Pequena história da dança. Antonio José - ARTE - FARO.
FARO, Antonio José. Pequena história da dança. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998. Primeira parte: Origem e Divisões da Dança 1.Progressão da Dança A dança é fruto da necessidade de expressão do homem, e se divide em três formas: étnicas, folclóricas e teatral. O inicio dessa Arte indica que estava ligada a cerimônias religiosas. Em Roma se encontraram documentos da dança folclórica, étnica e religiosa. As danças religiosas tinham como as características: acontecia nos templos; era privilegio dos sacerdotes, e aconteciam em cerimônias especificas como nascimentos, casamentos, morte, guerras ou colheitas, invocando o divino. As danças folclóricas nasceram com bases religiosas e foram sendo realizadas em praças publicas. E, a dança teatral, em Roma, Índia e China com espetáculos de dançarinos para deleite da nobreza. 2.A Etnia e a Dança Na idade Média a dança foi banida pela igreja , mas integrava nas tribos indígenas, como sentimento de alegria ou tristeza, pedindo ou agradecendo aos deus, e no candomblé para invocar, aopaziguar ou agradecer aos deuses. 3. Dança Folclórica Na Grécia antiga festas como as saturnálias, em honra ao Deus Saturno, as Bacanais ao Deus Baco, as Lupercálias, ao deus Pã, eram festas do homem do campo com um sentido religioso que integravam suas danças, e também com excessos como sacrifícios humanos. No Brasil, danças como maracatu, congada, caboclinhos e outras expressam a necessidade do homem em se manifestar através do corpo. 4.Folclore Brasileiro Nosso folclore varia de uma região a outra, dividindo-se em dois grupos: o urbano e o rural. O rural por sua vez se subdivide de acordo com as áreas de pesca, agricultura, da mineração, do pastoreio e da região amazônica. Há também os bailados de origem africanos como: a congada, o maracatu, o quilombo, entre outros. Mário de Andrade deu-lhes o nome de danças dramáticas. 5.Dança Teatral A dança de salão surgiu da evolução da dança e da inclusão de todas as que passaram a fazer parte da vida da nobreza da Idade Média em diante. Iniciou-se quando Catarina de Medicis da França importou da Itália bailarinos que faziam espetáculos para a corte e a partir daí, Luis XVI fundou a Academia Nacional de Dança, em 1661, que hoje é a Escola de Balé e Opera de Paris. 6. A evolução Técnica e Artística da Dança A técnica da dança está ligada a historia do vestuário. Em 1721, Camargo. Diminuiu a saia deixando aparecer os pés, o que foi um escândalo na época. Isadora Duncan. 200 anos mais tarde avançou nesse processo. A batalha entre saias pesadas e a liberdade continuou até a Revolução Francesa, com a invenção da malha. As posições básicas do bale se estabeleceram-se no século XVII, distinguindo-se as francesas das italianas, evoluindo com a liberação de trajes, dos temas, da popularidade e do progresso técnicos através do seu ensino, do aspectos social e cultural, e o surgimentos de nomes importantes dessa arte. 7. Grandes Inovadores J. G. Noverre nasceu em 1727, estreou como bailarino com 16 anos. Coreógrafo e professor, inspirava-se na natureza, resumindo seus ensinamentos na frase:” o balé não é um pretexto para dançar, mas a dança é um meio para se expressar uma idéia dramática”. Difundiu suas idéias na Europa principalmente por meio das Lettres sur la danse, publicada em 1760. 8. O Balé na Europa Iniciado na França o balé invadiu toda a Europa. Na Áustria, Franz Hildferding foi um dos pioneiros e diretor do Teatro Real de Viena e depois foi pra Rússia, onde foi substituído por Gasper Angioli, nascido em Florença em 1721, que empregava a técnica de dramatizar a dança. O governo russo incentivou nessa época a musica, a opera e o balé. Na Alemanha, havia as companhias de dança da corte e as óperas.. na Inglaterra só no século XX foram fundadas as primeiras companhias de danças. Na Dinamarca foi a Berta a escola Opera Real, originando os primeiros bailarinos. Em Milão na Itália, em 1812 fundou a academia para ensino da dança. Na América, em 1922 fundou-se o balé no Colónmde Buenos Aires, em1936 fundou-se o Balé do Teatro Municipal do Rio de Janeiro e 1940 o American Ballet Theather e 1948 o NewYork City Ballet, todos ligados aos espetáculos de ópera. Segunda Parte: O Balé Romântico 9.Razões Históricas Para alguns escritores ele se inicia em 1831 em Paris com a ópera Robert le Diable,, para outros de 1820 com Clari de Louis Milon a 1847 e Ozai. A partir de 1847 o balé romântico se transforma em balé clássico, com Marius Petipa. O romantismo endeusava os bailarinos e os personagens que interpretavam. 10.Os Construtores Com a palavra ordem liberdade, o romantismo se libertou do classicismo, influenciado a literatura inspirava-se no exotismo ligado a cultua oriental, o ocultismo e o sobrenatural, o lado obscuro da mente humana. No balé surge o libretista ou roteirista, que até então eram escritos pelos coreógrafos. 11.Os Componentes Os roteiros passam a ter ideais românticos,onde o conhecimento do passado criava a atmosfera cênica de sonhos e fantasias. Na Alemanha o sobrenatural inspirou o tema da busca do homem pelo inatingível, como Gisele em 1842. 12.Os Luminares A Musica: Grandes compositores jamais compuseram musicas para o balé. Beethoven compôs dois balés: As Criaturas de Prometeu e Balé de Cavalheiros, Outros vieram atrás. A Cenografia: buscava-se a mistura de espetáculo, mistério e ilusão. Surgiram novas técnicas como alçapões, a ciclorama e o diorama, além da iluminação a gás. A ordem da cortina baixar para troca de cenários. Somente mais tarde, Picasso começaram a colaborar com o ale. Pierre Ciceri da Opera de Paris era na época o mais reconhecido cenógrafo. 13. A Decadência Com a chegada do Realismo, o balé começou a ser olhado com menos respeito. Houve decadência dos bailarinos. Coube a Rússia em 1909 dar uma guinada na historia da dança, Paris perdeu o domínio e Moscou rejuvenesceu o balé. Terceira parte: O Balé Clássico 14. O Reinado de Petipa Marius Petipa, nascido em Marselha no século XIX, viveu no apogeu do balé romântico e na sua decadência para o ale clássico, tornando-se seu maior expoente. Compôs 54 balés novos, reconstruiur 17 balés antigos e fez danças para 35 óperas. Em suas coreografias ele valorizava as particularidasd de cada artística, levando a Rússia bailarisnos italianos. Quarta Parte: O Balé Moderno 15. O Nascimento do Balé Moderno Isadora Duncan, americana nascida em 1878 trouxe a liberação e a rebeldia a dança. Influenciada pela arte grega, dançava com túnicas esvoaçantes, dançava descalça e aparecia no palco sem malhas, não agradando os apreciadores da dança de época, chamava seu trabalho de “Dança livre”. Em 1904 abriu uma escola em Berlim, ano seguinte dançou na Rússia tornandose centro de controvérsias. Sua influencia se estendeu a nomes como Serge Diaghelev, membro da nobreza russa e empresário e administrador teatral russo e Alexander Benois, que juntos fundaram a revista Mir Isskoustva (O mundo da Arte) e produziu importantes operas e balés. 16. A Influência de Diaghilev Diaghilev instituiu o bale como obra de arte, fazendo que músicos e artistas plásticos se interessassem em compor e desenhar para o balé, aumentando o público e revitalizando a dança masculina. Abrindo caminho para revoluções que surgiram como Martha Graham. O balé russo sobressaia pela qualidade dos bailarinos, o nível técnico, a qualidade do balé apresentado com coreografias vigorosas e espontâneas e cenários e figurinos assinados pelos melhores artistas russos. Com sua demissão e partida para Paris, o balé russo decaiu. Para ele, o balé deveria ser um resultado de trabalhode equipe conde libretistas, compositor, coreógrafo e cenógrafo contribuiriam. 17. As companhias Russas após Diaghilev A companhia só renasceu em 1932 com o nome de Balés Russos de Monte Carlo. Mas tarde, com os balés sinfônicos de Leonide Massine que empregou sinfonias de Tchaikovsky, Brahms, Beethoven e outros, liberando o uso de qualquer tipo de musica para balé. De 1909 a 1962, o balé russo influenciou todos os paises do mundo, exceto os africanos, árabes e orientais que permaneceram em suas tradições. 18.O Balé clássico no Mundo de Hoje Dinamarca e Rússia ocupam lugares em destaque. Itália e Alemanha continuam se alicerçando na ópera. O Balé da Ópera de Paris situa-se entre os melhores do mundo. A Ópera Nacional Inglesa e o Royal Ballet são conhecidos como alguma das maiores instituições do mundo. Outros como Balé Real de Estocolmo, Suécia, Fundação Gulbenkian, Balé Real da Noruega, Balé Nacional da Espanha, e da Holanda entre outros pelo mundo assim como no Brasil, o Corpo de Balé do Teatrao Municipal do Rio de Janeiro e outros são exemplos de companhias de balés da atualidade. Quinta parte: A Dança Moderna: Duncan, Wigman e descendência 19.A Dança Moderna Segundo John Martin a dança moderna é o resultado de quatro princípios: substância (movimento); dinamismo, metakineses e forma. Para Walter Terry, ela é mais expressionista que evidencia as qualidades pessoais de cada artista do que as acadêmicas. O primeiro balé moderno foi L’Aapres Midi d’um Faune, estreado em 1912, rompendo com o balé clássico e escandalizando com o personagem que copulava com o véu abandonado por uma ninfa, chegando ao orgasmo. Leonide Massine, Isadora Duncan, Ruth St. Denis, Martha Graham, são exemplo de interpretes e criadoras que lecionaram as novas idéias. A característica maior dessa modalidade de dança é que permite que cada artista que aparece nas obras demonstre seu próprio estilo, contribuindo com a liberdade de ação, novas possibilidades motoras e limitações do corpo. Antes da Segunda Guerra Mundial a Dança moderna se desenvolveu principalemnte nos Estados Unidos e Alemanha. 20. A Dança Contemporânea A dança contemporânea, dança-teatro, dança livre ou dança atual, usa o movimento para expressar tudo e qualquer fonte lhe serve de inspiração, podendo ser dançada em qualquer lugar. Em São Paulo, o Balé da Cidade de São Paulo é destaque dessa modalidade,] 21. Apreciações Críticas da Dança Atualmente, todas as propostas e estilos de danças atuais deve ser reconhecidas e válidas.
fonte : http://lidialindislay.blogspot.com.br/2015/09/resumo-de-livro-arte-faro-antonio-jose.html
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