sexta-feira, 25 de julho de 2008

FUNDAMENTOS ECONÔMICOS DA EDUCAÇÃO



FUNDAMENTOS ECONÔMICOS DA EDUCAÇÃO



Texto reproduzido de:

MARTINS, Jose do Prado. Economia e Finanças da Educação. In Administração Escolar- uma abordagem crítica do processo administrativo em Educação. São Paulo: Editora Atlas, 1999. p.81-91

BRANDÃO, Carlos da Fonseca. O financiamento da Educação Brasileira. In: Estrutura e Funcionamento do Ensino. São Paulo: Avercamp, 2004. p.92-99.

1- Economia e Educação

Os fatores econômicos tem grande influencia na educação. Desde as tribos primitivas, em que a atividade econômica girava em torno da caça e da pesca,os elementos recebiam treinamentos específicos que os habilitavam à prática da caça e pesca. Nos países civilizados, os governantes planejam os sistemas educacionais em função das condições econômicas e necessidades gerais e locais. Por exemplo, um país industrializado e um país agrícola necessitam de sistemas educacionais diferentes.

A educação de caráter geral, não relacionada com a economia, foi a proposta do Renascimento. Os humanistas propuseram uma educação diferenciada, de acordo com as ocupações.

Mas, foi a Revolução Industrial e a emancipação política das classes inferiores que determinaram a coordenação da economia com a educação.

A influencia dos fatores econômicos foi reforçada pelo marxismo que, em alguns países, foi o norteador dos sistemas educacionais.

A economia preocupa-se com os problemas da quantidade e das espécies de bens a serem produzidos, dos modos de produzi-los, bem como de sua distribuição, segundo as parcelas que cabem a cada individuo da sociedade. Essa distribuição requer uma ação política, pois devem ser estabelecidos critérios de distribuição de renda, ou seja, por meio de uma política econômica fundamentada em serviços que influam no comportamento humano, que o orientem e o disciplinem. Portanto, a política econômica requer uma política educacional que a sustente, donde se infere que os planos da política econômica e da política educacional devem apoiar-se mutuamente.

Na prática, o sistema econômico tem influencia na organização e na administração da educação, porém a recíproca nem sempre é verdadeira. Os economistas do passado, por exemplo, achavam que os recursos aplicados em educação, pelos governos, representavam despesas sem retorno para a economia. Com o passar do tempo, esta postura foi mudando, e, a partir dos estudos de economistas, mais recentemente, a educação pública passou a ser considerada como fator ativo do processo econômico, pois contribui com o crescimento da produção e facilita a compreensão dos princípios de uma mais conveniente e justa distribuição dos bens produzidos.

O pressuposto de todos os modelos econômicos é agora o seguinte: o sistema econômico deve tender a elevar os índices de produção de consumo per capitã, seja em mercadorias, seja em serviços e, em face dos tipos de trabalho atual, eminentemente tecnológico, isso não se consegue sem um amplo e adequado programa de educação popular. Os conceitos de educação e economia se associam mais fortemente de um lado, e os de educação e finanças públicas, de outro. Em resumo, a educação pública representa um investimento remunerador e, por isso, faz crescer a produção.

A educação pode, pois, ser considerada sob dois aspectos relativos à economia:

1º. Como bem de consumo, pois seus benefícios são experimentados de imediato pelos beneficiários, individualmente;

2º. Como investimento, pois seus benefícios tem uma dimensão social, a partir do momento em que gera riquezas. Os recursos investidos na educação, ao mesmo tempo em que apresentam um retorno cultural, apresentam um retorno econômico.

2- Educação e desenvolvimento

Os recursos humanos de que dispõe o país para a produção e o desenvolvimento são constituídos pela população economicamente ativa e pela população que está sendo preparada para ingressar na força de trabalho.

A educação, do ponto de vista econômico, deve ser planejada no sentido de contemplar tanto os que já se encontram atuando no mercado de trabalho como aqueles que deverão ser preparados para ingressar no mesmo. Esta nova visão da educação conduz a uma política educacional que tem como meta a formação de mão-de-obra: educação para o desenvolvimento.

A educação para o desenvolvimento tem objetivos estritamente econômicos:

1º. Determinação do conjunto de relações entre os dispêndios em educação e o crescimento da renda, ou a formação de capital físico, por determinado período, num país.

2º. A abordagem residual feita por meio do estabelecimento da contribuição da educação ao produto nacional bruto.

3º. Cálculo da taxa de retorno dos investimentos feitos na educação ( adicionais de renda provenientes de maior escolaridade).

4º. As correlações entre proporções de matrículas escolares e PNB ( para vários países).

O enfoque considera, pois, o homem como um recurso para a produção e como origem para a demanda para o consumo. A educação que se baseia no homem como recurso para a produção-formação de mão-de-obra tem um preço por meio do qual são efetuados os cálculos mencionados nos enfoques acima.

Evidentemente, o enfoque econômico merece algumas considerações em face das repercussões na educação. Segundo Smelser ( 1968:51) :

“ Um dos dados mais importantes na análise econômica é o da racionalidade econômica...; como recurso de pesquisa, a racionalidade econômica permite que o economista proceda como se as duas variáveis independentes fossem mudanças mensuráveis de preço e receita. Com seu universo simplificado, o economista pode criar refinadas soluções teóricas para problemas econômicos. Dessa forma, a análise econômica enfrenta um dilema: a criação de modelos teoricamente aperfeiçoados, através de uma simplificação excessiva do mundo não econômico, ou a apreensão da complexidade do mundo não econômico, através do sacrifício da generalidade teórica.”

O posicionamento dos economistas, reduzindo à expressão mais simples o mundo não econômico, conduz à generalização de que o desenvolvimento econômico estende suas benesses aos demais segmentos da sociedade, o que é bastante questionável, na prática.

Empolgados com a descoberta da educação como meio de formação de mão-de-obra qualificada, os economistas que propõem a racionalidade econômica, não fazendo a captação da “ essência da coisa” que produz os fenômenos sobre os quais operam, pressupõem a possibilidade de se prever a necessidade de mão-de-obra ignorando o dinamismo dos componentes do mercado de trabalho. Nesta linha de pensamento, consideram-se imutáveis a tecnologia e as ocupações, isto é, as existentes na atualidade serão as mesmas do futuro.

Diante dessa realidade pseudoconcreta, como é possível prever, o tipo de educação que formará a mão-de-obra real e que conduzirá ao desenvolvimento. E mais, como planejá-la. É obvio que podemos fazê-la em linhas bastante amplas, numa perspectiva macroeconômica, e passíveis sempre que necessário. Então, com essas projeções estaríamos em condições de planejar a educação para preparar mão-de-obra qualificada.

Aí, um novo problema se nos apresenta: o sistema escolar brasileiro, embora incluído entre as agencias destinadas à formação de mão-de-obra qualificada, assimilou uma disposição para o academicismo em detrimento do ensino técnico. Como planejar a educação para formar mão-de-obra num contexto educacional adverso.

Outro aspecto que nos remete a uma reflexão é a perspectiva de desenvolvimento da indústria. A esse respeito Drucker ( 1964: 36) tem a seguinte opinião: “ Como ninguém na ordem social da indústria moderna fabrica um produto, a integração também assume um novo significado. O produto só pode ser feito se as operações e movimentos de um grande número de indivíduos forem reunidos e integrados num modelo. Este modelo é que é realmente produtivo, não o indivíduo isolado.”

A opinião de Drucker deixa clara a especificidade da formação da mão-de-obra para a indústria, a qual não tem condição de ser realizada pelo sistema escolar, no momento. O sistema escolar teria de ser adaptado para se colocar em condições de fazê-lo, porém o tempo necessário para tal é suficientemente amplo para desfasá-lo ainda mais, visto que o avanço tecnológico é muito mais rápido.

Demonstradas algumas das dificuldades de realizar-se a formação de mão-de-obra por meio do sistema escolar, como então a mesma deverá ser feita.

No IV Encontro de Secretários da Educação e Representantes de Conselhos de Educação, realizado de 22 a 26 de janeiro de 1973, Roberto Hermeto C.da Costa apresentou a seguinte proposta:

A formação será composta de duas partes:

1º. Os conhecimentos tecnológicos que podem ser transmitidos em laboratórios serão de competência da escola de 2º. Grau.

2º. Operação ou prática de trabalho será realizada na empresa ou escolas especializadas.

O aluno egresso do 2º. Grau, nesta proposta teria as seguintes opções:

a- tentar o ingresso na Universidade;

b- ingressar no trabalho em que completaria a parte operacional de sua formação;

c- desejando obter um diploma correspondente a uma habilitação completa de 2º. Grau, concluiria sua formação em escola especializada em mais uma série.

Concluindo, uma vez que a formação de mão-de-obra qualificada exige especialização e integração, tarefas que não podem ser cumpridas pelo sistema escolar, caberá a empresa realizá-la: no trabalho ou em centros, porem nas empresas.

3- Educação e Finanças Públicas

Finanças públicas consistem nos estudos econômicos realizados pelo Governo e que visam à organização da receita e da despesa pública, ao equilíbrio entre elas e ao crédito público.

Do ponto de vista prático, os planos de finanças do Governo traduzem-se em orçamentos, nos quais se estima a receita e se fixa a despesa para um intervalo de tempo denominado exercício fiscal. O projeto orçamentário é elaborado pelo Poder Executivo, discutido e aprovado pelo Poder Legislativo, transformando-se em lei.

Por meio do orçamento é possível reunir os esforços de ação política visando a uma boa coordenação das atividades financeiras do Governo, fornecendo um perfil exato das prioridades globais e particulares.

O orçamento segue as diretrizes da contabilidade pública e, por meio de escrituração e controle específicos, garante a fidelidade da ação administrativa no âmbito público.

A educação, devido a sua complexidade, em termos administrativos, exige um bom projeto orçamentário elaborado por órgãos da administração escolar, que levam em consideração a distribuição global dos recursos, bem como a distribuição segundo opções de natureza técnica estabelecidas pela política educacional sintonizada com a política econômica e financeira do país. Dessa maneira o conjunto de objetivos de rendimento em um sistema escolar e os diversos serviços que o integram serão atendidos a contento.

4- Orçamento da Educação

O orçamento da educação representa os objetivos e diretrizes do sistema escolar, em termos financeiros. Assim sendo, a elaboração e aplicação do orçamento acontece em três etapas:

1º- formulação dos objetivos gerais, referentes a um plano conjunto de serviços específicos, referentes a departamentos, divisões, setores ou unidades de execução, como as escolas, os cursos e cada classe.

2º- formulação de objetivos que determinem modificações numa situação ou a ampliem pela divisão de serviços, analisando-se o que o sistema escolar está produzindo, os pontos que não precisam ser modificados e os pontos que precisam ser modificados devido a falta de recursos, má qualidade ou falta de assistência técnica.

3º- articulação entre o trabalho a ser desenvolvido em cada ano fiscal e os planos de mais longo alcance. Exemplo: ampliação da rede escolar implicará a contratação de novos professores.

5- Classificação das despesas

Na elaboração do orçamento, cada unidade, cada setor, cada divisão, cada departamento e o sistema educacional devem especificar as despesas segundo as categorias:

a- material permanente: móveis, equipamentos em geral, construções, ampliações etc.

b- material de consumo: material escolar, material de limpeza, alimentos, uniformes, etc.

c- outros serviços e encargos: serviços prestados por terceiros, etc.

d- despesas com pessoal: salários e encargos sociais.

Além de atender a esses critérios gerais de classificação das despesas, é conveniente que se dê um tratamento analítico aos dados, a fim de que o orçamento, bem como a visão financeira, evidenciem o plano social dos serviços da administração escolar.

A fim de facilitar a elaboração do orçamento, o Office of Education dos Estados Unidos, citado por Lourenço Filho ( 1968: 196), sistematizou as despesas em 12 categorias, a seguir apresentadas:

1- Administração- despesas de administração geral, a cargo do Ministério da Educação em nível nacional, das Secretarias Estaduais de Educação e das Secretarias Municipais ou Departamentos de Educação. Neste item são incluídas as despesas de escritórios centrais e serviços de inspeção e controle.

2- Ensino- remuneração de diretores de escolas, assistentes de direção, especialistas de educação, professores, pessoal de secretaria, material didático e pedagógico, aquisição de livros e outros materiais de biblioteca, material de laboratório e de salas especiais e oficinas.

3- Serviços de saúde escolar- remuneração de médicos, enfermeiras e pessoal auxiliar. Igualmente, despesas com medicamentos. Esses gastos freqüentemente aparecem no orçamento do Ministério da Saúde.

4- Transporte de alunos- gastos de operação exclusivamente correspondentes ao salário de pessoal e material de consumo. No caso de contratos de empresas particulares de transporte, nessa rubrica figurará o total de despesas desses contratos.

5- Conservação dos edifícios escolares- reparação de edifícios, conserto ou substituição de mobiliária, pintura de edifícios.

6- Despesas de custeio dos edifícios e suas instalações- salários de porteiros, pessoal da guarda, material de limpeza, água, luz, telefone, telex, telefax.

7- Encargos sociais e seguros- cotas que se paguem de aposentadoria e pensões, fundo de garantia por tempo de serviço, gastos de seguros de qualquer espécie, de aluguéis ( quando for o caso), de juros de empréstimos. Algumas dessas despesas aparecem englobadas em verbas gerais, no orçamento de outros ministérios, ou órgãos correspondentes.

8- Serviços de alimentação e atividades complementares dos alunos- despesas com merendeiras, gastos com alimentação, inclusive nos internatos. Recursos para atividades educativas complementares dos alunos que por eles sejam aplicados sob a direção das escolas ( clubes diversos, bandas ou orquestras, atividades sociais relacionadas com a vida escolar, publicações, etc).

9- serviços de extensão educativa e bolsas de estudo- despesas com reuniões para atividades cívicas. Gastos com bibliotecas públicas. Despesas com internamento ou tratamento de menores, atividades de bem-estar social ligadas às escolas. Bolsas de estudo para alunos que devam freqüentar escolas fora das localidades onde residam.

10- Despesas de capital de investimento- aquisição de terrenos, construção civil de edifícios novos, ampliação de edifícios; não, porém, despesas com a conservação. Gastos com aquisição de mobiliário.

11- Despesas financeiras- pagamento de juros de capital, no caso de empréstimos públicos sob a forma de bônus ou apólices para desenvolvimento de serviços, restos a pagar ou contas pendentes de outros exercícios; dotações especiais para constituição de fundos que se destinem a empréstimos obtidos sob a forma de bônus.

12- Auxílios e Subvenções- auxilio a órgãos regionais, subvenções a entidades cívicas ou religiosas para fins educacionais; subvenção a escolas particulares.

Essa classificação do Office of Education fornece a natureza dos gastos, detalhando item por item, o que possibilita distinguir os recursos destinados a investimento, manutenção e custeio de seus serviços educacionais.

Os dados enquadrados nessas rubricas possibilitam a visualização dos investimentos em cada grau de ensino, seus ramos e modalidades, facilitando o controle de determinados aspectos da política educacional, bem como disciplinar certos dados que permitem calcular índices econômicos e financeiros, tais como: custo por habitante, percentagem dos diversos gastos na educação relativa ao orçamento geral e ao produto nacional bruto.

6- Recursos Financeiros

Nas finanças públicas primeiramente estima-se a despesa e, posteriormente, a receita, tendo em vista que o governo analisa as necessidades a serem atendidas prioritariamente e estabelece a tributação suficiente para satisfazê-las.

Devido à importância que tem a educação para a sociedade, os governos estabelecem legislação competente fixando cotas no orçamento geral destinadas aos serviços educacionais.

A Constituição Brasileira de 1988 estabelece na Seção I do Capítulo III, Título VIII :

“ Art. 211. A União, os Estados o Distrito Federal e os Municípios organizarão em regime de colaboração seus sistemas de ensino.

1º. A União organizará e financiará o sistema federal de ensino e dos Territórios e prestará assistência técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios para o desenvolvimento de seus sistemas de ensino e o atendimento prioritário à escolaridade obrigatória.

2º. Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e pré-escolar.

Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos que dezoito, e os Estados, Distrito Federal e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino.

1º. A parcela de arrecadação de impostos transferida pela União aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, ou pelos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, ou pelos Estados aos respectivos Municípios, não é considerada, para efeito de cálculo previsto neste artigo, receita a transferir.

2º. Para efeito do cumprimento do disposto no caput deste artigo, serão considerados os sistemas de ensino federal, estadual e municipal e os recursos aplicados na forma do art. 213.

3º. A distribuição dos recursos públicos assegurará prioridade ao atendimento das necessidades do ensino obrigatório, nos termos do plano nacional de educação.

4º. Os programas suplementares de alimentação e assistência à saúde previstos no art.208, VII, serão financiados com recursos provenientes de contribuições sociais e outros recursos orçamentários.

5º. O ensino fundamental público terá como fonte adicional de financiamento a contribuição social do salário- educação, recolhida, na forma da lei, pelas empresas, que dela poderão deduzir a aplicação realizada no ensino fundamental de seus empregados e dependentes.

Art. 213. Os recursos públicos serão destinados às escolas públicas, podendo ser dirigidos a escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas, definidas em lei que:

I – comprovem finalidade não lucrativa e apliquem os seus excedentes financeiros em educação;

II – assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária, filantrópica ou confessional ou ao Poder Público, no caso de encerramento de suas atividades;

1º. Os recursos de que trata este artigo poderão ser destinados a bolsa de estudo para o ensino fundamental e médio, na forma da lei para os que demonstrarem insuficiência de recursos quando houver falta de vagas em cursos regulares da rede pública na localidade da residência do educando, ficando o Poder Público obrigado a investir prioritariamente na expansão de sua rede na localidade.

2º. As atividades universitárias de pesquisa e extensão poderão receber apoio financeiro do Poder Público.”

Além dos recursos públicos previstos na Constituição de 1988, a iniciativa privada pode contribuir como fonte de recursos da educação. O art.31 da Lei 4024 estabelece que as empresas podem manter escolas próprias para os seus empregados e filhos destes. A Lei 4440 de 1964 institui o salário-educação, e os Decretos-leis 4048-42, criou o Senai, e 8621, criou o Senac.

Há ainda recursos que podem ser captados no exterior por meio de empréstimos junto a instituições como o Banco Interamericano de Desenvolvimento ( BID) ou ao Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento ( BIRD), etc.

7- Considerações sobre os gastos com educação

No item anterior foram apresentadas as fontes de recursos para a educação. É preciso que se façam algumas observações sobre como empregá-los, isto é, sobre os gastos com educação.

1º- Não existe uma relação entre as despesas com educação e o rendimento do ensino, isto é, há perdas que precisam ser detectadas.

2º - Impõe-se uma administração da educação que objetive a otimização de recursos:

- utilização adequada do pessoal docente e dos funcionários, bem como dos edifícios e equipamentos;

- construções econômicas e funcionais;

- estabelecimento de critérios justos para distribuição de bolsas de estudo;

- planejamento racional da distribuição das unidades escolares segundo as regiões.

8- Algumas Considerações

Devemos ressaltar que, os percentuais obrigatórios para aplicação em educação, estipulados pelo art.212, são percentuais mínimos, podendo ser aplicados na manutenção e desenvolvimento do ensino público percentuais maiores do que esses definidos pela Constituição Federal.

No caso da parcela da arrecadação de impostos transferida pela União aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, ou pelos Estados aos respectivos Municípios, ela não pode ser considerada, para efeito de calculo do percentuais mínimos, como receita do governo que a transferir, com o objetivo de evitar que uma mesma aplicação de recursos seja contabilizada duas vezes, ou seja, recursos transferidos só podem ser contabilizados, para efeito do cálculo acima, pela esfera do poder público que receber esses recursos, e não pela esfera que os transferir.

Para a fixação inicial dos valores correspondentes aos percentuais mínimos estabelecidos constitucionalmente, será considerada a receita estimada na lei do orçamento anual, ajustada, quando for o caso, por lei que autorizar a abertura de créditos adicionais com base no eventual excesso de arrecadação. Assim, quando houver suplementação orçamentária, no caso de eventuais excessos de arrecadação, os percentuais mínimos a serem aplicados na manutenção e desenvolvimento do ensino público deverão ser aplicados também a essa suplementação orçamentária, a qual só foi possível devido ao excesso de arrecadação eventual.

As diferenças entre a receita e a despesa previstas e as efetivamente realizadas, que resultem no não-atendimento dos percentuais mínimos obrigatórios ( constitucionais), serão apuradas e corrigidas a cada trimestre do exercício financeiro. Assim, fica claro que apesar do principio e da obrigatoriedade de se aplicarem os percentuais mínimos anuais de 18% pela União e 25% pelos Estados, Distrito Federal e Municípios na manutenção e desenvolvimento do ensino público, o cálculo desses percentuais e a sua respectiva aplicação efetiva devem ser realizados ao longo do ano, apurando-se e corrigindo-se as diferenças entre a receita e a despesa previstas e as efetivamente realizadas, que resultem no não-atendimento dos percentuais mínimos obrigatórios, trimestralmente, no próprio ano corrente.

O repasse desses valores do caixa da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios deve ocorrer imediatamente ao órgão responsável pela Educação, sempre com intervalo máximo de 20 dias entre o dia da arrecadação e o dia do repasse. O atraso da liberação dos recursos destinados à Educação sujeita esses recursos financeiros à correção monetária e à responsabilização civil e criminal das autoridades competentes.

A assistência financeira da União aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, bem como a dos Estados a seus Municípios, fica condicionada ao cumprimento do artigo 212 da Constituição Federal, ou seja, à destinação correta dos percentuais mínimos que cada esfera do poder público deve aplicar em Educação, especificamente na manutenção e desenvolvimento do ensino.

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QUESTÕES PARA TRABALHO EM GRUPO:

1- Em quais setores da Educação ocorre a influencia do sistema econômico.

2- De acordo com o texto qual foi o acontecimento histórico que determinou que houvesse uma coordenação entre economia e educação.

3- Em relação à economia, como podemos considerar a educação.

4- O posicionamento dos economistas que querem aplicar à educação os elementos de análise do mundo econômico geram argumentos em contrário. Quais são eles.

5- O que são finanças públicas.

6- O orçamento da educação representa os objetivos e diretrizes do sistema escolar. Quais as etapas que devem acontecer para sua elaboração e aplicação.

7- Em quais categorias as despesas devem ser especificadas.

8- Por que nas finanças públicas estima-se em primeiro lugar a despesa e posteriormente a receita.

9- Segundo a Constituição Federal quais os percentuais que a União, Distrito Federal, Estados e Municípios devem aplicar na manutenção e desenvolvimento da Educação.

10- De onde provem os recursos aplicados na Educação.

TRABALHO MENSAL

Ler Título VII da LDB – art. 68 a 77 para:

- fazer uma análise crítica;

- destacar formas que a comunidade pode criar para fiscalizar os gastos com a educação pública.


Fonte: http://www.iecarapicuiba.com.br/

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quinta-feira, 24 de julho de 2008

A percepção é o processo de decodificar os estímulos que recebemos.


Percepção.




Por Daniel Portillo Serrano
08/09/2000
A percepção é o processo de decodificar os estímulos que recebemos. Se as necessidades e

motivações de um indivíduo, analisadas anteriormente, se concretizam, por vezes, na compra e no consumo, não se deve concluir daí que as forças internas do ser humano são suficientes para explicar o seu comportamento. A razão é simples: o que um consumidor compra depende, para além das suas necessidades mais profundas, dos produtos e serviços disponíveis no seu meio envolvente e do modo como os percebe. Além disso o conceito da "utilidade" da compra parece afastar-se cada vez mais da racionalidade.

Em termos gerais, a percepção pode ser descrita como a forma como vemos o mundo à nossa volta, o modo segundo o qual o indivíduo constrói em si a representação e o conhecimento que possui das coisas, pessoas e situações, ainda que, por vezes, seja induzido em erro. Percepcionar algo ou alguém é captá-lo através dos sentidos e também fixar essa imagem.
As relações entre o indivíduo e o mundo que o rodeia são assim regidas pelo mecanismo perceptivo e todo o conhecimento é necessariamente adquirido através da percepção. Dois indivíduos, da mesma faixa etária, que sejam sujeitos ao mesmo estímulo, nas mesmas condições, captam-no, selecionam-no, organizam-no e interpretam-no com base num processo perceptivo individual segundo as suas necessidades, valores e expectativas.
É fundamental, por isso, estudar e tentar perceber este processo, com vista ao conhecimento dos principais fatores que determinam a captação de um estímulo e a sua interpretação.
O processo perceptivo inicia-se com a captação, através dos órgãos dos sentidos, de um estímulo que, em seguida, é enviado ao cérebro. A percepção pode então ser definida como a recepção, por parte do cérebro, da chegada de um estímulo, ou como o processo através do qual um indivíduo seleciona, organiza e interpreta estímulos. Este processo pode ser decomposto em duas fases distintas: a sensação, mecanismo fisiológico através do qual os órgãos sensoriais registram e transmitem os estímulos externos; e a interpretação que permite organizar e dar um significado aos estímulos recebidos.
A sensação corresponde a uma resposta direta e imediata dos órgãos sensoriais a um estímulo básico como a luz, a cor, o som ou o tacto. A sensibilidade ao estímulo varia consoante a qualidade sensorial dos órgãos receptores e a quantidade e a intensidade dos estímulos aos quais estamos expostos. Por exemplo, uma pessoa cega tem a percepção auditiva e táctil mais desenvolvida que a maioria das pessoas e como tal é capaz de ouvir sons que normalmente as pessoas não ouvem conscientemente.
A sensação é por natureza diferencial, ou seja, as pessoas só reparam naquilo que se distingue do geral, naquilo que é diferente, nos desvios, nas irregularidades. À medida que o nível de estímulos sensoriais diminui, a capacidade de detecção das diferenças ou da intensidade dos estímulos aumenta. É em condições mínimas de estimulação que se atinge a máxima sensibilidade. É por esta razão que a atenção aumenta quando um anúncio aparece sozinho num intervalo de um programa, ou quando, no meio de vários anúncios a cores, surge um em preto e branco. Esta capacidade que o organismo tem de alterar os níveis de sensibilidade consoante a variação das condições externas não só permite ter maior sensibilidade quando é necessário como também serve de proteção quando o nível de estimulação é muito elevado.
1.2.1. Os Limiares Sensoriais
Só a partir de uma determinada intensidade/diferenciação de um estímulo é que o ser humano é capaz de percebê-lo, podendo variar de indivíduo para indivíduo, em função de intensidade, duração de exposição e sensibilidade. Este processo encerra em si dois conceitos fundamentais para a compreensão da noção de sensibilidade a um determinado estímulo.
Limiar Absoluto (de detecção) - Quando se define a mais baixa intensidade que um estímulo pode registrar num canal sensorial, fazemos referência ao limiar do receptor. O limiar absoluto refere-se à energia mínima do estímulo necessária para produzir uma sensação: a luz mais fraca que é possível ver, o som mais débil que é possível ouvir. A pesquisa sobre os limiares absolutos permitiu constatar que, existe, para cada sentido, um limiar mínimo de sensação situado a um nível bastante baixo: na ordem de 1/25 de segundo de exposição para a visão, por exemplo; e que o ser humano tem a possibilidade de ajustar esse limiar em função das circunstâncias. Quando, por exemplo, um indivíduo entra numa sala escura, não vê nada de princípio, mas à medida que os seus olhos se vão habituando, começa a distinguir formas e depois objetos.
Limiar Diferencial - O limiar diferencial refere-se à capacidade que o sistema sensorial tem para detectar alterações num determinado estímulo ou diferenças entre dois estímulos. Os trabalhos consagrados aos limiares diferenciais resultaram na lei de Weber, segundo a qual, a intensidade adicional de estímulo necessária para provocar uma sensação é proporcional à intensidade inicial, numa relação K, chamada constante de Weber.
A medida dos limiares diferenciais ocupa um lugar importante na pesquisa de mercado, nomeadamente no que diz respeito aos produtos. Está, em particular, na origem do método dos testes cegos que consiste em fazer testar por um consumidor, diferentes produtos tornados anônimos e depois medir as eventuais diferenças de sensação.
Os anúncios em preto e branco são captados mais facilmente porque há uma diminuição da intensidade do estímulo (considerando que o mesmo é passado num conjunto de anúncios a cores) e logo há uma diferenciação em relação aos restantes; um anúncio com uma figura insólita chama a atenção do telespectador, pois o estímulo apresenta-se alterado.
Um fenômeno conhecido por qualquer publicitário e demonstrado por diversas pesquisas é que três quartos dos leitores não se recordam de ter visto o "seu anúncio", no seu jornal habitual enquanto que o publicitário o identifica num abrir e fechar de olhos. Esta situação diz respeito à atenção seletiva, um fenômeno que explica porque é que os anúncios contra o tabagismo são mais facilmente percebidos pelos não fumantes e porque é que um calvo detecta perfeitamente os anúncios das loções capilares e as pessoas gordas os produtos para emagrecimento.
A atenção é parcialmente determinada pelo que o indivíduo deseja e pela importância que lhe dá. Daqui pode-se deduzir a existência de uma "pré-percepção", que antecede a percepção consciente e que realiza uma prévia seleção do que o indivíduo quer ver, no meio de tudo o que o rodeia.
A seleção psicológica - O fenômeno de adaptação sensorial demonstra que a sensação não age de forma mecânica sobre um organismo passivo; pelo contrário, o indivíduo participa diretamente no que sente. Esta intervenção não se limita a um ajustamento mas, na verdade, opera uma profunda seleção entre os estímulos propostos, pois a capacidade de armazenamento de informação do cérebro humano é restrita.
A nossa percepção é organizada em função de variáveis tais como: similaridade, tendência em perceber estímulos semelhantes como pertencendo a um conjunto; proximidade, que nos faz perceber coisas próximas como pertencentes a um mesmo grupo; continuidade ou fechamento, que seria uma tendência em completar estímulos incompletos; de contexto, que seria uma percepção em termos de organização de figura-fundo, como quando percebemos o objeto de uma campanha publicitária sofisticada como sendo de boa qualidade.
Além de selecionar a informação, o indivíduo a organiza e a interpreta, dando-lhe um determinado significado. O mecanismo através do qual as imagens sensoriais são organizadas e interpretadas, constituem um campo de trabalho privilegiado para a reflexão mercadológica. Um condicionamento, uma marca, uma etiqueta ou um preço induzem um comportamento diferente conforme o modo como são reconhecidos e integrados. Os trabalhos de psicologia da forma (Gestalt) definem alguns princípios que regem a forma como as percepções são organizadas.
1.2.2. A Figura e Fundo
O indivíduo tem tendência para organizar todas as percepções segundo dois planos: o da figura, elemento central que capta o essencial da atenção e o fundo, pouco diferenciado. Este princípio, que se apoia no efeito de contraste, é corretamente utilizado em publicidade para, por exemplo, realçar o prestígio de um produto.
1.2.3. O Reagrupamento
Quando os estímulos são numerosos e distintos e, por conseguinte, não organizados imediatamente numa figura, o indivíduo tende a organizá-la, associando os objetos em função da sua proximidade, semelhança e continuidade.
1.2.4. O Estímulo Ambíguo
Um estímulo é declaradamente ambíguo quando não corresponde a uma forma imediatamente reconhecida ou quando se podem fazer várias "leituras". O ser humano tem, então, a tendência para interpretar o estímulo de forma a torná-lo coerente. Esta interpretação faz-se muitas vezes em função das expectativas do receptor. O mecanismo de interpretação da ambigüidade constitui o fundamento dos métodos ditos projetivos, utilizados para revelar a personalidade ou a atitude profunda de um indivíduo. Por este motivo, os estímulos ambíguos são muito correntes em investigação comercial. O mecanismo pode igualmente ser explorado publicitariamente na medida em que um estímulo ambíguo capta a atenção e prepara a recepção de uma mensagem – resposta.
Ao interpretar, o consumidor utiliza igualmente pontos de referência para registrar aquilo que percepciona. A partir de algumas notas de música, por exemplo, facilmente se identifica um anúncio da Coca-Cola ou dos Caldos Maggi. A compreensão destas regras é importante para um responsável do lançamento de um novo produto que pretende, em geral, inserir a sua nova marca num universo de referência, diferenciando-a do já existente. Foram identificados três mecanismos de decodificação. O consumidor procede ora por níveis «é caro» ou «é barato», ora por associação «é caro logo é de boa qualidade», ora por generalizações (a partir de cores, de logotipos ou condicionamentos). Constrói assim repertórios que lhe permitem acolher e mesmo antecipar novas experiências de compra e de consumo. O princípio da generalização é por isso muito utilizado em marketing, tendo originado as marcas da mesma família (Nescafé, Neston, Nesquick, Nescau) Origem: Nestlé. Todo o ato humano é totalmente culturizado e, como tal a identificação e significação dos estímulos depende largamente do campo cultural do indivíduo.
Sente-se, por exemplo, que os gestos de um alemão não significam a mesma coisa que os gestos de um brasileiro e essa interpretação deriva unicamente das bases culturais de cada povo. Há, nas diferentes sociedades, processos de sinalização-simbolização, que permitem a cooperação e a comunicação entre os vários intervenientes. São estes sinais, estes símbolos, que constituem a base de interpretação do homem, pois são elementos pertencentes à sua cultura; como tal, só lhe transmitem determinados significados, que são posteriormente interpretados no contexto em que aparecem. Pode-se então concluir que a familiaridade de certos objetos de referência, como por exemplo os símbolos, desempenham um papel importante na medida em que condicionam o tipo de interpretação que é dado a um determinado estímulo. Assim, a figura de um quadrado encimado por um triângulo é geralmente interpretado pelas crianças ocidentais como uma casa e como um templo pelas crianças orientais. Por outro lado, as associações simbólicas ligadas aos objetos ou às cores podem variar consideravelmente.
A percepção subliminar se remete aos estímulos registrados em nível subconsciente, não podendo ser utilizada para um condicionamento em nível inconsciente. As pessoas respondem de várias maneiras a estímulos que não são percebidos e formados na consciência.. Em termos de estimulação subliminar, determinados estímulos em publicidade podem cair acima ou abaixo do limiar da consciência de determinados indivíduos e ainda ser distorcidos em função de uma seletividade perceptiva, neste nível, ou por uma predisposição pessoal.
No caso do consumidor, a percepção de risco da compra é no que tange a: incerteza quanto ao objetivo da compra, dúvida quanto à satisfação, custo principalmente relacionado a bens duráveis, risco de desaprovação social, indecisão em função de grande variedade de escolhas.
Assim, em marketing, esses aspectos são utilizados e trabalhados. Os anúncios são melhor percebidos quando apresentam contraste e novidade e que permitem uma compreensão integrada de conteúdo e mensagem. São importantes aspectos como tamanho e cor, pois eles ligam tamanho e cor a experiências passadas. Por exemplo, percebemos uma coisa grande como de mais valor e temos a sensação de limpeza e pureza ao vermos algo branco.
A percepção depende também do inter-relacionamento do estímulo com o meio ambiente e com as condições do indivíduo.
A mesma imagem pode ser percebida diferentemente por dois indivíduos. Uma pessoa falando alto pode dar a idéia para alguns de que está de mau humor e para outros que está querendo ser entendido. As pessoas podem entender de forma completamente diferente uma mensagem que está se tentando passar devido às diferenças em percepção. A responsabilidade do processo é devida a 3 itens: atenção seletiva, distorção seletiva e retenção seletiva.
1.2.5. Atenção Seletiva
Recebemos diariamente milhões de estímulos. Com certeza ninguém atende a todos os estímulos que recebe. Podemos citar alguns exemplos:
É mais provável que as pessoas percebam os estímulos relacionados a uma necessidade atual. Se desejarmos comprar um automóvel, provavelmente prestaremos atenção nos carros da rua, anúncios e reportagens sobre automóveis.
Da mesma forma prestaremos mais atenção em conversas sobre automóveis do que conversas sobre a atual situação política.
Outra constatação é que as pessoas irão perceber mais os estímulos cujos desvios sejam maiores em relação a um estímulo normal. Provavelmente prestaremos mais atenção em um anúncio que oferece condições especiais de financiamento para a compra de um carro que um anúncio oferecendo três desodorantes ao preço de dois.
1.2.6. Distorção Seletiva
Nem sempre os estímulos ocorrem da maneira prevista por seus criadores. A distorção seletiva é a tendência de as pessoas interpretarem as informações de acordo com os seus desejos particulares. Dessa forma, o indivíduo reforça os seus preconceitos em vez de contrariá-los. No caso do automóvel, se alguém nos falar bem ou mal de uma determinada marca que estamos dispostos a comprar, provavelmente reforçaremos o que já tínhamos de positivo e não reteremos o que nos foi falado de negativo.
1.2.7. Retenção Seletiva
As pessoas tem uma tendência a esquecer muito mais informações do que aprendem, mas existe uma tendência de guardar aquelas informações que interessam no momento, ou que reforçam suas atitudes e crenças. No caso do automóvel, é provável que nos lembremos sempre dos pontos positivos da marca que queremos comprar e acabemos nos esquecendo de informações positivas sobre outras marcas.
Daniel Portillo Serrano é graduado em Marketing e pós graduado em Administração de Empresas. É consultor de Marketing e Vendas e editor dos sites Portal do Marketing e Portal da Psique . Tem atuado como principal executivo de Vendas e Marketing em diversas empresas do ramo Eletroeletrônico, Telecomunicações e Informática. Ministra,a convite dos professores, palestras sobre Marketing para alunos em cursos de graduação e pós graduação.





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CARREIRA (car.rei.ra) . Palavra do Dia.



Palavra do Dia:


CARREIRA (car.rei.ra)



No último sábado, 19/ 07, faleceu a atriz Dercy Gonçalves. Famosa por sua irreverência e seu constante bom humor, Dercy, que foi um dos expoentes do teatro de revista no país, viveu 101 anos. Destes, quase 80 foram dedicados a sua carreira.

A Palavra ‘carreira” tem origem no latim vulgar ‘carraria’, que significa “correria”.

Além de significar “correria” também em nosso idioma, pode-se entender “carreira” como uma profissão ou atividade, em todas as suas etapas, com seus altos e baixos etc. É comum ouvir muitos profissionais falando sobre sua carreira.

“Carreira” também faz referência a um caminho fixo de um meio de transporte, como entendemos na expressão “avião de carreira”.


--> Definição do dicionário Aulete Digital:


CARREIRA (car.rei.ra)


Substantivo feminino.

1 Corrida desordenada; CORRERIA.

2 Profissão, ou seqüência de etapas de uma profissão, de uma atividade (carreira de advogado).

3 Caminho estreito, ou rastro no caminho; ATALHO; CARREIRO.

4 Conjunto de coisas em seqüência (carreira de árvores); FILEIRA; FILA.

5 Bras. Risca que divide os cabelos.

6 O tempo que dura a vida, sua duração.

7 Caminho ou direção de um meio de transporte (avião de carreira); LINHA.

8 Turfe Cada páreo que se realiza numa programação das corridas de cavalo.

9 RS Turfe Corrida em cancha reta.

10 Turfe Em corridas de cavalo, caminho entre barreiras.

11 Quantidade de droga tóxica em pó (esp. cocaína) colocada em forma de fileira para ser aspirada pelo consumidor.

12 Bras. Correnteza, fluxo fluvial.

13 Lus. Itinerário de transporte coletivo.

14 Mar. Lugar em que se coloca uma embarcação durante seu período de construção, ou para a realização de reparos, consertos.

15 Mar. Rampa pela qual desliza uma embarcação quando, após construída, vai ser lançada ao mar.


[Formação: Do latim vulgar ‘carraria’.]

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Civilizações Antigas 8. Índia Antiga.


História da Índia

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Este artigo apresenta as linhas gerais da história da Índia, que tem início com o registro arqueológico da presença do homo sapiens há cerca de 34 000 anos. Uma civilização da Idade do Bronze emergiu em época aproximadamente contemporânea às civilizações do Oriente Médio. Como regra, a história da Índia abrange todo o subcontinente indiano, correspondente aos atuais República da Índia, Paquistão, Bangladesh, Sri Lanka, Nepal e Butão.

A civilização do Vale do Indo surgiu no século XXXII a.C. e atingiu a maturidade a partir do século XXV a.C. Seguiu-se-lhe a civilização védica. A origem dos indo-arianos é um ponto de relativa controvérsia. A maioria dos estudiosos acredita em algum tipo de hipótese de migração indo-ariana, segundo a qual os arianos, um povo semi-nômade possivelmente da Ásia Central ou do norte do Irã, teriam migrado para o noroeste do subcontinente entre 2000 e 1500 a.C. A natureza de tal migração, o local de origem, e até mesmo a própria existência dos arianos como povo distinto, são fortemente discutidos. A fusão da cultura védica com as culturas dravídicas que lhe eram anteriores (presumivelmente os descendentes da civilização do Vale do Indo) aparentemente resultou na cultura indiana clássica, embora os detalhes específicos do processo são controversos. Alguns entendem, por outro lado, que a civilização do Vale do Indo era essencialmente védica e que se teria espalhado para partes da Europa entre o sexto e o segundo milênio a.C. Os nascimentos de Mahavira e de Buda no século VI a.C. marcam o começo da fase mais bem registrada da história indiana. Pelos 1500 anos seguintes, a Índia produziu a sua civilização clássica e, segundo alguns historiadores, a maior economia do mundo antigo entre os séculos I e XV d.C., ao controlar entre um-terço e um-quarto da riqueza mundial até a época mogol, após o quê declinou rapidamente sob domínio britânico.

Às incursões por exércitos árabes e centro-asiáticos nos séculos VIII e XIII seguiram-se as de comerciantes da Europa, a partir do final do século XV. A Companhia Inglesa das Índias Orientais foi fundada em 1600 e iniciou, desde 1757, a colonização de partes da Índia. Na altura de 1858, após derrotar uma confederação sique no Panjabe em 1849, a coroa britânica assumira o controle político de virtualmente todo o subcontinente. Tropas indianas no exército britânico desempenharam um papel vital em ambas as guerras mundiais. A resistência não-violenta ao colonialismo britânico, chefiada por Mahatma Gandhi, Vallabhbhai Patel e Jawaharlal Nehru, levou à independência frente ao Reino Unido em 1947. O subcontinente foi partilhado entre a República da Índia, secular e democrática, e a República Islâmica do Paquistão. Como resultado de uma guerra entre aqueles dois países em 1971, o Paquistão Oriental tornou-se o Estado independente de Bangladesh. No século XXI, a Índia tem obtido ganhos expressivos em investimento e produção econômicos, constituindo-se na maior democracia do mundo, com uma população de mais de 1 bilhão de pessoas, e na quarta maior economia do planeta (critério PPP).

Fora do sul da Ásia, a história, a cultura e a política da Índia freqüentemente se sobrepõem aos países vizinhos. A cultura, economia e política indianas exerceram influência ao longo de milênios na história e na cultura de países no sudeste asiático, no leste e no centro da Ásia, como Indonésia, Cambodja, Tailândia, China, Tibete, Afeganistão, Irã e Turquestão. Após incursões árabes na Índia no início do segundo milênio d.C., missões semelhantes em busca da lendária riqueza indiana influenciaram fortemente a história da Europa medieval, a partir da chegada de Vasco da Gama. Cristóvão Colombo descobriu a América quando procurava uma nova rota para a Índia, e o Império Britânico obteve grande parte de seus recursos após a incorporação da Índia (a "Jóia da Coroa") do final do século XVIII até 1947.

Para a história da Índia após a independência em 1947, ver História da República da Índia.


Idade da Pedra

A cultura da Idade da Pedra no subcontinente indiano coincidiu com o início da colonização pelo homem e progrediu para a agricultura e o desenvolvimento de ferramentas derivadas de objetos naturais ou criados a partir de matérias-primas. A comunidade Mehrgarh constitui-se no estágio preliminar da agricultura no subcontinente e levou ao surgimento da civilização do Vale do Indo, pertencente à Idade do Bronze.

Idade do Bronze

As civilizações da Idade do Bronze no subcontinente indiano lançaram as bases da moderna cultura indiana, inclusive o surgimento de assentamentos urbanos e o desenvolvimento das crenças védicas que formam o núcleo do hinduísmo.

Civilização do Vale do Indo

Selos com a escrita índica.
Selos com a escrita índica.
Ver artigo principal: Civilização do Vale do Indo

A irrigação do Vale do Indo, que fornecia recursos suficentes para sustentar grandes centros urbanos como Harappa e Mohenjo-daro em cerca de 2500 a.C., marcou o início da civilização harappa. Aquele período testemunhou o nascimento da primeira sociedade urbana na Índia, conhecida como a civilização do Vale do Indo (ou civilização harappa), que floresceu entre 2500 e 1900 a.C. Concentrava-se em volta do rio Indo e seus tributários e estendia-se ao doab Ganges-Yamuna, ao Guzarate e ao norte do atual Afeganistão.

Esta civilização caracterizava-se por suas cidades construídas com tijolos, por sistemas de águas pluviais e por casas com vários andares. Quando comparada a civilizações contemporâneas como o Egito e a Suméria, a cultura do Indo dispunha de técnicas de planejamento urbano singulares, cobria uma área geográfica mais extensa e pode ter formado um Estado unificado, como sugere a extraordinária uniformidade de seus sistemas de medida. As referências históricas mais antigas à Índia talvez sejam as relativas a "Meluhha", em registros sumérios, que poderia ser a civilização do Vale do Indo.

As ruínas de Mohenjo-daro constituíam o centro daquela antiga sociedade. Os assentamentos da civilização do Indo disseminaram-se até as modernas Bombaim, ao sul, Délhi, a leste, e a fronteira iraniana, a oeste, limitando com os Himalaias a norte. Os principais centros urbanos eram Harappa e Mohenjo-daro, bem como Dholavira, Ganweriwala, Lothal, Kalibanga e Rakhigarhi. No seu zênite, como crêem alguns arqueólogos, a civilização do Indo talvez contivesse uma população de mais de cinco milhões de habitantes. Até o presente, mais de 2 500 antigas cidades e assentamentos foram identificados, em geral na região a leste do rio Indo no atual Paquistão. Alguns acreditam que perturbações geológicas e mudanças climáticas, responsáveis por um desmatamento gradual, teriam contribuído para a queda daquela civilização. Em meados do II milênio a.C., a região da bacia do rio Indo, que inclui cerca de dois-terços dos sítios atualmente conhecidos, secou, levando a população a abandonar os assentamentos.

Civilização Védica

A civilização védica é a cultura indo-ariana associada com o povo que compôs os Vedas no subcontinente indiano. Incluía o atual Panjabe, na Índia e Paquistão, e a maior parte da Índia setentrional. A relação exata entre a gênese desta civilização e a cultura do Vale do Indo, por um lado, e uma possível imigração indo-ariana, por outro, é motivo de controvérsia.

A maioria dos estudiosos entende que esta civilização floresceu entre os II e I milênio a.C. O uso do sânscrito védico continuou até o século VI a.C., quando a cultura começou a transformar-se nas formas clássicas do hinduísmo. Esta fase da história da Índia é conhecida como o período védico ou era védica. Sua fase primitiva testemunhou a formação de diversos reinos da Índia antiga; em sua fase tardia (a partir de cerca de 700 a.C.), surgiram os Mahajanapadas, dezesseis grandes reinos no norte e no noroeste da Índia. Seguiram-se-lhe a idade de ouro do hinduísmo e da literatura em sânscrito clássico, o Império Maurya (a partir de cerca de 320 a.C.) e os reinos médios da Índia (a partir do século II a.C.).

Ademais dos principais textos do hinduísmo (os Vedas), os grandes épicos indianos (Ramáiana e Maabárata), inclusive as famosas histórias de Rama e Krishna, teriam sua origem neste período, a partir de uma tradição oral. O Bhagavad Gita, outro bem-conhecido texto primário do hinduísmo, está contido no Maabárata.

Dataria desta época a organização da sociedade indiana em quatro varnas (castas).

Os 16 Mahajanapadas da Idade do Ferro

Os dezesseis Mahajanapadas da Idade do Ferro no subcontinente indiano, estendendo-se principalmente ao longo da planície gangética.
Os dezesseis Mahajanapadas da Idade do Ferro no subcontinente indiano, estendendo-se principalmente ao longo da planície gangética.

Durante a Idade do Ferro, que começou na Índia em torno de 1000 a.C., diversos pequenos reinos e cidades-Estado cobriram o subcontinente, muitos mencionados na literatura védica a partir de 1000 a.C. Em torno de 500 a.C., dezesseis monarquias e "repúblicas", conhecidas como Mahajanapadas, estendiam-se através das planícies indo-gangéticas, desde o que é hoje o Afeganistão até Bangladesh: Kasi, Kosala, Anga, Magadha, Vajji (ou Vriji), Malla, Chedi, Vatsa (ou Vamsa), Kuru, Panchala, Machcha (ou Matsya), Surasena, Assaka, Avanti, Gandhara e Kamboja. Os maiores dentre aqueles países eram Magadha, Kosala, Kuru e Gandhara. A língua cultasânscrito, enquanto que os dialetos da população em geral do norte da Índia eram conhecidos como prácritos.

Os rituais hindus da época eram complicados e conduzidos pela classe sacerdotal. Os Upanixades, textos védicos tardios que lidavam principalmente com filosofia, teriam sido compostos no início daquele período e seriam portanto contemporâneos ao desenvolvimento do budismo e do jainismo, o que indicaria uma idade do ouro filosófica naquele momento, semelhante ao que ocorreu na Grécia antiga. Em 537 a.C., Gautama Buda atingiu a iluminação e fundou o budismo, inicialmente visto como um complemento ao darma védico. No mesmo período, em meados do século VI a.C., Mahavira fundou o jainismo. Ambas as religiões tinham uma doutrina simples e eram pregadas em prácrito, o que ajudava a disseminá-las entre as massas. Embora o impacto geográfico do jainismo tenha sido limitado, freiras e monges budistas levaram os ensinamentos de Buda à Ásia Central e Oriental, Tibete, Sri Lanka e Sudeste asiático.

Os Mahajanapadas eram, grosso modo, o equivalente às cidades-Estado gregas do mesmo período no Mediterrâneo, e produziam uma filosofia que viria a formar a base de grande parte das crenças do mundo oriental, da mesma maneira que a Grécia antiga produziria uma filosofia que embasaria grande parte das crenças do mundo ocidental. O período encerrou-se com as invasões persa e grega e a ascensão subseqüente de um único império indiano a partir do reino de Magadha.


Invasões persa e grega

Na altura do século V a.C., o norte do subcontinente indiano foi invadido pelo Império Aquemênida e, no final do século IV a.C., pelos gregos do exército de Alexandre, o Grande. Ambos os eventos repercutiram fortemente na civilização indiana, pois os sistemas políticos dos persas viriam a influenciar a filosofia política indiana, inclusive a administração da dinastia maurya, e formou-se um cadinho das culturas indiana, persa, centro-asiática e grega no que é hoje o Afeganistão, de modo a produzir uma singular cultura híbrida.

Império aquemênida

Grande parte do noroeste do subcontinente indiano (atualmente o leste do Afeganistão e quase todo o Paquistão) foi governada pelo Império Persa aquemênida a partir de cerca de 520 a.C. (durante o reinado de Dario, o Grande) até a sua conquista por Alexandre, o Grande. Os aquemênidas, cujo controle sobre a região durou 186 anos, usavam a escrita aramaica para a língua persa. Com o fim da dinastia, a escrita grega passou a ser mais comum.

O império de Alexandre

A interação entre a Grécia helenística e o budismo teve início com a conquista da Ásia Menor e do Império Aquemênida por Alexandre, o Grande. Em seu avanço, o monarca macedônio atingiu as fronteiras noroeste do subcontinente indiano em 334 a.C. Ali, derrotou o Rei Poro na batalha de Hidaspes (próximo à atual Jhelum[1], Paquistão) e apoderou-se da maior parte do atual Panjabe. Entretanto, as tropas de Alexandre recusaram-se a prosseguir além do Hifasis (rio Beas), próximo à atual Jalandhar, Índia. O monarca atravessou então o curso d´água e mandou erguer altares para marcar o extremo oriental de seu império.

Alexandre criou guarnições para suas tropas nos novos territórios e fundou diversas cidades nas regiões do Oxus, Aracósia e Báctria, bem como assentamentos macedônios/gregos em GandharaPasso Khyber (ao sul dos Himalaias e do Hindu Kuch) e um outro passo que ligavam Drangiana, Aracósia e outros reinos persas e centro-asiáticos à planície do Indo. Foi através daquelas áreas que a maior parte da interação entre o sul da Ásia e a Ásia Central ocorreu, com trocas comerciais e culturais. e no Panjabe. Tais regiões incluíam o

O território correspondente aos atuais Panjabe, o rio Indo desde a fronteira de Gandhara até o Mar Arábico, e outras porções da planície índica tornou-se uma satrapia do império de Alexandre. Segundo Heródoto, esta era a mais populosa e rica dentre as vinte satrapias.

Império Magadha

Originalmente, Magadha era um dos dezesseis Mahajanapadas indo-arianos da Índia Antiga. O reino emergiu como uma grande potência após subjugar dois Estados vizinhos, e era dono de um exército incomparável na região.

Em 326 a.C., o exército de Alexandre, o Grande, aproximou-se das fronteiras do Império Magadha. As tropas, exaustas e receosas de enfrentar mais um gigantesco exército indiano no rio Ganges, amotinaram-se no rio Hifasis e recusaram-se a prosseguir em direção a leste. Naquelas condições, Alexandre decidiu avançar na direção sul, seguindo o Indo até o Oceano.

Pouco depois, Chandragupta, fundador da dinastia maurya, subiu ao poder em Magadha. O Império Maurya atingiu o zênite no reinado de Açoca Maurya, um dos mais lendários imperadores da Índia, quando incluía a maior parte do sul da Ásia. Posteriormente, Magadha também foi o cerne do poderoso Império Gupta.

Dinastia Maurya

Mapa do subcontinente indiano com a localização do Império Maurya em seu momento de maior extensão (azul escuro) e seus aliados (azul claro).
Mapa do subcontinente indiano com a localização do Império Maurya em seu momento de maior extensão (azul escuro) e seus aliados (azul claro).

Em 321 a.C., o general exilado Chandragupta Maurya fundou a dinastia maurya após derrubar o Rei Dhana Nanda de Magadha. A dinastia maurya lograria, com o tempo, reunir sob seu governo, pela primeira vez na história da Índia, a maior parte do subcontinente, formando o chamado Império Maurya. Ao aproveitar a oportunidade oferecida pela desestabilização da Índia setentrional devida às invasões persa e grega, Chandragupta conquistou não apenas quase todo o subcontinente mas também expandiu suas fronteiras para a Pérsia e a Ásia Central, conquistando a região de Gandhara. Convertido ao jainismo, Chandragupta Maurya promoveu o proselitismo daquela religião no sul da Índia.

Sucedeu-o seu filho Bindusara, que expandiu o império até abarcar um território correspondente a quase toda a atual Índia, à exceção de Kalinga e dos extremos sul e leste, que talvez fossem tributários. A Índia moderna é uma imagem da Mauryana, que uniu todos os povos e culturas dos reinos indianos até então separados sob uma mesma bandeira, e previu um destino comum para todos os indianos (naquela época, quase todos hindus e budistas). A tradição foi retomada posteriormente pelo Império Mogol e pela Índia britânica, que formaram Estados semelhantes.

Açoca, o Grande, sucedeu seu pai Bindusara e procurou expandir ainda mais o império. Como conseqüência da carnificina causada pela invasão de Kalinga, terminou por renunciar ao derramamento de sangue e adotou uma política de não-violência (ou ahimsa) após converter-se ao budismo. Os Editos de Açoca, os documentos históricos preservados mais antigos da Índia, permitem a datação das dinastias a partir de sua época. Com Açoca, a dinastia maurya foi responsável pela divulgação dos ideais budistas através de toda a Ásia Oriental e o sudeste asiático, de maneira a alterar fundamentalmente a história e o desenvolvimento da Ásia como um todo. Açoca, o Grande, foi descrito como um dos maiores soberanos que o mundo já conheceu.

Dinastia Sunga

A dinastia sunga[2] foi estabelecida em 185 a.C. quando o último soberano maurya foi assassinado pelo então comandante-em-chefe das forças mauryas, Pusyamitra Sunga. O subseqüente Império Sunga, com capital em Pataliputra, controlou o nordeste da Índia (a planície gangética) até c. 73 a.C.

Reinos médios primitivos - a Idade de Ouro

Os chamados reinos médios da Índia foram entidades políticas existentes no período histórico entre o declínio do Império Maurya, no século II a.C. - e a correspondente ascensão dos andaras[3] (ou satavahanas) -, até a queda do Império Vijaynagar, no século XIII, com a correlata invasão muçulmana da Índia. Pode ser dividido em dois períodos, o primitivo e o tardio, separados pela queda do Império Gupta (século VII). A dinastia gupta costuma ser apontada como a Idade de Ouro da cultura indiana.

O período dos reinos médios foi caracterizado por ondas de invasões provenientes da Pérsia e da Ásia Central, começou com a expansão do budismo a partir da Índia e terminou com a conquista islâmica do subcontinente indiano.

Invasões de noroeste

Na esteira da desintegração do Império Maurya, durante o século II a.C., o sul da Ásia tornou-se uma colcha de retalhos de potências regionais com fronteiras sobrepostas. O Vale do Indo e as planícies gangéticas atraíram uma série de invasões entre 200 a.C. e 300 d.C. Tanto os andaras quanto, posteriormente, o Império Gupta, tentaram conter as invasões sucessivas, terminando, ambos, por entrar em colapso devido às pressões exercidas por tais guerras.

O budismo floresceu tanto sob o governo dos invasores, que adotaram aquela religião, quanto sob os andaras e os guptas, passando a representar uma ponte cultural entre as duas culturas que levou os invasores a tornar-se "indianizados". O período foi marcado por feitos intelectuais e artísticos inspirados pela difusão e pelo sincretismo culturais ocorridos em novos reinos localizados na Rota da Seda.

Dentre os invasores do período, destacam-se, sucessiva ou simultaneamente:

  • os indo-gregos (secessionistas do Reino Greco-Bactriano, este, por sua vez, secessionista do Império Selêucida): representantes do helenismo, ocuparam o território correspondente aos atuais Paquistão, sul do Afeganistão e noroeste da Índia. Governaram entre 180 a.C.10 d.C.; até cerca de
  • os sacas[4] ou indo-citas: um ramo dos citas, estabeleceram-se no sul do Afeganistão e expandiram-se em direção a Gandhara, Caxemira e o noroeste da Índia, conquistando progressivamente território indo-grego. Seu predomínio na região durou do século II a.C. ao século I a.C.;
  • os indo-partos: após a conquista dos indo-citas pelos partos, um chefe parto declarou-se independente da Pártia e estabeleceu um reino separado que incluía o território correspondente aos atuais Afeganistão, Paquistão e norte da Índia no século I. O reino durou até 75, quando foi conquistado pelos kuchanos;
  • as satrapias ocidentais: de origem saca, controlaram, entre 35 e 405, boa parte das regiões central e ocidental da Índia (correspondentes aos atuais Guzarate, Maharashtra, Rajastão e Madhya Pradesh). Talvez fossem originalmente vassalos dos kuchanos ou dos partos. Eram contemporâneos dos kuchanos (com cujo império limitavam ao norte) e dos andaras (no centro da Índia); e
  • os kuchanos[5].

Império Kuchano

Resultado de mais uma dentre as invasões de noroeste, o Império Kuchano (séculos I a III) foi um Estado que, em seu zênite (c. 105-250), estendia-se do atual Tadjiquistão ao Mar Cáspio, dali até o atual Afeganistão, e na direção sul até o vale do rio Ganges. O império foi criado por tocáriosTurquestão Oriental, na China, e manteve-se por séculos no centro das trocas entre o Oriente e o Ocidente, e seu controle sobre parte importante da Rota da Seda tornou-o um entreposto comercial entre indianos, persas, chineses e romanos. O mais conhecido soberano kuchano, Kanishka, reinou no início do século II e, convertido ao budismo, convocou um concílio budista na Caxemira. Ademais da literatura sânscrita, os kuchanos patrocinavam um estilo artístico que refletia uma síntese entre padrões gregos e indianos.

Perderam território na Ásia Central, devido a conflitos com o Império Sassânida, e na planície gangética, em favor do Império Gupta. O restante do território foi usurpado por um vassalo que estabeleceu o Reino Kidarita.

Andaras

Os andaras (ou satavahanas) eram uma dinastia vassala do Império Maurya e, portanto, nativa da Índia, mas declararam independência logo após a morte de Açoca (232 a.C.). A partir de então, formaram um império que controlou o centro e o sul da Índia (o Decão), mantendo a ordem naquela porção do subcontinente em especial após o fim dos mauryas e em face das sucessivas ondas de invasores vindos do noroeste.

Os andaras competiam pela supremacia na planície gangética com o Império Sunga, que controlava o nordeste da Índia entre c. 185 a.C. e 73 a.C.

Bateram-se ao longo do tempo contra os indo-gregos, os sátrapas ocidentais (indo-citas) e os indo-partos (partos). Embora pudessem resistir aos avanços dos seu inimigos (os andaras dispunham talvez das forças armadas mais poderosas da época na Ásia), os conflitos com os impérios constituídos pelos invasores de noroeste terminaram por enfraquecê-los até que, em cerca de 220, a dinastia extinguiu-se.

Império Gupta

Mapa do subcontinente indiano com a localização do Império Gupta (azul).
Mapa do subcontinente indiano com a localização do Império Gupta (azul).

Da mesma forma que os andaras, os guptas foram uma dinastia nativa da Índia que se opôs aos invasores de noroeste. Nos séculos IV e V, a dinastia gupta unificou a Índia setentrional. Naquele período, conhecido como a Idade do Ouro indiana, a cultura, a política e a administração hindus atingiram patamares sem precedentes. Com o colapso do império no século VI, a Índia voltou a ser governada por diversos reinos regionais.

Suas origens são, em grande medida, desconhecidas. O viajante chinês I-tsing fornece a mais antiga prova da existência de um reino gupta em Magadha. Acredita-se que os puranas védicos foram redigidos naquela época; deve-se ao Império Gupta, também, a invenção dos conceitos de zero e infinito e os símbolos para o que viria a ser conhecido como os algarismos arábicos (1-9). O império chegou ao fim com o ataque dos hunos brancos provenientes da Ásia Central. Uma linhagem menor do clã gupta, que continuou a reinar em Magadha após a desintegração do império, foi finalmente destronada pelo Harshavardhana, que reunificou o norte do subcontinente na primeira metade do século VII.

Invasão dos hunos brancos

Os hunos brancos aparentemente integravam o grupo heftalita que se estabeleceu no território correspondente ao Afeganistão na primeira metade do século V, com capital em Bamiyan. Foram os responsáveis pela queda do Império Gupta, encerrando o que os historiadores consideram uma Idade do Ouro da Índia setentrional. Entretanto, grande parte do Decão e a Índia meridional mantiveram-se ao largo dos sobresaltos ocorridos ao norte.

O imperador gupta Skandagupta repeliu uma invasão huna em 455, mas os hunos brancos continuaram a pressionar a fronteira noroeste (atual Paquistão) e terminaram por penetrar o norte da Índia no final do século V, de maneira a acelerar a desintegração do Império Gupta. Após o século VI, há poucos registros na Índia acerca dos hunos. Seu destino é incerto: alguns estudiosos pensam que os invasores foram assimilados pela população local; outros sugeriram que os hunos seriam os ancestrais dos rajaputros[6].

Reinos médios tardios - a era clássica

Esta fase histórica pode ser definida como o período entre a queda do Império Gupta e as conquistas de Harshavardhana, por um lado, e o surgimento dos primeiros sultanatos islâmicosséculo XIII, por outro. Naquela fase destacaram-se o Reino Chola, no território correspondente ao norte de Tâmil Nadu, e o Reino Chera, no que é hoje Kerala. Os portos da Índia meridional dedicavam-se então ao comércio do Oceano Índico, especialmente de especiarias, com o Império Romano a oeste e o sudeste da Ásia a leste. No norte, estabeleceu-se o primeiro dos Rajaputros, uma série de reinos que sobreviveria em certa medida por quase um milênio até a independência indiana frente aos britânicos. O período assistiu uma produção artística considerada a epítome do desenvolvimento clássico; os principais sistemas espirituais e filosóficos locais continuaram a ser o hinduísmo, o budismo e o jainismo. na Índia com o correlato declínio do Império meridional Vijaynagar, no

No norte, sucederam o império formado por Harshavardhana as dinastias Pratihara, de Malwa (no atual Rajastão), Pala, de Bengala, e Rashtrakuta, do Decão, entre os séculos VII e IX. No sul e no centro, surgiram o Império Chalukya, de Badami (no atual Karnataka), e Pallavi, de Kanchipuram (no atual Tâmil Nadu), entre os séculos VI e VIII.

Dinastia Chola

Os cholas emergiram como o império mais poderoso do subcontinente no século IX e mantiveram seu domínio até o século XII. Como uma dinastia de origem tâmil, seu centro de poder localizava-se no sul da península indiana. Seu zênite ocorreu durante os séculos X, XI e XII, quando governavam um território que incluía o sul do subcontinente, as ilhas Maldivas e parte do Ceilão, chegando em certo momento até o Ganges, ao norte, e ao Arquipélago Malaio, ademais de certos pontos ao longo do Golfo de Bengala.

Enquanto os cholas dominavam o sul, ao norte três reinos disputavam a supremacia: os pratiharas, no atual Rajastão, o Império Pala, nos atuais Bihar e Bengala, e os rashtrakutas, no Decão.

Rajaputros

A história registra os primeiros reinos rajaputros no Rajastão a partir do século VII, mas foi nos séculos IX a XI que passaram a participar ativamente os acontecimentos no subcontinente. As diversas dinastias rajaputras posteriormente governaram boa parte da Índia setentrional. Como regra geral, os rajaputros, devido a sua localização no norte do subcontinente indiano, foram os que mais enfrentaram as invasões islâmicas e a subseqüente expansão dos sultanatos muçulmanos. Em período histórico posterior, cooperaram com o Império Mogol.

Invasão islâmica

A invasão do subcontinente indiano por tribos e impérios estrangeiros foi freqüente ao longo da história, e costumava terminar com o invasor absorvido pelo cadinho sócio-cultural indiano. A diferença, na fase histórica em apreço, é que os Estados muçulmanos invasores - em geral, de origem turcomana - mantiveram, uma vez instalados no subcontinente, seu caráter islâmico, com repercussões até os dias de hoje.

A primeira incursão muçulmana (árabe omíada) de monta ocorreu no século VIII, contra o Baluchistão, Sind e o Panjabe, resultando em Estados islâmicos sobre os quais o controle do Califado era muito tênue. No início do século XI, a dinastia ghaznávida (de Ghazni, cidade do atual Afeganistão), de origem turcomana, avançou sobre o oeste e o norte da Índia, conquistando o Panjabe; a Caxemira, o Rajastão e Guzerate permaneceram sob controle dos rajaputros. No século XII, os ghóridas, uma dinastia também turcomana e originalmente do Afeganistão, venceram o império ghaznávida e alguns rajás do norte da Índia e lograram conquistar Délhi, ali fundando (já no século XIII) o Sultanato de Délhi.

Sultanato de Délhi

O Sultanato de Délhi (1206-1526) expandiu-se rapidamente até incluir a maior parte da Índia setentrional, do passo Khyber até Bengala. Posteriormente, conquistou o Guzerate e Malwa e voltou-se para o sul, chegando até o atual Tâmil Nadu. A expansão para o sul continuou pelas mãos do Sultanato Bahmani, que se separara de Délhi, e dos cinco sultanatos independentes do Decão, sucessores de Bahmani após 1518. O reino hindu de Vijayanagar uniu o sul da Índia e bloqueou o avanço muçulmano até cair frente aos sultanatos decanis, em 1565.

Talvez a contribuição mais importante do Sultanato tenha sido seu sucesso temporário em isolar o subcontinente da potencial devastação provocada pela invasão mongol da Ásia Central no século XIII. O Sultanato de Délhi foi absorvido em 1526 pelo Império Mogol.

Império Mogol

Mapa do subcontinente indiano com o Império Mogol em destaque.
Mapa do subcontinente indiano com o Império Mogol em destaque.
O Taj Mahal, construído pelo Grão-Mogol Shah Jahan.
O Taj Mahal, construído pelo Grão-Mogol Shah Jahan.

Em 1526, um descendente de Tamerlão chamado Babur, de origem turco-perso-mongol, atravessou o Passo Khyber, invadiu o subcontinente e estabeleceu o que viria a ser o Império Mogol, que perduraria por mais de dois séculos e cobriria um território ainda maior do que o do Império Maurya[7]. Por volta de 1600, a dinastia mogol já controlava a maior parte do subcontinente; entrou em declínio após 1707 e foi finalmente defenestrada pelos britânicos em 1857, após a revolta dos sipais. Este período foi marcado por grandes mudanças sociais, ocorridas numa sociedade de maioria hindu governada por grão-mogóis (imperadores) muçulmanos que, alguns, adotavam uma postura de tolerância religiosa, outros, destruíam templos hindus e cobravam impostos dos não-muçulmanos.

Da mesma maneira pela qual os conquistadores mongóis da China e da Pérsia haviam adotado a cultura local, os mogóis professavam uma política de integração com a cultura indiana que contribui para explicar o seu sucesso em comparação com o Sultanato de Délhi. Os grão-mogóis casaram-se com a realeza local, aliaram-se com marajás e procuraram fundir a sua cultura turco-persa com as tradições indianas.

Era pós-mogol

Império Marata

O Império Marata[8] (posteriormente conhecido como Confederação Marata) foi um Estado hindu que existiu entre 1674 e 1818 e que esteve freqüentemente em guerra com o Império Mogol muçulmano, contribuindo para o declínio deste último. Foi a força predominante no subcontinente durante a maior parte do século XVIII e logrou conter o avanço dos colonizadores britânicos. Disputas internas e três guerras anglo-maratas (final do século XVIII e início do século XIX) puseram fim ao império, cujo território foi em grande medida anexado ao Império Britânico, embora algumas regiões se tenham mantido nominalmente independentes como Estados principescos vinculados à Índia britânica.

Panjabe

Entre 1716 e 1799, o Panjabe foi governado por um conjunto de Estados siques[9] de médio porte conhecido como Confederação Sique. Embora em termos políticos a confederação fosse descentralizada, os Estados integrantes eram unidos em torno de uma cultura e religião comuns, representados pela religião sique. As duas guerras anglo-siques (1845 a 1849) resultaram na absorção do Panjabe pela Índia britânica.

Era colonial

A descoberta da rota marítima para a Índia em 1498, por Vasco da Gama, sinalizou o início do estabelecimento de territórios controlados pelas potências européias no subcontinente. Os portugueses constituíram bases em Goa, Damão, Diu e Bombaim, dentre outras. Seguiram-se os franceses e os neerlandeses no século XVII.

Índia britânica

Ver artigo principal: Índia britânica

A Companhia Inglesa das Índias Orientais estabeleceu uma primeira base em Bengala, em 1757. Na altura dos anos 1850, os britânicos já controlavam quase todo o subcontinente, inclusive o território correspondente aos atuais Paquistão e Bangladesh. A revolta dos sipais, de 1857, forçou a companhia a transferir a administração da Índia para a coroa britânica.

Movimento de independência

Oganizações sociais fundadas no final do século XIX e início do século XX para defender os interesses indianos junto ao governo da Índia britânica transformaram-se em movimentos de massa contra a presença britânica no subcontinente, agindo por meio de ações parlamentares e resistência não-violenta. Após a partilha do antigo Raj britânico entre a República da Índia e o Paquistão, em agosto de 1947, o mundo testemunhou a maior migração maciça da história, quando um total de 12 milhões de hindus, siques e muçulmanos cruzaram a fronteira indo-paquistanesa.

Para a história da Índia após a independência em 1947, ver História da República da Índia e História do Paquistão.

Ver também

Referências

Notas

  1. O dicionário Onomástico Etimológico de J.P. Machado registra as formas Hidaspes e Djelam em língua portuguesa, ambas no verbete "Hidaspes".
  2. Talvez sejam os singas a que se refere o dicionário Houaiss no verbete "singa". Cabe uma pesquisa mais detalhada de fontes em português.
  3. Dicionário Houaiss, verbete "andara".
  4. O adjetivo e substantivo de dois gêneros saca, referente ao ramo do povo cita, é registrado no dicionário Houaiss e no dicionário de J.P. Machado.
  5. Não parece haver uma harmonia entre as fontes quanto à forma em língua portuguesa deste etnônimo, recebido do estrangeiro: kushana, kushano etc.
  6. Dicionário Houaiss, verbetes rajaputro e raiputo, ambos como substantivo e adjetivo. O dicionário Onomástico Etimológico de J.P. Machado registra ainda a forma reisbuto.
  7. O termo mogol, uma variante de mongol, é usado para diferenciar o império estabelecido por Babur no subcontinente indiano dos demais Estados formados a partir das invasões mongóis do século XIII.
  8. O etnônimo e gentílico marata está lexicografado (dicionários Houaiss e Aurélio).
  9. Os termos sique e siquismo são lexicografados (dicionários Houaiss e Aurélio).

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