quinta-feira, 1 de março de 2018

Acontece em março na faculdade de Educação da UNICAMP.

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Agenda


Programação

03/03 - sábado



03/03 - sábado



07/04 - sábado



02/05 - Quarta-feira


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terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Os bancos digitais estão tirando clientes dos bancões.




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Paulo Freire e a “educação bancária” ideologizada


Por Luiz Lopes Diniz Filho*
Recentemente a Gazeta do Povo publicou uma reportagem com mais uma batelada desses chavões que os seguidores de Paulo Freire usam para nos fazer acreditar que esse sujeito era um educador preocupado com liberdade e autonomia do indivíduo, quando ele não passava de um doutrinador ideológico dogmático e autoritário (mas de fala mansa). Como crítico de sua pedagogia, gostaria de tecer alguns comentários.
Segundo a reportagem, Freire – que “defendia uma educação assumidamente ideológica” – “propunha uma prática de sala de aula que pudesse desenvolver a criticidade dos alunos e condenava o tradicionalismo da escola brasileira, que chamou de ‘educação bancária’, em que o professor deposita o conhecimento em um aluno desprovido de seus próximos pensamentos. Tal sistema, diz, só manteria a estratificação das classes sociais, servindo o ensino de mero treinamento para a formação de massa de trabalho. Contrariamente, Freire propunha a construção do saber de forma conjunta, em que o professor se aproxima dos conhecimentos prévios dos estudantes, para com essas informações ser capaz de apresentar os conteúdos aos alunos, que teriam poder e espaço para questionar os novos saberes”.
Na prática, a coisa funciona assim: o professor questiona os alunos sobre o seu dia a dia, apresenta uma explicação ideológica para os problemas e insatisfações relatados, e depois discute com eles o que acharam desse conteúdo. Se os alunos discordarem da explicação, o professor argumenta em favor do seu próprio ponto de vista ideológico. Ao fim do diálogo, o professor conclui que os alunos que ele conseguiu convencer estão agora “conscientes” da sua “verdadeira” condição de oprimidos e explorados pela sociedade de classes.
Ora, isso é apenas a dita “educação bancária” camuflada de diálogo! O professor apresenta uma única via para explicar as situações relatadas pelos alunos: a ideologia em que ele acredita. O aluno é deixado na ignorância sobre a existência de pesquisas que explicam as situações de pobreza, desigualdade, problemas urbanos e ambientais, entre outros, fora do universo teórico e ideológico do professor.
O próprio simplismo do pensamento de Paulo Freire permite exemplificar como isso se dá. Suponham que um aluno de Freire, um operário em processo de alfabetização, convidado a falar sobre sua vida cotidiana, dissesse que está desempregado. Aproveitando a oportunidade para “conscientizar” o aluno, o professor Freire apresentaria a sua visão sobre o tema: “O desemprego no mundo não é, como disse e tenho repetido, uma fatalidade. É antes o resultado de uma globalização da economia e de avanços tecnológicos a que vem faltando o dever ser de uma ética realmente a serviço do ser humano e não do lucro e da gulodice irrefreada das minorias que comandam o mundo” (a citação é de Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa).
É claro que o aluno hipotético só poderia contestar essa análise se tivesse lido trabalhos de economistas sobre as causas do desemprego. Entretanto, o aluno obviamente não leu nada disso, pois está se alfabetizando! Ou seja, o aluno não tem nem poder nem espaço para “questionar os novos saberes” apresentados pelo professor.
O que se tem aí, portanto, é um método que consiste em transmitir ao aluno verdades prontas, tal como na dita “educação bancária”, mas disfarçado por um processo dialógico manipulado pelo professor, que sonega ao aluno o conhecimento de explicações alternativas e mais sofisticadas do que aquela!
* Doutor em Geografia pela FFLCH-USP, professor do Departamento de Geografia da UFPR e colaborador do ESP.
Fonte: http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/conteudo.phtml?id=1345499&tit=Paulo-Freire-e-a-educacao-bancaria-ideologizada

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terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

O gênero textual Resenha

O gênero textual Resenha


01/12/2009
Autor e Coautor(es)
 Tânia Guedes Magalhães
imagem do usuário
JUIZ DE FORA - MG Universidade Federal de Juiz de Fora

Maria Cristina Weitzel Tavela
Estrutura Curricular
MODALIDADE / NÍVEL DE ENSINOCOMPONENTE CURRICULARTEMA
Ensino Fundamental InicialLíngua PortuguesaLíngua escrita: prática de produção de textos
Ensino Fundamental InicialLíngua PortuguesaLíngua escrita: prática de leitura
Ensino Fundamental InicialLíngua PortuguesaAnálise e reflexão sobre a língua


Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula
Esta aula tem o objetivo de fazer o aluno conhecer o gênero textual “resenha” tanto nas habilidades de leitura quanto na de produção.
Duração das atividades
5 aulas, aproximadamente.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
O aluno já deve possuir habilidades básicas de leitura e escrita.
Estratégias e recursos da aula
                  

Etapa 1:

A) Antes de iniciar a aula, pergunte aos alunos se eles têm o costume de assistir a filmes. Logo após, solicite a alguns deles que falem sobre qual o critério que utilizam para escolher um filme em uma locadora, por exemplo.
B) Depois desta breve conversa, entregue a cada aluno um xerox dos seguintes textos:
TEXTO 1:
Um Faz de Conta que Acontece

A Disney financiou um filme que trás uma idéia legal. Ela é sobre um sujeito que conta histórias de ninar para os seus sobrinhos. Só que todos os detalhes acrescentados pelas duas crianças se tornam realidade. Mas aí vem aquela velha questão de que nem toda boa idéia no papel é bem planejada quando encenada para os cinemas. É bem o caso de “Um Faz de Conta que Acontece”, que ainda sai no prejuízo por ter tido o seu lançamento bem próximo a “Coração de Tinta”, uma aventura infinitamente superior que apresenta um argumento um pouco parecido.
O contador de histórias é Adam Sandler, que tem o conhecido cargo de quebra-galho em um luxuoso hotel que foi construído pelo seu próprio pai (participação especial de Jonathan Pryce, que também se apresenta como narrador no início e fim do filme). Acontece que não é ele que gerencia o prédio, pois o seu pai, antes de falecer, teve que assinar um contrato para que o local não afundasse em dívidas. Assim, tudo fica no controle de Barry (Richard Griffiths), cuja famosa filha Violet (Teresa Palmer) tem um relacionamento com o audacioso Kendall (Guy Pearce). As coisas mudam para ele quando sua irmã (Courteney Cox) está com o seu casamento desfeito e deixa aos seus cuidados seus dois filhos Patrick (Jonathan Morgan Heit) e Bobbi (Laura Ann Kesling) quando tenta conseguir um emprego em outra cidade. O restante bate com a boa idéia descrita no primeiro parágrafo.
Elogiado em 2007 pela sua refilmagem de “Hairspray – Em Busca da Fama”, Adam Sharkman, que também é coreógrafo, realiza um trabalho fraco em “Um Faz de Conta que Acontece”. Para esta realização que está voltada tanto para o público infantil quanto para o adulto o que é feito é um trabalho nada encantador ou mesmo engraçado. Adam Sandler, que quando quer consegue ser um bom comediante e um intérprete sério, não ajuda como protagonista. A forma extravagante como lida com caretas, como na sequência onde tem a sua língua picada por uma abelha, é muito sem graça. O que mantem o espectador antenado até os créditos finais são as presenças de Keri Russell, Courteney Cox e sobretudo Guy Pearce, divertido em rara interpretação caricata.
Título Original: Bedtime Stories
Ano de Produção: 2008
Direção: Adam Sharkman
Elenco: Adam Sandler, Keri Russell, Guy Pearce, Teresa Palmer, Richard Griffiths, Jonathan Morgan Heit, Laura Ann Kesling, Russell Brand, Courteney Cox e Jonathan Pryce.
Nota: 4.0
http://cineresenhas.wordpress.com/2009/05/15/um-faz-de-conta-que-acontece
TEXTO 2
A Era do Gelo 3
Considerando que a alcunha “filme do ano” deve ser dada para filmes após a cerimônia de entrega do Oscar, já afirmo que o brasileiro Carlos Saldanha trouxe ao público, com “A Era do Gelo 3″, um dos primeiros “filmes do ano” de 2009. É fato que a produção começa meio modorrenta, em ritmo bem lento, mas isso acaba criando uma espécie de “prólogo-anticlímax” surpreendentemente eficiente: o que vem a seguir é adrenalina pura, com poder para atingir adultos e crianças com muitos risos, emoção e boa história.
Um personagem novo e uma ambientação renovada entram na história para que isso aconteça — e mais não conto. Scratch, claro, está lá roubando todas as cenas, mas desta vez a coisa é mais série: Scratina traz ainda mais tempero à trama do esquilo (ou sei lá que bicho ele seja) em sua busca pela noz (ou será avelã ?). O desenvolvimento das cenas do casal formam algumas das sequências mais deliciosas da tela grande dos últimos anos. Vi a versão (muito bem) dublada em 3D, o que dá ainda mais emoção ao filme. Não perca!
http://cinemagia.wordpress.com/2009/07/11/resenhas-a-era-do-gelo-3/
C) Após entregar os textos, peça aos alunos que leiam silenciosamente cada um deles.
D) Em seguida, faça uma leitura em voz alta com seus alunos. Peça que cada um leia um trecho do texto oralmente.
E) Depois da leitura oral, pergunte aos alunos se gostaram dos textos e se o que leram despertou neles o interesse de assistir aos filmes.

Etapa 2:

A) Entregue aos alunos um xerox das atividades propostas abaixo:
EXERCÍCIOS
1) Sobre o texto 1, responda:
a) Sobre o que trata o texto?
b) Qual é o conflito apresentado no filme?
c) Para que público esse filme é dirigido?
d) Há alguma opinião do autor em relação ao filme?
e) Pela crítica do filme, você o assistiria?
2) Sobre o texto 2, responda:
a) Qual assunto tratado pelo texto?
b) Há alguma opinião do autor?
c) O filme apresentado se dirige a que público?
d) Você o assistiria?
e) Compare brevemente o texto 1 com o texto 2. O que há de comum entre eles? E de diferente?
B) Após entregar os exercícios aos alunos, leia as propostas de atividade em voz alta.
C) Peça aos alunos que façam os exercícios individualmente, no caderno.
D) Dado um tempo para a realização das atividades, corrija os exercícios em sala de aula.
E) Ao final da correção, pergunte aos alunos se, após a leitura do texto, é possível concluir que ambos fazem uma crítica aos filmes apresentados.

Etapa 3:

A) Após as discussões com base nos exercícios propostos, pergunte aos alunos se eles sabem a qual gênero pertencem os textos lidos.
B) Identifique com eles, as características comuns entre os dois textos.
C) Conceitue o que é “resenha”.
D) Passe no quadro o seguinte conceito:
A resenha é um gênero textual em que se propõe a construção de relações entre as propriedades de um objeto analisado, descrevendo-o e enumerando aspectos considerados relevantes sobre ele. No jornalismo, é utilizado como forma de prestação de serviço. É texto de origem opinativa e, portanto, reúne comentários de origem pessoal e julgamentos do resenhador sobre o valor do que é analisado.
O objeto resenhado pode ser de qualquer natureza: um romance, um filme, um álbum, uma peça de teatro ou mesmo um jogo de futebol. Uma resenha pode ser "descritiva" e/ou "crítica".
Resenha é um texto que serve para apresentar outro (texto-base), desconhecido do leitor. Para bem apresentá-lo, é necessário além de dar uma ideia resumida dos assuntos tratados, apresentar o maior número de informações sobre o trabalho: fatores que, ao lado de uma abordagem crítica e de relações intertextuais, darão ao leitor os requisitos mínimos para que ele se oriente quanto ao grau de interesse do texto-base.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Resenha
E) Dê um tempo para os alunos copiarem a definição.
F) Em seguida, leia o conceito de resenha em voz alta e explique o que o é o gênero.
G) Neste momento é importante que se diferencie resenha e resumo. Explique aos alunos que o resumo não apresenta uma crítica, uma opinião, ao contrário da resenha.
H) Pergunte aos alunos se compreenderam e esclareça possíveis dúvidas.

Etapa 4:

A) Para reforçar a diferença entre resumo e resenha, entregue aos alunos os seguintes textos:
TEXTO 1:
Sinopse de Crepúsculo

A história de Crepúsculo é sobre Bella Swan, uma adolescente que nunca se deu bem com as outras garotas e, depois que a mãe se casa novam ente, se muda da ensolarada Phoenix para a chuvosa cidade de Forks para viver com o pai. Lá, ela começa a viver um romance com o misterioso Edward Cullen, que faz parte de uma família de vampiros. Assim como os outros de sua espécie, Edward é extremamente forte e rápido, e também não envelhece. Porém, sua família se diferencia dos outros vampiros por não beberem sangue humano. Apesar do que sentem um pelo outro, Bella e Edward tentam se afastar, para que ele não ceda ao desejo de beber o sangue dela. Mas as coisas começam a piorar para os dois quando um grupo de vampiros inimigos da família de Edward chegam à cidade procurando por Bella.
http://www.efeitopop.com/crepusculo-confira-o-trailer-fotos-e-sinopse-do-filme/
TEXTO 2
Crepúsculo
Angélica Bito

Crepúsculo é o mais recente fenômeno entre a garotada. Tendo custado US$ 37 milhões, rendeu mais de US$ 145 milhões ao redor do planeta em duas semanas nos cinemas. Baseado no best seller homônimo de Stephenie Meyer, o filme reúne elementos que atraem em cheio os espectadores mais jovens: romance e fantasia, além de toques de suspense. A matemática está completa e temos aqui um fenômeno cinematográfico que já tem frutos prometidos: Lua Nova será lançado em 2010. Dirigido por Catherine Hardwicke ( Os Reis de Dogtown ) – que já está fora da continuação -, Crepúsculo acompanha o romance entre Bella (Kristen Stewart, de Na Natureza Selvagem ) e Edward (Robert Pattinson, de Harry Potter e o Cálice de Fogo ). Um romance adolescente – já complicado por definição - que ganha toques de dramaticidade por conta dele ser um vampiro. Tudo ocorre na minúscula e chuvosa cidade de Forks, no Estado norte-americano de Washington, para onde ela se muda para morar com o pai (Billy Burke). O tempo sempre nebuloso é terreno perfeito para que os vampiros Cullen, possam viver, incluindo Edward. Quando Bella se muda para lá, a atração entre os protagonistas é inevitável. Edward é mais ou menos tudo que uma garota sonha (num mundo fantasioso, evidentemente): lindo, protege Bella e ainda tem superpoderes. Deve ser por isso que ele é capaz de arrancar suspiros não somente da protagonista, mas da platéia feminina também. Tem esse detalhe dele sempre ter de resistir a sugar todo o sangue da amada, mas isso é mero detalhe que Bella tenta superar. Por isso, existe essa tensão entre os dois que nunca passa. Ao mesmo tempo em que respondem a instintos primitivos relacionados ao amor e ficarem juntos para sempre, Edward tem de superar seus próprios desejos vampirescos e não devorar sua amada. Literalmente. O conflito é transformado em tensão, sofrimento, dor e tudo isso que o amor provoca, mesmo nos seres humanos normais que não brilham como diamantes sob o sol como os vampiros. Crepúsculo é o tipo de filme que funciona muito bem junto aos espectadores que embarcam em sua viagem. As cenas nas quais Edward mostra toda a sua força e velocidade típicas de sua espécie são impressionantes, principalmente quando ele praticamente flutua pelas paisagens geladas das florestas que circundam a cidade de Forks. Pattinson (que disputou o papel com outros cinco mil atores) e Kristen estão bem nos seus papéis, representando dignamente essa tensão do amor tão dificultado por seus próprios instintos, mas impossível de não ser experimentado pelos personagens. A fotografia gelada, numa ambientação sempre chuvosa, dá o ar sombrio que a história precisa. Mas algo incomoda em Crepúsculo : a trilha sonora. Essa já cansativa mania dos produtores de Hollywood de utilizarem a música exageradamente para sublinhar sentimentos e momentos de tensão. O final do longa é aberto, evidentemente, já pedindo uma continuação e atiçando o espectador que volte aos cinemas em 2010. A franquia agradece.
http://br.cine ma.yahoo.com/filme/15357/critica/10081/crepusculo
Avaliação
Produção de uma resenha sobre um filme assistido em sala de aula.
A) Alugue o DVD do filme Crepúsculo e leve para a escola.
B) Leve os alunos para a sala de vídeo.
C) Informe a eles que assistirão ao filme Crepúsculo e que em seguida farão uma resenha crítica sobre o filme.
D) Para isso, peça aos alunos que ENQUANTO ASSISTEM AO FILME, FAÇAM ANOTAÇÕES, ou seja, as anotações serão feitas durante o filme, para produzir o texto depois.
E) Após assistir ao filme, volte para a sala de aula e peça aos alunos que escrevam; que se imaginem críticos de cinema e que produzam uma resenha sobre o filme.
F) Esta atividade deve ser feita individualmente, em uma folha separada e recolhida após o término.









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