sexta-feira, 18 de agosto de 2023

Alfabetização: Ler e escrever não é natural. Verdade será? (feito com Spreaker)


















Ler e escrever não é natural — Érica Alvim Psicopedagogia

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A alfabetização é um processo cultural pelo qual o cérebro humano está apto a passar, mas que necessita de uma iniciativa de ensino e aprendizagem para acontecer. Embora existam exceções, não é algo que acontece naturalmente, sem que haja um esforço focado nisso.

Mas é certo que este é um aprendizado muito precioso, que dá acesso a tantos outros e que amplia nossas possibilidades de comunicação com o meio e nos insere de maneira mais efetiva no mundo de que fazemos parte.

A alfabetização passa por diferentes aspectos, que devem ser considerados com muita atenção, como os linguísticos, os interativos e os socioculturais. Ou seja, passa pela nossa capacidade de conhecer os elementos da língua e suas unidades, como as letras, seus sons, sílabas e palavras, bem como pelas formas como a língua se manifesta em nossa cultura, como os tipos de texto e seus contextos. Isso sem falar na inserção num ambiente que proporcione o acesso e a exposição à leitura, com livros e histórias.

É claro que o aprendizado depende também de outros aspectos, como as nossas emoções, por exemplo, mas quando todos os elementos acima estão em harmonia, é esperado que consigamos proporcionar um processo de alfabetização mais leve e eficiente.


Letra Cursiva - Um Desafio Psicomotor

Vivemos em uma realidade globalizada, na qual é fundamental transmitir mensagens significativas. O processo de comunicação é muito complexo e tem sua base na infância.

Refletir sobre o desenvolvimento da criança de forma integrada possibilita verificar que as experiências significativas na infância, contribuem para o processo de alfabetização, pois desde o início da vida, a linguagem corporal é composta de gestos, olhares, emoções, vivencias corporais e movimentos que favorecem a comunicação de necessidades e conhecimentos. Eles são pré-requisitos para a linguagem verbal e posteriormente, para organização do pensamento e elaboração da escrita. Existem regras gramaticais que todos precisamos seguir, a elaboração de idéias pode ser auxiliada pela estruturação espaço-temporal, mas cada escrita é um meio de expressão pessoal, por vezes, ao ler um texto, mesmo sem identificação de quem o produziu, sabemos quem é o autor, ou temos idéia se já tivemos contato com textos dele ou não.

A Escrita Engloba Quatro Aspectos:
1º) Linguagem Verbal Adequada – sem infantilizar ou utilizar diminutivos desnecessários e sim com vocabulário correto e diversificado;

2º) Socioculturais - quando vamos a um evento cultural, sobre um tema que desconhecemos e a linguagem é técnica, não conseguimos contar o conteúdo abordado, pois ele está distante de nossa realidade, portanto, é fundamental que as informações ofertadas para as crianças sejam compatíveis com as vivências delas e adequadas à compreensão que elas podem ter em cada faixa etária;

3º) Função Simbólica - a escrita e a leitura são processos concomitantes, pois associam símbolo e significado, não existe criança que escreve mas não lê, o que existe é o copista, já que é possível copiar um texto em Mandarim e não entender nada;

4º) Psicomotores - concentração, postura adequada, controle de força ao escrever (apenas para sustentar o movimento, sem "pesar" o lápis sobre o papel), ritmo, dominância lateral definida, lateralidade, orientação espacial, sucessão temporal para as seqüências gráficas, praxias global e fina.

Para que a alfabetização seja "vivenciada pelo corpo", na Psicomotricidade utilizamos os glisses (formas que estão relacionadas aos movimentos solicitados pelas letras cursivas) com diversos recursos sensoriais. O fruto do processo psicomotor é a movimentação refinada para a escrita, que tem como terminologia a "grafomotricidade" e é o ponto máximo do desenvolvimento psicomotor.

Utilizar apenas cadernos de caligrafia não resolve o problema, o treino sem consciência e sem significado, não proporciona que a criança aprenda realmente a transferir a escrita adequada para as diversas situações de sua realidade. O parâmetro correto, a prática, e a orientação ao aluno/paciente a fazer sempre melhor, são fundamentais para seu bom desenvolvimento. Atualmente a falta de legibilidade da escrita é uma das conseqüências da substituição do caderno pelo computador, porém, durante o período escolar, a escrita continua sendo de grande importância na vida da criança.

No processo de alfabetização a letra bastão costuma ser mais utilizada, pois mantêm a individualidade de cada letra (mesmo na composição de palavras) e por exigir habilidades motoras mais simples, porém a escrita cursiva também pode ser oportunizada como referência, já que o circulo é a forma primária, a base de muitas letras cursivas, sempre com os códigos gráficos associados aos sonoros correspondentes.

Diferença importante entre letra bastão e a cursiva:
A letra bastão fragmenta a escrita, pois quando escrevemos uma letra como a H, tiramos o lápis três vezes do papel, possibilitando pontos de dispersão;

A letra cursiva propicia a escrita continua durante cada palavra, podendo contribuir para linearidade do pensamento. Também proporciona maior rapidez, mas solicita maturidade cognitiva associada aos movimentos refinados.

Não se deve antecipar o processo de ensino da escrita, é possível oportunizar o contato com as letras e atentar para o interesse que as crianças demonstram, mas a exigência de que a criança comece a escrever antes de ela ter a maturidade cognitiva (compreensão) e habilidades motoras necessárias (coordenação motora, discriminação visual e organização espacial), pode resultar em frustração, o que provavelmente comprometa o sucesso escolar no futuro.

O fracasso escolar começa quando a criança percebe que não acompanha o ritmo escolar e apresenta baixo rendimento escolar. O impacto da disgrafia - a escrita incompreensível - na vida das pessoas vai além do senso estético. Quem sofre deste distúrbio pode ser tachado de desleixado ou problemático.

A escrita adequada, incluindo a letra cursiva, é uma resposta à estimulação psicomotora adequada. Quando o desempenho da criança não é o esperado, é preciso valorizar o que ela tem de melhor e criar possibilidades para superação dos desafios. A partir dos sete anos, é preciso ficar mais atento às dificuldades relacionadas à escrita e possivelmente encaminhar para uma avaliação psicomotora personalizada, pois as exigências aumentam a cada ano escolar e o aluno precisa administrar a escrita e o conteúdo simultaneamente.

By Silvia Baltieri


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Seu filho segura direito no lápis?

Para aqueles que ingressarão na ed. infantil no próximo ano, fiquem atentos à foto e à maneira da criança fazer a pega do lápis.

O segurar de forma correta no lápis é muito importante, principalmente, na Educação Infantil e nas séries iniciais.

Todo e qualquer hábito bom ou ruim a criança vai desenvolver primeiramente na Educação Infantil.

O pegar corretamente no lápis e a preensão correta ao escrever no papel são importantíssimos para um bom desenvolvimento motor que refletirá diretamente na escrita.

Há muitos exercícios como os de empilhar, rasgar, puxar, empurrar, encaixar e tantos outros que favorecem o desenvolvimento destas habilidades motoras.

Também os exercícios de coordenação motora são muito importantes, pois também trabalham a lateralidade e a noção espacial, decisivas para quando a criança começar a usar o caderno. Se ela tiver uma noção espacial bem desenvolvida em conformidade com a lateralidade a criança saberá se posicionar na linha e nas folhas do caderno.

O pegar corretamente no lápis facilita os movimentos da mão no exercício da grafia. Se o lápis não está devidamente posicionado a mão terá que se esforçar para realizar o movimento e com isso a letra sairá feia e a preensão no papel será muito forte.

Se desde a primeira vez que a criança pegar num lápis ela for orientada o sucesso do “saber segurar o lápis” será muito mais eficaz. Se a criança começar pegando erroneamente no lápis, quanto mais tarde ela for corrigida, mas difícil será de desabituar.

Nos casos da criança chegar nos anos iniciais pegando de forma errada, uma boa sugestão é utilizar o lápis triangular ou o triângulo em EVA que é colocado no lápis perto da ponta e é ali que a criança irá segurar.

Para que serve o lápis triangular? Os lápis de formato triangular possui um formato anatômico que condiciona a criança a segurar o lápis de maneira correta, centrando os três dedos em três pontos de apoio. Essa característica também auxilia os professores como os pais na hora de alfabetizar a criança. Temos duas modalidades do lápis de cor no formato triangular. O Gigante que é ideal para pré-escolares e o triangular normal, pós pré-escolar.

Qual a diferença do lápis Gigante e do lápis triangular normal? O lápis Gigante têm um diâmetro mais grosso que o normal, por isso ele é recomendado para crianças na fase pré-escolares, quando seus dedos pequenos ainda não tem a segurança e coordenação motora para segurar o lápis que são de grossura menor. Já o triangular normal é adequado para pós pré-escolar, pois com a prática já adquirida podem facilmente segurar corretamente o lápis triangular de diâmetro normal.

Fonte: http://johannaterapeutaocupacional.blogspot.com/2010/03/seu-filho-segura-direito-no-lapis.html

Priscila Zunno Bocchini – Psicóloga e Psicomotricista – CRP 06/61903




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