Mas o que é exatamente essa tecnologia? Não, não é só um nome comercial: é uma evolução do OLED, que combina o melhor das telas OLED e LCD, que são usadas nos smartphones hoje. Entenda por que ela é tão promissora:
Como o microLED funciona
Antes de seguir para o microLED, é preciso entender que um display LED tem esse nome porque é sigla em inglês para
diodos
emissores de
luz. No OLED, o O se refere a uma camada de semicondutores
orgânicos que fazem cada pixel emitir sua própria luz nas cores primárias (vermelho, verde e azul), que normalmente é mais vívida que as
telas LCD comuns. Além disso, os pretos são representados simplesmente por um pixel apagado, o que o torna bem preciso.
É uma boa característica, tanto que está presente nas telas comerciais mais bonitas e com
alta precisão de cor. O problema é que esses componentes orgânicos precisam ser acompanhados de uma camada polarizadora e outra camada de encapsulamento. Você não precisa entender o que elas fazem, só precisa entender que, quanto maior o número de camadas, mais grosso é o painel e menos flexível é o seu uso.
No microLED, essas camadas, junto com os semicondutores orgânicos, são descartadas. No lugar, o painel retoma a camada inorgânica de nitreto de gálio (GaN) que é usada nos displays LED, mas, usa LEDs extremamente pequenos, de 100 micrômetros (µm) ou menos, do tamanho de um fio de cabelo e menores que um grão de areia.
Quais os benefícios de um painel microLED?
Com o uso de uma camada inorgânica e LEDs menores, os displays microLED, em comparação com o OLED, podem ser
mais brilhantes e têm uma
vida útil maior e são
bem menos suscetíveis a burn-in ou
perda de luminosidade com o tempo, o que costuma acontecer nos displays OLED com o envelhecimento do painel pelo desgaste do material orgânico. Como o microLED usa material inorgânico, fica na vantagem.
Veja também: iPhone X demora 17 horas para sofrer burn-in exibindo a mesma imagem Além disso, com painéis menores, a qualidade da imagem e o tempo de respostatambém são menores. Em comparação com os displays LCD, os benefícios do OLED, como a eficiência energética e o excelente contraste, continuam presentes.
Outra vantagem da tecnologia microLED é que ela elimina a limitação do OLED de tamanhos ou formatos de tela. Como os LEDs são bem pequenos, fica mais fácil de implementá-los em displays
flexíveis ou
transparentes.
Tá, mas por que o microLED ainda é pouco usado?
Se o microLED é tão bom, por que ainda não está em todo lugar? Como toda tecnologia nova, ainda é muito caro produzir um painel microLED — na CES 2018, a Samsung disse que a The Wall será vendida por “um preço consistente com as tecnologias modernas”, ou seja, você precisará vender sua casa para comprar uma dessas.
O que mais encarece o processo a tecnologia é a dificuldade de fabricação, que deve ser minuciosa. Os milhões de LEDs devem ser cuidadosamente unidos e soldados no painel, mas devido ao tamanho microscópico de cada LED esse processo é bem complexo.
No começo, os displays microLED podem aparecer em smartwatches ou em telas menores, para depois serem escalados para smartphones — um processo que pode demorar de três a cinco anos
para a Apple. De qualquer forma, a tecnologia é bem promissora e parece ser a próxima evolução para os displays.
fonte: https://tecnoblog.net/236691/microled-vs-oled-tecnologia-tela-tv/
Obrigado pela visita, e volte sempre.