sábado, 26 de novembro de 2022

Ideologia O que É ? Por JoãoMaria andarilho utópico. (feito com Spreaker)

 

 

O Conde de Tracy cunhou o termo em 1801.

A origem do termo ocorreu com Destutt de Tracy,[4] que criou a palavra e lhe deu o primeiro de seus significados: ciência das ideias. Posteriormente, concluíram que esta palavra ganharia um sentido novo quando Napoleão chamou De Tracy e seus seguidores de "ideólogos" no sentido de "deformadores da realidade". No entanto, os pensadores da Antiguidade Clássica e da Idade Média já entendiam ideologia como o conjunto de ideias e opiniões de uma sociedade.

Karl Marx desenvolveu uma teoria a respeito da ideologia na qual concebe a mesma como uma consciência falsa, proveniente da divisão entre o trabalho manual e o intelectual. Para Marx não se pode analisar uma sociedade separada de sua condição social e histórica. Nessa divisão, surgiriam os ideólogos ou intelectuais que passariam a operar em favor da dominação ocorrida entre as classes sociais, por meio de ideias capazes de deformar a compreensão sobre o modo como se processam as relações de produção. Neste sentido, a ideologia (enquanto falsa consciência) geraria a inversão ou a camuflagem da realidade, para os ideais ou interesses da classe dominante.[5]

 

A partir do materialismo histórico, Marx desenvolveu dois conceitos importantes para compreensão da organização da sociedade capitalista e sua estrutura social, apontando a sociedade como composta por dois elementos fundamentais: a) a infraestrutura, e b) a superestrutura.[7]

  • Infraestrutura - de acordo com Bodart (2016), para Marx, a infraestrutura constitui o conjunto onde está a base econômica da sociedade; portanto a economia, as formas de produção, as relações de produção e as relações de trabalho, estas marcadas pela exploração da força de trabalho no interior do processo de acumulação capitalista. A infraestrutura, assim, constitui o conjunto formado pela matéria-prima, pelos meios de produção e pelos próprios trabalhadores (onde se dão as relações de produção: empregados-empregados, patrões-empregados).[8]
  • Superestrutura - é a projeção, a expressão cultural, das formas e relações de produção; ou seja, é a expressão cultural da infraestrutura. Assim, a superestrutura é fruto de estratégias dos grupos dominantes para a consolidação e perpetuação de seu domínio [econômico, político e social]. É composta pela estrutura jurídico-política e a estrutura ideológica (Estado, Religião, Artes, meios de comunicação, etc.).[8]
  •  fomnte]; https://pt.wikipedia.org/wiki/Infraestrutura_e_superestrutura#cite_note-:0-7

 

Princípio

 


Princípio. Do latim principium. 1. Primeira fase da existência de algo, de uma ação ou processo; início. 2. O que é causa primeira, a base de algo; raiz. 3. Valor de ordem moral; preceito, regra (frequentemente usado no plural). 4. Conceito, ideia fundamental que serve de base a uma ordem de conhecimentos ou sobre a qual se apoia um raciocínio. A ou no princípio loc. na fase inicial; inicialmente. Em princípio loc. antes de qualquer consideração, avaliação; de forma geral. (1)

Ponto de partida e fundamento de um processo qualquer. “Ponto de partida” e “fundamento” ou “causa” estão intimamente ligados. (2)

Em filosofia, a palavra princípio é usada de forma metafórica, referindo-se a uma ordem ideal, e não a uma sucessão real. (3)


Princípio da Caridade. Princípio destacado sobretudo por Davidson como algo que rege a interpretação dos outros. Em várias das suas versões, o princípio impõe ao intérprete uma maximização da verdade ou a racionalidade daquilo que o sujeito diz. Para Davidson, segue-se que não faz sentido conceber sistemas de pensamento em que a maior parte das proposições são falsas, pelo que o princípio acaba surpreendentemente por constituir uma defesa contra o ceticismo. Ver também princípio da humanidade. (4)


Princípio da humanidade. Um princípio com a mesma função do princípio de caridade, mas que sugere que regulemos nossos processos de interpretação pela maximização do âmbito no qual vemos o sujeito como humanamente razoável, em vez do âmbito no qual o vemos como estando certo. (4)


Princípio do Efeito Duplo. Princípio que tenta definir as condições com que uma ação com bons e maus resultados é moralmente permissível. Numa das versões, uma tal ação é permissível se (I) não é em si mesma errada; (ii) a má consequência não é a que se pretende; (III) a boa consequência não é por si um resultado da má e (IV) as duas consequências têm impactos semelhantes. Assim, por exemplo, posso bombardear uma fábrica inimiga justificadamente apesar de prever a morte de civis nas suas proximidades, pois não tenho a intenção de provocá-los - ao passo que o bombardeamento intencional de civis não seria permissível. O princípio tem suas razões na filosofia moral tomista (ver Thomas de Aquino). A aceitabilidade de provocar um aborto (matando o feto, em consequência) para evitar a morte da mãe é uma das suas aplicações. Todas as cláusulas da definição são altamente controversas, mas é sobretudo a segunda que dá origem a profundos problemas no que diz respeito à relação entre ação, consequência e intenção. (4)


Princípio de Economia. É o nome como é mais conhecido o famoso princípio de William Ockam, franciscano: "entia non sunt multiplicanda praeter necessitatem" (os entes não devem ser multiplicados, salvo necessariamente). Aplicado à demonstração, pode ser enunciado deste modo: entre duas explanações, ambas de igual valor, deve ser preferida a que invoca o menor número de princípios ou suposições, por ser mais verdadeira, e, em suma, por ser cientificamente preferida. (5)


Princípio de legalidade (legitimidade). A hipótese de que todos os fatos estão sob a égide de leis e, portanto, são legítimos. Esta hipótese ontológica corrobora a pesquisa científica.(6)


(1) DICIONÁRIO ENCICLOPÉDICO ILUSTRADO LAROUSSE. São Paulo: Larousse, 2007.

(2) ABBAGNANO, N. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Mestre Jou, 1970.

(3) GRANDE ENCICLOPÉDIA PORTUGUESA E BRASILEIRA. Lisboa/Rio de Janeiro: Editorial Enciclopédia, [s.d. p.]

(4) BLACKBURN, Simon. Dicionário Oxford de Filosofia. Consultoria da edição brasileira, Danilo Marcondes. Tradução de Desidério Murcho ... et al. Rio de Janeiro: Zahar, 1977.

(5) SANTOS, M. F. dos. Dicionário de Filosofia e Ciências Culturais. 3. ed. São Paulo: Matese, 1965.

(6) BUNGE, M. Dicionário de Filosofia. Tradução de Gita K. Guinsburg. São Paulo: Perspectivas, 2002. (Coleção Big Bang)

 

 







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  https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/388158/mod_resource/content/1/Texto%2014%20-%20O%20que%20%C3%A9%20ideologia%20-%20M.%20Chau%C3%AD.pdf

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