sexta-feira, 19 de setembro de 2008

ALGUNS PRINCÍPIOS ORIENTADORES – ESTÁGIOS CURRICULARES.


ALGUNS PRINCÍPIOS ORIENTADORES – ESTÁGIOS CURRICULARES

Profa. Dra. Stela C. Bertholo Piconez - FEUSP

I - Objetivos dos Estágios (Didática - EDM 402) Modalidade: Iniciação Científica

  • Ampliar reflexões sobre a questão do ensino inserido no núcleo do processo educativo escolar como mediação articuladora do fenômeno da educação com a realidade social global

  • Ampliar reflexões sobre a articulação prática/teoria/prática existentes na teoria e na prática do professor (discurso x desempenho)

  • Ampliar reflexões sobre a relação bidirecional entre o cotidiano escolar (referencial empírico) e o referencial teórico da disciplina Didática

  • Análisar os procedimentos de ensino, tendências, potencialidades, limitações e distorções na organização do trabalho pedagógico, a partir de reflexões críticas sobre as necessidades da escola pública (Ensino Fundametnal/Ensino Médio/Educação Infantil/Educação Especial/Educação de Jovens e Adultos) através de pesquisa bibliográfica

  • Identificar, em micro-situações escolares vivenciadas (projetos de pesquisa), as interferências organizacionais, institucionais e pedagógicas no desempenho da formação dos professores e dos alunos e suas conseqüências para a qualidade do ensino.

II - Conteúdos (Didática)

A - Ao nível da reflexão teórica

1. A Ação Docente inserida no Trabalho Pedagógico

1.1. Dimensões Básicas do Processo de Ensino (teorias e/ou abordagens de Ensino-Aprendizagem)

1.2. Articulação prática/teoria/prática

1.3. A Construção de Conhecimentos na Educação Escolar (fundamentos epistemológicos e pedagógicos) e seu estudo teórico pela Didática

2. A Formação de Professores

2.1. Caracterização histórica, política e pedagógica (área ou disciplina)

2.2.A Estrutura Curricular da disciplina ou eixo curricular - Diretrizes Curriculares (PCNs)

- Componentes e Conteúdos da educação escolar

- Interdisciplinaridade/Transdisciplinaridade

B - Ao nível da reflexão teórico-prática

1. Fase de Identificação e de Aproximação da pesquisa

1.1. Manusear e analisar referenciais bibliográficos (históricas, legais e oficiais) para compreensão e identificação da Didática na formação do professor por níveis de ensino e componentes curriculares

1.2. Acessar bibliotecas virtuais

1.3. Elaborar fichamentos bibliográficos (resumo, resenhas, dados sobre autor, glossário temático etc)

1.4. Analisar mapeamentos categorizados sobre a Formação de Professores nas abordagens de ensino contemporâneas que utilizam as Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs).

2. Fase de Representação

2.1. Análise quantitativa e qualitativa dos dados coletados envolvendo os estruturantes da Didática na formação de professores (objetivos, conteúdos, aluno, professor, avaliação, metodologias etc)

2.2. Produção Coletiva de texto sobre Formação de Professores sob a perspectiva de abordagens contemporâneas de ensino envolvendo TICs

3. Fase de Reflexão, Entendimento e Socialização das Experiências vividas nos estágios supervisionados

3.1. Fichamento Bibliográfico (formulários)

3.2. Exposição e socialização das análises realizadas

3.3. Produção do texto coletivo

3.4. Auto-avaliação dos estágios como iniciação científica

III - Organização dos estágios

Na construção do trabalho de investigação sobre Formação de Professores x TICs X abordagens contemporâneas de ensino faz-se necessário ter presente:

1. a dinâmica do processo educativo em seus estruturantes (concepção de escola, mundo, cultura, aluno, professor, avaliação, conteúdos etc)

2. o intercâmbio das experiências (referencial empírico e teórico) através da pesquisa em periódicos sobre o tema e nas bibliotecas virtuais

3. a experiência vivida em sala de aula, nos estágios e na pesquisa científica, como instrumento de reflexão da ação desenvolvida e como base ou fonte inspiradora dos estudos que permitam repensar a continuidade dos projetos de investigação da realidade escolar de formação de professores

4. a socialização permanente das investigações sobre Formação de Professores e a questão da Didática em abordagens que utilizam recursos tecnológicos

5. levantamento permanente de bibliografia sobre os componentes curriculares e sobre a formação do professor

6. seminários com objetivos definidos, tais como:

- manter contacto teórico aprofundado com propostas de trabalho sobre Formação de Professores ;

- compreender o conteúdo fundamental dos estudos, pesquisas e leituras sobre a problemática da formação do professor, sob perspectiva científica;

- problematizar questões pertinentes aos projetos de investigação nos estágios e socializar com a classe/grupo, alternativas adequadas.

IV - Avaliação

A avaliação, parte integrante de todo processo do trabalho pedagógico e instrumento gerador e inspirador de novos estudos, supõe estudos junto aos alunos, dos critérios mais adequados. Objetivamos a prática da avaliação continuada e sugerimos, alguns dos critérios que serão discutidos com os alunos:

1. Frequência, assiduidade e pontualidade na entrega dos relatórios e debates sobre os estágios;

2. Participação efetiva no planejamento, desenvolvimento e avaliação dos seminários pretendidos;

3. Elaboração de relatórios de estágio e socialização dos mesmos;

4. Elaboração de produções escritas e trabalhos em grupo

V - Carga Horária

Semestre

20 horas/aula em escolas e/ou no Programa de Educação de Adultos da FEUSP (NEA – Núcleo de Estudos de Educação de Jovens e Adultos e Formação Permanente de Professores – Ensino Presencial e Educação a Distância) para levantamento bibliográfico, entrevistas, elaboração de relatórios, coleta e tabulação de dados etc.

As orientações sobre os Estágios serão desenvolvidas durante todo o desenvolvimento da disciplina Didática e através de discussões subsidiadas por este Documento orientador dos Estágios Curriculares (ver na homepage do curso em www.nea.fe.usp.br – Didática – EDM 0402). Segue um roteiro para orientar os projetos de investigação através dos estágios.

VI – ROTEIRO ORIENTADOR

ANÁLISE DE PESQUISAS : subsídios para coleta de dados

  1. Ver Formulário de Mapeamento Bibliográfico (anexo)

  1. Elaborar novos agrupamentos por categorias relacionadas aos estruturantes da Didática

BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena. Resolução CNE/CP 1/2002. Disponível na internet: http://www.mec.gov.br

BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. A duração e a carga horária dos cursos de licenciatura, de graduação plena, de formação de professores da Educação Básica em nível superior. Resolução CNE/CP 2/2002. Disponível na internet: http://www.mec.gov.br

PICONEZ, S C B. A Prática de Ensino e os Estágios Supervisionados, 11a. edição. Campinas: Papirus, 2004.

® Stela C B Piconez

Fonte: www.nea.fe.usp.br/site/EDM0402/Estagio/EDM_0402_Estagio_Alguns_Principios_Orientadores_Piconez.DOC

Obrigado por sua visita, volte sempre.

pegue a sua no TemplatesdaLua.com

Tecnologia: programa desenvolvido na Unicamp se transforma em ferramenta de inclusão social em cidades do Interior.


Revista Metropole
Além dos muros da escola



Tecnologia: programa desenvolvido na Unicamp se transforma em ferramenta de inclusão social em cidades do Interior





Rogério Verzignasse
rogerio@rac.com.br

Um projeto desenvolvido na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) comprova de que forma a tecnologia facilita a prática pedagógica. Trata-se de uma sólida rede de comunicação que, interligando escolas, faz da informática ferramenta fundamental de aprendizagem. Escolas públicas de seis cidades do Interior já aderiram ao projeto, no qual atividades lúdicas ajudam a fixar o conteúdo das aulas.

Os idealizadores do Conexão do Saber desenvolveram centenas de módulos educacionais que, no computador, ajudam estudantes do Ensino Fundamental a aprimorar conhecimentos em matemática, português, geografia, história e ciências.

O programa é uma tecnologia social de diversas frentes. No laboratório de informática, os alunos se interessam pelas atividades lúdicas. Os professores sentem-se motivados pela chance de desenvolver os módulos de estudo, adequando-os ao currículo escolar e disponibilizando-os na web. Na prática, transformam-se em “co-autores” do software.

Em São José do Rio Preto, primeira cidade a integrar o programa de inclusão digital idealizado pela Unicamp, a Prefeitura investiu, em 2004, R$ 5 milhões na compra de equipamentos e na instalação em uma rede de fibras ópticas. A verba resulta da parceria entre Secretaria Municipal de Educação e a Empresa Municipal de Processamento de Dados (Empro). O que se limitava a um privilégio de estudantes da rede municipal acabou se tornando paixão coletiva. O público atendido vai desde jovens portadores de necessidades especiais a adultos praticamente analfabetos. Ou seja, o Conexão vai além dos muros da escola.

Quem acessa os módulos pedagógicos esquece as limitações físicas e os bloqueios emocionais. O saber está disponível a cidadãos de qualquer classe social ou nível intelectual. No laboratório de informática, até humildes usando chinelos de dedo orgulham-se de mover o mouse.

À procura de soluções

Na página de geografia, o estudante encontra os continentes, um separado do outro. Utilizando o mouse, a missão do aluno é “arrastar” cada continente para o devido espaço no mapa-múndi. Em outra página, cada país é ligado ao idioma falado. No final, a diversão ajuda o estudante a fixar o que foi ensinado na aula.

Para aprender português, o aluno encontra várias frutas desenhadas. Dentro de cada uma, as letras do nome estão embaralhadas. O usuário deduz, pela figura, de qual fruta se trata. Arrasta as letras, uma a uma, até que o nome preencha linhas tracejadas.

Os laboratórios virtuais encantam a garotada por exibir a órbita dos planetas em volta do sol. Outro permite uma viagem aos órgãos do corpo humano. Há links que mostram os animais da lagoa, a estrada do tempo, insetos do jardim, paisagens da Terra, sinais de trânsito. Mapas coloridos explicam como é o relevo e o clima de cada região e qual o produto mais cultivado em áreas específicas do Interior. A profusão de temas, elaborados e desenvolvidos a cada dia pelos professores, é imensa.

“O interesse pela atividade acabou com as faltas na rede pública. As crianças se divertem e não querem sair da sala”, diz Karina Perez Guimarães, coordenadora de Educação e Gestão Digital. “Além disso, motivamos o diálogo e desenvolvemos a capacidade de cooperação, já que grupos pequenos se reúnem ao redor da mesma telinha”, afirma.

Hoje, a Prefeitura gasta R$ 100 mil mensais para manter o Conexão do Saber. O dinheiro paga o salário de estagiários, que ajudam os estudantes nos 34 laboratórios virtuais, manutenção de equipamentos e acompanhamento técnico ocasional dos especialistas da universidade. Os benefícios do programa, contudo, são imensos.

A secretária Municipal de Educação, Maria do Rosário Ceravolo Laguna, explica que o envolvimento da comunidade no projeto é tão grande que o programa não corre o risco de acabar, qualquer que seja o prefeito ou o partido no poder. Isso porque todo o corpo docente da cidade se empenhou na preparação dos módulos. E os professores, aliás, ganham mais. Recebem remuneração extra: depois das aulas, reúnem-se para avaliar os temas e sugerir mudanças. “A Unicamp nos ajudou a valorizar a prestação do serviço público.”

A experiência deu tão certo que o governo municipal planeja expandir, ainda este ano, o projeto para as escolas infantis. O sistema audiovisual pode ensinar quem ainda nem aprendeu a ler.

Sem aborrecimentos

Do Jardim Gabriela, na periferia de São José do Rio Preto, avista-se ao longe a cidade rica, tomada de prédios, hospitais modernos e bares agitados. No bairro, fica a EMEF Professor Oldemar Stobbe. Os alunos fazem barulho e não conseguem conter o entusiasmo quando a professora Rosimeire de Araújo Petreca organiza a fila, na porta do laboratório.

Com 11 anos de carreira no Ensino Público, Rosimeire conta que o Conexão do Saber transformou as aulas. Os estudantes, diz, não se aborrecem mais. Antes, a matemática era acompanhada de semblantes enfadonhos. Agora não. A matéria torna-se diversão no computador, já que as operações básicas se convertem em gráficos coloridos.

Segundo a professora, a web é um instrumento fantástico para desenvolver conteúdos que, antes, ficavam limitados à lousa. “Para a criança, ela vem jogar e brincar. Na prática, sai do laboratório sabendo mais”, resume.

Do outro lado da cidade, no Jardim Fuscaldo, o laboratório do Centro de Ensino Municipal e Supletivo (Cemes) passou a receber adolescentes especiais. Há portadores de síndrome de Down e alunos com deficiências cognitivas. Há ainda jovens com problemas físicos, com déficit motor e usuários de cadeiras de rodas.

Todos freqüentam as aulas com a alegria de quem ganha presentes no Natal. “A procura pelo laboratório de informática cresceu a ponto de o Cemes formar oito turmas. São quatro professores à tarde e quatro pela manhã.

“É um espaço que recebe jovens de todas as classes sociais, que chegam de todos os bairros da cidade”, diz Jucélia Costa e Silva, professora com sete anos de carreira. “A ferramenta virtual devolve para a escola jovens que estavam apartados do sistema de ensino.”

E a escola volta a prestar um serviço social primordial. “Os jovens passam a conviver com as diferenças e respeitá-las. Valorizam a tolerância, a bondade, a benevolência, a compaixão”, explica Jucélia.

Da roça para o mundo infinito

Ao cair da noite, os corredores barulhentos do Cemes estão silenciosos. Aos poucos, no entanto, chegam os adultos, participantes das aulas de alfabetização. Vindos da roça à procura de emprego na cidade, não tiveram o prazer de freqüentar bibliotecas ou de ir ao teatro, mas conhecem o mundo todo ali, na tela do computador. Hoje, os alunos se sentem bem por voltar a fazer parte do mundo.

Adílson Luís Florentino nem chegou aos 30 anos. Na escola, não passou da 5ª série. Quando chegou a Rio Preto, começou a trabalhar como jardineiro. Acomodado, foi incentivado pelo patrão a estudar informática. Além de ser promovido (hoje ele vende plantas), Adílson voltou a namorar. “Tinha vergonha de me aproximar de uma moça. Agora não. Fiquei por dentro dos assuntos do dia”, diz.

Osmilton Donizete Alcântara deixou a lavoura em Jaciara (GO). Em Rio Preto, arranjou um emprego de motorista. Em um acidente, perdeu a visão do olho esquerdo. Aos 46 anos, afastou-se da estrada e usou o dinheiro guardado para comprar um computador para os filhos adolescentes, de 15 e 13 anos.

Mas Osmilton andava mergulhado na tristeza. Sofria por não conseguir conversar com os filhos. Não entendia o que os rapazes faziam na frente do computador. “Quando comecei a explorar os módulos do Conexão, aprendi muito. Comecei a sentir o prazer de ter o que dizer. Eu desperto agora a atenção dos meus meninos.”

Ambiente de troca

O Conexão do Saber vem sendo idealizado desde o final de 1990, quando um convênio firmado entre a Unicamp e a Universidade da Flórida (EUA) desenvolveu projetos de infovias. Na época, Leonardo Mendes, professor da Faculdade de Engenharia Elétrica e Computação, direcionou a idéia à Educação. “Desenvolvemos um software que integrava as escolas em rede, um ambiente aberto para a troca de conteúdos educacionais preparados pelos próprios professores”, diz.

Como forma de aprimorar o sistema público de ensino, a idéia foi direcionada às prefeituras. A partir de São José do Rio Preto, o projeto foi implantado em outras cinco cidades: Penápolis, Guará, Santos, Salto e Pedreira. “Hoje, há 80 mil paulistas integrados em mais de 1.400 módulos pedagógicos”, comemora.

Os educadores do Interior que aderiram ao projeto o conheceram por meio da Inova, um escritório vinculado à reitoria da Unicamp, responsável pela transferência da tecnologia desenvolvida no campus. Fundada há cinco anos, a agência registra patentes e vende às empresas produtos desenvolvidos pelos pesquisadores.

Segundo Diógenes Feldhaus, diretor de desenvolvimento de parcerias da Inova, o Conexão do Saber é fruto de investimentos. Não só no software, mas em toda a rede física para a transmissão de dados. “O poder público monta um sistema complexo, que futuramente permite a inclusão digital de todos os moradores a preços irrisórios”, diz.

Saiba mais

http://www.conexaodosaber.com.br/
Em São José do Rio Preto, com a coordenadora Karina Guimarães:
kguimaraes@empro.com.br

Revista Metropole.



Obrigado por sua visita, volte sempre.

pegue a sua no TemplatesdaLua.com

O que é bacharelado?



Bacharelato

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ir para: navegação, pesquisa

O bacharelato (bacharelado no Brasil) é um grau académico superior.


Em Portugal

Ensino em Portugal
Educação pré-escolar
Ensino básico
Ensino secundário
Ensino superior Licenciatura
Mestrado
Doutoramento


Em Portugal, a atribuição deste grau encontra-se em extinção no quadro da reorganização do sistema de ensino superior português decorrente do Processo de Bolonha.

O grau de bacharel correspondeu a uma formação com a duração de três anos e, em alguns casos, poucos, a uma formação com a duração de dois ou de quatro anos.

Nas formações em que existiu, era o primeiro grau académico, antes do grau de licenciado.


No Brasil

Ensino no Brasil
Ensino básico Educação Infantil
Ensino fundamental
Ensino médio
Ensino profissionalizante
Ensino superior Graduação
Pós-graduação


No Brasil, o grau de bacharel é conferido no nível de graduação na maioria das áreas do conhecimento humano, incluindo matemática e estatística, ciência da computação, ciências naturais, ciências sociais, filosofia, direito, artes e humanidades. São obtidos normalmente em cursos superiores de quatro anos, à exceção do bacharelado em direito, composição musical e em ciência da computação em algumas universidades, que requer cinco anos de estudos. Podem ser oferecidos em centros universitários, faculdades, universidades e seminários.

O grau de bacharel no Brasil diferencia-se[carece de fontes?] dos diplomas profissionais de graduação que são exigidos para o exercício de certas profissões regulamentadas pelo Estado. Ao contrário dos bacharelados, diplomas profissionais são obtidos normalmente em cursos de quatro a cinco anos (no caso por exemplo de arquitetura, engenharia, veterinária, odontologia) e Biologia ou de seis anos (no caso específico de medicina). Portadores de diplomas profissionais não recebem o grau de bacharel[carece de fontes?], mas sim títulos profissionais específicos, por exemplo Engenheiro, Médico, Cirurgião Dentista, Psicólogo, Biólogo etc.


Ver também Declaração de Bolonha
Grau académico


Fontes


Portugal Lei de Bases do Sistema Educativo: Redacção original: Lei n.º 46/86, de 14 de Outubro Primeira alteração: Lei n.º 115/97, de 19 de Setembro Segunda alteração: Lei n.º 49/2005, de 30 de Agosto
Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Bacharelato"

Categoria: Graus académicos
Categoria oculta: !Artigos que carecem de fontes









TERMOS ACADÊMICOS





Existem uma série de expressões comuns à vida acadêmica, mas que talvez não façam parte do seu vocabulário rotineiro. Para entender melhor o seu significado, preparamos um pequeno glossário.



Curso de Graduação
Os cursos de graduação são o primeiro degrau para a formação de nível superior. Eles visam à formação universitária e profissional, possibilitando a obtenção de títulos de bacharel e licenciado.



Bacharelado
O Bacharelado é o curso em nível de graduação que habilita para o exercício profissional em uma área definida. O bacharel em Geografia, por exemplo, está habilitado a trabalhar como geógrafo.



Licenciatura
A Licenciatura tem o mesmo programa curricular básico do Bacharelado, mas inclui matérias pedagógicas que habilitam para o exercício do magistério no ensino fundamental e médio. Assim, por exemplo, quem quiser ser professor de Geografia, deve optar pela Licenciatura.



Curso de Pós-graduação
Depois de concluir a graduação, o formado pode continuar seus estudos. Os cursos de pós-graduação formam docentes, pesquisadores e profissionais especializados nas mais diversas áreas. Há dois tipos de cursos de pós-graduação: o stricto sensu, que tem como objetivo desenvolver e aprofundar a formação adquirida na graduação, e o lato sensu, cujo objetivo é técnico-profissional, sem uma abrangência mais ampla na área. Os cursos stricto sensu são nos níveis de mestrado e doutorado, enquanto os de lato sensu, de especialização ou aperfeiçoamento.



Universidades

São instituições pluridisciplinares, públicas ou privadas, de formação de quadros profissionais de nível superior, que desenvolvem atividades regulares de ensino, pesquisa e extensão.



Universidades Especializadas

São instituições de educação superior, públicas ou privadas, especializadas em um campo do saber como, por exemplo, Ciências da Saúde ou Ciências Sociais, nas quais são desenvolvidas atividades de ensino e pesquisa e extensão , em áreas básicas e/ou aplicadas.



Centros Universitários

São instituições de educação superior, públicas ou privadas, pluricurriculares, que devem oferecer ensino de excelência e oportunidades de qualificação ao corpo docente e condições de trabalho à comunidade escolar.



Centros Universitários Especializados

São instituições de educação superior, públicas ou privadas, que atuam numa área de conhecimento específica ou de formação profissional, devendo oferecer ensino de excelência e oportunidades de qualificação ao corpo docente e condições de trabalho à comunidade escolar.



Faculdades Integradas e Faculdades

São instituições de educação superior públicas ou privadas, com propostas curriculares em mais de uma área do conhecimento, organizadas sob o mesmo comando e regimento comum, com a finalidade de formar profissionais de nível superior, podendo ministrar cursos nos vários níveis (seqüenciais, de graduação, , de pós-graduação e de extensão) e modalidades do ensino.



Institutos Superiores ou Escolas Superiores

São instituições de educação superior, públicas ou privadas, com finalidade de ministrar cursos nos vários níveis (seqüenciais, de graduação, de pós-graduação e de extensão).



Centros de Educação Tecnológica

São instituições especializadas de educação profissional, públicas ou privadas, com a finalidade de qualificar profissionais em cursos superiores de educação tecnológica para os diversos setores da economia e realizar pesquisa e desenvolvimento tecnológico de novos processos, produtos e serviços, em estreita articulação com os setores produtivos e a sociedade, oferecendo, inclusive, mecanismos para a educação continuada.



Vestibular

É o processo seletivo tradicionalmente utilizado para ingresso no ensino superior brasileiro. Compreende provas que deverão cobrir os conteúdos das disciplinas cursadas no ensino médio (língua portuguesa e literatura brasileira, matemática, biologia, física, química, história e geografia), uma língua estrangeira moderna (inglês, francês, espanhol, alemão) e uma prova de redação. Os alunos são convocados através de edital e os exames podem ser realizados pela própria IES ou por instituição especializada em realização de concursos ou processos seletivos.



ENEM

É o Exame Nacional do Ensino Médio, realizado pelo INEP, ao qual os alunos concluintes ou egressos do ensino médio poderão submeter-se voluntariamente. Cobre o conteúdo estudado em todo o ensino médio, através de questões objetivas que procuram integrar as várias disciplinas do currículo escolar e de uma redação, tentando identificar processos de reflexão e habilidades intelectuais adquiridos pelos alunos. Mais de 300 IES do País estão utilizando os resultados do ENEM como parte do processo seletivo de acesso ao ensino superior.



Avaliação Seriada no Ensino Médio

É uma modalidade de acesso ao ensino superior que abre para o estudante do ensino médio o acesso à universidade de forma gradual e progressiva, compreendendo avaliações realizadas ao término de cada uma das três séries. O participante do programa não está impedido de concorrer também ao vestibular tradicional, ao concluir a terceira etapa do processo.



Teste/Prova/Avaliação de Conhecimentos

É o processo seletivo utilizado por algumas IES para avaliar o conhecimento dos alunos que pretendem ingressar nos seus cursos de graduação. As questões, que podem ser objetivas ou subjetivas, e o conteúdo ficam a critério da própria instituição, em função do curso pretendido.



Avaliação de dados pessoais/profissionais

Processo seletivo para ingresso na educação superior que substitui a realização de provas e testes pelo exame dos dados pessoais (escolarização, cursos, histórico escolar) e ou profissionais (experiência/desempenho profissional).



Cursos de Graduação e Diplomas

São os mais tradicionais e conferem diploma com o grau de Bacharel (ex.: Bacharel em Física), Licenciado (ex.: Licenciado em Letras), Tecnólogo (ex.: Tecnólogo em Hotelaria) ou título específico referente à profissão (ex: Médico). O grau de Bacharel ou o título específico referente à profissão habilitam o portador a exercer uma profissão de nível superior; o de Licenciado habilita o portador para o magistério no ensino fundamental e médio.

É possível obter o diploma de Bacharel e o de Licenciado cumprindo os currículos específicos de cada uma destas modalidades. Além das disciplinas de conteúdo da área de formação, a licenciatura requer também disciplinas pedagógicas e 300 horas de prática de ensino.

Os cursos de graduação podem oferecer uma ou mais habilitações.



Habilitação

É um programa instrucional com requisitos específicos como: disciplinas, estágio, trabalho de conclusão, dentre outros. É vinculada obrigatoriamente a um curso de graduação, visando habilitar o aluno a exercer uma atividade específica dentro da área de conhecimento do seu curso. As diferentes habilitações de um mesmo curso de graduação devem, necessariamente, compartilhar um núcleo comum de disciplinas e atividades.

O quadro abaixo apresenta alguns exemplos de cursos com as respectivas habilitações e diplomas conferidos:





CURSO

Diplomas Conferidos

Habilitações


Ciências Sociais

Licenciado
Bacharel

Antropologia
Ciência Política
Sociologia


Comunicação Social

Graduado em Comunicação Social

Jornalismo
Editoração
Relações Públicas
Publicidade e Propaganda


Arquitetura e Urbanismo

Arquiteto e Urbanista

Não tem


Engenharia Elétrica

Engenheiro Eletricista

Telecomunicações
Potência
Computação
Microeletrônica




Cursos Seqüenciais

Destinam-se à obtenção ou atualização de qualificações técnicas, profissionais ou acadêmicas. Há duas modalidades de curso seqüencial: curso superior de formação específica e curso superior de complementação de estudos.







Curso Superior de Formação Específica

É um programa de formação de estudantes em qualificações técnicas, profissionais ou acadêmicas, que confere um diploma aos concluintes. É constituído por um conjunto de disciplinas e atividades organizadas, com carga horária e duração mínimas de 1.600 horas e 400 dias letivos, respectivamente.



Curso Superior de Complementação de Estudos

É um programa de formação de estudantes em qualificações técnicas, profissionais ou acadêmicas, com destinação coletiva ou individual, conferindo certificado. É obrigatoriamente vinculado a curso de graduação existente na IES e é constituído por um conjunto de disciplinas e atividades para atender a objetivos educacionais definidos pela instituição, no caso de cursos coletivos, ou para atender às necessidades individuais.

Curso Superior de Tecnologia

O curso superior de tecnologia é uma graduação que permite após a sua conclusão dar continuidade aos estudos e ingressar normalmente em um curso de pós-graduação. O profissional graduado em um curso superior de tecnologia é denominado “tecnólogo”. Os cursos superiores de tecnologia na área de exatas são distribuídos são divididos em módulos, ao final de cada módulo são atribuídos certificados de qualificação profissional.Estas certificações intermediárias permitem uma inserção rápida no mercado de trabalho, pois você, durante o curso, já terá à mão uma qualificação comprovada.



Modalidades de Ensino

O ensino pode ser ministrado nas seguintes modalidades:

Presencial- quando exige a presença do aluno em, pelo menos, 75% das aulas e em todas as avaliações.


Semipresencial - quando combina ensino presencial com parte de ensino e de outras atividades que podem ser realizadas a distância.


A distância- quando a relação professor-aluno não é presencial, e o processo de ensino ocorre utilizando os vários meios de comunicação: material impresso, televisão, internet, etc.



Sistema Curricular

O sistema curricular é a forma de organização do currículo de um curso. Pode ser de Créditos ou Seriado.



Sistema de Créditos

Organização de um currículo em que as disciplinas teóricas ou práticas são independentes, embora organicamente relacionadas (algumas podem se constituir em pré-requisitos de outras), cada uma correspondendo a um determinado número de créditos ou horas-aula semanais que, quando somados, deverão integralizar o número de créditos exigidos para a conclusão do curso. Usualmente, os sistemas de créditos oferecem mais flexibilidade na formação, compartilhando disciplinas com vários cursos e facilitando a transferência do aluno de um curso para outro.



Sistema Seriado

Organização de um currículo em que as atividades e disciplinas teóricas ou práticas são distribuídas em blocos solidários, realizados num determinado período de tempo chamado de série. Embora as disciplinas não possam ser cursadas isoladamente, na maioria dos cursos são aceitas disciplinas de dependência da série anterior.

ENADE

O Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), que integra o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), tem o objetivo de aferir o rendimento dos alunos dos cursos de graduação em relação aos conteúdos programáticos, suas habilidades e competências.

O Enade é realizado por amostragem e a participação no Exame constará no histórico escolar do estudante ou, quando for o caso, sua dispensa pelo MEC. O Inep/MEC constitui a amostra dos participantes a partir da inscrição, na própria instituição de ensino superior, dos alunos habilitados a fazer a prova.



ENADE Conceito

Calcula-se o conceito pela média ponderada da nota padronizada dos concluintes no componente específico, da nota padronizada dos ingressantes no componente específico e da nota padronizada em formação geral (concluintes e ingressantes), possuindo estas, respectivamente, os seguintes pesos: 60%, 15% e 25%. Assim, a parte referente ao componente específico contribui com 75% da nota final, enquanto a referente à formação geral contribui com 25%. O conceito é apresentado em cinco categorias (1 a 5) sendo que 1 é o resultado mais baixo e 5 é o melhor resultado possível.



IDD Índice


O Indicador de Diferença Entre os Desempenhos Observado e Esperado (IDD) tem o propósito de trazer às instituições informações comparativas dos desempenhos de seus estudantes concluintes em relação aos resultados obtidos, em média, pelas demais instituições cujos perfis de seus estudantes ingressantes são semelhantes. Entende-se que essas informações são boas aproximações do que seria considerado efeito do curso.
O IDD é a diferença entre o desempenho médio do concluinte de um curso e o desempenho médio estimado para os concluintes desse mesmo curso e representa, portanto, quanto cada curso se destaca da média, podendo ficar acima ou abaixo do que seria esperado para ele baseando-se no perfil de seus estudantes.
O IDD Índice varia, de modo geral, entre -3 e +3, sendo o desvio padrão sua unidade de medida da escala do IDD. Assim se um curso possui IDD positivo, como IDD=+1,5, isso significa que o desempenho médio dos concluintes desse curso está acima (1,5 unidades de desvios padrão) do valor médio esperado para cursos cujos ingressantes tenham perfil de desempenho similares. Valores negativos, por exemplo, IDD=-1,7, indicam que o desempenho médio dos concluintes está abaixo do que seria esperado para cursos com alunos com o mesmo perfil de desempenho dos ingressantes.



IDD Conceito


O Indicador de Diferença Entre os Desempenhos Observado e Esperado - IDD Conceito é uma transformação do IDD Índice, de forma que ele seja apresentado em cinco categorias (1 a 5) sendo que 1 é o resultado mais baixo e 5 é o melhor resultado possível no IDD Conceito.
SC:
:. Menos de 10 ingressantes e/ou concluintes;
:. Nota zero.




Fonte: http://www.ceie.org.br/termos.asp

Obrigado por sua visita, volte sempre.

O futuro chega mais cedo: juiz usa exame cerebral para condenar mulher de assassinato.

Isto não deveria acontecer – ou pelo menos ainda não – mas aconteceu: em junho passado, um juiz do estado de Maharashtra na Índia condenou uma mulher de matar o seu ex-noivo, citando como prova um eletroencefalograma que exibia “conhecimento empírico” do crime. Muitas pessoas acham que tem algo de errado nisto, que um EEG ou uma ressonância magnética da cabeça possam distinguir mentiras das verdades sendo lidos corretamente, mas aqui entre nós está acordado que isto seria na melhor das hipóteses uma ciência experimental e venda de óleo de cobra na pior delas.

A história é de uma mulher que vivia na cidade de Pune, noiva do Homem A. Um dia, ela acorda e vai pra Delhi com o Homem B. Ela volta pra Pune, encontra o Homem A num McDonald’s e, pouco tempo depois, ele morre. De envenenamento por arsênico.

Quando a mulher foi presa sob a acusação de assassinar o Homem A, ela negou tudo. No entanto, quando os investigadores a ligaram a um EEG e leram em voz alta fatos sobre o crime, a interpretação por software dos impulsos elétricos no seu cérebro contou uma história diferente. De acordo com o New York Times, “as partes relevantes do cérebro onde imagina-se que as memórias fiquem armazenadas piscaram quando o crime foi recontado”.

Diferentemente de outros casos, havia pouquíssima ou nenhuma prova que corroborasse esta tese, mas o juiz condenou a mulher à prisão perpétua mesmo assim e ainda escreveu em seguida uma canção de amor de 9 páginas para este teste da Assinatura Cerebral de Oscilações Elétricas em particular, mesmo que ele ainda “precise ser validado por algum estudo independente e divulgado em uma respeitada revista científica”. (Crítica dos colegas, quem precisa disto?)

Os Estados Unidos estão liderando este novo campo de estudo, mas as únicas situações nas quais este método é usado é quando o acusado paga para ter este estudo realizado como prova de inocência. O New Yorker desmascarou de forma impressionante este negócio duvidoso há um ano, mas ainda vale a pena dar uma lida.

O que acontece num tribunal indiano não gera nenhum precedente em outros lugares, mas esta tecnologia certamente não vai sumir, então é importante descartá-la de vez como sendo pseudociência ou investir logo na metodologia aplicada, daí poderemos ler as mentes dos outros num julgamento. É lógico que, quando isto acontecer, daí realmente começaremos a matar uns aos outros. [New York Times]

Fonte:http://www.gizmodo.com.br/conteudo/o-futuro-chega-mais-cedo-juiz-usa-exame-cerebral-para-condenar-mulher-de-assassinato

Obrigado por sua visita, volte sempre.

pegue a sua no TemplatesdaLua.com

Tecnologia educacional carteiras multitoque.

Atualmente, na Universidade Durham na Inglaterra, pesquisadores receberam 3 milhões de dólares para criar a SynergyNet, um sistema de carteiras multitoque sensíveis a infravermelho para crianças. O objetivo é melhorar a colaboração entre os estudantes e com os seus professores, além de atingir crianças “difíceis de lidar”, especialmente garotos cada dia mais desinteressados. Faz bastante sentido: não apenas ela permite que as crianças compartilhem as suas tarefas e juntem suas carteiras para atividades em grupo, mas o processamento high end inclui suporte para vídeo e uma engine de física equivalente à de um jogo de qualidade, então vai saber o que pode aparecer como planos de estudo?

Eu gostaria de ter a minha própria carteira, é claro, mas eu ainda tenho as minhas dúvidas: o motivo pelo qual as crianças não são bem-sucedidas definitivamente não é porque elas têm escrito com lápis e olhando para cima tentando enxergar o quadro-negro da professora em vez de manterem suas cabeças para baixo e movendo letras e números virtualmente pra lá e pra cá com suas mãos. [Science Daily; Reg Hardware]
Fonte:http://www.gizmodo.com.br/conteudo/problemas-da-educa%C3%A7%C3%A3o-s%C3%A3o-resolvidos-com-carteiras-multitoque



A você que visita este espaço, de sua opinião, esta caretira vai resolver o problema da educação. Ou é somente um recurso, que tem um fim em si esmo.

Obrigado por sua visita, volte sempre.

pegue a sua no TemplatesdaLua.com

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

O Tao da Física.

Sobre o Tao de Capra

Aureo H. Ogino, Gumercindo Lobato, Rodrigo R. Cuzinatto


Introdução

Austríaco de nascimento(1de fevereiro de 1939) e tendo obtido seu título de Doutor em Física pela Universidade de Viena em 1966, aos 27 anos, Frijof Capra é um dos nomes mais significativos na divulgação dos progressos da ciência, da filosofia e da ecologia em nossos dias, indo, porém, sua contribuição muito além da mera popularização dos avanços da ciência moderna. Seu nome está vinculado ao surgimento de uma nova maneira de entender a ciência como um dos veículos para a compreensão da realidade, sendo legado ao misticismo antigo a complementaridade dessa tarefa.

Embora reconheça a distinção entre as metodologias empregadas por cientistas e místicos, procura enfatizar que ambos chegam a conclusões harmônicas, um através da física moderna, o outro pelas religiões orientais: as partes componentes da natureza não podem ser consideradas como elementos independentes, que podem ser tomados sistemas isolados de forças externas (como se poderia supor da mecânica newtoniana). De fato, cada componente da realidade estaria em interação contínua com esta, recebendo influência do meio mas também atuando sobre ele, modificando a realidade (exemplo: o problema da medição em mecânica quântica - em um certo sentido, a medição do elétron altera sua natureza).

A noção de intergração pode ser identificada com o que Capra classifica de ecologia profunda, reconhecer a interdependência fundamental de todos os fenômenos e o perfeito entrosamento dos indivíduos e das sociedades nos processos cíclicos da natureza. É essa percepção que, segundo Fritjof Capra, permeava o mundo a época do lançamento de O Tao da Física, e que pode ter tornado seu livro um best seller.

A Obra

O Tao da Física Um Paralelo entre a Física Moderna e o Misticismo Oriental

Em um verão de 1969, Capra estava sentado em frente ao mar, numa praia da Califórnia, observando as ondas e refletindo sobre os vários movimentos rítmicos da natureza: as ondas, as batidas do coração e o ritmo da respiração associando-os ao que ele sabia, intelectualmente, sobre a "estrutura" física da matéria, que é composta de moléculas e átomos em constante vibração... A união disso tudo, somado aos seus estudos e vivências de tantos anos em Física, juntamente com a visão paradisíaca da praia em que estava, acabou por estimular em Capra, subtamente, aquilo que os psicólogos transpessoais, especialmente Abraham Maslow, chamam de peak experiences, ou experiências culminantes, que são "estalos" intuitivos, ou, consoante a os americanos, insights de súbita compreensão intuitiva sobre algo que se percebe e que está além do nível convencional de racionalização linear. Segundo as palavras do próprio Capra:

"Neste momento, subitamente, apercebi-me intensamente do ambiente que me cercava: este se afigurava a mim como se participasse, em seus vários níveis ritmicos, de uma gigantesca dança cósmica. Eu sabia, como físico, que a areia, as rochas, a água e o ar ao meu redor eram constituídos de moléculas e átomos em vibração constante (...). Tudo isso me era familiar em razão de minha pesquisa com a Física de alta energia; mas até aquele momento, porém, tudo isso me chegara apenas através de gráficos, diagramas e teorias matemáticas. Mas, sentando na praia, senti que minhas experiências anteriores subitamente adquiriam vida. Assim, eu "vi" (...) pulsações rítmicas em que partículas eram criadas e destruídas (...) Nesse momento compreendi que tudo isso se tratava daquilo que os hindus, simbolicamente, chamam de A Dança de Shiva (...)".

"Eu passara por um longo treinamento em Física teórica e pesquisara durante vários anos. Ao mesmo tempo, tornara-me interessado no misticismo oriental e começara a ver paralelos entre este e a Física moderna. Sentia-me particularmente atraído pelos desconcertantes aspectos do Zen que me lembravam os enigmas da Física Quântica (...)".

Fritjof Capra in O Tao da Física (com adaptações dos autores da página), Prefácio.

Hoje em dia, 30 anos depois desta experiência, os paralelos entre ciência moderna - a grande semelhança na forma de ver e entender o mundo que advém da exploração da física subatômica, em especial a Mecânica Quântica, e da Teoria da Relatividade de Einstein - e as várias tradições místicas, quer do oriente, quer do ocidente, já é questão muito debatida e quase lugar comum e é reconhecida por inúmeras pessoas, especialmente em cientistas e escritores como Mário Schenberg, David Bohm, B. D. Josephson, Pierre Weil, Stanislav Grof e muitos outros. O próprio Carl Sagan, geralmente tão cético e explicitamente arredio a estes assuntos, em sua obra prima, Cosmos, se detém, em um de seus capítulos, entre estes paralelos. Mas, antes de Capra, poucas pessoas haviam percebido estes paralelos, ainda que entre os poucos se encontrassem nomes de peso como Niles Bohr e Werner Heisenberg. Capra sabia disso, e, por causa desta experiência por que passara em 69, ele se decidiu - na verdade, se arriscou - a escrever um livro que demonstrasse esses extraordinários paralelos. Foi daí que nasceu, em 1975, O Tao da Física.

O subtítulo desta primeira obra de Capra explicita a que ela veio. O autor explica as teorias da física atômica e subatômica, a teoria da relatividade e astrofísica e relata a visão de mundo que emerge destas teorias para as tradições místicas orientais do Hinduísmo, Budismo, Taoísmo, do Zem e do I Ching.

O paralelo entre as concepções dos físicos e dos místicos efetiva-se quando são levantadas as semelhanças entre elas, não obstantes suas abordagens diferentes. Assinala-se de início que seus métodos são inteiramente empíricos. Os físicos derivam seu conhecimento de experimentos; os místicos de insights na meditação. Ambas são observações e, em ambos os campos, essas observações são reconhecidas como a fonte única de conhecimento. O objeto de observação é, naturalmente, muito diferente nos dois casos. O místico olha para dentro e explora sua consciência em vários níveis, o que inclui o corpo como a manifestação física da mente. Quando somos sadios, não sentimos quaisquer partes isoladas no nosso corpo, mas estamos cônscios de que se trata de um todo integrado. De modo semelhante, o místico está cônscio da totalidade do cosmo, que é experimentado como uma extensão de seu corpo.

Em contraste com o místico, o físico inicia a sua pesquisa penetrando na natureza essencial das coisas pelo estudo do mundo material. À medida em que penetra em reinos cada vez mais profundos da matéria, torna-se cônscio da unidade essencial de todas as coisas e eventos. Mais do que isso, aprendeu igualmente que ele e sua consciência também são partes integrantes dessa unidade. Assim, o místico e o físico chegam à mesma conclusão: um, a partir do reino interior; o outro, do mundo exterior. A harmonia entre suas visões confirma a antiga sabedoria indiana, segundo a qual Brahman, a realidade última externa, é idêntica a Atman, a realidade interior.

Outra semelhança entre os caminhos (Tao) do físico e do místico está no fato de que suas observações tem lugar em reinos inacessíveis aos sentidos comuns. Na física moderna, trata-se do reino atômico e subatômico; no misticismo, os estados são não usuais de consciência nos quais o mundo sensível é transcendido.

Uma vez aceitos esses paralelos poderíamos nos perguntar se toda a ciência moderna, com sua tecnologia e aplicações, pode ser reduzida à sabedoria oriental antiga, ou seja, se os físicos deveriam abandonar o método científico e começar a meditar. A resposta mais razoável a este questionamento é um "não". Em sua descrição do mundo, os místicos utilizam conceitos derivados de experiências meditativas de múltiplos estados de consciência, conceitos esses inadequados a uma descrição científica dos fenômenos macroscópicos. A visão de mundo não é vantajosa para a construção de máquinas, nem para o confronto com problemas técnicos existentes num mundo povoado. A posição mais tolerante seria considerar ciência e o misticismo como faculdades complementares da mente humana, de suas faculdades racionais e intuitivas. O físico moderno experimenta o mundo através de um extrema especialização da mente racional; o místico, através de uma extrema especialização da mente intuitiva. Na ótica da sabedoria chinesa, a ciência poderia ser interpretada como Yang, racional, masculina e agressiva, que possui seu complemento no misticismo oriental, o Yin, intuitivo, feminino e pacífico. A complementaridade, e só ela, levaria a um sentimento de compreensão cósmica, da natureza e do próprio indivíduo como entidades em constante inter-relação.

A Unidade de Todas as Coisas

Embora as tradições espirituais do mundo difiram em muitos detalhes, suas visões de mundo são essencialmente as mesmas. Um hindu e um taoista podem enfatizar aspectos diversos da mesma experiência; um cristão e um muçulmano podem interpretar suas experiências de modos diferentes, não obstante os elementos básicos da visão do mundo desenvolvida em todas essas tradições são os mesmos.

A característica mais importante da visão oriental, e também a essência dessa visão, é a consciência da unidade e da inter-relação de todas as coisas e eventos, a experiência de todos os fenômenos do mundo como manifestação de uma unidade básica. Essa realidade é denominada Brahman no hinduismo, Dharmakaya no budismo, Tao no taoísmo, recebendo dos zen-budistas o nome de Talhata, ou Quididade.

A unidade básica do universo não constitui a única característica central das experiências místicas; ela é, igualmente, uma das mais importantes revelações da Física Moderna. Essa unidade torna-se evidente no nível do átomo e cresce à medida que penetramos no âmbito das partículas subatômicas.

A teoria quântica se baseia na chamada interpretação de Copenhaguen e na teoria quântica desenvolvida por Bohr e Heisenberg no final da década de 20.

Na teoria quântica os sistemas observados são descritos em termos de probabilidades.

Também na teoria quântica somos levados a reconhecer a probabilidade como característica fundamental da realidade atômica que governa todos os processos, até mesmo a própria existência de toda a matéria.

As partículas subatômicas não existem em pontos definidos, em vez disso, apresentam tendências a existir. A figura de uma teia cósmica interligada que emerge da moderna Física atômica tem sido utilizada de forma extensiva no Oriente para expressar a experiência mística da natureza. Para os hindus, Brahman é o fio unificador da teia cósmica, o solo último de todo o ser,

“Aquele com que se acham entrelaçados: o Céu, a Terra, a Atmosfera”.

O Pensamento Chinês O confucionismo e o Taoismo

A idéia de padrões cíclicos do movimento Tao recebe uma estrutura precisa com a introdução dos opostos polares yin e yang. Eles são os dois pólos que estabelecem os limites para os ciclos de mudança.

O yang tendo alcançado o seu apogeu retrocede em favor do yin; o yin tendo alcançado o seu apogeu retrocede em favor do yang. Na concepção chinesa, todas as manifestações do Tao são geradas pela inter-relação dinâmica dessas duas forças.

O significado original das palavras yin e yang corresponde aos lados ensobreados e ensolarados de uma montanha, significado este que nos dá uma boa idéia acerca da relatividade dos dois eventos.

Aquilo que nos apresenta ora a escuridão, ora nos mostra a luz, é o Tao. O yang retorna ciclicamente ao seu início,o yang atinge o seu apogeu e cede lugar ao yin.

Todo esse pensamento e esses ensinamentos são elaborados no I Ching ou Livro das Mutações, um dos livros mais importantes da literatura mundial.

Onde podemos encontrar um paralelo com a filosofia ocidental? São o idealismo de Aristóteles e Platão e o materialismo de Demócrito e Epicuro.

Temos a Física clássica, de Newton e Galileu, materialista e a Física moderna, a mecânica quântica de Bohr e Heisenberg, a relatividade de Einstein, idealistas.

De uma certa forma, a física que chegou ao clímax materialista em fins do século passado, começou a se voltar para o lado idealista em parte do século vinte, e principalmente no seu fim.

O Tao e a Física Comentários Finais

O Tao da Física faz um paralelo entre a Física Moderna e o misticismo oriental. Esse paralelo leva a uma nova visão de mundo seja no contexto científico ou sociológico, onde a característica unilateral é a concepção da unidade e da coexistência e alternância de valores opostos.

Esse pensamento em física surge com a teoria da relatividade, enquanto que nas tradições místicas do oriente, a maior parte de seus conceitos imagens e mitos inclui o tempo e a mudança como elementos essenciais. Essa concepção é a parte integrante da visão da realidade que se torna à base das tecnologias, sistemas econômicos e instituições sociais. Daí a necessidade de dominar e de controlar o conhecimento científico para uma atitude de cooperação e não de violência na sociedade.

Links

Além do Cérebro, Holismo, Ecologia e Psicologia Transpessoal

Visão de mundo, paradigmas e comportamento humano

Grupo de Estudos do Pensamento Complexo

Entrevista com Fritjof Capra

Rumo à Ecologia Profunda

Fonte: http://www.ime.usp.br/~cesar/projects/lowtech/ep2/tao/tao.htm

Obrigado pela visita, volte sempre.

pegue a sua no TemplatesdaLua.com

Como tirar parafuso quebrado - Dica Jogo Rápido

Obrigado pela visita, volte sempre. Se você observar que a postagem, vídeo ou Slideshare está com erro entre em contato.