segunda-feira, 29 de abril de 2024

Hoje O professor Olavo de Carvalho completaria 77 anos. Obrigado #olavotemrazao.

DIÁRIO DE UM CRONISTA

Olavo, o jardineiro das aflições

Paulo Briguet29 de Abril de 2024 às 09:41

Hoje Olavo de Carvalho faria 77 anos. Aqui, o meu agradecimento por tudo que ele fez

“De noite, quando dormia
sonhei, bendita ilusão!,
que uma fontana fluía
dentro do meu coração.”

Aquele era o inverno da minha desesperança. Eu trabalhava como redator da primeira página do jornal; portanto, era o último a chegar e o último a sair da redação. Depois do fechamento, por volta das 11 horas, às vezes meia-noite, ia direto para o bar, onde ficava até algum ponto da madrugada. Chegando em casa (o meu solitário apartamento na Rua Cacilda Becker), engolia duas neosaldinas, tinha três ou quatro horas de sono etílico, e então chamava um táxi e ia para o Sindicato dos Jornalistas, onde era diretor de comunicação. O sindicato ficava em um fundo de vale, profundo como Jericó. Toda a minha vida era uma mentira, do começo ao fim. Eu não acreditava em Deus, não acreditava no homem, não acreditava em nada. Para justificar minha permanência no mundo, fingia ter esperanças em uma ilusão obscura que chamava de revolução. O medo e a angústia eram os meus deuses, mas eu os chamava de Lênin e Trotsky.

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A 963 quilômetros dali, enquanto eu chegava de ressaca ao vale do sindicato, Olavo de Carvalho morava em um pequeno apartamento no lendário condomínio popular do Rio de Janeiro conhecido como Favelão. No momento em que eu escrevia algumas idiotices sobre o último congresso da Fenaj ou sobre o diploma de jornalismo, Olavo escrevia livros e artigos que mudariam o Brasil para sempre.

Certo dia, como conta a Roxane, Olavo e ela estavam assistindo a um filme no videocassete — acho que era “A Lista de Schindler” — e um professor foi até o Favelão para conhecer aquele articulista que demolia sem dó as reputações das vacas sagradas da esquerda brasileira. Quando viu onde Olavo morava com a mulher e os filhos — Leilah e Pedro eram pequenos —, constatou que aquele homem certamente não era financiado pelos grandes capitalistas internacionais, como imaginara antes.

Até que um dia — um dia em que minha ressaca estava particularmente insuportável e as neosaldinas haviam acabado —, eu liguei o computador do sindicato e por acaso, procurando textos sobre a Revolução Russa, caí no site de um professor que escrevera um livro cujo título me encantou desde o primeiro momento: “O Jardim das Aflições”.

Lendo os artigos do tal Olavo, descobri que ele atacava sem medo ou reverência os principais ícones esquerdistas da época, tais como Leandro Konder, Emir Sader e Marilena Chaui. Confesso que fiquei bastante irritado, e até indignado, com a insolência do homem —, mas simplesmente não conseguia parar de ler o que ele escrevia.

Obviamente, eu lia Olavo escondido, pois aquilo seria considerado uma transgressão inominável pelos meus companheiros de sindicato. Um dia, depois de muita hesitação, resolvi entrar numa livraria chamada Rosa do Povo e comprei “O Jardim das Aflições”. Enquanto escrevo agora, tenho essa velha edição aqui na minha mesa de trabalho. É impossível resumir, nos limites de uma crônica, o impacto que a leitura daquele livro causou na minha vida; eu simplesmente descobri que as minhas aflições estavam descritas naquelas páginas. Olavo é o jardineiro das nossas aflições, não no sentido de que as cultivou, mas porque soube identificá-las e podá-las, libertando seus alunos e leitores desse Getsêmani espiritual. Sobre isso, talvez eu possa contar uma breve história.

Certa noite, saí da redação e fui direto para o Bar Brasil, onde me reunia com meus colegas jornalistas. Era uma quinta-feira, que nós chamávamos de Quinta Sem-Lei. Em determinado ponto da noite, quando o bar estava lotado, olhei para todas aquelas pessoas que riam, bebiam, falavam aos gritos e se espremiam umas contra as outras — e pensei: Em breve todos estarão mortos. E então senti uma imensa compaixão por todos, uma surpreendente esperança de que pudessem ser salvos da morte eterna, uma luz dentro daquele Getsêmani noturno. Deve ter sido nessa noite que eu vi o Silvio Grimaldo pela primeira vez, sem imaginar que ele um dia me faria conhecer pessoalmente o Olavo. Silvio diz que não fui muito simpático com ele nessa ocasião, e aqui eu explico por quê: naquela noite eu descobri que todos morávamos no Jardim das Aflições. Santa Faustina viu o Cristo flagelado em um salão de baile; eu vi as velhas oliveiras do Getsêmani naquele bar.

Ah, eu deveria ter saído daquele bar, deveria ter pedido demissão do sindicato, deveria ter ido até o Favelão, deveria ter batido na porta do apartamento da família Carvalho. E a Roxane abriria a porta, e sorriria para aquele jovem desconhecido e, vendo o querido professor diante da máquina de escrever, eu diria o que só pude dizer tantos anos depois:

— Obrigado, Olavo!

“De noite quando dormia
Sonhei, bendita ilusão!
que era Deus o que eu trazia
dentro do meu coração.”

(António Machado)

— Paulo Briguet é escritor e editor-chefe do BSM.

 


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Fonte: BSM.

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domingo, 28 de abril de 2024

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sábado, 27 de abril de 2024

O Senhor da Morte Yamaraja e suas 4 cartas. Aproveita sua forma de vida humana. Cante Hare Krsna e seja feliz.




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Quando Yamaraja, senhor da morte, enviou quatro cartas. Aproveita sua forma de vida Humana cante Hare Krsna e seja feliz.

Um homem chamado Amrita, que vivia na terra, pensou consigo mesmo que a coisa que mais temia era a morte. Para evitar a morte, Amrita praticou austeridades e concentrou sua mente no Senhor Yama, o Senhor da Morte. Lord Yama ficou satisfeito e concedeu uma visão a Amrita.

Lord Yama disse: “ Minha presença só está disponível para aqueles que estão prestes a morrer ou já morreram. No entanto, concedi-te a minha visão enquanto ainda vives, satisfeito com as tuas penitências ”.

Amrita disse: “Peço este favor a você. Se a morte for inevitável, peço que, se eu morrer, pelo menos me envie uma carta antes da morte, para que eu possa tomar providências adequadas para minha família antes da partida e também me preparar para minha próxima vida com sadhana e adoração a Krishna adequados. .”

Senhor Yama disse: “ Claro, certamente farei isso. Mas assim que receber a mensagem, por favor, comece a fazer os preparativos. ”, e ele desapareceu.

Muitos anos se passaram depois disso. O cabelo de Amrita começou gradualmente a ficar grisalho, mas ele vivia uma vida cheia de atividades pecaminosas sem pensar no medo da morte.

imagensEle ficou satisfeito porque até agora nenhuma carta do Senhor da Morte havia chegado. Alguns Vaishnavas se aproximaram dele e o aconselharam a praticar o serviço devocional. Ele não deu ouvidos às instruções, pois achava que ainda restava muito tempo.

Mais alguns anos se passaram. A essa altura, Amrita havia perdido a maior parte dos dentes e os devotos voltaram para avisá-lo sobre sua morte iminente. Mesmo assim ele não se incomodou porque não chegou nenhuma carta de seu amigo Yama.

Com o passar dos anos, a visão de Amrita tornou-se mais fraca. Porém ele continuou sua vida sensual agradecendo ao amigo Yamaraj por não ter enviado nenhuma carta até agora.

Mais alguns anos se passaram. Amrita era agora um homem muito velho e com as costas curvadas para a frente não conseguia andar sem o apoio de uma bengala. Sua pele estava toda enrugada. Um dia ele sofreu um derrame e ficou paralisado. As pessoas disseram que sua condição era muito crítica.

Mas Amrita ainda estava feliz, pois não recebeu nenhuma carta de Yamaraj.

Então chegou o fim de sua vida e Lord Yama, o deus da morte, entrou na sala.

Amrita ficou surpreso e sua mente foi tomada pelo medo.

Yamaraj disse: “Meu amigo, venha agora, você sofreu muito.

Hoje vim para levar você comigo.

Amrita tremeu de medo e disse: “Meu amigo, você me traiu ao quebrar sua dádiva. Você não me enviou nenhuma carta como prometeu. Agora, de repente, você está me tirando deste mundo. Você é um trapaceiro".

O Senhor Yama disse: “Amrita! Você passou toda a sua vida na indulgência dos sentidos, sem nenhum interesse na vida espiritual. Como então você poderia saber as cartas que lhe enviei? Não uma, mas quatro cartas que enviei para você. Mas você ignorou todos eles.

Amrita ficou muito intrigado: “Você enviou quatro cartas? Mas nem sequer uma carta chegou até mim. É possível que o carteiro/correio tenha esquecido de entregá-lo.”.

Lorde Yama disse: “Meu amigo, você acha que vou pegar papel e caneta e escrever uma carta para você?

Não, com seu corpo como papel, com a caneta das mudanças corporais escrevi minhas cartas e o tempo é o mensageiro que entregou essas cartas.

1) Anos atrás, seu cabelo ficou grisalho. Essa foi minha primeira carta. Você ignorou.

2) A queda dos seus dentes foi minha segunda carta.

3) Minha terceira carta foi enviada a você quando sua visão falhou.

4) A quarta mensagem foi quando seu corpo ficou paralisado.

Você ignorou confortavelmente todas essas cartas. Agora eu vim não como seu amigo, mas como o dispensador das Leis de Deus.”, e Yamaraj amarrou a corda no pescoço de Amrita e puxou-a com força.

As pessoas ao redor de Amrita disseram: “Amrita agora está morto”.

Moral da história:

558px-Yama_on_buffaloQuando o corpo estiver jovem e saudável e não recebermos nenhuma carta de Yamaraj, devemos começar nossos preparativos para enfrentar seu golpe letal.

Quando ignoramos completamente suas cartas, ficamos sob seu controle.

Pessoas diferentes têm medo de coisas diferentes na vida e o objeto de medo de uma pessoa não é objeto de medo de outra pessoa.

Porém, em geral, o medo da morte é comum a todos. Algumas pessoas podem se gabar de não terem medo da morte.

Porém quando contraírem alguma doença fatal que os paralise ou em caso de perigo, o medo da morte ficará claramente visível em seus olhos.

Não há solução material para este ataque de Yamaraj e suas punições após a morte.

Embora a morte seja formidável e invencível, Sripada Sankaracharya, um dos grandes acharyas da tradição Vedanta, oferece uma solução muito simples para evitar a entrevista com Yamaraj.

Em sua famosa obra “Bhaja Govindam” aparece o seguinte sloka.

bhagavad gita kinchit adeeta / ganga jala lava kanika peetaa
sakrdapyena muraari samarca / kriyate tasya yamena sasarcaa

“Se uma pessoa lê pouco o Bhagavad Gita, toma uma pequena gota de água do Ganges e adora Murari (Sri Krishna) pelo menos uma vez na vida, então ela não terá que enfrentar uma entrevista com Yamaraj.”

No Bhagavata Purana (6.3.29), o próprio Yamaraj identifica quem são os candidatos à sua punição:

jihvaa na vakti bhagavad-guna-naamadheyam
cetas ca na smarati tac-caranaaravindam
krishnaya no namati yac-chira ekadapi
taan aanayadhvam asato 'krita-vishnu-krityaan

“Meus queridos servos, por favor, tragam-me apenas aquelas pessoas pecadoras que não usam suas línguas para cantar o santo nome e as qualidades de Krishna, cujos corações não se lembram dos pés de lótus de Krishna nem uma vez, e cujas cabeças não se curvam nem mesmo uma vez diante do Senhor Krishna. Envie-me aqueles que não cumprem seus deveres para com Vishnu, que são os únicos deveres na vida humana. Por favor, traga-me todos esses tolos e patifes.”

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sexta-feira, 26 de abril de 2024

VOU REVELAR O ACORDO DO PC COM O COM4NDO V3RMELHO DR. LINCOLN GAKIYA.


🗣️ FAAAAALAA! NO PODCAST #370 RECEBEREMOS O DR. LINCOLN GAKIYA. EPISÓDIO COMPLETO: https://youtube.com/live/DWimWCYVCiI QUER FAZER PARTE DISSO? ENTÃO BOOORAAA. VEM COM A GENTE E INTERAJA NESSA TRANSMISSÃO AO VIVO!!!


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quinta-feira, 25 de abril de 2024

Racismo Estrutural. De Silvio Almeida critica ao livro. Indicação de leitura 65. Podcast conservador







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Episódio o quê é o Karma? Podcast conservador sobre: política , filosofia, arte, cultura, educação, pedagogia , religião etc.



São Paulo – SP
 
Tantra, Sexualidade E Espiritualidade

Autor(a): Georg Feuerstein

 

Tradução: Gilson B. Soares


Editora: Nova Era

Ano: 2004

346 páginas.


Arqueologias Culinárias da Índia


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quarta-feira, 24 de abril de 2024

Dúvida




Sérgio Biagi Gregório

"Sejamos como as crianças, isto é, sem defesas, sem preconceitos."

SUMÁRIO: 1. Introdução. 2. Conceito. 3. Considerações Iniciais.  4. Sobre a Dúvida: 4.1. Alguns Tipos de Dúvida; 4.2. Mais Tipos de Dúvida; 4.3. Dúvida Teórica Versus Dúvida Existencial. 5. Filósofos da Era Moderna, Relativismo e Fundamentalismo: 5.1. Filósofos da Era Moderna; 5.2. Relativismo; 5.3. Fundamentalismo. 6. O Meio, a Fé e o Espiritismo: 6.1. O Meio Dificulta a Fé Religiosa; 6.2. A Fé Espírita; 6.3. A Construção Doutrinária do Espiritismo. 7. Conclusão. 8. Bibliografia Consultada.

1. INTRODUÇÃO 

O que é dúvida? Quais são os tipos de dúvida? Como ter convicção sem ser fanático? De que maneira exercitar o pensamento, a fim de deixá-lo livre e responsável? 

2. CONCEITO 

Dúvida. Apesar da ambiguidade conceitual, pode-se dizer que a dúvida é um estado de incerteza em que consiste na suspensão do julgamento, dada a ausência de razões para a afirmação ou negação.  

3. CONSIDERAÇÕES INICIAIS  

No pensamento antigo, confiava-se mais nas evidências imediatas oferecidas pelos sentidos e pela razão. A crítica inexistia. Os primeiros filósofos apregoavam a admiração e o espanto pela harmonia do cosmos.  

Em se tratando do Velho Testamento, logo no começo, a Bíblia cita o pecado original, uma espécie de desconfiança do ser humano em relação a Deus. Adão e Eva tratam Deus como seu rival. Por isso, a tentação, a desobediência.  

No Novo Testamento, há também muitas dúvidas dos apóstolos em relação a Jesus. No início, a dúvida era positiva, pois assim se expressavam em relação a Jesus: "Que homem é este que opera tantos milagres?" Depois, principalmente na Paixão de Cristo, duvidam de seus ensinamentos. Pedro o nega por três vezes.  

A dúvida moderna tem muito a ver com as lucubrações de Descartes.  

Nietzsche havia proclamado a morte de Deus. Hoje, temos uma infinidade de deuses competindo pela atenção e lealdade das pessoas. O iluminismo advogava a vitória da razão e, com isso, o declínio da religião. Não foi o que ocorreu. Além de não haver o declínio, corremos o risco do fanatismo religioso, principalmente com a ascendência do islamismo. 

4. SOBRE A DÚVIDA 

4.1. ALGUNS TIPOS DE DÚVIDA 

Dúvida científica - é atitude do cientista que apresenta suas hipóteses à prova submetendo-as ao controle experimental.  

Dúvida cética - pretende-se definitiva e radical e conclui a impossibilidade de se alcançar a menor verdade.  

Loucura da dúvida - patológica, de natureza obsessiva, manifesta-se por um sentimento penoso de incerteza com relação aos fatos da vida cotidiana e por fim pela incapacidade de se tomar uma decisão. 

Dúvida metódica ou hiperbólica - devido a Descartes, procedimento que consiste em duvidar de tudo o que se admitiu anteriormente com o intuito de estabelecer a verdade em bases inabaláveis graças ao critério da evidência.  

4.2. MAIS TIPOS DE DÚVIDA 

Dúvida teórica - indecisão diante dos acontecimentos ou diante da verdade especulativa.  

Dúvida existencial - é a impossibilidade de nos ligarmos com confiança a uma pessoa.  

A dúvida é negativa quando deixa a alma insegura e angustiosa.  

É positiva, quando representa o ponto de partida para as descobertas cientificas e filosóficas. 

4.3. DÚVIDA TEÓRICA VERSUS DÚVIDA EXISTENCIAL 

Diante de uma verdade especulativa, a dúvida se torna teórica. Diante da impossibilidade de nos ligarmos a alguém confiantemente, a dúvida se torna existencial. A dúvida teórica impede a certeza; a duvida existencial, a  

5. FILÓSOFOS DA ERA MODERNA, RELATIVISMO E FUNDAMENTALISMO

5.1. FILÓSOFOS DA ERA MODERNA 

Descartes (1596-1650) inaugurou a filosofia moderna. A partir daí, a dúvida tornou-se o norte da ciência e da filosofia. 

Marx (1818–1883) colocou em dúvida as ideologias existentes e propôs a luta de classes.  

Nietzsche (1844-1900) suspeitava das "verdades morais": por detrás delas havia o medo da vida, a inveja pelos poderosos.  

Freud (1856-1939) analisa a dúvida através dos processos libidinosos do subconsciente: nossas ações refletem um disfarce dos recalques ali armazenados.

5.2. RELATIVISMO 

A relativização é o processo no qual o status absoluto de alguma coisa é enfraquecido ou, em caso extremo, destruído.  

O maior problema do relativismo é sua falsa epistemologia. Dito de forma simples, todas as versões do relativismo expressam as dificuldades da busca da verdade. Existem fatos neste mundo e, ao buscar determinar os fatos, a objetividade é possível.  

Todas as formas de relativismo contradizem a experiência da vida comum, fundamentada no bom-senso. 

O relativismo, com sua moralidade individual, e não coletiva, é um convite ao niilismo.  

5.3. FUNDAMENTALISMO 

O fundamentalismo é uma tentativa de recuperar o não questionamento.  

O requisito mais básico: não deve haver uma comunicação significativa com outsiders.  

O segundo requisito: não deve haver dúvida.  

Os fundamentalistas enfatizam a "conversão" (não importa se essa conversão for súbita ou gradual, voluntária ou coagida).  

O relativista adota a dinâmica relativizante da modernidade; o fundamentalista a rejeita

Se o perigo imposto pelo relativismo a uma sociedade estável for o excesso de dúvida, o perigo do fundamentalismo é uma insuficiência de dúvida. 

6. O MEIO, A FÉ E O ESPIRITISMO  

6.1. O MEIO DIFICULTA A FÉ RELIGIOSA 

O pragmatismo da vida moderna, a luta pela sobrevivência e o anelo de posse afastam o ser humano da vivência plena do Evangelho de Jesus. Há, também, a influência dos maus exemplos dos cristãos mais velhos.  

6.2. A FÉ ESPÍRITA 

Lembremo-nos de que a fé cristã sempre foi uma luta contra a dúvida que nasce do coração. É por esta razão que Allan Kardec, em O Evangelho Segundo o Espiritismo, insiste para que todo o cristão faça uso da fé raciocinada, que é a única que pode encarar a razão, face a face, em todas as épocas da humanidade.  

6.3. A CONSTRUÇÃO DOUTRINÁRIA DO ESPIRITISMO 

Allan Kardec, através do método teórico-experimental, deu ênfase à dúvida como atitude de trabalho para a codificação do Espiritismo. Ele dizia que era preferível rejeitar nove verdades a aceitar uma única como erro.  

Observe a sua postura diante das manifestações das mesas girantes: “Só acreditarei quando o vir e quando me provarem que uma mesa tem cérebro para pensar, nervos para sentir e que possa tornar-se sonâmbula. Até lá, permita que eu não veja no caso mais do que um conto da carochinha.” 

7. CONCLUSÃO

Saibamos usar a dúvida com moderação. Há situações em que a fé deve sobrepujar as incertezas do cotidiano. Numa dificuldade aparente, pensemos em Deus primeiro.  

8. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 

BERGER, Peter e ZIJDERVELD, Anton. Em Favor da Dúvida: Como Ter Convicções sem se Tornar um Fanático.  Tradução de Cristina Yamagami. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.  

DUROZOI, G. e ROUSSEL, A. Dicionário de Filosofia. Tradução de Marina Appenzeller. Campinas, SP: Papirus, 1993.

IDÍGORAS, J. L. Vocabulário Teológico para a América Latina. São Paulo: Paulinas, 1983.

São Paulo, janeiro de 2016.

 fonte; acessadoem24/04/0224as09;12http://www.ceismael.com.br/filosofia/duvida.htm

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