sábado, 17 de julho de 2021

Conheça a metodologia Aprendizagem Invertida : Flipped Learning ou Aprendizagem.

Flipped Learning ou Aprendizagem Invertida é uma metodologia ativa e híbrida que desafia a atual lógica dos processos de ensino-aprendizagem. Nela, o que tradicionalmente acontece em sala de aula (exposição de conteúdos, demonstrações etc.) passa a ser feito em casa. O contrário também é verdadeiro: o que os estudantes tradicionalmente fazem em casa (exercícios, atividades, projetos, pesquisas, experimentos etc.) acontece em sala de aula, no momento da aula.

Nessa perspectiva, o estudante é provocado a fazer a gestão do seu tempo de estudo e reflexão dos conteúdos fora de sala de aula, por meio da leitura de livros, artigos, vídeos, filmes, podcasts etc. O universo de objetos de aprendizagem é imenso e deve ser explorado pelo professor, que nessa metodologia assume o papel de facilitador/tutor da aprendizagem.

A intenção é que o estudante não seja passivo no seu processo de aprendizagem. Assim, a sala de aula presencial se transforma no espaço para testes, discussões, aplicações práticas do que foi estudado fora do ambiente escolar em uma dinâmica de aprendizagem ativa. Sobretudo, poderá contar com a presença do professor/tutor para esclarecer dúvidas que surjam nos momentos dessas atividades práticas.

De forma resumida, a Aprendizagem Invertida se estrutura em três momentos principais:

  • Antes da aula: o professor planeja, elabora o conteúdo e compartilha com os estudantes o que deve ser acessado para que, individualmente, realizem o que foi proposto dentro do cronograma pactuado. Esse é o momento de protagonismo na aprendizagem do estudante, em que ele, individualmente, busca compreender os conteúdos propostos, dentro do seu ritmo de aprendizagem.
  • Durante a aula: é o momento que os estudantes colocam “a mão na massa” e praticam o que estudaram. Esse espaço é coletivo, mediados pelo professor/tutor, os alunos realizarão atividades práticas para analisar, avaliar, criar etc. a partir do que foi estudado. O principal diferencial da metodologia é a presença qualificada e o olhar atento do professor/tutor para a aprendizagem dos seus estudantes.
  • Depois da aula: o professor/tutor avalia o momento presencial para seguir com o planejamento, podendo continuar com o que foi estudado (caso perceba que ainda existem muitas dúvidas) ou partir para novo tópico. De outro lado, os estudantes poderão, individualmente, realizar as revisões necessárias ou fazer o ciclo girar novamente, para o momento antes da aula.

Essa metodologia desenvolve diversas competências empreendedoras, como resiliência, autonomia, perseverança.

Para aprofundar um pouco mais o conteúdo, o Sebrae fez uma entrevista com o educador Wilson Azevedo, diretor da Aquifolium Educacional e Master Teacher da Flipped Learning Global Initiative, organização que se dedica a apoiar e disseminar a Sala de Aula Invertida pelo mundo.

Desde 2012, quando ofereceu o primeiro curso online no Brasil sobre o tema com o pioneiro Jon Bergmann, autor de “Flip Your Classroom”, atua na sensibilização e capacitação continuada de professores, equipes pedagógicas e gestores educacionais para a aplicação desta metodologia ativa e híbrida.

Junto com o Grupo de Educadores Google (GEG), ele ofereceu seminários sobre a Sala de Aula Invertida em Belo Horizonte e Natal. Com formação em Filosofia, Antropologia Social e Educação a Distância, trabalha desde meados dos anos 1990 com inovação educacional e educação online.

Onde surgiu a metodologia flipped classroom e como ela chegou ao Brasil?

Atualmente a expressão flipped classroom começa a dar lugar à expressão flipped learning (Aprendizagem Invertida) como resultado do acúmulo de experiência e reflexão em torno disto. A metodologia ganha força a partir de 2006, quando os professores Jonathan Bergmann e Aaron Sams começaram a pensar que, se os estudantes estudassem os conteúdos em casa, os professores teriam mais tempo em sala para ajudar os alunos com conceitos/ideias que porventura não tivessem compreendido.

Porém, nos anos seguintes eles e outros educadores foram percebendo a possibilidade de uma segunda inversão. Nela, fixa-se a performance desejada (por exemplo, 100% do que precisa ser aprendido) enquanto se deixa variar o tempo necessário para aprender.

O alvo passa a ser 100% de aprendizagem. Em quanto tempo? Depende: um aluno pode precisar de seis horas para aprender algo que outro aprende em quatro horas enquanto um terceiro precisa de oito horas para aprender a mesma coisa. Varia o tempo, mas os três aprenderão 100% do que precisam aprender. 

No Brasil, as primeiras experiências com Sala de Aula Invertida começam a ser implementadas no início da década de 2010. Hoje um bom número de educadores já aplica esta abordagem. O I FlipCon Brasil, realizado em São Paulo em agosto de 2017, reuniu 600 educadores de todo o país.

Quais são as vantagens e desvantagens da metodologia e principais resultados observados?

Para o aluno, permite que ele possa dedicar atenção à exposição de conteúdo no horário em que está mais atento e disponível para aprender. Permite ainda pausar, retroceder e rever esta exposição quantas vezes precisar.

Em sala, oferece ao aluno a possibilidade de uma interação maior com o professor. O aluno pode ser esclarecido e orientado pelo professor imediatamente, no momento em que a dificuldade ou dúvida em torno de alguma atividade surge.

Para o professor, representa a possibilidade de uma maior proximidade com o aluno, o acompanhamento de sua aprendizagem de forma mais direta, focada, objetivamente dirigida para a superação da dificuldade no momento em que ela surge.

Para o gestor, a metodologia oferece chances reais de elevar a qualidade do ensino em sua instituição, com melhoria na performance escolar e acadêmica de seu corpo de alunos que se traduza em resultados efetivos em exames nacionais e outros indicadores de avaliação institucional.

Mesmo sendo algo recente, um pouco mais de 10 anos desde sua primeira aplicação, pesquisas sobre a metodologia têm sido conduzidas e evidenciam alguns efeitos mais benéficos.

Em uma pesquisa realizada nos Estados Unidos, mais de 90% dos professores que adotam a metodologia dizem não mais ter intenção de trabalhar da forma anterior. Esse é um indicador forte de que um dos principais atores do processo de ensino-aprendizagem, que se envolve com a metodologia, vê resultado em seu trabalho diário com seus alunos. Os chamados “bons alunos” aprendem um pouco mais e melhor, mas é especialmente com os alunos que encontram dificuldades para aprender que a Aprendizagem Invertida tem provocado mais impacto.

Acredita que é uma metodologia de educação empreendedora?

Num certo sentido, o objetivo final da educação é levar cada um a ser um empreendedor da sua própria aprendizagem, a assumir as rédeas dos seus próprios processos de aprendizagem. Por isto falamos em “empreendizagem”. É o ideal que se expressa no conceito de “autonomia”.

Desejamos promover com a educação, de forma crescente ao longo dos anos de escolarização, o amadurecimento da autonomia do estudante. E a Aprendizagem Invertida oferece um excelente campo para o estudante experimentar e desenvolver mais e mais autonomia, cada vez mais assumindo a responsabilidade de ser um empreendedor de sua aprendizagem.

O espírito empreendedor aplicado à aprendizagem pode ser o fundamento de uma educação empreendedora em um sentido mais amplo que a pura e simples orientação para negócios.

O Programa Nacional de Educação Empreendedora do Sebrae tem uma Disciplina de Empreendedorismo e Inovação que utiliza essa metodologia e que pode ser oferecida por Instituições de Ensino Superior de todo o país. Para saber mais, acesse aqui.

Saiba mais

Autora: Flávia Azevedo Fernandes é mestre em educação pela Universidade de Brasília e analista do


 

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Você já viu um diploma e/ou certificado da Uninter?

sexta-feira, 16 de julho de 2021

Constatou-se segundo NORBIS*, 83 % daquilo que os indivíduos aprendem o fazem pela visão, os 17% restantes são distribuído pelos outros órgãos dos

Os recursos audiovisuais têm sido mais utilizados do que nunca, graças aos avanços tecnológicos recentes da comunicação.
 Quanto à sua utilização em sala de aula, no entanto, cabem algumas considerações didáticas. 
O ser humano toma conhecimento do mundo exterior através dos cinco sentidos. 

Pesquisas revelam que aprendemos: 

• 1% através do paladar; 
• 1,5% através do tato; 
• 3,5% através do olfato; 
• 11% através da audição; 
• 83% através da visão.

Daquilo que aprendemos, em média, conseguimos reter: 

• 10% do que lemos; 
• 20% do que ouvimos; 
• 30% do que vemos; 
• 50% do que vemos e ouvimos; 
• 70% do que ouvimos e logo discutimos; 
• 90% do que ouvimos e logo realizamos.

Esses dados nos permitem concluir que os cinco sentidos não têm a mesma importância para a aprendizagem. Notamos, também, que a percepção através de um sentido isolado é menos eficaz do que a percepção através de dois ou mais sentidos conjugados. Por isso, sugerimos a você, na sua atuação profissional futura, que procure utilizar simultaneamente recursos orais e visuais. O quadro 1, a seguir, ajuda a reforçar essa ideia. 

Quadro 1 – Fixação da aprendizagem 

Método aplicado - Retido após 3 horas - Retido após 3 dias
Somente oral               70%                            10%  
Somente visual            72%                            20% 
Visual e
 oral simultaneamente  85%                            65%

Fonte: PILETTI, C. Didática geral. 24 ed. São Paulo: Ática, 2010.



Constatou-se segundo NORBIS*, 83 %   daquilo que os indivíduos aprendem o fazem pela visão, os 17% restantes são distribuído pelos outros órgãos dos sentidos, vindo a audição em segundo lugar com 11%. Junte-se a isto a informação recebida pelo mesmo autor, de que, decorridos 3 dias, os indivíduos tetem apenas retem apenas 10% do que ouvem, 20% do que veem e 65% do que veem e ouvem. páginas 14/15.
... o indivíduo segundo NORBIS ainda, retem 70% daquilo de que se diz e se discute, e 90% daquilo que se diz e logo se realiza.

*Didáctica y estructura de los medios audiovisuales. G. Norbis.




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quinta-feira, 15 de julho de 2021

Benjamim Bloom (1913-1999) e sua Taxonomia. (made with Spreaker)


Benjamin Bloom Pedagogo e psicólogo norte-americano, nascido em 1913 e falecido em 1999, lecionou na Universidade de Chicago onde desenvolveu investigações sobre os processos de planificação e avaliação no ensino. Teve uma influência decisiva na área das ciências da educação ao propor uma taxionomia dos objetivos educacionais. De entre as suas obras pode-se destacar: Human Characteristics and School Learning e Taxonomy of Educational Objetives. https://www.infopedia.pt/$benjamin-bloom Bloom, BS (1956). Taxonomia de Objetivos Educacionais, Manual 1: Domínio Cognitivo. Editora Addison-Wesley. A taxonomia dos objetivos educacionais, também popularizada como taxonomia de Bloom, é uma estrutura de organização hierárquica de objetivos educacionais. Foi resultado do trabalho de uma comissão multidisciplinar de especialistas de várias universidades dos Estados Unidos, liderada por Benjamin S. Bloom, no ano de 1956. A classificação proposta por Bloom dividiu as possibilidades de aprendizagem em três grandes domínios[1]: — o cognitivo, abrangendo a aprendizagem intelectual; — o afetivo, abrangendo os aspectos de sensibilização e gradação de valores; — o psicomotor, abrangendo as habilidades de execução de tarefas que envolvem o aparelho motor. Cada um destes domínios tem diversos níveis de profundidade de aprendizado. Por isso a classificação de Bloom é denominada hierarquia: cada nível é mais complexo e mais específico que o anterior. O terceiro domínio não foi terminado, e apenas o primeiro foi implementado em sua totalidade.

YOGA Y AYURVEDA PARA LA PAZ

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Analisando um diploma da Fabras de Formação pedagógica. A pedido de um i...

terça-feira, 13 de julho de 2021

A Elite Financeira e o Poder - Olavo de Carvalho


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segunda-feira, 12 de julho de 2021

O PEQUENO PRÍNCIPE: Algumas reflexões filosóficas - Natani Cruz, Nova Acrópole Brasil (Seção Norte)


Muitos nos pediram comentários filosóficos deste clássico da literatura: O PEQUENO PRÍNCIPE, de Antoine de Saint Exupéry. A professora e voluntária de nova Acrópole em Mossoró (RN) NATANI CRUZ nos presenteia com essa sintética análise. Estaremos publicando na nossa plataforma de streaming ACRÓPOLE PLAY um comentário mais completo do PEQUENO PRÍNCIPE. Assine nossa plataforma de Streaming e tenha acesso a cursos, série e entrevistas com nossos professores: www.acropoleplay.com, ou baixe o app @AcrópolePlay (IOS e Android).

Srimad Bhagavatam (completo) os 12 cantos em português de A. C. Bhaktivedanta Swami Prabhupada fundador acarya da ISKCON E B.B.T.

Srimad Bhagavatam (completo)






Agradeço ao Prabhu Vyasa Das por esse maravilho trabalho.

LIVRO PDF: https://drive.google.com/open?id=0B1m55uph3FVXM1ZmN3NES2dsVFU

AUDIO - Vyasa Prabhu - site: http://www.guardioes.com/Srimad_Bhagavatam_audio.htm

O Prabhu Vyasa Das tem um site muito bom, acessem: http://guardioes.com/


fonte: http://bhaktilivros.blogspot.com/2016/09/srimad-bhagavatam-completo.html

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PIZZA DE ATUM, SEM ATUM?

PIZZA DE ATUM, SEM ATUM?

Isso mesmo. Você já deve ter visto pizzas de atum na promoção, certo? Na verdade essas pizzas bem baratas que as pizzarias chamam de "atum" são feitas com chicharro. Chicharro é uma especie de peixe diferente do atum. Ele pertence à família Carangidae e, o atum, à família Scombridae



No mercado podemos encontrar o chicharro sendo vendido enlatado, ralado em óleo comestível, seguindo a mesma linha dos atuns ralados (inclusive estão na mesma prateleira). Porém, esses peixes têm características diferentes entre si. Vejam a foto abaixo:


Vejam que a coloração é bem diferente (atum mais avermelhado e chicharro mais claro). Quanto à textura, o chicharro parece ser mais ralado, ou seja, você sente menos pedaços do que no atum ralado e, em algumas partes parece ter um pouquinho de espinha. Quanto ao sabor, o atum tem um sabor mais agradável, característico mas, quanto ao aroma, achei os dois bem parecidos. Apenas um bom especialista conseguiria diferenciar apenas pelo aroma. 
atum tem um valor de mercado maior por ser uma espécie mais rara e de qualidade sensorial e nutricional melhor. Por isso, não seja enganado: quando a pizza da promoção for "de atum", muito provavelmente ela está sendo feita com chicharro. Mas, pode ser que isso não seja verdade para todas as pizzarias então, não custa perguntar. E também não há problema nenhum comer pizza de chicharro. Apenas saiba que o ingrediente utilizado ali não é atum. 
Achei que seria interessante compartilhar algumas informações das embalagens dos produtos que comprei: 
Chicharro (porção de 60g): valor energético: 144kcal, carboidratos 1,0g, proteínas 11g, gorduras totais 8g, sódio 390mg.
Atum ralado (porção de 60g): valor energético: 94kcal, carboidratos 0g, proteínas 16g, gorduras totais 3,4g, sódio 254mg.  
Comparando esses dois produtos, o atum tem mais proteínas, menos gorduras, menos sódio e menos calorias. 
Além das pizzas de atum e chicharro, há outros sabores deliciosos que você pode incluir no seu próximo pedido na pizzaria: pizza de camarão, de salmão, de aliche...


fonte 
http://portaldopescado.blogspot.com/2014/10/pizza-de-atum-sem-atum.html

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Conversas sobre Didática,