sexta-feira, 28 de junho de 2013

A Origem dos Termos Direita, Esquerda e Centro, usados em Política



Ainda que sejam expressões praticamente em desuso, diante da grande mistura ideológica partidária atual, transformando tudo em consenso, principalmente quando se trata de macro-economia e investimentos públicos, nunca é demais lembrar que estes termos remontam a Revolução Francesa, quando Girondinos e Jacobinos se opunham na Assembléia Nacional (parlamento).

Os membros do Partido da Gironda, cujo termo refere-se a um departamento (território) francês, era composto pela aristocracia nacional, à nobreza favorável à manutenção do rei e conciliação com a monarquia; fervorosamente contrária à Revolução e à Salvação Nacional, sentavam-se à direita da Mesa do Presidente da Casa.

Nos assentos à esquerda, ficavam os membros do Partido Jacobino, oriundo do Clube dos Jacobinos, nome devido ao Convento dos Jacobinos, à rua onde se instalou (St. Jacques = jacobus em latim; Jacobins, em francês) agremiação protagonista da Revolução Francesa, convertida em partido político.

O Partido Jacobino (representante dos sans-culottes, a parcela mais humilde da população), radical em seu posicionamento quanto ao avanço e aprofundamento da Revolução e comprometido com as mudanças sociais, era composto por deputados hostis e totalmente contrários à monarquia francesa, às casas reais européias em geral, aos títulos nobiliárquicos, suas prerrogativas e seu status.

Ao centro, ficava o grupo mais heterogêneo e sempre disposto ao consenso.
Com membros da alta, média, pequena burguesia e alguns aristocratas, não possuía perfil ideológico característico definido ou comprometimento com os dois grupos mais atuantes, votando ora com um, ora com outro, todavia, sem converter-se em seus antagonistas.

Daí em diante, os termos passaram a referir-se ao perfil ideológico e político adotado de forma individual ou coletiva.

De Direita, é o indivíduo ou grupo reacionário, burguês, conservador do ponto de vista social e científico, adepto do status quo e das instituições, ou liberal, do ponto de vista econômico, aderindo à iniciativa e investimentos privados nos empreendimentos, o chamado laissez faire.

De esquerda, identificado com o coletivismo, as questões sociais, o socialismo, o intervencionismo estatal, ideais progressistas, o domínio do estado sobre a iniciativa pessoal ou particular, anticlerical e anticapitalista.

De Centro, sem comprometimento direto, moderado, articulista e que rejeita a política panfletária e o embate direto em questões controversas, adepto das “alianças suprapartidárias”, acomodando-se “em cima do muro “.

Posteriormente, todos estes termos tornaram-se flexíveis, admitindo a centro-esquerda e a centro-direita, por exemplo, para caracterizar um maior comprometimento ideológico; ou extrema-direita e extrema-esquerda, para identificar radicalismo político e intolerância.

A extrema-direita caracteriza-se por recorrer ao nacionalismo, à religião, à xenofobia e, por vezes, à truculência e intimidação; ao militarismo ou para-militarismo, à propaganda estatal, ao Estado policialesco e às armas para impor sua linha de raciocínio, negando a intervenção democrática e a discussão social; impondo-se pela ditadura, através do controle personalista de um líder.

Uma parcela considerável dos “Golpes de Estado”, com deposição de chefes de governos, ou ascensão fraudulenta ao poder, historicamente, foi promovida por adeptos desse ramo ideológico.

A extrema-esquerda não tem se diferenciado, pelo emprego dos métodos, em bases gerais, da definição da extrema-direita, não fosse o fundamento do sistema de idéias, a noção de Estado, Economia e Produção.

A esta definição, inclui-se oposição ao conjunto democrático vigente, pregando o
rompimento do sistema como é conhecido, através do combate armado ao capital e seus representantes; a adoção do niilismo e a exportação da revolução a todos os continentes.
Também faz feroz oposição aos partidos socialistas e comunistas, a quem acusa de subversão dos ideais soviéticos.

Tem se caracterizado, para alcançar o poder, pelo emprego de intentona (rebelião) ou processos revolucionários

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