domingo, 2 de outubro de 2011

Atividades corporais na EJA



Atividade: Experimentação das
práticas corporais


Objetivo
- Vivenciar e analisar criticamente as práticas corporais.

Flexibilização

Para incluir alunos com deficiência nos membros inferiores, realize atividades com caráter lúdico, em que os braços são explorados. Pode-se começar com a brincadeira do remador, realizada em duplas com um aluno de frente para o outro e suas pernas apoiadas umas nas outras; ambos seguram um bastão e realizam movimentos de vai e vem, para frente e para trás; dependendo do direcionamento da força, é possível alcançar um desenvolvimento muscular dos membros superiores e da região do tronco. Realize circuitos motores em que os alunos rastejarão individualmente sem utilizar a força das pernas (a regra vale para os alunos sem deficiência); e, em duplas, um aluno realiza o exercício enquanto o outro oferece apoio.

No caso de alunos com deficiência nos membros superiores, proponha atividades de agachamento, realizadas em duplas. Os dois deverão posicionar-se de costas um para o outro, sentados. Ao comando do professor, a dupla levanta e volta a sentar. É possível, também, pensar em uma atividade menos complexa, o jogo do Vivo ou Morto Maluco, incluindo outras tarefas além das tradicionais. Dependendo do grau de deficiência do aluno, proponha também atividades em forma de circuito com desafios para os membros superiores, sempre trabalhando em duplas ou em trios. Nessas propostas, é possível desenvolver a força do aluno com auxílio e segurança de outros colegas e realizando atividades de isometria, em que o aluno deve suportar uma determinada carga em um bastão adaptado para tal fim.

Desenvolvimento

Proponha ao grupo realizar exercícios simples de força, como agachamentos para fortalecer os músculos. Pergunte quais as sensações obtidas. Destaque que os exercícios exigiram esforços variados, explicitando o princípio da individualidade biológica e tomando como referência os hábitos de vida de cada um.

Avaliação
Divida os estudantes em trios e peça que indiquem atividades físicas para os colegas. Analise se levam em conta os objetivos de cada um, como perda de peso e ganho de força.

Atividade: Pesquisa do movimento

Objetivos
- Identificar o que influencia as pessoas a fazer atividades físicas.
- Relacionar os conhecimentos dos entrevistados com os hábitos de vida.

Material necessário
Imagens de pessoas praticando atividades físicas, disponíveis na galeria de imagens Pesquisa do Movimento

Flexibilização

Para que alunos com deficiência visual possam participar desta atividade, mostre vídeos ou leve para a sala objetos relacionados à prática esportiva - bolas, pesos, corda - para que ele reflita sobre o estilo de vida fisicamente ativo. Na divisão de grupos para os questionários, sugira que o aluno cego entreviste outras pessoas com deficiência para, além de falar sobre a prática esportiva e o sedentarismo, abordar as necessidades das pessoas com deficiência ao exercitar-se. Ao longo da experimentação das práticas corporais, é possível propor para a turma um momento em que todos realizem determinada atividade física com os olhos vendados, para vivenciar as experiências do colega com deficiência visual.

Desenvolvimento

Mostre para a turma as imagens e converse com ela sobre o movimento, visando a adesão ao estilo de vida fisicamente ativo. O que motiva as pessoas a praticar exercícios? Proponha realizarem uma pesquisa de campo. Oriente a elaboração de questões para praticantes e sedentários. Para o primeiro grupo, as questões devem abordar as razões que levam à prática, os objetivos, as sensações experimentadas e o desempenho alcançado. As perguntas para os não-praticantes devem sondar as razões do comportamento, se possuem alguma experiência e, em caso afirmativo, quais os motivos que os levam a não prosseguir com a rotina. Ajude a turma a fazer uma tabela relacionando os motivos, os objetivos e as sensações, no caso das pessoas praticantes, e as razões das não praticantes. Peça que a turma sugira ações para incentivar o segundo grupo a se exercitar.

Avaliação
Analise as propostas dos estudantes. É importante que as ideias levem em consideração as condições físicas e a idade dos entrevistados.

Atividade: Análise de atividades corporais

Objetivo

- Reconhecer a importância de práticas físicas e suas especificidades.

Flexibilização

Pessoas com deficiência intelectual costumam apresentar dificuldades motoras e limitações ao expressar sentimentos. Respeitar o ritmo de cada aluno é fundamental. Peça para que ele também descreva as situações em que o exercício físico provoca cansaço ou dores. Se necessário, solicite que o seu aluno com deficiência demonstre os movimentos que costuma repetir e que causam desconforto. Ele pode e deve participar ativamente da discussão. Ensine alguns exercícios de alongamento e realize-os com o seu aluno, se possível, repetidas vezes. Isso vai ajudá-lo a fixar melhor o conteúdo trabalhado. Se necessário, prolongue o tempo da atividade e elabore atividades que possam ser realizadas no contraturno.

Desenvolvimento

Peça que todos relatem, brevemente, os movimentos que fazem no dia a dia no âmbito profissional e doméstico. Por exemplo: varrer o chão, digitar, caminhar, carregar peso, dirigir e lavar a louça. Anote os que se caracterizam pela repetição e pergunte a cada um como se sente após a realização. Estimule-os a comentar dores e manifestações de cansaço. Explique quais os efeitos das atividades repetitivas, como tendinite e lombalgia. Pergunte o que cada um faz para tentar diminuir as dores. Interrupção temporária do movimento? Instigue o grupo a pensar em alternativas para minimizar as consequências das repetições. Destaque um dos princípios básicos para aliviar a dor - o alongamento - e mostre as várias formas de realizá-lo.

Avaliação

Em grupos, os estudantes devem escolher um movimento repetitivo feito por algum colega no dia a dia e propor alongamentos, considerando o que foi explicado. Observe se eles levam em conta somente as partes afetadas pela repetição ou se consideram também outras áreas do corpo que precisam ser alongadas. Caso seja necessário, organize uma nova discussão e esclareça as vantagens a curto e a longo prazo de realizar essas atividades e como elas podem evitar lesões mais graves.
Consultoria Marcos Neira
Professor da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP).

Flexibilização Teca Antunes
Diretora do Colégio Santa Amália / Maple Bear - SP e Mestre em Educação Inclusiva

Luiz Henrique Fleck
Professor de Educação Física do Colégio Santa Amália - Maple Bear - SP



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sábado, 1 de outubro de 2011

Conhecimento a um clique

Conhecimento a um clique
Instituições adotam modelo de compartilhamento on-line gratuito de conteúdo e ganham com a troca de experiências na produção docente, além de visibilidade no mundo acadêmico

Adriana Natali
 
Na Faap, professores e alunos acessam o conteúdo on-line de qualquer lugar que tenha conexão com a internet, inclusive de aparelhos smartphones
Um importante passo na democratização do conhecimento. Assim está sendo definido o OpenCourseWare Consortium, consórcio de recursos abertos gratuitos fundado há dez anos pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). A iniciativa nasceu com o objetivo de proporcionar a publicação on-line, e gratuita, de todos os materiais didáticos utilizados nas salas de aula pelos professores daquela instituição de ensino, acompanhados de um guia de estudos através da plataforma digital OpenCourseWare (OCW).

A ideia de criar um movimento flexível baseado num modelo eficiente para a participação de outras universidades na publicação de seus próprios materiais, gerando espaços de colaboração, ganhou o mundo e hoje o OCW já é adotado por dezenas de instituições de ensino, inclusive brasileiras, como forma de contribuir com a formação educacional de alto nível e promover o trabalho de produção de conteúdo na academia.

O OpenCourseWare não é um curso a distância, ou pelo menos não como experimentamos no modelo de ensino a distância por aqui. Por meio dele não é possível a consulta ao professor, nem obter certificado de conclusão de curso. "O programa promove, entre as instituições de ensino superior, o intercâmbio de boas práticas em matéria de contextos, discursos e expressões em todos os domínios do saber. O maior benefício de caráter geral é o posicionamento institucional diante de um fenômeno de impacto mundial", afirma Ricardo Fasti, diretor-geral do Universia Brasil, portal responsável pelo desenvolvimento da plataforma OCW disponibilizada recentemente no país pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

O OCW Unicamp, que pode ser acessado no endereçowww.ocw.unicamp.br, abriga conteúdos educacionais digitais originários de doze disciplinas ministradas nos cursos de graduação da universidade.

O portal disponibiliza materiais como apostilas, textos, fotos, vídeos, animações, entre outros, para o uso gratuito de professores, alunos e da sociedade em geral. Além disso, a iniciativa também tem função de aproximar o público da produção técnico-científica da Unicamp, uma vez que é possível ter acesso às publicações teóricas e de pesquisa sobre os conteúdos.

Contato facilitado
"É um grande movimento de democratização da educação, que tem o seu alcance maximizado nos dias de hoje graças à acessibilidade e amplitude da internet", comenta o diretor executivo da FGV Online, Stavros Xanthopoylos. A instituição, desde 2008, é membro do OCW numa parceria com a Universidade da Califórnia em Irvine (UCI). "A certeza que temos é que os conteú­dos disponibilizados cumprem um importante papel de educação continuada, dando condições à ampliação do conhecimento, por meio do e-learning", comenta o diretor.

Hoje, a FGV oferece gratuitamente pa­ra acesso on-line materiais de 24 cursos da instituição. Além disso, a participação no OCW estimulou a parceria com a rede varejista Walmart, para também oferecer cursos na área de sustentabilidade, e com a empresa de seguros Icatu. "Nosso objetivo é que a iniciativa ganhe força e estimule outras empresas a comprarem essa ideia e investirem na produção de conhecimento gratuito, de qualidade, e na democratização do acesso à educação, pois esse é um dos caminhos mais rápidos, eficazes e de maior alcance para ajudarmos a resolver uma questão importante no mercado de trabalho brasileiro, que é a falta de mão de obra qualificada", ressalta Xanthopoylos.

O diretor da FGV informa que o investimento financeiro para a implantação da plataforma OWC está rela­cio­nado à preparação e formatação adequada do conteúdo, além dos custos de operação e de infraestrutura - servidor e rede - para garantir a acessibilidade do site. "No primeiro momento é preciso investir, porém percebemos que uma parcela dos que acessam o OCW acaba se tornando alunos de cursos regulares", conta Xanthopoylos. Segundo ele, isso indica que algumas pessoas que entram para experimentar o método e o conteúdo acabam gostando e se tornam alunos pagantes.

"Em três anos, o conteúdo aberto foi acessado por mais de oito milhões de pes­soas, sendo que 99,8% dos acessos provêm do Brasil e, o restante, de mais de 70 países", afirma Xanthopoylos. Os conteúdos estão disponíveis no endereço www.fgv.br/fgvonline.

Já a plataforma OCW construída pela Universia inclui parceria com outras 38 instituições de ensino da Espanha, Portugal e América Latina, que também disponibilizam seus conteúdos para o compartilhamento on-line. "É um conjunto de recursos, como documentos, programas e calendários de ensino, utilizados no processo de ensino-aprendizado das matérias que são ministradas pelos professores das universidades. Os materiais são oferecidos livremente e são acessados através da internet, no site OCW de cada instituição de ensino", explica Ricardo Fasti.

Para as universidades parceiras do OCW Universia não há custo para implantação, uma vez que a instituição baixe a ferramenta de gestão de conteúdos que é enviada junto ao termo de compromisso e manual de uso. "A Universia também oferece às instituições que aderirem ao consórcio assistência jurídica e suporte técnico", afirma Fasti.

Entre as vantagens de participar da plataforma, o diretor da Universia relaciona os benefícios para os docentes e estudantes, que têm acesso gratuito disponível aos materiais de universidades do mundo inteiro, além da oportunidade para os professores participantes de manter contato com as tecnologias da informação e comunicação.

Para uso interno
Outros módulos de compartilhamento de conteúdos restritos à comunidade acadêmica interna são utilizados por instituições de ensino para permitir mobilidade e possibilitar a interatividade entre professores e alunos. Segundo a coordenadora de EAD da Universidade Metodista de São Paulo, Adriana Barroso de Azevedo, para o processo educativo ser completo é preciso haver interação e mediação. "Por meio do OpenCourse, quem quer pode estudar, mas sem ter vínculo, certificação ou tutoria, por isso é mais uma forma de divulgar a instituição", comenta. A Universidade Metodista de São Paulo optou por utilizar a plataforma virtual de aprendizagem Moodle, um sistema conhecido como LMS (Learning Management System), que possui diversas ferramentas síncronas e assíncronas de interação entre seus usuários. A mesma ferramenta é utilizada pela Universidade Bandeirante (Uniban). "A vantagem para o professor é ter acesso a inúmeras ferramentas para produção de conteúdo e a elaboração de estratégias adequadas de ensino e avaliação", explica Percio Chamma Júnior, presidente do Conselho de Ensino a Distância da Uniban.

Outra ferramenta utilizada para disponibilizar conteúdos e praticar a interação entre docentes e discentes é o softwareBlackboard, adotado desde 2008 pela Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) para agilizar o sistema de educação a distância. "Com o uso da plataforma conseguimos diminuir a distância entre alunos e professores e facilitar o acesso aos materiais didáticos. Assim, o espaço de aprendizagem foi ampliado para fora dos campi e garantimos educação de melhor qualidade e mais participativa", conclui Paulo Klein, gerente de informática da Faap.

Como acessar
Para ter acesso ao conteúdo disponibilizado pelo OpenCourseWare do Universia basta acessar o siteocw.universia.net e clicar nos links das universidades ibero-americanas parceiras. O acesso ao conteúdo é gratuito e o usuário não precisa se cadastrar.

Para o docente publicar seus conteúdos, é preciso que a universidade em que trabalha seja credenciada ao OCW. Em caso positivo, ele recebe um login e uma senha para ter acesso à página correspondente à instituição. As instituições interessadas em participar devem preencher e assinar um termo de adesão e o formulário de comunicação de dados de contato, além de firmar o Memorando de Cooperação. Nesse documento, a instituição deve deixar clara a vontade de desenvolver o OCW, publicar um mínimo de dez matérias sob os princípios do consórcio, colaborar e promover um projeto comum para oferecer aos usuários um ambiente similar e formar um espaço comum entre todos os membros.
Já no site da FGV Online (www.fgv.br/fgvonline), na área de Cursos Gratuitos, o internauta irá encontrar 24 cursos oferecidos por meio do consórcio, em áreas como gerenciamento de projetos, recursos humanos, tecnologia da informação, sustentabilidade, entre outras. "Convidamos os autores das disciplinas, professores das escolas e institutos da FGV a liberarem o conteúdo via licença de Creative Commons e publicamos na nossa página, de acordo com o nosso planejamento de ampliação do conteúdo da FGV no OCW", afirma Xanthopoylos.


fonte http://revistaensinosuperior.uol.com.br/textos.asp?codigo=12819

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Exame de ordem e exclusão


Exame de ordem e exclusão
É preciso refletir sobre o papel do exame da OAB numa concepção mais ampla e para a melhoria da atividade jurídica no país

Carlos Rivera Ferreira
Após a divulgação dos resultados da terceira fase da edição de 2010 do exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a entidade encaminhou ao Ministro da Educação ofício com a lista de 90 instituições de ensino superior que não tiveram aluno egresso do curso de direito aprovado naquela edição da prova. Com isso, assistimos novamente a um posicionamento retórico da OAB que reforça sua atitude corporativista.

Não é de hoje que se percebe uma nítida intenção da OAB em interferir na gestão das avaliações desenvolvida pelo MEC. Aliás, ainda que o ministério não inclua o exame da OAB nos seus processos avaliativos, via de regra, a entidade que representa os advogados tem posicionamento contrário às avaliações de cursos realizadas pelo MEC, independentemente do resultado dos diversos indicadores levantados. É preciso atentar que a obrigação de regulamentar e avaliar os processos acadêmicos e a oferta de cursos - prerrogativas garantidas na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - está a cargo do MEC, sendo assim a OAB precisa ficar restrita ao seu papel fiscalizador das atividades profissionais dos advogados a ela vinculados.

A interferência desta entidade de classe chega a ser tamanha que seu Conselho Federal editou uma Instrução Normativa (no 01/2011) instituindo o piso remuneratório do professor de direito como um dos requisitos na avaliação realizada pela Comissão Nacional de Ensino Jurídico da OAB. Mais uma vez a entidade consolida seu espírito corporativista e discriminatório, uma vez que a maioria das instituições de ensino possui em seus quadros professores de outros cursos. Além do mais, com esta postura arbitrária, a OAB ignora que cada instituição de ensino superior possui instrumentos próprios de admissão e progressão na carreira acadêmica de seus professores, muitos deles homologados pelo Ministério do Trabalho. Vale lembrar, ainda, que o Ministério da Educação adota o Plano de Carreira Docente como elemento fundamental nos processos avaliativos.

Não parece ser desastroso para o país o conhecimento do direito pelos nossos jovens. Quanto mais estes jovens tiverem contato com as características desta ciência jurídica, melhores serão os benefícios para a sociedade. Portanto, fazer com que a sociedade conheça o direito deveria ser prioridade de todos, inclusive da OAB. Outra questão é o exercício da atividade jurídica, ou a operação do direito, como muitos preferem referir. Nesse sentido, a OAB com a introdução do exame da Ordem, indiscutivelmente, deu um passo significativo na garantia da simetria das informações e na preservação das relações sociais.

Entretanto, o que temos assistido é uma perda de foco da OAB, que acabou por se considerar paladina dos processos regulatórios acadêmicos referentes aos cursos de direito. O próprio exame, com sua unificação, não tem considerado a possibilidade de cada instituição construir seu currículo em função de seu entorno e das particularidades regionais, conforme previsto na legislação vigente.

Esta postura não tem contribuído para a melhoria da qualidade dos cursos jurídicos no Brasil. Corremos o risco, com este posicionamento, de as faculdades de direito de todo Brasil apenas prepararem seus egressos para a aprovação no exame da Ordem, deixando de lado a formação humanista de seus alunos, característica histórica dos cursos jurídicos do país e inerente ao exercício da advocacia.

É sabido que há um componente político em qualquer processo de avaliação, o que pressupõe diretrizes claras e um conjunto de meios estabelecidos como produtos de crenças e valores. Esta falta de definição no exame da OAB tem gerado algumas turbulências nas últimas edições como, por exemplo, temáticas confusas propostas para elaboração de redações; fraudes no exame de 2009; pegadinhas no exame de 2010, com reprovação em massa na primeira fase; anulação de questões; e troca de instituições que elaboram e aplicam o exame, o que levou o Ministério Público Federal a ajuizar uma série de ações públicas e civis contra o gabarito e os critérios de correção.

Portanto, a reflexão que se faz neste momento é que a OAB precisa, urgentemente, definir com clareza e transparência, qual é o seu papel político - no sentido mais nobre da palavra - na realização do exame da Ordem, pois somente desta forma ela poderá contribuir para a melhoria do ensino jurídico do país.

Às instituições não têm sentido as contribuições da OAB para a melhoria dos cursos de direito de uma forma geral, uma vez que o modelo adotado pela entidade, em que os egressos desses cursos são considerados aprovados ou não aprovados, oficializa uma concepção de exclusão e cria hierarquias sociais perigosas que consolidam a sociedade atual. Preparar um exame sem considerar estas questões, e ainda utilizar os seus resultados para se autointitular protetor dos direitos da sociedade, não condiz com a lógica moderna.

Carlos Rivera Ferreira é doutor em engenharia pela UPM, avaliador institucional, dirigente universitário e membro fundador da Red Latinoamericana de Cooperación Universitaria

fonte  http://revistaensinosuperior.uol.com.br/textos.asp?codigo=12821

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O Teste Guestáltico Visomotor de Bender é também conhecido como Teste de Bender

091 Gestalt
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quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Estado propõe diminuir português e matemática



Estado propõe diminuir português e matemática


O governo do estado de São Paulo encaminhou uma proposta de reformulação curricular do ensino médio para as escolas estaduais. Segundo a proposta, as matérias de Português e Matemática perdem espaço para outras disciplinas.

Com a reformulação, os estudantes poderão escolher entre os três currículos disponíveis: linguagens e código, ciências da natureza e matemática, ciências humanas. Cada um com maior ênfase nas áreas que os nomeiam.

A proposta que visa atrair mais alunos para a escola, promover uma formação integral e prepará-lo para o mercado de trabalho segue na contramão de seus objetivos. Segundo a professora de Comunicação Empresarial e Português Jurídico das Faculdades Integradas da Fundação Padre Albino, Vera Lúcia Lopes Spina, os alunos estão chegando cada vez mais despreparados às faculdades, com dificuldade de leitura e interpretação de texto, atividades básicas para um estudante em sua formação e até mesmo em seu cotidiano. “Com a diminuição da carga horária esse problema só vai piorar, é preciso preparar os alunos para formação e também para a vida, o mercado de trabalho exige uma boa comunicação”, afirmou a professora.

Em relação à Matemática, a professora que também concorda que até mesmo nas áreas menos ligadas a Exatas é preciso ter um conhecimento básico disso.

As escolas estaduais receberam um documento com a proposta, e em outubro se iniciará uma rodada de discussão sobre a aprovação e as possíveis mudanças. A proposta encaminhada às escolas foi elaborada por um grupo de educadores da rede estadual supervisionados pela Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas (Cenp). Segundo a assessoria da Secretaria de Estado de Educação, é preciso salientar que o documento encaminhado às escolas é apenas uma proposta e não uma norma. Ainda segundo a assessoria de comunicação, o documento será amplamente debatido com o Magistério.

Matérias como Química, Física, Espanhol, Filosofia e Sociologia ganham maior importância na nova grade curricular, e mesmo aos que escolherem o currículo com ênfase em linguagens e códigos terão menor carga horária em relação à matéria de Português. Atualmente os alunos têm 560 aulas da disciplina durante o Ensino Médio, já no novo currículo se escolher o com maior ênfase em linguagem terá 440 aulas. Cerca de 20% menos que a atual.

E o maior agravante e que pode gerar polêmica é que as matérias que estão com proposta de redução de carga horária são as que os alunos apresentam problemas e rendimento abaixo do esperado. “O que deveriam fazer é intensificar as aulas no colegial para melhor preparar esses alunos, e não diminuir as aulas porque não são atrativas”, afirmou Vera Lúcia Spina.

A administração estadual busca maior equilíbrio na distribuição das matérias com a reformulação curricular, sem questionar muito as necessidades reais dos estudantes. A aplicação do Português e da Matemática na vida cotidiana pode ser percebida com uma análise simples do dia de uma pessoa, e esse fato pode gerar muitas discussões sobre a proposta do governo estadual.

 “O português é primordial, porque através dele podemos enxergar e entender as disciplina e os acontecimentos da vida, dentro da rotina acadêmica para elaboração e compreensão das matérias, e fora porque é preciso se comunicar”, concluiu a professora Vera Lúcia Spina.

fontehttp://www.oregional.com.br/portal/detalhe-noticia.asp?Not=2639




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Como tirar parafuso quebrado - Dica Jogo Rápido

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