quarta-feira, 30 de novembro de 2011

A relação entre escrita alfabética e escrita inconsciente Um instrumento de trabalho na alfabetização de crianças psicóticas



Psicoanálisis <> Psicopedagogía
A relação entre escrita alfabética e escrita inconscienteUm instrumento de trabalho na alfabetização de crianças psicóticas
Ilana Katz Zagury Fragelli
Psicanalista, mestre em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano no IP/USP.
Dissertação apresentada ao Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo
como parte dos requisitos para a obtenção do grau de Mestre em Psicologia.
Área de concentracão: Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano
Orientadora: Profª Dra. Maria Cristina Machado Kupfer
e-mail: 
ilanakzf@uol.com.br
O atendimento clínico das crianças psicóticas que frequentam a Pré-Escola Terapêutica Lugar de Vida produziu questões que se referiam as possíveis relações da escrita alfabética com o tratamento. A escrita pode ocupar um lugar especial no tratamento de crianças psicóticas? Qual é o valor do que essas crianças escrevem?
Parecia curioso que, para algumas crianças, a produção de escrita, até então apenas relacionada ao processo de escolarização, ressoasse de modo especial no tratamento, podendo até reordená-lo. Observávamos que o conhecimento ofertado, ao invés de funcionar como mero instrumento para a comunicação, acabava produzindo um deslizamento significativo no modo da criança se enlaçar ao discurso social.
Inspirados pelas possibilidades que o trabalho com o sistema de escrita propiciava, na direção de se oferecer como uma alternativa para o tratamento, foi proposto para algumas crianças que frequentavam a instituição uma nova modalidade de intervenção, em que trabalharíamos na direção da alfabetização e através da qual tentaríamos produzir instrumentos para a constituição do significante.
Foi assim que a escuta das crianças em atendimento, por um lado, recolocava as questões a respeito da relação da produção de escrita com a constituição subjetiva e, por outro, pedia instrumentos teóricos que balizassem as intervenções. Deste modo, a partir da prática clínica e para à ela voltar, construiu-se essa dissertação.
Uma primeira pergunta foi formulada: qual a relação da escrita com a fala?
É essa a questão abordada no primeiro capítulo. É discutido com a escola regular sua tão estabelecida compreensão de que a escrita é a representação gráfica da fala. Os trabalhos de Emília Ferreiro e Vigotsky foram analisados, à luz da psicanálise de Lacan, e a partir de suas concepções de sujeito e representação.
A escolha da interlocução com a escola, em detrimento do entendimento psicológico sobre a escrita, justifica-se pela posição do Lugar de Vida. Ao orientar o tratamento pelos princípios da Educação Terapêutica, a clínica se aproxima do cotidiano escolar. Há oferta: podem ser palavras, gestos, músicas, histórias, letras ou qualquer outro recheio. O adulto é em alguns casos mediador e noutros introdutor da criança no jogo da cultura. Mas, muito embora essa aproximação seja bem-vinda, deve sustentar uma distância salutar, pois, ao propor uma educação com olhos no sujeito, a instituição produz instrumentos para repensar o cotidiano escolar atravessado pela pedagogia.
Isso não quer dizer que o sujeito epistêmico tenha sido excluído; o que se pretendeu foi reposicioná-lo diante do objeto dessa investigação, que é a escrita alfabética. Se é a linguagem que antecede o sujeito em sua entrada no mundo, não é ele que age sobre ela e sim a linguagem que determina e institui o sujeito. Assim, o sujeito perde o estatuto de agente/construtor até mesmo em sua relação com o conhecimento. É um sujeito assujeitado ao funcionamento da linguagem e que, portanto, tem sua relação com os objetos, sejam eles do conhecimento ou de qualquer outra ordem, sobredeterminada por suas marcas inconscientes.
Foi feita ainda a discussão da idéia, sustentada pela psicanálise, de que a escrita alfabética não é uma representação gráfica da fala. É uma modalidade de linguagem, na qual o sujeito se situa a partir do mesmo ponto que o faz em relação ao discurso falado: conta com seus significantes.
No segundo capítulo, escrita e psicanálise foram articuladas de modo mais vigoroso. A pesquisa insidiu sobre o estatuto da escrita na psicanálise de Freud e, para tal, parte de sua obra foi atravessada na tentativa de compreender sua formulação a respeito das inscrições dos traços mnêmicos, que são as marcas da relação do sujeito com a linguagem.
Foi possível entender que o tecido do inconsciente é, para Freud, uma escrita. Essa escrita inconsciente, na metapsicologia psicanalítica, é o texto construído pelas inscrições dos traços mnêmicos. Esse é um ensinamento de Freud, e é a partir dessas formulações que Lacan vai prosseguir e construir as noções de letra, significante e escrita em psicanálise, que poderão nos levar ao entendimento sobre o valor clínico a ser atribuído à escrita alfabética.
No terceiro capítulo foi abordada a confecção da escrita inconsciente através da teoria de Lacan sobre a constituição do significante. Tal teoria propõe que a constituição do sujeito e do significante se dê de modo concomitante. Isso quer dizer que é, ao mesmo tempo causa e ao mesmo tempo efeito da instalação da estrutura mínima do sujeito - o fantasma - que o significante se institui. Afinal, o sujeito só poderá funcionar suportado pelo funcionamento da cadeia significante, pois é exatamente esse elemento, o significante, que, na linguagem, dá ao sujeito a chance de se dizer, singularizar-se, de subjetivar-se.
Tentei então localizar as operações de constituição do significante e do sujeito em cada um dos três momentos lógicos propostos por Lacan. Assim, no primeiro tempo, do lado do significante teremos a inscrição do traço e do lado do sujeito a inscrição e a formação da letra. No segundo tempo, acontece o apagamento do traço para a constituição do significante e o atravessamento pelo recalque para o sujeito e, finalmente, no terceiro tempo, para confirmar sua constituição concomitante, o sujeito precisará dispor de uma constelação significante especial, a do Nome-do-Pai, para poder interpretar as marcas que recebeu nos tempos anteriores.
No quarto capítulo trabalhei a possibilidade de essa operação significante não se constituir, e portanto instituir a psicose.
Como interessava entender a sobredeterminação sujeito/significante a abordagem da psicose foi feita através da articulação entre a noção de fantasma e o fenômeno da holófrase.
A investigação apresentou a idéia de que quando o sujeito está equivalente ao objeto para o Outro primordial, não lhe é possível ser lançado ao jogo do significante, ele fica aprisionado ao objeto e, assim, não pode constituir o seu fantasma de modo suficiente a alcançar a posição de sujeito dividido, ou seja, separado do objeto. Encontramos, então, um sujeito (não dividido) em posição de equivalência ao objeto. A escrita inconsciente, confeccionada a partir dos significantes do sujeito, não tem, portanto, operacionalidade.
Atravessadas de tal modo as questões relativas a tessitura da escrita inconsciente, nos aproximamos da escrita alfabética, mas dessa vez para pensá-la, a partir da psicanálise e através do trabalho de teóricos como Balbo e Pommier, que se dedicaram especialmente a esse tema.
No quinto capítulo, ESCRITA ALFABÉTICA E PSICANÁLISE, apresenta-se a gênese da escrita alfabética tanto no âmbito da história da aprendizagem individual quanto no que se refere as etapas que a humanidade atravessou para construir a escrita.
Geràrd Pommier, ao discorrer sobre a gênese da escrita, ampara seu pensamento na noção de recalque para explicar a origem comum entre a escrita alfabética e a escrita inconsciente. Ele vai entender que para fazer a escrita inconsciente é preciso que o recalque escreva o texto, lançando ou mantendo letras e significantes no incosciente; e, para fazer escrita alfabética, é preciso que a letra saia do inconsciente, atravessando o recalque, ou seja, opere como o retorno do recalcado. Obviamente, não é mais a letra inconsciente que vai fazer a escrita alfabética, mas é certamente algo que vem de lá.
A relação de cada uma dessas letras -inconsciente e alfabéfica- com o recalque se dá de modo específico. É através do mecanismo psíquico do recalque (um apagamento), que as letras são constituídas e mantidas no inconsciente. A letra alfabética, por sua vez, tem origem no apagamento de sua origem pictórica, figurativa. Há aqui também o apagamento de algo da imagem para que possa haver escrita.
Na segunda parte desse capítulo, o desenho foi discutido como um modo de aproximação clínica que revela a posição do sujeito em questão diante da escrita, ou seja, diante de um dos modos que a linguagem acontece.
A clínica com crianças psicóticas mostra que, do ponto de vista do sujeito que está em tratamento, dentre todos os tempos referentes à constituição da escrita alfabética, aquele que temos mais chances de ver acontecer e sobre ele intervir é o tempo do desenho.
Para a psicanálise, o desenho é isolado como um momento lógico fundamental que designa um tempo da constituição do sujeito sem o qual não é possível articular a posição subjetiva que sustenta o alfabetismo.
A perspectiva clínica em relação ao desenho, que se abre rumo à constituição do sujeito, segue dois vetores opostos, e, acredito, igualmente importantes, que nos conduzem à reflexão sobre as propostas formuladas pela Educação Terapêutica.
A partir das formulações sobre a gênese da escrita, aprendemos que a figurabilidade é abandonada em nome do escrita alfabética, o que impõe uma direção clínica em que procuremos o apagamento dos traços do desenho, fazendo deles restar apenas um traço (nem pictórico nem ideográfico em sua relação com o objeto representado), que virá a se constituir como elemento significante e, assim, fazer escrita alfabética. Sendo esse o rumo da constituição do sujeito, deveríamos, na clínica das psicoses infantis, ter como tarefa direcionar a intervenção sobre o desenho para a sua destituição, o seu apagamento.
Porém, aprendemos com Balbo e Pommier que a precariedade do desenho feito por crianças psicóticas, aponta para a impossibilidade de representação psíquica de um corpo próprio, já que o corpo da criança em posição psicótica serve ao Outro como objeto de seu gozo. Nessa linha, teríamos como perspectiva de direção o oposto do que foi pleiteado acima: ao invés do trabalho seguir o apagamento do desenho, deveria certamente comemorar seu incremento.
Foi possível concluir, então, que diante do desenho há dois níveis diferentes de intervenção: decantação e incremento dos traços. Ambos se alternam na clínica e, apesar de proporem práticas vetorialmente opostas, não se contradizem quando o mérito é a direção do tratamento.
Nas considerações finais da dissertação tento articular PSICOSE E ESCRITA ALFABÉTICA.
Como primeiro passo apresento as duas condições que foram isoladas para que a alfabetização ocorra: em primeiro lugar, ao sujeito só será possível inaugurar o processo de aquisição da escrita propriamente dita (aquela compartilhada culturalmente) se sua constituição tiver permitido que a operação significante esteja plenamente ativada. A criança precisa ter a sua hipótese pessoal sobre a escrita para depois poder se curvar à norma cultural, alfabetizar-se.Como a segunda condição temos que a própria alfabetização vai contar com o recalque (como um mecanismo) para seguir seu rumo.
Em seguida, discuti os efeitos da psicose sobre a o que se escreve, que pode produzir três tipos diferentes de escrita:
1.A Escrita inexistente: qundo ela simplesmente não acontece.
2. A ecografia: Assim como estamos acostumados a assistir a aparição dos fenômenos elementares da psicose na fala como a ecolalia e a modalização tonal, a escrita, enquanto modalidade de linguagem, também pode receber esses fenômenos, e foi isso que chamei de ecografia. É um tipo de resposta do sujeito que não serve para situá-lo na linguagem: as crianças apenas grafam letras sobre o papel.
3. A Escrita incipiente: É possível que uma criança psicótica tenha alguma aproximação com a escrita alfabética sem que isso configure uma ecografia. São crianças que podem escrever uma ou outra letra/ palavra e experimentam algum nível de leitura tanto do que escrevem quanto de algumas marcas da cultura, como Coca-cola, MacDonald’s, etc.
Trata-se de uma escrita bastante incipeinte, na medida em que é bastante parcial, não se apresenta como um recurso de linguagem disponível ao sujeito, mas também, ao contrário da posição ecográfica, não mantém fechada a possibilidade de o sujeito se apoiar nos significantes da escrita para tentar se dizer.
Para concluir foram levantadas algumas hipóteses a respeito dos efeitos que o trabalho clínico com a escrita alfabética, a partir de sua relação com a escrita inconsciente, pode ter sobre a psicose na infância.
Lembremos que a escrita alfabética não é um modo de representação da fala que tem como função única a comunicação. Ela é, assim como a própria fala, um modo da linguagem acontecer no sujeito. O que se escreve, assim como o que se fala, é um efeito do trabalho do significante.
A história da humanidade mostra que a escrita não surgiu de uma necessidade de registrar o que vinha sendo falado, mas que, do ponto de vista dos acontecimentos, foi se construindo a partir de um processo de decantação dos traços do desenho, o que a situa em relação a sua origem gráfica.
Enfim, se a escrita é uma modalidade da linguagem, conserva a mesma possibilidade que sempre atribuímos à fala ao pensar nos efeitos da psicanálise sobre o sujeito. Ou seja: a escrita pode produzir significantes, e, através dela, é também possível que o sujeito possa se lançar sobre seus significantes para com eles trabalhar.
A consequência clínica mais importante dessa articulação teórica é que o sujeito pode, através da escrita, se dizer. Assim, o trabalho no âmbito da escrita alfabética, que inclui os seus mais elementares modos de figuração, ao tornar possível a articulação de uma rede simbólica, se oferece como uma alternativa possível ao sujeito para que ele siga, retome, ou complete, a sua constituição.
O desenho, ainda que esse desenho seja apenas um traço, pode promover a aproximação do sujeito com a linguagem em sua modalidade de escrita. Ele pode ser tomado como objeto de investimento das intervenções clínicas, quer seja na direção de fazê-lo crescer (porque diz respeito à possibilidade de representação pela criança de um corpo próprio), quer seja na direção de que seus traços sejam decantados (porque do apagamento da figura surgirá a letra).
O trabalho com a escrita propriamente dita -seus traços, suas pseudo-letras, suas letras desencadeadas, suas palavras soltas- também tem a mesma direção: ao seguir rumo ao alfabetismo tenta aproximar o sujeito do Simbólico, através da ampliação de sua possibilidade significante. Pinçando elementos do Real para atribuir-lhes uma versão simbólica.
Extraindo as consequências inerentes a essa articulação, diríamos que é possível a um sujeito, através de uma abordagem pela escrita, no tempo da infância, se reposicionar diante da linguagem. Assim como acontece quando trabalhamos com o discurso falado, o sujeito abandonaria a posição marcada pela forclusão do Nome-do-pai ( que institui a psicose), em direção a uma posição subjetiva que conte com o recalque em sua estruturação, uma neurose.
Tomando a direção da Educação Terapêutica seria pensar que o trabalho com a escrita que tem o alfabetismo como objetivo, poderia, em última instância, criar condições para a efetivação do recalque. Afinal, como vimos, só haverá escrita alfabética proriamente dita se o recalque operar assegurando a constituição do significante e o apagamento do figurativo no que se refere ao traço da letra.
Porém, a clínica com a escrita ainda não ofereceu mostras de que a reversão da estrutura de fato aconteça. O que vemos com bastante clareza é que a ampliação da possibilidade significante produzida pela escrita oferta ao sujeito psicótico uma posição mais confortável na linguagem. Isso tem efeitos determinantes no modo desse sujeito se posicionar em relação ao discurso social, e produz um efeito muito concreto em sua vida: ele pode circular com menos dificuldade pelo espaço da cultura.
A clínica com a escrita, por enquanto, apresenta como resultado uma ampliação significante que não corresponde à estruturação de uma neurose. O recalque opera, em relação a algumas cadeias, de modo a produzir significantes que se oferecem ao sujeito, mas não o faz a ponto de se ofertar em sua versão de Nome-do-Pai e incidir sobre o Significante 1 do desejo materno, para metaforizá-lo e enfim organizar um sujeito neurótico.
Esse resultado, por sua vez, confirma a imposição de que a alfabetização esteja colocada como um horizonte para o tratamento. Tentando aproximar a criança do universo alfabético, significantes se articulam para ampliar sua chance de se dizer. Não descartar a possibilidade de que o alfabetismo seja conquistado é sobretudo uma exigência ética: aquela que nos coloca em posição de supor que um sujeito possa surgir.
ILANA KATZ ZAGURY FRAGELLI

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fonte http://psicomundo.com/foros/investigacion/ilana.htm

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Modalidades de aprendizagem


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Para falar em Modalidades de Aprendizagem sintomática, que são popularmente conhecidas por dificuldades de aprendizagem, faz-se necessário compreender o processo denominado adaptação. O processo de adaptação, conforme Piaget, cumpre-se graças a um duplo movimento complementar de assimilação e acomodação. Através do primeiro, o sujeito transforma a realidade para integrá-la às suas possibilidades de ação e, através do segundo, transforma e coordena seus próprios esquemas ativos, para adequá-los às exigências da realidade.(Paín, 1989, p.46). A Psicopedagogia volta seu olhar para o modo como o sujeito aprende, portanto, aprofunda o estudo do processo de adaptação formulado por Piaget. Paín (1989) descreve as Modalidades de Aprendizagem sintomática tomando por base o postulado piagetiano. Descreve como a assimilação e a acomodação atuam no modo como o sujeito aprende e como isso pode ser sintomatizado, tendo assim características de um excesso ou escassez de um desses movimentos, afetando o resultado final. Na abordagem de Piaget, o sujeito está em constante equilibração. Paín parte desse pressuposto e afirma que as dificuldades de aprendizagem podem estar relacionadas a uma hiperatuação de uma dessas formas, somada a uma hipo-atuação da outra, o que é descrito a seguir.
  • Hiperassimilação:
Sendo a assimilação o movimento do processo de adaptação pelo qual os elementos do meio são alterados para serem incorporados pelo sujeito, numa aprendizagem sintomatizada pode ocorrer uma exacerbação desse movimento, de modo que o aprendiz não resigna-se ao aprender. Há o predomínio dos aspectos subjetivos sobre os objetivos. Esta sintomatização vem acompanhada da hipoacomodação.
  • Hipoacomodação:
A acomodação consiste em adaptar-se para que ocorra a internalização. A sintomatização da acomodação pode dar-se pela resistência em acomodar, ou seja, numa dificuldade de internalizar os objetos (Fernández, 1991 p.110).
  • Hiperacomodação:
Se acomodar-se é abrir-se para a internalização, o exagero disto pode levar a uma pobreza de contato com a subjetividade, levando à submissão e à obediência acrítica. Essa sintomatização está associada a hipoassimilação.
  • Hipoassimilação:
Nesta sintomatização ocorre uma assimilação pobre, o que resulta na pobreza no contato com o objeto, de modo a não transformá-lo, não assimilá-lo de todo, apenas acomodá-lo. A aprendizagem normal pressupõe que os movimentos de assimilação e acomodação estão em equilíbrio. O que caracteriza a sintomatização no aprender é predomínio de um movimento sobre o outro. Quando há o predomínio da assimilação, as dificuldades de aprendizagem são da ordem da não resignação, o que leva o sujeito a interpretar os objetos de modo subjetivo, não internalizando as características próprias do objeto. Quando a acomodação predomina, o sujeito não empresta sentido subjetivo aos objetos, antes, resigna-se sem criticidade. O sistema educativo pode produzir sujeito muito acomodativos se a reprodução dos padrões for mais valorizada que o desenvolvimento da autonomia e da criatividade. Um sujeito que apresente uma sintomatização na modalidade hiperacomodativa/ hipoassimilativa pode não ser visto como tendo “problemas de aprendizagem”, pois consegue reproduzir os modelos com precisão.
A tabela a seguir, baseada em Alicia Fernández, apresenta a sumarização da relação entre os dois pólos sintomáticos das modalidades de aprendizagem, evidenciando a relação que existe entre a predominância de um movimento sobre o outro e o modo como ocorre o processo adaptativo
Modalidade sintomatizada
Resultados na adaptação
Hiperassimilação
Predomínio da subjetivação, desrealização do pensamento, dificuldade em resignar-se.
Hipoacomodação
Pobreza de contato com o objeto, dificuldade na interiorização das imagens.

Hipercomodação
Pobreza de contato com a subjetividade, superestimulação da imitação, falta de iniciativa, obediência acrítica às normas, submissão.
Hipoassimilação
Pobreza de contato com o objeto, défice lúdico e criativo.
Tabela criada com base em Fenrnández, 1991, p.110

Hipoacomodação introjetiva

Em alguns casos, quando a angústia derivada do conflito que se estabelece entre os desejos instintivos e a realidade é percebida de forma intensa, o Eu mobilizará omecanismo de introjeção para defender sua integridade. Na introjeção o movimento pulsional busca a incorporação do objeto de desejo, relacionando-se à fase oral, tornando possível a transformação do sujeito. A introjeção pode ser considerada como a possibilidade de anular a perda de um objeto amoroso através da transformação do Eu nesse objeto perdido. A perda desse objeto poderá provocar o luto que se caracterizará pelo sentimento de culpa, capaz de instaurar a diminuição da auto-estima. Um sujeito nessas condições tenta compensar essa perda mediante recursos mágicos violentos. Pela introjeção o Eu estabelece uma relação agressiva com o objeto perdido na medida em que ao devorá-lo fantasisticamente estará promovendo sua destruição, sentindo-se culpada por isso. Nesses casos, um Eu enfraquecido e empobrecido ao perceber os objetos parciais como objetos maus, evitará esse contato tornando os estímulos confusos e fugazes, impedindo assim a internalização dessas imagens no aparelho psíquico como forma de preservar as partes boas de si mesmo, numa luta pelo restabelecimento da auto-estima. Uma das características da hipoacomodação é a dificuldade para a construção de novos esquemas. essa dificuldade pode traduzir-se na repetição continuada e anormalmente persistente na exposição de uma idéia. Existe uma aderência persistente de um determinado pensamento numa espécie de ruminação mental, como se faltasse ao paciente a formação de novas representações na consciência. Percebemos que há uma grande dificuldade em desenvolver um raciocínio, seja por simples falta de palavras, por escassez de idéias ou dificuldade de coordenação mental. Por definição esquemas empobrecidos é a repetição automática e freqüente de representações, predominantemente verbais e motoras, que são evocadas como material supérfluo nos casos em que existe um déficit na evocação de novos elementos ideológicos. A Hipoacomodação introjetiva está incluída nos distúrbios do curso do pensamento por sugerir que a temática em pauta se encontra limitada a um curso circular, que não tem fim e repete-se seguidamente.

Hipoassimilação projetiva

Na hipoassimilação projetiva a projeção dos conteúdos subjetivos pode transformar a realidade num tal nível que é percebida pelo Eu como ameaçadora e perigosa. Diante dessa constatação o Eu inibe a relação objetal de maneira a obstaculizar a assimilação, impedindo a realização do desejo. A interdição do desejo vai impedir experiências de prazer inibindo, assim, a capacidade lúdica do sujeito. Essa situação pode promover como defesa, a formação de esquemas de ação reativos, num movimento contrário à realidade ameaçadora, como tentativa de anular as emoções ou excitações percebidas como penosas. Esses esquemas vão constituir ações estereotipadas impeditivas da capacidade criadora, bem como rigidez de pensamento fruto da dificuldade de coordenar os esquemas disponíveis. A inibição do pensamento é um sintoma que se manifesta por lentidão de todos os processos psíquicos. Nos enfermos em que existe inibição do pensamento, observa-se também grande dificuldade na percepção dos estímulos sensoriais, limitação do número de representações e lentidão no processo e evocação das lembranças. Os pacientes com inibição do pensamento mantêm-se apáticos, não falam espontaneamente nem respondem às perguntas com vivacidade, respondem lentamente ou com dificuldade. A perturbação é também qualitativa ou seja, atinge a essência do pensamento e se acompanha, geralmente, de um sentimento subjetivo de incapacidade. Junto com inibição do pensamento pode haver ainda sentimento de pouco interesse, de imprecisão a respeito das opiniões, dificuldades para a escrita e lentidão para andar. Esses pacientes revelam dificuldade de compreensão, de iniciar uma conversação, de escolher palavras, enfim, eles pensam com grande esforço. Numa perspectiva psicopedagógica podemos verificar nesse sujeito uma falta de curiosidade provocada pela percepção de que conhecer é proibido, perigoso, conhecer é perder, sofrer. Essa perspectiva pode ser ilustrada metaforicamente pelo Mito da Árvore da Sabedoria, que nos conta que Adão e Eva lá viviam desfrutando de uma situação de plenitude até que Eva come do fruto da Árvore da Sabedoria, fruto proibido e o dá também a Adão. Imediatamente ambos tomam consciência de sua nudez, se dão conta da diferença sexual e são expulsos do Paraíso, perdendo a situação de completude.

Hiperassimilação projetiva

Um Eu pouco estruturado poderá perceber o nível da angústia instalada nesse processo de forma intensa provocando uma projeção excessiva de conteúdos internos considerados dolorosos, transformando a realidade de tal forma que prejudicará a diferenciação mundo interno e mundo externo. Nesse caso teremos uma modalidade de pensamento hiperassimilativa projetiva na medida em que o Eu incorpora aos esquemas disponíveis todos os semelhantes, uma vez que sujeito e objeto se confundem, não existindo separação, distância entre eles impedindo, dessa forma, as regulações e compensações através das quais o sujeito reage ou se antecipa a uma perturbação, já que o objeto não é percebido como perturbador. Na hiperassimilação pode dar-se uma internalização prematura dos esquemas com um predomínio lúdico, que ao invés de permitir a antecipação de transformações possíveis, desrealiza o pensamento. Estarão comprometidos o pensamento lógico e a objetividade uma vez que, ao assimilar os conteúdos subjetivos projetados e confundidos com essa realidade tal qual um espelho que só reflete a imagem do sujeito, promoverá o predomínio da fantasia e da subjetivização, podendo desembocar num conflito neurótico. A desrealização do pensamento é uma alteração da expressão do pensamento caracterizada por uma variação incessante do tema e dificuldade para se chegar a uma conclusão . A progressão do pensamento encontra-se seriamente comprometida por uma aceleração associativa, a tal ponto que, a idéia em curso é sempre perturbada por uma nova idéia que se forma. Na desrealização do pensamento os doentes geralmente são desviados da representação do objetivo através de quaisquer idéias secundárias. Assim, na desrealização do pensamento o que há não é uma carência de objetivos mas uma mudança constante do objetivo devido a extraordinária velocidade no fluxo das idéias. A sucessão de novas idéias, sem que haja conclusão da primeira, torna o discurso pouco ou nada inteligível. Há, pois, passagem de um assunto para outro sem que o primeiro tenha chegado ao fim: "eu não gosto de batatas, mas acho que em São Paulo o clima é melhor. Porque o senhor não compra um carro novo ?" Normalmente costumamos observar 4 características na desrealização do pensamento:
  1. Desordem e falta aparente de finalidade das operações intelectuais: mesmo quando há certa relação entre os conceitos, o conjunto carece de sentido e de significado;
  2. Predomínio de associações disparatadas;
  3. Distraibilidade. Facilidade de se desviar do curso do pensamento sob a influência dos estímulos exteriores;
  4. Freqüente aceleração do ritmo da expressão verbal.
O paciente com desrealização do pensamento é incapaz de concentrar sua atenção, dispersando-se numa multiplicidade de estímulos sensoriais sem se aprofundar em nada. A desrealização do pensamento normalmente está associada a aceleração do psiquismo um estado afetivo comumente encontrado na euforia. Seria como se a eloqüência na produção de idéias superasse a capacidade de verbalizá-las. Ë comum a dificuldade deste sujeito em lidar com regras e limites, podendo ser considerado, muitas vezes, hiperativo.

Referências
  • FERNÁNDEZ, Alicia. A Inteligência Aprisionada. Porto Alegre, ArtMed, 1991.
  • PAÍN, Sara. Diagnóstico e Tratamento dos Problemas de Aprendizagem. 3ª edição Porto Alegre, Artes Médicas, 1989
  • A escrita inconsciente
  • ANDRADE, Márcia Siqueira de. A escrita inconsciente e a leitura do invisível: uma contribuição às bases teóricas da psicopedagogia.1ªedição,São Paulo,Memnon Edições Científicas,2002.CRUZ, Ivan Dionizio;Sociologia infantil
_Unb;Brasília





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Projeto Cores e Formas GeomÉtricas Maternal

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segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Atividades anos iniciais, Artigo Definido e Indefinido

 
  
Artigo Definido e Indefinido


Veja:
                                      o menino                                       os meninos 

                                  o cachorro                                   os cachorros
As palavras a, o, as, os são artigos e acompanham substantivos.
Esses artigos indicam que estamos falando de um determinado menino e um determinado cachorro, ou seja artigos definidos.
Agora, observe esses exemplos:
                     um menino                                            uns  meninos 
                 um cachorro                                                uns cachorros
Os artigos um, uma, uns, umas referem-se a um substantivo qualquer, indicam que estamos falando de um menino e um cachorro qualquer. Esses são chamados de artigos indefinidos.
Sublinhe os artigos:
a) A moça comprou uns bolos.
b) Os jogadores levaram as bolas.
c) A rainha é uma dama.
d) O cachorro roeu um osso.
e) As balas são muito gostosas.


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Ciências nos anos iniciais, o ar

O ar


A Terra é envolvida por uma camada de ar chamada atmosfera. O ar é uma mistura de gases; o oxigênio é um desses gases.
Sem o ar as pessoas, os animais e as plantas não poderiam respirar.
O ar também contém gás carbônico. Sem ele, as plantas não podem produzir seu alimento.
O ar puro não tem cheiro e é quase transparente, pois conseguimos enxergá-lo em grandes quantidades.
Vento
Também percebemos a existência do ar pelo vento, que é o ar em movimento.
Ao se movimentar o ar origina:
  • as brisas, que balançam as plantas e ainda nos refrescam;
  • os ventos fortes que sacodem as árvores e levantam poeira;
  • os vendavais que arrastam coisas e lugares por onde passam.
Texto complementar:
Todos sabem que o vento é o ar em movimento, mas movimento horizontal. O que poucos sabem é que o Sol é o grande responsável pela existência dos ventos.
O Sol esquenta a superfície da Terra. A Terra esquenta o ar que a rodeia, e o ar quente dilata-se, fica mais leve e sobe, deixando em seu lugar o ar mais pesado, mais frio. O ar quente que sobe esfria e volta à Terra, substituindo o ar quente.
Esse vaivém das massas de ar forma o vento. Para nossa proteção e para melhores condições de vida é necessário o estudo sobre os ventos.
Responda:
1) Como podemos perceber a existência do ar?
___________________________________________________________________
2) Como é o ar puro?
 ___________________________________________________________________
 ___________________________________________________________________
3) O que o ar contém?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
4) O que é o vento?
___________________________________________________________________


http://www.pedagogia.com.br/atividade.php?id=213  


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domingo, 27 de novembro de 2011

Abaixo-assinado Não a Lei que proíbe garupa em motos

 

Não tenho, moto, mas assinei esta petição.
Segue abaixo o que encontrei na web sobre isto.
Participe se puder.

Abaixo-assinado Não a Lei que proíbe garupa em motos

Para:ALESP - Assembléia Legislativa de São Paulo

NÃO a Proibição de Garupa nas Motos de São Paulo

A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo aprovou, na tarde da terça-feira 22/11/2011, o projeto de lei que proíbe "garupas" em motocicletas nos dias úteis da semana.


O texto de autoria do deputado Jooji Hato (PMDB) (NUNCA VOTAR) também obriga o uso de capacetes e coletes com o número da placa da motocicleta afixado na parte de trás, em cor fluorescente, "que o mantenha legível, inclusive à noite".


R I D Í C U L O

R I D Í C U L O
R I D Í C U L O

Com muito esforço comprei uma moto para poder ir pro trabalho e

também levar minha esposa ao trabalho dela.

A noite eu volto do trabalho e pego minha esposa na faculdade.


É minha moto, minha vida e é meu direito.


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sábado, 26 de novembro de 2011

MP quer derrubar regra que estabelece idade mínima para matrícula no ensino fundamental

O aluno precisa ter 6 anos completos para ser matriculado no 1° ano do ensino fundamental

O aluno precisa ter 6 anos completos para ser matriculado no 1° ano do ensino fundamental
O Ministério Público Federal no Distrito Federal (MPF/DF) propôs hoje (21) uma ação civil para derrubar regra do Conselho Nacional de Educação (CNE) que determina uma idade mínima para que as crianças possam ingressar no ensino fundamental. Segundo o parecer de 2010, o aluno precisa ter 6 anos completos até 31 de março do ano letivo para ser matriculado no 1° ano do ensino fundamental – caso contrário deverá permanecer na educação infantil.

De acordo com o procurador da República Carlos Henrique Lima, autor da ação, a decisão do CNE “acabou por limitar a organização dos sistemas de ensino, estabelecida tanto pela Constituição Federal quanto pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação”. O procurador reconhece que há a necessidade de haver uma data de corte, mas que ela deve servir apenas de orientação aos sistemas de ensino que poderão usar outros critérios para admitir uma criança com seis anos incompletos no ensino fundamental. O MPF chegou a recomendar que o conselho alterasse as regras, mas o pedido não foi aceito pelo colegiado.


O autor do parecer do CNE, conselheiro César Callegari, disse que “respeita o trabalho do procurador, mas considera que ele está equivocado”. Ele explicou que o objetivo do conselho era justamente organizar o ingresso das crianças no ensino fundamental, já que até então cada rede de ensino fixava uma regra diferente, o que segundo ele causa confusão. Ainda hoje, segundo Callegari, há sistemas de ensino como o do estado de São Paulo que permitem o ingresso de alunos que só completam 6 anos no fim do primeiro semestre letivo.


“Entre as explicações que enviamos ao procurador sobre a regra, a principal argumentação era justamente que o alinhamento em torno da data de 31 de março foi feito mediante grande discussão que fizemos com secretários estaduais e municipais de educação e com os movimentos da educação infantil. É um esforço nacional de milhares de escolas, gestores e famílias que tem sido feito no sentido de organizar o processo”.


Mas para o MPF, a resolução do conselho pode prejudicar os alunos porque não leva em conta outros critérios além da idade para permitir o ingresso, como por exemplo a competência e habilidade intelectual da criança. A liberdade de organização dos sistemas de ensino para determinar os parâmetros para a matrícula deve ser respeitada “sempre que o processo de aprendizagem assim recomendar”, disse o procurador.


Segundo Callegari, a intenção do CNE ao estipular uma data de corte é evitar o ingresso precoce das crianças no ensino fundamental. A principal pressão para que a regra seja alterada vem das redes privadas de ensino. “Uma eventual frouxidão nas normas pode levar uma escola particular a oferecer o ingresso mais cedo ao aluno por uma disputa mercadológica, atendendo a ansiedade de pais aflitos que querem que a criança comece logo a estudar. A norma preserva o direito que uma criança tem de viver plenamente sua infância e não submetê-la a exigências de rendimento que são próprias do ensino fundamental”.


Callegari argumentou que uma criança pode saber ler aos 4 anos, mas pode ser imatura no processo de socialização e no desenvolvimento de outras habilidades. Ele defendeu que os maiores prejudicados com uma possível alteração das normas serão as crianças e que a melhor saída para resolver os questionamento seria regulamentar a idade de entrada por lei. As resoluções e decisões do CNE não têm força de lei, mas servem de orientação aos sistemas de ensino. 
 
Fonte: Agência Brasil

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