quarta-feira, 5 de maio de 2010

Piaget e Vygotsky-

Trabalho apresentado ao Curso Pedagogia da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para a disciplina  Desenvolvimento Psico-emocional.

Orientador: Prof. Fernando Zanluchi

Tutora Eletrônica: Tatiana

Tutora de Sala: Janete Aram Delavechia

Chapecó
2006

NERI ANTONIO DOS SANTOS

DIFERENÇAS

PIAGET

VYGOTSKY
§  Biólogo
§  Filosofo
§  Suíço;
§  Russo;
§  Morreu idoso (84 anos);
§  Morreu jovem (37 anos);
§  Desenvolveu a teoria construtivista (interacionista);
§  Desenvolveu a teoria-histórico-social (com base no materialismo marxista);
§  Dá um peso maior à natureza biológica do homem, para explicar os processos cognitivos (e lingüísticos);
§  Dá peso maior à dimensão histórica e social da vida dos homens (cristalizada em seus sistemas lingüísticos);
§  Estudar o desenvolvimento das estruturas lógicas;
§  Entender a relação do pensamento com a linguagem, e suas implicações no processo de desenvolvimento intelectual;
§  A aprendizagem depende do estágio de desenvolvimento atingido pelo sujeito;
§  A aprendizagem favorece o desenvolvimento das funções mentais;
§  A maturação é o que determina o ritmo do aprendizado;
§  O aprendizado influência o ritmo da maturação;
§  O amadurecimento busca aprendizado;
§  O aprendizado traz o amadurecimento;
§  o aprendizado se da por interações  entre estruturas internas;
§  O aprendizado depende fundamentalmente das influencias ativas do meio social;
§  O conhecimento é uma construção individual;
§  O conhecimento é interativo, toda síntese individual é impregnada do coletivo;
§  O conhecimento se dá a partir da ação do sujeito sobre a realidade;
§  O sujeito não só age sobre a realidade, mas interage com ela construindo seus conhecimentos a partir das reações interpessoais;
§  Os fatores que concorrem para o desenvolvimento da aprendizagem cognitivo: maturação, experiência e interação;
§  O ensino aprendizagem tem como ponto de partida o nível de desenvolvimento real do sujeito;
§  Não prioriza a mediação na construção do conhecimento;
§  Prioriza a mediação em todas as relações de aprendizagem (interpessoal e intrapessoal);
§  O pensamento aparece antes da linguagem;
§  É a linguagem que entra na mente e organiza seu pensamento;
§  O principal interesse de Piaget era estudar o desenvolvimento das estruturas lógicas;
§  Vygotsky pretendia entender a relação do pensamento com a linguagem, e suas implicações no processo de desenvolvimento intelectual;
§  O conhecimento se dá a partir da ação do sujeito sobre a realidade;
§  Esse mesmo sujeito não só age sobre a realidade, mas interage com ela, construindo seus conhecimentos a partir das relações intra e interpessoais;
§  a aprendizagem depende do estágio de desenvolvimento atingido pelo sujeito
§  a aprendizagem favorece o desenvolvimento das funções mentais.
§  A ação é internalizada - gera "esquemas/estruturas" de pensamento/consciência - que se exprimem sob forma de "falas" (específicas aos estágios psicogenéticos atingidos) linguagem
§  A linguagem social é internalizada - sob forma de "diálogo interior" - reforça (gera) formas de pensamento/planejamento/antecipação de ações - ações refletidas, previamente planejadas
§  A teoria de Vygotsky tem maiores afinidades eletivas com o marxismo que Piaget, por atribuir um peso maior aos fatores sociais (na forma da linguagem social) como determinantes das formas de pensar e estruturar as ações individuais (e coletivas), em detrimento dos fatores biológicos;
§  Tanto em Vygotsky como em Piaget se fala numa transformação do real por exigência das necessidades da criança, mas enquanto que para Piaget a imaginação da criança não é mais do que atividade deformante da realidade, para  Vygotsky a criança cria (desenvolve o comportamento combinatório) a partir do que conhece, das oportunidades do meio e em função das suas necessidades e preferências.


 SEMELHANÇAS

Piaget e Vygotsky, trabalhavam em uma mesma vertente teórica. Rejeitavam o associacionismo e/ou behaviorismo, trabalhavam experimentalmente com crianças (e não animais), interessando-se pelos processos de construção da razão, do julgamento, da capacidade de argumentação lógica (e moral), isto é, processos psico e sócio-genéticos.
Ambos enfatizam a necessidade de compreensão da gênese dos processos cognitivo,s não consideram os processos psicológicos como resultados estáticos que se expressam em medidas quantitativas, pois, tanto Piaget como Vygotsky, valorizam a interação do indivíduo com o ambiente e vêem o indivíduo como sujeito que atua no processo de seu próprio desenvolvimento;
Tanto Vygotsky como Piaget atribuem grande importância à atividade do indivíduo na construção e na atribuição de significado ao conhecimento, apesar das suas diferenças quanto à ênfase que atribuem aos fatores sociais e culturais na aprendizagem
Como Piaget, Vygotsky não formulou uma teoria pedagógica, embora seu pensamento ressalte a importância da instituição escolar na formação do conhecimento.
Ambos, Piaget e Vygotsky, não consideram os processos psicológicos como resultados estáticos que se expressam em medidas quantitativas e também enfatizam o conhecimento da gênese dos processos cognitivos.

LEV SEMENOVICH VYGOTSKY 
Lev Semenovich Vygotsky  (1896-1934), filosofo sócio interacionista, professor e pesquisador foi contemporâneo de Piaget, nasceu em Orsha, a 17 de novembro de 1896,  viveu na Rússia, quando morreu, de tuberculose, tinha 37 anos.
As obras de Vygotsky incluem alguns conceitos que se tornaram incontornáveis na área do desenvolvimento da aprendizagem. Um dos conceitos mais importantes é o de Zona de desenvolvimento proximal, que se relaciona com a diferença entre o que a criança consegue aprender sozinha e aquilo que consegue aprender com a ajuda de um adulto.
Construiu sua teoria tendo por base o desenvolvimento do sujeito como resultado de um processo sócio-histórico, enfatizando o papel da linguagem e aprendizagem nesse desenvolvimento, sendo essa teoria considerada histórico-social. Seu ponto central é a aquisição de conhecimentos pela interação do sujeito com o meio.
É o grande fundador da escola soviética de psicologia, principal corrente que, hoje, dá origem ao socioconstrutivismo.
Para Vygotsky, o que nos torna humanos é a capacidade de utilizar instrumentos simbólicos para complementar nossa atividade, que tem bases biológicas.
A vivência em sociedade é essencial para a transformação do homem de ser biológico em ser humano. É pela aprendizagem nas relações com os outros que construímos os conhecimentos que permitem nosso desenvolvimento mental.
De acordo com as concepções de Vygotsky, uma prática pedagógica adequada perpassa não somente por deixar as crianças brincarem, mas, fundamentalmente por ajudar as crianças a brincar, por brincar com as crianças e até mesmo por ensinar as crianças a brincar.
Para Vygotsky, a construção do conhecimento se dá através da interação entre sujeitos, as quais são mediadas por várias relações. Para ele, os objetos, a organização do ambiente, o mundo cultural que rodeia o individuo, pode representar o astro social, o sujeito social. O sujeito não é apenas ativo, mas interativo.
Vygotsky contribui significativamente na área de educação, na medida em que traz importantes reflexões sobre o processo de formação das características psicológicas tipicamente humanas.
Vygotsky aponta para a necessidade da criação de uma escola em que as pessoas possam dialogar, duvidar, discutir, questionar e compartilhar saberes. Onde haja espaço para transformações, para as diferenças, para o erro, para as contradições, para a colaboração mútua e para a criatividade.
O educador deve saber interferir no desenvolvimento do aluno, trabalhar a zona de desenvolvimento proximal, provocando avanços que não ocorreriam espontaneamente, saber mediar o acesso do aluno ao conhecimento socialmente produzido.
            É importante que o educador tenha consciência de sua atuação e que a função da educação é levar o aluno adiante, pois quanto mais ele aprende, mais se desenvolve mentalmente. Também é importante que priorize as relações afetivas entre educando/educando e educando/educador.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
INTERNET, em 11 ago 06,  http://www.ueb-df.org.br/artigo.asp?art=12
INTERNET, em 11 ago 06, http://pt.wikipedia.org
INTERNET, em 11 ago 06, http://72.14.209.104/search?q=cache:9zf81iLtSq4J:ia.fc.ul.pt/textos/osousa/07estat.pdf+diferen%C3%A7as+entre+vygotsky+e+piaget&hl=pt-BR&gl=br&ct=clnk&cd=31
INTERNET, em 11 ago 06, Site Nova Escola On-line.
INTERNET, em 11 ago 06, http://www.centrorefeducacional.com.br/ojogosim.html
INTERNET, em 11 ago 06, http://www.aticaeducacional.com.br/htdocs/pcn/pcns.aspx?cod=22
Kami, Constance. Piaget para a educação pré-escolar. 2º ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1991.
Rego, Tereza Cristina. Vygotsky - Uma perspectiva histórico-cultural da educação. 16º ed. Petrópolis : Editora Vozes, 2004.
UNOPAR, Desenvolvimento Psico-Emocional – curso de pedagogia – Módulo II. 2006


Fonte: www.atividadeseducativas.com.br/.../946_2sem_trabalho2.doc -


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Raio (meteorologia)

Raio (meteorologia)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Raios das nuvens para o mar em Miramare di Rimini, Itália.
Raios em Toulouse na França.
Um raio é uma descarga elétrica que se produz entre o contato de nuvens de chuva e a terra. A descarga é visível a olho nu, com trajetórias sinuosas e de ramificações irregulares às vezes com muitos quilômetros de distância até o solo. Quando essa descarga ocorre entre núvens é chamado de relâmpago. Ocorre também uma onda sonora chamada trovão.

 Histórico

Raios atingindo a Torre Eiffel no ano de 1902
Alguns afirmam que foram os raios que, ao causar incêndios tiraram os primatas das árvores e mais tarde mostraram aos primeiros humanos a importância do fogo.
Desde a antiguidade os raios encantam e assombram a humanidade com seu aspecto ameaçador e ao mesmo tempo intrigante, que acabou por ser incorporado nos mitos e lendas como elemento de demonstração da existência de deuses poderosos como o grego Zeus, por exemplo.
Benjamin Franklin comprovou a hipótese da origem elétrica dos raios concebendo os pára-raios com a finalidade de proteger as edificações da ação dos raios.
Foi no século XVIII praticamente o início do estudo sistemático da eletricidade. Naquela época não se conhecia uma teoria que explicasse o fenômeno das tempestades e os raios que nelas se manifestavam.

 Definição

Um raio é um fenômeno em que para acontecer é preciso que existam cargas opostas entre uma nuvem e o chão, quando isso acontece, a atração é muito forte, então temos uma enorme descarga elétrica.
Existem três tipos de raios classificados pela sua origem, também menos comumente chamados descargas iônicas ou atmosféricas:
  • Da nuvem para o solo.
  • Do solo para a nuvem.
  • Entre nuvens.
A descarga ocorre no momento em que as cargas elétricas (Quantidade de íons: cátions ou ânions) atingem energia suficiente para superar a rigidez dielétrica do ar, de forma explosiva, luminosa e violenta.
O processo ainda não se encontra totalmente esclarecido, havendo controvérsias sobre seu mecanismo de formação, mas sabe-se que, na maioria dos casos, a descarga ocorre após uma concentração de cargas, no qual pode-se falar em centros de concentração, e prossegue em duas fases distintas:
Distribuição da ocorrência de descargas elétrica no planeta
  • Na primeira libertam-se da nuvem várias descargas menores a partir do ar ionizado, criando o precursor da descarga: uma corrente iônica tanto maior quanto mais se aproxima do solo, favorecendo assim o trajeto do raio em formação. O precursor pode ser predominantemente ascendente ou descendente, pois, depende da natureza dos íons que formam a nuvem iônica. Ao ocorrer de um precursor aproximar-se do outro centro de cargas, este induzirá uma formação de um precursor oposto.
  • Quando o precursor completa o contato entre os centros de cargas, ocorre no sentido inverso ao longo daquele trajeto uma corrente aniônica, ou catiônica, dependendo da carga. É esta segunda descarga que vemos e ouvimos, e que irá contribuir para equilibrar as cargas iônicas da nuvem e do solo.
É comum de ocorrer mais de uma descarga através de um mesmo canal, no qual o ar encontra-se parcialmente ionizado. Estas descargas subseqüentes são usualmente mais fracas que a primeira descarga.
Em geral, as descargas verticais normalmente predominam na frente de uma tempestade, tomando-se por base o sentido de seu deslocamento.[carece de fontes?]
Os raios horizontais se formam na parte de trás, também levando-se em conta o sentido de deslocamento das massas de ar. Estas estão sempre presentes em qualquer trovoada, e aquecem localmente o ar até temperaturas muito elevadas.
O aquecimento do ar causa a expansão explosiva dos gases atmosféricos ao longo da descarga eléctrica, resultando numa violenta onda de choque (ou de pressão), composta de compressão e rarefacção, que interpretados como "trovão".
Uma tempestade (Em algumas regiões, dá-se a nomenclatura "trovoada") típica produz três ou quatro descargas por minuto, em média.

 Dimensões de um raio

Raios em Oradea na Romênia
O canal de descarga possui um diâmetro estimado de 2 a 5 cm e é capaz de aquecer o ar até 30.000 °C em alguns milisegundos[1]. Apenas 1% da energia do raio é convertida em ruído (trovão) sendo o resto libertado sob a forma de luz. O raio é uma manifestação de plasma, no qual sua condutividade permite o escoamento da eletricidade entre os centros de carga.
Um raio completamente formado pode conduzir correntes em torno de 10 a 80 kA, mas existem registros em torno de 250 kA[2], sendo que um raio trabalha com uma tensão elétrica da ordem de 15 kV. A forma da corrente é unidirecional, sendo de polaridade negativa na maioria das ocorrências. A corrente de um impulso atinge seu máximo em s, em média, tendo uma duração total do impulso em torno de 100μs. A duração total da descarga varia entre 0.1 a 1000 ms. Uma descarga pode liberar entre 1 a 40 C de carga elétrica e podendo dissipar uma potência elétrica de até 100 MW.

 Formação das descargas

A etapa de acúmulo de cargas que alimentam a descarga é pouco conhecido e de difícil medição, devido ao próprio fenômeno interferir violentamente em qualquer instrumento. Mas o princípio básico é relativamente conhecido[3]:
Na formação da nuvem, ocorrem ciclos de estado da água, que ascende até o topo da nuvem, passa para forma de gelo (incluindo neve e granizo), caindo e voltando para o estado líquido. Neste ciclo ocorre a troca de cargas entre as partículas de água, havendo desequilíbrio e concentrações. Notavelmente observa-se um centro de cargas negativas na parte inferior da nuvem, seguido por um centro de cargas positivas na parte central.
Animação mostrando a interação de cargas elétricas que formam um raio.
Em um limiar de concentração de cargas, e consequentemente a concentração de campo elétrico, ocorre o efeito de avalanche de Townsend, no qual cargas elétricas são liberadas, chocando-se com outras partículas, realizando um encadeamento do processo que irá ionizar o ar. Juntamente com a avalanche, o meio é ionizado pela própria radiação que emite (fotoionização), no qual alimentará a formação de núcleos que formarão o canal da descarga.
A ionização propaga-se em direção ao solo, tendo o nome de precursor descendente. Eventualmente, as cargas elétricas do solo serão induzidas, no qual formarão um processo similar de ionização, chamado de precursor ascendente.
A formação do canal assume um caminho tortuoso, pois é altamente probabilístico (pequenas variações de partículas e cargas no ar), além de assumir ramificações.
Eventualmente os precursores ascendente e descendente se encontrarão, fechando desta forma um circuito elétrico entre nuvem e solo. Neste instante ocorre a fase intensa da descarga, no qual o canal será violentamente aquecido, transformando-se em plasma, elevando desta forma sua condutividade elétrica e possibilitando sustentar a corrente elétrica.
Após a condução parcial da carga elétrica da nuvem, na forma de um impulso rápido, o canal conduzirá uma corrente menos intensa, chamada corrente de continuidade. A seguir, canal se resfriará, finalizando o primeiro impulso.
É comum a ocorrência de novos impulsos pelo mesmo canal de descarga, após um intervalo da ordem de 10 ms. A duração total da descarga, entre impulsos e intervalos, pode chegar a 1 s.
Parte da energia dos raios é consumida na formação do ozônio, na qual 3 moléculas de oxigênio se unem para formar duas de ozônio. Basicamente toda camada de ozônio existente em volta do planeta foi formada utilizando-se da energia dos raios (plasma)[carece de fontes?].

 Trovão

Multiplos raios em Swifts Creek, Austrália.
As ondas sonoras geradas pelo movimento das cargas elétricas na atmosfera são denominadas trovões. O trovão é resultado da rápida expansão do ar em virtude do aumento da temperatura do ar por onde o raio passa.

 Formação

O trovão é uma onda sonora provocada pelo aquecimento do canal principal durante a subida da descarga de retorno. Devido a alta variação de temperatura no canal, e a subseqüente variação da pressão a sua volta, o ar aquecido se expande e gera duas ondas: a primeira é uma violenta onda de choque supersônica, com velocidade várias vezes maior que a velocidade do som no ar e que nas proximidades do local da queda é um som inaudível para o ouvido humano; a segunda é uma onda sonora de grande intensidade a distâncias maiores. Essa constitui o trovão audível.

 Características

Os meios de propagação dos trovões são o solo e o ar. A freqüência dessa onda sonora, medida em Hertz, varia de acordo com esses meios, sendo maiores no solo. A velocidade do trovão também varia com o local onde se propaga. O trovão ocorre sempre após o relâmpago, já que a velocidade da luz é bem maior que a do som no ar. O que escutamos é a combinação de três momentos da propagação da descarga no ar: primeiro, um estalo curto (um som agudo ensurdecedor) gerado pelo movimento da descarga de retorno no ar. Depois, um som intenso e de maior duração que o primeiro estalo, resultado da entrada ou saída da descarga no solo e por último, a expansão de sons graves pela atmosfera ao redor do canal do relâmpago. Podemos ter uma percepção do som diferente, mas essa ordem é a mesma.
Logo, é muito perigoso ficar próximo ao local de queda de um relâmpago. A energia acústica ou energia sonora gasta para provocar esses estrondos é proporcional a freqüência do som. A maior parte dela, cerca de 2/3 do total, gera os trovões no solo e o restante (1/3) provoca som do trovão no ar. Mesmo assim, eles costumam ser bem violentos, como podemos perceber. Por causa da freqüência, os trovões no ar são mais graves (como batidas de bumbo). Aqueles estalos característicos dos trovões, os sons bastante agudos, além de dependerem da nossa distância à fonte, se relacionam com as deformações do canal e de suas ramificações. Quanto mais ramificado o canal, maior o número de estalos no trovão. Se o observador estiver próximo do relâmpago (a menos de 100 metros, por exemplo) o estalo será parecido a de uma chicotada. Isso está associado a onda de choque que antecede a onda sonora.

 Duração

A duração dos trovões é calculada com base na diferença entre as distâncias do ponto mais próximo e do ponto mais afastado do canal do relâmpago ao observador. Por causa dessa variação de caminhos, o som chega aos nossos ouvidos em instantes diferentes. Em média, eles podem durar entre 5 e 20 segundos.

 Segurança

Os abrigos devem ser procurados em caso indícios de tempestades. Deve ser evitada proximidade com a água e objetos altos, metálicos e eletrodomésticos, mesmo dentro de casa. Ao ar livre, o lugar mais seguro para ficar em caso de raios é dentro de um objeto metálico fechado, como um carro ou avião [4].

 Brasil

Raios durante uma tempestadeLapa, em São Paulo. na
O Brasil é o país no qual mais se registra o acontecimento de raios em todo o mundo[5]. Por ano, cerca de 50 milhões de raios atingem o território brasileiro, estima o Elat (Grupo de Eletricidade Atmosférica), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. É o dobro da incidência nos Estados Unidos, por exemplo. Cada descarga representa um prejuízo de R$ 10 para o setor de energia. Ao todo, os raios causam um prejuízo de R$ 1 bilhão anual à economia do Brasil, apurou o Elat. O setor elétrico é o que acumula mais perdas, com cerca de R$ 600 milhões por ano. Depois seguem os serviços de telecomunicações, com prejuízo de cerca de R$ 100 milhões por ano. Também são atingidos os setores de seguro, eletroeletrônicos, construção civil, aviação, agricultura e até pecuária. Os raios também foram responsáveis por 75 mortes no Brasil em 2008 – o recorde da década.
Segundo o Elat, de 2000 a 2009, 1.321 pessoas morreram atingidas por raios no Brasil. O estudo aponta para a média de 132 mortes por ano. O Sudeste foi a região onde mais pessoas morreram (29%), seguido pelo Centro-Oeste (19%), Norte (18%), Nordeste (18%) e Sul (17%). A maior parte das mortes ocorre na zona rural (61%), contra 26% na zona urbana, 8% no litoral e 5% em rodovias [4].
Uma explicação para essa grande quantidade de raios deve-se ao tamanho do território, condições climáticas e a ausência de grandes elevações no seu relevo.
O aquecimento global pode levar ao aumento na incidência de raios. Nas estações quentes, a incidência dos raios também aumenta [4].
A cidade brasileira que mais recebe descargas eletricas é Teresina, capital do Piauí — chegando a ser a terceira cidade do mundo onde mais acontecem seqüências de descargas elétricas[6]. Por esta razão, a região recebe a curiosa denominação de "Chapada do Corisco".

Referências

  1. McGraw-Hill Encyclopedia of Science and Technology. McGraw Hill, 1997: 74
  2. Berger, K., et al. "Parameters of Lightning Flashes", Electra, 80: 23-37, 1975.
  3. Uman, M. A. The Lightning Discharge, Dover, 2001
  4. a b c Raios matam 1,3 mil pessoas em dez anos - G1, 2 de março de 2010 (visitado em 2-3-2010).
  5. Estudo mostra que Brasil é campeão mundial em incidência de raios (HTML). JB Online. 1 de abril de 2009. Página visitada em 1 de abril de 2009.
  6. Teresina Panorâmica - Panoramic Teresina - www.teresinapanoramica.com. Página visitada em 2 de Abril de 2010.

 Ver também

Commons
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 Ligações externas


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PEI: Uma nova proposta de intervenção na Dislexia e Síndrome de Irlen

PEI: Uma nova proposta de intervenção na Dislexia e Síndrome de Irlen


Ler é mais difícil que falar. Enquanto a fala é aprendida naturalmente pelo homem, a leitura é ensinada por meio de um código de criação humana altamente complexo. O bom leitor é aquele que desenvolve as habilidades de decodificação desses códigos de maneira eficiente. Daí a necessidade de conceituarmos a dislexia como uma dificuldade que está relacionada com a percepção do texto escrito. A percepção visual do texto relaciona-se com os movimentos sacádicos e com as fixações do olho. Para Shaywitz, a leitura está relacionada com a percepção visual que é a capacidade de retirar informações e conhecimento do mundo visível. (Shaywitz, 2006). Por outro lado, numa abordagem psicolingüística, a dislexia é uma dificuldade na aprendizagem da leitura relacionada ao reconhecimento da correspondência entre os símbolos gráficos (grafema), o fonema e a transformação dos símbolos gráficos em linguagem verbal. 
A descoberta da Síndrome de Irlen, cujo foco está no               processamento visual e na sensibilidade à luz, disponibilizou aos profissionais uma ferramenta que ameniza as dificuldades. Estas ferramentas são os chamados “overlays” ou lâminas de contraste e os filtros espectrais que proporcionam conforto na leitura e mais concentração a esses pacientes. O ganho com esse novo método nos faz entusiastas desse recurso, mas, de alguma forma, nos leva a outra inquietação: o que mais podemos fazer para melhorar as dificuldades de aprendizagem relacionadas à leitura e escrita dessas pessoas?
“Não sabe se organizar”, “é desatento”, “começa e não termina uma tarefa”, “é impulsivo”, “tem boas idéias, mas não consegue colocá-las no papel”, “estuda, mas não consegue tirar boas notas na escola”, “não compreende o que lê” isso sem falar na auto estima comprometida. Essa é uma realidade que encontramos quando se trata de pessoas com dificuldades de aprendizagem.
Na experiência do consultório atendo pacientes com dificuldades de aprendizagem e outros que usam os filtros espectrais e apresentam dislexia. Os filtros liberam essa pessoa do esforço e do desconforto tornando-as mais atentas e menos estressadas no que se refere ao visual. Já o PEI (Programa de Enriquecimento Instrumental), criado pelo Prof Dr. Reuven Feuerstein, desenvolve e aprimora as operações mentais que estão deficientes e que impedem um bom desempenho acadêmico ou profissional. São elas: o trabalho com mais de uma fonte de informação, análise e síntese, percepção visual, orientação espaço-temporal, dentre muitas outras (Gomes, 2002). E a mais importante delas: o sentimento de competência.
“O uso dos filtros e o PEI modificaram minha vida, agora não tenho medo de enfrentar desafios... em pouco tempo, já consegui ler dois livros com um nível de compreensão que não tinha antes!”, é o que afirma a paciente Erica Werber de 24 anos.
Já Rafael Horta, 16 anos, que utiliza os filtros espectrais há quase um ano e está passando pelo PEI, a sensação é de mais segurança na escola, além da leitura ter se tornado um prazer e as notas terem melhorado. A diferença já é perceptível pela família e pela escola.
As pessoas que passam ou passaram pelo programa (tendo dislexia ou não) tornaram-se conscientes de suas dificuldades e de seus processos e passaram a criar novas estratégias para melhorar seu conhecimento e elevar seu sentimento de competência muitas vezes comprometido pelo fracasso escolar/profissional ou por uma dificuldade no processamento visual.
Nas palavras do Prof. Feuerstein: “Educar é uma aposta no outro”. Por isso, o PEI precisa ser conhecido nas escolas e clínicas para que a educação ganhe um novo olhar sobre o processo de aprendizagem e a hora de começar é agora!

Suely Mesquita Psicopedagoga Clínica e Institucional do Hospital de Olhos Mediadora do PEI pelo ICELP – Israel e Professora Universitária.

Fonte: http://www.dislexiadeleitura.com.br/artigos.php?codigo=42


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Pedagoga/o pode concorrer à cargos de Inspeção Educacional com um diploma contendo as novas diretrizes do curso de 15/05/2006

CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO CONSELHO PLENO RESOLUÇÃO CNE/CP Nº 1, DE 15 DE MAIO DE 2006. (*) Institui Diretrizes Curriculares Nacionais ...