quarta-feira, 30 de março de 2022

Dissonância Cognitiva: significado e exemplos





Posted on 15/09/2020 Redação Psicanálise ClínicaPosted in Comportamento, Psicanálise


No artigo de hoje, você ficará sabendo o que é dissonância cognitiva, que nada mais é do que uma diferença entre aquilo que uma pessoa diz e aquilo que ela faz. Por acaso você já conheceu alguém que agiu de maneira completamente oposta àquilo que ela defende? Na realidade, o problema é mais complexo do que esse exemplo. Para entender melhor do que se trata o problema, não deixe de ler esse post até o final!


Índice de Conteúdos
O que é dissonância cognitiva para Festinger
Conceito de dissonânica cognitiva
A dissonância cognitiva é racional e emocional
Mecanismos de defesa contra a dissonância
Eliminar ou reduzir a dissonância cognitiva
Mais informações sobre o significado de dissonância cognitiva
Exemplos que ajudam a entender melhor a teoria da dissonância cognitiva
Como a dissonância cognitiva afeta emoção ou comportamento
Exemplos práticos vivenciados por todos nós
Mais exemplos que afetam nosso emocional
Quando há ou não a dissonância cognitiva? Uma definição rápida para leigos
O que fazer quando ocorre a dissonância cognitiva?
Dicas para amenizar o impacto no seu dia a dia
É possível curar a dissonância cognitiva?
O que é dissonância cognitiva para Festinger

Dissonância cognitiva é um conceito que foi inicialmente desenvolvido pelo professor Leon Festinger em meados do século XX. Seu trabalho se desenvolveu majoritariamente na New School for Social Research de Nova York. Em 1957 é que foi publicado pela primeira vez seu livro sobre o assunto, intitulado de “Dissonância cognitiva”, hoje bastante difícil de encontrar.





O autor define a Dissonância Cognitiva como uma tensão entre o que uma pessoa pensa ou acredita, e aquilo que faz. Quando alguém produz uma ação que entra em desacordo com aquilo que pensou, gera-se esse desconforto entre os mecanismos psíquicos. Assim, tem-se o efeito de dissonância cognitiva.

De duas uma: ou aquilo que sabemos ou pensamos se adapta ao nosso comportamento, ou o comportamento adapta-se ao nosso conhecimento. Festinger considerava que a necessidade de se esquivar da dissonância é tão importante como as necessidades de segurança ou da alimentação.
Conceito de dissonânica cognitiva

Dissonância cognitiva é a incoerência entre o que a pessoa diz ou pensa (crenças, valores, princípios) e o que a pessoa realmente pratica.

Existiria um “estado psicologicamente desconfortável”, isto é, um conflito interno no sujeito em seu processo decisório quando dois (ou mais) elementos cognitivos são percebidos como não coerentes.






O sujeito tem uma opinião específica sobre um assunto, ou um comportamento específico a uma situação, e isso não condiz com o que o sujeito pensa de si mesmo. Ou seja, um pensamento ou atitude concretos (temporais) não estão de acordo com a imagem abstrata (atemporal) que a pessoa faz de si.
A dissonância cognitiva é racional e emocional

Para os autores Sweeney, Hausknecht e Soutar (2000), a teoria de dissonância cognitiva traz em si uma contradição, pois tem um valor eminentemente emocional embora tenha o “cognitivo” (uma ideia conceitual ou racional) no seu nome.

Esse desconforto varia conforme a importância que o sujeito designa a um tema e, conforme for, pode ser percebido como algo mais sério. Até mesmo uma angústia ou uma ansiedade, que refletiriam o desajuste entre as cognições.
Mecanismos de defesa contra a dissonância

Para resolver (ou amenizar) o incômodo da dissonância, o sujeito irá acionar mecanismos psicológicos variados. Esses mecanismos terão um efeito de justificar, contrapor-se ou amenizar um dos polos da dissonância. O sujeito irá acionar mecanismos psicológicos diversos para reduzir ou eliminar a dissonância.
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Em psicanálise, usamos o conceito de mecanismos de defesa do ego. Mecanismos de defesa como a racionalização são também mecanismos suavizadores da dissonância cognitiva.

Exemplo: há uma dissonância cognitiva quando uma pessoa tem de si uma imagem de ambientalista, mas um dia joga lixo na rua, pela janela do seu carro. Se a pessoa já se posicionou publicamente sobre o tema (por exemplo, defendendo o meio ambiente para seus filhos ou nas redes sociais), a tendência é que a conduta dissonante gere desconforto psíquico maior.

Para dissolver a dissonância entre sua autopercepção e sua conduta real (e amenizar a angústia gerada), a pessoa pode adotar mecanismos como: “foi só uma vez”, “hoje não está sendo um dia bom para mim”, “eu não gosto do prefeito desta cidade”, “existe uma outra explicação para este caso concreto” etc.
Eliminar ou reduzir a dissonância cognitiva

Falamos dos mecanismos de defesa do ego, que podem ser também adaptados para entendermos os mecanismos para resolver a dissonância.

Agora, falando em termos mais específicos, a teoria da dissonância cognitiva afirma existirem três formas de eliminar ou reduzir a dissonância:

Relação dissonante: O sujeito tentará substituir uma ou mais crenças, comportamentos ou opiniões envolvidos. Ex.: “A cidade me oprime”, “O prefeito é corrupto”.
Relação consonante: O sujeito tentará adquirir novas informações ou crenças para aumentar a consonância. Ex.: “Alguém vai pegar o lixo que joguei e ainda vai ganhar dinheiro com sua reciclagem”.
Relação irrelevante: O sujeito tentará esquecer ou pensar que novas informações ou crenças são mais importantes, pelo menos para aquele caso concreto. Ex. “Isso não é tão importante perto das dificuldades que passei hoje”.

Em nosso ver, o importante é que o sujeito resolva a dissonância de uma maneira profunda e que lhe dê um novo significado à autoimagem que o sujeito faça de si. Assim, poderá encontrar um novo quadro de consonância e em conformidade com sua “essência”, algo que não seja uma mera desculpa à dissonância.

Isto é, para resolver de forma profunda, é preciso buscar mais conhecimento e autoconhecimento, no sentido de identificar se:
a autoimagem que eu fazia de mim está inadequada e precisa mudar? Se sim, resolve-se a dissonância construíndo uma nova autoimagem de si, reduzindo-se as exigências em relação a um ideal dissonante;
a imagem que eu fazia de mim está adequada e precisa continuar? Se sim, resolve-se a dissonância revendo as condutas e práticas, ajustando-as (nas próximas ocasiões) aos valores e crenças da autoimagem, assumindo-se as responsabilidades, sem ficar remoendo angústias por dissonâncias relacionadas a eventos passados.
Mais informações sobre o significado de dissonância cognitiva

Em linhas gerais, trata-se de uma tensão desconfortável que pode ser gerada por dois pensamentos conflitantes. Basicamente, se trata da percepção de incompatibilidade entre duas cognições, onde “cognição” é um termo definido como qualquer elemento do conhecimento, incluindo atitude, emoção, crenças ou comportamento.

A teoria da dissonância cognitiva prega que cognições contrárias servem como estímulos para a mente obter ou inventar novos pensamentos ou crenças. Ademais, é possível modificar crenças pré-existentes, de forma a reduzir a quantidade de dissonância (conflito) entre as cognições que são causadas.

Vale ressaltar que, segundo Festinger, a severidade ou intensidade varia de acordo com a importância que damos aos elementos cognitivos que se encontram em dissonância.
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Exemplos que ajudam a entender melhor a teoria da dissonância cognitiva

Para entender melhor o contexto de Dissonância Cognitiva, preparamos alguns exemplos abaixo, que estão presentes em nosso cotidiano.
Como a dissonância cognitiva afeta emoção ou comportamento

A dissonância cognitiva está presente em nosso dia a dia, seja nas compras que fazemos diariamente no mercado ou shopping.

Veja bem: a maioria das pessoas desejam fazer boas escolhas na hora de comprar um produto. No entanto, é bem comum quando de repente, por algum motivo, nós nos arrependemos de ter gasto o dinheiro ou mesmo achar que o produto não era o que esperava. Nessa situação, o cérebro entra em conflito com as crenças já existente em sua cabeça. Dessa forma, fazendo-o entrar em confronto com a sua mente.
Exemplos práticos vivenciados por todos nós

Você já fez alguma coisa mesmo sabendo que aquilo era errado?

Um bom exemplo disso é fumar um cigarro sabendo que é prejudicial à saúde. Comer doces em excesso também ajuda a entender o conceito, lembrando que o excesso pode ser fatal para quem sofre de diabetes. Estacionar na vaga de um idoso é outro exemplo, mesmo sabendo que é proibido.

Dirigir um veículo alcoolizado sabendo de todos os perigos que podem decorrer dessa escolha também é totalmente controverso.
Mais exemplos que afetam nosso emocional

Algumas vezes temos tanta vontade de que tudo dê certo em nosso relacionamento com uma pessoa, seja ela namorado, marido, amigo, colega de trabalho, parente ou chefe. Nosso desejo é tanto que passamos por cima de verdadeiros absurdos que essa pessoa pode cometer para acobertá-la e defendê-la.

Ademais, acabamos dando desculpas por ela, justificando o injustificável quando deveríamos apenas perceber que esta pessoa não está nos fazendo bem. Esse problema é particularmente interessante quando observamos casos de dissonância cognitiva nos interrogatórios, o que é super complicado de lidar.

Esses são alguns exemplos de atitudes que podem gerar desconforto, como se tivéssemos decepcionando a nós mesmos. Na psicologia, essa sensação é resultado da dissonância cognitiva, que é um fenômeno onde nossas crenças de fato entram em contradição.Em resumo, sempre que a forma que você vê o mundo entra em choque com a forma que você age, pensa ou se comunica, temos aí um caso de dissonância cognitiva.
Quando há ou não a dissonância cognitiva? Uma definição rápida para leigos

Quando nos pós compra, o cliente carrega consigo a sensação prazerosa de satisfação, sem culpa ou remorso por ter gastado naquela loja, não há a dissonância cognitiva. Contudo, quando observamos o contrário, depois do ato da compra o cliente se arrepende por ter gasto o dinheiro, ou sente-se arrependido pelo acontecido, aqui podemos perceber que a dissonância cognitiva está presente.
O que fazer quando ocorre a dissonância cognitiva?

Em um minuto de stress ou desconforto entre duas ideias diferentes, gerando a dissonância, podemos suavizar o momento tomando uma atitude diferente. Tenta mudar o ambiente e ajustá-lo às suas convicções em que se encontra ou acrescentar novas informações para o seu conhecimento é de extrema importância, dessa forma amenizamos os conflitos internos.
Dicas para amenizar o impacto no seu dia a dia
Trabalhe suas crenças mais favoráveis, afim, de superar a crença ou comportamento dissonante;
Acrescente novas crenças, dessa forma, você estará expandindo o seu conhecimento e automaticamente dando menos importância a crenças não construtivas;
Minimize o interesse da crença que se encontra em dissonância (conflito);
Busque apoio social;
Não se cobre tanto. Diminuir o grau de importância que você dá para a sua crença é crucial;
Se deseja comer um doce estando de dieta, se permita comer um doce. Assim, você estará reduzindo o desconforto interno que acontece com você por acreditar que comer um doce vai estraga todos os seus planos;
Acrescente novas cognições em sua vida.

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Vimos que a cognição está relacionada a crenças e opiniões, se você tem um ponto de vista relacionado a um determinado assunto. Portanto, isso vale para um objeto, pessoa, momento, religião, entre outras coisas.

Ao adicionar uma nova cognição, passamos a obter mais informações sobre aquele determinado tema. Como consequência, traremos um estado de equilíbrio para as novas percepções, diminuído o conflito da dissonância. Isso acontece porque inserimos novas informações que quebram o grau de importância da dissonância anterior.

É possível curar a dissonância cognitiva?

Aqui deixamos o nosso ponto de interrogação para essa pergunta, afinal, a dissonância cognitiva está presente em nossa vida. Na realidade, ela pode inclusive ser benéfica em vários contextos para nossa sobrevivência. Imunes não estaremos, mas, podemos sem dúvidas determinar uma relação mais autocrítica com nossa própria mente em nome de melhores desempenhos.



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A Dissonância Cognitiva #olavotemrazao


A Dissonância Cognitiva

A Tensão da Dissonância Cognitiva

A Dissonância Cognitiva é uma descoberta feita pelo psicólogo Leon Festinger (1919–1989), no seu livro de 1957 chamado “A Theory of Cognitive Dissonance”, que consiste predominantemente em um fenômeno de mutação cognitiva, em que sabe-se ser possível a mutação de opiniões, crenças e valores, através da pressão externa de condições, ordens ou circunstâncias adversas àquele conjunto caracterológico prévio; um fenômeno que causa, assim, uma ruptura entre os dois eixos: ético cognitivo e moral prático. Num quadro de tensão máxima, a dissonância cognitiva finda por impor, modificar, ou convencer a realização de determinadas mudanças de princípios diante dos novos atos ou práticas submetidos e contrários àqueles.

Este conflito dialético interno está alicerçado na contradição entre os atos e práticas e as idéias e opiniões, em que as pessoas — quando são coagidas a praticarem costumeiramente (e coercitivamente, mas, em geral, sem elas perceberem, em grau mais profundo, a imposição maliciosa desta obrigação) atos que contrariam sua ética, idéias, crenças, valores e opiniões — tendem, se estas situações forem muito fortes e atingirem o limite da tensão, a ir alterando, afrouxando as suas idéias, crenças, valores e opiniões para diminuírem os conflitos e contradições existentes entre estes e os atos e ações compulsórios que são compelidas a realizarem.


“A dissonância máxima que pode existir entre quaisquer dois elementos é igual à resistência total à mudança do elemento menos resistente. A magnitude da dissonância não pode exceder esse valor porque, nesse ponto de máxima dissonância possível, o elemento menos resistente mudaria, eliminando a dissonância.
Isso não significa que a magnitude da dissonância freqüentemente se aproximará desse valor máximo possível. Quando existe uma forte dissonância que é menor que a resistência à mudança de qualquer um dos elementos envolvidos, essa dissonância talvez ainda possa ser reduzida para o sistema cognitivo total pela adição de novos elementos cognitivos. Desta forma, mesmo na presença de resistências muito fortes à mudança, a dissonância total no sistema poderia ser mantida em níveis bastante baixos”.

Leon Festinger

Num cenário de dissonância cognitiva leve, uma alteração sutil de opinião que não acarreta grandes males ao indivíduo discordante é possível, bem como a viável modificação do contexto do entorno pela pessoa em superficial contradição cognitiva com o status. Porém, quando a dissonância cognitiva ultrapassa o limite suportável, para não se atingir o colapso da psique, há três possibilidades: ou a pessoa se impõe e faz o ambiente se adequar ao seu conjunto de valores (o que é muito difícil) cessando, assim, a contradição entre a sua ética e a moral circunstancial; ou a pessoa acrescenta um novo elemento cognitivo atenuante ou justificante que dê equilíbrio aos princípios antigos com a situação nova, diminuindo esta incoerência cognitiva a níveis aceitáveis; ou a pessoa modifica radicalmente os seus pilares de valores que estão de encontro com a conjuntura hostil local ou temporal. Esta última opção — a mais grave — é a que será o objeto de análise crítica.
O Insuportável Conflito Interno entre o Ser e o Fazer

A dissonância cognitiva não tem a ver com doutrinação ou lavagem cerebral. Nas técnicas utilizadas para se gerar este fenômeno da psique nas cobaias, não há debate, não há tentativa de convencimento de valores, crenças ou sentimentos contrários ao da pessoa. Tudo isso é “by-passado” pela atenção consciente, pela linguagem e pelos princípios possuídos. Quanto mais frugal a cultura de um ser humano e menor a sua experiência de vida, mais frágil tende a ser personalidade dele e, com isto, mais suscetível a este efeito modificador de sistemas cognitivos e de consciências por influências externas. Devido a isto, os jovens são as maiores vítimas deste fenômeno, por ainda terem seus caracteres em desenvolvimento e, conseqüentemente, necessitando bastante de uma afirmação social nos nichos em que freqüentam e nos grupos a que pertencem ou aos que pretendem fazer parte e serem aprovados positivamente.

O filósofo Olavo de Carvalho resumiu didaticamente bem a dissonância cognitiva, que é explicada por ele da seguinte forma:


“Dissonância cognitiva é conflito entre as crenças e a conduta. Dissonâncias cognitivas temporárias são normais e até desejáveis no desenvolvimento humano. Quando o quadro se torna crônico, rompe-se a unidade da consciência moral e o indivíduo tem de buscar fora dele mesmo, na aprovação grupal ou na repetição de ‘slogans’ ideológicos, um sucedâneo da integridade perdida. Ao espalhar-se entre a população, a incapacidade de julgar realisticamente a própria conduta resulta na queda geral do nível de moralidade, assim como na disseminação concomitante da criminalidade e das condutas destrutivas, mas isso, segundo os engenheiros sociais, é um preço módico a pagar pela dissolução do senso comum e pela implantação dos novos modelos de conduta desejados”.

Olavo de Carvalho

A dissonância cognitiva como arma de manipulação de condutas em massa e de destruição de caracteres está sendo usada, a todo vapor, especialmente na mídia, nas universidades e na política. É o caso de vermos inúmeras de suas manifestações ocorrendo diariamente em nossa sociedade. Como ao repararmos pessoas indignadíssimas com um ator, que supostamente assediou uma funcionária numa emissora, mas que consideram apenas normal, quando um traficante espanca uma ex-namorada que o abandonou. No seguinte modo de pensar torpe: “Ela queria o quê? Quem manda se misturar com um traficante?”
A Dissonância Cognitiva como uma Poderosa Ferramenta de Manipulação e Engenharia Social

Os exemplos de estragos na escala de valores e na hierarquia entre gravidades importantes e superficialidades banais não param de acontecer devido a derivações de engenharias sociais tais qual a dissonância cognitiva. Como quando um homicida louco tentou assassinar a Ana Hickmann e é morto em legítima defesa por um amigo da vítima, mas, rapidamente, boa parte da mídia, da intelectualidade e inclusive da justiça passa a questionar a reação armada deste amigo, ao ponto absurdo do real assassino (frustrado em seu crime pela reação de legítima defesa praticada por um dos inocentes presente) virar vítima e a vítima ser tratada como assassino; e inclusive com o cúmulo do absurdo do herói ser indiciado pela “Justiça” pela morte do vilão.

Ou como quando acham ultrajante e submissivo uma mulher se declarar bela, recatada e do lar, como a Marcela Temer, mas consideram a coisa mais libertadora do mundo uma atriz como a Cléo Pires, revelar, com toda pompa e circunstância, que transou com dois homens ao mesmo tempo, como um mero objeto de consumo sexual masculino, com nula afeição amorosa. Ou pior: gente tirar selfie com uma matricida e parricida como a Suzane Richthofen, que recebeu indulto de Dia das Mães e de Dia dos Pais, mas se indignar com uma mãe que esbofeteia uma filha num elevador, porque a menina disse que “a odiava”.

Ou como quando um “jornal” televisivo que, com a mesma desfaçatez que aponta em riste o dedo na cara de um homem íntegro (mas adversário político ou ideológico da hegemonia esquerdista ou globalista) que foi pego em adultério, porém, mostra brandura com corruptos condenados, facínoras tiranos, e com bandidos arqui-traidores da pátria, ou mesmo um total apoio, no bloco seguinte da reportagem, à defesa e ao reconhecimento da prostituição como uma profissão “digna”.
Os Estragos que a Dissonância Cognitiva Pode Fazer com a Inteligência, Discernimento Ético e Moral das Pessoas

Ou como quando se defende costumeiramente homicidas, seqüestradores, traficantes e estupradores pela fórmula dos “direitos humanos”, com um empenho similar com que atacam e promovem a causa do assassinato dos seres humanos, os mais inocentes do universo — os bebês —, ainda no ventre de suas mães, através do satânico abortamentismo (como sendo um “direito”, ou sendo um entusiasta eufemista da causa “pró-escolha” [do assassinato de bebês humanos na fase fetal] da mulher) militante.

Ou como quando existem hordas de imbecis atacando, pejorativamente, como “um drogado”, um ser boçal e covarde como o Aécio Neves, porque supostamente tinha cocaína em um helicóptero que viajou, na mesma medida que apoiam partidos como PT, PSOL e PC do B, que são a favor da liberação das drogas (como também é, o próprio lixo da Esquerda Social-Democrata do PSDB, de Aécio Neves).

Ou como quando observamos cristãos, católicos, indo à Missa pela manhã, ouvindo a Palavra de Deus, com valores sobre o matrimônio, a família e os filhos, o do trabalho, o da vida, o da Aliança de Deus com os homens, e, no período da tarde, indo votar em partidos socialistas, comunistas, esquerdistas progressistas e social-democratas, que visivelmente são anticristãos e iconoclastas destes mesmos valores aprendidos — mas não assimilados — na parte matutina dominical.
A Completa Perda do Senso das Proporções e da Hierarquia entre os Valores

Não é necessário — quer dizer: é sim necessário — alertar que não preciso usar de artifício retórico ao escrever isso, e ratificar o óbvio: que não são todas as pessoas assim. E que me refiro apenas àqueles que se encaixam em cada uma das duas hipóteses contraditórias (não só em uma). Pois, entre todos que se indignam com um cachorro espancado num mercado, há os que, concomitantemente, também se indignam com o abortamento ou com o assassinato a pauladas de uma velhinha inocente. Uma oposição a algo abjeto não necessariamente exclui a uma outra reprovação de torpeza. Não há quotas, limites, ou leis de mútua exclusividade de repúdio a crimes ou imoralidade nas pessoas, e toda e qualquer a hipocrisia de ordem moral deve ser verificada de homem em homem, e não em generalizações estereotipadas.

A degradação da nossa consciência, do nosso caráter, dos nossos valores, e da nossa moral conduz a estes julgamentos relativistas, porcos, fúteis, injustos e até macabros, desprovidos cada vez mais do senso das proporções e da hierarquia correta entre os seus valores ou prioridades. E ainda pensam que o buraco político é o maior problema do nosso país (ou do mundo). Sendo que, na verdade, é apenas mais uma das conseqüências de toda esta destruição da intelectualidade, desta usurpação da alta cultura por ideológicos e militantes salafrários, desta perda da dimensão espiritual humana do sagrado e transcendental, deste domínio e utilização de técnicas psicológicas de massa, e deste uso indiscriminado de engenharias sociais nas nações em escala global.

E a profundidade do nosso buraco é abismal, mas a maioria ainda pensa ser do tamanho de apenas uma búlica política. E pior: se preocupam mais com estes mínimos buraquinhos ou furos no chão do que com as crateras e buracos negros que crescem mais e mais até consumirem a todos nós…

https://arierbos.medium.com/a-dissonância-cognitiva-2ef109402646

Cristiano Xavier

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terça-feira, 29 de março de 2022

Diploma inútil? Por que tantos brasileiros não conseguem trabalho em suas áreas



fonte: Ingrid Fagundez
Da BBC Brasil em São Paulo
4 novembro 2016



CRÉDITO,THINKSTOCK
Legenda da foto,

Com tantos graduados no mercado, muitos não conseguem exercer suas profissões


Milhares de jovens pelo Brasil enfrentam todos os anos o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), prova que pode garantir a entrada deles na universidade. Os estudantes apostam na graduação para começar uma carreira. No entanto, muitos dos que pegam o diploma hoje não conseguem exercer sua profissão.


A culpa não é só da crise econômica, que levou o desemprego a 11,8% no terceiro trimestre deste ano, segundo o IBGE, mas do perfil dos recém-formados. Eles se concentram em poucas áreas e, quando buscam uma vaga, percebem que não há tanto espaço para as mesmas funções.


A análise foi feita pelo economista e professor da USP Hélio Zylberstajn, a partir de um cruzamento de dados do Censo do Ensino Superior e da Rais (Relação Anual de Informações Sociais), do Ministério do Trabalho.

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Os números de 2014, os mais recentes disponíveis, mostram que 80% dos formandos estudavam em seis ramos: comércio e administração; formação de professor e ciências da educação; saúde; direito; engenharia e computação. Ao olhar o que faziam os trabalhadores com ensino superior, o professor notou que os cargos não existiam na mesma proporção dos diplomas.


Um bom exemplo é o setor de administração que, em 2014, correspondia a 30% dos concluintes. Apesar da fatia expressiva, apenas 4,9% dos trabalhadores com graduação eram administradores de empresa. Outros 9,4% eram assistentes ou auxiliares administrativos, função que nem sempre exige faculdade.

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Mais gente no ensino superior


Mas o que levou esse número a crescer tanto?


A multiplicação das instituições privadas, ao lado da maior oferta das bolsas do Prouni e do Fies (Fundo de Financiamento Estudantil), facilitaram o acesso dos brasileiros à graduação. De 2000 a 2014, a quantidade de instituições dessa natureza aumentou 15%. Outro fator, dizem os entrevistados, é cultural: no país, a beca é sinônimo de status.


"A gente despreza o técnico e supervaloriza o superior. É uma tradição ibérica. Como por muito tempo foi uma coisa da elite, passou a ser considerado um meio de ascender socialmente", afirma Zylberstajn.

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Para a professora Elisabete Adami, da Administração da PUC-SP, esse objetivo está ligado à ideia de que o diploma basta para ganhar mais.


Ela deu aulas em faculdades privadas de São Paulo e notava o desejo de seus alunos de melhorar de vida.


"Na sala, tinha três que eram carteiros, muitos motoboys, o pessoal que trabalhava em lojas. O que eles queriam ali? Subir."



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Rodolfo Garrido foi fazer faculdade de engenharia porque queria ganhar mais


Era no que Rodolfo Garrido pensava quando largou o ensino técnico para entrar em uma faculdade privada. Ele ganhava R$ 2.600 como programador de produção em uma metalúrgica. Como engenheiro, diz, seu salário poderia subir para R$ 4.000.


Com a oportunidade do financiamento estudantil, decidiu apostar.

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"Já trabalhava na área, então só juntei os estudos. Para poder me graduar e ter um salário melhor, poderia ganhar o dobro. Quando surgiu o incentivo do governo, comecei a pesquisar, porque antes era uma bolada."


Depois de três semestres, teve que deixar as aulas porque ficou desempregado.


Segundo a diretora do Escritório de Desenvolvimento de Carreiras da USP, Tania Casado, a crença de Rodolfo é endossada por pesquisas. Elas mostram que empregos de nível superior recebem salários maiores. Mas a professora faz uma ressalva: os levantamentos são feitos com quem já está trabalhando nesses cargos.


"Os dados são verdadeiros, só que é preciso lê-los corretamente. O fato de você fazer uma faculdade não significa que vai para um vaga desse tipo."


Os motivos pelos quais Rodolfo escolheu engenharia também ajudam a explicar a concentração dos estudantes em seis áreas, que incluem saúde, direito e computação. São profissões tradicionais, teoricamente mais estáveis e bem pagas. Além disso, são as mais oferecidas pelas instituições privadas, responsáveis por 87,4% da educação superior no país.


"As pessoas vão para faculdades pagas, que têm cursos de menor custo, como Direito e Administração", diz o professor Hélio Zylberstajn.


Eles são mais baratos porque não usam outros equipamentos a não ser a sala de aula. Cursos de Química, por exemplo, exigem laboratórios e substâncias controladas.


Outro fator para decisões tão parecidas seria a pouca idade com que os brasileiros escolhem uma profissão.


"É uma meninada de 17, 18 anos, que faz Administração porque o pai fez, ou porque acha legal ser CEO", diz a professora Elisabete Adami, da PUC-SP.



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Evelyn queria ser administradora de empresas, mas trabalha como assistente administrativa

Aceitar o que tiver


Com tantos professores, administradores e advogados no mercado, muita gente tem dificuldade de conseguir um bom cargo na sua área. Às vezes o jeito é aceitar vagas que pedem apenas ensino médio.


Quando Evelyn Maranhão se formou, em 2011, pensava que seria administradora de empresas. Cinco anos e muitas negativas depois, trabalha como assistente administrativa. Ela registra pedidos e lança horas-extras no sistema de uma empresa de manutenção predial.


"Achei que ia lidar com estatística, relatório, análises, e, na verdade, faço o que uma secretária faria. Imaginava que estaria na tomada de decisões."


Há quem nem consiga exercer sua profissão.

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Antes de cursar enfermagem, Vivian Oliveira trabalhava com eventos. Mesmo depois da formatura, continua organizando congressos, feiras e festas. Nesse meio tempo, diz, mandou incontáveis currículos, e não foi chamada para entrevistas. Só foi contratada por uma clínica, onde ficou um ano.


"Até há vagas, mas como não tenho muita experiência, eles não chamam."


Para a enfermeira, o fato de não ter estudado em uma universidade conceituada prejudicou sua trajetória "Se surgir uma posição no (hospital Albert) Einstein, vai entrar alguém de faculdade renomada. Vi que meus colegas buscam fazer pós em lugares reconhecidos, porque colocam esse nome no currículo."



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Formada em enfermagem, Vivian trabalha com eventos

Faculdade renomada


A falta de experiência e a formação em instituições pouco prestigiadas são os principais empecilhos que os formandos enfrentam nos processos de seleção, diz Luciane Prazeres, coordenadora de Recursos Humanos da agência de empregos Luandre.


Prazeres relata que muitos profissionais chegam no mercado sem ter feito estágio porque precisaram trabalhar para pagar os estudos. E alguma experiência na área é sempre requisitada pelos empregadores.


"A maioria são recepcionistas, operadores de call center que buscam o oposto do que estão fazendo. Mas, se ele não sai do mercado para estagiar, é difícil conseguir uma oportunidade."


Segundo ela, é comum que, ao abrir um posto, as empresas peçam candidatos formados em determinada universidade.


Professora na PUC-SP, Elisabete Adami diz notar essa diferença ao ver que seus alunos saem empregados do curso.

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"Pega estudantes da PUC, da FGV, do Insper, da USP...eles não estão tão sem trabalho. O pessoal de faculdades de segunda linha não encontra espaço e vai ter que fazer uma pós para complementar a formação."


Para Adami, houve uma proliferação de escolas com menos qualidade, que entregariam profissionais deficientes.


"Esses conglomerados pagam, em média, R$ 17 a hora-aula. Que tipo de professor você vai ter?"


No entanto, pondera, a estrutura ruim não é sempre sinônimo de profissionais mal-preparados. Só que, nesses ambientes, eles são mais frequentes do que em instituições de ponta.


"Sai gente boa, mas por conta própria, porque são esforçados."


Entre uma graduação ruim e uma boa formação técnica, diz Adami, ela aposta na segunda.


"Essa mania de ser o primeiro da família a se formar é uma ilusão, mas é forte no Brasil. É secular. Na França e na Alemanha, você não tem esse percentual de jovens na universidade."

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Proliferação de faculdades levou à formação de profissionais deficientes, diz professores

Ensino técnico


O ensino técnico é citado pelos entrevistados como uma opção interessante.


Hélio Zylberstajn, da USP, diz que o técnico é negligenciado e faz falta para o país. O professor sugere que disciplinas dos cursos técnicos sejam incluídas na grade curricular do ensino médio, e não em institutos, como acontece hoje.


"Estamos carentes desses profissionais. No ensino médio, deveríamos formar mão de obra em cooperação com as empresas."


Esse tipo de formação deve ser levada em conta antes da decisão definitiva pelo ensino superior, afirma Tania Casado, do Escritório de Desenvolvimento de Carreiras da USP.

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"É preciso olhar para o lado e ver que há muitas posições não preenchidas, porque as pessoas não têm estudo específico. Os jovens precisam saber disso ao se lançarem em um curso."


Se a escolha for pelo ensino superior, Casado diz que o estudante não deve conhecer apenas a profissão, mas as ocupações que ela abrange. Um graduado em Medicina, por exemplo, pode tornar-se um gestor de plano de saúde. Da mesma forma, alguém formado em Administração pode virar um consultor.


Além de analisar as alternativas que o mercado oferece, aconselha a diretora, o candidato deve olhar para si e escolher algo com o que se identifique. Se depois quiser mudar de área, a transição não tem que ser dolorosa. Nem sempre uma nova faculdade é necessária, afirma. Às vezes uma especialização ou cursos livres são suficientes.


"Carreira é isto: olhar o entorno e se olhar, o tempo inteiro. E saber que, à medida que você vai evoluindo, pode haver outros interesses, o que é bom. É preciso se preparar para esses interesses, mas não necessariamente isso passa por uma graduação."


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JANAINA PASCHOAL, IVES GANDRA E THAMÉA DANELON - DIRETO AO PONTO - 28/03/22: Augusto Nunes desta segunda-feira (28) recebe a deputada estadual Janaina Paschoal, o jurista Ives Gandra e a procuradora da República Thaméa Danelon para o debate "A Justiça em Julgamento".


#DiretoAoPonto 🎯 com Augusto Nunes desta segunda-feira (28) recebe a deputada estadual Janaina Paschoal, o jurista Ives Gandra e a procuradora da República Thaméa Danelon para o debate "A Justiça em Julgamento". Às 21h30, assista na TV Jovem Pan News, no YouTube e no app da @Panflixoficial. Baixe agora GRÁTIS!

Will Smith está certo em defender sua mulher?

domingo, 27 de março de 2022

Cultura Milenar Indiana. Santana Dharma: Sad Darshanas Seis Caminhos filosóficos, muita gente fala muitas inverdades sobre esta cultura. Indicação de leitura #48.








3. Religião Inventada

Discípulo: Questão número três: “Afirma­-se que a maior força do hinduísmo consiste em sua liberalidade, ou amplitude de visão, mas afirma-se que é também a sua maior fraqueza o fato de haver pouquíssimos preceitos religiosos compulsórios para todos, como acontece em outras religiões. É necessário e possível delinear certos preceitos básicos mínimos para todos os hindus?”.

Śrīla Prabhupāda: No que se refere à religião védica, ela não é apenas para os ditos hindus. Tente entender que sanātana-dharma é a natureza e o dever eternos e universais de todo ser vivo – destina-se a todas as entidades vivas, daí chamar-se sanātana-dharma. A entidade viva é sanātana, ou eterna, e Deus é sanātana, e existe o sanātana-dhāma, a morada eterna do Senhor. Como Kṛṣṇa descreve no Bhagavad-gītā (8.20)paras tasmāt tu bhāvo ’nyo vyakto ’vyaktāt sanātanaḥ: “Contudo, existe outra natureza, que é imanifesta e eterna”. E, no décimo primeiro capítulo, o próprio Kṛṣṇa é descrito como sanātanaḥ.

Na verdade, o sistema védico é chamado de sanātana-dharma, e não de dharma hindu. Essa é uma concepção errada. Sanātana­-dharma destina­-se a todas as entidades vivas, não apenas aos ditos hindus. O próprio termo “hindu” é uma concepção errônea. Os muçulmanos se referiam ao povo indiano, que vivia do outro lado do rio Sind, como “Sindus”, o que, devido à peculiaridade da pronúncia deles, tornou-­se “hindus”. De qualquer forma, os muçulmanos chamavam a Índia de “Indostão”, que significa “a terra do outro lado do rio Sind, ou ‘Hind’”, mas não há referência nos textos védicos do termo “Indostão”. Diante disto, não há tal coisa como “dharma hindu” nos textos védicos.

Antes de tudo, temos que entender que o verdadeiro dharma védico é sanātana-dharma, ou varṇāśrama-dharma. Agora que o sanātana-dharma, ou o dharma védico, está sendo desobedecido, deturpado e mal representado, ele passou a ser conhecido como “hinduísmo”. Essa é uma compreensão errônea, falsa. Temos de estudar o sanātana-dharma, ou varṇāśrama-dharma, a partir do que compreenderemos o que é a religião védica.

Toda entidade viva é eterna, sanātana, e Deus também é eterno, e podemos viver com Deus no sanātana-dhāma, Sua morada eterna. Esta reciprocidade chama­-se sanātana-dharma, a natureza e dever eternos do ser vivo. A religião védica, portanto, é o sanātana-dharma, e não o “dharma hindu”. Leia o verso do Bhagavad-gītā que descreve Kṛṣṇa como sanātanaḥ.

Fonte do testo acima,: Civilização e Transcendência Sua Divina Graça
A. C. Bhaktivedanta Swami Prabhupāda
responde a um questionário do Bhavan’s Journal,
em 28 de junho de 1976.





Os seguidores do Tantra eram frequentemente rotulados como Nāstika pelos proponentes políticos da tradição védica. O termo Nāstika não denota um ateu, uma vez que o Veda apresenta um sistema sem Deus sem um único ser todo-poderoso ou múltiplos seres todo-poderosos. Aplica-se apenas àqueles que não acreditam nos Vedas. Os Sāṃkhyas e Mīmāṃsakas não acreditam em Deus, mas acreditam nos Vedas e, portanto, não são Nāstikas. Os budistas, jainistas e carvakas não acreditam nos Vedas; portanto, eles são Nāstikas.

—  Bhattacharyya 1999 , pp. 174




ŚB 1.2.11

vadanti tat tattva-vidas
tattvaṁ yaj jñānam advayam
brahmeti paramātmeti
bhagavān iti śabdyate

Sinônimos

vadanti — dizem; tat — que; tattva-vidaḥ — as almas eruditas; tattvam — a Verdade Absoluta; yat — que; jñānam — conhecimento; advayam — não-dual; brahma iti — conhecida como Brahman; paramātmā iti — conhecida como Paramātmā; bhagavān iti — conhecida como Bhagavān; śabdyate — foi assim pronunciado.

Tradução

Transcendentalistas eruditos que conhecem a Verdade Absoluta chamam essa substância não-dual de Brahman, Paramātmā ou Bhagavān.

Śrī īśopaniṣad Invocação

oṁ pūrṇam adaḥ pūrṇam idaṁ
pūrṇāt pūrṇam udacyate
pūrṇasya pūrṇam ādāya
pūrṇam evāvaśiṣyate

Sinônimos

oṁ — o Todo Completo; pūrṇam — perfeitamente completo; adaḥ — este; pūrṇam — perfeitamente completo; idam — este mundo fenomenal; pūrṇāt — do perfeitíssimo; pūrṇam — unidade completa; udacyate — é produzida; pūrṇasya — do Todo Completo; pūrṇam — completamente, tudo; ādāya — tendo sido tirado; pūrṇam — o equilíbrio completo; eva — mesmo; avaśiṣyate — permanece.

Tradução

Deus, a Pessoa Suprema, é perfeito e completo. Sendo completamente perfeito, tudo que emana dEle, como, por exemplo, este mundo fenomenal, é perfeitamente equipado como todos completos. Tudo o que é produzido pelo Todo Completo também é completo em si mesmo. Porque Ele é o Todo Completo, muito embora tantas unidades completas emanem dEle, Ele permanece o equilíbrio completo.





















sexta-feira, 25 de março de 2022

Graduação Plena É O Mesmo Que Licenciatura Plena. Está Tendo Um Concurso Sou Licenciada Posso Fazer.



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Como evitar o multitasking? O multitasking tornou-se uma tendência para os estudantes que têm dificuldade de se concentrar em uma única atividade.


O multitasking tornou-se uma tendência para os estudantes que têm dificuldade de se concentrar em uma única atividade.

estudantes os estudantes de hoje têm problemas para manter sua atenção em uma única atividade, seja ela de estudo, leitura ou outras tarefas. É por isso que eles recorrem ao multitasking, ou seja, realizam várias atividades ao mesmo tempo.

Entre as principais distrações às quais estão expostas estão as mídias sociais. Além de ser um meio de comunicação com outras pessoas e de aprendizagem, também é utilizado como fonte de lazer e entretenimento. Entretanto, o uso prolongado pode levar à perda de tempo e dispersão. É por isso que multitaskingàs vezes se torna um problema dentro e fora da sala de aula.

Como pode ser evitado?

Trabalhar em uma tarefa de cada vez. Uma opção é organizar tarefas do mesmo tipo para serem realizadas em conjunto.

2.- Estabelecer metas claras. É sempre preferível começar com objetivos pequenos e claros que o ajudem a avançar pouco a pouco, sem perder a motivação ou o incentivo. Por exemplo, quando se trata de estudar um assunto longo, a chave é dividi-lo em várias partes e intercalá-las com pausas curtas.

3.- Espalhe o tempo ao longo do dia. Ferramentas como “Timer” ou “Pomodoro” podem ser úteis para alocar tempo e realizar todas as atividades de estudo e lazer durante o dia.

4.- Reproduzir sons binaurais ou música de super-aprendizagem. Ambos os tipos ajudam a estimular a produção de ondas alfa no cérebro. Elas também influenciam a atenção, a memória e a concentração. Todos são diferentes, por isso é recomendável que você tente até encontrar aquele que atenda às suas necessidades.

5.- Praticar. Uma estratégia para evitar o recurso ao multitaskingmulti é praticar prestando atenção a uma coisa durante um minuto. Para começar, é melhor fazê-lo com respiração natural ou com um certo ritmo.

Por fim, vale lembrar que a FUNIBER patrocina cursos para formar profissionais na área. Um dos programas é o Mestrado em Educação com especialidade em Organização e Gestão de Centros Educacionais e o Mestrado na Educação.

Fonte: Consejos para prevenir el ‘multitasking’ en el alumnado

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