terça-feira, 13 de novembro de 2018

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DE SOCIOLOGIA NO ENSINO MÉDIO TODO.

Conteúdo de Sociologia - 1º, 2º e 3º anos


GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ
SECRETARIA EXECUTIVA DE EDUCAÇÃO
DIRETORIA DE ENSINO
DEPARTAMENTO DE ENSINO MÉDIO

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DE SOCIOLOGIA
1º ANO – DO ENSINO MÉDIO

EIXO TEMÁTICO: SOCIOLOGIA E SOCIEDADE
I BIMESTRE
COMPETÊNCIA
HABILIDADES
1. UNIDADE I:
1. PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO HUMANO E FORMAÇÃO DO PENSAMENTO SOCIOLÓGICO.
1.1. A Revolução Industrial, formação das Ciências Sociais e o Surgimento da Sociologia como Ciência.


·         Compreender o conhecimento humano em particular aquele voltado para o estudo da realidade social, a partir do campo de atuação da sociologia e das demais Ciências Sociais na modernidade.
·         Conhecer os fundamentos da Sociologia relacionando com o surgimento do capitalismo.
·         Compreender a Sociologia como proposta de interferência na realidade social.
II BIMESTRE


2. A QUESTÃO DO MÉTODO SOCIOLÓGICO E AS PRINCIPAIS CORRENTES SOCIOLÓGICAS.
2.1. Augusto Comte e o pensamento positivista.
2.2. Émile Durkheim: O Fato Social, Coisa, Solidariedades e O Suicídio.
2.3. Max Weber: Ação Social, dominação
2.4. Karl Marx: Materialismo Histórico, mais-valia, lutas de classes, fetiche da mercadoria, desigualdade social.   
·         Identificar a realidade social como objeto de estudo científico, através dos princípios sociológicos como subsídio teórico-prático, para a interpretação das sociedades humanas.
·         Diferenciar as Ciências Humanas e Ciências Naturais. (Métodos Objeto e Tecnologia)







3. UNIDADE III:
3. Conceitos fundamentais de Sociologia
3.1. Entender o processo de socialização como fator de humanização.
3.2. A formação dos grupos humanos, suas inter-relações e transformações.
3.3. Contatos sociais, interação social, grupos sociais.
3.4. Comunidade, sociedades e controle social. (Diferenciar os significados de comunidade e sociedade a partir da noção de territorialidade, temporalidade, das relações interpessoais, da estrutura de poder e produção).
3.5. Instituições sociais e controle social - significado de instituição, o papel das instituições, principais instituições.
3.6. O controle social como princípio de normatização das relações interpessoais (moral e ética) e a crise dos valores na sociedade atual.

·         Compreender os principais conceitos sociológicos para a interpretação das relações entre os diferentes grupos humanos e suas sociedades e processos de socialização.
·         Identificar o processo de desenvolvimento das sociedades, segundo as relações de produção estabelecidas.
·         Analisar a função das principais instituições sociais e sua influência sobre o comportamento social dos indivíduos.
·         Compreender a Sociologia como uma produção do pensamento pelo qual se apreende e se interfere sua realidade social.
IV. BIMESTRE
CULTURA E IDEOLOGIA

1. DIVERSIDADE CULTURAL E IDEOLOGIA
1.1. A questão da diversidade e o direito à diferença.
1.2. Unidade humana e a identidade: o etnocentrismo.
1.3. Indústria Cultural e os Meios de Comunicação de Massa.
1.4. As várias concepções do conceito de ideologia.

·         Identificar as diversidades étnico-culturais e suas projeções no meio social.
·         Interpretar os impactos tecnológicos e suas conseqüências no mundo globalizado, evidenciando em especial os problemas e os desafios no contexto amazônico.
·         Compreender o conceito de cultura e ideologia e seu desenvolvimento, para a análise crítica da indústria cultural e suas implicações.
·         Identificar os conceitos e significados de alienação mediante uma concepção crítica do meio social.







REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
·     TOMAZI, Nelson. Sociologia para o Ensino Médio. 1 ed. SP. Atual, 2007
·     COSTA, Cristina. Sociologia: Introdução à Ciência da Sociedade. SP. Moderna. 1997
·     SANTOS, Pérsio. Introdução à Sociologia. Ed. Ática.
·     MEKSENAS. Paulo. Aprendendo Sociologia: A paixão de conhecer a vida. São Paulo. Ed. Loyola, 2001.
·     COSTA. Maria José Jackson. Sociologia na Amazônia: Debates Teóricos e Experiência de Pesquisa. Ed. 1ª. Ed. Edufpa(PA), 2001.



SUGESTÃO DE LEITURAS
·     COMTE. Augusto. Criador da Física Social. Lelita Oliveira Benoit, 144 pgs Ed. Moderna.
·     COMTE, Auguste. Discurso sobre o Espírito Positivo. Ed. Martins Fontes
·     Marx, Karl e ENGELS, Friedrich, Manifesto do Partido Comunista. 1848. Ed. Vozes.
·     Durkheim, Émile. As Regras do Método Sociológico, Editora: MARTINS FONTES
·     Durkheim, Emile. O SUICIDIO. Ed. Martins Pontes. 2007.
·     Weber, Max. Economia e Sociedade, Ed. Vozes. 1998.
·     SANTOS, Joel Rufino. O que é racismo? São Paulo. Brasiliense. 1996.
·     MARTINS. Carlos, B. O que é Sociologia? São Paulo. Ed. Brasiliense.
·     CHAUI, Marilena. O que é ideologia? São Paulo. Ed. Brasiliense.
·     IANNI, OCTÁVIO. Sociologia e Sociedade no Brasil. São Paulo. Alfa-ômega, 1978.
·     FERNANDES, Florestan. A Revolução Burguesa no Brasil: Ensaios de Interpretação Sociológica. SP. LTC. 1987
·     WEBER, Max. A Ética Protestante e Espírito do Capitalismo.
·     LARAIA, Rocque Barros. Cultura: um conceito antropológico. Ed. Vozes.
·     FREIRE, Gilberto. Casa Grande & Senzala, 47ª Ed. RJ: Global Editora
·     QUINTANEIRO, Tânia. (ORG) UM TOQUE DE CLASSE. UFMG, 2007

PERIÓDICOS:
Revista: Sociologia Ciência & Vida. Editora: Escala.


GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ
SECRETARIA EXECUTIVA DE EDUCAÇÃO
DIRETORIA DE ENSINO
DEPARTAMENTO DE ENSINO MÉDIO

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DE SOCIOLOGIA
2º ANO – DO ENSINO MÉDIO

EIXO TEMÁTICO: CULTURA E IDEOLOGIA
I BIMESTRE
COMPETÊNCIA
HABILIDADES
·     Cultura e dominação
     1.1. A questão do gênero.
     1.2. Ética, cidadania e as relações interpessoais.
     1.3. O multiculturalismo.


·         Compreender os aspectos sócio-culturais entre os diferentes grupos de indivíduos (a condição do homem, da mulher, do negro, do índio, etc. na sociedade)
·         Diferenciar o processo de construção das manifestações culturais na organização dos grupos humanos.
EIXO TEMÁTICO: SOCIOLOGIA, POLÍTICA E CIDADANIA
II BIMESTRE


Concepções de Estado e poder Político.
     2.1. O papel do Estado na formação da cidadania.
     2.2. Tipos de Estado (ditatorial, democrático e social-democrático, socialismo real).
     2.3. Modelo de Estados modernos e de economia contemporânea: Estado Liberal, Bem-Estar Social, neoliberalismo e socialismo.
     2.4. Globalização, neoliberal e neo-solidária.

·         Compreender a reestruturação do Estado dentro da economia e da política mundial.
·         Compreender as funções do Estado Moderno em relação as exigências do mercado Neoliberal.
·         Analisar as relações humanas sob as perspectivas do poder (micro e macro) e suas implementações na ordem política e econômica.



III  BIMESTRE


3. Organização social do trabalho, emprego, desemprego, subemprego e tempo livro.
·         Compreender as mudanças no mundo do trabalho, considerando a participação política dos indivíduos e dos grupos sociais na construção da plena cidadania.
·         Analisar as novas situações e impactos tecnológicos no cotidiano, discutindo a condição de homens e de mulheres e suas possibilidades de vida e de trabalho na sociedade atual



IV BIMESTRE


  1. Movimentos Sociais
4.1  Questões e Problemas Sociais da Contemporaneidade
      4.2. Violência: (física e simbólica)
      4.3. Marginalidade.
      4.4. Pedofilia.
      4.5. Massificação das drogas.

·         Compreender o processo de mobilização entre os indivíduos a partir da identificação de suas necessidades, problemas, interesses e conflitos.
·         Reconhecer os problemas sociais presentes na sociedade causados pelas novas relações sociais.

·         Explicar os avanços e as conquistas sociais alcançados através da conscientização e transformação da sociedade.
·         Analisar as conseqüências advindas da violência criando possibilidade de enfrentamento e prevenção.


REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
·     TOMAZI, Nelson. Sociologia para o Ensino Médio. 1 ed. SP. Atual, 2007
·     COSTA, Cristina. Sociologia: Introdução à Ciência da Sociedade. SP. Moderna. 1997
·     SANTOS, Pérsio. Introdução à Sociologia. Ed. Ática.
·     MEKSENAS. Paulo. Aprendendo Sociologia: A paixão de conhecer a vida. São Paulo. Ed. Loyola, 2001.
·     COSTA. Maria José Jackson. Sociologia na Amazônia: Debates Teóricos e Experiência de Pesquisa. Ed. 1ª. Ed. Edufpa(PA), 2001.




SUGESTÃO DE LEITURAS
·     COMTE. Augusto. Criador da Física Social. Lelita Oliveira Benoit, 144 pgs Ed. Moderna.
·     COMTE, Auguste. Discurso sobre o Espírito Positivo. Ed. Martins Fontes
·     Marx, Karl e ENGELS, Friedrich, Manifesto do Partido Comunista. 1848. Ed. Vozes.
·     Durkheim, Émile. As Regras do Método Sociológico, Editora: MARTINS FONTES
·     Durkheim, Emile. O SUICIDIO. Ed. Martins Pontes. 2007.
·     Weber, Max. Economia e Sociedade, Ed. Vozes. 1998.
·     SANTOS, Joel Rufino. O que é racismo? São Paulo. Brasiliense. 1996.
·     MARTINS. Carlos, B. O que é Sociologia? São Paulo. Ed. Brasiliense.
·     CHAUI, Marilena. O que é ideologia? São Paulo. Ed. Brasiliense.
·     IANNI, OCTÁVIO. Sociologia e Sociedade no Brasil. São Paulo. Alfa-ômega, 1978.
·     FERNANDES, Florestan. A Revolução Burguesa no Brasil: Ensaios de Interpretação Sociológica. SP. LTC. 1987
·     WEBER, Max. A Ética Protestante e Espírito do Capitalismo.
·     LARAIA, Rocque Barros. Cultura: um conceito antropológico. Ed. Vozes.
·     FREIRE, Gilberto. Casa Grande & Senzala, 47ª Ed. RJ: Global Editora
·     QUINTANEIRO, Tânia. (ORG) UM TOQUE DE CLASSE. UFMG, 2007

PERIÓDICOS:
Revista: Sociologia Ciência & Vida. Editora: Escala.
























GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ
SECRETARIA EXECUTIVA DE EDUCAÇÃO
DIRETORIA DE ENSINO
DEPARTAMENTO DE ENSINO MÉDIO

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DE SOCIOLOGIA
3º ANO – DO ENSINO MÉDIO

EIXO TEMÁTICO: SOCIOLOGIA E SOCIEDADE
I BIMESTRE
COMPETÊNCIA
HABILIDADES
1. A história da formação do pensamento sociológico brasileiro
1.1. A década de 30 e o surgimento da análise sociológica brasileira.
1.2. A contribuição dos teóricos brasileiros.



·         Compreender a realidade brasileira a partir da investigação sociológica dos aspectos sociais, políticas,  econômicas e culturais, resgatando a contribuição dos sociólogos brasileiros.
·         Analisar a atuação dos principais sociólogos brasileiros nas problematizações sociais e o seu papel como agentes de mudança social.
EIXO TEMÁTICO: CULTURA E IDEOLOGIA
II BIMESTRE


 2. A questão do método de investigação científica e a pesquisa social.
2.1. Os valores sociais enquanto instrumento de manutenção ou transformação da sociedade.
2.2. A questão religiosa.
2.3. O problema étnico-racial.

·         Identificar através do estudo da sociologia as questões humanas como objeto de pesquisa científica.
·         Explicar através da metodologia científica os procedimentos utilizados pela pesquisa sociológica na investigação dos fenômenos sociais.
·         Estabelecer as relações entre conhecimentos teóricos e as práticas sociais.






EIXO TEMÁTICO: SOCIOLOGIA, POLÍTICA E CIDADANIA
III  BIMESTRE


3. Problemática da dependência versusdesenvolvimento
3.1. A questão da Amazônia: soberania, internacionalização e sustentabilidade.
3.1.2. Ecologia, biodiversidade e bioética.


·         Interpretar os aspectos sócio-ambientais na região amazônica e suas implicações nas atuais demandas internacionais.
·         Analisar criticamente o papel da Amazônia enquanto fronteiro de capital.
·         Buscar novas formas de intervenção na relação homem versus natureza.



IV BIMESTRE


4. Tecnologia e sociedade
4.1. Como a tecnologia está transformando as relações sociais.
4.2. Internet e outros meios de comunicação de massa.
4.3. Tecnologia estético-corporal e o consumismo

·         Compreender a utilização das novas tecnológicas e sua interferência no cotidiano.
·         Diferenciar as várias formas de tecnologia e suas influências na dinâmica social.



5 Modernidade e Sociedade
(sugestão de conteúdo)

v   A modernidade enquanto projeto civilizatório (a ruptura com o saber teológico: o humanismo do século XVI e o Iluminismo do século XVIII como momentos iniciais de construção de uma nova proposta civilizatória).
v   A modernidade social: os direitos civis, políticos, sociais, solidários e a questão da cidadania; a racionalidade do Estado e o Direito; a secularização dos valores, costumes, concepções de mundo e o desenvolvimento da ciência.
v   A modernidade como emancipação subjetiva e histórica do ser humano.
v   A razão instrumental: o homem pensado na dimensão econômica e material.
v   A razão emancipadora:.o homem pensado na dimensão da sua liberdade e cidadania.
·          





REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
·     TOMAZI, Nelson. Sociologia para o Ensino Médio. 1 ed. SP. Atual, 2007
·     COSTA, Cristina. Sociologia: Introdução à Ciência da Sociedade. SP. Moderna. 1997
·     SANTOS, Pérsio. Introdução à Sociologia. Ed. Ática.
·     MEKSENAS. Paulo. Aprendendo Sociologia: A paixão de conhecer a vida. São Paulo. Ed. Loyola, 2001.
·     COSTA. Maria José Jackson. Sociologia na Amazônia: Debates Teóricos e Experiência de Pesquisa. Ed. 1ª. Ed. Edufpa(PA), 2001.



SUGESTÃO DE LEITURAS
·     COMTE. Augusto. Criador da Física Social. Lelita Oliveira Benoit, 144 pgs Ed. Moderna.
·     COMTE, Auguste. Discurso sobre o Espírito Positivo. Ed. Martins Fontes
·     Marx, Karl e ENGELS, Friedrich, Manifesto do Partido Comunista. 1848. Ed. Vozes.
·     Durkheim, Émile. As Regras do Método Sociológico, Editora: MARTINS FONTES
·     Durkheim, Emile. O SUICIDIO. Ed. Martins Pontes. 2007.
·     Weber, Max. Economia e Sociedade, Ed. Vozes. 1998.
·     SANTOS, Joel Rufino. O que é racismo? São Paulo. Brasiliense. 1996.
·     MARTINS. Carlos, B. O que é Sociologia? São Paulo. Ed. Brasiliense.
·     CHAUI, Marilena. O que é ideologia? São Paulo. Ed. Brasiliense.
·     IANNI, OCTÁVIO. Sociologia e Sociedade no Brasil. São Paulo. Alfa-ômega, 1978.
·     FERNANDES, Florestan. A Revolução Burguesa no Brasil: Ensaios de Interpretação Sociológica. SP. LTC. 1987
·     WEBER, Max. A Ética Protestante e Espírito do Capitalismo.
·     LARAIA, Rocque Barros. Cultura: um conceito antropológico. Ed. Vozes.
·     FREIRE, Gilberto. Casa Grande & Senzala, 47ª Ed. RJ: Global Editora
·     QUINTANEIRO, Tânia. (ORG) UM TOQUE DE CLASSE. UFMG, 2007

PERIÓDICOS:
Revista: Sociologia Ciência & Vida. Editora: Escala.


FONTE http://planodegestaodoensinomedio.blogspot.com/2011/08/conteudo-de-sociologia-1-2-e-3-anos.html
Obrigado pela visita, volte sempre.

Sugestões de temas para aulas de Filosofia no Ensino Médio todo.



Ementas de Filosofia para o 1º, 2º e 3º Anos do Ensino Médio


E E M ELIÉZER DE FREITAS GUIMARÃES

PLANO DE ENSINO - 2013

1. IDENTIFICAÇÃO:
Área de Conhecimento: Ciências Humanas
Série: 1º Ano
Disciplina: Filosofia
Professor: Evando

2. EMENTA
Introdução a Metodologia do Trabalho Científico. Introdução aos estudos filosóficos: conceito de filosofia, principais fases de sua história e os problemas que a determinaram, sua importância para se entender os fundamentos do conhecimento humano.

3. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
 ·Metodologia do Trabalho Científico aplicado ao Ensino Médio;
 ·Filosofia? O que significa?;
 ·Um cara conversador;
 ·Espanto, Filosofia e vida cotidiana;
 ·O ato de refletir;
 ·É mito?;
 ·A experiência filosófica;
 ·A consciência mítica;
 ·O nascimento da Filosofia;
 ·A filosofia pré-socrática;
 ·Os sofistas: a arte de argumentar;
 ·Os sofistas e a retórica;
 ·Sócrates e o conceito;
 ·Platão: o mundo das ideias;
 ·A teoria política de Platão;
 ·A concepção científica de Platão;
 ·Aristóteles: a metafísica;
 ·A teoria política de Aristóteles;
 ·A concepção científica de Aristóteles;
 ·A reflexão ética grega;
 ·A arte grega e o conceito de naturalismo;
 ·A Filosofia Helenista: Hedonismo, Estoicismo, Epicurismo, Pirronismo e Cinismo;
 ·A ética helenista;
 ·A filosofia medieval: razão e fé;
 ·Agostinho, bispo de Hipona;
 ·A escolástica: Tomás de Aquino;

4. AVALIAÇÃO
 ·Processual, somativa e cumulativa;
 ·NDI (frequência, participação e atividades) como nota parcial;
 ·ADG (prova bimestral com 10 questões de múltipla escolha);
 ·Seminários;
 ·Comentário sobre temas expostos no blog www.professorevandofilosofia.blogspot.com (nota parcial);
 ·Projetos aplicados pela disciplina de Filosofia e pela Área de Ciências Humanas e suas Tecnologias;

5. BIBLIOGRAFIA:
ARANHA, Maria Lucia de Arruda e MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: Introdução à Filosofia. 4. Ed. São Paulo: Moderna, 2009.
GAARDER, Jostein. O Mundo de Sofia: romance da história da filosofia. São Paulo: Companhia das Letras, 1955.
OS PENSADORES.São Paulo: Abril Cultural (algumas reedições pela Nova Cultural).






E E M ELIÉZER DE FREITAS GUIMARÃES


PLANO DE ENSINO - 2013

1. IDENTIFICAÇÃO:
Área de Conhecimento: Ciências Humanas
Série: 2º Ano
Disciplina: Filosofia
Professor: Evando

2. EMENTA
Introdução a Metodologia do Trabalho Científico. Teoria do Conhecimento. Antropologia Filosófica. Filosofia das Ciências.

3. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:

 ·Metodologia do Trabalho Científico aplicado ao Ensino Médio;
 ·O que podemos conhecer?;
 ·A busca da verdade;
 ·A metafísica da modernidade;
 ·A crítica à metafísica;
 ·A metafísica da modernidade;
 ·A crise da razão;
 ·Antropologia Filosófica: natureza e cultura;
 ·Linguagem e pensamento;
 ·Em busca da felicidade;
 ·Ciência, Tecnologia e Valores;
 ·A revolução científica do século XVII;
 ·O método das ciências humanas;

4. AVALIAÇÃO
 ·Processual, somativa e cumulativa;
 ·NDI (frequência, participação e atividades) como nota parcial;
 ·ADG (prova bimestral com 10 questões de múltipla escolha);
 ·Seminários;
 ·Comentário sobre temas expostos no blog www.professorevandofilosofia.blogspot.com (nota parcial);
 ·Projetos aplicados pela disciplina de Filosofia e pela Área de Ciências Humanas e suas Tecnologias;

5. BIBLIOGRAFIA:

ARANHA, Maria Lucia de Arruda e MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: Introdução à Filosofia. 4. Ed. São Paulo: Moderna, 2009.
GAARDER, Jostein. O Mundo de Sofia: romance da história da filosofia. São Paulo: Companhia das Letras, 1955.
OS PENSADORES.São Paulo: Abril Cultural (algumas reedições pela Nova Cultural).





E E M ELIÉZER DE FREITAS GUIMARÃES


PLANO DE ENSINO - 2013

1. IDENTIFICAÇÃO:
Área de Conhecimento: Ciências Humanas
Série: 3º Ano
Disciplina: Filosofia
Professor: Evando

2. EMENTA
Introdução a Metodologia do Trabalho Científico. Ética. Filosofia Política. Estética. Filosofia Contemporânea no Brasil.

3. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
 ·Metodologia do Trabalho Científico aplicado ao Ensino Médio;
 ·Entre o bem e o mal;
 ·Ninguém nasce moral;
 ·Podemos ser livres?;
 ·Teorias éticas;
 ·Política: para quê?;
 ·Direitos humanos;
 ·A política normativa;
 ·Autonomia da política;
 ·Liberalismo e democracia;
 ·As teorias socialistas;
 ·O liberalismo contemporâneo;
 ·Filosofia Contemporânea no Brasil.

4. AVALIAÇÃO
 ·Processual, somativa e cumulativa;
 ·NDI (frequência, participação e atividades) como nota parcial;
 ·ADG (prova bimestral com 10 questões de múltipla escolha);
 ·Seminários;
 ·Comentário sobre temas expostos no blog www.professorevandofilosofia.blogspot.com (nota parcial);
 ·Projetos aplicados pela disciplina de Filosofia e pela Área de Ciências Humanas e suas Tecnologias;

5. BIBLIOGRAFIA:

ARANHA, Maria Lucia de Arruda e MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: Introdução à Filosofia. 4. Ed. São Paulo: Moderna, 2009.
GAARDER, Jostein. O Mundo de Sofia: romance da história da filosofia. São Paulo: Companhia das Letras, 1955.
OS PENSADORES.São Paulo: Abril Cultural (algumas reedições pela Nova Cultural).


Obrigado pela visita, volte sempre.

quinta-feira, 8 de novembro de 2018

A teoria marxista da exploração não faz nenhum sentido






É sabido que Marx popularizou a ideia de que os capitalistas exploram os trabalhadores apropriando-se de uma parte de seu trabalho.  O argumento, quando despido de toda o seu linguajar pomposo, é relativamente simples: segundo Marx, as mercadorias produzidas pelos trabalhadores são vendidas por um valor que é igual ao tempo de trabalho socialmente necessário para produzi-las; sendo assim, em um mundo justo, cada trabalhador deveria ganhar um salário equivalente ao fruto integral de seu trabalho, isto é, equivalente ao valor exato da mercadoria que ele produziu.
Consequentemente, o capitalista, que não efetua trabalho físico, retém para si uma parte do valor desses bens que os trabalhadores produziram, e ele consegue fazer isso graças ao seu monopólio dos meios de produção (os quais, vale dizer, são bens complementares indispensáveis ao trabalhador, sem os quais os trabalhadores nada conseguiriam produzir).
Falando mais especificamente, o capitalista remunera o trabalho com $100 (D), esse trabalho gera mercadorias (M), e essas mercadorias são vendidas por $120 (D').  Segundo Marx, isso só é possível de ocorrer porque há uma parte do trabalho que não foi remunerada pelo capitalista (D'-D), mas que de fato produziu mercadorias com um valor de troca. 
Essa diferença é justamente a mais-valia, que é a mensuração exata da "exploração laboral" — ou seja, o trabalhador prestou um serviço para o capitalista e não obteve a devida remuneração.
A solução de Marx?  Confiscar os meios de produção da burguesia e repassá-los aos trabalhadores para que estes possam reter o produto integral do seu trabalho sem que haja intermediários capitalistas que se apropriam de parte do suor de seu rosto.
Há vários problemas com essa teoria marxista.  Em primeiro lugar, ela parte do princípio de que todo o valor de troca de uma mercadoria depende exclusivamente do trabalho incorrido em sua produção, e não de sua utilidade marginal; o fato de que o valor de um bem é totalmente subjetivo é ignorado pela teoria.  Há também uma questão ainda mais problemática, que é a natureza distorcida que Marx atribui ao capital: Marx assume que o valor do capital (por exemplo, o valor de uma máquina utilizada na produção de uma mercadoria) também é determinado pelo trabalho que foi incorrido em sua produção, e que o valor desse capital se transforma, em função de sua depreciação, no valor da mercadoria final; trata-se de uma espécie de contabilidade de custos que se dá de acordo com o tempo de trabalho utilizado.
Eis um exemplo dessa teoria.  Se uma impressora de livros tem um preço de 100 onças de ouro (porque o tempo de trabalho necessário para fabricá-la foi equivalente a 100 onças de ouro), e supondo-se que ela possa imprimir 1.000 livros, então o valor que ela irá imputar a cada livro será, segundo a teoria, de 0,1 onça de ouro.
No entanto, na prática, as coisas funcionam exatamente ao contrário: é justamente porque os consumidores estão dispostos a pagar pelo menos 0,1 onça de ouro por cada livro, que a impressora poderá ter um valor de mercado de 100 onças de ouro.  Se, no entanto, os consumidores passarem a desejar menos livros impressos e passarem a desejar mais livros eletrônicos, então essa mesma impressora — ainda que o tempo de trabalho socialmente necessário para fabricá-la seja o mesmo, e ainda que os consumidores sigam demandando livros impressos (só que agora em menor quantidade) —  irá se depreciar enormemente.
Estabelecida a correta relação entre o preço dos bens de consumo e o preço dos bens de capital, a questão seguinte passa a ser: dado que uma impressora pode imprimir durante os próximos dez anos 1.000 livros com um valor de mercado de 0,1 onça de ouro cada um, por que então a impressora jamais custará 100 onças de ouro, mas sim muito menos?
Ignoremos os eventuais custos subjacentes, pois não é aí que está a dificuldade, e concentremo-nos na questão principal: por que ninguém pagaria hoje 100 onças de ouro por um ativo apenas para receber de volta, ao longo dos próximos dez anos, essas mesmas 100 onças?
Ou ainda mais completo: por que ninguém pagaria hoje 100 onças de ouro por um ativo apenas para receber de volta (ou talvez nem mesmo receber nada), ao longo dos próximos dez anos, essas mesmas 100 onças?
A resposta é simples: porque 100 onças de ouro hoje não têm o mesmo valor que 100 onças de ouro no futuro.  As 100 onças de ouro que você  possui hoje são muito mais valiosas do que 100 onças de ouro que você talvez venha a ter no futuro.
As onças de ouro em sua posse hoje representam uma capacidade de satisfazer imediatamente eventuais necessidades que possam surgir, ao passo que as onças de ouro a serem eventualmente recebidas apenas no futuro (e há a chance de que isso nem ocorra) não conferem essa mesma segurança e nem muito menos essa mesma capacidade. 
Uma coisa é gastar 100 onças de ouro hoje adquirindo bens de consumo; outra coisa, completamente distinta, é gastar essas mesmas 100 onças em um investimento que nos permitirá recuperá-las apenas ao longo dos anos.  Sendo assim, o lógico é que compremos a impressora hoje por, digamos, 90 onças de ouro com o intuito de receber 100 onças ao longo dos próximos dez anos — sempre correndo o risco de que tal retorno pode não se concretizar.
No entanto, se o capitalista compra por 90 para receber 100, então ele está obtendo mais-valia.  Só que esta mais-valia não está vinculada à exploração do trabalhador, mas sim ao tempo que o capitalista tem de esperar para auferir essa receita e ao risco que ele tem de assumir ao incorrer nesse processo produtivo.  Dito de outra maneira, assim como a mão-de-obra é um fator de produção, o tempo e o risco também o são (se não estamos dispostos a esperar e a assumir riscos, não há como haver produção, por maior que seja a quantidade de trabalho abstrato em que incorramos).
Dado que o capital que é adiantado na forma de salários e na forma de maquinário para os trabalhadores supõe também uma espera e uma assunção de riscos para o capitalista, não seria mais correto dizer que a "mais-valia" do capitalista advém não de um assalto ao trabalhador, mas sim da remuneração desses fatores de produção (tempo e risco)?
Ademais, segundo Marx, bens que requerem o mesmo tempo de trabalho — seja o tempo de trabalho prestado diretamente pelo trabalhador ou o tempo de trabalho incorrido na fabricação dos meios de produção utilizados — para serem produzidos deverão possuir o mesmo valor de troca, e, portanto, o mesmo preço.  (Vale notar que, na teoria de Marx, preço e valor de troca só coincidem quando os trabalhadores são donos dos meios de produção.)  Mas isso simplesmente não faz nenhum sentido.
Suponha que, para se produzir 100.000 toneladas de trigo são necessários 50 anos de trabalho, e que para se construir uma casa também são necessários 50 anos de trabalho.  Segundo Marx, desconsiderando-se oscilações de curto prazo, ambos os produtos deveriam ter o mesmo preço — por exemplo, 1.000 onças de ouro.
Logo, se um trabalhador tem 100.000 toneladas de trigo, e outro trabalhador tem uma casa, ambos poderão trocar estes bens entre si.  No entanto, a questão essencial é outra: será que devemos supor que o trabalhador em posse das 100.000 toneladas de trigo está disposto a trocá-las pelo direito de receber uma casa daqui a 50 anos?
(Lembre-se que, segundo Marx, a transação é idêntica: o que está sendo trocado são apenas tempos de trabalho.  No entanto, em um caso, o fruto de trabalho de 50 anos já está disponível (100.000 toneladas de trigo); no outro, a pessoa terá de esperar 50 anos para receber seu bem.)
A resposta é um óbvio não.  Uma coisa é uma casa já produzida ser trocada por 100.000 toneladas de trigo também já produzidas.  Isso pode perfeitamente ocorrer.  Outra coisa, completamente distinta, é imaginar que essas 100.000 toneladas de trigo serão trocadas hoje por uma casa que só estará disponível daqui a 50 anos.  Tal troca não irá ocorrer simplesmente porque ter uma casa hoje não tem o mesmo valor do que ter uma casa somente daqui a 50 anos. 
Somente estaremos dispostos a comprar a promessa de entrega da moradia se obtivermos um desconto muito grande em seu preço.  Por exemplo, se uma casa já construída vale 1.000 onças de ouro, uma casa a ser entregue somente daqui a 50 anos valerá, digamos, 200 onças de ouro.  Essa mais-valia (pagar 200 hoje para receber 1.000 em 50 anos) é exatamente a taxa de juros (matematicamente, equivale a uma taxa anual média de 2,8%).
Utilizando esse mesmo raciocínio, podemos concluir que os capitalistas adiantam bens presentes (salários) aos trabalhadores em troca de receber, quando o processo de produção estiver finalizado, bens futuros.  Existe necessariamente uma diferença de valor entre os bens presentes dos quais os capitalistas abrem mão e os bens futuros que eles receberão (se é que receberão).  E essa diferença de valor é a mais-valia.  A mais-valia, portanto, não é a apropriação de um tempo de trabalho não-remunerado, mas sim o juro derivado do tempo de espera e do risco assumido até que o processo produtivo esteja concluído.
São muitas as pessoas que não entendem corretamente esse conceito de que os capitalistas adiantam bens presentes para receber, após muito tempo, bens futuros.  No entanto, basta verificar os balancetes de qualquer empresa para verificar esse fenômeno.  Por exemplo, a General Electric investiu (adiantou) US$685 bilhões para recuperar, na forma de fluxo de caixa anual, aproximadamente US$35 bilhões.  Ou seja, os capitalistas da GE abriram mão de US$685 bilhões (e seu equivalente em bens de consumo que eles poderiam ter adquirido no presente) para receber, anualmente, uma receita de US$35 bilhões.  Nesse ritmo, serão necessários 20 anos apenas para recuperar todo o capital adiantado. 
A pergunta é: os capitalistas que adiantam $685 bilhões — que se abstêm de consumi-los e que incorrem em risco para recuperá-los — não deveriam receber nenhuma remuneração por isso?  Será que durante os próximos 20 ou 30 anos eles deveriam se contentar apenas em recuperar — isso se tudo der certo — tão-somente os $685 bilhões de que abriram mão, sem receber nenhuma remuneração pelo seu tempo de espera e pelo risco em que incorreram?
Em suma, você realmente acredita que ter $1.000 hoje é o mesmo que ter $1.000 apenas daqui a 500 anos (e assumindo zero de inflação de preços), mesmo que ambos os valores contenham o mesmo tempo de trabalho?
Pois é exatamente esse o raciocínio por trás de toda a análise marxista da exploração.  O que há de errado, portanto, com a teoria da exploração de Marx é que ele não compreende o fenômeno da preferência temporal como uma categoria universal da ação humana.
Os capitalistas, ao adiantarem seu capital e sua poupança para todos os seus fatores de produção (pagando os salários da mão-de-obra e comprando maquinário), esperam ser remunerados pelo tempo de espera e pelo risco que assumem.  Por outro lado, os trabalhadores, ao receberem seu salário no presente, estão trocando a incerteza do futuro pelo conforto da certeza do presente.
O fato de o trabalhador não receber o "valor total" da produção futura não tem nada a ver com exploração; simplesmente reflete o fato de que é impossível o homem trocar bens futuros por bens presentes sem que haja um desconto.  O pagamento salarial representa bens presentes, ao passo que os serviços de sua mão-de-obra representam apenas bens futuros.
A relação trabalhista, longe de ser uma situação de exploração, é apenas uma relação de troca entre bens presentes (o capital do capitalista) por bens futuros (os bens que serão produzidos pelos trabalhadores e pelo maquinário utilizado, e que só estarão disponíveis no futuro).
Böhm-Bawerk expressou tudo isso de maneira bem mais resumida: "Parece-me justo que os trabalhadores cobrem o valor integral dos frutos futuros do seu trabalho; mas não é justo eles cobrarem a totalidade desse valor futuro agora."

____________________________________

Sociedade Sem Escolas: Padre Ivan ILLICH de João Maria Andarilho




Obrigado pela visita, volte sempre.

quarta-feira, 7 de novembro de 2018

O Curso de Pedagogia no Brasil: Bacharelado ou Licenciatura?

Resultado de imagem para pedagogia


O Curso de Pedagogia no Brasil: Bacharelado ou Licenciatura?

Uma das grandes dificuldades encontradas entre estudante dos cursos de Pedagogia pelo Brasil é a identificação com o grau conferido pelo curso, a Licenciatura. É comum vermos discussões acerca da identidade dos formados em Pedagogia. Há quem estude visando ir para a sala de aula, quer seja na Educação Infantil, quer seja nos primeiros anos do Ensino Fundamental, mas há também quem deseje seguir carreira longe das salas, dedicando-se a áreas como gestão, administração, etc. Em todo caso, o egresso do curso de Pedagogia está apto a atuar em ambos espaços.

Mas, para entender por que existe essa distinção, é preciso voltar no tempo e compreender quando surgiu, e porque ainda persiste, a dúvida quanto à identidade dos Licenciados em Pedagogia.
De acordo com Saviani (2008), a história da pedagogia no Brasil remonta ao século XIV, com a chegada dos Jesuítas e seu modelo religioso de educação. Mas, até o princípio do século XIX não existiam escolas superiores de formação de professores. Com as ideias da Escola Nova, em 1932, através no Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova, tendo à frente do movimento os conhecidos, e dicotômicos[1], Anísio Teixeira e Fernando de Azevedo, pensava-se no investimento na Educação para promover uma reformulação geral no sistema de ensino do país. Deste modo, era imperativo se pensar em propostas de formação de docentes, e é em meio a este cenário que surgem os Institutos de Educação, com propostas de uma concepção de educação como ciência, “visando proporcionar ao futuro professor a necessária formação para a docência e, também, para a pesquisa” (CRUZ, 2008).
Podemos afirmar que a origem dos cursos de Pedagogia tem início nesses Institutos, uma vez que embasaram as propostas curriculares da Faculdade de Educação, Ciências e Letras, em 1931, na então Universidade do Rio de Janeiro – que não chegou, de fato, a existir. Para tanto, a título de compreensão, usarei a divisão em marcos legais da história dos cursos de Pedagogia feita por Silva (2008).
1º Marco legal 
1937 – Através da Lei 452, de 05 de julho de 1937, criou-se e organizou-se a Universidade do Brasil (hoje Universidade Federal do Rio de Janeiro), com 15 estabelecimentos de ensino, ou escolas e faculdades nacionais. Dentre elas, incluem-se a Faculdade Nacional de Filosofia, Ciências e Letras e Faculdade Nacional de Educação.
1939 – Com a Faculdade Nacional de Filosofia, dividida em seções, nasce o curso de Pedagogia (bacharelado) e o curso de Didática. Algumas disciplinas de Pedagogia também eram oferecidas em Didática. Assim, para que o profissional pudesse atuar como docente, precisaria passar pelo chamado “formato 3+1”, que consistia em estudar três anos o curso de Pedagogia e, em seguida, estudar por mais um ano as disciplinas Didática Geral e Didática especial, da seção de Didática, completando assim a licenciatura.
1941 – Neste ano, o presidente Getúlio Vargas proibiu a oferta do curso de Didática simultaneamente aos demais cursos. Isso causou grande confusão sobre o entendimento do que seja a formação do(a) pedagogo(a). Com isso, permanecia a contradição a respeito da formação do profissional pedagogo, pois, de um lado, o bacharel era formado para cumprir ações de ordem técnica, ou seja, afastava-se de um de seus propósitos, que era a formação docente. Afinal, o curso de Pedagogia, tal qual estava fragmentado, pretendia-se formar um técnico ou um professor? 1961 – Tardiamente, foi aprovada a Lei 4.024/61 de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, chamada de 1ª LDB. A partir de então, todos os cursos, inclusive o de Pedagogia, foram instituídos por um “currículo mínimo”.
2º Marco legal 
1962 – Através do Parecer do Conselho Federal de Educação (CFE) nº 251, relatado pelo Conselheiro Valnir Chagas, fixou-se o currículo mínimo e o tempo de curso, quatro anos. É neste ano que o esquema 3+1 é extinto, sendo que o curso passa a ter as disciplinas do esquema 3+1, integralizado em quatro anos.
É bem verdade que mudanças no currículo ocorreram por meio deste Parecer, no entanto, o perfil do(a) pedagogo(a) ainda não se definira, uma vez que estabelecera “que o curso de pedagogia destinava-se à formação do “técnico em educação” e do professor de disciplinas pedagógicas do curso normal, através do bacharelado e da licenciatura, respectivamente” (SILVA, 2006, apud FERREIRA & FIORIN, 2013), fazendo permanecer a distinção entre bacharelado e licenciatura. Cabe um destaque aqui, pois foi neste período também que o curso quase foi extinto, pois a falta de uma definição sobre sua identidade, deixava a dúvida se deveria ser mantido ou extingui-lo de vez.
1968 – Com a Lei 5.540 de 28 de novembro de 1968, que instituiu a Reforma Universitária, todas as Faculdades de Filosofia foram transformadas em Faculdades de Educação, agora responsáveis, exclusivamente, pelos cursos de Pedagogia, deixando de ser uma seção.
3º Marco Legal 
1969 – Diante de um cenário desenvolvimentista, sustentado pelo Regime Militar, mediante parecer do Conselho Federal de Educação (CFE) nº. 252 de 11 de abril de 1969, manteve-se a formação de professores para o Ensino Normal e incluiu oficialmente habilitações em torno dos cursos de pedagogia. Assim, além de magistério para o Ensino Normal, formava-se Orientadores Educacionais, Administradores, Supervisores e Inspetores Escolares. O grau conferido era o de Licenciado, extinguindo o bacharelado, ainda que a opção fosse por qualquer das habilitações. Apesar disso, vale a ressalva, a Didática, que antes era um curso, ou seção, da Faculdade de Filosofia, agora passara a ser disciplina obrigatória a qualquer estudante de Pedagogia.
Durante 27 anos este foi o modelo dos cursos de Pedagogia instituídos no país e sofreu inúmeras críticas pelo formato fragmentado e tecnicista do trabalho na escola. Diversos foram os eventos para discutir o assunto, visando sempre renovação para o curso e, consequentemente, para o profissional. Tudo isso em meio ao período chamado de Redemocratização, ou seja, a partir da década de 80. Muitas foram as ações, nas quais, inclusive, muitas faculdades montaram seus currículos voltados para a docência, excluindo as habilitações ou, em alguns casos, integrando-as numa só formação.
1996 – Promulgada a Lei 9.394/96, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a LDB, que trouxe diversos avanços e conquistas do movimento em prol da Educação, após as inúmeras ações mencionadas acima. No entanto, muitas questões ficam pendentes e sucederão os anos seguintes.
1999 – O Decreto 3.276, de 06 de dezembro de 1999, causa a maior confusão por causa do parágrafo 2º, do art. 3º, no qual afirma que a formação em nível superior se daria exclusivamente em cursos normais superiores. Tal confusão se deu por isso seria mais um golpe ao curso de Pedagogia, já que boa parte da formação docente se daria nestes cursos. Esta situação foi, a princípio, resolvida com uma correção, mediante decreto, um ano depois, em 2000, alteração para preferencialmente. 
4º Marco legal 
2006 – Passados alguns anos de longos debates, a Resolução nº 01 de 10 de abril de 2006, do Conselho Nacional de Educação, estabelece as diretrizes curriculares dos cursos de Pedagogia. Para organizar essas diretrizes, foram formadas a Comissão de Especialistas de Ensino (COESP) e a Comissão de Ensino de Pedagogia (CEEP), contando ainda com participação de coordenadores de cursos de instituições de ensino superior, prevalecendo as propostas que já vinham sendo testadas, de currículo único, com a docência como base para a formação do(a) pedagogo(a). Com isso, o(a) pedagogo(a) passaria a ser
Um profissional habilitado a atuar no ensino, na organização e gestão de sistemas, unidades e projetos educacionais e na produção e difusão do conhecimento, em diversas áreas da educação, tendo a docência como base obrigatória de sua formação e identidade profissional (CEEP,1999).
 Estas diretrizes contém boa parte das discussões e debates que foram feitos acerca do tema durante o período de mais de 25 anos. No entanto, muitos são os questionamentos ainda hoje sobre a identidade do curso de Pedagogia, inclusive defensores de que o curso deveria, sim, ser desmembrado. Conforme o professor Libâneo (2002), um dos defensores das especializações do(a) pedagogo(a),
– Curso de pedagogia pode, pois, desdobrar-se em múltiplas especializações profissionais, uma delas a docência, mas seu objetivo específico não é somente a docência. Portanto o curso de pedagogia não se reduz à formação de professores. Ou seja, todo trabalho docente é trabalho pedagógico, mas nem todo trabalho pedagógico é trabalho docente. O professor está no pedagogo, o pedagogo está no professor, mas cada profissional desses pede uma formação diferenciada;
– Disso decorre que a base da formação de educadores não é a docência, mas a formação pedagógica. A docência é uma das modalidades de trabalho pedagógico. A formação de educadores extrapola, pois, o âmbito escolar formal, abrangendo também, esferas mais amplas da educação não-formal e formal (grifo meu).
É por todo esse histórico que, hoje, o nosso curso é denominado de Licenciatura e não Bacharelado, configurando assim uma das tentativas de se buscar, ainda, uma identidade. Afinal, deste modo, não nos cabe aqui esgotar este assunto permanecendo a pergunta: o(a) pedagogo(a) é um(a) profissional técnico(a) ou docente?
REFERÊNCIAS: 
BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Resolução nº. 1/2006. Diretrizes curriculares da pedagogia. Diário Oficial da União, nº. 92, seção 1, p.11-12, 166 de maio de 2006.
______. Lei nº. 9.394/1996. Diretrizes e bases para a educação nacional. Diário Oficial da União. Brasília: Gráfica do Senado, v. 134, nº. 1.248, p.27.833-27.841, 23 dez.1996.
______. Conselho Federal de Educação. Parecer nº. 252/1969. Estudos pedagógicos superiores. Mínimos de conteúdos e duração para o curso de graduação em pedagogia. Relator: Valnir Chagas. Documenta, nº. 100, 1969.
______. Conselho Federal de Educação. Parecer nº. 251/1962. Currículo mínimo e duração do curso de pedagogia. Relator: Valnir Chagas. Documenta, nº. 11, 1963.
COMISSÃO DE ESPECIALISTAS DE ENSINO DE PEDAGOGIA (CEEP). Proposta de diretrizes curriculares. 1999. Disponível em: < http://www.ced.ufsc.br/pedagogia/Documentos%20Oficiais/PropostaDCN1999.htm&gt;. Acesso em: 28 fev. 2014.
CRUZ, G. B. da. Curso de Pedagogia no Brasil: História e Formação com Pedagogos Primordiais. 2008. 302 f. Tese (Doutorado em Educação) – Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. 2008. 302 p.
FURLAN, Cacilda M. A. História do curso de pedagogia no Brasil: 1939-2005. In: CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO – EDUCERE – Formação de Professores, n. 8, 2008, Curitiba. Anais… Curitiba: Champagnat, 2008, p. 3862-3875.
LIBÂNEO, José C. Ainda as perguntas: o que é pedagogia, quem é o pedagogo, o que deve ser o curso de pedagogia. In: Pimenta, Selma G. (Org.). Pedagogia e pedagogos: caminhos e perspectivas. 1ed. São Paulo: Cortez Editora, 2002. (p.59-97).
Crédito da Imagem:
[1] Dicotômicos porque, embora ambos reconhecessem a necessidade de reestruturar a Educação no país, tinham visões e ideais distintos: Fernando de Azevedo, inspirado nos pensamentos de Durkheim, propunha uma educação voltada para formação de elites; já Anísio Teixeira, discípulo de Jonh Dewey, visava uma escola democrática, contra as desigualdades sociais existentes, buscando a construção de uma nova sociedade.
Postado há 10th March por Manuella Ferreira
fontes; https://petpedufba.wordpress.com/2014/03/10/pedagogia-bacharelado-ou-licenciatura/

http://www.infoteca.inf.br/endipe/smarty/templates/arquivos_template/upload_arquivos/acervo/docs/0065s.pdf
Fonte da imagem : https://www.modulo.edu.br/noticias/pedagogia-profissao-que-educa-dentro-e-fora-da-escola/

Obrigado pela visita, volte sempre.

Hoje é Rukmini-dvadasi, o dia do aparecimento de Srimati Rukmini-Devi.

Hoje é Rukmini-dvadasi, o dia do aparecimento de Srimati Rukmini-devi. Houve festividades maravilhosas durante todo o dia, começando com o d...