich Wilhelm Nietzsche.
1851 – Schopenhauer publica Parerga e Paralipomena.
1860 – Morre a 27 de setembro, em Frankfurt-sobre-o-Meno.


FRASES DE ARTHUR SCHOPENHAUER

Veja também Pensamentos de Arthur Schpenhauer Quanto menos inteligente um homem é,menos misteriosa lhe parece a existência.
( Frases e Pensamentos de Arthur Schopenhauer) Mensagem sobre Pensamentos
A glória é tanto mais tardia quanto mais duradoura há de ser,porque todo fruto delicioso amadurece lentamente.
( ARTHUR SCHOPENHAUER ) Mensagem sobre Problemas
A solidão é a sorte de todos os espíritos excepcionais.
( ARTHUR SCHOPENHAUER ) Mensagem sobre solidão
A arte é uma flor nascida no caminho da nossa vida, e que se desenvolve para suavizá-la.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
A compaixão pelos animais está intimamente ligada a bondade de caráter, e pode ser seguramente afirmado que quem é cruel com os animais não pode ser um bom homem
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
A compaixão pelos animais está intimamente ligada a bondade de caráter, e quem é cruel com os animais não pode ser um bom homem.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
A glória é tanto mais tardia quanto mais duradoura há de ser, porque todo fruto delicioso amadurece lentamente.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
A honra cavalheiresca é filha da arrogância e da tolice.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
A honra é, objetivamente, a opinião dos outros acerca do nosso valor, e, subjetivamente, o nosso medo dessa opinião.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
A ignorância só degrada o homem quando se encontra em companhia da riqueza.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
A mulher é um efeito deslumbrante da natureza.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
A música exprime a mais alta filosofia numa linguagem que a razão não compreende.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
A nossa felicidade depende mais do que temos nas nossas cabeças, do que nos nossos bolsos.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
A riqueza influencia-nos como a água do mar. Quanto mais bebemos, mais sede temos..
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
A serenidade e a vitalidade da nossa juventude baseiam-se em parte no fato de que nós, ao subirmos a montanha, não vermos a morte, pois ela encontra-se do outro lado da encosta.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
A solidão é a sorte de todos os espíritos excepcionais.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
A solidão é o destino de todos os espíritos eminentes.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
A virtude não se ensina, como tão pouco o génio.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
Arquitetura é música congelada.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
As causas não determinam o caráter da pessoa, mas apenas a manifestação desse caráter, ou seja, as ações.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
As pessoas comuns pensam apenas como passar o tempo. Uma pessoa inteligente tenta usar o tempo.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
As religiões, assim como as luzes, necessitam de escuridão para brilhar.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
Casar-se significa duplicar as suas obrigações e reduzir a metade dos seus direitos.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
Certamente a vida não existe para ser aproveitada, mas para ser suportada e despachada... De fato, é um conforto na velhice ter o trabalho da vida por trás de si.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
Da árvore do silêncio pende seu fruto, a paz.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
Em geral, nove décimos da nossa felicidade baseiam-se exclusivamente na saúde. Com ela, tudo se transforma em fonte de prazer.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
Erguer um monumento a quem está vivo significa declarar que não se pode confiar nos seus pósteros.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
Ler quer dizer pensar com uma cabeça alheia, em lugar da própria.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
Na verdade, só existe prazer no uso e no sentimento das próprias forças, e a maior dor é a reconhecida falta de forças onde elas seriam necessárias.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
Nas pessoas de capacidade limitada, a modéstia não passa de mera honestidade, mas em quem possui grande talento, é hipocrisia.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
Ninguém é realmente digno de inveja, e tantos são dignos de lástima!
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
Não devemos mostrar a nossa cólera ou o nosso ódio senão por meio de atos. Os animais de sangue frio são os únicos que têm veneno.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
Não ir ao teatro é como fazer a toilette sem espelho.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
O amor é a compensação da morte.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
O bom humor é a única qualidade divina do homem.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
O destino baralha as cartas, e nós jogamos.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
O destino é cruel e os homens são dignos de compaixão.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
O dinheiro é a coisa mais importante do mundo. Representa: saúde, força, honra, generosidade e beleza, do mesmo modo que a falta dele representa: doença, fraqueza, desgraça, maldade e fealdade.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
O dinheiro é uma felicidade humana abstracta; por isso aquele que já não é capaz de apreciar a verdadeira felicidade humana, dedica-se completamente a ele.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
O homem é propriamente falando, um animal que agride.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
O maior erro que um homem pode cometer é sacrificar a sua saúde a qualquer outra vantagem.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
O que temos dentro de nós é o essencial para a felicidade humana.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
Os eruditos são aqueles que leram nos livros; mas os pensadores, os génios, os iluminadores do mundo e os promotores do género humano são aqueles que leram diretamente no livro do mundo.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
Para muitas pessoas, os filósofos são noctívagos inoportunos que as perturbam durante o sono.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
Por sabedoria entendo a arte de tornar a vida mais agradável e feliz possível.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
Quando a felicidade se apresenta devemos abrir-lhe todas as portas porque jamais foi considerada inoportuna.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
Quanto mais elevado é o espírito mais ele sofre.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
Quanto menos inteligente um homem é, menos misteriosa a existência lhe parece.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
Quanto menos inteligente um homem é, menos misteriosa lhe parece a existência.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
Quem não tem medo da vida também não tem medo da morte.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
Se na hora de uma necessidade os amigos são poucos? Ao contrário! Basta fazer uma amizade com alguém para que, logo que este se encontre numa dificuldade, pedir dinheiro emprestado..
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
Sentimos a dor mas não a sua ausência.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
Toda a nação troça das outras e todas têm razão.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
Vista pelos jovens, a vida é um futuro infinitamente longo; vista pelos velhos, um passado muito breve.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
O que a história conta não passa do longo sonho, do pesadelo espesso e confuso da humanidade.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )

fontes

 http://www.culturabrasil.pro.br/schopenhauer.htm

http://www.frases.mensagens.nom.br/frases-autor-a7-arthurschopenhauer.html

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Arthur Schopenhauer (1788-1860) deixou inconcluso este livro breve e perturbador com que desmascara os esquemas da argumentação maliciosa e falsa. Por mais de um século a ‘Dialética Erística’ ficou praticamente ignorada, até que o renascimento dos estudos sobre retórica e persuasão viesse tirá-la do esquecimento, mostrando seu potencial explosivo. Nesta edição, o texto é enriquecido por extensos comentários e acréscimos do filósofo brasileiro Olavo de Carvalho, que seu ‘O imbecil coletivo’ consagrou como um expert no desmascaramento da pseudo-argumentação.


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Sri Caitanya-caritamrta Madhya-lila, 7,109


 
 
 
O Senhor Sri Caitanya Mahaprabhu não manifestou Suas potências espirituais em Navadvipa, porém, manifestou-as no sul da Índia e liberou todas as pessoas de lá.
 
Significado - Naquela época, havia muitos smartas (seguidores não devotos de rituais védicos) na terra santa de Navadvipa, a qual era também a terra natal do Senhor Sri Caitanya Mahaprabhu. Chamam-se smartas os seguidores do smrti-sastra. A maioria deles não são devotos, e a principal função deles é seguir estritamente os princípios bramínicos. Contudo, eles não são iluminados com serviço devocional. Em Navadvipa, todos os acadêmicos eruditos são seguidores do smriti-sastra, e o Senhor Sri Caitanya Mahaprabhu não tentou converte-los. Portanto, o autor observa que a potência espiritual não manifesta pelo Senhor Sri Caitanya Mahaprabhu em Navadhuipa manifestou-se, por sua graça, no sul da Índia. Assim, todos ali tornaram-se Vaisnavas. Com isso, deve-se entender que as pessoas na realidade interessam-se em pregar numa situação favorável. Se os candidatos à conversão perturbam demais, pode ser que o pregador não tente divulgar a consciência de Krishna entre eles. É melhor ir para onde a situação seja mais favorável. A princípio tentou-se introduzir este movimento para a consciência de Krishna na Índia, mas o povo da Índia, estando absorto em pensamentos políticos, não o adotou. Estavam fascinados pelos líderes políticos. Por isso, preferimos vir ao Ocidente, seguindo a ordem de nosso mestre espiritual, e, pela graça do Senhor Caitanya Mahaprabhu, este movimento tem sido bem sucedido.
 
Sri Caitanya-caritamrta Madhya-lila, 7,109
 
coleção do Sri Caitanya Caritamrta.
 
 http://br.groups.yahoo.com/group/krishna-katha/

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Como tirar parafuso quebrado - Dica Jogo Rápido

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