| 07 Janeiro 2017
Internacional - Estados Unidos
Internacional - Estados Unidos
A moeda corrente da mídia (que como apontou o professor Olavo de Carvalho em publicação recente no Facebook,
com a queda da URSS adotou o Partido Democrata como modelo e centro
gravitacional) e dos acéfalos das redes sociais nos últimos dias de
Hussein Obama é falar que seu governo foi "scandal-free" (uso a
terminologia em inglês porque até isso é papagaiada da mídia democrata
americana, não há nada de novo aí), isto é, livre de quaisquer
escândalos cabeludos, como os que nós brasileiros estamos acostumados em
nossa política circense.
Pois bem, listei aqui os principais escândalos da administração Obama, o suficiente para escolhermos quais apresentar para os colegas desinformados, para o professor descolado e para o roteirista da retrospectiva do ano de 2016 da TV Globo, que derramou lágrimas em seu adeus a Obama.
1. Operação "Velozes & Furiosos".
Com a intenção de combater o tráfico e seus cartéis, a ação acabou
culminando no armamento de criminosos e na morte de 2.000 mexicanos e um
americano. Você não viu, não ouviu e depois da despedida em prantos do
governo Obama feita na retrospectiva da Globo você não verá.
2. Benghazi. Tema de filme, se trata de um ataque a instalações americanas na Líbia que terminou na morte de diplomatas americanos em serviço (algo que não ocorria desde 1979). Os diplomatas pediram ajuda ao governo americano pois viram que seriam vítimas de uma emboscada, mas a ajuda nunca chegou. O dedo da secretária de Estado Hillary Clinton está tão presente nessas mortes que os pais das vítimas decidiram processá-la.
3. Perseguição do fisco contra grupos conservadores. O cineasta Dinesh D'Souza passou alguns meses na cadeia porque extrapolou em 10 mil dólares (ninharia para o contexto das campanhas políticas) em doação para a campanha de um amigo.
4. Registros de jornalistas e políticos feitos Departamento de Justiça dos Estados Unidos da América. Emails e ligações telefônicas de jornalistas da Fox News e outros republicanos foram "investigados" a mando do Secretário de Justiça.
Vale
lembrar que ações como essa do secretário de justiça Eric Holder (ou a
negação de ajuda aos diplomatas de Benghazi por parte da secretária de
Estado Hillary Clinton) ou contam com a sanção expressa do presidente ou
são feitas livremente porque tais cargos contam com a carta branca do
mesmo presidente. As impressões digitais de Obama estão nos dois casos.
5. Crescimento massivo do escrutínio da Agência Nacional de Segurança (NSA).
Notem
que os escândalos 3 e 4 indicam uma forte guinada na direção do Estado
usando todas as ferramentes disponíveis para listar, ameaçar, averiguar e
catalogar os inimigos políticos do partido democrata. E nada foi
diferente no que diz respeito ao uso da NSA. Tais ações cresceram
exponencialmente sob a tutela de Barack Obama.
6. A troca de Bowe Bergdahl. A House Armed Services Committee encontrou fortes evidências que a administração Obama foi desonesta em sua troca de 5 prisioneiros de Guantánamo pelo Sargento Bowe Bergdahl. O Congresso fora enganado e leis federais foram violadas.
O tal Bergdahl, diga-se de passagem, é um notório antiamericano:
7. O Departamento de Estado americano confirmou o pagamento de 400 milhões de dólares (em dinheiro vivo) em resgate para a liberação de prisioneiro. A atitude viola a política americana para a situação e cria um convite aberto para que terroristas sequestrem americanos ao redor do globo e exijam pagamento milionários. A ação pode ser configurada, inclusive, como crime de traição.
8. A Agência de Serviço Secreto, responsável pela segurança do presidente dos Estados Unidos da América, passou por diversos escândalos sob a administração Obama.
Listamos aqui um dos últimos: http://www.reuters.com/article/us-usa-secretservice-idUSKBN0M81T620150312
9. Os e-mails. Os e-mails da secretária de Estado Hillary Clinton. Certamente um dos mais exaustivamente mencionados ao longo da última campanha eleitoral. Em 2015, a então secretária de Estado Hillary Clinton usou seu e-mail pessoal para tratar de assuntos confidenciais dos Estados Unidos da América. Milhares desses e-mails continham material classificado como secreto e de segurança pelo governo americano. Para se ter ideia da dimensão do escândalo, se Hillary tivesse usado uma conta do Gmail a troca de e-mails teria sido mais segura do que o servidor usado pela candidata perdedora.
10. As férias de Obama custaram, ao longo dos seus oito anos de mandato 100 milhões de dólares apenas com segurança. Algo sem precedentes e desnecessário segundo especialistas. Digno de nota em tempo de ultraje por Haägen-Dazs presidencial.
11. A destruição da reputação do FBI. O FBI foi outra agência que se transformou em serviçal do partido democrata sob os auspícios de Barack Obama. Obama declarou apoio a uma candidata investigada pelo FBI, sua secretária de Estado, Hillary Clinton. A agência tinha meios para acusar a candidata de um crime evidentemente documentado (o uso de servidor inseguro para questões de segurança nacional) e não o fez nitidamente por razões políticas. Ainda, na reta final da última campanha deu uma falsa bandeira vermelha em forma de cortina de fumaça para beneficiar Hillary Clinton. Dias antes do pleito houve o anúncio de “novidades” sobre o caso dos e-mails, que depois verificou-se não existirem.
12. O custo do site do Obamacare. Uma das principais medidas centralizadoras e socializantes, além de carro-chefe do governo Obama, sua tentativa de implementar um “SUS americano”, o famigerado Obamacare custou, apenas para a elaboração de seu website (que não funciona), 2 bilhões de dólares!
13. O lobby da Boeing pelo acordo nuclear com o Irã. Obama permitiu que o diplomata Thomas Pickering, que já havia recebido dinheiro da Boeing, fizesse parte do acordo pelo programa nuclear do Irã, que beneficiaria a empresa na compra de aviões.
14. O aumento das tensões raciais na América. Ninguém afirma com a necessária veemência, mas o governo do primeiro presidente negro da história dos EUA só fez AUMENTAR as tensões raciais do país.
15. Doadores de campanha viram embaixadores. Gente que angariou dinheiro para as campanhas de Obama se tornou embaixador dos EUA da América, mesmo quando seu maior feito foi a direção de novelas!
16. Sua desastrosa política energética e seu obtuso posicionamento sobre o “frackings”
Sua posição teve de ter parada por um juiz:
Há ainda o fiasco da startup “Solyndra” – que virou o “escândalo Solyndra”:
Citamos pelo menos 16 escândalos[1], mas a lista poderia ser prolongada: o abandono do ethos
apropriado a um presidente americano, ferindo o decoro tradicional do
cargo, por exemplo, ao fazer indicação para a Suprema Corte em ano
eleitoral e derradeiro ano de mandato, opinar em casos políticos ainda
em aberto e convidar ativistas anti-religião para celebrações na Casa
Branca (por incrível que pareça, feito!). Além de agir em clara oposição
aos interesses dos Estados Unidos: enfraquecer a relação americana com
Israel, não apoiar a Revolução Verde do povo iraniano em 2009, apoiar a
Primavera Árabe – o que acabou por culminar no fortalecimento da
Irmandade Muçulmana, relativizar a ditadura Castro, causar o influxo de refugiados na Europa com sua desastrosa política na Líbia
e na Síria, retirar as tropas americanas do Iraque – o que culminou no
Estado Islâmico preenchendo o vácuo de poder deixado pela força
americana, tal como George Bush previra que ocorreria, opinar negativamente sobre a saída do Reino Unido da União Europeia – em patética tentativa de influenciar o referendo britânico e sua recusa em pronunciar o termo “terrorismo islâmico”.
Vale
ainda citar: seus constantes ataques à 2ª emenda da Constituição
Americana, que prevê o direito dos cidadãos ao porte de armas, sua
escolha do controverso “aquecimento global” (ou seriam “mudanças
climáticas”?) como inimigo a ser combatido (ao mesmo tempo que, como
dito, se recusa a falar em terrorismo islâmico), o crescimento da ala
ultrarradical de esquerda do partido democrata (Bernie Sanders,
Elizabeth Warren, Loretta Lynch) que se deu sob sua tutela, sua patética
tentativa de se mostrar um líder pujante diante de Vladimir Putin, expulsando embaixadores russos dos EUA e enviando tropas americanas nos países Bálticos.
Last but not least, aquilo que talvez poderíamos chamar de “mentira primordial” e “escândalo primevo” (até mesmo porque, se levado a cabo, poderia ter evitado tudo que fora citado acima), a polêmica em torno da certidão de nascimento de Obama, investigada pelo delegado Joe Arpaio e já documentada por este Media Watch.
Last but not least, aquilo que talvez poderíamos chamar de “mentira primordial” e “escândalo primevo” (até mesmo porque, se levado a cabo, poderia ter evitado tudo que fora citado acima), a polêmica em torno da certidão de nascimento de Obama, investigada pelo delegado Joe Arpaio e já documentada por este Media Watch.
(Agradecimento especial ao amigo Marcelo de Paulos pelas utilíssimas lembranças.)
André Assi Barreto é mestre em Filosofia, professor, tradutor e assessor editorial.
www.andreassibarreto.org
Obrigado pela visita, volte sempre.