Ignore Everybody - Hugh MacLeod
Conheça aqui as 40 chaves da criatividade para revelar sua própria genialidade e impulsioná-la mundo afora!
O que é preciso para se ganhar a vida sendo uma pessoa criativa? Como alimentar essa criatividade? Mais importante ainda, como se manter inovando em um mundo tão cheio de criatividade?
Estas são algumas das perguntas que permeiam as mentes de todos aqueles que possuem ideias e desejam fazer algo com elas. Seja você da área artística, literária ou tecnológica, o que importa é que todos temos ideias, mas nem sempre sabemos como colocá-las em prática.
Com esta questão em mente, Hugh MacLeod desenvolveu o livro “Ignore Everybody”, um guia inspirador com quarenta dicas de como ser criativo, mostrando de forma realista que o alcance do sucesso tem mais a ver com a forma como você trabalha suas próprias ideias do que com puro talento.
Quer conhecer essas dicas? Continue lendo para saber mais!
Sobre o livro “Ignore Everybody”
O livro “Ignore Everybody: And 39 Other Keys to Creativity”, de Hugh MacLeod, foi publicado em 2009 pela editora Portfolio.
Em apenas 159 páginas, o autor disponibiliza seu guia dividindo quarenta dicas em quarenta capítulos. Cada capítulo conta com a ajuda de seus famosos cartoons, que não falham em passar a mensagem desejada de forma leve e descontraída.
Hugh MacLeod é o criador do blog Gaping Void, que recebe, mensalmente, cerca de dois milhões de visitantes. Ali, o texto “How to Be Creative” foi originalmente postado, recebendo mais de cinco milhões de downloads e servindo de inspiração para a criação deste livro.
Sobre o autor Hugh MacLeod
Hugh MacLeod trabalhou como redator publicitário durante uma década, enquanto desenvolvia suas habilidades como cartunista. Em 2008, fundou, em parceria com Jason Korman, a Gaping Void Ltd.
A empresa foi responsável por criar artes personalizadas para algumas das maiores empresas do mundo, como a Intel, Microsoft, Roche, Zappos e VW, além de estar presente em mais de 5000 empresas em todo o mundo.
MacLeod é um autor altamente aclamado. Suas obras retratam temas como inovação, criatividade e motivação.
O livro "Ignore Everybody" chegou à lista dos mais vendidos do Wall Street Journal, e seu livro seguinte, "Evil Plans: Having Fun on the Road to World Domination" foi igualmente bem sucedido.
Esse livro é indicado para quem?
O livro “Ignore Everybody” é indicado para aqueles que desejam transformar sua criatividade em algo produtivo. Para isso, o autor lhe ajuda a entrar de cabeça na mentalidade de que você pode criar algo que o mundo precisa.
Portanto, se você é do tipo que tem ideias inovadoras, mas tem medo de tirá-las do papel, este é o livro ideal para você.
Ideias principais do livro “Ignore Everybody”
Ignore todo mundo: quanto mais original sua ideia for, menos conselhos os outros serão capazes de lhe oferecer;
Boas ideias alteram a balança de poder em relacionamentos, e por isso, inicialmente, encontram resistência;
A ideia não precisa ser grande, apenas sua: a soberania que se tem sobre seu trabalho inspira mais do que seu conteúdo;
Todos nascem criativos;
“The Sex and Cash Theory”: existem dois tipos de empregos; os que pagam as contas; e os excitantes e criativos;
Todos temos uma montanha pessoal que precisamos escalar, e admitir que ela existe já é meio caminho andado;
Não tente se destacar na multidão, na verdade, evite-as;
A coisa mais importante que uma pessoa criativa pode aprender profissionalmente é onde impor o limite do que se dispõe a fazer;
Não se preocupe em “achar a inspiração”, eventualmente ela virá até você.
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Ignore todo mundo
Quanto mais original sua ideia for, menos poderão te dar conselhos. E boas ideias alteram a balança de poder em relações, o que faz com que as pessoas, em geral, tenham uma resistência inicial à elas.
Portanto, não se preocupe com a opinião de terceiros sobre sua ideia. Ninguém é capaz de lhe dizer se o que você está fazendo é bom, recompensável ou significativo. Em algum momento virá uma voz lá no fundo te dizendo para criar algo, e você deve ouvi-la.
No início você duvidará da possibilidade de aquilo dar certo, e tentará criar obstáculos para não ter que fazer. Entretanto, a voz continuará te pedindo que coloque para fora algo que você precisa que o mundo veja, e ela não irá parar até você ceder.
Você mesmo deve identificar quando uma ideia é “A” ideia, e não esperar receber validação de terceiros. Uma boa ideia é aquela que você não sabe se é boa, mas você sente a necessidade de desenvolvê-la mesmo assim.
O tempo não espera por ninguém, então se arrisque, e você eventualmente descobrirá no que é de fato bom.
Não ligue para status quo
Ninguém descobre nada de repente, as boas ideias precisam ser lenta e dolorosamente desenvolvidas.
Invista em construir seu próprio negócio ao invés de depender de outros te “descobrirem”. Grandes ofertas são coisas boas, mas ter total soberania sobre seu trabalho vale muito mais a pena à longo prazo.
Seu plano de negócio deve ser tão original e inovador quanto sua ideia, ou até mais. Não adianta tentar fazer o mesmo que muitos outros e ficar na esperança de se destacar de alguma maneira.
Um exemplo de como não agir, é implorar para que os outros te notem, ou te dêem uma chance. Esta é a forma mais fácil de ser ignorado.
Aproveite a obscuridade enquanto ela durar
Depois que o mundo descobre seu trabalho, e você se torna bem sucedido, é necessário mantê-lo de uma certa forma.
O sucesso precisa de pessoas para se manter, e então o que você cria se torna dependente da opinião de outros, o que pode fazer com que ele não seja mais o mesmo que você criava quando ela algo só para você.
O sucesso nunca virá da direção que você espera, nem o fracasso.
É sempre bom ter sonhos, mas não se torne escravo deles de forma que você negue qualquer coisa que saia destes planos, ou então você acabará matando-os antes que tenham a chance de se tornar realidade.
Mantenha seu emprego
Você precisa de algo que, mesmo não sendo o trabalho de seus sonhos, pague as suas contas enquanto você desenvolve sua ideia.
A teoria Sex & Cash, apresentada no livro “Ignore Everybody”, diz que a pessoa criativa tem dois tipos de emprego: o tipo criativo e o tipo que paga as contas.
O balanceamento dos dois é o que assegura que você terá uma boa vida enquanto ainda pode manter a soberania sobre sua ideia.
Se você for criativo, será capaz de pensar de forma independente, e não precisará da validação de outros.
Emprego ou hobby?
Todos precisamos de ambos em nossas vidas, um emprego, e um hobby que irá ocupar nossas mentes quando não estivermos trabalhando.
Portanto, quando seu hobby se transforma em um trabalho, todo esse espaço que ele ocupava fica livre, e nem sempre é preenchido novamente com coisas boas.
Watercooler Gang
“Watercooler Gang” é o termo criado para dar nome àqueles grupos de trabalhadores que permitem que seus diretores criativos os pressionem a gastar até a última gota de sua criatividade, apenas para demiti-los quando eles não servirem mais.
Toda empresa tem este grupo de pessoas que passa mais tempo perto do filtro de água do que realmente trabalhando e simplesmente não tem mais força de vontade. Evite se tornar um deles.
Planejamento
Ferramentas extravagantes são apenas pilares que usamos para nos esconder, e evitar chegar ao ponto em que precisamos parar e criar.
Achar que você precisa de acessórios específicos para conseguir desenvolver sua ideia é apenas um obstáculo auto-imposto para dificultar este processo.
É necessário planejamento para que não se caia no ciclo de precisar de dinheiro, e para isso que paguem por seu trabalho, pois é aí que se perde o controle do que se deseja fazer.
Quanto mais você precisar de dinheiro, mais poderão te dizer o que fazer, e mais você terá que engolir, e ceder o controle a outros.
Isto fará com que se perca o prazer da criação.
Se você for capaz de aceitar a dor, ela não poderá machucá-lo
Fazer algo criativo é uma das melhores experiências que se pode ter, mesmo quando é necessário fazer sacrifícios para se chegar lá.
Se você conseguir realizar seu trabalho, todo esse sacrifício terá valido a pena, mas se não, você terá aprendido uma lição valiosa.
Não tentar realizá-lo, sabendo que se teve a oportunidade, doerá mais do que qualquer sacrifício.
Admita que você tem uma montanha a escalar, e tente escalá-la seriamente ao menos uma vez.
Tudo bem se você não conseguir chegar ao topo, mas não deixe de tentar, ou irá se arrepender no futuro.
O mundo está mudando
A mudança é inevitável, e algumas pessoas conseguem acompanhar, mas não são todas.
Para que seja possível se manter de forma estável em um mundo tão dinâmico, o que você precisa é ganhar a confiança das pessoas.
Quando confiam em você, o avanço tecnológico ou os novos meios não podem te atingir. Por isso, se cerque de pessoas criativas que manterão sua mente em trabalho constantemente e crie uma relação de confiança com elas.
Vender é mais difícil do que parece
É difícil vender algo que ninguém vai querer comprar, mas diluir seu trabalho para torná-lo “mais comercial” fará com que as pessoas se identifiquem menos, e por isso gostem menos dele.
Como uma pessoa desenvolve sua soberania criativa é um assunto muito mais interessante do que quem vendeu mais de seus trabalhos.
O que importa é o que você fará com este curto período de tempo que lhe é dado para viver no planeta Terra, e vender algo em que você acredita, ao invés de algo que é apenas comercial.
A internet lhe dá meios para criar uma audiência para seu trabalho antes mesmo que ele fique conhecido pelo mundo comercial.
Poste suas criações online ao invés de aguardar uma chance de mostrá-lo em algum lugar específico. Depois que você já tiver estes seguidores, vender suas criações será muito mais fácil.
Não se preocupe em encontrar inspiração. Eventualmente, ela virá até você
A inspiração vem após a vontade de criar, e não ao contrário. Não se preocupe demais com o espaço de tempo entre o momento em que a inspiração chega e o momento em que você poderá criar algo com aquilo. Mantenha-se simples e você terá melhores resultados.
Criar apenas por criar, sem a inspiração de fazê-lo não passa a conexão do artista com sua arte, é apenas uma perda de tempo.
Escreva de coração
Parte de se tornar mestre em algo é fazê-lo de forma que ninguém mais poderá fazer além de você.
O objetivo é que as pessoas possam identificar que algo foi feito por você apenas porque você tem seu estilo próprio.
Não importa quantas pessoas você irá alcançar com o que está dizendo, desde que você escreva algo que vem do fundo de seu coração, e tenha significação para você.
Aja como se você fosse o melhor do mundo e ninguém poderá dizer que você está mentindo.
Não precisar que te digam que você é bom para que você seja bom é a forma de se ter poder sobre o que pensam de você.
Ter criatividade ou ter dinheiro?
O maior erro que as pessoas jovens cometem é subestimar a competitividade do mundo lá fora.
Quando for se perguntar sobre o que é mais importante, criatividade ou dinheiro, tenha em mente que ambos são a resposta errada: o mais importante é ser eficiente, e estar preparado para lidar com as necessidades que enfrentar.
Sua ideia terá mais chances de se tornar bem sucedida se você tiver a capacidade de viver com pouco.
Parte de ser criativo envolve aprender a proteger sua liberdade, inclusive da avareza.
Se você quiser apenas viver de forma luxuosa o tempo todo, sem se preocupar em poupar, não poderá se dar ao luxo de não entrar em pânico caso algo dê errado.
Significado cresce, pessoas não
Quando se deparar com a escolha entre dois caminhos, a verdade é que nunca sabemos qual é o correto, ou onde ele irá eventualmente te levar.
Você deve admitir que aquilo é uma aventura, um risco, e aceitar as surpresas que ela pode trazer. Com a prática, você acabará entendendo como se virar nestas situações.
O fato é, não importa qual seja o caminho, e onde ele te leve, você sempre se verá refém da realidade cotidiana de todas as pessoas.
E é por isso que não importa o significado do caminho escolhido, ele pode crescer e se modificar, mas você, enquanto ser humano, não.
O que outros autores dizem a respeito?
Austin Kleon, autor de “Roube Como um Artista: 10 Dicas Sobre Criatividade” diz que todo bom artista entende que nada vem do nada. Nós somos um mashup do que escolhemos deixar entrar na nossa vida, das coisas que estão ao nosso redor: a música que ouvimos; os filmes que adoramos assistir; as pessoas que gostamos de admirar e/ou manter por perto.
Já em “Ideias que Colam”, os irmãos Chip e Dan Heath acreditam que o fator surpresa está ligado a uma quebra de padrão. Ideias inesperadas, novas, costumam atrair a atenção das pessoas. O ser humano possui uma lógica que guia nossas expectativas. A surpresa acontece quando esse modo de adivinhação, diante de informações, falha. Daí nossa atenção é captada.
Por fim, conforme a obra “Originais”, de Adam Grant, ao criar uma ideia, geralmente estamos muito perto de nosso próprio gosto para julgá-la adequadamente, da mesma forma quando estamos distante do gosto do público-alvo.
Certo, mas como posso aplicar isso na minha vida?
Acredite na sua intuição, e não nas palavras de terceiros;
Invista tempo em sua ideia, mas não deixe seu emprego atual por ela;
Construa seu próprio negócio, não espere ser descoberto por alguém grande;
Se permita ceder àquele anseio de criar algo, é seu subconsciente te avisando que há algo a ser exposto;
Não espere ser um em um milhão;
Não procure por atalhos, trabalhe duro pelo que deseja;
Se preocupe com o financeiro e faça escolhas condizentes com sua situação;
Deixar seu produto mais comercial fará com que as pessoas não se identifiquem, e acabem gostando menos dele;
Não se preocupe em procurar por inspiração, ela virá até você;
Tenha algo que torne possível a distinção de seu trabalho entre outros;
Mantenha-se simples.
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