quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Sri Isopanisad [Mantra Dezessete]


*Todas as glórias a Sua Divina Graça A.C. Bhaktivedanta Swami Prabhupada!
 
*Sri Isopanisad [Mantra Dezessete]

Tradução

  Que este corpo temporário seja reduzido a cinzas, e que o ar vital fique imerso ma totalidade do ar. Ó meu Senhor, por favor, lembra-Te agora de todos os meu sacrifícios, e, como és o beneficíario último, por favor, lembra-Te de tudo o que fiz paraTi.

Significado

O corpo material temporário com certeza é vestimenta estranha. O Bhagavad-gita (2.20) diz claramente que, após a destruição do corpo material, o ser vivo não é aniquilado nem perde sua identidade. A identidade do ser vivo nunca é impessoal ou amorfa; pelo contrário, é a roupa material que não tem forma e assume um formato de acordo com a forma da pessoa indestrutível. Diferentemente do que pensam as pessoas com um pobre fundo de conhecimento, originalmente nenhuma entidade viva é destituída de forma. Este mantra comprova o fato de que a entidade viva continua a existir depois da aniquilação do corpo material.
  No mundo material, a natureza material apresenta uma criatividade maravilhosa, dando aos seres vivos diferentes qualidades de corpos de acordo com suas propensões para o gozo dos sentidos. Quem quiser provar excremento receberá um corpo material bastante adequado para comer excremento – o de um porco. De modo semelhante, quem quiser comer a carne e o sangue de outros animais pode receber o corpo de tigre, que dispõe de dentes e garras adequados. Mas o ser humano não se destina a comer carne, tampouco tem ele algum desejo de provar excremento, mesmo quando se encontra no estado mais aborígene. Os dentes humanos são feitos de tal maneira que possam mastigar e cortar frutas e legumes, embora existam dois dentes caninos para que os seres humanos primitivos que queiram comer carne possam curvar-se a este seu desejo.
  Mas em todo caso, os corpos materiais de todos os animais e seres humanos são estranho ao ser vivo. Eles mudam de acordo com o que o ser vivo deseja para satisfazer seus sentidos. No ciclo da evoluçaõ, a entidade viva muda de corpos sucessivamente. Quando o mundo estava cheio de água, a entidade viva assumiu uma forma aquática. Então, ela passou para a vida vegetal, da vida vegetal para a vida de verme, da vida de verme para a de pássaro, da de pássaro para a animal, e da vida animal para a forma humana. Quando é dotada de um sentido pleno de conhecimento espiritual, esta forma humana é a forma mais desenvolvida. Este mantra descreve o desenvolvimento mais elevado da sensibilidade espiritual: devemos abandonar o corpo material, que será reduzido a cinzas, e deixarmos o ar vital imergir no eterno reservatório de ar. Dentro do corpo, as atividades dos seres vivos são executadas através do movimento de diferentes espécies de ar, que em resumo são conhecidas como prana-vayu. De um modo geral, os yogis estudam como  controlar os ares do corpo. A alma deve elevar-se de um círculo de ar a outro até que alcance o círculo mais elevado, o brahma-randhra, ponto em que o yogi  pode transferir-se a qualquer planeta que deseje. O processo consiste em abandonar um corpo material para depois entrar em outro. Porém, a perfeição mais elevada dessas mudanças só  acontece quando a entidade viva consegue abandonar o corpo material completamente (como sugere esse mantra) e entra na atmosfera espiritual, onde pode desenvolver uma espécie de corpo inteiramente diferente – um corpo espiritual, que jamais precisa submeter-se a mudanças ou morte.
  Aqui no mundo material, a natureza material força a entidade viva a mudar de corpo devido aos seus diferentes desejos de gozo dos sentidos. Esses desejos estão representados nas diversas espécies de vida, desde os germes até os mais aperfeiçoados corpos materiais em que vivem Brahma e os semideuses. Todos estes seres vivos têm corpos compostos de matéria em diferentes formatos. O homem inteligente vê igualdade, não na variedade de corpos, mas na entidade espiritual. A centelha espiritual, que é parte integrante  do Senhor Supremo, é a mesma, seja ele um corpo de porco ou de semideus. De acordo com suas atividades boas ou viciosas, a entidade viva assume corpos diferentes. O corpo humano é altamente desenvolvido e tem consciência plena. De acordo com o Bhagavad-gita (7.19), depois de muitas e muitas vidas cultivando conhecimento, o homem mais perfeito rende-se ao Senhor. O cultivo de conhecimento só atinge a perfeição quando o conhecedor passa a render-se ao Senhor Supremo, Vasudeva. Caso contrário, se mesmo depois de conhecer sua identidade espiritual a pessoa ainda não sabe que as entidades vivas são partes integrantes do todo, jamais podendo tornar-se o todo, ela terá de voltar a cair na atmosfera material. De fato, ela cairá mesmo que venha a imergir no brahmajyoti.
 seu servo_ gostha-vihari dasa (PS)
 ISKCON_Nova Gokula


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