A Entrevista de Maria Gabriela com o Pastor Silas Malafaia.
O laureado filósofo e jornalista brasileiro, Prof. Olavo de Carvalho, declara em vídeo que iremos colocar no final deste artigo o seguinte:
“… olha você discutir com um ignorante é difícil; porque ele não tem medida do que ele está falando … de repente chegam umas idéias tão estapafúrdias que você, para discutir com o indivíduo, você precisaria ensinar para ele desde os rudimentos, os primeiros elementos do assunto; então, seria não um debate, mas um esforço pedagógico e isto eu não posso fazer; e em outros casos você precisaria dar mais do que os rudimentos, você precisaria infundir inteligência no indivíduo, pois ele não tem … ele não tem medida da sua ignorância e não tem medida dos fatos que ele precisaria conhecer para discutir o assunto; justamente por isto fala com uma segurança danada e imagina que o conhecimento que você tem é o mesmo que ele tem e não imagina que alguém possa saber mais.”
1) Não Foi Uma Entrevista Foi Um Debate.
Neste artigo quero enunciar minhas impressões do material que está indicado no final deste artigo, a entrevista que está publicada em http://www.youtube.com/watch?v=Myb0yUHdi14
O programa que a jornalista Maria Gabriela promoveu não se propôs ser uma entrevista, porque se foi, então vemos aqui uma péssima atuação do entrevistador. Ela diz no final, em 44:21:“obrigada pela entrevista”! Ora, numa entrevista, o jornalista pergunta e o entrevistado responde e o público julga. Num debate, as idéias se confrontam e o povo julga, mas no debate tem que haver regras senão vira a casa da mãe Joana.
Basta ouvir o evento e sabemos que foi um debate, porém, foi um debate fraquíssimo pelos seguintes motivos:
(a) A jornalista agiu de modo indigno de sua posição e da própria proposta de seu programa porque ao fazer uma pergunta não ficou calada ouvindo a resposta – e, antes que algum imbecil me critique – eu quero dizer que ela tinha que ouvir a resposta, não que “tinha que concordar com as idéias dele”. Se você faz uma pergunta, é porque espera que a pessoa apresente uma resposta e conclua o raciocínio plenamente e se cale;
(b) Sem querer ser repetitivo, digo que não houve qualquer regra de direito de responder completamente uma pergunta, ficou tumultuado em determinados momentos e o entrevistado foi colocado em situação em que bem no meio da resposta era cortado e não conseguindo encerrar o raciocínio, recebia uma outra pergunta que exigiria uma certa complexidade para ser satisfatoriamente respondida – o nome que se dá a isto é constrangimento;
(c) Por último, as perguntas que estavam no roteiro que ela tinha (porque é claro que a produção deve ter criado um roteiro), ela não seguiu, agiu emocionalmente defendendo três “instituições”: a Revista Forbes, o movimento gaysista brasileiro e o secularismo.
Na exposição que o entrevistado faz, ele se prende à lógica da metodologia da pesquisa, ou seja, ele está armado de argumentos que, podem ser livremente contestados por qualquer um que queira, mas tem que ter um fechamento e não pode ficar em aberto, sem uma definição conclusiva, senão é coisa de conversa de botequim e, neste ponto, sabemos que o programa da Maria Gabriela não é um evento de botequim, mas um programa que se impõe pela credibilidade que se revela na história dela mesmo como jornalista brasileira que detém anos de estrada.
Na minha avaliação o programa foi fraco por estes pontos e, lendo muitos comentários sobre a matéria, vejo que uma grande parcela de pessoas se manifestam sem critério técnico algum e só falam besteiras sobre as três matérias que exigem alguns fundamentos de análise técnica e nãoachismos.
2) Da Credibilidade Fiscal do Pastor Silas Malafaia.
Ninguém é obrigado a gostar de quem não quer!
Mas somos obrigados a viver dentro do Brasil conforme o seguinte preceito intocável:
São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação (Constituição Federal, Artigo 5º, Inciso X).
Para se declarar que alguém é bandido, que é criminoso ou que tem atuado de modo desleal, há de se ter provas e não achismos.
Qualquer pessoa tem o direito de discordar da outra, mas ao discordar, é exigido que, no mínimo, tenha argumentos calçados em provas ou evidências claras.
É livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato.
É assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem. (Constituição Federal, Artigo 5º, Incisos IV e V).
Podemos discordar do Pastor Silas Malafaia, mas, no que foi dito acerca dele na revista Forbes, uma leviandade e uma blandícia foi praticada com descarada intenção de tentar dizer que ele é um malandro que engana as pessoas com seus discursos religiosos, todavia, para mim, ele provou que merece, neste assunto, meu respeito, por três razões:
(a) Ele colocou a disposição da jornalista, na frente do Brasil, a sua declaração de imposto de renda e, safados e bandidos não fazem isto de modo algum – isto é coisa de sujeito honrado e que não deve nada a ninguém no campo do dinheiro. Se querem dizer que não gostam dele por outras razões, que assim seja, mas que é ladrão não! Seria calúnia!
(b) Outro momento importante foi quando se disse que a Revista Forbes teria fontes “seguras” da Polícia Federal, do Ministério Público e Imprensa, isto está em 06:33 do vídeo. Ora, qualquer pessoa que quiser, poderá entrar no endereço eletrônico:http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp105.htm e verificar que existe a Lei Complementar 105 de 10/01/2001 que dispõe sobre sigilo fiscal e que, com absoluta certeza, com 100% de acerto, a Revista Forbes mentiu, não merece credibilidade, causou constrangimento público e tentou incitar a sociedade a entender que Silas Malafaia é ummalandro que usou a boa-fé das pessoas para tomar dinheiro delas, porque ela diz que ele teria 300 milhões de reais e, eu mesmo acreditei nisto num primeiro momento. Porém, a partir de hoje nunca mais darei importância a esta tal de Forbes a menos que ela se retrate e ponha o “jornalista” ridículo que fez estas declarações no olho da rua! O próprio Silas Malafaia deixou claro o que qualquer um de nós deveria saber; ou seja, que a Polícia Federal e o Ministério Público não podem ter acesso de forma alguma ao sigilo fiscal de uma pessoa sem autorização judicial e tal demanda não existe. Me irritou ver a Maria Gabriela tentando “colocar o Silas em xeque” dizendo com veemência: “a imprensa!” – ora, se é jornalista tinha que afirmar isto dizendo exatamente onde estava escrito além da Forbes, porque no argumento, ela deixa claro que a Forbes havia usado este argumento esdrúxulo para justificar um crime.
(c) Por último, neste ponto, eu considerei muito apropriado o Pastor Silas Malafaia deixar bem claro publicamente os imóveis que possui, porque assim a transparência dele cala a boca de quem acha que todo Pastor é um safado comedor de dízimos – ele foi íntegro e decente em suas colocações e me convenceu. A Receita Federal é o órgão que tem que falar a este respeito, fora disto é conversa de gente que deseja imputar maledicências e não tenho dúvidas de que estava ali na cara da Gabi, de frente com ela, este documento – ela deveria seguir adiante e dizer assim: “bem, está apresentada a posição do Pastor Silas Malafaia sobre a questão das declarações da Forbes e pelo que vejo aqui, pelo que examino aqui, a Receita Federal concorda com os argumentos dele!” – ela deveria ter sido orientada acerca desta questão e não ter feito o que fez, ou seja, ela queria a todo custo que o Pastor Silas Malafaia fosse considerado um malandro que desvia dinheiro das Congregações para enriquecimento pessoal e, ele demonstrou claramente que não faz isto.
3) Do Problema do Movimento Gaysista Brasileiro.
Tenho cerca de umas 80 horas de vídeos que assisti sobre esta questão da PL-122 que pretende convencer os cidadãos sérios da Nação que o nosso País tem que ter uma lei que garanta as pessoas que possuem a prática homossexual uma situação privilegiada de defesa do seu estilo de vida.
Já vi diversos argumentadores e cheguei a três conclusões bem simples com as quais sempre me manifesto quando o tema é evocado:
(a) Os assuntos que envolvem a sexualidade de uma pessoa deveriam ser absolutamente privativos e nunca de foro público, portanto, um heterossexual ou um homossexual deveriamter vergonha na cara de ficarem expondo sua sexualidade para os outros, isto é ridículo e imoral. Se um sujeito quer praticar sexo anal, oral ou convencional, ou ainda mais, se deseja praticá-lo em qualquer outro nível (animal, com árvores, etc.), isto não deveria ser objeto de discussão pública – isto é um rebaixamento do discurso político nacional e só gente com a cabeça sem qualquer dignidade fica a falar acerca disto. Não se pode tratar da mesma forma a educação sexual que possui o foro competente na sala de aula.
(b) Se o argumento principal dos gays e outras personalidades que apreciam atuar de modo exclusivamente sexuado na sociedade, é o de que eles são maltratados por uma faixa da população que usa de violência porque eles vivem assim – eu discordo em 100% de que a PL-122 seja aprovada, porque o Código Penal Brasileiro já declara que qualquer tipo de violência deve ser imediatamente resolvida pelo viés da prisão. Um tapa na cara que alguém dá em um heterossexual é o mesmo tapa na cara de um homossexual, porque tapas na cara são atitudes de violência e qualquer que seja a razão que um agressor apresente, ela será violência. Não importa se é contra um homossexual, um negro, um índio ou qualquer ser humano por qualquer outro motivo.
(c) Agora, por outro lado, um gay deve ter a dignidade de guardar a sua vida sexual dentro da sua casa, porque se quer fazer sexo ou insinuar a sua sexualidade na rua, impor a sua personalidade pelo viés da sexualidade que professa, deve ser tão penalizado como um tarado ou como um contraventor – esta mesma punição deve ser dada ao heterossexual que fica nas ruas “cantando” as mulheres porque acha que é macho e por isto este seria um comportamento aceitável. Quando uma pessoa usa a sua sexualidade para constranger outras pessoas se costumava chamar isto de atentado ao pudor, assédio sexual ou qualquer outra palavra que seja do mesmo nível (devasso, imoral). Quem foi que disse que temos que saber se alguém é gay ou não é gay? Quem foi que disse que a vida gira em torno de um pênis, de uma vagina ou de um ânus? Qualquer um que centraliza a sua existência nesta direção é um desequilibrado, cheio de manias e tem um vício que deveria ser tratado. E, neste ponto, as taras sexuais estariam sendo defendidas em lei se esta PL-122 for aprovada! Eu sou heterossexual, amo alguns homens e nem por isto fiz ou tenho que fazer sexo com eles. Uma mulher pode amar outra mulher e nem por isto deve ser chamada de lésbica. Mas, a homossexualidade é definida exatamente pelo ato específico de se fazer sexo com outra pessoa do mesmo sexo – pelo amor de Deus, está em qualquer dicionário! E onde é que este assunto deve ser de foro público? Aliás, se qualquer um quiser falar deste assunto deveria ficar a vontade, dentro do devido decoro – mas a PL-122 pretende que não se possa declarar que eu não concordo com a prática homossexual. Ora, da mesma forma que um homossexual pode declarar que não gosta da minha prática eu devo ter o direito de fazer tal análise em relação à ele e ponto final!
O Pastor Silas Malafaia não deixou dúvidas do que qualquer evangélico está mais que saturado de dizer e saber: “nós respeitamos e amamos as pessoas, mas não podemos concordar com o pecado, porque o pecado é um mal e se nós dissermos qualquer coisa diferente disto deixaremos de ser a Igreja de Cristo que existe há mais de dois mil anos!” A Igreja não vai deixar de declarar que ser homossexual é pecado, porque ela se baseia na Bíblia e a Bíblia não deixa dúvidas de que tal prática é contra a Lei de Deus! Isto não tem negociação – porém, não defendemos que quem pratica sexo de qualquer tipo em sua casa seja agredido, aliás, ninguém deve ser agredido. Outrossim, se praticar sexo de qualquer tipo em público, para nós e qualquer outro a solução é cadeia!
A jornalista pretendeu defender a postura homossexual como se fosse uma coisa que a sociedade tem que aceitar passivamente e fica claro o despreparo dela para o debate, ela deveria fazer as perguntas de uma entrevista e deixar o entrevistado fazer o papel dele – se ela queria produzir suas opiniões deveria ter feito assim: “hoje eu vou entrevistar a mim mesma e dizer o que eu penso sobre isto e aquilo”.
Isto nos remeterá ao problema do secularismo!
Acerca do movimento gaysista brasileiro recomendo para a análise pontual a análise do Professor Olavo de Carvalho em http://www.youtube.com/watch?v=0qBSSFvJuN8
4) Do Problema do Secularismo.
Por secularismo entendemos que seja a prática de um caminho em que as coisas deste século devem predominar em detrimento das demais.
Um dos argumentos da jornalista e que está em 32:39 é: “Silas, as famílias mudaram, a sociedade como um todo mudou, mudou tudo Silas”.
Esta é a máxima do secularismo.
A Igreja deve enfiar o rabo no meio das pernas e deixar a sacanagem geral dominar tudo? É isto que se espera de Igreja? Que conversa fiada é esta?
Sempre houve bordel, sempre houve homossexuais, sempre houve toda sorte de práticas sexuais ilícitas e, sempre houve a Igreja que está exatamente na direção oposta destas coisas – não mudou coisa nenhuma! Isto é uma conversa sem pé nem cabeça, coisa de gente que fala sem considerar cuidadosamente o mérito das questões que fala.
Então, a jornalista gosta da prática homossexual? Se sim ou se não, o problema é dela, mas pretender dizer que as famílias mudaram com base no secularismo? Então as famílias mudaram e viraram famílias gays e todos nós temos que viver o sistema gay? Se eu digo que não quero ser gay sou homofóbico? Eu não quero matar gay algum, mas também não quero que me impeçam de ser quem eu quiser ser! Boa sorte na vossa vida gay, mas não se intrometam com a minha vida!
Alguém, por favor, faça ela saber que as Igrejas de Cristo não são puteiro, nem galinheiro e nem casa de homossexuais! Isto é ponto pacífico! É só o que faltava a Igreja ter que assumir uma conversa de “apoio gay” – ora, esta turma não sabe ler e nem escrever? As pessoas gays podem ir e vir aonde quiserem, mas a Igreja vai dizer que eles são praticantes de uma coisa que a Bíblia diz que não pode ser? Então vamos eliminar a Igreja da Terra e em seu lugar vamos colocar o gaysismo?
No dia que os pastores fecharem com o homossexualismo ou homossexualidade, no sentido de aceitarem que seja uma prática razoável – então a Igreja acabou, o modelo de casamento entre homens e mulheres estará encerrado e todos nós vamos viver em função de um pênis, de um ânus ou de uma vagina!
Isto é ridículo!
As famílias não mudaram coisa nenhuma e se for feito um plebiscito sobre esta PL-122 ela será uma bola que não bate nem na trave!
Os secularistas querem que a Igreja desapareça da Terra, os evangélicos são chamados de inimigos pelos defensores do movimento gaysista, mas e os trabalhos em prol dos drogados, dos alcoólatras e dos que vivem de prostituição esta turma não fala nada? A Igreja deveria deixar de fazer isto que é e se apaixonar pela mania sexual dos homossexuais e liberar posturas do tipo“todo mundo transando com todo mundo”? É isto?
Sem palavras … Silas Malafaia recebe meus respeitos neste ponto também!
Mas, quando o Silas Malafaia apresentar uma doutrina fora da Bíblia, quando fizer algo que seja digno de ser reprovado, eu não concordarei com ele, assim como ninguém deveria concordar comigo na mesma condição!
http://professorjean.com/artigos/capelania-artigos/a-entrevista-de-maria-gabriela-com-o-pastor-silas-malafaia
Obrigado pela visita, e volte sempre.
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