domingo, 1 de julho de 2018


A Necessidade da Fé
faith-connection
Satsvarupa Dasa Gosvami
Como nossa fé pode crescer, desde o interesse inicial até a convicção plena?
A fé é vital para o desempenho do serviço devocional. Krishna diz na Bhagavad-gita (9.3): “Aqueles que não têm fé neste serviço devocional não podem alcançar-Me, ó subjugador do inimigo. Portanto, eles têm de regressar ao caminho de nascimentos e mortes neste mundo material.” Srila Prabhupada escreve em seu comentário que, sem fé, não podemos atrair nem alcançar Krishna. A fé, ele diz, se desenvolve na companhia dos devotos. Sem tal companhia, não podemos adquirir fé.
Existem três graus de fé. O tipo inferior nos concede apenas a fé necessária para que busquemos a companhia dos devotos, mas não se baseia fortemente nas Escrituras ou na crença da veracidade das Escrituras para mantermo-nos nela. O segundo tipo é mais firme, e, embora não dominemos as Escrituras, cremos que é verdade o que ali se ensina. Um devoto com o mais alto grau de fé tem uma firme convicção nas Escrituras, bem como conhecimento sólido acerca delas.
Quando um praticante de sadhana, isto é, das práticas espirituais reguladas, considera a questão da fé, frequentemente assume que a possui. Entretanto, a fé é um tema vivo, e não algo que, uma vez alcançado, permanece firme sem mais esforço. Isso é especialmente verdade para aqueles de nós que crescemos em um meio onde imperava o ceticismo e onde fomos ensinados a desafiar a fé.
Consequentemente, temos que entender o que é fé e o que é a nossa fé. Além disso, dos três tipos de fé enumerados, as Escrituras definem a fé em dois patamares: inicial (sraddha), e estável (nistha). Sraddha, segundo Prabhupada, é a fé daquele que deseja entrar no templo e se sente bem assistindo ao que acontece ali. Isso parece um tipo de curiosidade favorável. Essa fé inicial é suficiente para nos levar à companhia dos devotos.
Nistha, por sua vez, significa “convicção imutável”. Prabhupada escreve que um devoto com semelhante fé sente que todos os seus desejos serão satisfeitos caso seja capaz de obter a consciência de Krishna. Nada existe de mais importante que o desenvolvimento da consciência de Krishna. Um devoto com nisthapode não ter atingido a meta, mas está fixo na convicção de sua importância e de seu valor.
O dicionário define “fé” como “crença inquestionável em Deus; crença inquestionável que não requer prova ou evidência”. A fé significa confiar em Deus: em Seus atos e em Suas promessas. Este é o tipo de fé necessária para o devoto. Embora possamos oferecer algumas provas que apoiem nossas conclusões conscientes de Krishna acerca da natureza da alma, da natureza de Deus, da transmigração da alma etc., há poucas provas empíricas para demonstrarem conclusivamente que tais coisas são reais. De uma maneira ou outra, no entanto, nos tornamos dispostos a aceitar a autoridade do guru e da escritura com base em fé, e moldamos os princípios da nossa vida em torno dos ensinamentos deles.
A Fé Empoderadora de Prabhupada
Ao examinarmos a vida de Srila Prabhupada e como propagou o conhecimento espiritual, podemos ver a fé com que contava e sua capacidade de fazer crescer a fé nos demais. É digno de menção como ele foi capaz de convencer a juventude hedonista de Nova Iorque a cantarem Hare Krishna e aceitarem a forma de Krishna como a expressão mais elevada de Deus. Depois do primeiro canto de mantras em público de Prabhupada, o jornal East Village Otherpublicou a seguinte manchete: “Salve a Terra agora, já!” No artigo, o jornalista narrou um relato sobre um grupo de teólogos que assassinaram um ancião em uma Igreja, o que motivou dizeres de que “Deus havia morrido”. O artigo dizia:
Desenterraram o corpo e se deram conta de que não era o corpo de Deus, e, sim, de seu intermediário, um religioso profissional. Rapidamente a boa nova se estendeu por todo o mundo: Deus vive! Entretanto, onde está Deus?
Uma página inteira do jornal The New York Times ofertou uma recompensa por qualquer tipo de informações que conduziria ao descobrimento do lugar onde se encontrava Deus – trato firmado por Martin Luther King e Ronald Reagan –, mas não houve resposta alguma. As pessoas começaram a se preocupar de novo. “Deus”, asseguraram alguns, “vive em um torrão de açúcar.” Outros murmuravam que o Segredo Sagrado estava em um cigarro.
Mas enquanto tudo isso se sucedia, um ancião, de setenta e um anos, caminhava pelo East Village de Nova Iorque, disposto a provar ao mundo que ele sabia onde se poderia encontrar a Deus. Em somente três meses, esse homem, Swami A.C. Bhaktivedanta, conseguiu o êxito de convencer a audiência mais difícil do mundo: boêmios, consumidores de ácido, de maconha ehippies, de que ele sabia onde encontrar Deus: desligue-se, cante e se deixe levar. Esse novo tipo de santo, com o devido respeito ao Dr. Leary, aparece com uma nova marca de “expansão de consciência” que é mais doce que o ácido, mais barata que a maconha e que não pode ser detida por nada. Como é possível? “Por meio de Krishna”, disse o Swami.
Prabhupada tinha um modo de apresentar a filosofia da consciência de Krishna que a deixava atrativa, e sua vida era fiel aos seus ensinamentos. Nós queríamos ser como ele. Prabhupada costumava dizer: “A consciência de Krishna é algo muito bom.” Nós o olhávamos e sabíamos que o que ele dizia era verdade.
Digo isso porque a fé é como o amor: não é possível analisar a fé muito de perto sem ter medo de perdê-la. Nós vivemos com os resultados da fé, praticamos o que nos é prescrito, vivemos as dificuldades no processo, e permanecemos atraídos a Krishna. E, com base na fé, fazemos perguntas ao guru, e, com fé, aceitamos suas respostas. E, com base na fé, lhe confiamos posteriormente nossa alma. Frequentemente, não sabemos o que desperta a fé em nossos corações, mas, quando o tempo, o lugar e as pessoas são adequados, somos capazes de atuar com base na fé.
Porém, como mencionei anteriormente, a fé firme não se conquista da noite para o dia.  Lembro-me dos dias em que estudei aBhagavad-gita com Srila Prabhupada e sentia crescer uma convicção dentro de mim. Sim: Krishna é Deus. Sim: a alma transmigra de um corpo a outro. Sim: nós somos eterna e constitucionalmente servos de Krishna. Então, um dia Prabhupada nos disse que Krishna teve 16.108 esposas. Essa mínima informação foi suficiente para ameaçar minha fé. Às vezes, acreditamos apenas em uma porcentagem daquilo que lemos nas escrituras, e quando nos é posto que aceitemos algo fora do nosso sistema de crenças, pode ser que esse pouco seja o suficiente para ameaçar toda a nossa prática.
Eu levantei a mão para desafiar a descrição que Prabhupada estava fazendo sobre as esposas de Krishna.
“Estou tentando aceitar a Bhagavad-gita em boa fé”, eu disse, “mas quando escuto coisas assim, eu considero difícil de acreditar.”
 Prabhupada respondeu: “Você considera difícil? Isso é considerado difícil até mesmo por parte dos eruditos mais notáveis!”
Fé e Conhecimento
Eu acredito que é importante compreender que o desenvolvimento firme de nossa fé não é menor ou inferior que o cultivo do conhecimento. Ou seja, ter fé não se opõe a fazer uso da razão, e não é sentimental. A fé é uma parte necessária, inclusive na vida material. Durante um passeio matutino com alguns devotos, Srila Prabhupada ilustrou isso:
Discípulo: Então, o conhecimento não é necessário para a fé, mas a fé, sim, é necessária para adquirir conhecimento.
Srila Prabhupada: Sim. Por isso, um devoto sem conhecimento algum se converte em devoto. Somente pela fé, e nada mais, o devoto avança. Mais adiante, de maneira automática, adquire todo o conhecimento porque tem tido uma fé firme.
Antes, durante o mesmo passeio, a um devoto que havia perguntado a ele “por que existem pessoas que têm fé e outras não”, Prabhupada respondeu que isso se deve à pureza. Outro devoto acrescentou: “O senhor quer dizer durante nossas vidas passadas e devido a nossas atividades piedosas?” Prabhupada disse que se nós temos pureza, adquiriremos mais fé e mais conhecimento. No entanto, temos que começar pela fé. “Como ele tem fé, eu lhe ajudo a adquirir o conhecimento. Mais uma vez, retornamos a esse ponto.”
Srila Prabhupada: Alguém se aproxima de mim e diz: “Prabhupada, vá por lá”. Mas eu não tenho fé. Por que teria que ir? Se não tenho fé, tenho que parar aqui, e acabou minha locomoção. Temos que manter a fé cegamente. O homem oferece sua direção. Se for perfeito, a fé que você tem ajudará você a avançar. Mas se o mestre é um canalha e você colocar nele sua fé cega, você estará perdido. A criança não tem conhecimento, porém tem fé em seus pais, e acredita no que eles lhe dizem. E é assim que a criança pode avançar.
É como a visita ao barbeiro. Você lhe oferece o pescoço, embora ele tenha na mão uma navalha. É preciso ter pelo menos esta fé: “Não. Ele é um bom homem, e não cortará a minha garganta.” Sem essa fé, como você poderia deixar que ele fizesse a sua barba? A fé é o começo. Se você dissesse: “Não! Não confio em você!”, você não poderia tirar a barba.
Discípulo: Às vezes, alguns barbeiros parecem que vão nos degolar.
Srila Prabhupada: Ele poderia fazer isso, mas temos que ter fé. Se não fosse assim, não nos barbearíamos. Suponhamos que você vai viajar para um lugar desconhecido. Pois bem. Compramos e pagamos dois mil pela passagem, mas onde está a garantia de que chegaremos ao lugar prometido? Primeiro pagamos em dinheiro, sem garantia alguma de que chegaremos lá. Como se pode comprar um bilhete e como se pode subir no avião sem fé? Sem fé não podemos nos mover nem um centímetro. A fé estar presente é algo fundamental.
Nós dizemos: “Não. Esta passagem foi emitida pela Pan Americano. É uma companhia de confiança. Muita gente a utiliza. Eu também irei.” Isto é tudo: fé. Nunca antes estivemos nesse lugar, e nem mesmo sabemos se vamos chegar nele. Mas é preciso comprar o bilhete. Se você disser: “Primeiro irei, e depois vou pagar”, eles responderão: “Fora daqui! Primeiro pague! Depois viajará”.
Discípulo: Logo que vim para este movimento,Srila Prabhupada, abri a Bhagavad-gita e disse: “Não entendo nada.” Então, fui limpar o chão, lavar os pratos e descascar batatas.
Srila Prabhupada: Sim, muito bem.Sevonmukhe hi jihvadau. Somente graças ao serviço é possível entender Deus. Não existe outro modo. E o serviço começa pela língua.
Não devemos nos deixar intimidar por alguém que diga que fé é apenas para religiosos. Todos neste mundo possuem fé; só muda em que ou em quem a fé é depositada.
Para Além de Nossa Experiência
A dificuldade que encontram os aspirantes a devotos é que a maior parte das profundidades da vida espiritual estão além de qualquer experiência que possam ter, e geralmente além de nossa experiência espiritual. Que outra coisa podemos fazer além de aceitar as verdades com base na fé? Nossa falta de fé, porém, tende a nascer da nossa falta de experiência. Por exemplo, talvez desejemos dizer que temos fé nas Escrituras, mas, ao mesmo tempo, podemos pensar que as afirmações das mesmas descrevem condições extremamente ideais, as quais nunca obteremos. Isso demonstra uma falta de fé em nós e nas afirmações das Escrituras que declaram que, sim, podemos obter tais estados.
Também podemos ter falta de fé de que a instituição possui o poder de nos elevar, ou algum outro tipo de falta de fé. Nossa fé, na maioria das vezes, pode ser mensurada. Ela não é ilimitada. Essa possibilidade de medi-la é mais fácil quando, de algum modo, ela é colocada à prova. Logo, então, podemos catalogar nossas áreas de desconfiança.
Na Bíblia, Jesus disse que a fé pode mover montanhas. Alguns tratam de provar sua fé indicando alguns supostos milagres de Deus em suas próprias vidas: o Deus que responde as suas preces. Mas isso é uma aproximação muito fruitiva de Deus, como se pedíssemos a Deus que demonstre Seu poder por meio de alguma coisa que poderia ser medida neste mundo. Em vez disso, os seguidores dos ensinamentos da Bhagavad-gita confiam simplesmente na existência de Krishna e em Seu amor para conosco. Desejamos essa confiança simples de que Krishna aceita nosso serviço – essa dimensão da fé deveria ser nossa realidade, sem levar em conta nossa prosperidade material, ou nossa falta dela. Sempre confiamos que estamos satisfazendo com nossas vidas os desejos de Krishna.
Lidando com Dúvidas
Como alcançar essa fé? Talvez pensemos que é uma fraqueza sermos honestos sobre a fé que nos falta. Mas a honestidade é o único recurso dos que tentam aumentar sua fé. Nós temos que começar por quem somos e o que podemos aceitar e fazer, e atuar a partir desse começo. Se nos recusarmos a ser honestos, desenvolveremos um tipo de fé oficial, uma fé complacente, uma fé desconsiderada. Não sentiremos esse fervor que nos conduzirá em direção à vida espiritual, senão que ficaremos sempre indo com a maré.
Se tivermos alguma consciência ou autopercepção, devemos nos perguntar: “Como estou recebendo este conhecimento? Ele me faz dormir? Ele me inspira? Eu realmente acredito nele?” A fé inicial que nos trouxe para as práticas da consciência de Krishna não deve se tornar uma memória e ser o que nos sustenta.
Diversos assuntos são motivo de dúvida para diferentes pessoas. Alguns deixaram o Movimento Hare Krishna quando Prabhupada disse que ninguém havia ido à Lua. Outros podem não ter saído, mas não conseguiram conciliar essa informação. A fé é algo que se deve trabalhar. Às vezes, revelarmos nossas dúvidas pode ajudar-nos a alcançar o equilíbrio tão esperado.
Estar Além das Dúvidas É Possível
Dúvidas não são úteis à nossa consciência de Krishna. Hayagriva Dasa escreveu uma vez um ensaio sobre o tema “dúvidas”, e Prabhupada deu este título ao ensaio: “Dúvida, o Nome Disso é Prisão”.
Ter completa fé é possível, como podemos ver em uma ocasião em que Prabhupada esteve em um encontro ecumênico com alguns padres. Um deles lhe perguntou: “Você nunca tem dúvidas?” Prabhupada respondeu: “Dúvidas? Certamente não! Como eu poderia dedicar-me a ensinar se eu tivesse dúvidas?”
Os sacerdotes ficaram chateados com essa resposta; queriam que ele admitisse suas dúvidas porque eles estavam cheios de dúvidas. Contudo, a pessoa centrada não tem dúvidas. Talvez tenhamos que reconhecer que não somos tão centrados como pensávamos.
Cultivar o Conhecimento
Um modo óbvio de combater as dúvidas e fortalecer a fé é cultivar o conhecimento. A fé combinada com o conhecimento pode nos converter de crentes inseguros a pessoas centradas em nossas convicções. Expressando nossas dúvidas e logo abrindo-nos às escrituras e às pessoas esclarecidas e íntegras, podemos encontrar por muitas vezes respostas satisfatórias. Não temos que deixar que nossas dúvidas nos intimidem.
Além disso, não devemos pensar que nossa aceitação ou recusa de certo ponto das Escrituras as validam ou as invalidam. As declarações escriturais são verdadeiras por seus próprios méritos. Prabhupada disse: “Podem crer ou não; isso é outra coisa.” Parte da fé consiste em reconhecer nossa pequenez diante da verdade.
Como disse Prabhupada, a fé começa com a língua, em suas duas funções com o canto e com comer prasada. A fé não começa com a mente, como pensa a maioria, tampouco com os olhos. Simplesmente ocupando a língua a serviço de Krishna, podemos compreender as verdades mais altas, porque desenvolver a fé não é o mesmo que desenvolver os músculos. Esforçamo-nos para conseguir, mas, em última instância, a fé é um presente de Deus. Quando provamos nossa sinceridade, Ele nos dá mais, junto com o conhecimento espiritual.
Certa vez, escrevi a Prabhupada dizendo que havia compreendido que, para entender a Bhagavad-gita, necessitava de algo mais do que erudição. O conhecimento chegaria a mim, eu disse, por meio de alguma espécie de transferência mística. Enquanto Krishna não me abençoasse, eu não seria capaz de compreendê-lo. Prabhupada respondeu: “Você é um devoto sincero, em consequência do que Krishna lhe dará inteligência para compreender a Bhagavad-gita”. Mais um ensinamento: a fé provém da sinceridade.
Contudo, não é somente algo supramundano. Incluso psicologicamente, quando atuamos em consciência de Krishna e recebemos os bons resultados de nossas práticas, estão nossos méritos, e assim sentimos o florescer da nossa fé, da confiança e da lealdade.
A experiência na consciência de Krishna inclui a prova dessa fé. A fé se prova, geralmente, nas circunstâncias mais adversas: dor, perigo, processos legais, ou nos provando a existência de maya, a energia ilusóriaNesses momentos, o devoto deve pensar: “Krishna, por que me deixa passar por isso”? Ao alcançarmos a disposição de estarmos abertos para a aceitação de que Krishna faz tudo para o nosso bem, isso significa ter superado a prova.
Entusiasmo e Fé
A fé prospera em um ambiente de entusiasmo. Sem entusiasmo, nos sentimos fracos, e a chama da devoção não arde. A fé não é somente crer em Deus, mas, sim, um interesse ativo de escutar sobre Ele. Um devoto puro quer sempre escutar e servir a Krishna infinitamente. Quanto mais entusiasmo existir em nossa fé, mais forte ela ficará. Não estamos interessados nas crenças nominais, como se nossa fé fosse uma opinião pessoal com pouca relevância em nossas vidas. Queremos uma convicção ardente.
Em consequência disso, nosso entusiasmo está baseado no amor e nos resultados que recebemos de nosso serviço. Se servimos, mas aparentemente falhamos, nosso entusiasmo não deveria esfriar. Para construir o entusiasmo, é preciso ficar na companhia de devotos que sejam entusiastas. Devemos nos situar de maneira consciente em situações que avivem nossa consciência de Krishna. A fé, como já dito, não deveria ser algo que tivemos certa vez quando aceitamos a consciência de Krishna, mas que, desde aquele dia, já não voltamos a sentir. Necessitamos chegar ao seu cerne.
Mais uma vez, podemos buscar o exemplo de Prabhupada. Ele era tão empenhado que quando decidiu difundir a consciência de Krishna e somente encontrou resistência, se mostrou mais consciente de Krishna e mais determinado. Seus êxitos e fracassos nunca esfriaram sua fé. Sempre viveu graças ao afeto que recebia de Krishna. Ele foi um exemplo, e podemos fazer o mesmo.
Tradução de Taciana Lima Magalhães.

Se gostou deste material, também gostará do conteúdo destas obras:
CAPA BHAGAVAN GITA1caminho da perfeição

-- 
-- 
Você recebeu esta mensagem porque está inscrito no Grupo "Amigos de Krishna" em Grupos do Google.
Para cancelar a sua inscrição neste grupo, envie um e-mail para devotos-unsubscribe@googlegroups.com
Se estiver tendo problemas ao visualizar o texto, veja a mensagem no site http://groups.google.com.br/group/devotos
Para ver mais opções, visite este grupo em http://groups.google.com.br/group/devotos
--- 
Você recebeu essa mensagem porque está inscrito no grupo "Amigos de Krishna" dos Grupos do Google.
Para cancelar inscrição nesse grupo e parar de receber e-mails dele, envie um e-mail para devotos+unsubscribe@googlegroups.com.
Para mais opções, acesse https://groups.google.com/d/optout.

Obrigado pela visita, e volte sempre. pegue a sua no TemplatesdaLua.com

quarta-feira, 20 de junho de 2018

Assassinato de Kennedy: enfim, o óbvio



Olavo de Carvalho

Diário do Comércio, 6 de fevereiro de 2006

Sexta-feira passada, a televisão alemã exibiu o documentário “Encontro com a Morte”, em que o diretor e jornalista Wilfried Huismann, após cinco anos de pesquisas, mostra que o assassinato de John F. Kennedy só pode ter sido encomendado por um único mandante: Fidel Castro.
Essa hipótese sempre foi a mais plausível, já que Lee Harvey Oswald tinha sido agente do serviço secreto cubano desde pelo menos novembro de 1962 e voltou aos EUA após ter vivido na União Soviética por muitos anos. A ligação é até óbvia demais, mas por isso mesmo houve tanta agitação na mídia e nos meios políticos para abafá-la o mais rápido possível e substituí-la por uma onda estonteante de conjeturações absurdas. Imagino se alguém ficaria buscando mandantes alternativos no caso de Fidel Castro ser morto por um agente da CIA.
O motivo apresentado pelo filme também é mais que suficiente para explicar o assassinato. Segundo o documentário, Kennedy e Castro passaram anos tramando cada um a morte do outro: “Foi um duelo que, como numa tragédia grega, deixou um dos duelistas morto”, afirma Huismann.
Mas o mais espantoso da história talvez não seja nem isso. O ex-secretário de Estado Alexander Haig aparece no filme dizendo que, logo após o assassinato, o presidente Lyndon B. Johnson recebeu informações que o levaram a concluir que Fidel Castro fora mesmo o responsável pelo crime: “Johnson estava persuadido de que Castro matara Kenedy, mas levou esse segredo para o túmulo.” Na época ele disse a Haig que era preciso evitar a todo o preço a divulgação da verdade: “Ele temia que, se o povo americano soubesse o nome do verdadeiro culpado, haveria uma guinada para a direita e o Partido Democrata ficaria fora do poder por muitos anos.”
Essa é provavelmente a acusação mais grave que um funcionário de tal envergadura já fez a um presidente americano falecido. O documentário ainda não foi exibido nos EUA, mas a mídia republicana já está chamando a atenção do público para o assunto, e não tenho dúvida de que o filme de Huismann pode ter algum peso nas próximas eleições parlamentares, senão na eleição presidencial de 2008.
Qualquer que seja o caso, é importante lembrar que Johnson foi um dos presidentes americanos mais esquerdistas, não só pelo seu intervencionismo estatal desenfreado, mas pelo derrotismo proposital com que conduziu a guerra do Vietnã, limitando de tal modo a ação das tropas americanas que só faltou mesmo pintar um alvo na cabeça de cada soldado, e também pela pressa indecente em admitir derrota movido pela pura impressão de um noticiário de TV, antes de saber que, de fato, o exército do Vietnã do Norte tinha sido quase que totalmente destruído ao longo da ofensiva. Isso não impediu que, pelo simples fato de presidir os EUA em época de guerra, fosse pintado como um verdadeiro monstro imperialista pela mídia esquerdista internacional. Agora, postumamente, vai receber uma quota idêntica de insultos da mídia conservadora. Isso deveria servir de advertência para tucanos e muristas de todos os continentes e gerações.
Os dois McCarthys
A abertura dos Arquivos de Moscou, no começo da década passada, e a publicação dos códigos Venona, no fim dela, trouxeram a prova definitiva de que, com a possível exceção do general Marshall, praticamente nenhum dos americanos acusados de colaboração com a espionagem soviética nos anos 50 era realmente inocente (v. John Earl Haynes & Harvey Klehr, Venona: Decoding Soviet Espionage in America , Yale University Press, 1999). Depois disso, é injusto e absurdo continuar usando a figura do senador Joe McCarthy como protótipo do acusador injusto e símbolo da maldade encarnada. O mínimo de satisfação que escritores e jornalistas devem à realidade histórica é riscar do seu vocabulário o termo “macartismo”.
Analogamente, a retirada das tropas americanas do Vietnã, pela qual tanto se bateu o outro McCarthy, Eugene, só serviu para dar aos comunistas o espaço livre de que necessitavam para praticar ali, e estender até o vizinho Camboja, um dos mais vastos genocídios do século XX, exatamente como previam os execrados “falcões” do Pentágono (v. Nguyen Van Cahn, Vietnam Under Communism, 1975-1982 , Stanford University, 1983). Depois disso, só um esquerdista doente ou um vaidoso incontrolável, capaz de sobrepor sua nostalgia de juventude às exigências mais incontornáveis da verdade, pode continuar celebrando o movimento “pacifista” daquela época como um momento glorioso da história da consciência humana. Foi um momento glorioso, isto sim, da história da propaganda comunista, que conseguiu ludibriar toda a população americana, transformando um volume colossal de bons sentimentos em arma de guerra a serviço do mal e da mentira. O que um homem adulto escreve hoje sobre a década de 60 é um teste do seu caráter. A insistência no estereótipo que opõe “pacifistas” a “macartistas” é um instrumento retórico vicioso usado para encobrir a colaboração com um dos maiores crimes de todos os tempos. Nenhum alemão decente que tivesse escrito uma palavra contra os judeus em 1920, sem a menor intenção de lhes trazer dano físico, se recusaria a acusar-se de cumplicidade involuntária com o nazismo ao ver o que lhes aconteceu vinte anos depois. Decorridas quase quatro décadas do genocídio na Indochina, aqueles que organizaram passeatas para ajudar a produzi-lo ainda posam de bons meninos e depositam flores regularmente no altar dos “anos dourados”. O culto do recém falecido Eugene McCarthy é parte integrante dessa liturgia do auto-engano.
Como não acredito que a burrice e a malícia sejam contraditórias, e como sei que ambas estão distribuídas democraticamente numa geração de jornalistas que se formou sob a influência do Partido Comunista e da Ação Popular, não vou gastar neurônios perguntando por que Luís Eduardo Lins da Silva, diante de fatos tão amplamente comprovados, imagina estar fazendo algo de honesto e inteligente ao forçar um paralelismo inverso e, na última edição da revista Primeira Leitura , chamar o senador Eugene McCarthy de “o McCarthy do bem” pelo simples fato de ele ter ajudado a amarrar as mãos do governo americano ao mesmo tempo que liberava as de Ho-Chi-Minh e Pol-Pot para a matança que se seguiu. Repito apenas o que, uma semana antes da publicação da matéria, mas quase adivinhando-a, escrevi sobre o jornalismo brasileiro:
“ Aos poucos, o hábito de respaldar-se em declarações de americanos apresentados como insuspeitos tornou-se um dispositivo usual da retórica esquerdista. Na verdade homens como Ramsey Clark, John K. Galbraith, Jimmy Carter ou Ted Kennedy eram a fina flor do esquerdismo chique. Estavam comprometidos até a goela com a ajuda à subversão no Terceiro Mundo. Mas a simples insistência geral da esquerda na lenda de que o golpe militar viera de Washington dava a qualquer americano, por contraste, a autoridade para falar contra a direita latino-americana sem parecer nem um pouquinho esquerdista. O mesmo acontecia com jornais patologicamente mentirosos em favor da esquerda, como New York Times Washington Post , que ante a platéia tupiniquim ignorante, podiam ser citados como modelos de isenção profissional pelo simples fato de ser americanos. A geração seguinte de esquerdistas continuou usando o mesmo truque, mas por automatismo paspalho e sem saber que era truque… A malícia dos gurus impregnou-se em seus discípulos sob a forma de ingenuidade perversa. Eles já não mentem por astúcia. Mentem porque ninguém os ensinou a fazer outra coisa .”
Só faltou, para que a antecipação fosse completa, o nome do senador Eugene McCarthy entre os oficialmente insuspeitos.
Algum paralelismo entre ele e o outro McCarthy existe, de fato, mas não no sentido de Lins da Silva. Para descrevê-lo, pode-se partir desta declaração do radialista Garrison Keillor, democrata histórico, odiador emérito de um McCarthy nos anos 50 e seguidor entusiasta do outro nas décadas seguintes:
“ É reconfortante descobrir a verdade e concluir que você estava mirando fora do alvo. [Nos anos 50] havia uma rede de espionagem soviética no nosso governo, e o fato de que Joseph McCarthy fosse um bêbado, mata-mouros e oportunista cínico não muda isso em nada. Junto com um punhado de outros democratas, eu, de fato, estava errado nessa questão. Estou feliz de poder corrigir-me. 
A época que se seguiu pode ser descrita quase com as mesmas palavras: Havia um genocídio comunista à espera da população civil tão logo os soldados americanos saíssem do Vietnã, e o fato de que Eugene McCarthy fosse capaz de citar Yeats e Eliot de cor não muda isso em nada. Junto com um punhado de outros democratas, ele estava errado em julgar que a retirada das tropas americanas seria boa para o Vietnã, não se arrependeu do seu erro quando viu a paz matar mais gente que a guerra, persistiu no erro até o fim e seus admiradores continuam badalando como herói um bobão perfumado incapaz de perceber o óbvio.
Joseph McCarthy foi um grosseirão e um pinguço turbulento que alertou seu país contra um perigo real e denunciou os culpados verdadeiros, mas com tanto espalhafato que os fez passar por vítimas inocentes. Eugene McCarthy foi um sujeito culto, fino, elegante e de bons sentimentos que ajudou seu país a humilhar-se sem necessidade, só para deixar que os comunistas, em tempo de paz, matassem um milhão de civis no Vietnã e mais dois milhões no Camboja.
Se os políticos não devem ser julgados por suas intenções hipotéticas e sim pela substância real de seus atos, não é difícil avaliar os dois McCarthys: Joseph, que parecia destinado ao sucesso, foi um fracasso na luta por uma causa justa, enquanto Eugene, aparentemente condenado ao fracasso, foi um sucesso retumbante a serviço involuntário do genocídio e da tirania. Essa é a realidade objetiva de suas biografias. Subjetivamente, ambos estavam bastante enganados quanto às dimensões de suas respectivas pessoas. Joseph presumia-se habilitado a vencer a KGB no grito. Eugene, com modéstia exemplar, confessava que teria preferido ficar em casa mas que não pudera resistir ao apelo de sua filha para que “salvasse o mundo” ( sic ). Essa é só uma das muitas ironias de suas existências, inclusive póstumas. Joseph, apesar das provas esmagadoras de que acertara em praticamente tudo exceto na tática publicitária, foi ainda mais difamado depois de morto do que o foi enquanto vivo, ao passo que Eugene, morto, é ainda mais badalado do que em vida. Ao chamar a este último “o McCarthy do bem”, Lins da Silva toma por pressuposto que a espionagem soviética dos anos 50 e o genocídio indochinês da década de 70 fossem o bem. O mal é opor-se a Josef Stalin, Ho-Chi-Minh e Pol-Pot. O fato de que essa estupidez monstruosa seja publicada em Primeira Leitura , revista insuspeita de qualquer contaminação esquerdista, mostra até que ponto a propaganda comunista de meio século atrás se impregnou no subconsciente da classe jornalística, ao ponto de já não ser percebida como tal e poder se perpetuar como sabedoria convencional.
Generosidade
Um amigo me chama a atenção para o seguinte fenômeno: o investidor que em 1º. de janeiro de 2005  tenha aplicado mil dolares em reais, com juros à taxa do CDI, resgatou em 1º. de janeiro de 2006 aproximadamente 1.400 dólares. Os juros da CDI foram de 19 por cento; mais a diferença cambial, e pronto: 40 por cento de retorno, em dólar, com garantia do governo para pelo menos metade desse lucro. É óbvio que o afluxo contínuo de investimentos estrangeiros, do qual o establishment petista tanto se gaba, não reflete nenhum suposto progresso da nossa economia, mas a esplêndida generosidade dos pobres para com os ricos.
Notícias da China real
Durante o ano passado, 87.000 protestos e rebeliões eclodiram na China. Nenhum foi noticiado pela mídia nacional. Em compensação, qualquer passeata anti-Bush em Nova York ou na Califórnia é alardeada como sinal de queda iminente do “império americano”.
Numa pesquisa realizada pelo Programa de Atitudes em Política Internacional da Universidade de Maryland, abrangendo 20.791 pessoas em vinte países (v. http://www.complusalliance.org /plugins/ComPlusDoc/details .asp?type=DocDet&ObjectId =MTc4NTg ), 74 por cento dos cidadãos chineses (três por cento a mais até do que os americanos!) julgaram que o livre mercado é o melhor sistema econômico para o mundo. Nem uma linha a respeito saiu no Brasil.
Se na formação de suas opiniões pessoais ou na tomada de decisões políticas e empresariais você se deixa guiar pela imagem do mundo que aparece nos nossos jornais, você está completamente fora da realidade.
De Lay: o fim
Exatamente como anunciei aqui semanas atrás, as denúncias contra Tom De Lay não estão surtindo nenhum efeito judiciário, mas um efeito eleitoral devastador. Após 21 anos na Câmara dos Representantes, o ex-líder republicano, em plena campanha pela reeleição, foi informado pelas pesquisas de que só metade de seus eleitores usuais pretende votar nele de novo. Claro: nada estando provado contra ou a favor do acusado, votar nele é correr um risco de cinqüenta por cento. No Brasil, onde o pessoal vota às cegas e nem lembra em quem votou, todo mundo correria esse risco sem ligar a mínima. Nos EUA, o eleitor quer segurança, porque se vê como um chefe de pessoal examinando a ficha de um candidato a emprego. Culpado ou inocente, De Lay está politicamente liquidado. Só muito viagra para levantá-lo, mas não há dinheiro para isso. A campanha contra o homem é da MoveOn.org, afilhada de George Soros, enquanto os republicanos dependem de milhões de pequenos contribuintes e ainda arcam com a fama de “partido dos ricos”.
Errata
No artigo da semana passada, o endereço da Rede Voltaire saiu errado. O certo é http://www.voltairenet.org/fr .
fonte ; http://www.olavodecarvalho.org/assassinato-de-kennedy-enfim-o-obvio/ 


http://www.olavodecarvalho.org







Obrigado pela visita, e volte sempre.

  pegue a sua no TemplatesdaLua.com

terça-feira, 12 de junho de 2018

NRSIMHA KAVACA EM PROTUGUÊS

NRSIMHA KAVACA EM PROTUGUÊS



Texto 1

Agora irei recitar o Nrsimha kavaca, que foi falado por Prahlada Maharaja há muito tempo. Ele é muito auspicioso, remove todos os tipos de obstáculos e concede toda proteção.

Texto 2

Esse kavaca outorga toda opulência e proporciona a oportunidade de residir nos planetas celestiais ou atingir liberação. Deve-se meditar no Senhor Nrsimha, o mestre dos semideuses, sentado em um trono de ouro.

Texto 3

Sua boca está amplamente aberta. Ele tem três olhos e é tão brilhante como a lua outonal. Ele é abraçado por Laksmi-devi, que permanece à Sua esquerda. Ele é o refúgio de toda opulência material e espiritual.

Texto 4

O Senhor Nrsimhadeva tem quatro braços e os membros do Seu corpo são muito macios. Ele está adornado com brincos de ouro, Seu peito é resplandecente como a flor de lótus e Seus braços estão decorados com ornamentos e jóias.

Texto 5

O Senhor Nrsimha está vestido em trajes amarelos imaculados que parecem ouro fundido. Ele é a causa original da criação, que é governada pelos semideuses, encabeçados por Indra. Ele está decorado com pedras preciosas brilhantes e cintilantes, como rubis.

Texto 6

Seus pés de lótus são encantadores e Ele segura várias armas, lideradas pela concha e pelo cakra. Garuda oferece-Lhe preces com grande reverência.

Texto 7

Depois de sentar o Senhor Nrsimha no lótus do coração, deve-se cantar o seguinte mantra: Que o Senhor Nrsimha, que protege todos os planetas do universo, possa amavelmente proteger minha cabeça.

Texto 8

Embora o Senhor Nrsimha seja todo-penetrante, Ele Se escondeu dentro de um pilar. Que Ele possa proteger minha fala e o resultado das minhas atividades. Que o Senhor Nrsimha, cujos olhos são o sol e o fogo, amavelmente proteja meus olhos.

Texto 9

Que o Senhor Nrsimha, que satisfaz-Se com as orações oferecidas pelos principais sábios, proteja minha memória. Que o Senhor, que tem um nariz de leão, possa proteger meu nariz, e que Ele, cuja boca é muito querida por Laksmi, proteja minha boca.

Texto 10

Que o Senhor Nrsimha, o mestre de todos os ramos de conhecimento, por favor, proteja minha língua. Que Ele, cuja face é encantadora como a lua cheia e é glorificado pelas orações de Prahlada Maharaja, proteja minha face.

Texto 11

Possa o Senhor Nrsimha proteger minha garganta. Ele é o mantenedor da terra e aquele que realiza atividades ilimitadamente maravilhosas. Possa o Senhor proteger meus ombros. Seus braços com armas transcendentais são resplandecentes. Possa Ele proteger meus braços.

Texto 12

Que o Senhor Nrsimha, que concede bênçãos aos semideuses, proteja minhas mãos e proteja-me por todos os lados. Que o Senhor Nrsimha, que é alcançado por yogis perfeitos, proteja meu coração, Possa o Senhor Hari proteger minha residência.

Texto 13

Que o Senhor Nrsimha, que rasgou o abdômen do demônio Hiranyakasipu, proteja minha cintura. Possa o Senhor Nrhari proteger meu umbigo. Ele é glorificado pelas orações de Brahma, que nasceu do Seu umbigo.

Texto 14

Que o Senhor Nrsimha, sobre cujos quadris apóiam-se todos os universos, proteja meu quadril. Que o Senhor proteja minhas partes privadas. Ele é o conhecedor de todos os mantras e todos os assuntos confidenciais e, ainda assim, Ele não é visível.

Texto 15

Que o Senhor Nrsimha, que é o Cupido original, proteja minhas coxas. Que o Senhor, que assume uma forma humana, proteja meus joelhos. Que o Senhor, que sustenta o universo em Sua cabeça e aparece como a encarnação metade homem metade leão, amavelmente proteja as minhas panturrilhas.

Texto 16

Que o outorgador de opulência celestial, que é o controlador supremo que aparece em uma forma combinada de homem e leão, proteja meus pés. Que o supremo desfrutador de mil cabeças, por favor, proteja meu corpo em todas as direções e em todos os sentidos.

Texto 17

Que essa personalidade ferocíssima me proteja pelo leste. Que o Senhor, que é superior aos maiores heróis, me proteja pelo sudeste, que é presidido por Agni. Que o Senhor Maha-Visnu me proteja pelo sul e que o Senhor Supremo, de resplendor ardente, me proteja pelo sudoeste.

Texto 18

Que o Senhor Nrsimha, que é todo-penetrante, me proteja pelo oeste. Suas faces estão em todo lugar e, portanto, que Ele me proteja em todas as direções. Que o Senhor Nrsimha me proteja pelo noroeste, que é presidido por Vayu. Que o Senhor, cuja forma é por si só o ornamento supremo, me proteja pelo norte, que é presidido por Soma.

Texto 19

Que o todo-auspicioso Senhor Nrsimha, que concede todos os tipos de auspiciosidade, me proteja pelo nordeste, que é presidido pelo deus do sol. Que o Senhor, que é a morte personificada, amavelmente me proteja do medo da existência material e do ciclo de repetidos nascimentos e mortes.

Texto 20

Esse Nrsimha-kavaca é o mais glorioso porque emanou da boca de Prahlada Maharaja. O devoto que recitar esse kavaca todos os dias estará livre de todas as reações pecaminosas.

Texto 21

Aqueles que desejam bons filhos, riqueza, uma longa duração de vida ou qualquer outra coisa, irão conseguir a realização de seus desejos por recitar esse kavaca. Quanto a isto não há dúvida.

Texto 22

Quem desejar vitória se tornará vitorioso e então será conhecido como um conquistador. Ele facilmente afugentará todas as más influências encontradas nos sistemas planetários superiores, médios e inferiores.

Texto 23

Esse kavaca é o remédio perfeito para contrapor-se aos efeitos venenosos de cobras e escorpiões. Ele também afasta Brahma-raksasas, fantasmas e Yaksas.

Texto 24

Aquele que escrever esse kavaca auspicioso em seu braço ou em uma folha de palmeira e amarrá-la no pulso, alcançará a perfeição em todas as suas atividades.

Texto 25

Aquele que regularmente canta essa oração, uma ou três vezes por dia, se torna vitorioso, seja entre os semideuses, demônios ou seres humanos.

Texto 26

Aquele que, com um coração puro, recitar essa oração trinta e duas mil vezes obterá a mais auspiciosa de todas as coisas auspiciosas. Deve-se compreender que essa pessoa já conseguiu todos os tipos de desfrute material e liberação.

Texto 27

Esse kavaca-mantra é o rei de todos os mantras. O benefício que alguém obtém por passar cinzas em seu corpo e cantar todos os tipos de mantras pode ser alcançado simplesmente por recitar esse mantra.

Texto 28

O medo de todos os planetas inauspiciosos é imediatamente removido por cantar esse mantra três vezes depois de ter decorado o corpo com tilaka e realizado acamana.

Texto 29


Aquele que recitar esse mantra enquanto fixa a mente no Senhor Nrsimha será curado de todas as doenças, especialmente as do abdômen.


Texto 30

O Senhor Nrsimha ruge alto e induz outros a rugir. Com seus milhões de braços, Ele rasga os demônios e os mata sem esforço nenhum. Ele sempre persegue os descendentes demoníacos de Diti, dispersando-os e os atormentando, tanto nesse planeta terra quanto nos planetas superiores. Ele grita com grande raiva enquanto destrói os demônios em todas as direções e, com Suas mãos ilimitadas, Ele sustenta, protege e nutre toda a manifestação cósmica. Eu ofereço minhas respeitosas reverências ao Senhor, que assumiu a forma de um leão transcendental.
Assim termina a tradução do Sri Nrsimha-kavaca, que foi falado por Prahlada Maharaja, como se encontra no Brahmanda Purana.

Tradução: Bk. Carlos Heitor
Revisão: Priyarupa das

Obrigado pela visita, e volte sempre.
  pegue a sua no TemplatesdaLua.com

sábado, 9 de junho de 2018

A Velha e o Médico


A Velha e o Médico


    Uma velha, que já não enxergava, chamou um médico e lhe disse:

    - Cure-me da minha cegueira e eu lhe pagarei bem. Mas se não me curar, nada pagarei. Concorda?

    O médico aceitou. Cada semana, ele vinha à casa dela e lhe aplicava nos olhos um remédio sem valor. Mas, a cada visita, ele carregava consigo alguma coisa dos móveis da velha. Acabou levando tudo que ela possuía.

    Depois disso, o médico deu-lhe um remédio que a curou. A velha enxergava outra vez a ponto de ver que sua casa estava vazia e que não poderia pagar o médico. E este, para cobrar, levou-a aos tribunais.

    Diante do juiz, a velha falou:

    - Este homem fala a verdade. Concordei que lhe pagaria se recuperasse a visão. Ele concordou que não precisaria pagar-lhe se eu permanecesse cega. Agora ele diz que estou curada. Eu digo que continuo cega, porque quando perdi a visão minha casa estava cheia objetos que agora não posso ver!

    O juiz deu ganho de causa à velha.

Moral da História - "Quem está pronto a ganhar o que não merece, deve estar pronto a perder."

Fonte: http://fabulasdeesopos.blogspot.com/2012/09/a-velha-e-o-medico.html?m=1

Obrigado pela visita, volte sempre.