quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Conceitos básicos de contextualização Escrito por Jose Laerton



Conceitos básicos de contextualização
Escrito por Jose Laerton

CONCEITOS BÁSICOS RELATIVOS A CONTEXTUALIZAÇÃO

Parte do estudo Contextualização Autentica de Jose Laerton

= CONTEXTO: Encadeamento das idéias dum escrito; Contextura: "Todo o contexto enfim da vida, / por diversos pedaços repartida"...; Aquilo que constitui o texto no seu todo; composição; Conjunto; todo, totalidade: "A incorporação do romantismo no contexto nacional haveria de processar-se em termo de um conciliação"; Argumento, assunto. {Dicionário Aurélio]

No sentido teológico-religioso - contexto é tem os seguintes sentidos:

Contexto Bíblico é o texto completo, do qual alguns versículos ou capítulos fazem parte;

Contexto Cultural é o ambiente caracterizado por uma certa cultura ou é influenciado por vários fatores culturais. Neste sentido, o contexto cultural exerce grande pressão sobre os cristãos.

= CONTEXTURA: Ligação entre as partes de um todo; encadeamento, o mesmo que contexto.

= CONTEXTUALIZAÇÃO: Ato de conformar, adaptar, ou encaixar, uma idéia, conceito, atividade, procedimento, a um contexto cultural imediato ou remoto. Contextualização tem sido vista também, como uma atualização de coisas e procedimento obsoletos a uma realidade mais dinâmica e relevante.

= CULTURA HUMANA “é sempre um processo dinâmico para o enredo da vida. Reúne as tradições do passado, corresponde e se acomoda à modernidade de uma sociedade tecnológica e cada vez mais urbana, e está em interação constante com os principados e potestades supraculturais. ...Cada geração aprende de novo e formula sua própria cultura. Há, portanto , um grau considerável de flexibilidade e relatividade no centro focal da cultura humana”[Bruce J. Nicholls em “Contextualização: uma Teologia do Evangelho e Cultura” Pg.42,43]

= CULTURAL Relativo a Cultura humana, ou algo ligado a Cultura deste lado de cá do mundo natural em contraste com o mundo sobrenatural.

= SUPRA-CULTURAL Relativo a coisas, seres e fatos do mundo sobrenatural, ou seja, que influenciam a cultural, mas estão acima e além dela, e de uma percepção e explicação cultural. Por exemplo a influência dos demônios.

= TRANS-CULTURALà> Termo missionário relativo a comunicação entre duas culturas diferentes.

= TEOLOGIA BÍBLICA DOGMÁTICA Teologia baseada nos fundamentos bíblicos, tendo-os como verdades absolutas e eternas. De modo, que vence as pressões culturais que tentam mudá-la.

= TEOLOGIA CONTEXTUALIZADA No julgamento de Bruce J. Nicholls: “A teologia contextualizada de modo distinto da teologia bíblica dogmática, é sempre relativa”. Bruce acrescenta um aspecto importante da contextualização. Qual deve ser o ponto de partida da contextualização ? Parte-se o evangelho para a cultura, ou da cultura para o evangelho? Examinemos esta questão mais adiante.

= EVANGELHO CONTEXTUALIZADO É o evangelho que sofreu adaptações e mudanças para se tornar mais aceitável e poder se encaixar a um determinado contexto formado por culturas, filosofias, teologias, e conceitos religiosos, sociológicos e antropológico que de alguma maneira conflitam ou não valorizam muito a Bíblia.

= EVANGELHO PRAGMÁTICO Nos tempos atuais, é quase sinônimo de evangelho contextualizado, porque, especialmente no meio neo-evangélico e liberal, a contextualização é quase sempre baseada no pragmatismo filosófico e antropológico, ou seja, o evangelismo é feito de modo que agrade ao homem, lhe proporcionando conforto, entretenimento, sucesso, mesmo que tenha de se valer de metodologias mundanas de psicologia popular e entretenimento , além das técnicas comerciais de marketing enganoso, para fisgar o candidato.



Exemplos atuais da Contextualização Perigosa do Relativismo Pragmático

[baseados na tese de que os fins justificam ou santificam os meios] à ou seja, um meio [método, maneira de fazer], não importa qual seja, mesmo que normalmente seja tido por ruim, mal e imoral, se for possível contextualizá-lo [envernizá-lo com tinta gospel] de modo que pessoas se decidam a ser "evangélica", ou faça a igreja crescer", por causa deste resultado ou fim será tido como bom, justo e santificado.

Uma tarefa espiritualmente impossível - Justificar o mundo e santificar a carne. à Os que tentam justificar e santificar o mundanismo e a carne, empreendem um tarefa espiritualmente impossível, pois a carne [as coisas produto da natureza pecaminosa, caída, adâmica, que tem se crucificada, arrancada pela raiz, enfim morta] e o mundo [o sistema ímpio inspirado por Satanás, a quem somos ordenados a não nos conformar nem amar], jamais poderão ser justificados ou mesmo santificados sob qualquer pretexto religioso ou "gospel".

Usar BLOCO DE CARNAVAL para evangelizar. [Carnaval = Clímax de carnalidade e mundanismo]

meio: ruim, duvidoso, carnal, mundano, pecaminoso, associado a imoralidade e ao pecado;

conseqüências práticas ou resultados ou fins usados como pretexto ou desculpa: de pregar o evangelho ao pecador no seu contexto carnavalesco, assim conseguindo "alcançar" muitos para Cristo.

Usar SHOWS DE ROCK IN ROLL e RITMOS MUNDANOS como Jazz, Samba, Forró, Timbalada, etc... para evangelizar. [Este ritmos quentes, sensuais, psicodélicos, exploram e alimentam ao máximo o que a carne e o mundo têm para oferecer]

meio: ruim, duvidoso, carnal, mundano, pecaminoso, associado a imoralidade e ao pecado;

conseqüências práticas ou resultados ou fins usados com o pretexto ou desculpa de pregar o evangelho ao pecador no seu contexto musical, assim conseguindo "alcançar" muitos para Cristo.

Usar shows com DANÇAS para evangelizar. [Esta contextualização dançante, pagã, carnal, mundana, psicodélica, erotizante e nova-erina é o cúmulo do absurdo.]

No meio da cristandade [não me refiro a cristianismo e sim a cristandade, que envolve tudo que se diz ligado ao cristianismo] as danças é de um passado recente, para ser exato, foi somente em 1912 que a católica romana Ruth St. Denis introduziu a dança como forma de louvor e adoração em algumas igrejas católicas.

Os evangélicos carismáticos foram o seguinte seguimento da cristandade a abraçar a dança, e aqui no Brasil, só nesta última década que estamos vendo moças e rapazes se exibindo em coreografias dançantes nas plataformas de igrejas e palcos de "shows evangelísticos". Esta é a chamada "dança ritual", que sempre foi usada e serviu de característica das religiões pagãs, e modernamente para o movimento Nova Era.

Como o Movimento Nova Era tem afetado sensivelmente o contexto cultural deste final de século XX, tornando-se modelo para quem anda atrás de novidade pragmáticas, e tendo em vista que este o movimento tem ressuscitado o paganismo com suas danças rituais, os "neo-evangélicos e carismáticos" passaram a infeliz tarefa de contextualizar as danças rituais para o já caótico ambiente "evangélico" deste final de milênio.

É absurdo pensar em dança como instrumento de evangelização. Os gestos da dança podem significar muitas coisas, inclusive são de um caráter tão relativista que pode significar qualquer coisa para qualquer um, como já ocorre com as artes modernas.

Portanto, as danças rituais [com conotação religiosa, ou de louvor e adoração são:

meio: ruim, duvidoso, carnal, mundano, pecaminoso, associado ao paganismo e ao pecado;

conseqüências práticas ou resultados ou fins usados como pretexto ou desculpa: de pregar o evangelho ao pecador no seu contexto "dançante", assim conseguindo "alcançar" muitos para Cristo que gostam e são adeptos das danças.

Usar MISTICISMOS PAGÃO, CATÓLICO ROMANO, NOVA-ERINO através da contextualização Pentecostal-Carismática para "evangelizar" e fazer a igreja "crescer".

O misticismo no chamado meio "evangélico" é uma praga que se alastra devorando igrejas e até denominações inteiras, fazendo-as conformar-se a práticas pagãs, católicas romanas, e práticas tanto do "baixo" como do "alto espiritismo", de modo que, podia-se quase chamar muito do que ocorre nos cultos "evangélicos " de "esoterismo gospel [evangélico]" ou ainda, de "macumba gospel".

Na realidade é uma mistura diabólica entre o santo e o profano, entre as coisas de Jeová e as coisas de Baal, cabe, repetir o que disse o Missionário Reinold Federof : "Deus não gosta de mistura". E não adianta vir com a saída astuciosa de que falar estas coisas é blasfemar contra o Espírito Santo, por que são exatamente estas "práticas" que são uma verdadeira blasfêmia contra o Espírito Santo. Exemplos desta contextualização ao misticismo deste século XX:

A "ÁGUA BENTA" milagrosa oferecida pelo padre e pelo espiritismo ecumênico da LBV , agora é oferecida através do "copo d'água" milagroso orado pelos pastores evangélicos.

Os RETRATOS levados ao macumbeiro para desfazer despachos agora são levados aos milagreiros evangélicos orarem sobre os retratados para desfazerem "olho gordo", e maldições;

Os "BANHOS PARA DESCARREGO" receitados pelos pais de santos [macumbeiros] e casas de umbanda, hoje são substituídos pelos "Sabonete consagrados" por pastores "evangélicos".

Os "DENTES DE OURO" - é outro exemplo de contextualizar o misticismo da macumba dentro das igrejas evangélicas é visto no livro "Evangélicos em Cristo" [Paulo Romero, pg.67]: "As comentadas obturações em ouro parecem ser um fenômeno tipicamente brasileiro. ... Há informações de que tais fatos também ocorram em centros de macumba, mesmo antes de aparecem em muitas igrejas evangélicas".

Admiro Paulo Romero, pela sua coragem em denunciar alguns erros no meio evangélico, mas igualmente me decepciono com ele, por causa de sua relutância em tomar uma posição firme e séria coerente com a Bíblia em relação aos erros que ele próprio denuncia. Eu sei que essa é uma das características do meio neo-evangélico e pentecostal, alguns poucos podem até ter coragem para denunciar o erro, porém na da tomada de decisão, ficam neutros. E para Cristo este é um pecado abominável, é como tentar dizer "sim" e "não" sobre a mesma questão, e isto "vem do maligno" (Mt 5:37).

Exemplo de relativismo pragmático moderno: O interessante na citação de Paulo Romero, é a dificuldade que ele tem como pentecostal carismático e neo-evangélico, de não tomar uma posição clara contra tal procedimento anti-bíblico, sua atitude é peculiar ao relativismo pragmático em que caíram os "evangélicos", que mesmo depois de ver claramente uma ligação entre os "dentes de ouro da macumba" e os "dentes de ouro evangélicos", toma uma posição de neutralidade. Mais na frente Romero deixa em dúvidas se os "dentes de ouro" milagrosos, são ou não algo genuíno: "Pode até ser que alguém tenha de fato recebido algo sobrenatural de Deus ou que tenha havido alguma intervenção angelical nesse aspecto", ou seja, o que ele condenou com um canto da boca, favoreceu com o outro canto, e isto confunde muito.

ANJOS - Os desvio da fé simples e bíblica que focaliza sua atenção em Deus, para a fé mística focalizada nos ANJOS já existia no paganismo, catolicismo e mais recentemente no Movimento Nova Era, agora este é o desvio peculiar de grande parte do "meio evangélico". Anjos são vistos e ouvidos a toda ora, e são usados como explicação para um monte de coisas esquisitas que acontecem no meio carismático e neo-evangélico, tais como "dente de ouro" como sugeriu Paulo Romero.

à Curiosa ausência de intervenções angélicas na história eclesiástica antes do século XX. O interessante é que parece que os anjos durante quase toda a história da igreja estavam dormindo ou de férias, e que de repente acordaram, com a missão especifica de se revelaram ao meio pentecostal carismático e neo-evangélico. O absurdo disto tudo, é que, com exceção da igreja Católica, e religiões pagãs, os evangélicos através da história pouca ênfase deram ao ministério dos anjos, eles não apareciam nem eram ouvidos, embora todos acreditavam na sua existência e atuação como a invisível providência Divina. Grandiosos homens de Deus da história da igreja, nunca deram testemunho de que tinham esta faculdade de ver, falar e perceber os anjos. Por exemplo: Spurgeon, Moody, William Carey,. Etc...

O controvertido "DOM DE LÍNGUAS", que existiu no início da igreja apostólica, e que logo desapareceu do cristianismo antes de terminar o primeiro século, como registra a história eclesiástica, e estava previsto em I Coríntios 13:8, só reapareceu agora no início de 1900, com o surgimento do pentecostalismo, é manifestado de uma maneira diferente da igreja apostólica, porém, muitíssimo semelhantes a que vinha sendo praticado através dos séculos por bruxos, feiticeiros e por espiritas dos final do século passado para este.

A irmã Maria, uma crente que veio do espiritismo, disse-me que ficou surpresa quando assistiu um culto pentecostal no qual as pessoas falaram, o que eles chamam de "línguas estranhas". A sua surpresa foi com grande semelhança com o dom de línguas do espiritismo, que não é imitação do pentecostalismo, pois, já existia antes de surgir o movimento pentecostal, que é o responsável por trazer esta grande confusão para o meio " evangélico".

De fato, o moderno "dom de línguas", não passa de uma contextualização mau feita ao misticismo pagão tão em moda e exigido pelo homem deste final de século XX. O moderno "dom de línguas", tem se provado um fenômeno anti-bíblico, pois está sendo reproduzido por todo tipo de seitas, e promovendo a maior onda ecumênica que já existiu, pois, é baseado na "experiência religiosa", e embora, os vários grupos tenham doutrina diferente, se eles tem a mesma experiência religiosa eles tem um ponto em comum para se unir. Alguém disse com propriedade: "O dom de línguas é a goma lacta que vai fundir a maioria das religiões que formaram a igreja do Anticristo".

A metodologia de EXORCISMO usada na macumba e no espiritismo é a mesma que está sendo usada hoje, em muitos "terreiros evangélicos" [como chama o irmão Hélio, um aluno do seminário em que ensino] , ou dizendo de modo mais suave, "igrejas evangélicas pseudo exorcistas".

meio: ruim, duvidoso, carnal, mundano, anti-bíblico, associado ao paganismo e a feitiçaria;

conseqüências práticas ou resultados ou fins usados como pretexto ou desculpa: de pregar o evangelho ao pecador no seu contexto místico-religioso baseado em experiências extáticas como "falar línguas estranhas", assim conseguindo "alcançar" muitos para Cristo que gostam e são adeptos das experiências extáticas.

O CAIR NO CHÃO EM ÊXTASE ou DERRUBADO POR UMA IMPOSIÇÃO DE MÃOS.

É também uma contextualização consciente ou inconsciente do que acontece a muito tempo nos rituais de espiritismo e macumba. Os grandes popularizadores desta esquisitice são os ídolos da teologia da prosperidade: Benny Hinn e Kenneth hagim entre outros.

O CULTO DO RISO ou da GARGALHADA e o MOVIMENTO DE CRESCIMENTO DA IGREJA cuja base e força motriz são o que eles chamam de SINAIS, PRODÍGIOS E MARAVILHAS.

Segundo Paulo Romero, este culto absurdo e anti-bíblico teve origem na igrejas fundadas por John Wimber, que ficou famoso, em um curso que deu sobre "Sinais, prodígios e maravilhas", juntamente com um dos pais [idealizadores] do movimento de crescimento de Igreja, Peter Wagner, no seminário Fuller , na Califórnia.

Este fato é interessante pois Peter Wagner já veio ao Brasil ministrar suas palestras sobre crescimento da igreja, tem vários livros traduzidos para o português, e é grandemente seguido por uma grande maioria de seminários e pastores brasileiros. Sua tese é que a chave do sucesso para fazer a igreja crescer é sinais e maravilhas, ou seja, a exploração do misticismo milagreiro. Essa é uma das explicações, porque os pastores atuais exploram tanto o misticismo em suas igrejas, seu alvo é CRESCIMENTO e para isto, fazem qualquer coisas, ou a qualquer custo, por todos os meios e formas.

Só que o culto da gargalha é uma contextualização barata da terapia do riso usada por psicólogos e promotores do Movimento Nova Era.

SÉRIAS CONCLUSÕES:

CONCLUSÃO 1: Não podemos contextualizar a mensagem bíblica pelos padrões do mundo, sem tirá-la de seu próprio contexto histórico-gramático-literal-sacro.

CONCLUSÃO 2: Tirar a Bíblia de seu contexto histórico-gramático-literal-sacro equivale a ADULTERAR sua mensagem ou em outras palavras a iniciar um PROCESSO DE APOSTASIA que é difícil prever aonde vai parar.


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