Alvin Plantinga, fazendo recurso da linguagem dos mundos possíveis e do sistema S5 de lógica modal, apresenta uma nova versão do argumento ontológico para provar a existência de Deus. Nelson Gonçalves Gomes apresenta aqui um exame crítico da argumentação de Plantinga. O argumento de Plantinga é válido, mas será sólido e cogente?
Na versão do argumento ontológico de Plantinga parte-se dos seguintes postulados básicos:
A’. A seguinte proposição é logicamente verdadeira e, portanto, necessária: Um ser tem grandeza máxima se, e somente se, ele tem excelência máxima em qualquer mundo possível.B’. A seguinte proposição é logicamente verdadeira e, portanto, necessária: Qualquer ser que tenha excelência máxima é onipotente, onisciente e moralmente perfeito.C’. Existe um mundo possível, no qual a propriedade ter grandeza máxima está exemplificada.
Tomando em atenção estes postulados, deduz-se o seguinte:
http://blog.domingosfaria.net/2012/06/argumento-ontologico-de-plantinga.htmla’. Consoante a asserção (A’), as propriedades ter grandeza máxima e ter máxima excelência são equivalentes, isto é, elas envolvem o mesmo valor de verdade (verdadeiro ou falso) em qualquer mundo possível.b’. A propriedade ter máxima excelência em qualquer mundo é propriedade universal. Por conseguinte, em virtude da equivalência, ter insuperável grandeza também o é.c’. Conforme o postulado (C’), a propriedade ter grandeza máxima está exemplificada, em um mundo possível M.d’. Logo, como propriedade universal, ela está exemplificada em todos os mundos possíveis M0, M1, M2, M3, ..., de maneira que, em todos eles, há um ser onipotente, onisciente e moralmente excelente, que é deus.e’. Conclusão: estando presente em todos os mundos, deus está presente também no mundo real.
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