quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Buddha Shakyamuni



Mantra

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Mantra (do sânscrito Man mente e Tra alavanca) é uma sílaba ou poema religioso normalmente em sânscrito. Os mantras originaram do hinduísmo, porém são utilizados também no budismo e jainismo.

Os mantras são entoados como orações, repetidos como as do cristianismo. Contudo, diferentemente do cristianismo, não constituem propriamente um diálogo com Deus. O budismo mahayana do Tibete usa mantras em tibetano, o zen-budismo do Japão os usa em japonês. John Blofeld encontrou em Hong Kong no começo do século XX mantras cuja língua ninguém sabia identificar, e que pareciam uma alteração de um original sânscrito.

Mecanismo de funcionamento

Ao longo dos anos, os ocidentais que chegaram ao oriente tentaram explicar porque os mantras produzem os efeitos esperados. Blofeld, que estudou por dentro as culturas indiana e chinesa, notou que não é necessário saber o significado das palavras ditas.

Alguns psicólogos ocidentais defendem que o mantra possui uma energia sonora que movimenta outras energias que envolvem quem o entoa. Blofeld observou que não importa a correção da pronúncia: encontrou o mesmo mantra entoado de forma muito diferente em países diversos, e sempre produzindo os efeitos esperados.

Outra explicação seria a mesma usada para o efeito dos mudras: um gesto repetido por tantas pessoas durante tantos séculos que criou um tipo de caminho energético - que podemos chamar de marca no akasha, ou no inconsciente coletivo - que é rapidamente seguido pela psique da pessoa que o executa.

Alguns mantras comuns

  • Om namah Shivaya (sânscrito)
  • Om mani padme hum (sânscrito)
  • Om namo bhagavate vasudevaya (do sânscrito)
  • Om tare tütare ture soha (tibetano)
  • Om tare tam soha (tibetano)
  • Nam myoho rengue kyo ( Saddharma-pundarika Sutra em sânscrito)
  • Hare Krishna Hare Krishna Krishna Krishna Hare Hare Hare Rama Hare Rama Rama Rama Hare Hare (sânscrito)..

O Maha Mantra

A vibração transcendental estabelecida pelo canto do Maha Mantra Hare Krishna permite a purificação gradual dos corpos materiais, do mais denso ao mais sutil, e restabelece a consciência no seu estado original de sat cit ananda - eternidade, conhecimento e bem-aventurança.

O Kalishantarana Upanishads, recomenda de forma acertada que cantemos:

Naradah punan prapaccha tannama kimiti sa hovaca hiranyagarbah:

hare rama hare rama rama rama hare hare hare krsna hare krsna krsna krsna hare hare

isti sodashkam namnam kalikalmasanasanam annatah parataropayah sarvavedesu drisyate sodasakalavritasya jivasyavaranaviasanam tatah prakasate param-brahma meghapaye raviasmimandaliveti (2)

Como vemos, primeiramente vem Hare Rama Hare Rama Rama Rama Hare Hare e depois, Hare Krishna Hare Krishna Krishna Krishna Hare Hare.

No Yoga e outros Darshanas

No Sanatana Dharma e nos seus principais Darshanas, (no Yoga chama-se Japa-Yoga ou Mantra-Yoga), o Mantra exerce importãncia singular por dois grandes motivos, primeiramente, por tratar-se de Angas, partes ou seqüências dos hinos dos livros sagrados (Vedas ou derivações autorizadas dos Mesmos, como os Upanishads), e também por se tratar de instruções na forma de palavras ditadas diretamente pelos Rishis ou sábios, ou devido aos Lilas do Senhor (ditados diretamente por Ele ou por seus emissários), e, em segundo, por tratar-se da personificação do Nome ou Nama do Senhor Supremo ou Brahman em Si mesmo, na forma escrita e articulada sonoramente. Os Mantras devem tão somente ser emitidos sob a restrita autorização do Guru ou Mestre Espiritual, de acordo com a forma que Este orientar. No mais das vezes, os Mantras são articulados na forma de Japa, ou repetição curta, com o uso de um Mala com 108 contas. Este processo pode ser em três níveis, a saber: sussurado, cantado ou mentalmente. Quanto mais desenvolvida a concentração do 'Sadhaka' (praticante), maior será a sua capacidade de mantralização na forma mental ou Manasika-Mantra. Há um processo chamado Ajapa-japa, que é a repetição de determinados Mantras conforme a respiração ou Pranayama. O praticante deverá ter a devida reverência ou vênia espiritual para com o seu Guru, a Sampradaya ou família espiritual da qual Ele pertence, e jamais pensar que Nama (nome) e Rupa (forma) são distintos do Senhor em Si mesmo. Por conseguinte, um pretendente não deverá cantar Mantras sem a devia autorização do seu Mestre Espiritual, porque é mais danoso uma prática sem orientação do que nenhuma prática. Assim diz a tradição de Sadhu-Guru e Sastra (conforme a sabedoria dos mestres nas Escrituras). Hari Om Tat Sat

Fonte: [Japa-Yoga] de Swami Sivananda -

Swami Krsnapriyananda Saraswati

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