Estrutura do Ego, Função Intrapsíquica e Mecanismos de Defesa:
Um Comentário sobre os Conceitos Teóricos originado de Eric Berne
Richard O . Erskine
in Transactional Analysis Journal
Vol. 18, n º 1 - Janeiro de 1988
Resumo:
A maior contribuição de Berne para a teoria psicoterápica foi seu desenvolvimento dos conceitos de subdivisões de ego. Autores mais recentes têm se desviado da descrição de Berne de tais estados. Neste artigo definem-se os estados de ego, esclarecem-se suas funções intrapsíquicas e reexaminam-se as regras de mecanismos de defesas. São explicadas imagens do ego auto-geradas e são descritas suas influências internas. O artigo se conclui com uma definição de saúde baseada na função integrativa do estado de ego Adulto.
Eric Berne (1961) estendeu o pensamento psicanalítico com sua elaboração e aplicação dos conceitos de subdivisão do ego de Paul Feder (1953).
A contribuição de Berne à teoria dos estados de ego abriu a possibilidade para uma drástica mudança na prática psicoterápica e antecipou em muitos anos a mais recente mudança de paradigma psicanalítcio para a “psicologia do self” (Kouhut, 1971, 1977; Kenberg, 1976) como também um perspectiva desenvolvimentista que focaliza, como causa das disfunções psicológicas, fixações pré-Edipoanas e infantis. (Maher 1968; Maher, Pine et Bergman, 1975, 1981; Miller 1981; Stern, 1985).
Na popularização da Análise Transacional ocorrida nas duas últimas décadas, muitos dos conceitos teóricos originais de Eric Berne têm sido usados erroneamente ou apresentados de modo simplista. Frequentemente os exemplos e explicações de Berne têm sido utilizados como definições dos estados de ego, ou tem havido falhas ao correlacionar os quatro determinantes de cada estado de ego - os aspectos fenomenológico, histórico, comportamental e social - o que é imprescindível para um completo entendimento do funcionamento intrapsíquico e transacional do ego.
Como resultado, os estados de ego têm sido apresentados como a taxonomia do comportamento ou como classificação de experiências subjetivas, carentes da necessária ênfase na fixação em fases do desenvolvimento, nas introjeções e nos mecanismos de defesa.
A popularização e simplificação da teoria dos estados de ego tem levado a uma confusão a cerca dos conceitos originais de Berne bem como a falta de entendimento dos fenômenos intrapsíquicos aos leitores de artigos e livros de A . T. pós Berne.
A popularização e simplificação da teoria dos estados de ego tem levado a uma confusão a cerca dos conceitos originais de Berne bem como a falta de entendimento dos fenômenos intrapsíquicos aos leitores de artigos e livros de A . T. pós Berne.
O EGO
Em sua obra Psicologia do Ego e Psicoses, Federn (1953) descreveu o ego como um estado “experienciado” de sensações; algo real e não simplesmente como um construto teórico. O vocábulo latino “ego”, como foi usado na tradução para o inglês dos artigos psicanalíticos originais, substitui o termo Freudiano “Das Ich” - O eu. O Ego constituis-se dos aspectos identificantes e alienantes dos self. Ele é nosso senso de “isto sou eu” e de “isto não sou eu”. O ego discrimina e separa sensações originadas fora do organismo. O ego é nossa identidade - aquele “estou faminto”, “sou um psicoterapeuta” ou “não sou motorista de ônibus, embora possa dirigir um”.
Paul Federn observou que pacientes com sérios distúrbios exibem um ego típico, que, ambiguamente, identifica-se com sensações internas e ao mesmo tempo, identifica-se ou discrimina-se de estímulos desenvolvimentais. Em outras palavras, este ego típico manifesta um sentimento de identidade e uma resposta ao desenvolvimento, como a de uma criança muito pequena. Federn descreveu tais diferentes manifestações como estados do ego, isto é, diferentes identidades. Além disto ele refere-se à constante presença psíquica das figuras parentais em seus pacientes psicóticos (Weiss 1950) apesar de não ter ido tão longe a ponto de descrever tal fenômeno como um estado do ego. Ao invés disto, preferiu continuar definindo-o como descrito no conceito psicanalítico de superego.
Em sua análise pessoal com Paul Federn , Eric Berne foi grandemente influenciado por tais idéias e interpretações teóricas acerca dos diferentes estados do ego. Ao longo de sua análise, primeiro com Federn e depois com Erick Erickson, Berne passou uma década e meia fazendo experiências com intuição e ego-imagem (Berne 1949, 1955, 1957 a). Com base em tais experiências e observações clínicas, Berne fez uso da perspectiva desenvolvimentista de Erickson de 1950, para elaborar sobre a teoria de Federn de 1953 e posteriormente refinar o conceito de estados de ego (Berne 1957; 1961).
ESTADOS DO EGO
Berne, em seus primeiros artigos (pré - 1966) pressumiu que o leitor estava familiarizado com uma definição operacional de ego. Ele descreveu um estado de ego, fenomenologicamente como um sistema coerente de sentimentos relacionados a um dado sujeito, operacionalmente como um conjunto padrões de comportamentos coerentes, e ainda, pragmaticamente como um sistema de sentimentos que motivam um conjunto de padrões de comportamentos correlatos. (Berne 1961, p. 17).
Mais tarde, Berne usou uma descrição coloquial de estados do ego (Pai, Adulto e Criança) para se referir a manifestações fenomenológicas dos órgãos psíquicos ” (extereopsique, neopsique e arqueopsique) cuja função é a de organizar os estímulos internos e externos. Extereopsique, arqueopsique e neopsique referem-se, respectivamente, aos aspectos da mente extraídos de uma fonte externa, à mente infantil de um período anterior de desenvolvimento e à mente corrente. Ao longo de “Análise Transacional em Psicoterapia”(1961) Berne uso os termos que designam órgãos psíquicos no lugar do termo “estado de ego” para “denotar estados da mente e seus padrões de comportamentos correlatos”. (p. 30).
Berne (1961) estabeleceu: “O estado de ego Adulto é caracterizado por um conjunto autônomo de sentimentos, atitudes e padrões de comportamento correlatos, os quais são adaptados à realidade corrente”(p. 76). Nesta descrição, o uso de berne no termo “autônomo” refere-se ao estado de ego adulto, neopsique funcionando sem o controle de um ego introjetado ou arcaico.
Quando no estado de ego adulto, uma pessoa está em pleno contato com o que está ocorrendo, duplamente, dentro e fora de seu organismo, de modo compatível com seu estágio atual de desenvolvimento. Esta função neopsíquica do ego(mente corrente) avalia e integra: 1- o que está ocorrendo momento a momento, internamente e externamente, 2- experiências passadas e seus efeitos resultantes, e 3- as influências psicológicas e identificações com outras pessoas significantes em sua vida.
Este estado de ego Adulto, consiste em comportamento motor, desenvolvimento emocional, cognitivo e moral, compatíveis com a idade; na habilidade de ser criativo e na capacidade para um engajamento pleno e contatuante em relacionamentos significativos. Para descrever a plena capacidade neopsíquica do estado de ego Adulto de integrar valores, processar informações, responder a emoções e sensações, ser criativo e integrado, Berne (1961 p. 195) enfatizou tais aspectos, usando os termos gregos Ethos e Pathos, aos quais ele acrescentou Logos, a habilidade para usar a lógica e o raciocínio abstrato e Technos, a habilidade para criar.
Este estado neopsíquico de ego foi contrastado por Berne com um estado de ego arcaico o qual consiste em fixações anteriores de desenvolvimento. Nas palavras de Berne (1961) “O estado de ego Criança é um conjunto de sentimentos, atitudes e padrões de comportamento que são relíquias da infância do próprio indivíduo (p. 77). Este estado de ego Criança percebe o mundo exterior e as necessidades e sensações internas, da mesma forma que a pessoa possa parecer estar relacionada à realidade corrente, ele ou ela está vivenciando a situação presente com a capacidade intelectual, social e emocional de uma criança àquela fase de desenvolvimento de traumas ou confusões não resolvidas, isto é, fixação.
Deve-se observar que o uso do termo estado de ego Criança no singular pode conduzir a uma interpretação inadequada. Uma criança se desenvolve através de um número de fases e estágios (Piaget, 1936 / 1952; Erickson, 1950; Mahler, 1968; Pine et Berman, 1975) e repressão e fixação podem ocorrer em qualquer um deles. Sob a influência de um conjunto de estressores nós podemos pensar, sentir e agir tal como fizemos quando tínhamos 6 anos de idade, sob outros estressores podemos perceber a nós mesmos, ou o mundo ao redor como fizemos quando bebês.
O estado de ego arqueopsique é muito mais complexo do que o inferido por vários autores que usam simples exemplos de espontaneidade, intuição, complacência ou capacidade emotiva para descrever os estados de ego Criança. A criança ou, estado de ego arcaicos, são a “inteira personalidade” de uma pessoa, como se ela estivesse em um período de tempo anterior de seu desenvolvimento. Isto inclui as necessidades, desejos, urgências e sensações daquela fase de desenvolvimento em que ocorreu a fixação. Inclui ainda os mecanismos de defesa e processo de pensamento, percepções, sentimentos e comportamentos daquela fase.
O estado de ego arcaico é o resultado da suspensão do desenvolvimento que ocorreu quando necessidades críticas de contato da tenra infância não foram supridas. As defesas da criança contra o desconforto ou necessidades não supridas tornam-se egotizadas, fixadas; a experiência não pode ser plenamente integrada ao estado de ego Adulto até que tais mecanismos de defesa sejam dissolvidos.
Berne (1961) também explorou as observações de Federn de que em muitos de seus clientes havia uma constante presença psíquica de figuras parentais influenciando seus comportamentos. Esta influência parental é proveniente de pessoas reais que anos antes ser inteiraram ou tiveram responsabilidade sobre aquele indivíduo quando ele (ou ela) era criança.
Tal influência parental é mais tangível que o construto freudiano de “Superego”(“Uber - Ich”). Mediante investigação histórica é possível traçar o que foi, na época, dito ou feito, por quem e quando, na infância da pessoa, isto ocorreu. Através da introjeção (uma inconsciente identificação defensiva e internalização) a criança fez a figura parental parte de si mesma (self) isto é, ego.
Berne (1961) concluiu que pais introjetados também tornam-se um estado de ego que ele definiu com “um conjunto de sentimentos, atitudes e padrões de comportamento que assemelham-se àqueles da figura parental”(p. 75). Entretanto a frase “assemelham-se àqueles da figura parental” é também um tanto dúbia. Dos exemplos e descrições de Berne em “Análise Transacional em Psicoterapia” (1971) e a partir de minhas próprias clínicas fica claro que o estado de ego Pai é uma presente internalização histórica da personalidade de um dos próprios pais, ou outras figuras parentais significativas, da maneira como elas eram percebidas pela criança à época da introjeção.
Os conteúdos do estado de ego Pai, são adquiridos, isto é, são introjetados a partir de figuras parentais na tenra infância e em menor grau durante a vida. Se não forem reexaminadas no processo de desenvolvimento posterior, permanecem não assimilados ou não integrados ao ego neo-funcional. Uma vez que não definir, nos vários estágios de desenvolvimento as percepções da criança de reações de proteção, emoções e processos de pensamento, também não, os conteúdos e funções intrapsíquicas do estado de ego Pai, variar de acordo com o período de desenvolvimento no qual se deu a introjeção.
Introjeção é um mecanismo de defesa geralmente usado quando há carência de contato psicológico amplo entre a criança e o adulto que lhe é significativo; o conflito resultante é internalizado, já que assim pode parecer mais fácil de ser administrado (Pears 1978). Os elementos introjetados podem permanecer como uma espécie de “corpo estranho” dentro da personalidade e geralmente não são afetados por aprendizagens ou desenvolvimentos posteriores, mas continuam a influenciar comportamentos e percepções. Eles constituem uma parte alienada da personalidade, embutida no ego e vivenciada fenomenologicamente como se fossem próprios da pessoa, mas que na realidade formam uma personalidade emprestada.
Quando os elementos introjetados são consistentes ou sintonizados com pensamentos, sentimentos e comportamentos dos estados de ego Adulto ou Criança, em geral o indivíduo não tem consciência de que há qualquer angústia intrapsíquica. Entretanto, quando tais elementos são destoantes das experiências dos estados de ego Adulto ou Criança eles podem levar a uma desconfortável sensação de conflito interno.
EGO IMAGENS AUTO - GERADAS
Acrescentando-se aos estados arcaicos de ego (Criança), criado e estabelecido a partir de reações de defesa, decisões e experiências precoces, há um outro processo pelo qual os conteúdos do estado de ego Criança podem ser fixados. A fixação pode aparecer em estágio posterior da vida como semelhante a um estado introjetado de ego Pai, mas sua origem está nos fantasmas de uma criança pequena.
Como parte de um processo normal de desenvolvimento, no período de pré escola e jardim de infância, as crianças geralmente criam alguma imagem ou ser, como uma maneira de prover controles, estrutura, educação ou o que quer que tenham considerado como esquecido ou inadequado na tenra infância. Algumas crianças criam o seu próprio “Brogie-Man” pessoal, uma criatura aterradora que ameaça com drásticas conseqüências ao menor deslize. Investir nestes “pais” fantasiosos com todos os seus maus e assustadores aspectos, permite-lhes preservar mãe e pai verdadeiros, como perfeitamente bons e amorosos. Outras crianças podem criar uma “Fada boa mãe” espécie de pais que a amam e nutrem, mesmo quando seus pais reais são frios, ausentes e abusivos. Estas imagens criadas servem como um para - choques entre as figuras parentais reais e os desejos, necessidades ou sentimentos da criança pequena.
Com o amadurecimento, em fases posteriores do desenvolvimento as crianças geralmente libertam-se destas imagens auto - geradas. Em famílias onde, por razões de sobrevivência é necessário reprimir a percepção, consciência de carências, sentimentos ou lembranças, a imagem auto - gerada torna-se fixada e não é integrada com aprendizagens do desenvolvimento posterior. Quaisquer que sejam as características dessas imagens auto criadas do estado de ego Criança, com o passar dos anos, estas vêm operar como uma influência intrapsíquica de maneira semelhante ao estado ego Pai. Entretanto o “pai” auto-gerado, em geral é mais exigente e menos lógico e razoável do que os pais verdadeiros (sobretudo por que teve sua origem nas fantasias de uma criança pequena). Tais imagens influenciadoras são concluídas em uma hermética coleção de pensamentos, sentimentos ou comportamentos não integrados, aos quais o sujeito responde no momento presente, como se fossem introjeções oriundas do significante amadurecimento da tenra infância.
MECANISMOS DE DEFESA E AS FUNÇÕES ESTADO DE EGO
Até aqui, o desenvolvimento e a estrutura dos estados de ego tem sido descritos. A função dos estados de ego é a interação dinâmica de processos intrapsíquicos e atividades manifestadas. Isto inclui comportamentos arcaicos e processos de pensamento fixados, comportamentos e atitudes de outras pessoas significativas, introjetadas e mais importante, os mecanismos de defesa correlatos.
Berne, no decorrer de seus artigos, presumiu que o leitor estava familiarizado com os mecanismos de defesa psicanalíticos e por isto, não elaborou regras sobre os mesmos, numa análise funcional dos estados de ego. Feder (1953) anteriormente havia entrado em detalhes sobre os mecanismos de defesa e os estados de ego.
O conhecimento dos mecanismos de defesa é parte integrante da compreensão do funcionamento dos estados de ego. Isto porque a fixação de mecanismos de defesa dos aspectos do ego, arcaicos (Criança) ou introjetados (Pai), permanecem em estados separados e não tornam-se integrados à consciência neopsíquica (Adulto).
A consciência de necessidades, desejos, lembranças e influências externas do estado de ego Adulto, permanece bloqueada através da manutenção das defesas infantis de fuga, indiferença e confronto (briga). (Fraiberg, 1983); das defesas orais posteriores de explosão (Fairbain, 1954) e transformação de afeto (Fraiberg, 1983); e das defesas precoces da infância descritas por Anna Freud (1937).
Como um resultado da fixação de mecanismos de defesa, a função do estado de ego pode ser observada de modo duplo, ativamente e como uma influência intrapsíquica. Podemos observar a manifestação do estado de ego extereopsíquico (Pai) quando um sujeito, ativamente sente, percebe o ambiente ou age do modo que seus pais fizeram anos antes. Quando o estado de ego extereopsíquico está influindo intrapsiquicamente, “o indivíduo manifesta um atitude de submissão infantil” (Berne 1961 p. 76). O estado de ego arqueopsíquico se apresenta em uma das duas formas: A criança adaptada que se manifesta por um comportamento que é inferido como estando sob a dominação da influência Parental, na forma de submissão ou alheamento. A criança natural que se manifesta sob formas autônomas de comportamento tais com rebeldia ou auto-indulgência (Berne 1961) p.p. 75 - 76). Nos dois casos o estado de ego Criança é arcaico e manifesta mecanismos de defesa previamente fixados em períodos anteriores do desenvolvimento ou está exibindo uma liberação de controle e a arcaica expressão desta liberdade.
Eric Berne usa os termos criança adaptada e natural em seus dois livros “Análise Transacional em Psicoterapia” (1961) e “Jogos que as pessoas jogam”(1964) como adjetivos para modificar os estados de ego Criança e para se referir a manifestações da dinâmica intrapsíquica. Os termos “adaptada” e “natural” não são usados como denominações, isto é, Criança Adaptada e Criança Natural, não foram usados para implicar estados do ego, apesar de terem sido usados para descrever a interação entre um processo intrapsíquico específico e comportamento.
O EGO ADULTO INTEGRADO
A identidade do self - ego - de cada indivíduo pode estar incluída em qualquer um dos três estados de ego e a transação com outras pessoas pode vir a partir de qualquer um dos estados de ego, geralmente sem a consciência de qual deles está ativo. Os problemas psicológicos emergem quando idéias, imagens e emoções introjetadas e / ou arcaicas, contaminam as percepções que o estado de ego Adulto tem do “aqui e agora”. Quando há contaminação do estado de ego Adulto a experiência fenomenológica da pessoa parece estar processando os estímulos correntes de acordo com sensações e sentimentos do momento e parece apresentar um comportamento aprovado à situação, quando de fato não é assim. A pessoa não tem consciência de que idéias introjetadas e emoções e / ou decisões infantis estão influindo sobre as percepções presentes, o que resulta freqüentemente em problemas de comunicação e relacionamento.
O ego saudável é aquele no qual o estado de ego Adulto, em pleno funcionamento neopsíquico está em ação e trás integrados (assimilados) o conteúdo e experiências arqueopsíquicas e extereopsíquicas. Quando mecanismos de defesa anteriores permanecem fixados, como foi evidenciado pelo estado de ego Adulto quando sintônico ou contaminado pelo Pai ou pela Criança, ou quando as fronteiras entre os estados de ego são muito permeáveis ou fracamente definidas, o estado de ego Adulto não pode servir a esta salutar função integrativa.
A maior contribuição de Eric Berne à teoria psicoterápica foi sua elaboração e elucidação dos aspectos manifestados ou intrapsíquicos do ego em seus vários estados e de como estes estados do ego determinam nossas transações com os outros. A Análise Transacional tem o singular potencial de contribuir para o avanço da psicoterapia numa dupla direção; tanto em psicoterapia profunda, como em terapia cognitiva comportamental, indo além de descrições comportamentais dos estados de ego e enfatizando a contribuição de Eric Berne ao entendimento da estrutura do ego, seu funcionamento intrapsíquico e da comunicação interpessoal.
Richard O . Erskine, PhD; Instrutor e Supervisor em Análise Transacional; é diretor de Treinamento do Instituto de Psicoterapia Integrativa.
PS: pedidos de cópias, favor enviar para Dr. Erskine 500 East 85 th Street, New York, NY 10028, USA |
O Instituto para Psicoterapia Integrativa é autorizado pela Associação Americana de Psicologia a oferecer educação continuada para psicólogos, pelo Conselho Nacional de Conselheiros Certificados para aqueles que fazem aconselhamento, e pelo Conselho Americano de Examinadores Pastorais para aconselhamento pastoral. O Instituto para Psicoterapia Integrativa assume a responsabilidade por este programa e seu conteúdo.
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