sexta-feira, 19 de maio de 2023

É Isso Que o BANHO GELADO Faz No Seu Corpo Em 14 dias


Banho de água fria: 10 benefícios para a saúde

Banho de água fria: 10 benefícios para a saúde do corpo e da mente

  • setembro 5, 2022
Tempo de leitura 5 minutos
Arte ilustrativa mostra um chuveiro remetendo ao banho de água fria
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Tomar banho de água fria, muitas vezes, pode parecer um desafio, em especial quando os dias não estão tão ensolarados e quentes, mas você sabia dos benefícios que a água gelada pode trazer?

Eles são muitos e podem contribuir, inclusive, para a saúde da pele e dos cabelos. A seguir, confira uma lista com 10 razões pelas quais você deveria considerar banhos mais frios de agora em diante.

1. O banho gelado melhora a circulação do sangue

Com a temperatura da água mais baixa do que a do corpo, o organismo precisa trabalhar mais para manter a temperatura natural, o que auxilia na circulação sanguínea, fazendo com que o sangue chegue mais rápido a todas as áreas do corpo.

2. Ele ajuda a estimular o sistema imunológico

Estudos apontam que tomar banhos gelados ajuda na produção de glóbulos brancos, que atuam na defesa do organismo, reduzindo os riscos de adquirir doenças como gripes e resfriados.

3. Acelera o metabolismo

Tomar banhos frios cerca de duas a três vezes por semana ajuda a acelerar o metabolismo, pois o organismo precisa gastar mais energia para manter sua temperatura e aumenta a queima de calorias.

4. Auxilia no alívio de dores musculares

Banhos frios e gelados fazem com que os vasos sanguíneos se contraiam, reduzindo dores, inchados e aliviando sintomas de inflamação, bem como quando se coloca uma compressa de gelo após pequenos machucados.

5. É excelente para a saúde da pele

Sem ressecar e sem remover a camada de proteção natural da pele, os banhos frios são excelentes para manter a pele saudável, além de ajudar a fechar os poros, controlando a oleosidade.

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6. Deixa os cabelos mais saudáveis e brilhantes

Selando as cutículas e os poros dos cabelos, lavá-los com água fria, ou morna, traz mais maciez e brilho aos fios, além de manter o couro cabeludo saudável e menos oleoso.

7. Pode ajudar na economia de água

Como o banho frio não costuma ser tão confortável quanto um banho mais quente, a tendência é que ele dure menos tempo e, logo, ajude a economizar água, promovendo um estilo de vida mais sustentável.

8. Eleva o bom humor

Durante o banho, a água fria faz com que impulsos elétricos sejam enviados ao cérebro, estimulando a endorfina, os hormônios da felicidade, elevando os sentimentos de bem-estar e otimismo.

9. É um bom estimulante pela manhã

Melhorando a circulação sanguínea, tomar banhos gelados ajuda a despertar e diminuir o cansaço, sendo uma ótima pedida para as manhãs de segunda-feira.

10. E contribui para relaxar à noite

Já durante à noite, tomar um banho frio ajuda a relaxar, pois com a temperatura do corpo naturalmente mais baixa no fim do dia, isso contribui para desacelerar um pouco e se preparar melhor para uma boa noite de sono.

Banho gelado pode fazer mal?

Pessoa no chuveiro tomando banho de água fria

Lembrando que esses são benefícios gerais do banho frio, é importante ressaltar que, para quem sofre de baixa imunidade ou problemas de pele, por exemplo, é sempre importante ter acompanhamento de profissionais antes de iniciar uma nova rotina repentinamente.

Além disso, pessoas hipertensas, com histórico cardíaco ou de hipotermia devem evitar o banho de água fria. Ainda assim, se você não quiser tomar banhos tão frios, também não tem problema, mas é importante lembrar que banhos muito quentes podem prejudicar a barreira cutânea da pele.

Isso porque a água quente contribui para retirada excessiva do sebo natural da derme, deixando-a ressecada, sensível e mais suscetível a irritações e inflamações. Assim, como resposta, o nosso organismo produz mais sebo para suprir a falta, o que deixa a pele e os cabelos mais oleosos.

Banho de contraste: uma alternativa possível

Se depois de ver todos esses benefícios você continua sem coragem, então comece aos poucos com um banho de contraste. O método é muito simples e bastante eficiente, frequentemente usado para recuperação de atletas de alto rendimento.

E também é uma alternativa para pessoas com problemas cardíacos ou que não podem se expor a choques térmicos num banho gelado. Confira a seguir como fazer o banho de contraste da maneira correta.

  1. Comece o banho com a água quente;
  2. Aos poucos, vá esfriando a água lentamente;
  3. Para molhar o corpo, o segredo é começar pelas áreas externas, já que elas ficam mais longe do coração. Molhe primeiro a parte de fora do tornozelo da perna direita e vá subindo aos poucos. Faça o mesmo na outra perna;
  4. Para a parte de cima do corpo, comece molhando o dorso da mão direita e vá subindo até o ombro. Passe para a parte de dentro, molhando a axila, e desça até chegar à palma da mão. Repita o processo no braço esquerdo;
  5. Agora é o momento de tomar coragem e entrar com o corpo todo. Para intensificar os benefícios, repita o processo com água quente e, depois, novamente com água gelada.

Os benefícios do banho de contraste são praticamente os mesmos do banho de água fria, só que agem de uma forma muito mais intensa.

Há ainda quem mergulhe em uma banheira cheia de água com gelo, você já deve ter visto isso em algum lugar. A técnica do banho de gelo é bastante usada por atletas e artistas. E foi, inclusive, uma das solicitações de Justin Bieber para o Rock In Rio neste ano.

O método pode ser tão eficiente quanto o banho de água fria e o contraste, mas requer alguns cuidados para não ficar hipotérmico. Por isso, a ajuda de um profissional pode ser muito bem-vinda. A recomendação é que você não fique mais do que 2 minutos debaixo da água com gelo e evite a contração total da musculatura.

Vai encarar um banho de água fria agora?

O que achou desses benefícios do banho frio? Que tal aproveitar a entrada da primavera para testar o chuveiro em uma temperatura mais fria?

Mas se você já tem o banho frio como parte do seu dia a dia, não deixe de nos contar nos comentários quando isso começou e quais benefícios você sente na pele.

beyoung.com.br/blog/beneficios-banho-de-agua-fria/#:~:text=O%20banho%20gelado%20melhora%20a,todas%20as%20áreas%20do%20corpo.

As Forças Demoníacas: Os Quatro Maras



Dr. Alexander Berzin

Mara na Mitologia Hindu

Na mitologia Hindu, Mara (bdud) é equivalente a Kama (‘dod-pa’i lha), o deus do desejo. Essa equivalência também é aceita no budismo. A figura búdica do Kalachakra, por exemplo, tem Kama embaixo de seu pé direito, representando todos os quatro maras. Kama era um dos filhos de Krishna e Rukmini, e casado com Rati. Os deuses enviaram Kama para tirar Shiva do estado meditativo, a fim de que ele se interessasse por Parvati e juntos tivessem um filho, Karttikeya, que, segundo profecias, quando tivesse sete anos de idade conseguiria matar o demônio Taraka. Para tirar Shiva do estado meditativo, Kama lançou cinco flechas:

  • Para deixar estático (dga’-byed)
  • Para deixar desejoso (sred-byed)
  • Para deixar estupefato (rmongs-byed), ou seja, desatento ou senil.
  • Para deixar magro, emaciado e seco (skem-byed), que nesse contexto pode significar que ele ficaria fatigado, com fome e com sede, de forma que abandonaria a meditação. Em outro contexto, no entanto, talvez seja pelo trabalho de Mara que nos tornemos secos, amargos, sem o sumo da compaixão.
  • Para deixar morto, ou seja, deixar Shiva preocupado em morrer durante a meditação, fazendo-o abandonar o estado meditativo por medo.

Essas cinco flechas são os cinco obstáculos considerados os trabalhos de Mara. Shiva irritou-se com Kama e carbonizou-o com o fogo de seu terceiro olho, porém, mais tarde, atendendo a um pedido de Rati, permitiu que ele renascesse como Pradyaumna. Quando Pradyumna completou seis anos de idade ele foi roubado pelo demônio Shambara, que o jogou no mar por causa da profecia que dizia que Pradyumna o mataria. No mar, o menino foi engolido por um peixe, que foi pescado por um pescador, que tirou o menino do estômago do peixe e o deu para a amante de Shambhara, Mayavati, que o criou. Mayavati, por sua vez, acabou desenvolvendo desejo por Pradyumna, tamanha era sua beleza, mas Pradyumna a rejeitou porque pensava que ela era sua mãe. Então Mayavati lhe revelou que ele era filho de Krishna e Rukmini, e que Shambara o havia atirado ao mar. Pradyaumna ficou com raiva de Shambara e o matou usando seu poder de emanação. Então Mayavati o levou à casa de Krishna e Pradyumna e Mayavati se casaram.

Portanto, Mara pode ser personificado na forma de um ser divino. Na cosmologia budista ele vive no mais elevado dos reinos divinos do plano dos desejos sensoriais (Reino dos Desejos), no topo do Monte Meru. Esse lugar é chamado de Paraíso Daqueles Que Tem o Poder de Emanar (gZhan-‘phrul dbang-byed, sânscr Paranirmita-vashavartin). Os budistas normalmente dizem que esse paraíso é o lugar onde os deuses têm o poder de apreciar a emanação dos outros, mas os termos tibetano e sânscrito fazem mais sentido quando entendidos no contexto da mitologia hindu.

Mara na Mitologia Budista

No Budismo, Mara personifica as visões não-budistas incorretas, que foi a última coisa que o Buda precisou superar com o terceiro olho da sabedoria; em um episódio análogo ao da mitologia hindu, em que Kama tenta perturbar Shiva e ele o destrói com o fogo de seu terceiro olho. Vários relatos em vários sutras descrevem o Buda derrotando Mara. No Sutra do Esforço (Padhana Sutta) no cânone Pali, por exemplo, Mara aproximou-se de Shakyamuni enquanto ele fazia práticas ascéticas dizendo “Você está tão magro e pálido. Não busque a liberação — o que significaria afastar-se o mundo — mas fique no mundo e faça o bem”. Em outras palavras, Mara intima Shakyamuni a viver uma vida mundana, apesar de dedicada a ajudar os outros, e manda um exército para derrotá-lo. Shakyamuni especificou os exércitos de Mara da seguinte forma: desejo sensual, descontentamento, fome, sede, anseio, preguiça, medo, indecisão, inquietação, desejo pelas coisas transitórias da vida (ganhos, elogios, honra e fama) e elogiar a si próprio enquanto critica os outros. O Buda percebeu que, para superar tudo isso, ele teria que parar de identificar-se como os pensamentos sobre essas coisas.

Mais tarde, Mara apareceu como um fazendeiro pobre e como um velho brâmane bufão — simbolizando o mundo. Shakyamuni reconheceu Mara em todos os agregados que apareceram, e disse que Mara não tinha como se esconder. Shakyamuni o viu como a criatura patética que era, simbolizada pelas formas patéticas do fazendeiro e do brâmane. Mara então apareceu como desastres naturais e feras perigosas, mas Shakyamuni não tinha medo da morte. Mara mandou suas três filhas para que tentassem seduzi-lo, mas elas não tiveram sucesso. Então Mara tentou enganar Shakyamuni concordando que não havia nada a temer na morte e que portanto poderia ignorá-la. Mas, seguindo essa linha de raciocínio, ele também tentou convencer Shakyamuni de que a vida é longa e portanto ele deveria simplesmente aproveitá-la. Shakyamuni disse não, a vida é curta e devemos viver como se nosso cabelo estivesse pegando fogo. A qualquer momento a vida pode terminar, abruptamente, portanto, devemos aproveitar imediatamente a preciosidade de nossa vida humana. Assim, Mara desistiu e retirou-se.

Os Quatro Maras

O termo mara deriva da raíz sânscrita mr, que significa assassinar. Portanto, mara é aquilo que assassina ou causa interferência em nossa vida, como seres limitados, e em nossas ações construtivas que nos levam aos três objetivos espirituais: renascimentos melhores, liberação e iluminação. Também explica-se mara como “aquilo que dá fim” (mthar-byed, Skt. antaka) – aquilo que dá um fim à prática espiritual.

Existem quatro tipos de mara:

  • O mara da morte (O Senhor da Morte)
  • O mara das emoções e atitudes perturbadoras
  • O mara dos fatores agregados da experiência (os cinco agregados, skandhas)
  • O Mara que é filho dos deuses.

O Mara da Morte

A morte, logicamente, é o que mais interfere em nossa prática espiritual. Não há como ter certeza de que nossa próxima vida será uma vida humana preciosa, com todas as folgas e oportunidades que nos permitem praticar sem obstáculos. Mesmo que tenhamos tal renascimento, precisamos começar novamente o caminho espiritual como criança. Além disso, a morte é um evento incontrolavelmente recorrente ao final de cada vida.

Portanto, Mara também é considerado Yama (gShin-rje), o Senhor da Morte (‘Chi-bdag); e no sistema do anuttarayoga tantra, o Buda é Yamataka (gShin-rje gshed), Aquele Que Dá Fim à Yama. Entretanto, no tantra, Yama não é simplesmente a morte em si, mas existem três níveis de Yama, que detalham os três níveis daquilo que está envolvido na morte.

  • Yama exterior - é a morte em si.
  • Yama interior - são as emoções e atitudes perturbadoras, que ativam o rescaldo kármico e nos propulsionam em direção a renascimentos subsequentes, perpetuando o ciclo de renascimento e morte.
  • Yama oculto ou secreto - são as três mentes conceituais mais sutis que criam as aparências de uma existência verdadeira: limiar (nyer-thob, quase-atingimento, aparência preta), difusão (mched, aumento, aparência vermelha), e aparecimento (snang, aparência, aparência branca). Cada renascimento começa com essas três mentes conceituais sutis criando aparências que parecem existir verdadeiramente. Tendo por base a falta de consciência, acreditamos que essas aparências correspondem à realidade, e assim nos agarramos à existência verdadeira e temos todas as emoções e atitudes perturbadoras que derivam da falta de consciência e do agarramento.

Se ignorarmos a morte, seis obstáculos podem surgir e interferir em nosso estudo e prática espiritual; são eles:

  • Não nos lembrarmos das medidas do dharma
  • Mesmo que nos lembremos delas, não as colocarmos em prática.
  • Mesmo que as coloquemos em prática, não o fazer com pureza.
  • Não ter a determinação para praticar fervorosamente o tempo todo.
  • Devido às nossas ações destrutivas, não estarmos aptos a obter a liberação.
  • Morrer com arrependimentos.

Não praticamos o dharma com pureza porque, por ignoramos a morte, somos pegos nas oito situações transitórias da vida (‘jig-rten-pa’i chos-brgyad, os oito dharmas mundanos):

  • Elogio ou crítica
  • Boas notícias ou más notícias — inclusive ter ou não ter notícias das pessoas que amamos; ou ouvir sons agradáveis ou desagradáveis
  • Ganhos e perdas — tais como dinheiro e posses
  • Coisas darem certo ou darem errado — tal como estarmos saudáveis e felizes ou doentes e depressivos.

Ficamos contentes e encantados com as primeiras situações dos pares acima e ficamos deprimidos, desencantados e desapontados como as segundas situações.

Mas podemos manter equanimidade diante das oito situações transitórias da vida, adotando as dez atitudes internas que são como joias, da tradição Kadam (bka’-gdams phugs-nor bcu). Esse conjunto de dez atitudes é composto pelas quatro aceitações confiantes (gtad-pa bzhi), três convicções adamantinas (rdo-rje gsum), e as atitudes maduras em relação a ser expulso, a encontrar e a conquistar (bud-rnyed-thob gsum).

As quatro aceitações confiantes são:

  • Estarmos dispostos a aceitar com total confiança as medidas do dharma, sendo esse nosso posicionamento mais profundo em relação à vida.
  • Estarmos dispostos a aceitar até mesmo virar um mendigo, sendo esse nosso posicionamento mais íntimo em relação ao dharma.
  • Estarmos dispostos a aceitar até mesmo a morte, sendo esse nosso posicionamento mais íntimo em relação a virar um mendigo.
  • Estarmos dispostos a aceitar até mesmo morrer sozinho e sem amigos em uma caverna vazia, sendo esse nosso posicionamento mais íntimo perante a morte.

As três convicções adamantinas são:

  • Seguir com nossa prática do dharma sem nos importar com o que os outros pensam à nosso respeito
  • Manter sempre nossos compromissos e a consciência profunda
  • Seguir continuamente com nossa prática sem nos deixar levar por preocupações inúteis.

As atitudes maduras em relação a ser expulso, a encontrar e a conquistar são:

  • Estar disposto a ser expulso do grupo das assim-chamadas pessoas “normais”.
  • Estar disposto a encontrar-se na mesma posição hierárquica de um cachorro.
  • Estar totalmente envolvido na conquista da posição divina de um Buda.

É lógico que, em um nível mais profundo, só conseguiremos vencer o mara da morte quando tivermos uma compreensão da vacuidade, atingido a liberação e não estivermos mais sujeitos à morte e ao renascimento samsárico.

O Mara das Emoções e Atitudes Perturbadoras

Emoções e atitudes perturbadoras, (nyon-mongs, sânscr. klesha), interferem enormemente em nosso estudo e prática espiritual. As principais são desejo e apego, hostilidade e raiva, ingenuidade, orgulho, indecisão e atitudes perturbadoras relacionadas à nossa visão da realidade, como uma visão enganosa sobre coisas transitórias, por exemplo.

Quando sentimos que alguma dessas emoções e atitudes perturbadoras é muito forte, podemos praticar tonglen (gtong-len, dando e recebendo) pensamos em todos os outros seres que tem a mesma emoção ou atitude perturbadora e que isso não é um problema só nosso, mas de todo mundo. É razoável pensarmos dessa forma porque esse é um problema que afeta a todos os seres samsáricos e nós fazemos parte desses seres, portanto, precisamos lidar com isso por todos os seres. É como se fossemos uma mulher que estivesse enfrentando preconceito no ambiente de trabalho. O preconceito contra mulheres não seria um problema só nosso, pois é um problema de todas as mulheres. Portanto, para nos livrarmos do preconceito que sofremos por ser mulher, precisamos enfrentar o preconceito contra todas as mulheres.

No Treinamento da Mente em Sete Etapas (Blo-sbyong don-bdun-ma) por Geshe Chaykawa (dGe-bshes ‘Chad-kha-ba), uma das quatro ações (sbyor-ba bzhi) da etapa de transformar as condições adversas no caminho para a iluminação é fazer oferendas aos espíritos maléficos (maras) e pedir a eles que nos deem circunstâncias mais difíceis. Essa prática de “alimentar o demônio” é parecida com o tonglen. Mas aqui, nós primeiro praticamos o “dar” e depois pedimos ao demônio que nos ajude a receber mais sofrimento dos outros. Na prática de Vajrayogini, e também em outros rituais tântricos de oferendas, alimentar os demônios é parte da prática de fazer oferendas aos vários convidados: especialmente aos convidados que são nossos inimigos.

O Mara dos Agregados

O mara dos agregados refere-se aos agregados maculados (zag-bcas-kyi phung-po, agregados contaminados). Assim como Shakyamuni identificou que o sofrimento permeia todo o samsara (khyab-byed-kyi sdug-bsngal), ele identificou Mara em todos os agregados.

No Tesouro de Tópicos Especiais de Conhecimento (Chos mngon-pa’i mdzod, sânscr. Abhidharmakosha), Vasubandhu define “fenômenos maculados” como fenômenos não-estáticos (impermanentes) que derivam de uma atitude ou emoção perturbadora. Quando esses fenômenos são objetos de cognição de nossa mente limitada o resultado é mais emoções e atitudes perturbadoras no nosso continuum mental. Também são maculados os cinco fatores agregados que acompanham as emoções e atitudes perturbadoras. Portanto, Vasubandhu especifica os fenômenos maculados como sendo todos os fenômenos não-estáticos, excetuando-se aqueles que constituem a quarta nobre verdade.

Na Antologia de Tópicos Especiais de Conhecimento (Chos mngon-pa kun-las btus-pa, sânscr. Abhidharmasamuccaya), Asanga desenvolve mais esse tópico e considera a definição de Vasubandhu como apenas uma das categorias de fenômenos maculados. Asanga inclui entre esses fenômenos os fatores agregados que surgem do anseio e que geram outras situações samsáricas. Portanto, essa é a situação em que os fatores agregados de nossa experiência derivam do anseio e da inconsciência (que ativam os ventos kármicos), eles contém inconsciência e perpetuam a inconsciência.

Portanto, o “hardware” dos nossos agregados — nossa mente e corpo limitados — é o mara dos agregados, porque nos limita com mais e mais sofrimento e mata nossas chances de liberação

O Mara Que É Filho dos Deuses

Originalmente, parece que o Mara que é filho dos deuses refere-se a Kama, filho do deus Krishna, e a sua tentativa de interferir na meditação de Shiva. Os budistas consideram esse mara como sendo as visões enganosas dos não-budistas ou, conforme a escola Prasangika, até mesmo as perspectivas dos sistemas inferiores de filosofia budista que, apesar de úteis, devem ser superadas.

Esse mara também pode referir-se às 62 visões errôneas (lta-ba ngan-pa, visões más) propostas pelos 18 não-budistas extremistas (mu-stegs, sânscr. tirthika). E ainda, em A Filigrana de Realizações (mNgon-rtogs rgyan, sânscr. Abhisamayalamkara), Maitreya enumera 46 falhas que interferem no desenvolvimento das sabedorias aplicáveis aos bodhisattvas (sbyor-ba’i skyon). Essas falhas também são consideradas o trabalho de Mara que é o filho dos deuses.

Os Quatro Maras de Acordo com o Kalachakra

Em Notas sobre a Suprema Mandala do Glorioso Kalachakra, Fonte de Todas as Boas Qualidades (dPal dus-kyi ‘khor-lo’i dkyil-chog yon-tan kun-’byung-gi zin-bris), Buton (Bu-ston Rin-chen grub) explica que no Kalachakra os quatro maras tem o seguinte significado:

  • O mara dos agregados refere-se aos obscurecimentos do corpo, que são imputados na gota de energia criativa sutil do despertar.
  • O mara das atitudes perturbadoras refere-se aos obscurecimentos da fala, que são imputados na gota de energia criativa sutil do sonho.
  • O mara do Senhor da Morte refere-se aos obscurecimentos da mente, que são imputados na gota de energia criativa sutil do sono profundo sem sonho.
  • O mara que é filho dos deuses refere-se a entrar externamente na inconsciência (phyi-rol-gyi ma-rig-pa la ‘jug-pa), que talvez refira-se ao obscurecimento associado com a quarta gota, a gota de energia criativa sutil da bem-aventurança. Talvez isso refira-se aos obscurecimentos da inconsciência, que fazem com que emitamos nossas energias sutis quando da bem-aventurança do orgasmo. Quando atingimos a bem-aventurada consciência imutável da vacuidade, podemos dizer que temos o comportamento totalmente puro da realidade (de-kho-na nyid-gyi tshangs-spyod), onde estamos sempre na imutável bem-aventurança (mi-‘gyur-ba’i bde-ba) e nunca sentimos a bem-aventurança da emissão orgástica (dzag-bde). Isso porque nossa mente permanece absorvida na clara luz da realização da vacuidade e não se afasta dela quando da geração das três mentes conceituais de criação de aparências, que são análogas à emissão orgástica. Referimos a essa conquista como ter um bastão vajra (rdo-rje dbyug-pa) para derrotar os maras. Ter um bastão vajra é uma das dez qualidade de um mestre vajra, de acordo com o Kalachakra.

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Arquivos princípios basicos da ayurvédica - Ayurveda Prana, Tejas e Ojas – As Três Essências da Natureza


Os tridoshas desempenham um papel muito importante na manutenção da saúde celular e longevidade. Cada dosha desempenha uma parte vital para preservar o funcionamento de cada uma dos bilhões de células que constituem o corpo humano. Kapha mantém a longevidade no nível celular. Pitta governa a digestão e a nutrição. Vata, que está estreitamente relacionado à energia prânica da vida, governa todas as fun¬ções da vida.

Em um nível mais profundo, para combater o envelhe¬cimento é necessário equilibrar as três essências sutis exis¬tentes dentro do corpo: prana, ojas e tejas. O funcionamento de prana, ojas e tejas corresponde, em um nível mais sutil, ao funcionamento de vata, kapha e pitta, respectivamente. Dieta apropriada, exercício e estilo de vida podem criar um equi-librio entre essas três essências sutis, assegurando uma vida longa.

Prana é a energia da vida ligada a respiração, oxigena¬ção e circulação. Governa também todas as funções motoras e sensoriais. A força vital prânica inflama o fogo central cor¬poral (agni). A inteligência natural do corpo é manifestada espontaneamente através de prana. Por exemplo, se uma criança tem deficiência de ferro ou cálcio, a inteligência na¬tural do corpo governada por prana levará a criança a comer lama, que é uma fonte daqueles minerais.

A sede de prana é a cabeça e prana governa todas as atividades cerebrais superiores. As funções da mente, da memória, do pensamento e das emoções estão todas sob o controle do prana. O funcionamento fisiológico do coração também é governado pelo prana, e do coração prana penetra no sangue e então controla a oxigenação em todos os dhatus e órgãos vitais.

Prana governa as funções biológicas das outras duas essências ojas e tejas. Durante a gravidez, o umbigo do feto éa principal porta por onde prima entra no útero e no corpo do feto. Prana governa também a circulação de ojas no feto. Assim, em todos os humanos, mesmo naqueles que ainda não nasceram, um distúrbio do prana pode criar um desequilíbrio de ojas e tejas, e vice-versa.

Ojas é a essência dos sete dhatus ou tecidos corpóreos. E a energia vital que governa o equilíbrio hormonal. O elemen¬to por excelência de shukralartav, que é a essência de todos os dhatus, está localizado no coração. Ojas é a energia vital que controla as funções da vida com a ajuda do prana. Ojas con¬tém os cinco elementos básicos e todas as substâncias dos tecidos corpóreos. É responsável pelo sistema auto-imune e pela inteligência mental.

Porque ojas está relacionada a kapha, o agravamento de kapha desaloja ojas e vice-versa. Ojas, quando desalojada, cria as desordens kapha como diabetes, lassidão dos ossos e juntas, entorpecimento dos membros. Ojas, quando reduzida, irá criar reações-vata, como medo, fraqueza geral, incapacidade da per¬cepção dos sentidos, perda de consciência e morte. Ojas equi¬librada é necessária para a energia e imunidade biológicas.

Ghee ajuda a intensificar ojas. O leite materno promove ojas no corpo da criança, portanto é essencial que a criança receba o leite materno para desenvolver o vigor biológico. Durante o oitavo mês de gravidez, ojas proveniente do corpo da mãe vai para dentro do feto. Assim, se o nascimen¬to for prematuro, antes dessa transferência de ojas, a criança encontrará dificuldade para sobreviver. Esse fenômeno de¬monstra a importância de ojas na manutenção das funções da vida. Assim como ojas é fundamental no início da vida, énecessária também para a longevidade.

No nível psicológico, ojas é responsável pela compaixão, pela paz, pela criatividade e pelo amor. Através de pranayama, disciplina espiritual e técnicas tântricas, a pessoa pode transformar ojas em força espiritual. Essa poderosa energia espiritual cria uma aura ou auréola ao redor da coroa chakra. Uma pessoa que tem ojas fortalecida possui atrativos, olhos brilhantes, sorriso espontâneo e calmo. É plena de energia e poder espirituais. Práticas espirituais e celibato realçam essas qualidades. Aqueles que procuram excessiva satisfação em sexo e masturbação dissipam a energia ojas no momento do orgasmo. O resultado é ojas enfraquecida que afeta diretamente o sistema imunológico. Tal pessoa torna-se vulnerável a males psicossomáticos.

Tejas é a essência de um fogo muito sutil que governa o metabolismo através do sistema de enzimas. Agni, o fogo central no corpo, estimula a digestão, absorção e assimilação do alimento. A transformação posterior dos ingredientes da nutrição nos tecidos sutis é administrada por um nível sutil de energia, pertencente a agni é tejas. Tejas é necessária para a nutrição e transformação de cada dhatu. Cada dhatu tem sua própria tejas, ou dhatu-agni. Essa essência é responsável pelo funcionamento fisiológico dos tecidos sutis.

Quando tejas é agravada, ela consome ojas lentamente reduzindo a imunidade e superestimulando a atividade prânica. Prana agravado produz desordens degenerativas no dhatus. A falta de ojas resulta na superprodução de tecido insalubre, que cria o desenvolvimento de tumores e obstrui o fluxo da energia prânica.

Dieta inadequada, maus hábitos de vida e uso excessivo de drogas causarão um desequilíbrio em tejas. Substâncias que são picantes, acres e penetrantes intensificam tejas dire¬tamente.

Da mesma forma que é essencial para a saúde assegurar o equilíbrio entre o tridosha, os dhatus e os três malas, ou re¬síduos corporais, para a longevidade é importante que prana, ojas e tejas permaneçam equilibrados. Para criar tal equilí¬brio, o processo de rejuvenescimento ensinado pela Ayur¬veda é o mais eficaz.

Os Seis Sabores – Os 6 Rasas

“O elemento Água é a base para a experiência sensorial do paladar;
a língua precisa estar molhada para sentir o sabor de uma substância.”
                                                       Dr. Vasant Lad

Sabor em sânscrito significa rasa, que por sua vez tem muitos significados. Todos eles nos ajudam a entender a importância de sabor em Ayurveda. Rasa quer dizer “essência”; o sabor indica a essência de um alimento ou planta, e é talvez o fator principal para compreender suas qualidades. Rasa quer dizer “seiva” de forma que o sabor de um alimento ou planta reflete as propriedades da seiva que os alimenta. Rasa quer dizer “apreciação”; visto desse modo, o sabor reflete sentimento que novamente é a essência das substâncias. Através do sabor podem ser percebidos a beleza e poder dos alimentos ou das plantas medicinais. Rasa quer dizer “circulação” o que reflete o poder energizante dos sabores.

Existem seis sabores ou rasas: doce, ácido, amargo, salgado, picante e adstringente. Aqui os elementos fundamentais combinam-se dois a dois para produzir cada um deles. O sabor doce contém os elementos Terra e Água; o ácido, Terra e Fogo; o salgado, Água e Fogo. O sabor picante contém Fogo e Ar; o amargo, Ar e Éter e o adstringente, Ar e Terra.

DOCE                                 Terra e Água
ÁCIDO                               Terra e Fogo
PICANTE                          Fogo e Ar
AMARGO                          Ar e Éter
SALGADO                         Água e Fogo
ADSTRINGENTE            Ar e Terra

A fisiologia moderna não aceita os sabores adstringente e picante como sabores separados; eles são considerados apenas como efeitos produzidos por certos componentes presentes nos alimentos (ou medicamentos) sobre a pele e membranas mucosas. Porém , em Ayurveda eles são tratados como sabores específicos.

O sabor é uma qualidade de toda substância. Cada substância pode ter um ou mais sabores, que se tornam conhecidos quando a substância é colocada na língua. O primeiro sabor claramente identificado é conhecido como sabor primário e os restantes, reconhecidos mais tarde, são secundários, em geral mais suaves. Doce, ácido e salgado são sabores que diminuem vata e aumentam kapha. Picante, amargo e adstringente diminuem kapha e aumentam vata. Ácido, salgado e picante aumentam pitta. Doce, amargo e adstringente diminuem pitta.

Com o sentido do gosto nós interagimos com os alimentos que comemos. Cada gosto ou sabor afeta o corpo e a mente de formas diferentes. Cada um deles tem seus benefícios e até malefícios, se utilizados em excesso. O sabor doce, por exemplo, é muito nutritivo, constrói os tecidos, aumenta a força, mas quando em excesso leva ao ganho excessivo de peso, à preguiça mental, ao diabetes e outras complicações.

Em Ayurveda nós não contamos calorias, gramas de gordura ou índice de colesterol do alimento. Numa perspectiva ayurvédica devemos aprender quais sabores são bons pra nós, assim poderemos comer alimentos que estejam em harmonia com nossa constituição e o corpo responderá com saúde. Alguns se beneficiam do alimento quente e condimentado, enquanto outros se sentem melhor com uma alimentação mas leve e fria. Há pessoas que beneficiam-se da carne, enquanto outras produzem melhor sendo vegetarianas. O mais importante de tudo é saber identificar, de acordo com nossa natureza básica, que tipo de alimento devemos comer e quais devemos evitar, para manter o equilíbrio em nossa saúde.
Potência (virya)

Potência é o aspecto ou fator da substância que é responsável pelas ações desta no corpo humano. As qualidades de força ou potência das substâncias são duas: calor e frio. De uma forma geral, podemos afirmar que os sabores ácido, salgado e picante têm potência quente; já doce, amargo e adstringente apresentam potência fria. Existem exceções, como o mel, que tem sabor doce e potência quente.
Efeito pós-digestivo (vipaka)

Durante o curso da digestão, ingredientes do alimento ou medicamento passam por diferentes estágios de transformação por causa da ação enzimática no trato digestivo. Dessas tranformações emergem “novos sabores” que podem ser doce, ácido ou picante.
De um modo geral, o doce e o salgado apresentam vipaka doce; o sabor ácido tem vipaka ácido e o picante, o amargo e o adstringente têm vipaka picante.
Ação específica (prabhava)

Algumas drogas agem com base em seus sabores, algumas com base em sua potência e outras com base em seu vipaka. Algumas substâncias entretanto exercem uma ação específica, inexplicável no organismo e não levam em consideração nenhum destes conceitos acima. Para reconhecer esta ação, Caraka usou o termo prabhava, que significa “ação específica”: duas susbtâncias podem ser parecidas em sabor, potência e vipaka mas suas ações poderão ser diferentes uma da outra.

O tipo Vata (ar + éter)

A constituição tipo Vata

As pessoas com constituição Vata são magras, têm pouca musculatura e dificuldade para ganhar peso; são mais friorentas e têm a pele fria e seca. Alguns sintomas de desequilíbrio de Vata seriam: boca e olhos secos, tendência à constipação (prisão de ventre), insônia, nervosismo e ansiedade.

Para as pessoas com Vata aumentado recomenda-se aumentar a quantidade e a qualidade dos alimentos, ou seja o tipo Vata (ar) deve comer mais alimentos e com mais frequência. Neste caso é importante evitar ficar muitas horas sem comer e fazer pequenos lanches entre as principais refeições. Os alimentos podem ser
pesados, nutritivos, condimentados. Os sabores recomendados são: doce, ácido e salgado. Deve-se evitar o picante, o amargo e o adstringente. Os alimentos devem ser preferencialmente cozidos e está recomendado o uso dos condimentos.

O tipo Pitta (fogo + água)

A constituição tipo Pitta

Os indivíduos do tipo Pitta (fogo) são de tamanho mediano, com musculatura moderada. Possuem o elemento fogo predominante, logo têm muita sede e bom apetite. O corpo é quente, a face vermelha. Preferem bebidas geladas, têm um bom sono e suam muito. Psicologicamente são compreensivos, inteligentes e têm emoções fortes, como a raiva e o ciúme; são pessoas ambiciosas e tendem a ser líderes. Para este indivíduo, em quem o elemento fogo é predominante, é necessária uma alimentação refrescante, um pouco seca e pesada. Os sabores que diminuem Pitta são: doce, amargo e adstringente; já o ácido, o salgado e o picante devem ser evitados porque aumentam o fogo. Neste caso estão indicados os alimentos crus (saladas), que são refrescantes. Excesso de condimentos e óleos devem ser evitados.

Leia na seção de Alimentação as orientações alimentares
para equilibrar Pitta em excesso

Introdução à Medicina Indiana

Etmologicamente, Ayurveda é formada por duas palavras sânscritas: “ayus, significando vida, e “veda”, significando conhecimento, sabedoria ou ciência. Ayurveda é a ciência do dia-a-dia, literalmente significando “conhecimento da vida”.

O Ayurveda propõe a integração não só entre corpo e espírito, mas também entre o meio e os sentidos, seguindo sua filosofia de que o homem possui um universo dentro de si mesmo(microcosmo) e está inserido dentro do macrocosmo, interagindo com este a todo momento.

O que é saúde para a medicina ayurvédica? É saudável a pessoa que possui equilíbrio entre mente, corpo e espírito, equilíbrio entre os doshas (vata, pitta e kapha), princípios universais responsáveis pelo bom e pelo mal funcionamento dos diferentes órgãos do corpo, que tem uma boa digestão, bons elementos estruturais do corpo e uma regular excreção dos produtos (toxinas) de seu metabolismo.

A abordagem ayurvédica objetiva, em primeiro lugar, preservar e promover a saúde das pessoas através da adoção de uma rotina diária, respeitando a constituição individual de cada um. Como veremos mais adiante, esta rotina implica na incorporação de novos hábitos, de maneira consciente, em diversos âmbitos de nossa vida, como a alimentação, o sono, a sexualidade, considerados os três pilares da boa saúde. Para tanto, se utiliza de uma gama de recursos como dietas, ioga, meditação, massagens com óleos medicinais e aromaterapia. Quando necessário, o Ayurveda também busca curar doenças, mas sempre trabalhando em conjunto com a  promoção da saúde: a medicina indiana lida com a pessoa doente e não com a doença. Essa aproximação com a pessoa doente pode ser feita através dos oito ramos principais:
1. Medicina Interna (Clínica Geral)
2. Pediatria, Ginecologia e Obstetrícia
3. Psiquiatria e Psicologia
4. Doenças da Cabeça e Pescoço
5. Cirurgia Geral
6. Toxicologia
7. Ciência do Rejuvenescimento
8. Ciência dos Afrodisíacos
As ciências do rejuvenescimento e dos afrodisíacos lidam com pessoas saudáveis, enquanto os outros seis ramos lidam com a pessoa doente. Pessoas desejosas de vida longa deveriam seguir os ensinamentos do Ayurveda, o que levaria à realização de quatro importantes objetivos de vida: riqueza, prazer, auto-realização e evolução espiritual.

Mais do que preservar a saúde e curar todo tipo de males, o Ayurveda propõe a transformação das pessoas porque estimula uma nova atitude mental em relação à vida: elas aprendem a meditar, a comer e a dormir melhor, a treinar a mente para extravasar emoções tóxicas e a ter consciência de seu corpo, do espaço que ele ocupa e do propósito de sua existência neste momento. Esta transformação é possível através conhecimento prático da auto-cura, que pode ser adquirido por qualquer pessoa.

Charaka Samhita

O Characa Samhita é considerado o mais importante texto do Ayurveda que chegou aos nossos dias. Nas palavras de Sharma e Dash tiradas da introdução da sua tradução para o inglês :

“ Alguns dos antigos textos do Ayurveda não estão disponíveis. Entre os textos existentes, O Characa-Sanhita de Agnivesa,o Susruta-Samhita de Susruta e o Ashtanga-Hrdrayam de Vagbhata são reconhecidos como o “Grande Trio”. Destes três Characa é considerado a maior autoridade, desde que representa um tesouro autentico dos vários aspectos desta ciência, com especial referente aos princípios fundamentais da medicina.” (Sharma e Dash, 1995:xxi)

O Charaka_Samhita é considerado o mais importante texto do Ayruveda, e também um dos mais antigos. Está dividido em 120 capítulos assim como os outros clássicos de Vagbhata, Bhela e Susruta. Parace que este número tem alguma importância entre os autores antigos.

Como nós vimos o Ayurveda foi incorporado a tradição védica e quando esta “hindunização” do Ayurveda ocorreu a mitologia hindu foi naturalmente agregada a obra então no Characa afirma-se que este sistema médico veio diretamente de Brahma, o criador, deste o conhecimento passou para os deuses ate chegar a Indra, rei dos deuses, que teve a missão de transmitir esta sabedoria a Bharadvaja que foi o primeiro médico-sábio da tradição do Charaka-Sanhita. Nesta tradição este sábio foi escolhido para receber o
conhecimento do deus Indra e foi o mestre de Atreya,quem dissertou o Charaka-Sanhita para seu discípulo Agnivesa. Sobre esta relação mestre-discipulo, Ramachandra Rao afirma:

“ O Atreya da tradição médica é dito ser um estudante de um outro sábio Bharadvaja, que aprendeu a medicina de Indra…O Bhava-prakasa relata que, ambos, Bharadvaja e Atreya aprenderam medicina de Indra em ocasiões diferentes. Há também uma referencia que Bharadvaja é um discípulo de Atreya, Chakrapani-Datta afirma que algumas pessoas erradamente identificam Atreya com Bharadvaja e refere-se a uma antiga autoridade, Harita, que coloca que Bharadvaj era o professor de Atreya….Na tradição médica de Kayachikitsa, ( medicina interna) a seqüência das autoridades médicas na Índia é a seguinte: Brahma , Asvins, Indra, Bharadvaja, Atreya ( purnavasu) e os seus seis discípulos: Agnive-sa, Jatukarna, Bhela, Harita, Khsarapani e Parasara. Cada um destes discípulos escreveu um tratado médico com os ensinamentos de Atreya. No decorrer do tempo, Apenas o tratado de Agnivesa sobreviveu, sendo o mais compreensível, Charaka segue esta linha e seu Samhita é a redação do trabalho original de Agnivesa, e é por isto que Charaka sempre menciona o nome de Atreya com o res-peitável adjetivo de “bhagavan”.” ( Rao, 1985: 27)

Com esta afirmação de Ramachandra Rao baseado no Charaka Samhita observamos o sincretismo do Ayurveda, inicialmente fora do cânone védico, com os deuses do hinduismo, ou seja, dentro da tradição brâmane. Brahma, o criador, segundo Charaka foi quem criou, ele mesmo o Ayurveda, a ciência da vida, e passou para os médicos dos deuses, os gêmeos Asvins que teriam transmitido o conhecimento ao rei dos deuses Indra, este sim ensinou a medicina ao sábio Bharadvaja. Bharadvaja, escolhido como o sábio melhor preparado foi ate Indra e recebeu a ciência da vida, Ayurveda, que transmitiu a Atreya. Cada capítulo do Charaka Samhita inicia-se com a frase: “ Aquilo que segue é o que o reverenciado Atreya falou”, na verdade todo o texto é uma discussão entre Atreya e seu discípulo Agnivesa. Este texto foi recompilado por Charaka. Sharma e Dash tradutores do Charaka Samhita colocam:

“O sábio Atri é referido no Rig Veda e Atharva Veda, como o vidente dos hinos védicos. Por conseguinte o Agnivesa Samhita foi talvez escrito sob a guia de Atreya em algum momento em torno de 1000 A C” (Sharma e Dash,1995:xxxvi)

Esta colocação é um exemplo típico dos autores indianos, que fazem afirmações que não podem ser referendadas pela literatura. Existem vários personagens na literatura de origem indiana com nome de Atreya. O médico de Buda, Jivaka, estudou em Taxila com um mestre chamado Atreya, provavelmente no século VI ou V A C. Mas provavelmemte não foi ele que ditou o Charaka Samhita pois não existe referencia a Agnivesa, seu discípulo na literatura budista primitiva. Se o Atreya do Rig Veda e do Atherva Veda é o mesmo do Ayurveda, então por que não existem referencias ao Ayurveda naqueles textos?

A reposta é muito simples: os textos do Ayurveda são posteriores, inclusive na literatura do período védico tardio, ou seja antes da época de Buda, século VI A C, não há referencias ao Ayurveda. Não há como precisar uma data para Atreya e seu discípulo Agnivesa que tenha respaldo na literatura de origem indiana. Com relação a isto Filliozat coloca:

“ Pode-se admitir que um ou mais Atreyas, tradicionalmente conhecidos como médicos eminentes, existiram, mas não se pode admitir que Atreya Purnavasu que é dito ter recebido a ciência da medicina do mítico Bharadvaja foi o Atreya que nas fontes budistas é o contemporâneo de Buda. As lendas das origens do Ayurveda, como encontrados nos dois Samhitas, Charaka e Susruta, não pare-cem estar embasados em nenhum fato histórico. Elas parecem ter sido criados a partir de conjecturas, baseadas em datas da tradição védica relacionadas aos deuses médicos, e aos mestres bramanicos.” ( Filliozat, 1964: 11)

É provável, como colocou Filliozat, que a tradição ayurvedica durante o processo de “hindunização” tenha se mesclado a mitologia e a religião védica formando um sincretismo entre as tradições não brâmanicas, fora de castas, e a tradição dos Vedas. Porem autores hindus, sem levar em conta esta possibilidade, colocam datas do Rig e Atharva Vedas para os autores clássicos da Medicina Indiana, sem fatos ou referencias históricas ratificando as suas afirmações.

Charaka vem da raiz car que significa mover-se, provavelmente Charaka era um médico errante, que propagava o seu conhecimento e dava alivio aos seus pacientes.Havia também um médico da corte do rei Kaniska, século II da nossa era, que se chamava Charaka. Provavelmente este não era o mesmo médico que escreveu o famoso tratado. Com relação a identidade de Charaka Ramachandra Rao afirma:

“ A identidade de Charaka é inteiramente incerta. Nós não estamos certos se este era o nome pessoal de um autor que foi o principal responsável pela atual versão do Charaka Samhita. Foi sugerido (em Brhajjaka) que o médico especialista, que viajava de aldeia em aldeia, não apenas administrando remédios mas também ensinando a ciência médica era chamado de Charaka ( médico errante) pelas pessoas, assim como o cirurgião era conhecido como “Dhanvantari”. (Rao, 1985: 44)

Esta colocação de Ramachandra Rao nos faz lembrar a tradição dos Sramanas que, como médicos, ascetas errantes e filósofos levavam os seus conhecimentos de aldeia em aldeia aliviando o sofrimento das pessoas. Porem Ramachandra Rao vai mais longe fazendo uma ponte entre o termo Charaka e a antiga tradição budista:

“ Na tradição budista primitiva haviam referencias aos “eruditos errantes” sendo admitidos nas instituições educacionais, como Taxila, como “estudantes casuais” ( charikam charantã ). Taxila na parte noroeste do país tinha também uma faculdade médica que era chefiada por um Atreya, e foi onde o famoso contempora-neo de Buda, Jivaka, o pediatra, foi estudante. Charaka, mesmo, durante os séculos antes de Cristo era um termo significando médico errante e professor médico” ( Rao, 1985: 44)

Com esta colocação de Ramachendra Rao podemos fazer uma possível ligação entre a tradição de Charaka, do clássico Ayurveda, a escola budista antiga e os médicos errantes Sramanas todos fora de castas ou não védicos, a partir do momento que os textos védicos colocavam o médico como impuro e a profissão médica como inadequada ao Brâmane pois exigia o contato com todos os tipos de pessoas inclusive os das castas inferiores e os sem castas. Podemos lançar a hipótese que esta exclusão, da religião hegemônica, tenha aproximado estas tradições heterodoxas e propiciado a troca de conhecimentos e experiências que resultou em uma escola empírico-racional que posteriormente ficou conhecida como Ayurveda. Apesar da base do Ayurveda ser empirico-racional, este nunca abandonou completamente a medicina mágico-religiosa caracterizada pelo Atharva-Veda. Podemos confirmar isto na tradução de Sharma e Dash do Charaka Samhita:

“ O Ayurveda tem oito ramos:
1-Medicina Interna
2-Ciência das doenças especificas da região supra-clavicular: olhos, nariz, ouvido, boca e garganta.
3-Cirurgia
4-Toxicologia
5-Ciência do ataque demoníaco ( psicologia)
6-Pediatria
7-Ciência do rejuvenescimento
8-Ciência dos afrodisíacos”
     (Sharma e Dash, 1995:603)

A “ciência do ataque demoníaco” faz parte da medicina mágico-religiosa dos Vedas, talvez este seja o ramo do Ayurveda que tenha suas raízes naquilo que o Iogue Ramacharaca chamou de “magia branca e magia negra”do Atharva Veda.

O Charaka Samhita introduziu o conceito de Dosha, literalmente defeito, é interpretado como desequilíbrio ou disfunção : Segundo Charaka os doshas do corpo são Vata, Pitta e Kapha e os da mente Rajas e Tamas. Vata é áspero, frio, sutil, móvel, não gorduroso e leve. Pitta é oleoso, quente, agudo, liquido, ácido, e picante e Kapha tem as seguintes qualidades: pesado, frio, macio, oleoso e doce são melhorados por medicamentos que tem qualidades opostas.
O Ayurveda faz uma relação entre os cinco elementos chamados de Panchamahabhutas e os Doshas. Então Vata é formado pelos elementos ar e espaço e Pitta por fogo e água, já Kapha possui água e terra. O corpo humano possui os três Doshas e os cinco elementos e é o aumento ou diminuição destes que levam ao desequilíbrio e as doenças.

Astanga Hrdayam

O Astanga Hrdayam junto com o Charaka Samhita e o Susruta Samhita formam o chamado “grande trio” do Ayurveda, ou seja, os tratados clássicos mais importantes que todo estudante de Ayurveda na Índia deve ler durante a sua formação na Medicina Indiana clássica. Estes tratados foram escritos na língua tradicional dos antigos textos hindus, ou seja, o sânscrito, que é inacessível para a grande maioria dos ocidentais, nós que não dominamos esta língua muito antiga temos que aguardar as traduções para o inglês que é uma das línguas oficiais da Índia.

O Astanga Hrdayam é um texto baseado nos tratados anteriores de Charaka e Susruta e foi o compendio de Ayurveda que recebeu o maior numero de comentários devido a sua grande importância. Sobre isto Ramachandra Rao afirma:

“ O objetivo do tratado parece ser a união dos conhecimentos médicos relevantes contidos no Charaka Samhita e no Susruta Samhita pois já existia uma divisão entre as duas tradições medicas: terapêutica e cirúrgica. Há uma imposição explicita que nem o Charaka Samhita nem o Susruta Samhita devem ser estudados exclusivamente; os dois devem ser judiciosamente combinados pelo médico praticante.” ( Rao, 1985: 21)

O compendio é um trabalho preparado a partir dos oito ramos da Medicina Ayurvedica e foi escrito por um médico chamado Vagbhata que era filho de Simhagupta e recebeu o mesmo nome de seu avô, segundo o autor, um grande médico. Vagbhata estudou medicina com seu pai e mais tarde com um monge budista chamado Avalokita. A maoria dos autores colocam Vagbhata em torno do século V e VI da nossa era. Além do Astanga Hrdayam(A H) , o medico escreveu um outro trabalho chamado Astanga Samgraha ( A S ) que é semelhante ao primeiro porem maior. Enquanto o A S possui 150 capítulos o A H possui 120 capítulos. Com relação aos trabalhos de Vagbhata, Ramachandra Rao afirma:

  “ O primeiro trabalho( A S) não apenas é volumoso mas é uma mistura de prosa e verso, como o Charaka e o Susruta Samhita, enquanto o segundo ( A H ) é menor, versificado e poético assim os estudantes poderiam memorizar mais facilmente. O conteúdo e o estilo literário não deixam duvidas que o autor dos dois trabalhos é o mesmo…” (Rao, 1985: 101)

Nestes dois tratados clássicos, Astanga Sangraha e Astanga Hrdayam, existem várias referencias ao budismo, além disto o seu professor, Avalokita, era um monge budista, estas evidencias fazem com que Vagbhata fosse considerado um médico que foi seguidor dos ensinamentos de Buda. O que nos parece bem razoável, pois, nós já vimos a estreita relação entre a tradição budista e a Medicina Indiana.

fonte: 

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Sugriva - Wikipédia


Saber mais
Este artigo inclui uma lista de referências gerais , mas carece de citações em linha correspondentes suficientes . abril de 2020 )

Sugriva ( sânscrito : सुग्रीव , sugrīva , lit. 'belo pescoço') é um personagem do antigo épico indiano Ramayana . Ele é o irmão mais novo de Vali , a quem sucedeu como governante do reino vanara de Kishkindha . [1] Rumā é sua esposa. Ele é filho de Surya , a divindade hindu do sol. Como o rei dos vanaras, Sugriva ajudou Rama em sua busca para libertar sua esposa Sita do cativeiro nas mãos do rei rakshasa Ravana .

Sugriva
personagem Ramayana
Duelo de Rawana e Sugreeva.jpg
Sugriva duela com Ravana
Informações no universo
CorridaVanara
FamíliaSurya (pai)
Vriksharaja (pai adotivo)
CônjugesRuma
Tara
ParentesVali (irmão) e Angada (sobrinho)
LarKishkindha
ConteúdoNomenclaturaLenda

A história de Sugriva faz parte do Ramayana e, em versão abreviada, também está presente no Mahabharata .

O rei de Kishkindha, Vrikshraja, era uma criatura divina nascida do tilaka de Brahma. Ele tinha corpo de humano e rosto e rabo de macaco. Ele foi instruído a vagar pelas florestas e matar demônios. Um dia, Vriksharaja entrou em um lago encantado e se transformou em uma bela dama, atraindo a atenção de Indra e Surya. Logo depois, cada um deles gerou Vali e Sugriva, respectivamente. Vali e Sugriva nasceram com força bruta, igual a Indra e Surya.

De acordo com uma lenda do Kathasaritsagara , Aruna , o cocheiro de Surya , viajou para Devaloka para ver a dança das apsaras . Como os homens não tinham permissão para observar o evento, Aruna assumiu a forma feminina de Arunidevi. Observando a bela forma de Arunidevi, Indra se apaixonou por ela e logo nasceu uma criança para eles. Seguindo o conselho de Indra, Arunidevi levou a criança para Ahalya, deixando-o lá antes do amanhecer para ser criado por ela. Essa criança se tornou Vali. Aruna relatou esse incidente a Surya, que também desejava ver sua forma feminina de Arunidevi. Ficando obcecado por ela, Surya gerou um filho dela. A criança, Sugriva, também seria criada sob os cuidados de Ahalya. [2]

Briga entre irmãos
Rama encontra Sugriva

Vali governou o reino de Kishkindha ; seus súditos eram os vanaras . Tara é sua esposa. Angada é seu filho. Seu filho saiu de casa muito jovem e mais tarde se tornou um seguidor do VaishnavismoUm demônio furioso chamado Mayavi chegou aos portões da capital e desafiou Vali para uma luta. Vali aceitou o desafio, mas quando ele saiu, o demônio fugiu aterrorizado para uma caverna profunda. Vali entrou na caverna em busca do demônio, dizendo a Sugriva para esperar do lado de fora. Quando Vali não voltou e ao ouvir gritos demoníacos na caverna e ver sangue escorrendo de sua boca, Sugriva concluiu que seu irmão havia sido morto. Com o coração pesado, Sugriva rolou uma pedra para selar a abertura da caverna, voltou para Kishkindha e assumiu o reinado dos vanaras, levando a esposa de seu irmão, Tara .como sua rainha. Vali, no entanto, acabou vencendo em seu combate com o demônio e voltou para casa. Vendo Sugriva agindo como rei, ele concluiu que seu irmão o havia traído. Embora Sugriva humildemente tentasse se explicar, Vali não quis ouvir. Como resultado, Sugriva é exilado do reino. Para exigir sua vingança, Vali tomou à força a esposa de Sugriva, Ruma, para si, e os irmãos se tornaram inimigos ferrenhos. [3] Sugriva passou a viver na montanha Rishyamukh, o único lugar na terra que Vali não podia pisar. O rei já havia sido amaldiçoado pelo sábio Mathanga para ser incapaz de colocar um pé nesta montanha sob pena de morte.

Sugriva faz uma aliança
Rama e Lakshmana encontram Sugriva no eremitério de Matanga

No exílio, Sugriva conheceu Rama , o avatar de Vishnu , que está em uma missão para resgatar sua esposa Sita do demônio Ravana , rei dos rakshasas . Rama prometeu a Sugriva que mataria Vali e restabeleceria Sugriva como o rei dos vanaras. Sugriva, por sua vez, prometeu ajudar Rama em sua busca. [4]

A Morte de Vali
O assassinato de Vali

Juntos, Sugriva e Rama foram procurar Vali. Enquanto Rama ficou para trás, Sugriva gritou um desafio e o desafiou a lutar. Os irmãos correram um para o outro, lutando com árvores e pedras, com punhos, unhas e dentes. Eles eram iguais e indistinguíveis para o observador, até que o conselheiro de Sugriva, Hanuman , deu um passo à frente e colocou uma guirlanda de flores em volta do pescoço de Sugriva. Foi então que Rama emergiu com seu arco e cravou uma flecha no coração de Vali. [5] Após a morte de Vali, Sugriva recuperou o reino vanara, retomou sua primeira esposa, Ruma , e também recuperou a primeira esposa de Vali, Tara, que se tornou sua rainha. Seu filho com Vali, Angada, tornou-se o príncipe herdeiro. [6]

Duelo com Lava e Kusha

pedido de Lakshmana e após a aprovação de Guru Vasistha , Rama planeja fazer Ashvamedha yajna. Nesta ocasião auspiciosa ele chama Sugriva junto com Angada , Nala, Nila, Jambavantha e Hanuman para vir a Ayodhya . Rama cumprimenta e abraça Sugriva, Jambavantha e outros em sua chegada a Ayodhya.

O cavalo yajna é capturado pelos irmãos Lava e Kusha . No exército de Rama, espalha-se a notícia de que dois muni kumara capturaram o cavalo de Yagya. Shatrughana caminha e luta com Lava e é derrotado por Lava. Então Lakshamana vem e ele também é derrotado por Lava. Então Bharata pede a Rama que lhe dê permissão para ir libertar o cavalo de ambos os muni Kumara. Sugriva e Hanuman também pedem a Rama que permita que eles acompanhem Bharata na batalha. Lava e Kusha derrotam Bharata e Sugriva e fazem Hanuman como prisioneiro. Hanuman é o único que sabia que Lava e Kusha eram filhos de seu mestre Rama e Sita e, portanto, se permitiu ser aprisionado pelos filhos de seu mestre. [7]

Aposentadoria

Quando Rama decidiu partir do mundo e fez samadhi no rio Sarayu , Sugriva também se retirou da terra e foi com seu pai Surya . Ele coroou seu sobrinho Angada como o próximo rei de Kishkindha.

RepresentaçõesSaber mais
Esta seção não cita nenhuma fonte . abril de 2020 )
Este tímpano do templo Khmer de Banteay Srei retrata Sugriva lutando com seu irmão Bali. À direita, Rama está pronto para atirar uma flecha em Vali.
  • O combate de Sugriva com seu irmão Vali é um tema favorito dos escultores Khmer que contribuem para os templos e monumentos angkorianos perto de Siem Reap , no Camboja .
  • Um tímpano detalhado e comovente no templo hindu do século 10 de Banteay Srei retrata o combate dos irmãos, bem como a intervenção de Rama e a morte de Vali nos braços de outro vanara.
  • Um baixo-relevo no templo do século 12 de Angkor Wat mostra a luta entre os irmãos, a chegada de Rama e Vali deitado em seu leito de morte, lamentado por muitos outros vanaras. Outra cena mostra Sugriva e Rama entrando em sua aliança. Um grande baixo-relevo retrata a Batalha de Lanka entre Rama e o exército de vanaras de Sugriva e o exército de Rakshasas de Ravana .
  • A luta entre Vali e Sugriva também é representada no menos conhecido templo angkoriano do século XIII de Preah Pithu .
Referências
  1. ^ Bhimrao Ramji Ambedkar (1979). Dr. Babasaheb Ambedkar, Escritos e Discursos: Enigmas no Hinduísmo . Departamento de Educação, Governo de Maharashtra.
  2. ^ Parmeshwaranand, Swami (2001). Dicionário Enciclopédico de Puranas . Sarup & Filhos. pág. 36. ISBN 978-81-7625-226-3.
  3. ^ Ramayana de Valmiki, Livro IV, Canto 9–10.
  4. ^ Ramayana de Valmiki, Livro IV, Canto 8, 10; Mahabharata, Livro III: Varna Parva, Seção 278.
  5. ^ Richman, Paula (2001). Questionando Ramayanas: Uma Tradição do Sul da Ásia . Imprensa da Universidade da Califórnia. pág. 278. ISBN 978-0-520-22074-4.
  6. ^ Ramayana of Valmiki, Book IV, Canto 11 ff.; Mahabharata, Book III: Varna Parva, Section 278.
  7. ^ Valmiki Ramayana
  8. ^ "Mangi Tungi Temple". Archived from the original on 1 October 2013.
Leitura adicional

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