quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Distinção entre Testar, Medir e Avaliar. (meus artigos).


Há, algumas semanas atrás fiz uma enquete aqui em meu blog, sobre a distinção entre testar, medir e avaliar ( esta ilustração acima é a capa do livro). Veja o resultado. Ela foi realizada em 3 dias, e participaram 14 pessoas.

Você sabe a distinção entre avaliar, testar e medir?

sim
6 (42%)
não
8 (57%)

Veja abaixo um artigo sobre este tema, tão importante para o futuro pedagogo/a (como eu) e futuros professores.

Distinção entre Testar, Medir e Avaliar

Durante um certo tempo, o termo avaliar foi usado como sinônimo de medir. Isso aconteceu pricinpalmente na década de 40 devido ao aperfeiçoamento dos instrumentos de medida em educação, incluindo o grande impulso dado à elaboração de testes. Mas essa abordagem, que identificava avaliação com medida, logo deixou transparecer sua limitação; é que nem todos os aspectos da educação podem ser medidos.


A partir de 1960, o termo avaliação tornou a aparecer com destaque na literatura especializada, assumindo novas dimenções. Isso se deveu, principalmente, aos grupos de estudo que foram organizados nos Estados Unidos, nessa década, para elaborar e avaliar novos programas educacionais. Portanto, o termo "avaliar" voltou a destacar-se, primeiramente, na esfera da avaliação de currículo, expandindo-se depois para as demais áreas, como é o caso da avaliação do processo ensino- aprendizagem.
Afinal, qual a difrença entre esses três termos; testar, medir e avaliar?

Testar: significa submeter a um teste ou experiência, isto é, consiste em verificar o desempenho de alguém ou alguma coisa (um material, uma máquina etc.), através de situações previamente organizadas, chamadas testes. Atualmente, estes testes são empregados em larga escala na educação. Mas os educadores devem ter em mente os limites de sua utilização, pois nem todos os resultados do ensino podem ser medidos ou averiguados através de testes.

Há várias "espécies de comportamento desejado que representam objetivos educacionais e que não são facilmente avaliadas mediante testes com lápis e papel. Por exemplo, um objetivo como o ajustamento pessoal-social é avaliado com mais facilidade e de maneira mais válida pela observação de crianças em situações que envolvam relações sociais". (Ralph W. Tyler, Princípios básicos de currículoe ensino, p. 100).


Medir: significa determinar a quantidade, a extensão ou o grau de alguma coisa, tendo por base um sistema de unidades convencionais. na nossa vida diária estamos constantemente usando unidades medidas, tais como o metro, o litro, unidades de tempo (horas, minutos, segundos, meses, anos) etc. O resultado de uma medida é expresso em números, daí a sua objetividade e exatidão. A medida se refere sempre ao aspecto quantitativo do fênomeno a ser descrito. O teste é apenas um dentre os diversos instrumentos de mensuração existentes. No entanto, devido à sua objevitividade e praticidade, ele é um dos recursos de medida mais utilizados em educação.

"Mas, tal como os testes foram considerados insuficientes, assim também as medidas de um modo geral passaram a não satisfazer como instrumentos de verificação de aprendizagem, e por uma razão muito simples: nem todas as conseqüências educacionais são quantitativamente mensuráveis." ( Oyara Petersen Esteves, Testes, medidas e avaliação, p. 15).

Avaliar: é julgar ou fazer a apreciação de alguém ou alguma coisa, tendo como base uma escala de valores. Assim sendo, a avaliação consiste na coleta de dados quantitativos qualitativos e na interpretação desses resultados com base em citérios previamente definidos. Portanto, não é suficinete testar e medir, pois os resultados obtidos através desses instrumentos devem ser interpretados em termos de avaliação. podemos dizer que, enquanto a mesnsuração é, basicamente, um processo um processo descritivo(pois consiste em descrever quantitativamente
um fenômeno), a avaliação é um processo interpretativo (pois consiste num julgamento tendo como base padrões e critérios). Do ponto dde vista educacional, quando se fala apenas em testar e medir. a ênfase recai na aquisição de conhecimentos ou aptidões especifícas. Quando usamos o termo avaliar, porém, estamos nos referindo não apenas aos aspectos quantitativos da aprendizagem, mas também aos aspectos qualitativos, abrangendotanto a aquisição de conhecimentos e informações decorrentes dos conteúdos curriculares quanto as habilidades, interesses, atitudes, hábitos de estudos e ajustamento pessoal e social.
Portanto, esses três termos não são sinônimos, embora seus respectivos significados se justaponham. Na verdade, essesconceitos se completam, pois são diferentes no que se refere à sua significação. Medir é um termo mais amplo que testar, pois os testes constituem uma das formas de medida. Enquanto isso, avaliar apresenta um conceito mais abangente do que os outros dois, pois inclui a utilização tanto de instrumentos quantitativos como de dados qualitativos.



Tente fazer um mapa conceitual destes termos e suas distinções. E muito obrigado por sua visita.

Este artigo foi extraido, do livro de,

HAYDT, Regina Cazaux. Avaliação do Processo de Esnsino-Aprendizagem. São Paulo: Ática, 1988. p. 8-10.

Quer saber mais?
http://www.eduquenet.net/aprendiz.htm
http://www.icpg.com.br/artigos/rev01-08.pdf

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terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Diferença entre Didática e Metodologia. (meus artigos).

Gosto muito deste livro acima. E  resolvi escrever uma parte dele, aqui neste espaço.

Didática e Metodologia

Tanto a Didática como a Metodologia estudam os métodos de ensino. Há, no entanto, diferença quanto ao ponto de vista de cada uma.

A Metodologia estuda os métodos de ensino, classificando-os e descrevendo-os sem fazer juízo de valor.

A Didática, por sua vez, faz um jugamento ou uma crítica do valor dos métodos de ensino. 

Podemos dizer que a Metodologia nos dá juízos de realidade, e a Didática nos dá juízos de valor. Juízos de realidade são juízos descritivos e constatativos. Exemplos:

  • Dois mais dois são quatro.
  • Acham-se presentes na sala 50 alunos.

Juízos de valor são juízos que estabelecem valores ou normas. Exemplos:

  • A democracia é a melhor forma de governo.
  • Os velhos merecem nosso respeito.

A partir dessa diferenciação, concluímos que podemos ser metodologistas sem sermos didáticos, mas não podemos ser didáticos sem sermos metodologistas, pois não podemos julgar sem conhecer. Por isso, o estudo da Metodologia é importante por uma razão muito simples: para escolher o método mais adequado de ensino precisamos conhecer os métodos existentes.

Este texto foi extraido do livro,

PILETTI, Claudino. Didática Geral. 18ª ed. São Paulo: Ática, 1995. p. 43.

 Quer Saber Mais?

Didática Wikipédia.

A trajetória histórica da didática. 

JOSÉ CARLOS LIBÂNEO. Didática (resumo).

Pedagogia e didática: duas ciências independentes 

Centro de Referência Educacional. Didática.

HISTÓRIA DA DISCIPLINA DIDÁTICA GERAL EM UMA
ESCOLA DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES:
(RE) APROPRIAÇÃO DE DISCURSOS ACADÊMICOS
NOS ANOS DE 1980 E 1990

Algúns Slides.

from vlcamara, Estratégias Diferenciadas no Ensino

from neuronio, Didática De 1549 Ate Atualidade

Vídeos

avaunitins Didática e planejamento

graduacaounitins
 Currículo e Avaliação na Educação Infantil

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O lobo e a cegonha


O lobo e a cegonha

Um lobo devorou sua caça tão depressa, com tanto apetite, que acabou ficando com um osso entalado na garganta. Cheio de dor, o lobo começou a correr de um lado para outro soltando uivos, e ofereceu uma bela recompensa para quem tirasse o osso de sua garganta. Com pena do lobo e com vontade de ganhar o dinheiro, uma cegonha resolveu enfrentar o perigo. Depois de tirar o osso, quis saber onde estava a recompensa que o lobo tinha prometido.

- Recompensa? – berrou o lobo. – Mas que cegonha pechinchona! Que recompensa, que nada! Você enfiou a cabeça na minha boca e em vez de arrancar sua cabeça com uma dentada deixei que você a tirasse lá de dentro sem um arranhãozinho. Você não acha que tem muita sorte, seu bicho insolente! Dê o fora e se cuide para nunca mais chegar perto de minhas garras!

Moral: Não espere gratidão ao mostrar caridade para um inimigo.

Do livro: Fábulas de Esopo - Companhia das Letrinhas 

Fonte: http://www.metaforas.com.br/

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Sistema endócrino

Sistema endócrino

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Principais glândulas endócrinas. (Masculinas na esquerda, femininas na direita.) 1.Glândula pineal 2. Glândula pituitária 3. Glândula tireóide 4.Timo 5. Glândula supra-renal 6.Pâncreas 7. Ovário 8. Testículo9. tecido adiposo

Sistema endócrino é formado pelo conjunto de glândulas que apresentam como atividade característica a produção de secreções denominadas hormônios.

Freqüentemente o sistema endócrino interage com o sistema nervoso, formando mecanismos reguladores bastante precisos. O sistema nervoso pode fornecer ao sistema endócrino informações sobre o meio externo, enquanto que o sistema endócrino regula a resposta interna do organismo a esta informação. Dessa forma, o sistema endócrino em conjunto com o sistema nervoso atua na coordenação e regulação das funções corporais.

Alguns dos principais órgãos que constituem o sistema endócrino são: a hipófise, o hipotálamo, a tiróide, as supra-renais, o pâncreas, as gônadas (os ovários e os testículos) o tecido adiposo.

Em homens somente

Em mulheres somente

Veja também

Ligações externas


Veja abaixo uma aula sobre este tema.

Vestibulando Digital - Biologia I - Aula 15 (1 de 2)


Vestibulando Digital - Biologia I - Aula 15 (2 de 2)


Font dos vídeos: http://br.youtube.com/user/gilesons

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Temas Transversais.


Projeto - Textos - Temas Transversais

INTER-TRANSDISCIPLINARIDADE E TRANSVERSALIDADE

Instituto Paulo Freire/Programa de Educação Continuada

Os temas transversais dos novos parâmetros curriculares incluem Ética, Meio ambiente, Saúde, Pluralidade cultural e Orientação sexual. Eles expressam conceitos e valores fundamentais à democracia e à cidadania e correspondem a questões importantes e urgentes para a sociedade brasileira de hoje, presentes sob várias formas na vida cotidiana. São amplos o bastante para traduzir preocupações de todo País, são questões em debate na sociedade através dos quais, o dissenso, o confronto de opiniões se coloca.

Através da Ética, o aluno deverá entender o conceito de justiça baseado na equidade e sensibilizar-se pela necessidade de construção de uma sociedade justa, adotar atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças sociais, discutindo a moral vigente e tentando compreender os valores presentes na sociedade atual e em que medida eles devem ou podem ser mudados. Através do tema Meio-ambiente o aluno deverá compreender as noções básicas sobre o tema, perceber relações que condicionam a vida para posicionar-se de forma crítica diante do mundo, dominar métodos de manejo e conservação ambiental. A Saúde é um direito de todos. Por esse tema o aluno compreenderá que saúde é produzida nas relações com o meio físico e social, identificando fatores de risco aos indivíduos necessitando adotar hábitos de auto-cuidado. A Pluralidade cultural tratará da diversidade do patrimônio cultural brasileiro, reconhecendo a diversidade como um direito dos povos e dos indivíduos e repudiando toda forma de discriminação por raça, classe, crença religiosa e sexo. A orientação sexual, numa perspectiva social, deverá ensinar o aluno a respeitar a diversidade de comportamento relativo à sexualidade, desde que seja garantida a integridade e a dignidade do ser humano, conhecer seu corpo e expressar seus sentimentos, respeitando os seus afetos e do outro.Educação & trabalho.

Além desses temas, podem ser desenvolvidos os temas locais, que visam a tratar de conhecimentos vinculados à realidade local. Eles devem ser recolhidos a partir do interesse específico de determinada realidade, podendo ser definidos no âmbito do Estado, Cidade ou Escola. Uma vez feito esse reconhecimento, deve-se dar o mesmo tratamento que outros temas transversais.

3.1 - Como trabalhar com os temas transversais?

A transversalidade, bem como a transdisciplinaridade, é um princípio teórico do qual decorrem várias conseqüências práticas, tanto nas metodologias de ensino quanto na proposta curricular e pedagógica. A transversalidade aparece hoje como um princípio inovador nos sistemas de ensino de vários países. Contudo, a idéia não é tão nova. Ela remonta aos ideais pedagógicos do início do século, quando se falava em ensino global e do qual trataram famosos educadores, entre eles, os franceses Ovídio Decroly (1871-1932) e Celestin Freinet (1896-1966), os norte-americanos John Dewey (1852-1952) e William Kilpatrick (1871-1965) e os soviéticos Pier Blonsky (1884-1941) e Nadja Krupskaia (1869-1939).

O Método Decroly dos "centros de interesse" partia da idéia da globalização do ensino para romper com a rigidez dos programas escolares. Para ele, existem 6 centros de interesse que poderiam substituir os planos de estudo construídos com base em disciplinas: a) a criança e a família; b) a criança e a escola; c) a criança e o mundo animal; d) a criança e o mundo vegetal; e) a criança e o mundo geográfico; f) a criança e o universo. Os centros de interesse são uma espécie de idéias-força em torno das quais convergem as necessidades fisiológicas, psicológicas e sociais do aluno. Freinet e Paulo Freire, nesse sentido, partindo da leitura do mundo, do respeito à cultura primeira do aluno, buscaram desenvolver o aprendizado através da livre discussão dos temas geradores do universo vocabular do aluno.

O Método dos Projetos de Kilpatrick parte de problemas reais, do dia-a-dia do aluno. Todas as atividades escolares realizam-se através de projetos, sem necessidade de uma organização especial. Originalmente ele chamou de projeto à "tarefa de casa" ("home project") de caráter manual que a criança executava fora da escola. O projeto como método didático era uma atividade intencionada que consistia em os próprios alunos fazerem algo num ambiente natural, por exemplo, construindo uma casinha poderiam aprender geometria, desenho, cálculo, história natural etc. Kilpatrick classificou os projetos em quatro grupos: a) de produção, no qual se produzia algo; b) de consumo, no qual se aprendia a utilizar algo já produzido; c) para resolver um problema e d) para aperfeiçoar uma técnica. Quatro características concorriam para um bom projeto didático: a) uma atividade motivada por meio de uma conseqüente intenção; b) um plano de trabalho, de preferência manual; c) a que implica uma diversidade globalizada de ensino; d) num ambiente natural.

O Método dos Complexos de Blonsky, Pinkevich e Kupskaia busca levar à prática coletivamente o princípio da escola produtiva. Concentra todo o aprendizado em torno de três grandes grupos (complexos) de fenômenos: a Natureza, o Trabalho Produtivo e as Relações Sociais. Um grupo de educadores alemães (Braune, Krueger, Rauch) difundiu na Alemanha e Áustria o princípio da escola em comunidade de vida, isto é, a escola considerada como uma comunidade de vida e de trabalho, substituindo os planos e programas de estudo por temas globalizados de trabalho docente.

O princípio da interdisciplinaridade permitiu um grande avanço na idéia de integração curricular. Mas ainda a idéia central era trabalhar com disciplinas. Na interdisciplinaridade os interesses próprios de cada disciplina são preservados. O princípio da transversalidade e de transdisciplinaridade busca superar o conceito de disciplina. Aqui, busca-se uma intercomunicação entre as disciplinas, tratando efetivamente de um tema/objetivo comum (transversal). Assim, não tem sentido trabalhar os temas transversais através de uma nova disciplina, mas através de projetos que integrem as diversas disciplinas. Uma primeira experiência, ainda numa visão interdisciplinar, foi realizada durante a gestão de Paulo Freire na Secretaria de Educação de São Paulo e está narrada no livro Ousadia no diálogo: interdisciplinaridade na escola pública, organizada pela professora Nídia Nacib Pontuschka. O projeto foi implantado com a ajuda de professores da Universidade de São Paulo. Buscou-se capacitar o professor para trabalhar nessa nova metodologia de ensino que consiste basicamente no trabalho coletivo e no princípio de que as várias ciências devem contribuir para o estudo de determinados temas que orientam todo o trabalho escolar. Foi respeitada a especificidade de cada área do conhecimento, mas, para superar a fragmentação dos saberes procurou-se estabelecer e compreender a relação entre uma "totalização em construção" a ser perseguida e novas relações de colaboração integrada de diferentes especialistas que trazem a sua contribuição para a análise de determinado tema gerador sugerido pelo estudo da realidade que antecede a construção curricular.

Como trabalhar com projetos?

Projeto vem de projetar, projetar-se, atirar-se para a frente. Na prática, elaborar um projeto é o mesmo que elaborar um plano para realizar determinada idéia. Portanto, um projeto supõe a realização de algo que não existe, um futuro possível. Tem a ver com a realidade em curso e com a utopia possível, realizável, concreta. Dificilmente os integrantes de uma escola escolherão trabalhar num projeto da escola se ele não foi a extensão de seu próprio projeto de vida. Trabalhar com projetos na escola exige um envolvimento muito grande de todos os parceiros e supõe algo mais do que apenas assistir ou ministrar aulas.

Além do conteúdo propriamente dito de cada projeto, conta muito o processo de elaboração, execução e avaliação de cada projeto. O processo também produz aprendizagens novas. "A própria organização das atividades didáticas deve ser encarada a partir da perspectiva do trabalho com projetos. De fato, respostas a perguntas tão freqüentemente formuladas pelos alunos, em diferentes níveis, como "Para que estudar Matemática? E Português? E História? E Química?" não podem mais ter como referência o aumento do conhecimento ou da cultura, ou ainda, mais pragmaticamente, a aprovação nos exames. A justificativa dos conteúdos disciplinares a serem estudados deve fundar-se em elementos mais significativos para os estudantes, e nada é mais adequado para isso do que a referência aos projetos de vida de cada um deles, integrados simbioticamente em sua realização aos projetos pedagógicos das unidades escolares" (MACHADO,1997:75).

Como afirmou recentemente no IPF o professor da UNICAMP, Eduardo Chaves, o tema transversal fundante é a Ética. Não podemos apresentar esse tema como um vendedor de roupas que diz: tenho aqui camisas, calças, blusas e também roupas. A diversidade cultural, o meio ambiente, a sexualidade, o consumo etc são temas atravessados pela Ética. Ela não é um tema a mais. Ela é elemento constitutivo de todos os temas.

Como trabalhar com esse temas?

Apresentamos acima algumas alternativas. Estudos mais recentes estão apontando o método dos projetos como uma alternativa viável. Entre esses estudos destacamos o de Fernando Hernández (1998) que trata especificamente da "organização do currículo por projetos de trabalho". A proposta do autor está vinculada à perspectiva do conhecimento globalizado e relacional. "Essa modalidade de articulação dos conhecimentos escolares é uma forma de organizar a atividade de ensino e aprendizagem, que implica considerar que tais conhecimentos não se ordenam para sua compreensão de uma forma rígida, nem em função de algumas referências disciplinares preestabelecidas ou de uma homogeneização dos alunos. A função do projeto é favorecer a criação de estratégias de organização dos conhecimentos escolares em relação a: 1) o tratamento da informação, e 2) a relação entre os diferentes conteúdos em torno de problemas ou hipóteses que facilitem aos alunos a construção de seus conhecimentos, a transformação da informação procedente dos diferentes saberes disciplinares em conhecimentos próprios (...) Globalização e significatividade são, pois, dois aspectos essenciais que se plasmam nos Projetos. É necessário destacar o fato de que as diferentes fases e atividades que se devam desenvolver num Projeto ajudam os alunos a serem conscientes de seu processo de aprendizagem e exige do professorado responder aos desafios que estabelece uma estruturação muito mais aberta e flexível dos conteúdos escolares". (HERNÁNDEZ, 1998:61-64).

3.2 – O conceito de interdisciplinaridade

A interdisciplinaridade, como questão gnosiológica, surgiu no final do século passado, pela necessidade de dar uma resposta à fragmentação causada por uma epistemologia de cunho positivista. As ciências haviam-se dividido em muitas disciplinas e a interdisciplinaridade restabelecia, pelo menos, um diálogo entre elas, embora não resgatasse ainda a unidade e a totalidade do saber.

Desde então, o conceito de interdisciplinaridade vem se desenvolvendo também nas ciências da educação. Elas aparecem com clareza em 1912 com a fundação do Instituto Jean-Jacques Rousseau, em Genebra, por Edward Claparède, mestre de Piaget. Toda uma discussão foi travada sobre a relação entre as ciências mães e as ciências aplicadas à educação: por exemplo, a sociologia (da educação), a psicologia (da educação) etc. e noções correlatas foram surgindo, como intradisciplinaridade, pluridisciplinaridade e transdisciplinaridade.

A intradisciplinaridade‚ entendida, nas ciências da educação, como a relação interna entre a disciplina "mãe" e a disciplina "aplicada". O termo interdisciplinaridade, na educação, já não oferece problema, pois, ao tratar do mesmo objeto de ciência, uma ciência da educação "complementa" outra. Diga-se o mesmo quanto à pluridisciplinaridade. É a natureza do próprio fato/ato educativo, isto é, a sua complexidade, que exige uma explicação e uma compreensão pluridisciplinar. A interdisciplinaridade é uma forma de pensar. Piaget sustentava que a interdisciplinaridade seria uma forma de se chegar à transdisciplinaridade, etapa que não ficaria na interação e reciprocidade entre as ciências, mas alcançaria um estágio onde não haveria mais fronteiras entre as disciplinas.

Após a 2ª Guerra Mundial, a interdisciplinaridade aparece como preocupação humanista além da preocupação com as ciências. Desde então, parece que todas as correntes de pensamento se ocuparam com a questão da interdisciplinaridade:

1º - a teologia fenomenológica encontrou nesse conceito uma chave para o diálogo entre igreja e mundo;

2º - o existencialismo, buscando dar às ciências uma "cara humana";

3º - o neo-positivismo que buscava no interior do positivismo a solução para o problema da unidade das ciências;

4º - o marxismo que buscava uma via diferente para a restauração da unidade entre todo e parte.

O projeto de interdisciplinaridade nas ciências passou de uma fase filosófica (humanista) de definição e explicitação terminológica, na década de 70, para uma segunda fase (mais científica) de discussão do seu lugar nas ciências humanas e na educação, na década de 80. Atualmente, no plano teórico, busca-se fundar a interdisciplinaridade na ética e na antropologia, ao mesmo tempo que, no plano prático, surgem projetos que reivindicam uma visão interdisciplinar.

A interdisciplinaridade visa a garantir a construção de um conhecimento globalizante, rompendo com as fronteiras das disciplinas. Para isso, integrar conteúdos não seria suficiente. Seria preciso uma atitude e postura interdisciplinar. Atitude de busca, envolvimento, compromisso, reciprocidade diante do conhecimento.

A interdisciplinaridade se desenvolveu em diversos campos e, de certo modo, contraditoriamente, até ela se especializou, caindo na armadilha das ciências que ela queria evitar. Na educação ela teve um desenvolvimento particular. Nos projetos educacionais a interdisciplinaridade se baseia em alguns princípios, entre eles:

1o - Na noção de tempo: o aluno não tem tempo certo para aprender. Não existe data marcada para aprender. Ele aprende a toda hora e não apenas na sala de aula.

2º - Na crença de que é o indivíduo que aprende. Então, é preciso ensinar a aprender, a estudar etc. ao indivíduo e não a um coletivo amorfo. Portanto, uma relação direta e pessoal com a aquisição do saber.

3º - Embora apreendido individualmente, o conhecimento é uma totalidade. O todo é formado pelas partes, mas não é apenas a soma das partes. É maior que as partes.

4º - A criança, o jovem e o adulto aprendem quando têm um projeto de vida e o conteúdo do ensino é significativo para eles no interior desse projeto. Aprendemos quando nos envolvemos com emoção e razão no processo de reprodução e criação do conhecimento. A biografia do aluno é, portanto, a base do seu projeto de vida e de aquisição do conhecimento e de atitudes novas.

A metodologia do trabalho interdisciplinar implica em:

1º - integração de conteúdos;

2º - passar de uma concepção fragmentária para uma concepção unitária do conhecimento;

3º - superar a dicotomia entre ensino e pesquisa, considerando o estudo e a pesquisa, a partir da contribuição das diversas ciências;

4º - ensino-aprendizagem centrado numa visão de que aprendemos ao longo de toda a vida.

O conceito chegou ao final desse século com a mesma conotação positiva do início do século, isto é, como forma (método) de buscar, nas ciências, um conhecimento integral e totalizante do mundo frente à fragmentação do saber, e na educação, como forma cooperativa de trabalho para substituir procedimentos individualistas.

A ação pedagógica através da interdisciplinaridade aponta para a construção de uma escola participativa e decisiva na formação do sujeito social. O seu objetivo tornou-se a experimentação da vivência de uma realidade global, que se insere nas experiências cotidianas do aluno, do professor e do povo e que, na teoria positivista era compartimentada e fragmentada. Articular saber, conhecimento, vivência, escola comunidade, meio-ambiente etc. tornou-se, nos últimos anos, o objetivo da interdisciplinaridade que se traduz, na prática, por um trabalho coletivo e solidário na organização da escola. Um projeto interdisciplinar de educação deverá ser marcado por uma visão geral da educação, num sentido progressista e libertador.

A interdisciplinaridade deve ser entendida como conceito correlato ao de autonomia intelectual e moral. Nesse sentido a interdisciplinaridade serve-se mais do construtivismo do que serve a ele. O construtivismo é uma teoria da aprendizagem que entende o conhecimento como fruto da interação entre o sujeito e o meio. Nessa teoria o papel do sujeito é primordial na construção do conhecimento. Portanto, o construtivismo tem tudo a ver com a interdisciplinaridade.

A relação entre autonomia intelectual e interdisciplinaridade é imediata. Na teoria do conhecimento de Piaget o sujeito não é alguém que espera que o conhecimento seja transmitido a ele por um ato de benevolência. É o sujeito que aprende através de suas próprias ações sobre os objetos do mundo. É ele, enquanto sujeito autônomo, que constrói suas próprias categorias de pensamento ao mesmo tempo que organiza seu mundo, como costumava nos dizer, em Genebra, nosso mestre Piaget.

Fonte: http://www.inclusao.com.br/projeto_textos_48.htm

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segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

O PAPEL DA UNIVERSIDADE NO MUNDO CONTEMPORÂNEO


EDUCAÇÃO NA SOCIEDADE DE INFORMAÇÃO

O PAPEL DA UNIVERSIDADE NO MUNDO CONTEMPORÂNEO

Gilberto Teixeira (Prof.DoutorFEA/USP)
De acordo com Ortega y Gasset, a Universidade tem três funções: a primeira, a transmissão da cultura. A segunda, o ensino das profissões; a Universidade é profissional, a Universidade faz médicos, advogados, engenheiros, arquitetos, farmacêuticos, profesores, etc. Terceiro, essencilamente, mas em terceiro lugar, a pesquisa científica.
E tudo isso tem de ser feito com um critério de sobriedade, de austeridade. Deve ser ensinado somente o que os alunos podem aprender e não o que os professores desejam ensinar.
Tudo o mais é um gesto utópico e falso, só irá produzir uma universidade oca. É preciso partir do estudante, ele é o ponto de partida.
Naturalmente, quando se tem de aprender tudo, toma-se a decisão talves prudente de não se aprender nada, e esta é a conseqüência de se fazer as coisas em falso.
A Universidade, dizia Ortega, é a instituição na qual se ensina o estudante médio a ser um homem culto, neste sentido de cultura vital, e bom profissional. E a Universidade tem de ser, ainda, ciência. A Universidade tem de ser, além disso, investigação, que é o fenomeno sem o qual a Universidade não é o que é. A Universidade, dizia Ortega, é o intelecto que se faz instituição.
Certamente, essa não é uma má definição. Ortega propugna a intervenção da Universidade na sociedade, a a intervenção na atualidade, sim, mas como Universidade.
A Universidade não pode ser um sindicato nem um partido político: é uma Universidade. Se intervém na sociedade não como Universidade, é uma intervenção absolutamente estéril.
Esses pensamentos de Ortega foram emitidos em 1930, mas todos hão de concordar que são válido até nossos dias apesar de já ter transcorrido meio século.
Da mesma forma que hoje, naquela época já se falava do papel da Universidade como agente de reforma social, da rebelião estudantil e são bem atuais as palavras de Ortega a esse respeito: "Não se esqueçam: quando a gente diz que é preciso transformar tudo, é evidente que não queremos transformar nada; esta é a melhor forma de conformismo, porque não se pode transformar tudo. E, portanto, quem quer transformar tudo, está disposto a não transformar nada".
Passou-se meio século desde 1930.
O que ocorreu, durante todo este tempo, na Universidade? Ocorreram muitas coisas, mas diríamos que duas coisas das muitas que acontecem são fundamentais: uma, a politização da Universidade; a outra, seu crescimento, crescimento fabuloso, que significa a passagem a outra ordem de magnitude. Não se trata de mais estudantes e mais professores, de mais livros, mais prédios, salas de aula, mais cursos - não são mais, são muito mais. São tantos mais que o quantitativo já é o qualitativo; é uma mudança qualitativa e, portanto é outra Universidade.
E esse fenômeno é universal, não só no Brasil, ainda que aqui tenha repercutido de forma mais dolorosa.
A politização da Universidade ocorreu por exemplo na Alemanha a partir da ascenção do racismo.
Aí então, o racismo passou a imperar na interpretação antropológica do homem. Foi quando foram eliminados professores por serem judeus, ou por serem liberais, ou por serem católicos. Nesta cisrcunstância torna-se obrigação ensinar certas doutrinas que estão de acordo com uma determinada ideologia política. Isto é a politização da Universidade.
Da mesma forma no Brasil, após 1965, ocorreram embora em menor grau, cassações de professores por razões políticas.
Esse tipo de politização é gravíssima porque dele decorrem sequelas difíceis de remover sendo a pior delas o hábito de julgar o professor pelo conteúdo que ele ensina, enfim a perda da sagrada liberdade acadêmica. Esse hábito incorporou-se, continua até nossos dias acobertado pelo mento de autoritarismo que prevalece na careira e na hirarquia acadêmica.
A politização da Universidade com suas sequelas, dificultam quaquer tentativa de inovação e reforma interna.
Tratemos separadamente os dois temas. Há duas formas de politização. É curioso como as pequenas diferenças, que às vezes são essenciais, não são levadas em conta.
Há uma "politização na Universidade". Há outra "politização da Universidade". Vejamos o que entendemos por isso.
Existem situações históricas nas quais não há política em uma sociedade, não há atividades políticas, não há condutos para a vida política, não há partidos políticos, não há liberdade política, não há publicações políticas, não há eleições, não há maneiras legais de participação no poder, enfim não há propriamente vida política. Nesta cirscunstância, os que querem fazer política e fazem muito bem porque a política é necessária na vida de uma sociedade civilizada - fazem-na onde podem, fazem-na sempre que podem. Um dos lugares onde se pode fazê-la com menor risco e mais facilidade é na Universidade. A Universidade significa um recinto, mais ou menos isolado, de certo modo extenso, não facilmente controlável, cheio de pessoas jovens, e cheias de entusiasmo, talvez inflamáveis, em alguns momentos; até isso talves possa ser muito interessante, mas produz outro efeito. Despoja os jovens de algo que têm direito, que é uma Universidade, com a qual talvez consigam a vantagem de ter algum tipo de atividade política ou de participação política, mas às custas de não ter uma Universidade que realmente funcione. É muito grave. Mas, contudo, a politização da Universidade, não é dos piores males se considerarmos que pode ser a Universidade a única válvula para as tensões existentes. Quando há "politização na Universidade" sem que haja interferência externa sobre ela, seja julgando-se por motivos políticos, seja tentando mudar os conteúdos, essa politização não tem conseqüências graves.
O grave é a "politização da Universidade", isto é, aquela que atenta contra seus conteúdos.
Vejamos o segundo problema: a do crescimento da Universidade e suas consequências, transformando-a em uma nova Universidade.
O que justifica uma existência de uma Universidade? Ela consiste na convivência dos professores com os estudantes. A única coisa que justifica a Universidade é a existência de professores que pensam na frente dos alunos, que pensam com eles, para eles, em diálogo com eles. Isto é, professores que sejam capazes de produzir o contágio do pensamento. Nem mais, nem menos.
Bobagens diariam alguns, defensores radicais da tecnologia educacional como substituto da presença do professor; o professor é desnecessário, pode ser substituído pelo livro ou pelo computador. Mas isso não é suficiente, não basta. Não basta porque, o estímulo que significa a presença do professor não é transmitido pelo livro, nem pela máquina. Existe algo que é o pensamento em estado nascente, como muitos corpos químicos que são ativos quando em estado nascente. Pois existe o pensamento em estado nascente, o pensamento se fazendo, surgindo diante do estudante, com ele, em diálogo com ele. Esta é a única justificação do professor. Se não existe isso, ele está sobrando.
Na Universidade há também a presença de diferentes gerações, o que é muito salutar, embora nem sempre do agrado de certos professores.
Em geral o profesor é mais velho que os estudantes, um pouco mais ou muito mais. Faz-se na Universidade a experiência viva das gerações, das diferenças geracionais, dos diferentes estilos de vida que significam, das diferentes maneiras de falar, dos diferentes vocabulários e até de diferentes interpretações do que é cortesia e respeito.
Esta experiência é feita pelo professor, naturalmente, sucessivamente. Um professor que tenha 30, 40 anos de ensino, teve a oportunidade, de experimentar a mudança de duas, de três gerações e de inumeráveis turmas de estudantes, de variedades novas da espécie humana e sofreu também a experi6encia e enriqueceu sua vida com essas presenças se realmente aproveitou bem essa extraordinária oportunidade.
Pois é, a presença desses fermentos, desses modelos, desses exemplos de cada uma das maneiras de ser de pensar, de saber e de ignorar (o professor ignora inumeráveis coisas e tem o direito de ignorá-las, é claro; o importante é ver o que se sabe e o que se ignora) é essencial.
Este também o mais novo problema que a Universidade tem a enfrentar, a dosagem do saber. O que se sabe e o que não se sabe. O que se pode não saber. O que se tem o direito de ignorar. Na época atual, de crescimento realmente canceroso da bibliografia científica, ninguém pode conhecer tudo o que foi escrito sobre algum tema, ninguém pode conhecer sequer os títulos dos livros e artigos escritos sobre um assunto. Portanto, fingir o conhecimento da bibliografia sobre um tema é pura ficção e, por conseguinte, a impossibilidade exime do dever de conhecê-la; já que não pode conhecer, não há que conhecer. Mas não se pode fazer como se conhecesse.
E a Universidade continua vivendo como se estivéssemos em 1930, à margem da evolução da civilização, sem saber como enfrentar a massificação do ensino.
Reagindo contra ele e por ausência de ações criativas perdendo a qualidade e com isso perdendo a eficiência.
Se continuar ocorrendo essa perda de qualidade e eficiência estaremos nos sujeitando simplesmente à decadência.
A decadência é um fenômeno histórico que se verificou centenas de vezes, que tem em geral longas durações, às vezes longuíssimas; entra-se em uma decadência e se sai dela ao cabo de 40 anos ou ao cabo de 200. Nunca se sabe.
Se tivermos mais alguns anos de universidades inadequada, seremos um país de segunda ordem. Alguns dirão que já o somos.
É importante nos compenetrarmos que precisamos do presente com sua espessura, mas precisamos mais do que tudo de olhar para o futuro e não para o passado, como um agrupamento de saudosistas que parece estar envelhecendo antes do tempo.
Isso não significa que devemos desprezar o passado. Precisamos dele, mas como passado, só isso. Precisamos conhecê-lo, tê-lo lido e dos erros passados tirarmos as lições para o futuro. Não podemos é ser passado hoje, do mesmo modo que precisamos ter sido menino ou o adolescente que fomos.,.

Data de publicação no site: 28/03/2005

FONTE: http://www.serprofessoruniversitario.pro.br/ler.php?modulo=10&texto=574

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AS TÉCNICAS DE APRESENTAÇÃO ORAL


AS TÉCNICAS DE APRESENTAÇÃO ORAL

Gilberto Teixeira
(Prof. Doutor FEA/USP)
I – INTRODUÇÃO.

Todos nós, em algum momento de nossas vidas, fomos chamados a fazer uma apresentação na escola, em um contexto social ou profissional.
Na realidade, as exigências da “era da informação” tornam cada vez mais necessário e normal que tenhamos de fazer apresentações no contexto de nossas atividades profissionais e sociais.
Uma apresentação efetiva exige que sejamos capazes de nos comunicar e nos relacionar com outras pessoas.
Tratam‑se de técnicas elementares que, no entanto, não nos são ensinadas na escola ou durante nossa formação profissional.
II – OBJETIVOS DE UMA EXPOSIÇÃO ORAL
Normalmente uma exposição oral pode ter um ou mais dos quatro objetivos:
Þ informar os outros
Þ entreter os outros
Þ ensinar aos outros
Þ motivar ou outros
O objetivo de informar os outros E dar a eles informações ou conhecimentos básicos, geralmente sob forma de algum tipo de “mapa” cognitivo.
O objetivo de entreter os outros e criar uma experiência positiva ou colocar as pessoas em um “estado” positivo.
O objetivo de ensinar aos outros a fazer a ligação entre o conhecimento e a informação, usando comportamentos e experiências de referência importantes que serao necessários para colocar o conhecimento e a informação em prática.
O objetivo de motivar os outros e fornecer um contexto ou um incentivo que de significado ao conhecimento, às experiências a comportamentos, de tal forma que as pessoas sejam levadas a agir.
É claro que muitas apresentações podem incluir componentes de alguns ou de todos esses objetivos.
Embora as técnicas de Exposição Oral sejam importantes para todos os tipos de apresentações, o enfoque principal são as pessoas que devem fazer apresentações em contextos profissionais, em particular aquelas cujo escopo é o ensino e o treinamento, relacionadas a aprendizagem organizacional.
Embora isto, evidentemente, inclua instrutores e professores, também abrange gerentes, consultores e outros profissionais que precisam compartilhar conhecimento e informação.
A fim de acompanhar as rápidas mudanças da tecnologia e da sociedade, surgiu um novo conceito e compreensao da aprendizagem na organização.
Os avanços acelerados dos métodos de administração, tecnologia e gerenciamento tornaram claro que a capacidade de aprender, tanto no plano individual como no empresarial, é uma necessidade constante para que as empresas possam sobreviver e progredir.
As empresas e outros sistemas sociais começam a perceber que a aprendizagem de um sistema complexo exige organização e esforços contínuos.
Esta percepção ensejou o aparecimento do conceito da “organização que aprende”.
Uma efetiva “organização que aprende” é aquela que apoia o processo de aprendizagem em todas as suas dimensões ‑ incentivando a aprendizagem do aprendizado.
Isso pressupõe a compreensão e a valorização básicas ao processo de aprendizagem.
Uma efetiva organização que aprende precisa fornecer uma estrutura não apenas para os professores e alunos, mas para qualquer pessoa que esteja envolvida, dentro da empresa, nos contextos de aprendizagem.
De acordo com Peter Senge (1990), existem cinco “disciplinas” que precisam ser praticadas por todos os funcionários de uma empresa para que ela se torne, verdadeiramente, uma “organização que aprende”:
1. conscientização e análise de pressuposições e mapas mentais;
2. desenvolvimento das habilidades pessoais;
3. desenvolvimento da visão;
4. aprendizagem em equipe; e
5. pensamento sistemico.
Resumo das Técnicas de Apresentação Oral
Objetivos Gerais da Apresentação
Informar Þ Fornecer informações básicas e conhecimento
Entreter Þ Criar uma experiência positiva para as pessoas ou colocá‑las em um “estado” positivo
Ensinar Þ Relacionar o conhecimento e a informação a comportamentos a experiências de referência relevantes
Motivar Þ Fornecer um contexto ou incentivo que de significado aos comportamentos, experiências e conhecimento
O enfoque do curso didática do ensino de administração são as apresentações feitas com objetivo de treinamento e formação,
ou seja, relacionadas a aprendizagem dentro da
empresa ou da instituição de ensino.

Data de publicação no site: 28/03/2005


Fonte: http://www.serprofessoruniversitario.pro.br/ler.php?modulo=3&texto=51

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domingo, 7 de dezembro de 2008

Neurolingüística, você usa, mesmo não sabendo o que é.


Neurolingüística, você usa, mesmo não sabendo o que é.

Por: Deroní Sabbi

Um palestrante dirigiu-se a centenas de pessoas e disse:

- Existem dois tipo de pessoas no mundo. As que usam PNL e as que usam PNL(Programação Neurolingüística).

Fez-se um silêncio na platéia, alguns acharam que não haviam entendido, pois ali havia também pessoas que apenas haviam ouvido falar superficialmente no assunto.

Então ele repetiu: - Existem dois tipo de pessoas no mundo. As que usam PNL e as que usam PNL.
Mas o que é esta tal de PNL e porque no mundo inteiro se fala tanto dela? Porque tantas pessoas relatam mudanças de vida através de seu uso? Qual sua utilidade na prática? Boas perguntas. Vamos procurar respondê-las.

A Programação Neurolingüística(PNL) é uma ciência, uma espécie de manual do usuário do cérebro humano e como utilizá-lo para alcançar nossos objetivos pessoais, familiares e profissionais. Possibilita conhecer a estrutura do funcionamento da mente e como reprogramá-la através de uma linguagem que os neurônios possam entendê-lo e colocá-lo em prática. Serve para entender melhor as pessoas e a nós mesmos e comunicar-se de um jeito que funciona, para chegarmos onde queremos de uma forma que seja bom para todos. Tem sido utilizada em escolas do mundo todo, na prática do dia a dia de advogados, médicos, psicólogos, comerciantes, vendedores, pais e mães, jovens de todas as idades para obter mudanças que antes não pareciam possíveis antes. Serve para superar ansiedades, inseguranças, desenvolver habilidades de relacionamento, negociação e solução de conflitos. É uma ciência porque estes resultados se repetem em todos os lugares e cada vez mais. A pessoa aprende a conhecer suas emoções e seus pensamentos, como e porque reage de determinadas formas e como ter acesso a novas opções, novas alternativas mais ricas e significativas em seus relacionamentos, seus negócios e em sua vida como um todo.

A pessoa percebe como se dá o processo de aprendizagem de conteúdos e atitudes e como fazer para aprender mais em menos tempo, de maneira mais fácil e prazerosa. Aprende como usar a linguagem verbal e não verbal e fazer as perguntas certas para cada tipo de informação omitida e como fazê-las de maneira que o interlocutor manifeste cooperação ao responder. Mostra como fazer perguntas e contar histórias com o objetivo de ampliar a consciência de outras pessoas de maneira que abram a mente para novos caminhos mais produtivos, com melhores resultados e mais satisfação. Há meios específicos de funcionar para obter resultados e se tornar mais eficiente e pode-se aprender isto e aplicar em qualquer área da vida.

Um professor, por exemplo, poderá identificar como cada aluno aprende melhor observando o movimento dos olhos, que lhe dão indicações precisas de como estão processando as informações. Basta escutar uma ou duas frases para ver com clareza se devem enfatizar para aquele aluno as informações visuais, ou auditivas ou ainda ligadas às sensações, sentimentos ou significado. Um professor perceberá que se usar apenas um de três canais de comunicação, atingirá apenas um certo grupo de alunos enquanto outro ficará a ver navios porque o professor não usou a linguagem que eles entendem. Mas um professor que sabe falar todas as três linguagens será mais eficiente no ensino aprendizagem de qualquer conteúdo. Um pai ou mãe poderá influenciar mais fortemente e obter a colaboração de seu filho se usar os recursos que a PNL ensina, pois é freqüente o fato de que três filhos diferentes precisam de um jeito diferente para que cada um possa entender e ser influenciado da mesma forma. Se souber chegar do jeito que cada um gosta e entende, as portas se abrirão com mais facilidade.

Para alguns dizer isto é como falar grego, pois não tem uma experiência análoga para entender como se processa isto ou tem medo de se aventurarem no caminho das mudanças pois preferem continuar como estão, pois se sentem mais seguros num terreno conhecido. Você já comeu manga? Saberia como explicar como é o gosto de uma manga? Se lhe perguntasse isto talvez você me respondesse: - Só comendo pra saber. Com a PNL acontece o mesmo, só se pode saber pela experiência. É como tocar piano. Você pode ler centenas de livros sobre como se toca piano, mas só vai saber mesmo no momento em que sentar e colocar seus dedos nas teclas e experimentar, desenvolvendo aos poucos suas habilidades. Ler apenas pode dar uma idéia distante do que é isto. Uma única experiência de mudança lhe possibilitará uma compreensão centenas de vezes mais ampla. A crença positiva abrea as portas, pois atua sobre as capacidades e o comportamento, tornando-o criativo. É preciso acreditar que a mudança é possível, e que pode acontecer consigo, como acontece com os outros. E se permitir trilhar o caminho.
Dr. Deroní Sabbi - palestrante internacional, coach, psicólogo e escritor. Conheça nosso site: www.sabbi.com.br

Fonte: http://www.meuartigo.brasilescola.com/psicologia/neurolinguistica-voce-usa-mesmo-nao-sabendo-que-e.htm

SumaEconomica
Programação Neuro Linguística


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