quarta-feira, 30 de abril de 2014

O ativismo fake na América ESCRITO POR DANIEL GREENFIELD


Nunca é sobre os fatos. Os “ativistas fake” – seja na mídia, seja nas redes sociais – só se importam com a manipulação emocional a serviço da sua agenda.

O que há em comum entre a saída forçada de Brendan Eich da Mozilla e o caso #CancelColbert (1)? Ambos são exemplos de Fakectivism. (N. do T.: faketivism é a fusão de 'fake' (falso) com 'activism' (ativismo), ou seja, “ativismo fake” ou ainda “ativismo falso/fraudulento”. Doravante utilizarei “ativismo fake” sempre que o autor mencionar fakectivism.)

O “ativismo fake” é o ativismo realizado por um pequeno número de pessoas nas redes sociais e que acaba sendo integrado aos noticiários por combinar com a agenda política das organizações de mídia.

Qualquer membro do Tea Party (2) sabe que hoje a cobertura midiática dos protestos é assimétrica. Duas dezenas de estudantes, a maioria dos quais voluntários em organizações ambientalistas sem fins lucrativos, protestando contra a Keystone (3) receberão uma cobertura da mídia que não será dispensada a milhares de membros do Tea Party que protestem contra o ObamaCare (4).
O mesmo é verdadeiro em relação aos protestos online.

Boa parte das manifestações “no mundo real” que recebem cobertura da mídia são falsas. Por exemplo, sindicatos contratam manifestantes não sindicalizados para protestar em seu nome, informação raramente mencionada pelas organizações de mídia fazendo a cobertura noticiosa. (O mesmo privilégio não é estendido aos membros do Tea Party que porventura contratarem manifestantes profissionais para gritar na frente das câmeras.) Outras manifestações fingem ter origem em movimentos sociais de base quando na verdade consistem de membros ou até mesmo de empregados pagos por uma única organização (5).

À medida que distorce totalmente o número de participantes em uma manifestação, o “ativismo fake” na internet piora ainda mais o problema da cobertura jornalística sobre o ativismo da esquerda, falseando também a credibilidade desses manifestantes em representar outros segmentos que não a si mesmos.

Nas manifestações no mundo real, a mídia rotineiramente noticia um número maior de participantes nos protestos da esquerda e um número menor de participantes nos protestos conservadores. Na internet, porém, o “ativismo fake” não necessita de contagem de cabeças. Se for um trending topic, então é notícia. E algumas vezes é notícia mesmo que não seja.

O “ativismo fake” começa em páginas de agitprop (7) esquerdista que de modo seletivo coletam tweets a favor ou contra alguma coisa. Esse punhado de tweets são descritos com expressões coletivas como “A Internet” está revoltada com tal coisa. A utilização da expressão coletiva “internet” faz parte do 'feijão-com-arroz' do “ativismo fake”, pois mistura (confunde) uma estória fabricada com a opinião de bilhões de pessoas.

Sendo bem sucedido, o “ativismo fake” sobe um grau na escala, passando para páginas esquerdistas mais bem acabadas que buscam por controvérsias pedagogicamente úteis. As páginas nesse nível possuem tal importância que elas são monitoradas por produtores e editores das principais organizações de mídia em busca de reportagens.

As grandes organizações de mídia coletam o conteúdo de portais como o Slate ou o Huffington Post e reformatam-no utilizando uma linguagem enviesada mas preservando a credibilidade ao mesmo tempo em que despistam a fonte. O “ativismo fake” no Twitter é invariavelmente descrito como sendo uma “reação”, uma “repercussão”, ou como uma “polêmica”. Frases como “O Twitter bombou com a reação de usuários revoltados” dá aos leitores leigos a impressão de que as reclamações representam o consenso de toda a página em vez de ser um pequeno número de usuários superativos.

Esse “falsoativismo” fabricado torna-se uma grande matéria jornalística através de processos sucessivos de filtragem para disfarçar a fonte duvidosa e a falta de credibilidade do evento original.

A doação do Brendan Eich para a defesa do casamento [tradicional] já havia entrado em discussão há dois anos. Os mesmos ataques via Twitter já haviam sido dispensados por páginas de “ativismo fake” da esquerda, porém faltou aquela 'fagulha' que permitiria que a estória fosse para a grande mídia. Assim, o Sr. Eich pode seguir adiante, praticamente são e salvo, pois aquelas manifestações não ganharam o impulso da mídia.

A campanha de Fakectivism direcionada contra o Sr. Eich se dissipou em 2012 pois, sem o envolvimento da grande mídia, os ativistas profissionais de justiça social nada mais são do que uma débil e insignificante caixinha de ressonância de ódio e fúria. É a grande mídia que faz o “ativismo fake” funcionar por meio daseleção daquilo que será divulgado. Seus prepostos dão o carimbo definitivo de “fake” na expressão “ativismo fake”. [N. do T.: “fake” em inglês significa “falso”, “fraudulento”].

O destino de alguém como Brendan Eich não é selado pela mística do ódio dos movimentos sociais. É a grande mídia quem faz isso. Os ativistas promotores da justiça social no Tumblr e no Twitter gostam de pensar que podem mandar cortar cabeças, porém, as únicas cabeças que eles cortam são aquelas que a mídia permite que sejam cortadas.

O “ativismo fake” é efetivamente um meio que permite aos profissionais da mídia exercer suas agendas políticas através da midiatização seletiva. O ecossistema online da esquerda vive ou morre mediante sua aptidão para por em movimento material “afiado” e agendas [ideológicas] para a grande mídia, sendo a mídia quem decide quando será o momento certo para forçar essa agenda sobre seus telespectadores, ouvintes e leitores.

Tanto a mídia quanto os “ativistas fakes” das redes sociais calculam suas reportagens em torno de uma agenda mais ampla.

Aos “ativistas fake” das redes sociais cabe o papel de incitar agressivamente a sua agenda mais radical, ao passo que moderar este tom é o papel dos “ativistas fake” na mídia. A mídia atua como o leão-de-chácara do esquerdismo, determinando qual agenda radical será ciceroneada na grande mídia naquela semana, enquanto que os ativistas das redes sociais tentam forçar a barra para ampliar ainda mais o tom desse esquerdismo.

Nunca é sobre os fatos. Os “ativistas fake” – seja na mídia, seja nas redes sociais – só se importam com a manipulação emocional a serviço da sua agenda. Suas reportagens são encenações morais cuja expectativa é fazer a audiência migrar para o seu lado assim como apoiar a sua agenda à medida que essa audiência visualize um drama humano. Esta dramatização é uma narrativa onde ambos os conjuntos de “ativistas fake”enviesam a história ao seu próprio modo por meio de informações falsas.

No caso de Brendan Eich, a mídia narrou fatos deliberadamente errados sobre a Fundação Mozilla. Por exemplo, as notícias alegaram que os membros da diretoria estavam renunciando em protesto à presença de Brendan Eich. Não era verdade. A Mozilla passava por turbulências e já estava assim havia algum tempo, mas por razões que não tinham nada que ver com a visão de Brendan Eich sobre casamento. Dentro dessa organização cujo navegador tem continuamente perdido participação no mercado, Eich foi posto numa posição muito ingrata na qual ele mesmo não queria estar.

De forma semelhante, a mídia falhou em explicar as grandes contribuições dadas por Brendan Eich à internet moderna, ao mesmo tempo em que dava destaque aos tweets de protesto de um punhado de funcionários do Mozilla, a maioria dos quais de setores não técnicos e/ou associados com o projeto Open Badges.

Parte disso pode ser atribuído a desleixo, mas se Brendan Eich fosse um CEO gay e tivesse sido alvejado pelo Twitter por manifestantes furiosos com a sua identidade sexual, praticamente não há dúvidas de que toda a história teria sido pesquisada e esclarecida de modo preciso. Em reportagens onde a pesquisa irá causar danos à narrativa, o desleixo da mídia é uma cegueira calculada.

A mídia terceiriza muito do seu trabalho de investigação às páginas da esquerda e frequentemente ela apenas reescreve suas notícias. Uma verificação tardia dos fatos pode ocasionalmente derrubar uma notícia falsa como ocorreu com o Washington Post no caso do ataque aos Irmãos Koch em Keystone, mas a maior parte do conteúdo da Media MattersThink ProgressSalonGawker e outros piores aflui ininterruptamente para os Grandes Jornais oficiais e para as agências de notícias – sempre com mudanças apenas no estilo, mas não na substância.

A mídia hoje divulga principalmente notícias sobre conteúdo que é popular pela internet, seja um protesto viaTwitter, seja sobre celebridades ou vídeos de um gato. A distinção entre uma CNN e um portal qualquer que coleta esse mesmo tipo de conteúdo viral é que o portal de virais da internet normalmente mostra-o primeiro. Esta é, cada vez mais, a mesma distinção entre a NBC News e o Huffington Post.

O “ativismo fake” amplia uma relação de conveniência na qual a mídia atua como o porteiro das mídias sociais na seara política. A diferença é que, embora a mídia seja agnóstica quando se trata de divulgar o vídeo de um gato ou de relatar as vulgaridades abjetas de uma celebridade, ela, com muito cuidado, pinça quais manifestações serão levadas a sério, quais causas serão favorecidas e quais pessoas serão demitidas.

A mídia veio a incorporar uma relação descentralizada entre os diferentes níveis de esquerdismo dos provedores de conteúdo, desde os grandes grupos de ativismo até grupos coletivos casuais compostos por aspirantes a justiça social tentando fazer emplacar uma hashtag no Twitter. O que nós imaginamos como sendo a mídia, com seus nomes comerciais avaliados em bilhões de dólares e suas operações nacionais e internacionais, é apenas a ponta formal de um iceberg.

A verdadeira mídia não é uma emissora ou um jornal, é uma agenda. É uma rede de relações entre radicais declarados e radicais disfarçados. A mídia tornou-se um circuito fechado da esquerda, que inventa as suas próprias estórias e que faz reportagens sobre as estórias que ela mesma inventou.

Comentário do Tradutor:
O artigo em questão, embora descreva o falsoativismo nos Estados Unidos, serve perfeitamente para a realidade brasileira. Casos como Feliciano e a “Cura Gay”, o “linchamento da jornalista Rachel Sheherazade e a censura ao SBT”, os “Badernaços de Junho-Julho” e o #VdeVinagre e/ou #CadêoAmarildo são exemplos muito claros de falsoativismo.

Notas:
(1) Para uma descrição do caso #CancelColbert em português, em espanhol (mais completa), para o vídeo original (em inglês, em 04:45). O caso #CancelColbert é um bom exemplo de falsoativismo. O programa foi ao ar em 26/03. Em 28/03 já estava em sites de menor relevância em espanhol. No dia seguinte, 29/03, foi publicado na BBC Mundo (em espanhol), o mesmo fluxo descrito pelo autor.

(2) O Tea Party é um movimento social-político norte-americano: “O Tea Party é um movimento [social] de base (…) [que] inclui aqueles que acreditam nos ideais judaico-cristãos fundacionais que está entranhado nos grandes documentos de fundação [dos EUA] (…) Nós defendemos que a Constituição é inerentemente conservadora (...)” - http://www.teaparty.org/about-us/
(3) Sobre os protestos de keystone [oleoduto] leia este relato esquerdista:http://www.esquerda.net/printpdf/29715
(4) O ObamaCare é o SUS nos Estados Unidos. Leia: O Básico sobre o ObamaCare.
(6) Trending TopicSignifica o assunto (palavra chave) mais comentado no twitter.
(7) AgitProp – Agitação e Propaganda, segundo a Enciclopédia Britânica: “(...) estratégia política onde são utilizadas técnicas de agitação e propaganda para mobilizar a opinião pública. (…) A estratégia gêmea da agitação e propaganda foi originalmente elaborada pelo teórico marxista Georgy Plekhanov (...)”

Publicado no FrontPage Magazine - http://www.frontpagemag.com/2014/dgreenfield/the-rise-of-fakectivism/

Tradução: Francis Lauer


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Resenha: "Mentiram (e muito) para mim", de Flávio Quintela ESCRITO POR LUCIANO AYAN |


Mentiram-e-muito-para-mim
"Para uma pessoa que não possua fatos e argumentos que possam, de forma lógica, justificar sua ideologia – caso de todos os esquerdistas – a ofensa injustificada é a única saída."

Sempre apontei um erro em muitos autores (e demais formadores de opiniões) da direita quando estes apontavam inconsistências no discurso da esquerda e reagiam com condescendência e as vezes até uma injustificada compaixão para com o oponente. Enquanto os esquerdistas ficavam criando mentiras para que seus líderes aumentassem ou mantivessem seu poder, a direita reagia dizendo coisas como “ah, eles não tem jeito” ou “mais uma vez eles se enganam”.
Não, não é assim que se reage a fraudadores contumazes. A assertividade deveria ser uma das principais característica de quem é de direita. No mundo corporativo, não se passa a mão na cabeça de fraudadores. Por que no mundo dialético a coisa deve ser diferente?
“Mentiram (e muito) para mim” é o primeiro livro de Flávio Quintela, do blog Maldade Destilada, E logo de cara o autor já mostra que é daqueles que há tempos superaram o comportamento conivente com a mais desonesta das doutrinas criadas pelo homem, o socialismo.
O livro traz 20 capítulos (em apenas 166 páginas, o que significa que tratamos de algo rápido e direto), dos quais 19 são focados no desmascaramento de mentiras que a esquerda tradicionalmente nos conta, ou mesmo na exposição de situações criadas para enganar não só os direitistas como também os neutros.
Por exemplo, a mentira dizendo que “não existe mais direita ou esquerda” é desmascarada no capítulo 5. Logo no seguinte, vemos o desmascaramento de outra mentira feita para confundir a audiência: “O PSDB é um partido de direita”. Em seguida, o próximo capítulo desmascara a mentira dizendo que a direita é inerentemente promotora das maiores maldades humanas. Mentira, aliás, muito propagada com base em outra mentira (“O nazismo é de direita”), demolida no capítulo 8.
Diz Quintela:
[...] para uma pessoa que não possua fatos e argumentos que possam, de forma lógica, justificar sua ideologia – caso de todos os esquerdistas – a ofensa injustificada é a única saída, e não há maior nível de ofensa injustificada do que atribuir a alguém inocente a cumplicidade na morte de mais de vinte milhões de pessoas e a associação ao regime mais repudiado da história do mundo. Isso é o que, na gíria, se chama de “apelar”.
Daí, com uma sóbria demonstração dos fatos, ele fornece argumentos para mostrar que todo aquele professorzinho esquerdista afirmando que Hitler “é de direita” não passa de um mentiroso que só merece um tipo de reação: a refutação assertiva. E com o dedo apontado na cara, de preferência.
A esquerda toma como um valor fundamental a mentira como um meio de chegar aos seus objetivos. A direita, por outro lado, preza a honestidade, a sinceridade e a busca pela verdade, como frisa Quintela logo no começo de sua obra.
Mas, politicamente, de nada adianta prezar pela verdade e a integridade moral se não tivermos a capacidade de exprimir nosso ponto de vista de maneira assertiva, assim como comunicarmos para nossos público a diferença entre quem entra em campo para dizer a verdade e quem toma a mentira como um método.
Sem essa dureza dialética, o que nos resta é assistir a contínuas vitórias esquerdistas, não por que eles possuem qualquer forma de conteúdo, mas por usarem uma quantidade tão grande de mentiras que nós desistiremos de contra-argumentar, pelo tanto de desmentidos que precisaremos fazer.
O único antídoto a isso é a refutação contínua das fraudes que eles divulgam. Mas essa refutação precisa ser feita nos termos mais fortes possíveis, pois também precisamos sub-comunicar para o público em geral que há um abismo ético entre a direita e esquerda, e que estes últimos possuem “argumentos” e comportamentos dignos de ânsia de vômito.
Por acertar tanto ao apresentar uma argumentação coesa e direta como ao usar a assertividade necessária para combater as fraudes intelectuais do oponente, o livro de Quintela é um dos mais recomendados no ano.
Em tempo: Para quem tem pressa, “Mentiram (e muito) para mim” pode ser adquirido também em formato Kindle, na Amazon. E também está disponível nas principais livrarias do Brasil no formato tradicional.




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A teoria de Kohlberg TEORIA DE DESENVOLVIMENTO MORAL




 A teoria de Kohlberg


Lawrence Kohlberg (1927-1987)

  • Trabalhou na Marinha mercante entre o ensino secundário e a universidade.
  • Ingressou na Universidade e completou a licenciatura em Psicologia em 2 anos em vez de 4, terminou em 1949, na Universidade de Chicago.
  • Iniciou logo o Doutoramento o qual só foi terminado em 1958.
  • Tese que se iniciou por uma análise entre as perspectivas psicanalítica (conceito de superego) e piagetiana acerca do desenvolvimento moral, conduziu à elaboração de uma nova teoria.

Desenvolvimento moral: Teoria de Kohlberg
Para Kohlberg (1984):
  •  A essência da moralidade reside mais no sentido de justiça do que, propriamente no respeito pelas normas sociais.
  •  A moralidade tem mais a ver com considerações de igualdade, de equidade, de contratos sociais e de reciprocidade nas relações humanas e menos com o cumprimento ou violação de normas sociais ou regras.
  •  A justiça é o princípio moral básico.

  

Cada estádio de desenvolvimento moral:

  • É qualitativamente diferente do precedente;
  • Representa um novo e mais compreensivo sistema de organização mental;
  • Ocorre numa sequência invariante;
  • Está relacionado com a idade de forma global e, mais especificamente, com o desenvolvimento cognitivo.



Metodologia de Kohlberg:

  • Método clínico através da apresentação de dilemas (tal como Piaget);
  • Um dilema é um problema complexo em que não há resposta correcta única. O essencial são as razões apontadas como justificativos da resposta.
  • A análise dos argumentos permite situar o sujeito num estádio de desenvolvimento moral.

Kohlberg identificou três níveis de desenvolvimento moral no interior de cada um distinguiu dois estádios.

I – Nível pré-convencional ou pré-moral (infância)

II – Nível convencional (adolescência)

III – Nível pós-convencional

 

Nível Pré-convencional ou Pré-moral

            Típica da maioria das crianças até aos 9 anos, alguns adolescentes e adultos.
  • A criança sabe que existem normas sociais, coisas que se podem ou não fazer, mas estas normas permanecem externas.
  • As normas são obedecidas por duas razões: evitar o castigo e satisfazer desejos e interesses concretos e individualistas, imediatos, pela recompensa que pode advir.
Não deve roubar porque senão vai para a cadeia.
Deve roubar porque senão a mulher zanga-se com ele.

Nível Convencional

            Típica da maioria dos adolescentes e adultos.
  • As normas e expectativas sociais foram interiorizadas. O justo e o injusto não se confundem com o que leva à recompensa ou ao castigo, mas definem-se com as normas estabelecidas na sociedade.
  • A moralidade implica cumprir os deveres e respeitar a lei e a ordem estabelecidas. As necessidades individuais subordinam-se às normas sociais.
Não deve roubar porque é proibido, é contra a lei.

Nível Pós-convencional

                 Apenas uma minoria de adultos e, em geral, só depois dos 20-25 anos. 
  • O valor moral depende menos da conformidade às normas morais e sociais vigentes e mais da sua orientação em função de princípios éticos universais, como o direito à vida, à liberdade, à justiça.
  •  As normas sociais devem ter subjacentes princípios éticos universais e, por vezes, pode haver contradição, impondo-se a necessidade de hierarquizar os princípios e as normas (moral versus legal).
Tendo roubado o medicamento o Senhor Heinz tem a atenuante que estava a defender uma vida humana.


Os três níveis de moralidade podem ser concretizados no seguinte exemplo:

Porque não se deve roubar?

  • Alguém pode ver e chamar a polícia. Pré-convencional

  • É uma questão de lei. Há leis que protegem as pessoas e as propriedades. Convencional

É uma violação dos direitos humanos, neste caso, do direito de propriedade. Pós-convencional



Moral Pré-convencional


Estádio 1: moralidade heterónoma (moral do castigo)

  • Orientação dominante: obediência e punição;
  • Trata-se de obedecer à autoridade e evitar o castigo;
  • A moralidade é confundida com o castigo: é incorrecta toda a acção que leva à punição e toda a acção punida é incorrecta. Está tudo bem se não for apanhado!
  • A acção é vista como tanto mais incorrecta quanto maior for o dano causado;
  • O dever baseia-se nas necessidades externas e objectivas;
  • As normas sociais são entendidas à letra e de modo absoluto. O castigo deve ser a reacção automática à violação da norma.

Estádio 2: Individualismo, propósito e troca instrumental (a moral do interesse)

  • As acções são justas e correctas quando são um instrumento que permite satisfazer desejos, interesses e necessidades do próprio e, por ventura de um outro, entendido de um ponto de vista individualista e concreto;
  • A justiça e a moralidade são questões de pura troca, orientadas por preocupações hedonistas (satisfação de desejos e necessidades concretas e individuais) e pragmáticas.
  • Deve-se retribuir o favor ou presente de alguém apenas pelo facto de esse alguém me ter dado um presente ou feito um favor.

Moral Convencional


Estádio 3: Expectativas e relações interpessoais mútuas e comformidade interpessoal (a moral do coração do “bom rapaz”).

  • O sujeito deste estádio está preocupado com as normas e convenções sociais;
  • Esta preocupação é mais do ponto de vista de uma terceira pessoa (“bom marido”, “bom amigo”, “bom cidadão”) que do ponto de vista social, legal e institucional;
  • O sujeito está preocupado em manter a confiança interpessoal e a aprovação social;
  • As justificações para uma boa ou mé acção têm origens afectivas e relacionais.
  • Devia denunciar o irmão ao pai, porque teria remorsos em relação ao meu pai se não lhe dissesse, porque o meu pai não poderia ter mais confiança em mim.

Estádio 4: Sistema Social e Consciência (a moral da lei)

  • Orientação dominante: Predomínio da lei, das normas e dos códigos socialmente aceites, (“se toda a gente fizesse isso…”);
  • Os comportamentos são tido como bons se se conformam a um conjunto rígido de regras e o sujeito cumpre o seu dever, se respeita a autoridade e mantém a ordem social;
  • É assumido o ponto de vista não de um sujeito individual mas de um “nós, membros de uma sociedade”;
  • As regras e princípios morais foram interiorizados.
  • Não estacionava o carro em cima da passadeira de peões porque é proibido.

 Moral Pós-convencional


Estádio 5: Contrato Social (a moral do relativismo da lei)

  • Orientação dominante: O maior bem para o maior número;
  • As leis são obedecidas porque representam uma estrutura necessária de acordo social;
  • Mas a relatividade das normas é reconhecida;
  • As normas podem entrar em conflito com a moral;
  • As leis são relativas a uma sociedade. Existem valores e direitos de cariz universal independentes da sociedade;
  • Nos julgamentos morais, são tomados em consideração os diferentes pontos de vista em confronto;
  • Presente uma perspectiva de transformação da sociedade.
  • Se Heinz fosse julgado o juiz deveria ter em conta o ponto de vista moral, mas preservar o ponto de vista legal e aplicar-lhe uma pena ligeira.

Estádio 6: Princípios Éticos Universais (a moral da razão universal)

  • Este último estádio constitui o ideal supremo do desenvolvimento moral e não uma realidade empírica;
  • A conduta é controlada por um ideal interiorizado que solicita a acção e que é independente das reacções do outro;
  • Este ideal interiorizado representa a crença do sujeito no valor da vida e está marcado pelo respeito para com o indivíduo;
  • Trata-se de princípios universais de justiça, reciprocidade, de igualdade, do respeito pela dignidade dos seres humanos considerados como pessoas individuais.
  • Trata cada pessoa como um fim e não como um meio!






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DIAGNÓSTICO E AVALIAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA



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Repórter Record Investigação [HD] 28-04-2014 [Completo]



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Aprendizagens Através da Avaliação Formativa Autor: Edlene do Socorro Teixeira Rodrigues





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FARC RECOMENDA CELAC - SUCESSORA DO FORO DE SÃO PAULO? - GRAÇA SALGUEIRO



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terça-feira, 29 de abril de 2014

SINTAXE




SINTAXE
DEFINIÇÃO
Sintaxe é a parte da gramática que estuda a disposição das palavras na frase e a das frases no discurso, bem como a relação lógica das frases entre si. Ao emitir uma mensagem verbal, o emissor procura transmitir um significado completo e compreensível. Para isso, as palavras são relacionadas e combinadas entre si.  A sintaxe é um instrumento essencial para o manuseio satisfatório das múltiplas possibilidades que existem para combinar palavras e orações.
ÍNDICE
 
Análise Sintática
Frase
Tipos de Frases
Estrutura da Frase: Oração
Período: Período Simples, Período Composto
Objetivos da Análise Sintática / Estrutura de um Período / Termos da Oração
 
Termos Essenciais da Oração
Sujeito e Predicado / Posição do Sujeito na Oração
Classificação do Sujeito: Sujeito Determinado
Sujeito Indeterminado
Oração Sem Sujeito
Predicado
Predicação Verbal: Verbo Intransitivo, Verbo Transitivo, Verbo de Ligação
Classificação do Predicado: Predicado Verbal
Predicado Nominal / Predicativo do Sujeito
Predicado Verbo-Nominal / Estrutura do Predicado Verbo-Nominal
 
Termos Integrantes da Oração
Complementos Verbais: Objeto Direto
Objeto Indireto
Complemento Nominal / Agente da Passiva
 
Termos Acessórios da Oração
Sobre os Termos Acessórios
Adjunto Adverbial
Classificação do Adjunto Adverbial
Adjunto Adnominal / Distinção entre Adjunto Adnominal e Complemento Nominal
Aposto / Classificação do Aposto
Vocativo / Distinção entre Vocativo e Aposto
 
Período Composto
Coordenação e Subordinação
 
Coordenação
Período Composto por Coordenação
Classificação das Orações Coordenadas Sindéticas: Aditivas, Adversativas
Alternativas, Conclusivas, Explicativas
 
Subordinação
Período Composto por Subordinação
Forma das Orações Subordinadas
Orações Subordinadas Substantivas
Classificação das Orações Subordinadas Substantivas: Subjetiva
Objetiva Direta / Orações Especiais
Objetiva Indireta, Completiva Nominal
Predicativa, Apositiva
Orações Subordinadas Adjetivas / Forma das Orações Subordinadas Adjetivas
Classificação das Orações Subordinadas Adjetivas
Emprego e Função dos Pronomes Relativos : Pronome Relativo QUE
Pronome Relativo QUEM / Pronome Relativo CUJO (s), CUJA (s) / Pronome Relativo O QUAL, OS QUAIS, A QUAL, AS QUAIS
Pronome Relativo ONDE / Pronome Relativo QUANTO, COMO, QUANDO
Orações Subordinadas Adverbiais
Circunstâncias Expressas pelas Orações Subordinadas Adverbiais: Causa, Consequência, Condição
Concessão, Comparação
Conformidade, Finalidade, Proporção, Tempo
 
Coordenação e Subordinação
Período Composto por Coordenação e Subordinação
 
Orações Reduzidas
Sobre as Orações Reduzidas
Orações Reduzidas Fixas / Orações Reduzidas de Infinitivo
Orações Reduzidas de Gerúndio / Orações Reduzidas de Particípio
 
Estudo Complementar do Período Composto
Sobre o Período Composto
 
Sintaxe de Concordância
Concordância Verbal e Nominal / Concordância Verbal: Sujeito Simples, Casos Particulares I
Casos Particulares II
Casos Particulares III
Casos Particulares IV
Sujeito Composto / Casos Particulares I
Casos Particulares II
Outros Casos: O Verbo e a Palavra "SE"
O Verbo SER I
O Verbo SER II
O Verbo PARECER / A Expressão "Haja Vista"
Concordância Nominal
Casos Particulares
 
Sintaxe de Regência
Regência Verbal e Nominal / Regência Verbal
Verbos Intransitivos
Verbos Transitivos Diretos
Verbos Transitivos Indiretos
Verbos Transitivos Diretos ou Indiretos
Verbos Transitivos Diretos e Indiretos I
Verbos Transitivos Diretos e Indiretos II
Mudança de Transitividade versus Mudança de Significado I: AGRADAR, ASPIRAR, ASSISTIR
Mudança de Transitividade versus Mudança de Significado II: CHAMAR, CUSTAR, IMPLICAR
Mudança de Transitividade versus Mudança de Significado III: PROCEDER, QUERER, VISAR
Regência Nominal
 
Sintaxe de Colocação
Colocação dos Pronomes Oblíquos Átonos: Próclise I
Colocação dos Pronomes Oblíquos Átonos: Próclise II
Colocação dos Pronomes Oblíquos Átonos: Mesóclise / Ênclise
Colocação dos Pronomes Oblíquos Átonos nas Locuções Verbais
 
Emprego da Crase
Crase I
Crase II
Casos em que a crase SEMPRE ocorre
Crase diante de Nomes de Lugar / Crase diante de Pronomes Demonstrativos Aquele (s), Aquela (s), Aquilo
Crase com os Pronomes Relativos A Qual, As Quais / Crase com o Pronome Demonstrativo "a" / A Palavra Distância
Casos em que a ocorrência da crase é FACULTATIVA


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segunda-feira, 28 de abril de 2014

para reuniões de pais e mestre



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Lição de casa e reuniões de pais e mestres. Algumas reflexões: Blog do J...



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RESENHA – “PAIXÃO E PIEDADE” – Hernandes Dias Lopes




RESENHA – “PAIXÃO E PIEDADE” – Hernandes Dias Lopes

Por Fabio Campos

Quero compartilhar com os amados leitores, os que me acompanham, da abençoada leitura que tive nesta semana. O Espírito Santo me impulsionou a endossar esta obra [Piedade e Paixão] tão magnífica e crucial para o ministério e carreira cristã. Ao ler pude escutar as palavras de Paulo a seu filho na fé, Timóteo, “confie a homens fiéis que sejam também capazes de ensinar a outros” (2 Tm 2.1). Como fui abençoado e enriquecido através da leitura deste livro.

Podemos chama-lo de “livreto”. Uma obra sucinta que contém 72 páginas. Dividida pelo “prefácio”, “introdução”, “piedade”, “fome por Deus”, “fome pela Palavra de Deus”, “unção”,“paixão” e “conclusão”. O que mais me chama atenção nos escritos do Rev. Hernandes Dias Lopes, é sua paixão por Deus e a humildade para com os homens. Além de uma mente brilhante, intelectual, o reverendo nos passa um relacionamento muito estreito com Deus, gabaritado pela experiência, nos ensinando a andar nos passos do Nazareno. Ele fala daquilo “conhece” e não apenas do que “estuda”.

Sem dúvida, até hoje, a melhor obra que pude ler de Hernandes Dias Lopes. Todas as vezes que o escutei e pude ter o privilégio de ter lido seus artigos e livros, fui tremendamente abençoado. Quero fazer apenas um breve comentário acerca de cada parte que o livro é composto incentivando a todos que também o leiam. Cada palavra em “negrito” representa o título de cada capítulo.

Sua introdução traz o seguinte tema: “Pregadores rasos e secos pregam sermões sem poder para auditórios sonolentos”. Ele trata da preparação pessoal e espiritual do pregador como sendo fundamental, acima até do intelecto. Ele diz que um pregador não fala apenas com palavras, mas, sobretudo com a vida e com o exemplo – o exemplo não é apenas uma forma de ensinar, mas a única forma eficaz. Sua abordagem nesse capítulo denuncia o “pregador impuro”, o qual ele compara a um médico que começa uma cirurgia sem fazer assepsia das suas mãos. Tal pregador causará mais mal do que bem. O cuidado com a vulnerabilidade nas paixões, que deixam os homens, quando cedem, nas mãos do inimigo, assim como aconteceu com Sansão: “Dormiu no colo da Dalila e sem poder, sem dignidade, sem autoridade, acordou subjugado nas mãos do inimigo”. Pregadores impuros e infiéis são os melhores agentes de Satanás dentro da igreja, diz C. H. Spurgeon. Antes de preparar a cabeça, é necessário também preparar o coração para não pregar somente com as palavras, mas antes de tudo, com a vida. São alguns dos temas abordados na introdução.

Por piedade, o reverendo diz que, “a vida do ministro é a vida do seu ministério”. Uma vida piedosa fará homens consistentes no seu caráter. Ele diz que “precisamos desesperadamente nestes dias não é apenas de pregadores eruditos, mas sobretudo de pregadores piedosos”. Ele faz um alerta aos pregadores jovens, os quais têm sido ensinados a gastar TODA sua força na forma, estilo e beleza do sermão como um produto intelectual. Como desse endosso temos cultivado esse equivocado conceito entre o povo levantado um clamor por talento em vez de graça. Ele aborda os ministros mundanos. Diz que representam um perigo maior para a igreja do que falsos profetas e falsas filosofias. Ratifica a importância da pureza em todas as áreas da vida tendo Deus como suprema fonte de alegria. Eloquência sem piedade não pode gerar verdadeiros crentes. Ortodoxia sem piedade produz morte e não vida. O reverendo finaliza este capitulo nas palavras de Robert Murray McCheyne: “Não é a grandes talentos que Deus abençoa de forma especial, mas à grande semelhança com Jesus. Um ministro santo é uma poderosa e tremenda arma nas mãos de Deus”.

Hernandes abrange brilhantemente o que é “fome por Deus”.  O relacionamento do pregador com Deus é a insígnia a credencial do seu ministério. Ele aborda e concomitante contraria o conceito de sucesso na visão mundana, dizendo: “A profundidade de um ministério é medida não pelo sucesso diante dos homens, mas pela intimidade com Deus”. Ele diz que o jejum e a oração mostra o tamanha da nossa fome por Deus. Segue um trecho que me tocou muito:

“Temos visto muitos pregadores eruditos no púlpito, mas temos ouvido uma imensidão de mensagens fracas. Eles têm pregados sermões eruditos, porém sem o poder do Espírito Santo. Têm luz em sua mente, contudo não têm fogo no coração. Têm erudição, mas não têm poder. Têm fome de livros, mas não de Deus. Eles amam o conhecimento, mas não buscam a intimidade de Deus. Pregam para a mente, e não para o coração. Eles têm uma boa performance diante dos homens, mas não diante de Deus. Gastam muito tempo preparando seus sermões, mas não preparando seu coração. Sua confiança está firmada na sabedoria humana e não no poder de Deus”.

Ele diz nas palavras de Spurgeon que, “todas as nossas bibliotecas e estudos são um mero vazio comparado com a nossa sala de oração. Crescemos, lutamos e prevalecemos na oração no secreto”. É mais importante ensinar um estudante a orar do que a pregar, diz Hernandes Dias Lopes. Nas palavras de Lutero o livro diz: “Aquele que orou bem, estudou bem”. Este capítulo é o mais extenso dando a entender a importância da oração na vida do ministro. Disse Dwight L. Moody: “Ore por grandes coisas, espere grandes coisas, trabalhe por grandes coisas, mas acima de tudo ore”. Nas palavras de John Piper, Hernandes define jejum como “fome de Deus”.

O Rev. Hernandes Dias Lopes trata também da importância do “estudo do Pregador”. O capítulo é denominado como “Fome pela Palavra de Deus”. É impossível ser um pregador bíblico eficaz sem uma profunda dedicação aos estudos. O pregador deve ser um estudante. Como admiro o equilibro do reverendo quando observo o seu intelecto e o seu fervor espiritual. Quantas vezes percebi, em suas ministrações, ao pedir para que a igreja abrisse no texto bíblico queria a base para sua exposição, ele sem ler, de cor, recitar a porção das Escrituras sem direcionar seus olhos para o Livro Sagrada. Sua postura fomenta o “manuseio da Palavra da Verdade sem ter do que se envergonhar”. Nas palavras de Charles Koller, “um pregador jamais manterá o interesse do seu povo se pregar somente da plenitude do seu coração e do vazio da sua cabeça”. O capítulo trata da importância do ministro ser fiel as Escrituras. John Wesley revelou seu compromisso com as Escrituras. Ele disse: “Oh! dá-me o livro. Por qualquer preço, dá-me o livro de Deus! Nele há conhecimento bastante para mim. Deixe-me ser o homem de um só livro!”. Spurgeon comentou a respeito de John Bunyan: “Corte-o em qualquer lugar e você descobrirá que o seu sangue é cheio de Bíblia. A própria essência da Bíblia fluirá dele. Ele não pode falar sem citar um texto, pois sua alma está repleta da Palavra de Deus”. Segundo o Reverendo Hernandes Dias Lopes é impossível ter graça no coração sem luz na cabeça. Muitos pregadores contemporâneos são miseravelmente alimentados e deste alimento [fraco] sustentam suas congregações. O reverendo diz que, vivemos em um tempo de pregação pobre, aguada e mal-preparada. O pregador não pode viver se alimentando de leite magro durante a semana e querer pregar “leite tipo A” no domingo.
Mesmo sendo de confissão calvinista, o reverendo Hernandes Dias Lopes [assim também como muitos irmãos calvinistas] dá uma importância significativa na “unção” sendo uma ação do Espírito Santo. Ele diz que sem a presença, a obra, o poder e a unção do Espírito Santo a igreja será como um vale de ossos secos. O homem não é convencido do pecado, do juízo e da justiça por persuasão humana, mas pelo poder de Deus. Spurgeon declara: “Seu eu me esforçasse para ensinar um tigre a respeito das vantagens de uma vida vegetariana, teria mais esperança em meu esforço do que tentar convencer um homem que ainda não nasceu de novo acerca das verdades reveladas de Deus concernentes ao pecado, à justiça e ao juízo vindouro. Essas verdades espirituais são repugnantes aos homens carnais, e uma mente carnal não pode receber as coisas de Deus”. O reverendo informa que Spurgeon sempre subia os quinze degraus do seu púlpito dizendo: “Eu creio no Espírito Santo”. Leia um sermão do Spergeon e você verá que ele acredita nesta verdade de todo o seu coração. Hernandes Dias Lopes diz que “uma pregação bonita, retoricamente bem-elaborada, exegeticamente meticulosa, teologicamente consistente em geral revela a erudição e a capacidade do pregador. Mas somente a unção do Espírito Santo revela a presença de Deus. À parte da capacitação do Espírito Santo no ato da proclamação, a melhor técnica retórica fracassará totalmente em seu objetivo de transformar aqueles a quem nós pregamos”.

Quando o reverendo Hernandes Dias Lopes sobe ao púlpito vemos uma “paixão” diferente. Algo que provem do coração. Na minha humilde opinião, no Brasil, é o pregador calvinista que mais transmite o fervor e paixão pela pregação da palavra com toda humildade. Ele diz que “pregação é lógica em fogo”. O biógrafo John Pollock, escrevendo sobre a vida de George Whitefield, diz que ele raramente pregava um sermão sem lágrimas nos olhos.  Quando perguntaram a Moody como começar um reavivamento na igreja, ele respondeu: “Acenda uma fogueira no púlpito”. O reverendo traz neste capítulo a “paixão” que nos move rumo àquilo que é demandado pelo Criado. “A fé que opera pelo amor” (Gl 5.6), pois ainda que “tenhamos o dom de profecia e saibamos todos os mistérios e todo o conhecimento, se não tiver amor demonstrado pela paixão, nada seremos”. Nada é pior do que escutar um pregador com a mente cheia e um coração vazio.

O reverendo concluio livro dizendo que, “bancos sem oração fazem púlpitos sem poder”. Ele nos incentiva a orarmos pelo nosso pastor, para que ele seja livre de todo o embaraço desta vida e possa dedicar seu tempo ao ministério da palavra e da oração.

Meu parecer:

O livro mexeu com alguns dos meus conceitos e prioridades. Revelou a mim o quanto ando “em busca daquilo que um dia vai perecer” mesmo tendo aparência de piedade. Tenho de dia e de noite meditado nas Escrituras pela ótica do que de fato importa. Recomendo a literatura a todos os irmãos. Aos que foram chamados ao episcopado e assim o desejam, recomendo a leitura até dentro de uma prioridade maior da de seminário teológico. Que o Senhor Jesus seja louvado e engrandecido pela leitura deste livreto trazendo ao seu povo: piedade, fome por Deus, fome pela Palavra de Deus, unção e paixão. Que sejamos despenseiros da verdade desejando aquilo que John Wesley desejou:



Soli Deo Gloria!

Fabio Campos

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Ficha técnica:
Autor: Hernandes Dias Lopes
Paginas: 72
Editora: Candeia

OBS: Todas as citações [“”] foram extraídas do próprio livro [“Paixão e Piedade”] exceto as citações bíblicas as quais foram introduzidas pelo autor da resenha [Fabio Campos] apenas para trazer luz ao objetivo do contexto.

Link:
http://www.fabiocamposdevocionais.org/2014/02/resenha-paixao-e-piedade-hernandes-dias.html
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