[1]
Até o século XI antes do surgimento das universidades, as escolas monacais
bastante reconhecidas e consideradas as melhores da época, com melhores
estrutura e professores. Elas estão localizadas nos mosteiros espalhados pela
Europa, longe do rebuliço das novas cidades emergentes. Inicialmente, tinham
por finalidade a formação de monges e novos professores clérigos em regime de
internato. No entanto, os mosteiros, devido às demandas da época, vão abrindo
escolas externas com o propósito da formação de leigos. As escolas monacais
receberam muitos leigos filhos de famílias nobres importantes e filhos de
grandes comerciantes. Nessas escolas estudaram figuras eminentes do mundo
medieval como o rei Luis o piedoso. É nelas que se encontram as grandes
bibliotecas, os importantes monges copistas e grandes pensadores da época, que
constroem a base do pensamento medieval.
[2]
Estas como o próprio nome já diz estão vinculadas a uma diocese ou bispado. São
comandadas pelo bispo e assim, como as escolas monásticas, eram considerados
grandes centros de ensino. Muitas dessas escolas ligadas a catedrais se
transformaram em universidades, como a da catedral de Notre Dame.
[3]
São as mais antigas das escolas eclesiásticas,
remontando ao século II. A partir daí vão se multiplicando e após o Concilio de
Latrão de 1179, se difundem por todos os lugares da Europa, pois este decreta a
obrigatoriedade de toda paróquia ter uma escola. Nelas se aprendia as primeiras
noções de gramática, aritmética, geometria, música. Visava à aprendizagem da
leitura em latim, o ensino dos salmos e noções gerais da religião cristã. Era
uma educação voltada para uma formação cristã.
[4]
Fundada por Carlos Magno junto a sua corte e no seu próprio palácio, servirá de
modelo às outras escolas que irão surgir especialmente na França. Ensinava-se
gramática, retórica e dialética (esta última se desenvolvendo mais tarde, na
filosofia).
[5]
Eram mantidas por senhores feudais nas vilas que pertenciam ao seu feudo para
ensinar as crianças do lugarejo. Havia ainda, as Particulares: na qual os
habitantes de uma cidade associavam-se para sustentar um professor para ensinar
seus filhos. Eram os patrões deste e podiam demiti-lo quando achassem que ele
não estava cumprindo seu dever.
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As crianças recebiam uma formação relacionada, via de regra, com a profissão
paterna. As preocupações educacionais visavam de modo especial na futura
atividade profissional do educado. Os pais decidiam o futuro caminho a ser
trilhado pelos filhos. Aos filhos mais velhos cabia seguir e, futuramente,
suceder ao pai na sua profissão. Assim acontecia com o filho do artesão, do
homem da leí, do comerciante, do tabelião, etc.
[7]
Abarcava homens e mulheres, no entanto era mais voltada para a educação das
moças. Esta visava, em principio, ao matrimônio. No recinto do lar apreendiam o
que lhes seria futuramente indispensável para dirigir uma casa. Aprendiam sobre
religião, a ler e escrever. As moças destinadas à vida na igreja, educadas em
conventos femininos (educação eclesiástica) possuíam uma educação mais ampla no
campo literário e filosófico. Elas aprendiam as ler, escrever, a bordar, a
cantar, mas também estudavam gramática, grego, teologia, medicina e cirurgia.
Além disso, liam histórias, tocavam instrumentos e jogavam xadrez.
[8] PERNAUD,
Regine. O Ensino. In Luz sobre a idade média. Sintra: Europa América,
1981. P 100.
[9] PERNAUD,
Regine. O Ensino. In Luz sobre a idade média. Sintra: Europa América,
1981. P 105.