domingo, 24 de agosto de 2008

Como estudar e trabalhar no Canadá dentro da lei.

Conhecido por ser um dos países mais amigáveis com estrangeiros, o Canadá conta a partir desse ano com um atrativo a mais para quem pensa em estudar no Exterior: a possibilidade de trabalhar legalmente durante a graduação ou pós.

» Confira os passos para validar pós-graduação no exterior
» Vale a pena fazer uma pós-graduação a distância?
» Cinqüentões aproveitam vantagens do intercâmbio

"O trabalho não precisa ser vinculado ao curso, como era anteriormente", explica Claudia Farina, diretora da agência SIP (www.siptravel.com.br), que representa escolas em Vancouver e Toronto.

Com as novas regras, o aluno sai do Brasil com o visto de estudante e, já no Canadá, obtém permissão para trabalhar 20 horas por semana. As vagas surgem normalmente na própria universidade, em livrarias, cafés e lojas.

"Depois que o aluno se forma, pode trabalhar em sua área no Canadá por um determinado prazo. O país está apoiando muito estrangeiro que quer ficar, é uma nação hospitaleira", afirma Claudia.

O primeiro passo é procurar uma agência no Brasil que represente universidades no Canadá. De acordo com a SIP, as aulas têm início em setembro e janeiro. Para começar o curso em janeiro, a inscrição deve ser efetuada ainda em agosto. Para inícios em setembro, a inscrição vai de novembro a fevereiro.

Para cursar a graduação no Canadá:
Idade mínima: 18 anos
Inglês avançado
Preço: cerca de CAD$ 12,5 mil (em torno de R$ 20 mil) por ano, fora gastos com moradia, alimentação e passagem aérea
Duração: de 3 a 4 anos


Para a pós-graduação:
Idade mínima: 21 anos
Inglês avançado
Preço: cerca de CAD$ 9,8 mil (em torno de R$ 15 mil) por ano acadêmico. Não inclui gastos com moradia, alimentação e passagem aérea
Duração: cerca de um ano

Redação Terra

Fonte: Terra e http://www.portaleducacao.com.br/educacao/principal/noticia_view.asp?id=24373

Quer saber mais.

http://www.cursosnocanada.com.br/conheca-o-canada.php

Veja agora fotos em slides do Canadá.

bragadix
Canadá
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sábado, 23 de agosto de 2008

Dificuldade em aprender?

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Por que Einstein teve dificuldade em aprender?
- Como surge a Superinteligência

Prof. Luiz Machado - 28/02/2008

Artigo da Cidade do Cérebro

Einstein só conseguiu ser alfabetizado depois dos 9 (nove) anos de idade. Ele não conseguia aprender as primeiras letras e a escola desistiu dele, aconselhando a seus pais que perdessem a esperança: ele simplesmente não conseguia aprender! Até no seio da família ele era considerado retardado.

Muito bem, ele não conseguia aprender mas, certamente, não era por falta de inteligência. Que era, então? A resposta é: a maneira de ensinar é que estava errada.

O ensino era e é todo orientado para alunos que têm o hemisfério esquerdo do cérebro predominante. Einstein era tipicamente “de hemisfério direito”. Para essas pessoas, é preciso que não se deixe nenhum elo faltante entre o período da expressão só oral, em que predomina a imaginação, e o período de letramento (alfabetização), em que a pessoa vai aprender um novo código (a língua) em que vai conceber e expressar seus pensamentos.

Cada hemisfério cerebral tem suas funções específicas, funcionando como se tivéssemos duas mentes, embora o cérebro seja uno. A lateralidade cerebral foi comprovada experimentalmente por Roger Sperry, que, por isso, ganhou o Prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia, em 1981.

Hoje em dia, as escolas mais avançadas no campo da educação procuram que seus alunos desenvolvam ambos hemisférios, o que, quando ocorre, gera o que chamamos de Superinteligência, conforme demonstrei em meu livro com esse mesmo nome.

A Cidade do Cérebro tem treinamentos específicos (subceptivos e cognitivos), dentro do PEDIC (Programa Especial de Desenvolvimento da Inteligência e da Criatividade) para casos de dificuldades de aprendizado, problemas de memória e estimulação das funções cognitivas para aumento da inteligência e da criatividade.

Professor Luiz Machado, Ph.D.
Cientista Fundador da Cidade do Cérebro
Mentor da Emotologia


autor "Prof Luiz Machado, Ph.D." e o endereço do site www.cidadedocerebro.com.br.

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A mente mente!

Veja os slides abaixo e comprove.

brunoromano,
A Mente Mente
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DEPUTADO (de.pu.ta.do). Palavra do Dia.


Palavra do Dia:
DEPUTADO (de.pu.ta.do)

O deputado Clodovil Hernandes está propondo a redução do número de deputados federais pela metade. "Deputado" vem do latim "deputatu", particípio do verbo "deputare", que significava "imputar a" ou "enviar alguém em missão, na qualidade de representante".O primeiro registro da palavra em português data do século XIV. No sentido jurídico, deputado é "toda pessoa que recebe a incumbência de participar de uma assembléia ou corporação, como representante ou delegado daqueles que o escolheram". É exatamente com esta missão que se elegem representantes para as Assembléias Estaduais e para a Câmara Federal.

>> Definição do dicionário Aulete Digital

DEPUTADO (de.pu.ta.do)

adjetivo.

1. Que recebe delegação de poderes para representar os interesses de outras(s) pessoa(s) em reuniões e decisões oficiais, esp. em assembléia
2. Que é legalmente eleito para a câmara legislativa, para a qual foi conduzido pelo voto do povo
3. Comissionado para tratar de interesses alheios

Substantivo masculino.
4 Aquele que representa os interesses de outrem em reuniões e decisões oficiais
5 Aquele que é eleito para legislar e representar os interesses dos cidadãos
6 Aquele que é comissionado para tratar dos negócios alheios

[Formação: Particípio de deputar.]
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FACILITANDO A APRENDIZAGEM


A Arte e o Cérebro no Processo da Aprendizagem.

Profa. Celeste Carneiro

FACILITANDO A APRENDIZAGEM

Com as recentes pesquisas sobre o funcionamento do cérebro, a Teoria das Inteligências Múltiplas, a avaliação das aptidões cerebrais dominantes, e técnicas que foram criadas para acelerar a aprendizagem, tornou-se muito mais fácil aprender e gravar na memória o que estudamos.
Psicólogos, neurologistas e pesquisadores vêm escrevendo os resultados desses estudos, esclarecendo-nos e deixando-nos entusiasmados com os resultados obtidos por quem utiliza essas técnicas.

O LADO DIREITO DO CÉREBRO

A grande maioria das pessoas foi acostumada a pensar e agir de acordo com o paradigma cartesiano, baseado no raciocínio lógico, linear, seqüencial, deixando de lado suas emoções, a intuição, a criatividade, a capacidade de ousar soluções diferentes.
António Damásio, respeitado e premiado neurologista português, radicado nos Estados Unidos e com muitos trabalhos publicados, em seu recente livro O erro de Descartes, afirma que “o ponto de partida da ciência e da filosofia deve ser anti-cartesiano: "existo (e sinto), logo penso”.

A visão do homem como um todo, é a chave para o desenvolvimento integral do ser.

Mandala - Autora: Iraci Santana.

Utilizando mais o hemisfério esquerdo, considerado racional, deixamos de usufruir dos benefícios contidos no hemisfério direito, como a imaginação criativa, a serenidade, visão global, capacidade de síntese e facilidade de memorizar, dentre outros.

Através de técnicas variadas poderemos estimular o lado direito do cérebro e buscar a integração entre os dois hemisférios, equilibrando o uso de nossas potencialidades.
Uma dessas técnicas consiste em fazer determinados desenhos, de forma não convencional, de modo que o hemisfério esquerdo ache a tarefa enfadonha e desista de exercer o controle total, entregando o cargo ao hemisfério direito, que se delicia com o exercício.

O uso de música apropriada que diminui o ritmo cerebral, também contribui para que haja equilíbrio no uso dos hemisférios cerebrais.
Há pesquisadores que sugerem a música barroca, especialmente o movimento “largo”, que causa as condições propícias para o aprendizado. Ela tem a mesma freqüência que um feto escuta e nos direciona automaticamente ao lado direito do cérebro, fazendo com que as informações sejam gravadas na memória de longo prazo.

Músicas para relaxamento, como as “new age”, surtem os mesmos efeitos.
Nossa mente regula suas atividades através de ondas elétricas que são registradas no cérebro, emitindo minúsculos impulsos eletroquímicos de variadas freqüências, podendo ser registradas pelo eletroencefalograma. Essas ondas cerebrais são conhecidas como:

Beta, emitidas quando estamos com a mente consciente, alerta ou nos sentimos agitados, tensos, com medo, variando a freqüência de 13 a 60 pulsações por segundo na escala Hertz;
Alfa, quando nos encontramos em estado de relaxamento físico e mental, embora conscientes do que ocorre à nossa volta, sendo a freqüência em torno de 7 a 13 pulsações por segundo;
Teta, mais ou menos de 4 a 7 pulsações, é um estado de sonolência com reduzida consciência; e
Delta, quando há inconsciência, sono profundo ou catalepsia, emitindo entre 0,1 e 4 ciclos por segundo.

As duas últimas são consideradas patológicas.
Geralmente costumamos usar o ritmo cerebral beta. Quando diminuímos o ritmo cerebral para alfa, nos colocamos na condição ideal para aprendermos novas informações, guardarmos fatos, dados, elaborarmos trabalhos difíceis, aprendermos idiomas, analisarmos situações complicadas.
A meditação, exercícios de relaxamento, atividades que proporcionem sensação de calma, também proporcionam esse estado alfa.
De acordo com neurocientistas, analisando eletroencefalogramas de pessoas submetidas a testes para pesquisa do efeito da diminuição do ritmo cerebral, o relaxamento atento ou o profundo, produzem aumentos significativos de beta-endorfina, noroepinefrina e dopamina, ligados a sentimentos de clareza mental ampliada e de formação de lembranças, e que esse efeito dura horas e até mesmo dias. É um estado ideal para o pensamento sintético e a criatividade, funções próprias do hemisfério direito.
Como é fácil para este hemisfério criar imagens, visualizar, fazer associações, lidar com desenhos, diagramas e emoções, além do uso do bom humor e do prazer, o aprendizado será melhor absorvido se estes elementos forem acrescentados à forma de se estudar.

USO INTEGRAL DO CÉREBRO

O ideal é que nos utilizemos de todo o potencial do cérebro, riquíssimo, surpreendente!
Quando levamos uma vida inteira exercitando quase que só as funções do hemisfério esquerdo, ou só o lado direito, ocorrem as doenças cerebrais degenerativas, tão temidas, como o mal de Alzheimer, por exemplo.
Necessitamos, portanto, estimular as diversas áreas do nosso cérebro, ajudando os neurônios a fazerem novas conexões, diversificando nossos campos de interesse, procurando nos conhecer melhor para agirmos com maior precisão e acerto.

Howard Gardner, o psicólogo americano criador da Teoria das Inteligências Múltiplas, identificou inicialmente sete tipos de inteligência no ser humano que são estimuladas e expressas de formas diferentes, de acordo com cada pessoa. São elas:

  • verbal/linguística;
  • lógica/matemática;
  • musical; corporal/cinestésica;
  • visual/espacial;
  • interpessoal;
  • intrapessoal.


Atualmente foi acrescentada a inteligência naturalista e a existencial, estando esta última ainda em estudo.
A Teoria das Múltiplas Inteligências deverá ser aplicada não apenas com os diversos indivíduos, para atingir cada pessoa, de acordo com o seu ponto de interesse, mas em nós mesmos, buscando desenvolver cada tipo de inteligência que trazemos em estado latente.

Foi desenvolvido nos Estados Unidos um sistema de avaliação das aptidões cerebrais dominantes, utilizado também por alguns escritores nacionais e que mostra com clareza quais as áreas do cérebro que damos maior preferência e, daí, é feito um perfil psicológico da pessoa, sua maneira de agir na vida, qual o lugar de sua preferência numa sala de aula, como melhor aprende, etc. A esse resultado, temos acrescentado outros elementos, dentro de uma visão holística do ser humano, que tem ajudado bastante as pessoas.

Conhecendo as áreas que são mais estimuladas, passa-se então a praticar uma série de exercícios para ativar as regiões menos utilizadas, de modo que, com o passar do tempo, nossa capacidade de agir como um ser humano integral estará bastante aprimorada.
Seremos lógicos e intuitivos, práticos e sonhadores, racionais e emotivos, seguiremos os padrões vigentes e utilizaremos a nossa criatividade, teremos “os pés no chão e a cabeça nas estrelas”... Seremos, enfim, do céu e da terra, captando todos os ensinamentos com facilidade, independente da faixa etária. Isto nos tornará muito mais capazes e autoconfiantes.

EXPERIÊNCIA COM O HEMISFÉRIO DIREITO

Figura humana de imaginação (acima) e, à direita, de observação.
Autora: Nazareth Bastos, 1993.

Desde 1992, quando iniciamos a coordenar o curso DLADIC – Desenvolvimento do lado direito do cérebro, onde utilizamos o desenho como pretexto para atingir os nossos objetivos, que vimos nos surpreendendo com o manancial riquíssimo que possuímos, armazenado em nosso cérebro, aguardando as condições propícias para se manifestar.
Nesse período, passaram pelo curso mais de trezentas pessoas. Cada uma com um interesse diferente, com uma motivação própria.
Quase todas, nos primeiros contatos, afirmavam ser incapazes de fazer qualquer tipo de desenho, de criar alguma coisa, de prestar atenção ou se concentrar em algo.
No decorrer do processo de desbloqueamento, essas pessoas iam ficando surpresas com os resultados visíveis nos seus trabalhos artísticos e com a descoberta de uma nova forma de ver o mundo e de ver-se a si mesmas.
Um dos primeiros exercícios é o de atenção, concentração, meditação. Utilizando uma folha de papel tamanho ofício, sem tirar o lápis do papel, o aluno vai traçando linhas retas horizontais e verticais que se cruzam, formando uma composição. Após preencher a folha de acordo com o seu gosto, pode consertar as linhas que ficaram mais tortas e, em seguida, contorná-las com hidrocor preto e pintar as formas que as linhas fizeram de modo que desligue temporariamente o hemisfério esquerdo a fim de dar vazão ao hemisfério direito, enquanto ouve-se música relaxante ou subliminar, em profundo silêncio, meditando sobre as seguintes questões:

  • O que senti com a limitação de não poder tirar o lápis do papel, de só poder fazer linhas retas horizontais e verticais?
  • Como reajo quando sou limitado nos meus gestos, quando tenho de seguir orientações vindas de fora de mim mesmo?
  • Como convivo com isso no meu dia-a-dia?
  • O que senti quando fui liberado para consertar o que errei?
  • O que o erro representa para mim?
  • Como convivo com as coisas simples?
  • Em que o desenho se parece comigo, com a minha forma de ser?
  • Na minha vida tem muitos labirintos? Tem muitos espaços inacessíveis? É uma vida clara, alegre, aberta para acolher o outro?
  • Como lido com a minha vida?
  • Tenho facilidade para me deixar conduzir pelo fluxo da vida, não apressando o rio?


São questionamentos que a pessoa vai fazendo e respondendo a si mesma, sem externar para os outros, se assim o quiser. Inclusive os próprios desenhos, que são utilizados como pretextos para ter acesso ao lado direito do cérebro, não precisam ser mostrados a ninguém. É um momento íntimo, pessoal, onde nos damos o direito de ser o que somos, com erros e acertos, sem censuras nem justificativas, arriscando a exploração de um campo novo e cheio de surpresas. É um caminho para o autodescobrimento.

Nesse exercício vemos alunos realizando trabalhos quase perfeitos num prazo de uma aula, e passando duas a três aulas para corrigir o que foi feito! Outros, se negam a consertar, dizendo: “minha vida é assim mesmo, cheia de traços tortuosos, não quero corrigi-los.” Alguns mostram-se confusos com a simplicidade da proposta, tão acostumados estão com a complexidade dos desafios que enfrentam diariamente. E refazem o exercício várias vezes, até conseguirem atender a contento a orientação dada...
Estando pronto o trabalho, a alegria é estampada no rosto diante da composição inesperada. Às vezes colocam no quadro, emoldurando-a, sentindo-se artistas.

Dessa composição, estimulamos a criatividade sugerindo a infinidade de novos trabalhos que poderão surgir a partir de pequenos detalhes ampliados e explorados com os mais diversos materiais e para as mais variadas finalidades: mural, divisória, painel, quadros a óleo, colagens, objetos tridimensionais, etc. No exercício para desenvolver o poder mental, vemos aqueles que estão acostumados à meditação, à busca do crescimento espiritual, se entregarem à tarefa com determinação, conseguindo colocar no papel o que visualizou e dando um colorido forte, rico em contrastes, prosseguindo em casa com as variações desse mesmo trabalho. Já os que não se preocupam muito com estas questões sentem mais dificuldade e precisam de um maior assessoramento.

Trabalhando com a criatividade, aproveitamos o desenho de observação para uma nova composição, onde o objeto do desenho é dissolvido, passando a ser parte do processo criativo, misturando-se com o todo. Tiramos parte desse trabalho, ou detalhes para novas criações, como se fosse uma cornucópia de onde saem sempre novas idéias.
Com esse exercício chamamos a atenção para o trabalho em equipe. A importância de cada componente para que o grupo ou a empresa sobressaia. Quando destacamos alguém da equipe, por mais insignificante que seja, poderemos estimulá-lo e ver surgir um rico potencial de grande utilidade e beleza. Quando valorizamos um pequeno grupo da equipe, o rendimento também pode ser bem melhor. Também ressaltamos a importância de respeitar os limites, os espaços.

Num estágio mais adiantado trabalhamos com o desbloqueio dos vícios de observação e a flexibilidade mental.
Nas tarefas recebidas, o aluno vai esquecer o nome dado às coisas e procurar ver o real, sem simbolismo algum, exatamente o que está à sua frente. Por vivermos distanciados do real, do verdadeiro, sofremos tanto! Imaginamos tantas coisas diante de um fato, de um gesto, de um acontecimento, quando o significado real era outro, completamente diferente do imaginado!

Neste trabalho, é solicitado a ver as situações por diversos ângulos: por dentro, por fora, comparando tamanhos, aberturas, distâncias... Saindo da parte para o todo e vice-versa, de forma constante, num estado de relaxamento atento, esquecido do tempo e das preocupações que tinha nos momentos que antecederam a aula. É sugerido que leve a experiência para o dia-a-dia, procurando descobrir sempre novas soluções para os problemas e desafios da vida, evitando não cristalizar idéias e pontos de vista.

Estimulamos a observação atenta do companheiro que trilha conosco o mesmo caminho na vida, flexibilizando a mente para olhá-lo sem os conceitos e preconceitos que enraizamos em nós mesmos ao longo da convivência. Por mais tempo que tenhamos de convivência, não conhecemos ninguém o suficiente, pois todos nós estamos em processo contínuo de mudança. E cada pessoa é sempre uma incógnita que nos surpreende.
Utilizamos nesse exercício a figura humana em desenhos realizados com traços, a lápis ou bico de pena.
No decorrer do curso algumas pessoas saem e dão um tempo. Depois voltam e me dizem que determinado trabalho mexeu tanto com elas que resolveram fazer terapia ou se trabalharem melhor em determinado aspecto que não tinham dado a devida importância antes.
Outras, com um pequeno estímulo, descobrem o potencial artístico que têm e se lançam no mundo das artes, criando e pintando quadros que são levados à exposição até em outro estado do Brasil. Uma dessas alunas, fez apenas um mês de aula e passou a pintar quadros, viajando em seguida por vários países, descobrindo coisas novas, deixando dois painéis seus num restaurante da Nova Zelândia.

Vemos crianças conseguindo concentrar-se em casa para fazer os seus deveres estudantis, adolescentes encontrando mais facilidade na aprendizagem das matérias escolares, adultos escrevendo melhor, compreendendo a comunicação não-verbal, lendo mais e conseguindo um maior relaxamento diante das tensões diárias. Idosos empregando o seu tempo na aquisição de maiores conhecimentos, na realização de antigos sonhos, na descoberta de suas potencialidades.

A música, o silêncio interior e exterior, os exercícios de desenho, de criatividade, as mandalas e, em algumas ocasiões, a videoterapia, têm sido fortes aliados na conquista dessa riqueza íntima que possuímos e não sabíamos ser possuidores.
Com os avanços das pesquisas sobre o cérebro, acrescentamos novas abordagens a este curso, visando o uso de todo o potencial do cérebro, procurando equilibrar o hemisfério esquerdo com o hemisfério direito. Passou então a ser chamado Criatividade e Cérebro, para aulas em grupo e Em busca da harmonia, para ser mais feliz, para o atendimento individual.
Atualmente, encontram-se à disposição de quantos queiram estar preparados para o novo milênio, os mais diferentes recursos de crescimento interior, divulgados pelos mais diversos meios, através de profissionais interessados na formação de uma nova sociedade. É só buscar...

Os desenhos enviados são de pessoas sem nenhuma experiência nessa área, que tinham dificuldade de concentração, memorização e criatividade

Bibliografia:

Desenhando com o lado direito do cérebro – Betty Edwards - Ediouro
Aprendizagem e criatividade emocional – Elson A. Teixeira – Makron Books
Cérebro esquerdo, cérebro direito - Springer e Deutsch – Summus Editorial
Alquimia da Mente – Hermínio C. Miranda – Publicações Lachâtre
Viver Holístico – Patrick Pietroni – Summus Editorial
Revista Planeta, nº 201 – junho 1989
Revista Globo Ciência, ano 4, nº 39
Revista Nova Escola – Setembro 1997

Autora: Celeste Carneiro é orientadora do curso Criatividade e Cérebro, Facilitando a Aprendizagem, Mandalas Terapêuticas, e outros que visam estimular os hemisférios cerebrais.
É artista plástica, educadora e terapeuta. E-mail: cel5@terra.com.br


Fontes: Copyright 2000 Universidade Estadual de Campinas

http://www.cerebromente.org.br/n12/opiniao/criatividade2.html

Como utilizar melhor o cérebro

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sexta-feira, 22 de agosto de 2008

NANOTECNOLOGIA (na.no.tec.no.lo.gi.a). Palavra do Dia.


Palavra do Dia:
NANOTECNOLOGIA (na.no.tec.no.lo.gi.a)

Após cerca de 15 anos de pesquisa, o Brasil já consegue obter seus primeiros medicamentos desenvolvidos com nanotecnologia. Essas drogas são menos tóxicas e mais eficazes nos tratamentos.

A palavra “nanotecnologia” deriva da junção das palavras “nano”, prefixo derivado do grego ‘nannos’, que indica algo extremamente minúsculo, e a palavra “tecnologia”, oriunda do termo grego ‘technologia’, que designa o conjunto das técnicas, processos e métodos específicos de uma ciência, ofício, indústria etc.

Entende-se então a nanotecnologia como toda aplicação que lide com minúsculas partículas o desenvolvimento tecnológico. Nos dias de hoje já é possível encontrar produtos que utilizam a nanotecnologia, como alguns tecidos, vidros, filtros solares etc..

>> Definição do dicionário Aulete Digital

NANOTECNOLOGIA (na.no.tec.no.lo.gi.a)

Substantivo feminino.

1 Técnica que permite a divisão ou a criação de corpos em minúsculas partículas

[Formação: nan(o)- + tecnologia.]
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Nanociencia y Nanotecnologia en la UNAM(español).


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FINAL (fi.nal). Palavra do Dia.


Palavra do Dia:

FINAL (fi.nal)

Após derrotarem os compatriotas Ricardo e Emanuel, os brasileiros Márcio e Fábio Luiz se classificaram para a final do vôlei de praia masculino nos Jogos Olímpicos, contra a dupla norte-americana Rogers e Dalhausser na noite da próxima sexta-feira, 22 de agosto.

A palavra “Final” vem do latim tardio ‘finatis, e’ e, além de designar a última prova ou jogo de determinada competição, também se refere a tudo que é ou que pode ser tido como “último, derradeiro”.

A conclusão de um conto ou narrativa, por exemplo, assim como o último capítulo de uma telenovela ou os derradeiros minutos de um filme etc. podem ser entendidos como um “final”.

>> Definição do dicionário Aulete Digital

FINAL (fi.nal)

Adjetivo de dois gêneros.

1 Que está na última parte, no fim [ Antôn.: inicial.]

2 Que é o último, o derradeiro

3 Gram. Diz-se de conjunção subordinativa que expressa intenção ou finalidade (p.ex.: que, para que).

Substantivo masculino .

4 Fim, termo [ Antôn.: começo, início.]

5 Maneira pela qual se chega ao fim de um negócio, narrativa etc.

Substantivo feminino.

6 Esp. Última prova ou jogo (de torneio, competição, campeonato etc.) que indica um vencedor; FINALÍSSIMA: A final será no Maracanã..

[Plural: finais.]

[Formação: Do latim tardio. ‘finatis,e’.]

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Licenciatura em Matemática - Psicologia da Educação .



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quinta-feira, 21 de agosto de 2008

O lugar do conhecimento e da inteligência. (APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA).


APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA

O lugar do conhecimento e da inteligência

Kátia Cristina Stocco Smole
Doutoranda em Educação pela FE-USP
Coordenadora do Mathema

Em todas as instâncias nas quais educadores reúnem-se para discutir sobre educação, parece haver um consenso de que a educação básica deveria visar fundamentalmente à preparação para o exercício da cidadania, cabendo à escola formar o aluno em conhecimentos, habilidades, valores, atitudes, formas de pensar e atuar na sociedade através de uma aprendizagem que seja significativa.

A despeito deste aparente consenso, em grande parte a realidade de nossas escolas continua dominada por uma concepção pedagógica tradicional, na qual se ensina uma grande quantidade de informações - geralmente tendo como base única e exclusivamente o programa do livro didático - que servirão momentaneamente e serão descartadas após a prova, não chegando sequer a modificar as concepções espontâneas que os alunos trazem de seu cotidiano.

É comum que os currículos escolares sejam organizados em torno de um conjunto de disciplinas nitidamente diferenciadas, dominadas por uma ritualização de procedimentos escolares muitas vezes obsoletos, cujos conteúdos se apoiam numa organização rigidamente estabelecida, desconectada das experiências dos próprios alunos e na qual uma etapa é preparação para a seguinte. A despeito de todo avanço das pesquisas em educação, da ciência e da tecnologia, nossas aulas mais se assemelham a modelos do início do século, tendo como perspectiva metodológica dominante a exposição, a exercitação e a comprovação.

A escola, organizada sob tal enfoque, carece de significados aos alunos, gera abandono, desmotivação e mesmo rebeldia que se manifesta, entre outras coisas, na agressividade dos alunos e em sua indisciplina.

A resposta que a escola dá a isso é, por vezes, acentuar procedimentos repressivos, impor recursos disciplinares ou atribuir os problemas a fatores externos tais como desequilíbrio familiar, imaturidade do aluno, ou os incontáveis problemas de aprendizagem.

Na essência, ainda temos uma escola meritocrática, classificatória que, se não exclui por meio de reprovações, exclui por uma aprendizagem que não ocorre.

Não estamos ainda preparados para as diferenças individuais. Falamos sobre classes heterogêneas, sonhando com a homogeneidade e, como conseqüência mais direta, criamos a categoria dos atrasados, dos excluídos, dos imaturos e dos carentes de pré-requisitos para estarem em nossas salas de aula.

Tal cenário certamente passa distante do discurso sobre formação para cidadania e, mais especificamente, da aprendizagem significativa.

De fato, para que uma aprendizagem ocorra ela deve ser significativa, o que exige que seja vista como a compreensão de significados, relacionando-se às experiências anteriores e vivências pessoais dos alunos, permitindo a formulação de problemas de algum modo desafiantes que incentivem o aprender mais, o estabelecimento de diferentes tipos de relações entre fatos, objetos, acontecimentos, noções e conceitos, desencadeando modificações de comportamentos e contribuindo para a utilização do que é aprendido em diferentes situações.

Em resumo, se queremos que os conhecimentos escolares contribuam para a formação do cidadão e que se incorporem como ferramentas, como recursos aos quais os alunos recorram para resolver com êxito diferentes tipos de problemas, que se apresentem a eles nas mais variadas situações, e não apenas num determinado momento pontual de uma aula, a aprendizagem deve desenvolver-se num processo de negociação de significados.

Por outro lado, se os alunos não apreciam o valor dos conceitos escolares para analisar, compreender e tomar decisões sobre a realidade que os cerca, não se pode produzir uma aprendizagem significativa.

Não queremos dizer com isso que todas as noções e conceitos que os alunos aprendem devem estar ligados à sua realidade imediata, o que seria olhar para os conteúdos escolares de maneira muito simplista, queremos isso sim afirmar que os conteúdos que a escola veicula devem servir para desenvolver novas formas de compreender e interpretar a realidade, questionar, discordar, propor soluções, ser um leitor reflexivo do mundo que o rodeia.

Nesse sentido Pérez Gómez (1998, p. 95) afirma que "o problema não é tanto como aprender, mas sim como construir a cultura da escola em virtude de sua função social e do significado que adquire como instituição dentro de uma comunidade social".

Ao nosso ver, para que o discurso da aprendizagem significativa passe à ação, para que haja integridade entre o processo de ensino e aprendizagem, é preciso mais do que novas metodologias, recursos didáticos e mesmo aparato tecnológico.

Certamente a condição mais básica para que as mudanças efetivamente ocorram é a melhoria da formação e das condições de trabalho do professor.

No entanto, neste artigo pretendemos destacar outros fatores que consideramos essenciais quando desejamos uma aprendizagem para a compreensão, em especial, a necessidade de transformação nas concepções de conhecimento e inteligência que permeiam as ações didáticas do professor.

Conhecimento: da linearidade à rede

A aprendizagem significativa não combina com a idéia de conhecimento encadeado, linear, seriado. Essa forma de conceber o conhecimento pode organizar o ensino mas não a aprendizagem, que acaba se constituindo como um processo à parte, marginal ao trabalho do professor. Conceber o conhecimento organizado linearmente contribui para reforçar a idéia de pré-requisitos que acaba justificando fracassos e impedindo aprendizagens posteriores.

Na concepção da linearidade do conhecimento, o ensino funcionaria como uma engrenagem, uma cadeia na qual cada fragmento tem função de permitir acesso a outro fragmento. Talvez esta forma de conceber o conhecimento permita ao aluno armazenar e mecanizar algumas informações por um tempo, ter bom desempenho em provas de devolução e até mesmo avançar de uma série para outra, o que não significa necessariamente uma aprendizagem com compreensão.

Falar em aprendizagem significativa é assumir que aprender possui um caráter dinâmico que exige ações de ensino direcionadas para que os alunos aprofundem e ampliem os significados elaborados mediante suas participações nas atividades de ensino e aprendizagem. Nessa concepção o ensino é um conjunto de atividades sistemáticas, cuidadosamente planejadas, em torno das quais conteúdo e forma articulam-se inevitavelmente e nas quais o professor e o aluno compartilham parcelas cada vez maiores de significados com relação aos conteúdos do currículo escolar, ou seja, o professor guia suas ações para que o aluno participe de tarefas e atividades que o façam se aproximar cada vez mais dos conteúdos que a escola tem para lhe ensinar.

Se pensarmos na aprendizagem significativa como o estabelecimento de relações entre significados, os preceitos de precisão, linearidade, hierarquia, encadeamento que estão presentes na escola, na organização do currículo e na seleção das atividades, devem dar lugar a outras perspectivas nas quais o conhecimento pode ser visto como uma rede de significados , em permanente processo de transformação no qual, a cada nova interação, a cada possibilidade de diferentes interpretações, uma nova ramificação se abre, um significado se transforma, novas relações se estabelecem, possibilidades de compreensão são criadas. Nesse sentido, rompendo com as teorias lineares que dão sustentação ao modelo tradicional de ensino, em que existem pré-requisitos, etapas rígidas e formais de ensino e aprendizagem, cadeias de conteúdos, escalas de avaliação da aprendizagem, a teoria do conhecimento como rede sustenta que a apreensão de um conceito, idéia, fato, procedimento, faz-se através das múltiplas relações que aquele que aprende faz entre os diferentes significados desse mesmo conceito.

Na prática escolar, essa teoria é determinante para a escolha dos conteúdos, a organização da sala de aula e da multiplicidade de recursos didáticos que serão utilizados pelo professor, implicando articular o ensino e a aprendizagem, o conteúdo e a forma de ensiná-lo, proporcionando cada vez mais um ambiente escolar favorável à aprendizagem, no qual todas as ações venham a favorecer o processo múltiplo, complexo e relacional de conhecer e incorporar dados novos ao repertório de significados, de modo a poder utilizá-los na compreensão orgânica dos fenômenos e no entendimento da prática social.

É preciso levar em conta ainda que uma aprendizagem significativa não se relaciona apenas a aspectos cognitivos dos sujeitos envolvidos no processo, mas está também intimamente relacionada com suas referências pessoais, sociais e afetivas. Nesse sentido, afeto e cognição, razão e emoção se compõem em uma perfeita interação para atualizar e reforçar, romper e ajustar, desejar ou repelir novas relações, novos significados na rede de conceitos de quem aprende. Por esse motivo, a aprendizagem não ocorre da mesma forma e no mesmo momento para todos; interferem nesse processo as diferenças individuais, o perfil de cada um, as diversas maneiras que as pessoas têm para aprender, o que nos remete para muitas outras variáveis de interferência na aprendizagem significativa, dentre as quais desejamos destacar a concepção de inteligência que permeia o processo.

Inteligência: da grandeza ao espectro

Uma aprendizagem significativa está relacionada à possibilidade dos alunos aprenderem por múltiplos caminhos e formas de inteligência, permitindo aos estudantes usar diversos meios e modos de expressão. De fato, se analisarmos os princípios da aprendizagem significativa já não parece ter lugar a concepção dominante de inteligência única, que possa ser quantificada e que sirva como padrão de comparação entre pessoas diferentes, para apontar suas desigualdades.

Em uma perspectiva de aprendizagem significativa, a inteligência está, acima de tudo, associada à aptidão de organizar comportamentos, descobrir valores, inventar projetos, mantê-los, ser capaz de libertar-se do determinismo da situação, solucionar problemas e analisá-los. Conceber a inteligência desse modo implica em pensá-la não como uma combinação apenas de competências lingüísticas e lógico-matemáticas, que têm sido a base da escola tradicional, mas de várias competências, chamadas de inteligências que podem ser melhor entendidas quando associamos a ela a imagem de espectro de competências.

Uma visão pluralista da mente reconhece muitas facetas diversas da cognição, reconhece também que as pessoas têm forças cognitivas diferenciadas e estilos de aprendizagem contrastantes. Uma vez assumido que crianças e jovens de diferentes idades ou fases da escolaridade têm necessidades diferentes, percebem as informações culturais de modo diverso e assimilam noções e conceitos a partir de diferentes estruturas motivacionais e cognitivas, a função da escola passa a ser a de propiciar o desenvolvimento harmônico destas inteligências e usar os diferentes potenciais de inteligência dos alunos para fazer com que eles aprendam.

Nessa perspectiva, o processo de ensino e aprendizagem deve cuidar para ampliar as dimensões dos conteúdos específicos dos diversos componentes curriculares, incluindo ações que possibilitem o desenvolvimento e a valorização de todas as competências intelectuais: corporais, pictóricas, espaciais, musicais, inter e intra pessoais, além das lingüísticas e lógico-matemáticas.

A importância da comunicação

Refletir sobre concepções de conhecimento e inteligência como fatores de interferência nas considerações sobre aprendizagem na escola nos faz perceber que aprender não é nunca um processo meramente individual, nem mesmo limitado às relações professor aluno. Ao contrário, é um processo que se dá imerso em um grupo social com vida própria, com interesses e necessidades dentro de uma cultura peculiar.

Por isso, a aula deve tornar-se um fórum de debate e negociação de concepções e representações da realidade, um espaço de conhecimento compartilhado no qual os alunos sejam vistos como indivíduos capazes de construir, modificar e integrar idéias, tendo a oportunidade de interagir com outras pessoas, com objetos e situações que exijam envolvimento, dispondo de tempo para pensar e refletir acerca de seus procedimentos, de suas aprendizagens, dos problemas que têm que superar.

A comunicação define a situação que vai dar sentido às mensagens trocadas e, portanto, não consiste apenas na transmissão de idéias e fatos, mas principalmente, em oferecer novas formas de ver essas idéias, de lidar com diferenças e ritmos individuais, de pensar e relacionar as informações recebidas de modo a construir significados.

Os alunos devem participar na aula trazendo tanto seus conhecimentos e concepções quanto seus interesses, preocupações e desejos para sentirem-se envolvidos num processo vivo, no qual o jogo de interações, conquistas e concessões provoque o enriquecimento de todos.

Assim, é inegável a importância da intervenção e mediação do professor e a troca com os pares para que cada um vá realizando tarefas e resolvendo problemas, que criem condições para desenvolverem competências e conhecimentos. Nesse aspecto a linguagem adquire papel fundamental por ser instrumento básico de intercâmbio entre pessoas tornando possível a aprendizagem em colaboração.

A comunicação pede o coletivo e transforma-se em redes de conversações em que pedidos e compromissos, ofertas e promessas, consultas e resoluções se entrecruzam e se modificam de forma recorrente nestas redes. Todos os membros da organização participam da criação e da manutenção deste processo de comunicação. Portanto, não são meras informações, mas sim atos de linguagem, que comprometem aqueles que os efetuam frente a si mesmos e aos outros.

A ação de comunicação desempenha um papel importante na construção de elos entre as noções intuitivas dos alunos e a linguagem simbólica da escola; desempenha também um papel chave na construção de relações entre as representações físicas, pictóricas, verbais, gráficas e escritas das diferentes noções e conceitos abordados nas aulas. Interagir com os colegas e professores auxilia os alunos a construir seu conhecimento, aprender outras formas de pensar sobre idéias e clarear seu próprio pensamento, enfim, construir significados, estabelecer relações interpessoais, perceber limites, descobrir no outro possibilidades para si.

Variando os processos e formas de comunicação, ampliamos a possibilidade de significação para uma idéia surgida no contexto da classe. A idéia de um aluno, quando colocada em evidência, provoca uma reação nos demais formando uma teia de interações e permitindo que diferentes inteligências se mobilizem durante a discussão.

Modificar a perspectiva sobre o conhecimento e a inteligência na busca por uma aprendizagem significativa tem conseqüências diretas e profundas na concepção e organização da vida em aula, supondo um desafio didático que envolve muito mais do que novas estratégias didáticas. Requer um mudança na concepção de todos os elementos que interferem e determinam a vida e o trabalho na aula, indicando novas lentes para contemplar os alunos, selecionar conteúdos de ensino e muito especialmente, a avaliação.

Coerência no processo de avaliar

Pode-se afirmar que a situação de ensino é também uma situação direcionada pela avaliação, que estabelece parâmetros de atuação de professores e alunos. Se considerarmos verdadeiramente que a aprendizagem deve ser significativa, e fundamentada em novas metáforas para o conhecimento e a inteligência, a avaliação necessita formar parte desse processo de aprender, servindo para mediar tomadas de decisão no processo de ensino e aprendizagem, ou seja, para corrigir os rumos das ações, através da reflexão sobre a prática docente.

Nesse sentido, a intenção de uma aprendizagem significativa, exige uma avaliação a favor do aluno, que contribua para torná-lo consciente de seus avanços e necessidades fazendo com que se sinta responsável por suas atitudes e sua aprendizagem.

A avaliação no contexto de uma aprendizagem significativa deveria ocorrer no próprio processo de trabalho dos alunos, no dia-a-dia da sala de aula, no momento das discussões coletivas, da realização de tarefas em grupos ou individuais. É nesses momentos que o professor pode perceber se os alunos estão ou não se aproximando dos conceitos e habilidades que considera importantes, localizar dificuldades e auxiliar para que elas sejam superadas através de intervenções, questionamentos, complementando informações, buscando novos caminhos que levem à aprendizagem.

Em razão disso, a avaliação nunca deveria ser referida a um único instrumento, nem restrita a um só momento, ou a uma única forma, pois somente um amplo espectro de múltiplos recursos de avaliação pode possibilitar canais adequados para a manifestação de múltiplas competências e de redes de significados, fornecendo condições para que o professor, analise, provoque, acione, raciocine, emocione-se e tome decisões e providências junto a cada aluno.

Uma nota final

As relações envolvidas numa perspectiva de aprendizagem significativa não se restringem aos métodos de ensino ou a processos de aprendizagem. Na sala de aula, o conhecimento não é apenas transmitido pelo professor e aprendido pelos alunos. Ensinar e aprender com significado implica em interação, disputa, aceitação, rejeição, caminhos diversos, percepção das diferenças, busca constante de todos os envolvidos na ação de conhecer. A aprendizagem significativa segue um caminho que não é linear, mas uma trama de relações cognitivas e afetivas, estabelecidas pelos diferentes atores que dela participam.

Quando há a busca pela integridade entre o discurso da aprendizagem significativa e as ações que podem favorecê-la junto aos alunos, então mais do que repetir procedimentos é preciso que nós, educadores, possamos refletir sobre todas as mudanças que se fazem necessárias para que passemos da intenção à ação de tornar a escola mais humana, mais justa e mais acolhedora para quem nela busca sua formação cidadã.

Referências Bibliográficas

Machado, Nilson José. Epistemologia e Didática: as concepções de conhecimento e inteligência e a prática docente. São Paulo: Cortez, 1995.

Perrenoud, Philippe. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens - entre duas lógicas. Porto Alegre; Artmed, 1999.

Sacristán, J. G. e Pérez Gómez, A.I. Compreender e transformar o ensino. 4.ed. Porto Alegre: Artmed, 1998.

Sampaio, Maria M. F. Um gosto amargo de escola: relações entre currículo, ensino e fracasso escolar. São Paulo: EDUC/FAPESP, 1998.

Wiske, Martha S. (org.). La enseñanza para la comprensión: vinculación entre la investigación y la práctica. Barcelona: Paidós Educador, 1998.

Fonte: http://www.fe.unb.br/pie/zAPRENDIZAGEM%20SIGNIFICATIVA.htm

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Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação*. (resenha).


Educação & Sociedade.

Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação*

Maria Carmen Silveira Barbosa**

A temática tratada neste livro Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação é extremamente atual e é muito oportuna a sua publicação, na medida em que, nos últimos anos, essas questões têm sido abordadas principalmente por autores da área da psicologia e/ou da educação física (no que se refere à psicomotricidade), e muito pouco tem sido produzido com respeito a uma abordagem educacional.

O título é muito interessante, pois trabalha com a ambivalência, ou a confusão, muito comum aos termos citados. Jogo? Brinquedo? Brincadeira? Serão sinônimos, ou existem diferenças entre cada um deles? Acredito que essa é uma dúvida que muitos educadores possuem e portanto torna-se um convite à leitura dos textos.

O livro é uma coletânea de trabalhos elaborados por autores vinculados ao Grupo Interinstitucional sobre o Jogo na Educação, com sede na Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo. Como todos os autores pertencem ao grupo, suas referências teóricas têm certa proximidade, mas como também são profissionais de diversas áreas e utilizam-se de suportes teóricos de sua área de origem – o que, de certa forma, enriquece e pluraliza as concepções acerca do tema – aparecem também diferenças. Acredito ser importante mostrar essa pluralidade de olhares sobre o tema, pois temos encontrado algumas coletâneas, em que os autores produzem seus textos a partir de uma bibliografia comum, mas que, pelo fato de os artigos serem produzidos individualmente, acabam tornando-se repetitivos e, muitas vezes, apresentam uma superposição de conceitos e citações.

O livro inicia-se com uma apresentação dos artigos, complementada no final da edição com os dados dos autores, que poderia ser mais precisa quanto às datas de produção dos trabalhos. Para poder analisá-los, dentro dos limites de uma resenha, resolvi trabalhar com grupos temáticos e utilizei, apenas parcialmente, a ordem de apresentação dos artigos no livro.

O livro divide-se basicamente em três grupos de artigos: o primeiro compõe-se de artigos que tratam do tema relacionando-o à educação infantil; o segundo grupo de artigos é formado por aqueles que trabalham com crianças com necessidades especiais; e um terceiro grupo discute o tema a partir do ângulo da formação docente. Há também um artigo, quase estrangeiro, que trata da educação matemática.

A proposta do livro é que o leitor possa valorizar "os jogos na educação, ou seja, brinquedos e brincadeiras como formas privilegiadas de desenvolvimento e apropriação, conhecimento pela criança e, portanto, instrumentos indispensáveis da prática pedagógica e componente relevante de propostas curriculares" (p. 11).

Jogo, brinquedo e brincadeira & educação infantil

A educação infantil é um espaço privilegiado para falar dessa temática; afinal, dentro do sistema de ensino, a educação infantil, ou a pré-escola como também é chamada por alguns autores, é um dos poucos lugares onde o lúdico ainda é visto como apropriado, ou mesmo "inerente" ou "natural".

O primeiro artigo desse grupo denomina-se "O jogo e a educação infantil" e foi escrito pela organizadora Tizuko M. Kishimoto. É um artigo interessante, pois trata de questões básicas, como por exemplo definir/conceituar o jogo, o brinquedo e a brincadeira, uma tarefa extremamente difícil de ser feita na medida em que estes conceitos e as palavras que os significam não são precisos nem em nossa língua portuguesa nem em grande parte das demais. Essa imprecisão na linguagem, nos conceitos lingüísticos, constrói-se a partir das complexas relações com o projeto histórico-social e cultural em que as práticas do jogo e do brincar são exercidas e que também não estão tão definidas. A própria autora trata de demonstrar a dificuldade da conceituação. Para tanto, busca essa definição em vários autores que produziram conceitos em diferentes tempos históricos e espaços geográficos. Este recorrido dá ao leitor uma série de informações, cabendo a ele realizar uma reflexão comparativa. Finalmente, a autora apresenta a sua definição dos termos (nem sempre compartilhada por todos os autores da coletânea), e que não é inteiramente por mim acordada, pelo menos no que se refere à linguagem e à(s) cultura(s) brasileira(s).

A segunda parte do texto procura situar historicamente, na Europa, o papel representado pelo jogo, sendo que a autora faz o seu principal recorte nas concepções prévias ao movimento romântico e naquelas posteriores a ele. Apresenta-nos as passagens do jogo pelas diferentes áreas do conhecimento, como a filosofia, a biologia, a psicologia, a sociologia, a antropologia e a educação. Acho um pouco excessiva a citação de tantos autores, pois não há como aprofundar, nos limites de um artigo, as aproximações e as diferenças entre eles, e também as contextualizações ficam novamente a cargo do leitor, embora a variada bibliografia apresentada possa servir como indicação para o aprofundamento no tema.

Há ainda uma terceira parte no artigo, onde são apresentadas "algumas modalidades de brincadeiras presentes na educação infantil". Nela são citados: o brinquedo educativo, a brincadeira tradicional, a brincadeira de faz-de-conta e a brincadeira de construção.

O segundo artigo, de Marina Célia Moraes Dias, "Metáfora e pensamento: Considerações sobre a importância do jogo na aquisição do conhecimento e implicações para a educação pré-escolar", é muito interessante, pois a autora, a partir de uma leitura das grandes dicotomias da educação, consegue, trazendo contribuições da filosofia, da estética e da política, fazer uma contraproposta para a educação infantil através da releitura das possibilidades do jogo.

O jogo, nesse texto, vincula-se ao sonho, à imaginação, ao pensamento e ao símbolo. É uma proposta para a educação de crianças (e educadores de crianças) com base no jogo e nas linguagens artísticas. Texto fundamental para leitura e reflexão num momento de proposições pedagógicas para a educação infantil tão baseado na cópia do modelo escolar de 1o grau. A concepção da autora sobre o homem como ser simbólico, que se constrói coletivamente e cuja capacidade de pensar está ligada à capacidade de sonhar, imaginar e jogar com a realidade, é fundamental para propor uma nova "pedagogia da criança". A autora vê o jogar como gênese da "metáfora" humana. Ou, talvez, aquilo que nos torna realmente humanos.

O terceiro e último artigo desse bloco chama-se "A brincadeira de faz-de-conta: Lugar do simbolismo, da representação, do imaginário", de Edda Bomtempo. É um artigo que trata, como diz o título, da brincadeira do faz-de-conta, essa experiência que nos torna seres simbólicos, humanos e metaforizados. A autora inicia apresentando a brincadeira, suas características, e procura na literatura universal a presença desse tipo de brincadeira. Depois, na busca de referências teóricas explicativas para esse tipo de ação humana, ela tem encontros com Piaget e Vygotsky, por um lado, e, por outro, com S. Freud e Melanie Klein. O faz-de-conta é tratado então como a possibilidade na construção do homem de ser a ponte entre a fantasia e a realidade.

Crianças com necessidades especiais & o jogo, o brinquedo e as brincadeiras

O segundo grupo de artigos trata da questão do jogo, do brinquedo e da brincadeira, e suas articulações com as crianças com necessidades especiais: a pedagogia, a psicopedagogia, a avaliação, o fracasso escolar, as propostas curriculares e outros temas percorrem esta seção.

O texto "O jogo e o fracasso escolar", de Sahda Marta Ide, inicia tratando dos testes-padrão de medidas de inteligência e seu questionamento como instrumento adequado para a avaliação das crianças portadoras de deficiências. A autora indica, como saída desse ciclo "avaliação por testes e medidas e diagnóstico de fracasso escolar", a procura das causas desses fracassos e encontra, na bibliografia estudada, algumas generalizações com referência às famílias, às escolas, à atitude do educador e, a partir dessa análise de "causas do fracasso escolar", propõe alternativas educacionais de reversão dessa situação. Segundo a autora, o elemento central para essa ação diferenciada, destinada à desestigmatização, seria o da mediação, tanto a humana, como a instrumental. E é na instrumental que aparece o jogo como recurso fundamental na educação de crianças deficientes mentais.

O artigo seguinte, "O uso de brinquedos e jogos na intervenção psicopedagógica de crianças com necessidades especiais", de Leny Magalhães Mrech, de certa forma aprofunda aquilo que foi anteriormente analisado. A autora faz uma crítica contundente aos conceitos piagetianos mais divulgados nos cursos superiores, tais como estágios do desenvolvimento, e todos aqueles que tiveram formação acadêmica, nessa área, nas últimas décadas são testemunhas desse empobrecimento da epistemologia genética. Para se contrapor a essa tendência, a autora propõe a noção de equilibração e a reequilibração das estruturas cognitivas como conceito central dessa concepção de construção do conhecimento. Discute os universalismos das teorias que nos amarram e propõe a busca de singularidades. Nesse momento, ela busca a psicanálise, trazendo o desejo, o outro, o não-saber, e, de forma muito interessante, passa da visão da alienação individual para a alienação social e cultural utilizando R. Barthes e P. Bourdieu.

A necessidade da desnaturalização dos lugares de saber e não saber, de aprendentes e ensinantes e da dialética dessas relações individuais e sociais é fundamental para pensar a construção do conhecimento. Os jogos, os brinquedos e os materiais pedagógicos são analisados quanto à sua possibilidade de interferir nas estruturas de alienação social e individual do saber – estereotipias, relações transferenciais, estruturado ou estruturante.

Depois a autora apresenta a noção de modalidade de aprendizagem, isto é, o tipo de relação que cada sujeito, a partir da sua própria história, constrói ao conhecer o mundo, conceito este desenvolvido por Alícia Fernandes a partir da psicanálise e da psicologia genética.

O texto conclui com a análise das relações das modalidades de aprendizagem e as ofertas de "ensinagem" e coloca as experiências com jogos e materiais pedagógicos como modos de "pluralização" destas modalidades e também com um apelo ao trabalho educacional voltado ao desenvolvimento das diversas formas da inteligência.

O texto "O jogo na organização curricular para deficientes mentais", de Maria Luisa Sprovieri Ribeiro, inicia com uma análise das práticas tradicionais de atendimento às crianças com necessidades especiais e com resistências pessoais e sociais a uma mudança de concepção deste tipo de atendimento.

Utilizando-se de características do jogo, de acordo com Gilles Brougére, tais como a necessidade de espaço, papéis, materiais e tempo do jogo para pensar o currículo, denuncia a "cultura" do trabalho individualizado, isto é, isolado, do educador de crianças com necessidades especiais, que não está presente nos debates dos demais educadores e áreas de conhecimento dentro das escolas. Denuncia esta experiência de prática social de educador como criador único do currículo ou criatura que aplica os currículos dos tecnocratas. Para a autora, é necessário ousadia nos professores de educação especial para que utilizem na construção de suas propostas educativas as discussões coletivas e contemporâneas de currículo e quebrem uma visão tão "conformada" desse tipo de atendimento educativo.

A formação do educador através da vivência, da discussão e da reflexão do jogo

Os últimos capítulos do livro tratam do jogo na formação dos professores. O primeiro deles, "Brincadeiras e brinquedos na TV para crianças: Mobilizando opiniões de professores em formação inicial", de Maria Felisminda de Rezende e Fusari, tem como meta a educação do educador para a leitura das "vivências comunicacionais de seus alunos", e afirma que a formação dos professores pode gerar novas formas, mais competentes e criativas, de os alunos interagirem com multimeios. Há entre alunos e meios de comunicação uma teia de transmissões e influências que não são de simples causa e efeito ou unívocas, mas de interinfluências, e essas devem ser aproveitadas para uma melhor formação do cidadão.

A autora relata uma pesquisa feita com futuros educadores de nível universitário ou de 2o grau na qual é feita a análise de trecho de vídeo do Xou da Xuxa, em que aparece uma situação de jogo competitivo. A partir da análise feita pelas alunas, uma visão de mídia e de jogo é constituída. Uma nova maneira de ver o meio – a televisão – e o programa – Xou da Xuxa – se constitui.

Em "Jogo e formação de professores: Videodrama pedagógico", Heloísa Dupas Penteado relata uma experiência com alunos de prática de ensino na qual foi usado o videodrama pedagógico, derivação do psicodrama, com o objetivo de fazer o aluno de 3o grau refletir tanto sobre sua prática como aluno como sobre seu papel de professor.

O relato é interessante na medida em que essas provocações promovidas pela vivência, na própria formação do professor e em sua vida afetiva e intelectual de adulto, auxiliam a reconhecer as muitas formas de entender a cena educacional, a afiar a sua sensibilidade ao jogar.

Educação: Lúdica ou séria

O texto "A séria busca no jogo: Do lúdico na matemática", de Manoel Oriosvaldo de Moura, é de educação matemática, mas não apenas isso. Apesar de ter divergências quanto à questão de serem ou não modismos a etnomatemática e a modelagem matemática, e de discordar que o uso de materiais pedagógicos está mais presente no século XX, gostei muito do trabalho do autor. Ele trata com propriedade de duas questões centrais na relação jogo e educação: a primeira diz respeito ao fato de que o jogo, em uma proposta educativa, nunca pode estar dissociado "do conjunto de elementos presentes no ato de ensinar" (p. 74), isto é, ele deve estar localizado na totalidade de um projeto educacional. E para justificar a sua argumentação, procura na história da educação, e na história da educação matemática, exemplos que demonstram essa afirmação. A outra questão, também muito bem trabalhada, é a da seriedade do jogar e os diferentes usos do jogo e seus vínculos com concepções de aprendizagem. A visão da superação do jogo como elemento/recurso e a construção de seu papel como incorporado ao ensino como um todo são algo que justifica a presença desse artigo na coletânea. Sua localização no final da minha escrita justifica-se pela síntese que o autor faz de idéias que perpassam todo o conjunto da obra.

Finalizando

Encontramos no livro uma polifonia com vozes que falam aos quatro ventos sobre o tema. Isto é bom. É jogo e é brincadeira. Talvez uma das características centrais do livro seja a aproximação do jogo às teorias, e não apenas uma listagem dissociada de receitas de brincadeiras, e a proposição de alternativas de lugar para o jogo, tanto nas propostas de ensino, com alunos de diversos níveis, como na própria formação do educador. Penso que dessa tríade, jogo, brincadeira e brinquedo, o último foi o menos explorado nos diferentes artigos. Fica este tema como sugestão para uma próxima coletânea, ou, quem sabe, a escrita coletiva de um livro, pois gostaria muito de vê-los produzindo não individualmente, cada um o seu próprio artigo, mas jogando com os conceitos e as noções, pois a originalidade dos enfoques, as singularidades das visões contribuiriam, de forma enriquecedora, para a continuidade da discussão dessa temática.

* Resenha do livro de Kishimoto, Tizuko Morchida (org.). Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. São Paulo, Cortez, 1996, 183 p.
** Professora assistente da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e doutoranda da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas.

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Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-73301997000200011&lng=in&nrm=iso&tlng=in
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Professora primária de Phelps previa futuro difícil para ele.


Por Simon Denyer

PEQUIM (Reuters) - Quando Michael Phels era garoto, a professora da escola primária disse à mãe de seu aluno que ele nunca seria capaz de fazer nada importante, porque era incapaz de se concentrar.

Quando Phelps ganhou a primeira de suas 14 medalhas de ouro, em Atenas-2004, ele lembrou dessas palavras no pódio, ouvindo o hino nacional norte-americano.

A despeito de ter sido diagnosticado com transtorno de déficit de atenção por hiperatividade quando tinha 9 anos, Phelps provou que sua professora estava espetacularmente errada.

"Ele era um garotinho com muita energia, sempre perguntando 'Por que estamos fazendo isso? Quando vamos fazer isso? O que vamos fazer depois?"', disse Debbie, mãe do atleta, à Reuters, em uma entrevista.

"Desobediente não é uma palavra que eu possa usar. Ele era voluntarioso, inventivo", comentou. "Definitivamente o esporte canalizou muito dessa energia."

Por conta do próprio Phelps, desobediente é uma palavra que algumas pessoas poderiam usar.

Em sua autobiografia, ele disse que era um "rato de piscina", correndo por todo lado, perturbando as pessoas, escondendo os óculos de natação dos outros, batendo nos ombros das pessoas e correndo e causando balbúrdia geral.

Ele também era difícil de lidar na hora das refeições, porque sempre tinha que estar fazendo alguma coisa com suas mãos.

"Em meus dedos do meio eu gostava de ficar rodando lápis ou canetas, mas se eles não estivessem disponíveis na hora do jantar eu tentava usar o saleiro ou um faca. Devia saber que não podia rodar copos de leite..."

Sua mãe, como era de se esperar, adorava o fato dele nadar, porque queria que queimasse o máximo de energia possível.

Eles formam uma família muito próxima. Phelps abraçou sua mãe e suas duas irmãs depois de ganhar sua oitava medalha de ouro em Pequim. Foi uma façanha que ela diz que a deixou "muito, muito orgulhosa".

O MAIOR DE TODOS

Enquanto assistia seu filho se tornar, talvez, o maior atleta olímpico de todos os tempos, Debbie seguia dirigindo uma escola em Baltimore. Recentemente se juntou a um grupo de discussão no Facebook, dando conselhos para mães de crianças hiperativas (http://www.facebook.com/ADHDMoms).

Ela disse que o extraordinário foco na natação é comum para muitas crianças hiperativas, incapazes de permanecer sentadas por mais que alguns minutos na escola, por exemplo, mas dispostas a se dedicar inteiramente a algo que adoram fazer.

"Você descobre que as crianças hiperativas são muito criativas, muito determinadas, e que podem se concentrar, eintensamente, em algo que amem", disse Debbie.

"É muito importante permitir que as crianças provem todo tipo de coisas para que possam focar naquilo que gostem e tenha paixão em fazer."

Quanto à professora que disse que ele não faria nada importante? Debbie resiste à tentação de tripudiar, simplesmente dizendo "ela não entendia o Michael de jeito nenhum".


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Explicação de um portugês sobre o "c" em actor

Aprenda com esse português como é que se diz "principais tetas", se é que há tetas secundárias ou inferiores. 🤔 pic.twitter.com/E...