segunda-feira, 4 de abril de 2022

Manipulação e engenharia social para controle das massas. João Maria Andarilho utópico. Indicação de leitura 50.





§13 Dos cães de Pavlov ao lava-rápido cerebral O assunto é fértil de mal-entendidos. Quando alguém fala da escravidão psicológica que algumas seitas impõem a seus discípulos, logo vêm à boca do interlocutor as palavras: “lavagem cerebral”. É uma meia-verdade. As técnicas em uso nas seitas se originaram da lavagem cerebral, mas só têm com ela uma identidade de fins, que alcançam por meios diferentes e mais eficazes. A expressão “lavagem cerebral” entrou na linguagem popular a partir dos “processos de Moscou”, na década de 30, quando comunistas fiéis apareceram confessando os crimes mais inverossímeis que teriam praticado contra o regime. A imprensa Ocidental sugeriu que o emprego de algum meio psicológico inusitado seria o responsável por aquelas “conversões” que faziam de heróis revolucionários palhaços atônitos a acusar-se de delitos fictícios. Em 1940, o romance de Arthur Koestler, Darkness at Noon (“O Zero e o Infinito”), deu ao público Ocidental uma imagem vívida dos processos de tortura psíquica que levavam os prisioneiros soviéticos à perda da identidade. Logo ficou claro para todo mundo que a lavagem cerebral era uma aplicação das teorias do neurofisiologista russo Ivan Pavlov (1849-1936), descobridor dos reflexos condicionados produzidos pelo jogo estímulo-resposta. A idéia de moldar o comportamento humano pela aplicação planejada de castigos e recompensas era uma extensão das descobertas de Pavlov, e boa parte da “reeducação” recebida pelos prisioneiros soviéticos consistia simplesmente nisso. Mas a doutrinação teria resultados escassos se não fosse uma segunda descoberta de Pavlov: a dos efeitos da estimulação incoerente. Ele estudou isto em cachorros. Programando-os inicialmente para salivar de fome à visão de uma luz vermelha que acendia tão logo lhes era oferecido um bife, Pavlov passou em seguida a lhes mostrar ora o bife com a luz apagada, ora a luz sem o bife. Eles ficaram completamente atordoados. Quebradas as cadeias dos reflexos condicionados, o cérebro entrava em pane. O mais surpreendente foi o modo pelo qual os cachorros se adaptaram à nova situação: “A inibição prolongada dos reflexos adquiridos — escreveu Pavlov — suscita angústia intolerável, da qual o sujeito se livra mediante reações opostas às suas condutas habituais. Um cão se afeiçoará ao funcionário do laboratório, que detestava, e tentará atacar o dono, de quem gostava”. A mudança de atitude dos prisioneiros, portanto, não era determinada pelo conteúdo político da doutrinação, mas sim pelo efeito acumulado de estimulações contraditórias, que os levavam ao desespero até que a personalidade, literalmente, virasse do avesso. A doutrinação apenas fornecia o modelo pronto do novo discurso, que completava a transformação. Eis em que consistia a “lavagem cerebral”.

OLAVO DE CARVALHO O Jardim das Aflições De Epicuro à ressurreição de César: ensaio sobre o Materialismo e a Religião Civil 3ª edição – com posfácio inédito


O que diz a teoria de Pavlov?

Ivan Pavlov, em seus estudos sobre a atividade nervosa superior, fez uso do método do reflexo condicionado. Um reflexo condicionado trata-se de um reflexo aprendido, uma resposta a um estímulo que antes não causava nenhuma reação. Este reflexo aprendido é fruto da associação repetida entre esse estímulo, que anteriormente não causava nenhuma resposta, com outro que é capaz de causá-la. Esse aprendizado por associações é chamado de condicionamento clássico.

https://br.psicologia-online.com/ivan-pavlov-biografia-e-teoria-do-condicionamento-classico-239.html

O que é dissonância cognitiva para Festinger

Dissonância cognitiva é um conceito que foi inicialmente desenvolvido pelo professor Leon Festinger em meados do século XX. Seu trabalho se desenvolveu majoritariamente na New School for Social Research de Nova York. Em 1957 é que foi publicado pela primeira vez seu livro sobre o assunto, intitulado de “Dissonância cognitiva”, hoje bastante difícil de encontrar.

O autor define a Dissonância Cognitiva como uma tensão entre o que uma pessoa pensa ou acredita, e aquilo que faz. Quando alguém produz uma ação que entra em desacordo com aquilo que pensou, gera-se esse desconforto entre os mecanismos psíquicos. Assim, tem-se o efeito de dissonância cognitiva.

De duas uma: ou aquilo que sabemos ou pensamos se adapta ao nosso comportamento, ou o comportamento adapta-se ao nosso conhecimento. Festinger considerava que a necessidade de se esquivar da dissonância é tão importante como as necessidades de segurança ou da alimentação.



fonte: https://www.psicanaliseclinica.com/dissonancia-cognitiva/





Uma das mais importantes obras de teoria política de todos os tempos, O Poder foi o melhor livro de ciência política escrito no Século XX, um século marcado por revoluções, guerras, revoltas e, especialmente, por uma descomunal concentração do poder político. Concebido e escrito durante a Segunda Guerra Mundial, o livro surgiu “de uma meditação do autor sobre a marcha histórica rumo à guerra total”. A obra-prima de Bertrand de Jouvenel oferece uma análise detalhada do Poder sob todos os seus aspectos: sua origem, sua natureza e as razões de seu aumento. Pela primeira vez, alguém pareceu ter compreendido os mecanismos que estimulam o crescimento do Poder. Esta obra revela a lógica desse Minotauro e nos convida a perguntar por qual motivo todas as utopias ou promessas de libertação e todas as revoltas ou revoluções, ao longo dos tempos, geraram uma concentração cada vez maior de poderes ou, ainda: por que o rebelde de hoje transforma-se no tirano de amanhã. Inédito no Brasil, esta é uma obra clássica do pensamento moderno com a qual a Editora Peixoto Neto inaugura sua coleção Teoria Política.




Lançado originalmente em 1982, na Alemanha, o livro teve grande impacto no desenvolvimento das pesquisas em comunicação e psicologia social em todo o mundo, tornando-se um verdadeiro clássico



Origem e conceito da Janela de Overton

A expressão deriva do nome de seu criador, Joseph P. Overton, ex-vice-presidente do Centro de Políticas Públicas de Mackinac, Michigan, EUAEle criou este termo para a segurança pública.

Em seus estudos ele explicou que diversos atores sociais podem escolher não apenas o que as pessoas pensam, mas também como elas pensam.

Para descrever o fenômeno que mais tarde seria conhecido como Janela de Overton, ele afirmou que para uma ideia ter viabilidade na sociedade, precisa passar pela “janela” social, não bastando serem apenas preferências individuais dos políticos.

Segundo Overton, a janela inclui um conjunto de políticas consideradas aceitáveis no momento em que a opinião pública as recebe. Um candidato político poderá recomendar este conjunto de ideias sem ser considerado excessivamente extremo.

O conceito demonstra o que a sociedade considera aceitável ou não em um dado momento. Se alguma figura pública quiser aceitação social, deve emitir opiniões que variem dentro da janela considerada aceitável.

Outra característica da Janela de Overton é que ela não é estática.

fonte.https://www.brasilparalelo.com.br/artigos/janela-de-overton





tataś cānu-dinaṁ dharmaḥ
satyaṁ śaucaṁ kṣamā dayā
kālena balinā rājan
naṅkṣyaty āyur balaṁ smṛtiḥ

“Em Kali-­yuga, esta era de desavenças e hipocrisia, haverá declínio das seguintes qualidades: Religiosidade, veracidade, limpeza, tolerância, memória, força física, duração de vida e misericórdia”. Estes são os bens de um ser humano, ou as qualidades que o tornam distinto dos animais, mas esses atributos decairão. Quase não haverá misericórdia e veracidade, e a memória e a duração de vida diminuirão. Da mesma maneira, a religião praticamente desaparecerá, o que quer dizer que os seres humanos gradualmente descerão à plataforma de animais.





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